Fundo soberano norueguês lucra com Trump

O maior fundo soberano do mundo viu os seus lucros crescerem em 53 mil milhões de dólares. Obteve um retorno de 6,9% graças às ações que dispararam após a eleição de Trump.

O fundo soberano norueguês já é o maior do mundo… mas está ainda maior. Lucrou 447 mil milhões de coroas suecas (53 mil milhões de dólares ou 50 mil milhões de euros) durante o ano passado, um resultado que se deve essencialmente ao elevado retorno obtido com o investimento em ações. A forte subida dos mercados acionistas após a eleição de Trump ajudou “engordar” o resultado.

O retorno do fundo de 900 mil milhões de dólares ascendeu a 6,9%, no ano passado, arrasando com o resultado obtido um ano antes, quando tinha apresentado uma rentabilidade de 2,7%. Para este resultado contribuíram essencialmente as ações que apresentaram uma valorização de 8,7%, enquanto as obrigações subiram 4,3% e o imobiliário apenas 0,8%.

“O fundo gerou um retorno de 6,9% após um ano marcado por eventos políticos e incerteza”, diz Yngve Slyngstad, o presidente executivo do maior fundo soberano do mundo, citado pela Bloomberg. “Todas as classes de ativos geraram retornos positivos, mas foi o forte desempenho das ações na segunda metade do ano que puxou pelos resultados do fundo”, remata. Foi o quinto ano consecutivo de ganhos do fundo criado com os lucros do petróleo, isto num período em que o Governo retirou dinheiro para fazer face às despesas.

No seguimento da eleição de Donald Trump para presidente dos EUA, apesar do choque inicial, os mercados acionistas dispararam — as bolsas norte-americanas têm atingido recordes consecutivos. A promessa de fortes investimentos públicos, associada à promessa de menor regulação no setor financeiro, animou os investidores que estão a assumir maiores lucros nas empresas.

A exposição do fundo à Europa caiu de 36% para 38,1%, já no caso dos EUA assistiu-se a um aumento de 40% para 42,3%. A exposição à Ásia deslizou ligeiramente para 17,9%, já a aposta nos emergentes ficou praticamente inalterada. Estes mercados representam 10% da carteira de investimentos do fundo soberano da Noruega.

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Já cheira a 5G no MWC

O Mobile World Congress (MWC) deste ano respira 5G, a quinta geração das ligações à internet que se está a construir. Das palavras aos atos, começam a surgir aparelhos com velocidades ultra-rápidas.

O ZTE Gigabit Phone é capaz de atingir velocidades de rede próximas de 1 Gbps.Flávio Nunes/ECO

Há qualquer coisa no ar nesta edição do Mobile World Congress (MWC) — um cheiro a futuro. O aroma vem do stand da ZTE, que desenvolveu um protótipo de telemóvel capaz de atingir velocidades de internet próximas de 1 Gbps [gigabit por segundo]. É o aparelho até agora apresentado que mais se aproxima da tecnologia 5G, a quinta geração de internet. Outras marcas estão a trabalhar em tecnologia semelhante, mas a empresa chinesa decidiu antecipar-se e mostrar ao mundo o Gigabit Phone no Mobile World Congress (MWC) em Barcelona.

O telemóvel ainda não é um produto comercial, na medida em que é apenas uma experiência da marca para mostrar trabalho nesta área. As redes 5G estão a ser um dos temas quentes desta edição do MWC, a maior feira tecnológica de dispositivos móveis do mundo, que conta este ano com mais de 100.000 participantes na cidade catalã. Por outras palavras, não se sabe quando, ou se este telemóvel vai chegar efetivamente ao mercado.

Na feira, o ZTE Gigabit Phone alcançou velocidades teóricas de pouco mais de 970 Mbps [megabits por segundo]. A empresa recorreu a um método em que agrega a cobertura 4G de várias operadoras em simultâneo para as conseguir atingir. É diferente do método mais comum, já mostrado por várias empresas (incluindo a PT Portugal, no Web Summit), onde se usam equipamentos de grandes dimensões e termianis do tamanho de computadores portáteis, o que mostra uma vez mais o seguinte: ainda ninguém sabe bem definir o que é ou vai ser o 5G.

Quanto ao Gigabit Phone, a ZTE garante que está adaptado às novidades que o mercado cada vez mais enaltece. Estamos, claro, a falar da qualidade de vídeo 4K, da realidade virtual e do vídeo em 360 graus. Porém, não nos foi possível experimentar ou ver algo ligado a isso nesta edição do evento.

