Petróleo em queda mancha abertura de Wall Street

  • ECO
  • 20 Março 2017

Nova Iorque acompanha a tendência geral das bolsas internacionais, da qual a portuguesa escapa. Está em queda. A culpa é das petrolíferas, num dia de queda do preço do barril.

Na primeira sessão desta semana, a bolsa norte-americana está em queda, a acompanhar a descida no nível de popularidade do Presidente Donald Trump, de acordo com a empresa Gallup. A queda dos preços do petróleo também não está a ajudar, pressionando os índices a nível mundial.

Os investidores de Wall Street não estão satisfeitos com o resultado da reunião do G-20 e não estão a investir. “Ao mesmo tempo que o país líder mundial se está a preparar para montar barreiras significativas contra o resto do mundo, os investidores estão cada vez mais preocupados”, explicou Ipek Ozkardeskaya, analista da London Capital Group, à Bloomberg. “As incertezas quanto à relação dos EUA com o resto do mundo estão a pesar sobre os ombros dos investidores”.

Por isso, não é surpreendente que os três principais índices de Wall Street começaram o dia num mar vermelho. O tecnológico Nasdaq segue a perder 0,08% para os 5.896 pontos e o S&P 500 está a perder 0,09% para os 2.376 pontos.

O Dow Jones também abriu a sessão a desvalorizar, no seu caso 0,09% para os 20.896 pontos, num dia em que o petróleo volta a cair. A produção petrolífera até pode ter aumentado nos Estados Unidos, indo contra a vontade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de reduzir a produção, mas tal não se reflete no índice.

À hora de abertura da bolsa de Nova Iorque, o West Texas Intermediate seguia a desvalorizar 1,37% para os 48,11 dólares por barril, tornando a afastar-se da possibilidade de subir aos 50 dólares, algo que já parecia próximo no final da semana passada. Em Londres, o Brent não estava a negociar muito melhor, estando a descer 0,93% para os 51,28 dólares por barril.

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E o país mais feliz do mundo é… a Noruega

  • ECO
  • 20 Março 2017

É do frio que vem a felicidade, não fossem os noruegueses os mais felizes do mundo, segundo o Relatório Mundial da Felicidade, que contou com um total de 156 países.

É no frio que somos mais felizes. Pode resumir-se assim a conclusão do Relatório Mundial da Felicidade, divulgado pelo Business Insider, que concluiu que a maioria dos países em que a população se considera mais feliz são todos no hemisfério norte, mais propriamente na Europa do norte. A Noruega surge em primeiro lugar, acompanhada, no top 5, da Dinamarca, Islândia, Suíça e Finlândia.

O estudo, elaborado por um grupo de peritos e economistas, avaliou o nível da felicidade da população de 156 países com base em fatores como o PIB per capita, a esperança média de vida à nascença, a liberdade individual para fazer escolhas na vida, o nível de generosidade dos cidadãos e a sua visão da corrupção.

Os inquiridos tinham de avaliar o seu nível de satisfação numa escala de 0 a 10, e foi igualmente possível perceber que os povos mais satisfeitos com o seu nível de vida são aqueles que confiam nos seus governos e nos seus negócios e que afirmam ter uma boa base de apoio social da parte dos mesmos.

Pode consultar a nossa galeria e ficar a conhecer os 21 melhores países de entre os 156 que foram incluídos no Relatório:

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Isabel dos Santos está mais rica, mas cai na lista

Isabel dos Santos continua a ser a mais rica de África. A fortuna até aumentou, mas a empresária angolana caiu no ranking global da Forbes. Está na posição 630.

Isabel dos Santos viu a sua fortuna aumentar no último ano. Cresceu em 100 milhões de dólares, de acordo com a Forbes, para mais de três mil milhões. Continua, assim, a ser a mais rica de África e uma das pessoas mais ricas do mundo, mas caiu na lista da revista norte-americana.

A empresária angolana já tinha caído no ranking do ano passado. De 2015 para 2016 perdeu 35 posições, sendo que este ano, apesar de ter visto a sua fortuna aumentar para 3,1 mil milhões de dólares, passou da posição 569 para a 630 num total de 2.043 multimilionários compilados pela Forbes.

