BPI conclui plano de saídas de trabalhadores. Custa 106 milhões de euros
Banco anuncia conclusão do plano de reformas antecipadas e rescisões voluntárias. Saídas custaram de mais de 100 milhões de euros, mas vão permitir poupanças de 36 milhões.
O Banco BPI chegou a acordo com 617 colaboradores com vista à rescisão voluntária ou reforma antecipada, num plano de reestruturação que implicou um custo total de 109 milhões de euros já refletido nas contas do primeiro semestre. Ainda assim, informa o banco liderado por Pablo Forero, há poupanças na ordem dos 36 milhões de euros com estas saídas.
Em comunicado ao mercado, o BPI indica que, do total de 617 trabalhadores, 544 deixarão os quadros do banco ainda este ano, enquanto os restantes 73 abandonam em 2018.
“A comissão executiva do BPI considera que foram adequadamente cumpridos os objetivos estabelecidos, não estando por isso previstos novos programas neste domínio”, diz o banco que foi recentemente adquirido pelos espanhóis do CaixaBank. A gestão liderada por Forero “reafirma o objetivo de sinergias de 120 milhões de euros anunciado para o final de 2019”.
Todos os encargos incorridos com estas saídas já foram incorporados nos resultados que o BPI se prepara para apresentar no próximo dia 25 de junho. No primeiro trimestre, a instituição registou um prejuízo de 122,2 milhões de euros.
Após a aquisição do BPI pelo CaixaBank, em fevereiro, o grupo espanhol anunciou a intenção de acelerar as saídas do banco português para alcançar sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, estimando que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos.
"A comissão executiva do BPI considera que foram adequadamente cumpridos os objetivos estabelecidos, não estando por isso previstos novos programas neste domínio. A comissão executiva do BPI reafirma o objetivo de sinergias de 120 milhões de euros anunciado para o final de 2019.”
Assim, avançou com um plano de saídas adicional a 27 de abril e no qual oferecia 2,5 salários por cada ano de trabalho a quem aceite sair por rescisão amigável, mas sem acesso a subsídio de desemprego, segundo os sindicatos.
O BPI tinha 5.445 trabalhadores em Portugal no final de março.
(Notícia atualizada às 17h49)
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