Pormenor do protótipo do ZTE Gigabit Phone, atingindo velocidades de ligação à volta dos 970 Mbps.Flávio Nunes/ECO

Uma corrida em contrarrelógio

Existem outras marcas a apostar no desenvolvimento de redes de nova geração. Com a emergência da internet das coisas, das casas inteligentes e dos carros conectados — e com os apelos da Comissão Europeia para que as operadoras comecem a lançar cobertura 5G em 2020 –, a Samsung, numa conferência de lançamento à margem do evento, apresentou dois routers com capacidades próximas daquilo que se idealiza vir a ser o 5G. Já a Huawei instalou duas antenas internas no P10 Plus para possibilitar aquilo a que chamou de 4,5G — a geração intermédia. A lista de marcas a dar cartas no 5G é extensa e inclui ainda a Qualcomm e a ARM.

O constante crescimento do número de dispositivos ligados à internet é o fator que mais tem pressionado a transição para o 5G. Existem demasiados dispositivos conectados para a largura de banda disponível, pelo que é preciso encontrar alternativas. O destaque vai para a Ericsson, uma empresa que tem vindo a desenvolver uma investigação contínua ao longo dos últimos anos, na expectativa de liderar o segmento quando o mercado atingir a maturidade. Recorde-se que, em meados deste mês, estabeleceu uma parceria com a Altice Labs na área do desenvolvimento e aceleração do 5G.

A edição do MWC deste ano respira 5G.Flávio Nunes/ECO

O resto é sabido. As marcas iniciaram uma corrida à quinta geração de redes móveis e começam agora a surgir os frutos do percurso até aqui percorrido. Esta edição do MWC é a prova disso, mas também um indicador de que é necessária colaboração entre as empresas para apressar a transição — ao invés de cada uma desenvolver uma tecnologia diferente por si. Porque, no final, o objetivo passa por ter todos os dispositivos ligados uns aos outros da mesma forma. Não de formas diferentes.

O ECO viajou para Barcelona a convite da Huawei Portugal.

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Herdeiro do império Samsung indiciado por corrupção

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2017

Vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo, Lee Jae-Yong, é suspeito de ter pago subornos em troca de favores políticos.

O herdeiro do império da Samsung e quatro outros executivos do maior fabricante de ‘smartphones’ do mundo, foram indiciados hoje nomeadamente por corrupção no âmbito do vasto escândalo que afeta a Coreia do Sul há meses, informou o Ministério Público.

Os procuradores especiais indiciaram hoje o vice-presidente da Samsung Electronics Lee Jae-Yong (…) por corrupção, desfalque, ocultação de ativos no estrangeiro e perjúrio”, afirmou Lee Kyu-Chul, porta-voz da equipa que investiga o escândalo de corrupção e tráfico de influências que levou à destituição, ainda não definitiva, da Presidente, Park Geun-Hye.

Maior fabricante mundial de ‘smartphones’, que representa um quinto da economia sul-coreana, a Samsung vê-se novamente envolvida num escândalo, quando ainda está a tentar recuperar do problema do Galaxy Note 7, cujas baterias explodiam.

Vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo, Lee Jae-Yong, 48 anos, é suspeito de ter pagado cerca de 40 milhões de dólares (cerca de 37 milhões de euros) em subornos à confidente de Park Geun-Hye, Choi Soon-Sil, conhecida como “Rasputina sul-coreana”, em troca de favores políticos.

Lee, que se tornou no patrão de facto da Samsung, depois de o seu pai ter sofrido um ataque de coração em 2014, em prisão preventiva desde dia 17, negou todas as acusações contra si. Os seus colegas enfrentam acusações idênticas à exceção da de perjúrio.

O escândalo em causa centra-se em Choi Soon-Sil, amiga de 40 anos da Presidente, suspeita de ter usado pessoas para obrigar os grandes grupos industriais do país a “dar” quase 70 milhões de dólares (cerca de 65 milhões de euros) a duvidosas fundações por si controladas.

O Ministério Público considerou Park como cúmplice no caso, ao ter permitido que Choi interviesse em assuntos de Estado – apesar de não deter qualquer cargo público.

Choi terá extorquido, com a sua conivência, os principais conglomerados do país para fazer entrar 77.400 milhões de won (cerca de 61 milhões de euros) em duas fundações que controlava, em troca de favores.