Grande parte da fortuna de Isabel dos Santos está em Portugal. A empresária detém o BIC, parte da Efacec (66,1%), mas conta também com posições no capital de empresas como a Nos e a Galp Energia. Isabel dos Santos vendeu a sua posição no BPI no âmbito da OPA do CaixaBank.

A empresária é, atualmente, presidente da Sonangol, a petrolífera angolana tem, além de parte da posição na Galp Energia, uma importante “fatia” do BCP. A Sonangol é a segunda maior acionista do banco, com 15,24% do capital, atrás da Fosun, tendo admitido vir a reforçar a participação.

Isabel dos Santos fica atrás de Américo Amorim, que surge na posição número 385, com uma fortuna avaliada em 4,4 mil milhões de dólares. O “rei da cortiça” está mais rico do que no ano passado, muito graças à forte valorização das ações da Corticeira Amorim no ano passado (cerca de 48%). Ainda assim, caiu 16 posições no conceituado ranking da revista norte-americana.

Em segundo lugar entre os portugueses está Alexandre Soares dos Santos, com uma fortuna avaliada em 2,7 mil milhões de dólares. Está em 745, sendo que Belmiro Azevedo caiu do pódio para a posição 1.376 da lista global da revista norte-americana.

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Bill Gates continua a ser o homem mais rico do mundo

  • ECO
  • 20 Março 2017

O fundador da Microsoft manteve-se em 2017 como o mais rico do mundo. A sua riqueza está avaliada em 86 mil milhões de dólares.

Bill Gates é o homem mais rico do mundo segundo a Forbes. Entre março de 2016 e março de 2017, o multimilionário de 61 anos conseguiu que a sua riqueza pessoal crescesse para os 86 mil milhões de dólares, continuando a encimar a elite dos mais ricos do mundo.

Nos últimos 12 meses a lista dos mais ricos do mundo aumentou: tanto em número de participantes, como em valor. Agora são 2.043 os que entram na lista, donos de uma riqueza total de 7,7 biliões de dólares. Em março de 2016 havia 1.810 pessoas na lista, com uma fortuna total de 6,5 biliões de dólares. A média subiu assim dos 3,6 mil milhões por milionário, para 3,8 mil milhões de dólares.

Ainda assim, os lugares de topo mantiveram-se inalterados: Bill Gates, da Microsoft e da Bill & Melinda Gates Foundation é o mais rico; Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, está em segundo com 75,6 mil milhões de dólares e Jeff Bezos, da Amazon chegou este ano aos 72,8 mil milhões de dólares.

O número de mulheres bilionárias também cresceu. Em março de 2016 eram 202, mas este ano já são 227. Zhou Qunfei, fundadora da Lens Technology, é a mulher mais rica do mundo. Alexandra Andresen, com apenas 20 anos, e a irmã, Katharina Andresen, de 21, são as multimilionárias mais jovens a integrar a lista, com uma riqueza avaliada em 1,2 mil milhões de dólares cada uma.

O relatório da Forbes também revela que é nos Estados Unidos que se concentra a maioria dos multimilionários: são 565, contra os 530 que vivem distribuídos pelos vários países da Europa. Na China vivem 319. Se se falar em termos de regiões e não de países, é a região da Ásia-Pacífico que lidera, com um total de 720 multimilionários.

Além de Gates, Buffett e Bezos, o Top 5 ainda inclui Amancio Ortega, dono da Zara, que conta com um património de 71,3 mil milhões de dólares, e Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, cuja riqueza está avaliada em 56 mil milhões de dólares.

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Forbes: Américo Amorim e Soares dos Santos estão mais ricos

Os empresários lideram a lista dos portugueses mais ricos, mas só Soares dos Santos subiu no ranking publicado esta segunda-feira pela revista Forbes. Belmiro abandona o pódio.

