Os robôs ao serviço das empresas
O ScalABLE visa criar ferramentas de simulação, que permitem ao gestor de uma linha de produção identificar se esta necessita de um recurso num determinado ponto.
As empresas têm necessidades crescentes de ferramentas eficientes que lhes permitam otimizar a organização das suas linhas de produção. Esta necessidade juntou empresas e um instituto do Porto. A resposta foi o ScalABLE 4.0, um projeto que obteve financiamento do Horizonte 2020, o programa liderado por Carlos Moedas, que tem um orçamento global superior a 77 mil milhões de euros.
Simoldes Plásticos, Critical Manufacturing e Sarkkis Robotics, o grupo francês PSA (que detêm a Peugeot e a Citroën), o Fraunhofer IPA, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a Universidade de Aalborg, na Dinamarca, são as entidades envolvidas no projeto que tem por objetivo coordenar um projeto europeu para adequar a automação de empresas em função do ciclo de vida dos seus produtos, através da integração de robôs e gestão de produção, criando assim fábricas “altamente flexíveis”.
O projeto tem implícito um investimento de quatro milhões de euros, sendo que o apoio do Horizonte 2020 é de 3,99 milhões euros. As entidades que recebem as maiores fatias são:
- INESC TEC — 857,62 mil euros
- Grupo PSA — 784,55 mil euros
- Universidade de Aalborg — 713,75 mil euros
- Fraunhofer IPA — 690 mil euros
- Simoldes — 491,87 mil euros
- Critical Manufacturing — 243,75 mil euros
- Sarkkis Robotics — 217,5 mil euros
“Muitas vezes, os utilizadores finais [empresas] têm problemas em definir o nível correto de automação”, disse à Lusa o investigador Germano Veiga, do INESC TEC, a entidade coordenadora do ScalABLE 4.0. De acordo com o investigador, “robotizar em excesso nem sempre é bom” e quando se lança um produto no mercado, o investimento que é feito ao nível de automação pode não ter o retorno esperado ao longo do ciclo de vida do mesmo.
Com este projeto pretende-se, por um lado, “aplicar os desenvolvimentos que ocorridos nos últimos anos na área da robótica flexível”, ou seja, em “robôs capazes de se movimentar na sala de fabrico ou que sejam facilmente reconfigurados para uma nova função“, explicou Germano Veiga.
Por outro lado, acrescentou, visa criar ferramentas de simulação, que permitem ao gestor de uma linha de produção identificar se esta necessita de um recurso num determinado ponto, mudando o mesmo ou simulando a sua mudança, de forma a verificar o impacto.
No INESC TEC — uma instituição criada para constituir uma interface entre o mundo académico e o mundo empresarial — participam o Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS), responsável pela área de robótica, e o Centro de Engenharia de Sistemas Empresariais (CESE), na simulação e integração vertical.
O ScalABLE 4.0, um dos 241 projetos financiados no âmbito das “Fábricas do Futuro”, rede europeia que tenciona aumentar a competitividade da manufatura a nível europeu, finaliza em 2020.
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