O parlamento, controlado pela oposição, aprovou a destituição da Presidente a 09 de dezembro por causa daquele que é um dos maiores escândalos políticos da história recente da Coreia do Sul, uma decisão que terá de ser ratificada pelo Tribunal Constitucional para ser definitiva.

O Tribunal Constitucional tem até junho para decidir se Park tem de abdicar permanentemente ou pode voltar a assumir o cargo. Os poderes presidenciais de Park estão suspensos, com o primeiro-ministro a liderar o Governo. Caso a destituição de Park avance, a Coreia do Sul tem que realizar eleições presidenciais nos 60 dias seguintes.

Mesmo no caso de o Constitucional rejeitar o “impeachment” parlamentar, a Coreia do Sul vai realizar eleições presidenciais no próximo dia 16 de dezembro, já que o mandato de cinco anos de Park Geun-hye está prestes a expirar.

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Para onde emigram os milionários? Austrália

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2017

Qualidade do seu sistema de saúde, com a sua localização, favorável para fazer negócios com países emergentes na Ásia, fazem da Austrália o país perfeito para os emigrantes milionários.

A Austrália foi em 2016, pelo segundo ano consecutivo, o destino favorito para emigração por parte das pessoas com maiores rendimentos do mundo, revela um estudo hoje divulgado.

Ao longo do ano passado, cerca de 11.000 milionários mudaram-se para a Austrália contra os 10.000 que optaram pelos Estados Unidos e os 8.000 que escolheram o Canadá, segundo indica a empresa australiana New World Wealth no seu quarto relatório anual mundial sobre riqueza e migração.

No ‘ranking’ dos principais destinos preferidos pelos milionários seguem-se os Emirados Árabes Unidos (5.000) e Nova Zelândia (4.000).

De acordo com o estudo, a preferência pela Austrália prende-se com a qualidade do seu sistema de saúde, com a sua localização, favorável para fazer negócios com países emergentes na Ásia, e ao facto de ser considerado um dos países mais seguros do mundo, em particular para as crianças.

A New World Wealth também cita como motivos a relativa imunidade face à instabilidade no Médio Oriente, o baixo valor do imposto de sucessão, o clima e as suas praias e um estilo de vida atrativo para amantes dos iates, por exemplo.

O estudo revela, além disso, que a emigração tem vindo a acelerar depois de no ano passado 82.000 milionários se terem mudado contra 64.000 registados no ano anterior.

Para o estudo a empresa compilou estatísticas de programas de visto para investidores, registos de propriedades e vendas em vários países, tendo ainda entrevistado 800 pessoas com bens avaliados em mais de um milhão de dólares.

Na última década, a riqueza total na Austrália aumentou 85% em comparação com 30% e 28% nos Estados Unidos e no Reino Unido, respetivamente.

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EDP Renováveis lucra menos. Paga 5 cêntimos

De 167 milhões, sobraram 56. A EDP Renováveis teve lucros, mas estes encolheram de formas expressiva devido a efeitos não recorrentes. Ainda assim, o dividendo mantém-se,

A EDP Renováveis registou uma forte quebra nos resultados líquidos do último ano. Encolheram em 66%, essencialmente devido a efeitos não recorrentes positivos em 2015 e negativos em 2016. Apesar disso, a empresa liderada por Manso Neto mantém a intenção de distribuir um dividendo de cinco cêntimos por ação.

“O resultado líquido totalizou 56 milhões de euros”, refere a EDP Renováveis. Este valor do total de 2016 compara com os 167 milhões obtidos pela empresa no ano anterior. Porquê uma diferença tão grande? Em 2015 houve o ganho com o controlo da ENEOP, já no ano passado registou um impacto negativo com o “pré-pagamentos/reestruturação da dívida”, diz.

“O resultado líquido ajustado decresceu 4% face 2015 para 104 milhões de euros”, nota, salientando que “em 2016, o EBITDA reportado totalizou 1,171 mil milhões de euros (um aumento de 3% face a 2015). Ajustado por eventos não recorrentes, em 2016, o EBITDA aumentou em 12%, para 1,192 milhões de euros”, diz a empresa.

As receitas da EDP Renováveis aumentaram 7% face a 2015 para 1,651 mil milhões de euros. Este crescimento é reflexo do aumento da oferta da empresa. “O aumento da produção beneficiou das adições de capacidade (mais 11% de capacidade média face a 2015) com um fator de utilização acima da média do portfólio”, nota em comunicado à CMVM.