Américo Amorim volta a ser o português mais rico do mundo, segundo a lista dos maiores multimilionários publicada pela Forbes. O “rei da cortiça” viu a sua fortuna crescer, mas caiu 16 posições no ranking global (para 385º), tal como todos os portugueses à exceção de Alexandre Soares dos Santos. Belmiro de Azevedo caiu do pódio.

Com 82 anos, Américo Amorim surge na posição número 385, com uma fortuna avaliada em 4,4 mil milhões de dólares. O “rei da cortiça” está mais rico do que no ano passado, muito graças à forte valorização das ações da Corticeira Amorim no ano passado (cerca de 48%). Ainda assim, caiu 16 posições no conceituado ranking da revista norte-americana.

Em segundo lugar entre os portugueses está Alexandre Soares dos Santos, com uma fortuna avaliada em 2,7 mil milhões de dólares. O antigo líder da Jerónimo Martins, que subiu 200 posições na edição do ano passado, foi o único português a dar o salto também este ano. A fortuna cresceu e Soares dos Santos saltou 109 posições para 745º na lista global. Adivinhe: os títulos da Jerónimo Martins somaram 10% no conjunto das sessões entre março de 2016 e março de 2017.

Belmiro de Azevedo só surge na posição 1376. A fortuna do histórico líder da Sonae encolheu em um milhão de dólares no ano passado para 1,5 mil milhões, com as ações da Sonae a desvalorizarem, aproximadamente, 15% no mesmo período. O empresário do retalho, com 79 anos, caiu 255 lugares no ranking global e já nem sequer está entre os três portugueses mais ricos.

É que a ocupar a terceira posição está Demetrio Carceller Coll, com uma fortuna avaliada em 2,1 mil milhões de dólares. O empresário, que detém a empresa de gás Disa Corp. nas Ilhas Canárias e a cervejeira espanhola Damm SA vive, alegadamente, em Londres e Portugal, pelo que, este ano, destrona Belmiro de Azevedo e torna-se o terceiro português mais rico.

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Picuinhas? Este serviço dos correios é para si

Os CTT alargaram o serviço "CTT e-segue" a todos os clientes. Agora, qualquer pessoa pode definir os detalhes de uma encomenda: do dia e hora de entrega à catalogação de "frágil", entre outras opções.

Os CTT continuam a apostar em força no mercado das encomendas online. Depois de permitirem aos portugueses fazerem compras em sites norte-americanos que não enviam para Portugal, os correios possibilitam agora que qualquer cliente defina todos os pormenores no envio de uma encomenda: do dia à hora da entrega, do local de destino à recolha de um objeto na volta do correio, entre muitas outras possibilidades.

É que, a partir desta segunda-feira, a oferta do serviço “CTT e-segue” está disponível para todos os clientes ocasionais, individuais ou empresariais da empresa postal. Era, até aqui, um serviço exclusivo dos clientes contratuais. Com esta decisão, o remetente pode, numa Loja CTT, escolher esta solução e definir os detalhes da encomenda em três grandes grupos de opções: o prazo da entrega, o local da mesma e os extras.

Em relação ao prazo, tudo é flexível. Desde a urgência da entrega à possibilidade de alterar tudo mesmo depois de expedida a encomenda. Entregas aos sábados também passam a ser possíveis, bem como a estipulação de uma janela horária para a entrega ou contacto telefónico prévio. Quanto ao destinatário, e no caso de preferir não envolver uma morada direta, a encomenda pode ser remetida a um dos postos de recolha dos CTT. Seja uma loja da marca, um posto de correio ou uma loja PhoneHouse.

Nos extras, o serviço “CTT e-segue” permite várias tentativas de entrega, condições diferentes para pacotes frágeis e localização da encomenda em tempo real, no computador, no tablet ou no telemóvel. “A encomenda vai até onde estiver o cliente”, indicam os CTT num comunicado, que não indica quanto vai custar este serviço.