Dividendos estáveis

Apesar da quebra nos resultados líquidos, a EDP Renováveis quer manter a política de remuneração aos acionistas. Neste sentido, “o Conselho de Administração irá propor em assembleia geral uma distribuição de dividendos de 44 milhões de euros”, ou seja, 78,5% do total dos lucros.

Este montante traduz-se numa remuneração de cinco cêntimos por ação, um valor exatamente igual ao que distribuiu no ano anterior. Este vai ser o quinto ano em que a empresa paga dividendos, sendo que como se trata de uma cotada com sede em Espanha, para evitarem a dupla tributação dos dividendos, os investidores têm, posteriormente, de reclamar o imposto pago no país vizinho.

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Lisboa em queda (pela quinta sessão)

A bolsa poruguesa abriu em queda. Está a recuar pela quinta sessão consecutiva, contrariando a tendência positiva da generalidade dos mercados acionistas europeus.

Já não é uma nem duas. São cinco sessões consecutivas de queda na bolsa nacional. O índice português arrancou o dia de Carnaval com um comportamento negativo, contrariando a tendência registada nos restantes mercados europeus. Numa sessão em que quase todas as cotadas recuam, o Grupo EDP destaca-se.

O índice português, o PSI-20, abriu em queda, acentuando depois essa tendência. Estava a perder 0,42% para 4.599,31 pontos, num dia em que na Europa a cor dominante é o verde. O Carnaval não para os mercados acionistas, mas para muitos investidores deverão manter-se afastados das bolsas, levando a um fraca liquidez. Já na última sessão houve poucos negócios.

Esta queda, a quinta consecutiva da praça portuguesa, explica-se com o desempenho negativo do Grupo EDP. Tanto a EDP como a EDP Renováveis estão a perder valor, isto no dia em que a empresa liderada por Manso Neto revelou resultados líquidos de 56 milhões de euros referentes ao último ano. Foi uma quebra em termos homólogos justificada com a ausência de ganhos extraordinários.

A pesar no comportamento da bolsa está também a Jerónimo Martins, que cede mais de 1%, voltando à tendência negativa que se seguiu à apresentação de lucros recorde em 2016, bem como os CTT. A empresa de correios apresenta uma queda de 1,29% para 5,043 euros, num dia em que o BCP está a perder também quase 1%.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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O que está por detrás da ‘proposta’ da Aethel pelo Novo Banco?

O fundo Aethel Partners apresentou uma oferta de 3,8 mil milhões de euros para comprar o Novo Banco, acima de todas as outras. Mas a proposta tem um grande senão que ameaça a sua viabilidade.

À 25ª hora, há um novo candidato à compra do Novo Banco? Sim e não. O fundo Aethel Partners, sediado em Londres e que tem como líder o português Ricardo Santos Silva, apresentou uma oferta global de 3,8 mil milhões de euros, um valor que nenhum outro candidato ofereceu em mais de um ano de negociações pelo Novo Banco. Só que esta oferta está condicionada a uma indemnização do Fundo de Resolução a investidores que têm processos contra o Estado e que fazem parte deste consórcio da Aethel. E que desistiriam dos processos, claro. Exemplos: fundos internacionais que investiram na Oak Finance, um veículo do Goldman Sachs que perdeu 835 milhões de dólares no BES/Novo Banco, e que estão em litigância com o Banco de Portugal.

A carta da Aethel Partners chegou ao Governo e ao Banco de Portugal na sexta-feira, dia 24 de fevereiro, já depois de anunciado que a negociação da venda do Novo Banco seria feita em exclusivo com o fundo Lone Star. Noticiada pelo Jornal de Negócios (acesso pago), a oferta da Aethel é, na verdade, ainda uma carta de intenções. Duas páginas em que o fundo explica, de forma preliminar, ao que vai e cita o nome de três dos investidores que estão por detrás da Aethel Partners: o New Zealand Superannuation Fund, o Silver Point Capital e o Elliot International. Estes três investidores institucionais investiram no veículo criado pelo Goldman Sachs, a Oak Finance. Esta sociedade financeira investiu em obrigações do BES que, no final de 2014, já no quadro do Novo Banco, passaram para o ‘banco mau’. Estes investidores, claro, promoveram processos contra o Banco de Portugal que estão ainda a correr.