Encomendas amparam negócio dos CTT

Com o alargamento da oferta do serviço “CTT e-segue”, são já três as novidades da empresa no campo das encomendas Expresso, apresentadas nos últimos meses: há uma nova solução para facilitar compras em lojas estrangeiras (“CTT express2me”) e outra que permite recolher encomendas numa morada definida pelo cliente (“CTT Click&Ship”). O certo é que a notícia desta segunda-feira não é de estranhar. De todo.

A empresa liderada por Francisco de Lacerda assistiu a uma acentuada redução no tráfego de correio no último trimestre de 2016 — o que, a par com os custos do Banco CTT, penalizou os lucros da firma e 13,7%, de 72,1 milhões de euros em 2015 para 62,2 milhões de euros no conjunto dos trimestres do ano passado. Enquanto a empresa despachou 814,7 milhões de objetos de correio endereçado em 2015, em 2016 já só o fez com 780,2 milhões de objetos.

O ato de enviar uma carta está a ser substituído pelo de enviar um e-mail e até o Estado, um dos principais clientes dos correios, já se rendeu à tendência. Resumindo, não se adivinham dias fáceis para o setor da entrega de correio. No que toca a encomendas, é precisamente o contrário: compra-se mais na internet e há mais pacotes em circulação. Daí os CTT quererem jogar à bola neste campo.

A intenção é, aliás, assumida pela própria empresa no relatório de prestação de contas, submetido ao regulador dos mercados a 9 de março. Nele, os CTT referem que “o negócio de Expresso e Encomendas é um dos eixos que apresenta maior potencial de crescimento”, algo que a companhia explica com a “globalização” e o “dinamismo e crescimento do comércio online”.

Ainda assim, e embora os CTT se proponham a “desempenhar um papel relevante como catalisador do processo que se avizinha de digitalização da economia”, enfrenta a concorrência de outras empresas fortes no setor. Uma delas é a Chronopost, cujo presidente executivo assumiu em entrevista ao ECO querer liderar este mercado até ao final da década.

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Novas cotadas em máximos puxam pelo PSI-20

A Ibersol e a Novabase estão em máximos, no dia em que se estreiam no PSI-20. A praça portuguesa acabou por recuperar das perdas, impulsionada pelos ganhos no setor energético.

A Ibersol e a Novabase estão em máximos, no dia em que se estreiam no principal índice da bolsa nacional. Esta subida está a puxar pelo PSI-20 — que passa hoje de 17 para 19 cotadas — com a praça portuguesa a recuperar das perdas registadas no arranque da sessão. Para este recuperação também está a ser determinante o bom desempenho do setor energético.

O principal índice da bolsa portuguesa abriu em baixa de 0,08%, mas já está a recuperar. O PSI-20 ganha 0,44% para 4.634,12 pontos, contrariando a tendência das praças europeias. Esta recuperação acontece no mesmo dia em que o índice de referência passa de 17 para 19 cotadas com a entrada da Ibersol e da Novabase. As duas empresas foram as escolhidas para integrar a montra do mercado de capitais português no âmbito da revisão anual que se realiza após a exclusão do BPI, que foi alvo de OPA do CaixaBank.

Apesar de o arranque não ter sido o melhor, as duas empresas estão agora em máximos. A Ibersol sobe 1,34% para 14,69 euros, um máximo recorde. Já a Novabase valoriza 1,32% para 3,08 euros, o valor mais elevado desde agosto de 2014.

O desempenho do setor energético também continua a ser determinante para a bolsa nacional. Se, no arranque da sessão, o grupo EDP arrastou o PSI-20 para o vermelho, é agora o responsável pela recuperação. A EDP ganha 0,28% e a EDP Renováveis acelera 0,34%. Já a Galp Energia, outro dos pesos pesados da praça portuguesa, continua no vermelho. A petrolífera cai 0,48% para 13,52 euros, acompanhando a tendência negativa das cotações do petróleo.

O preço do barril de referência para a Europa, o Brent, está a cair 1,02% para os 51,23 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI) cai 1,33% para 48,13 dólares. Esta queda segue-se à divulgação de dados que mostram um aumento do número de plataformas petrolíferas a operar nos EUA, o que se traduz num aumento da produção da matéria-prima.

Na Europa, o cenário continua a pintar-se de vermelho, com o Stoxx 60 a descer 0,22% para os 377,47 pontos. Isto depois de os investidores terem ficado apreensivos pelo facto de a declaração final da reunião de ministros das Finanças do G-20 ter excluído a tradicional condenação ao protecionismo económico e o apoio ao Acordo de Paris sobre o clima, refletindo a relutância do Governo norte-americano sobre os dois assuntos.

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Brexit começa dia 29 de março

Theresa May cumpre assim a promessa de começar as negociações para a saída da UE antes do final deste mês. A primeira-ministra vai acionar formalmente o Artigo 50 no dia 29 de março.

O representante do Reino Unido na União Europeia, Tim Barrow, informou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que a primeira-ministra vai acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa na próxima quarta-feira, dia 29 de março, avança a Bloomberg. Theresa May cumpre assim a promessa de começar as negociações para a saída da UE antes do final deste mês. A informação foi avançada esta segunda-feira de manhã aos jornalistas em Londres pelo porta-voz do nº10 de Downing Street, James Slack.

Nesse dia as instituições europeias vão receber uma carta assinada por May, iniciando-se formalmente o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.”Depois de desencadearmos [o processo] os 27 [Estados-membros) vão acordar as suas diretrizes para as negociações e o mandato de negociação da Comissão”, esclareceu o porta-voz do Governo britânico. “O presidente Tusk disse que espera dar uma primeira resposta dentro de 48 horas”, revelou James Slack, acrescentando que os britânicos querem começar as negociações “prontamente”.

Depois de desencadearmos [o processo] os 27 [Estados-membros) vão acordar as suas diretrizes para as negociações e o mandato de negociação da Comissão.

James Slack

Porta-voz de Theresa May

Segundo Downing Street, antes de dia 29, a primeira-ministra britânica irá à Irlanda do Norte e à Escócia, país que está contra a saída da UE. Segundo o The Guardian, o secretário de Estado responsável pelo Brexit, David Davis, apelidou as negociações das “mais importantes para este país numa geração”. “O Governo é claro nos seus objetivos: [queremos] um acordo que funcione para todas as nações e regiões do Reino Unido e, na verdade, para toda a Europa – uma nova e positiva parceria entre o Reino Unido e os nossos amigos e aliados da União Europeia“, afirmou Davis.

Assim que for acionado o Artigo 50 começará um processo de dois anos (prazo limite) onde se negociará a saída do Reino Unido. Os principais temas são a imigração, a livre circulação de pessoas e o mercado único europeu. Esta manhã o representante da Comissão Europeia para as negociações do Brexit, Michel Barnier, fez um post no Twitter sobre o 4º seminário técnico sobre os impactos da saída dos britânicos.

Segundo a agência Lusa, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, confirmou a informação: “Estamos prontos para começar as negociações, estamos à espera da carta, que agora sabemos que chegará no dia 29. E sim, deste lado tudo a postos”. “A Comissão Europeia irá então imediatamente adotar uma recomendação para abrir as negociações”, o que representará “o mandato legal”, após o qual “o Conselho autorizará a abertura das negociações e adotará formalmente o mandato para o negociador da União Europeia, Michel Barnier”, acrescentou Schinas.

(Notícia atualizada às 12h28 com declarações da Comissão Europeia)

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Portugal entre os 25 países com mais saúde. Itália é líder

  • ECO
  • 20 Março 2017

No Índice de Saúde Global da Bloomberg, Portugal fica em 21º lugar numa lista de 163 países. Itália é o país a nível mundial onde o nível de saúde é mais elevado.

Um bebé que nasça hoje em Itália tem grandes hipóteses de chegar aos oitenta anos, porque o país tem o melhor nível de saúde de todo o mundo. É esta a conclusão do relatório do Índice de Saúde Global da Bloomberg, que avaliou o nível de saúde de 163 países. A Itália ficou em primeiro lugar e Portugal em 21º.