A Aethel Partners admite pagar 2,8 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução pela compra de 100% do Novo Banco e, em cima deste pagamento, assume uma recapitalização do banco que sucedeu ao BES em mil milhões de euros. Abre a porta à desistência dos processos que estão agora em tribunal — da Oak Finance, mas também de outros investidores e acionistas que não estão identificados na carta de intenções, mas integram o fundo –, mas, em contrapartida, exige uma indemnização do próprio Fundo de Resolução. Em que valor? Na carta, não é claro que montante estará em causa, mas deverá ser no mínimo 2,8 mil milhões de euros.

O Governo e o Banco de Portugal não fazem comentários sobre a carta da Aethel, até porque corre neste momento um processo negocial com o Lone Star, em regime de exclusividade e de acordo com os termos do concurso lançado no dia 15 de janeiro de 2015.

Ainda assim, como referia ao ECO uma fonte que participa nas negociações do lado do Estado, “não é possível ignorar que existe uma carta” e, por isso, “serão feitas as devidas diligências para avaliar o que está em causa” nesta proposta.

Haverá uma resposta à Aethel Partners, sobretudo com perguntas sobre o que (não) está escrito na carta enviada ao Governo, já nos próximos dias. As mesmas fontes referem, de qualquer forma, que o processo escolhido pelo fundo inglês não foi bem recebido, sobretudo porque a proposta apareceu na imprensa logo depois de ser enviada ao Governo, com conhecimento do Banco de Portugal. “Não é uma forma correta de negociação e parece, sobretudo, uma pressão política”, diz outra fonte ao ECO.

A proposta da Aethel Partners enfrenta, pelo menos, duas dificuldades, qual delas a mais difícil de ultrapassar para haver uma negociação efetiva pelo Novo Banco: o processo de negociação com o Lone Star está enquadrado no concurso oficial lançado internacionalmente. E que, até há pouco mais de uma semana, tinha ainda na corrida o consórcio Apollo/Centerbridge, que ficou para trás por decisão do Banco de Portugal, com a concordância do Governo. Depois, o envolvimento do Fundo de Resolução e uma eventual indemnização aos investidores que estão na Aethel e que constam dos ‘lesados’ da resolução do BES abriria uma caixa de Pandora, leia-se novos pedidos de indemnização ao Banco de Portugal.

Finalmente, a Aethel concorreu à compra do Banco Efisa, através de uma outra sociedade, com outros acionistas, denominada Pivot SGPS. Esta sociedade — que também tem Miguel Relvas como acionista — ganhou o concurso lançado pelo Governo em outubro de 2015, mas, até ao momento, não recebeu luz verde do BCE, condição essencial para a sua efetivação. A venda, realizada pela Parpública, foi feita por 38,3 milhões de euros, um valor abaixo do capital posto por aquela sociedade de participações públicas na instituição, que foi de 77,5 milhões de euros desde em 2012.

O Governo, que está agora ao leme das negociações com o Lone Star e que já está, também, em contacto com as autoridades europeias, isto é, a Direção-Geral da Concorrência e o BCE, pode sempre tomar outra decisão política. Pode encerrar as negociações com o Lone Star e abrir outra frente de discussões, mas sabe que há uma data-limite para o Novo Banco como banco de transição: 3 de agosto de 2017.

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Sócrates: Bava e Granadeiro vieram “encher” o processo

O ex-primeiro-ministro considera que o Ministério Público constituiu os ex-presidentes da PT arguidos na Operação Marquês para "encher" um processo que, na sua opinião "está vazio".

O antigo primeiro-ministro José Sócrates considera que Zeinal Bava e Henrique Granadeiro foram constituídos arguidos na Operação Marquês para “encher” um processo que “está vazio”.

Numa entrevista à TVI de reação ao livro publicado pelo ex-Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, Sócrates sublinha a “consonância” entre “as insinuações do senhor Presidente da República e as suspeitas do Ministério Público”, que neste inquérito tem “uma motivação política”.

Comecei a reparar numa certa consonância entre as insinuações do senhor Presidente da República e as suspeitas do Ministério Público.

José Sócrates

Antigo primeiro-ministro

Num ataque à forma como o processo tem sido conduzido, Sócrates defende que as suspeitas que incidem agora sobre a PT são “tão infundadas como foram as referentes ao Grupo Lena, Parque Escolar e Vale de Lobo”.