O estudo do nível de saúde da Bloomberg avaliou os países segundo variáveis como a esperança média de vida, as causas mais comuns de morte e os fatores que colocam a saúde da população em risco, como a taxa de indivíduos com tensão alta ou de fumadores, a malnutrição ou o acesso a água potável.

Itália ficou em primeiro lugar como o país com a população mais saudável. Mas como o consegue, tendo em conta que é aquele onde a população tem um olhar mais pessimista em relação à vida, que ainda enfrenta uma forte crise económica e uma pesada dívida financeira, em que o crescimento estagnou e a taxa de desemprego jovem ronda os 40%? Consegue devido ao “excesso de médicos”, segundo afirmou Tom Kenyon, físico e CEO do Project Hope, uma organização internacional sem fins lucrativos.

E não é de estranhar, já que um dos programas mais populares e que está há mais tempo no ar nas televisões italianas é “Un medico in famiglia”. Além da proliferação de profissionais da saúde, os italianos ainda têm a seu favor a dieta mediterrânica, considerada a mais saudável de todas.

Segundo o Índice da Bloomberg, a esperança média de vida em Itália é de mais de 80 anos, enquanto noutros países como a Serra Leoa é muito mais comum morrer-se aos 52 anos. E em Portugal? Os dados mais recentes que nos permitem averiguar a esperança média de vida foram os divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, referentes aos anos de 2013 a 2015, e apontam para uma esperança média de 80,4 anos.

Os portugueses também têm a seu favor a dieta mediterrânica e são mais saudáveis que 24 outros povos da Europa, entre os quais se contam os ingleses, os irlandeses, os belgas ou os dinamarqueses. À nossa frente ficam outros 23 países europeus, como a Grécia, logo acima de nós no nº20, a França, no nº 14º, Espanha, no nº 6º, ou a Islândia, no nº2.

O top 5 dos países mais saudáveis no Índice da Bloomberg, encabeçado pela Itália, conta ainda com a Islândia, Suíça, Singapura e Austrália. O estudo também concluiu que fazer-se parte do grupo dos países desenvolvidos não significa automaticamente ter um melhor nível de saúde: os Estados Unidos, por exemplo, ficaram em 34º lugar devido a terem 67,3% de pessoas obesas entre a sua população, o que os torna um dos países com os piores valores neste campo.

Os estados mais pobres — Luisiana, Mississipi, Alabama e Virgínia Ocidental — contam-se entre os que têm a população mais pesada, com mais de 35% dos seus residentes considerados obesos, de acordo com o Centro de Controlo de Doenças dos Estados Unidos.

Consulte a nossa fotogaleria para ficar a saber os países no top 10 e Portugal:

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BCE: Bancos têm de implementar estratégias “realistas” para reduzirem malparado

O BCE diz que têm de ser os bancos a implementar estratégias "realistas" para reduzirem o malparado. Apesar de não impor metas, o banco tornar-se-á mais "intrusivo" quanto mais grave for o caso.

O Banco Central Europeu (BCE) diz que têm de ser os bancos a apresentar planos “realistas” e “ambiciosos” para reduzir o crédito malparado que está nos balanços das instituições financeiras. O banco central liderado por Mario Draghi não vai impor metas para a diminuição destes empréstimos em incumprimento. Mas avisa que quanto mais grave for o caso, mais “intrusivo” será junto dos bancos. Estas conclusões são apresentadas depois de a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a S&P terem deixado alertas sobre a necessidades de diminuir este fardo que está a limitar a cedência de crédito à economia.

O BCE pede que sejam as “instituições de crédito a implementar estratégicas realistas e ambiciosas para reduzir os créditos não produtivos”, refere o regulador nas suas orientações sobre empréstimos em incumprimento dirigidas a instituições de crédito. Mas como? “A título de exemplo, as instituições de crédito devem assegurar que os quadros de direção são incentivados a aplicar estratégias de redução de NPL [crédito malparado]”.

O banco liderado por Mario Draghi não vai, por isso, estabelecer “objetivos quantitativos” para a redução do crédito malparado, pedindo aos bancos que apresentem uma série de opções em termos de “recuperação, serviços e vendas de carteiras de NPL”.

"O BCE aplicará o princípio da proporcionalidade e ajustará o grau de intrusão dependendo da magnitude e da gravidade dos NPL nas carteiras das instituições de crédito.”

Banco Central Europeu

Mas também esclarece que se vai tornar mais “intrusivo” nas instituições onde este fardo é mais pesado. “O BCE aplicará o princípio da proporcionalidade e ajustará o grau de intrusão dependendo da magnitude e da gravidade dos NPL nas carteiras das instituições de crédito”, lê-se no documento publicado no site do regulador.

Segundo o banco central, estas orientações passarão agora a fazer parte do “diálogo permanente” com os vários bancos em termos de supervisão. Um diálogo que já começou junto das instituições financeiras que apresentam níveis elevados de NPL, às quais vão enviar cartas em breve. “As cartas sobre os NPL conterão elementos qualitativos e visarão assegurar que as instituições de crédito estão a gerir e a abordar os NPL em consonância com as expectativas em matéria de supervisão”, avança.

No final do terceiro trimestre de 2016, o nível de crédito malparado dos grandes bancos da Zona Euro ascendia a 921 mil milhões euros. E Portugal contribuiu para este “bolo”. Depois de a OCDE ter dito que os empréstimos em incumprimento continuam a limitar o investimento, foi a vez de a S&P se pronunciar sobre a banca portuguesa. Se, por um lado, a agência de notação reconhece que foram feitos progressos, por outro, diz que o Governo e as instituições financeiras têm de adotar mais medidas para se reduzir o nível elevado de crédito malparado no balanço dos bancos.

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Montepio: Tomás Correia admite sair se for culpado

"Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas, e de outras acusações que me foram dirigidas", assegura. Tomás Correia é acusado de ajudar o GES numa altura em que o BES já estava em crise.

O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) reagiu esta segunda-feira à notícia de que o Banco de Portugal o acusou, assim como a outros oito ex-gestores do Montepio, de ter financiado o GES numa altura em que o BES já apresentava dificuldades financeiras em 2014. “Se alguma vez se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a meu desfavor, em qualquer tribunal, por quaisquer atos ilícitos, abdicarei do exercício das minhas funções”, escreve Tomás Correia, acrescentando estar “profundamente convicto e seguro de que isso não vai acontecer”.

Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas, e de outras acusações que me foram dirigidas.

Tomás Correia

Presidente da Associação Mutualista do Montepio Geral

“Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas, e de outras acusações que me foram dirigidas”, assegura Tomás Correia em comunicado de imprensa. “Não é difícil contextualizar as notícias num momento em que se questiona a separação da Caixa Económica do património que pertence aos Associados da Associação Mutualista“, analisa o atual presidente da instituição que tem sido notícia nos últimos dias. “É precisamente para nos batermos contra esse tipo de correntes, que em nada favorecem o bom nome do Montepio e dos trabalhadores e gestores que aqui trabalham, que levarei até ao fim o mandato que me foi confiado, ao serviço de todos os Associados do Montepio”, afirma.

O Banco de Portugal acusa os gestores de violação de concessão de crédito e de irregularidades a nível de controlo interno. Mas também da infração a normas e limites no financiamento a partes relacionadas. Em sua defesa, a Associação Mutualista escreve que, “uma vez que se trata de matéria sujeita a sigilo, não é possível publicamente contrapor as matérias de facto da acusação, reduzindo o devido espaço para esclarecimento”. As coimas podem chegar aos quatro mil milhões.

Na investigação que fez, o Banco de Portugal concluiu que a administração liderada por António Tomás Correia não cumpriu as boas regras de análise de crédito nem as normas internas. Carlos Costa fez alertas, mas Tomás Correia acabou por aprovar duas operações de financiamento ao GES durante este período. Essa decisão acabou por custar 140 milhões de euros em imparidades reconhecidas nesse ano pela Caixa Económica Montepio Geral.

(Notícia atualizada às 10h52)

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Renting e leasing crescem a dois dígitos em 2016

  • Lusa
  • 20 Março 2017

A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting justifica o crescimento com a evolução positiva da economia.