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro “estavam a ser investigados no âmbito da Rioforte e da PT e agora foram trazidos para este processo para encher um processo que está vazio”, defendeu José Sócrates.

José Sócrates, na entrevista conduzida por Judite de Sousa, rejeita a suspeita do Ministério Público de que alegadamente teria influenciado a posição da Caixa Geral de Depósitos na OPA da Sonae à PT. “É falso”, frisa o ex-governante, argumentando que a OPA teria sido chumbada, mesmo que a Caixa tivesse votado a favor da mesma.

No seu livro “Quintas-feiras e outros dias”, o ex-Presidente da República diz que o ex-primeiro-ministro terá pedido ao banco público para dar garantias “de avultado montante” a “uma certa empresa”. “É mentira”, diz Sócrates, numa das muitas vezes que acusou Cavaco de faltar à verdade no livro. “Nunca a Caixa prestou uma garantia bancária a uma empresa que tenha concorrido à Transmontana”. Além disso, acrescentou, o concurso foi em 2007 e não em 2009 como refere o ex-Chefe de Estado.

Sócrates acusa Cavaco de “faltar à verdade”

Sócrates acusa ainda Cavaco Silva de mentir a propósito do episódio das alegadas escutas e dá como provas um email do então assessor do Chefe de Estado, Fernando Lima, e o próprio livro de memórias do mesmo que apresentam versões diferentes das que Cavaco apresenta. O episódio que, segundo José Sócrates, “marcou o ponto de viragem nas relações” com o Chefe de Estado.

“Um livro inusitado e extraordinário” que revela a falta de “sentido de Estado” de Cavaco. “Nunca um ex-presidente da República escreveu um livro a relatar as com o primeiro-ministro”, aponta Sócrates, “o mínimo sentido de Estado levou os Presidentes a nunca referir essas conversas”. “E tinham boas razões para isso”, acrescenta. Além de que, “o problema não é apenas ter revelado essas conversas. É deturpá-las e faltar à verdade”.

Cavaco Silva, na entrevista à RTP para apresentar o seu livro de memórias, garante que não teve quaisquer dilemas morais em revelar essas conversas porque estava “a preencher uma lacuna que existe no país no exercício dos poderes presidenciais”. Além de que “as conversas eram privadas não secretas”. Para Cavaco o livro não é “um ajuste de contas” com ninguém, mas antes “o prestar contas aos portugueses pelo desempenho de cargos públicos”, algo que considera ser seu “dever”.

Para Sócrates “há memórias e há bisbilhotice política”, categoria na qual encaixa o livro “Quintas-feiras e outros dias”.

Este livro não passa de um traiçoeiro, de um vil e de um mesquinho ataque contra mim. Isto não se trata de nenhuma prestação de contas, isto trata-se de um ataque político a um adversário.

José Sócrates

Antigo primeiro-ministro

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Wall Street à espera de Trump com novos recordes

Os principais índices bolsistas norte-americanos registaram ganhos modestos, mas ainda assim bateram novos máximos históricos.

Foi pouco, mas o suficiente para fazer história. As ações norte-americanas encerraram esta segunda-feira com ganhos muito ligeiros, mas que não impediram a assinatura de novos máximos históricos, apesar da expectativa dos investidores relativamente ao discurso de Donald Trump perante o Congresso nesta terça-feira.

Após uma abertura em terreno de perdas, os principais índices bolsistas norte-americanos acabaram por inverter o rumo para fecharem com ganhos ligeiros. Foi o que aconteceu com o S&P 500, que terminou a somar 0,09%, para os 2.369,25 pontos, em novos máximos de sempre, acontecendo o mesmo com o industrial Dow Jones que avançou 0,08%, para terminar nos 20.837,44 pontos. O índice industrial prolongou assim o mais extenso ciclo de ganhos em 30 anos. Já o Nasdaq encerrou a sessão a ganhar 0,28%, para os 5.861,899 pontos, também bem próximo de níveis recorde. Os títulos do setor energético foram aqueles que mais suportaram os ganhos apresentados pelos principais índices norte-americanos na sessão de hoje.