A adesão a instrumentos de financiamento especializado está a crescer em Portugal. No ano passado, o leasing e o renting subiram a dois dígitos, reflexo de uma evolução positiva da economia, considera a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela ALF, o renting (aluguer operacional de viaturas) foi um dos protagonistas do financiamento especializado em Portugal no decorrer de 2016, com um crescimento de 15,1% e representando uma produção de 624 milhões de euros, com 31.840 novas viaturas adquiridas no total (25.436 ligeiros de passageiros e 6.404 comerciais).

"Começa a encarar-se com normalidade a mobilidade como um serviço, bem como a valorizar todos os seus principais benefícios, associados à inovação, eficiência, sustentabilidade e economia de custos.”

António Oliveira Martins

Vice-presidente da ALF

“Os números da ALF demonstram que em Portugal se começa a encarar com normalidade a mobilidade como um serviço, bem como a valorizar todos os seus principais benefícios, associados à inovação, eficiência, sustentabilidade e economia de custos”, destaca o vice-presidente da associação responsável pelo renting, António Oliveira Martins.

O leasing (locação financeira), por sua vez, continuou a apresentar uma evolução positiva, destacando-se a locação financeira imobiliária, com um aumento de 10% nos valores de produção, que correspondem a 742 milhões de euros. Já a locação financeira mobiliária, que financia todo o tipo de equipamentos e de viaturas, assinalou também um acréscimo de 5% relativamente ao ano precedente, com uma produção de 1,7 mil milhões de euros (sendo que 1,1 mil milhões de euros reportam a viaturas e 591 milhões de euros a equipamentos).

No total, acrescenta, o leasing foi responsável por injetar 2,46 mil milhões de euros em investimentos em Portugal ao longo de 2016.

"As empresas, especialmente as PME, estão a tirar partido da recuperação económica para modernizar as suas estruturas produtivas financiando-se através do leasing pelas vantagens que obtêm”

Eduardo Moradas

Diretor da ALF responsável pelo leasing

Para o diretor da ALF responsável pelo leasing, Eduardo Moradas, “através destes números constata-se que as empresas, especialmente as PME, estão a tirar partido da recuperação económica para modernizar as suas estruturas produtivas, financiando-se através do leasing pelas vantagens que obtêm, como a flexibilidade dos contratos em termos de prazos, prestações reduzidas e formas de pagamento”.

Já o mercado português do factoring (operação financeira feita por bancos ou sociedades de factoring, que permite às empresas com problemas de liquidez adiantar os recebimentos dos seus clientes) tomou cerca de 24,5 mil milhões de euros em faturas, consubstanciando um aumento de 7%, relativamente aos 22,9 mil milhões de euros registados em 2015, consolidando assim o crescimento iniciado há dois anos.

O factoring internacional continua a ser o segmento que regista maior taxa de crescimento, de 22% comparativamente ao ano anterior — equivalendo a mais 613 milhões de euros em créditos tomados do que em 2015 para cerca de 3,5 mil milhões de euros em 2016. Neste âmbito, o factoring de exportação é a variante que mais contribui, correspondendo a 3,2 mil milhões de euros (enquanto no ano de 2015 tinha ficado pelos 2,7 mil milhões de euros).

O factoring doméstico, por sua vez, registou um volume de negócios de 12,6 mil milhões de euros, apresentando um aumento de 2,6% (mais 320 milhões de euros do que em 2015), o que representa 51,3% da produção total do setor.

"o factoring manteve-se como uma forte e estável opção de financiamento especializado em Portugal, denotando-se ainda um grande potencial de crescimento entre as PME em particular”

Rui Esteves

Responsável da ALF pelo factoring

“Estes dados confirmam que o factoring manteve-se como uma forte e estável opção de financiamento especializado em Portugal, denotando-se ainda um grande potencial de crescimento entre as PME em particular, que cada vez mais recorrem a este mecanismo”, afirmou o vice-presidente da ALF responsável pelo factoring, Rui Esteves.

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