No entanto, a cautela acabou por ser a palavra de ordem no mercado acionista dos Estados Unidos, numa altura em que as opiniões dos investidores se dividem em relação à atuação do novo presidente dos EUA. Enquanto uns esperam que, nesta terça-feira, Donald Trump venha a revelar detalhes relativamente a medidas em prol do clima dos negócios — incluindo a reforma tributária, o repatriamento de capitais e o aumento dos gastos com infraestruturas –, outros mostravam-se reticentes em relação às medidas que o presidente dos EUA irá apresentar perante o Congresso.

Os mercados não vão fazer nada enquanto não se souber o que vai acontecer amanhã“, disse Jeffreu Saut, diretor de investimentos da norte-americana Raymond Financial, citado pela Reuters. “Os investidores querem algo concreto acerca dos impostos às empresas e ao repatriamento”, acrescentou o mesmo especialista.

Entretanto, esta segunda-feira, Donald Trump apresentou o seu primeiro draft para o Orçamento federal de 2018, e entre opções previsíveis e outras mais surpreendentes destaca-se um aumento marcado nas despesas militares: o novo Presidente dos Estados Unidos pretende que o país gaste mais 9% em defesa, o que se traduz num aumento de cerca de 50 mil milhões de euros.

Excluindo o impacto da esfera política sobre os mercados acionistas norte-americanos, e olhando para a performance empresarial, o balanço tem sido positivo. Numa altura em que mais de 90% das cotadas do S&P 500 — índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos Estados Unidos — já apresentaram contas, cerca de três quartos bateram as estimativas de lucros, enquanto metade superaram as previsões de vendas, mostram dados compilados pela Bloomberg.

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Soares da Costa vende Autoestrada Transmontana a construtora espanhola Globalvia

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2017

A empresa reduziu o passivo em 127,5 milhões ao vender participações à mesma construtora espanhola à qual vendera a sua parte na Autoestrada da Beira Interior.

A SDC Investimentos anunciou hoje a venda das suas participações na subconcessão da Autoestrada Transmontana à construtora espanhola Globalvia, segundo informou esta segunda-feira num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa esclarece no comunicado que a venda destas participações contribuiu para uma redução do passivo consolidado da empresa em 127,5 milhões de euros.

Foram vendidas as participações da SDC Investimentos, antiga Soares da Costa, na Auto-estradas XXI – Subconcessionária Transmontana, na Operestradas XXI SA e na Exproestradas XXI – AE Transmontana SA, ligadas à concessão da Autoestrada Transmontana.

A SDC Investimentos acrescenta, no mesmo comunicado, que realiza negociações com instituições financeiras, embora “com expressão não muito significativa, assim como permanece em execução o acordo de princípio estabelecido com a Investéder – Investimentos, Lda – que atualmente é o principal credor do grupo com 128 milhões de euros – conforme informado no comunicado desta sociedade sobre o processo de reestruturação das suas responsabilidades financeiras datado de 23 dezembro de 2016″.

Desde a comunicação no dia 23 de dezembro de que a Soares da Costa iria começar a alienar as suas participações em concessões rodoviárias, a empresa também já vendeu a sua posição na Autoestrada da Beira Interior, também à Globalvia.

A Globalvia Inversiones SA gere atualmente 28 projetos em oito países, incluindo nos EUA, segundo o seu site oficial.

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Offshores: Maria Luís Albuquerque disponível para esclarecer Parlamento

  • ECO e Lusa
  • 27 Fevereiro 2017

Depois do ataque do Bloco de Esquerda, a ex-ministra das Finanças diz estar disponível para prestar esclarecimentos “em primeiro lugar” ao Parlamento no caso das 'offshores'.

A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque disse hoje estar disponível para prestar esclarecimentos “em primeiro lugar” ao Parlamento, a propósito da polémica à volta das transferências para paraísos fiscais.

Questionada pela agência Lusa, perante pedidos de explicações dos partidos de esquerda, a vice-presidente do PSD respondeu que está e estará “sempre disponível para prestar esclarecimentos” sobre a sua atuação “enquanto membro do Governo”.

“O Parlamento merece-me todo o respeito, mesmo se não o tem merecido por parte de todos os responsáveis, pelo que os esclarecimentos que me venham a ser solicitados serão prestados em primeiro lugar aos deputados, como de resto sempre fiz”, refere, numa nota enviada à Lusa.

Hoje, a coordenadora do BE Catarina Martins disse estranhar o “silêncio ensurdecedor” da anterior ministra das Finanças sobre este caso, depois de o PS e o PCP também terem acusado o anterior Executivo PSD/CDS-PP de ter responsabilidades políticas.

Transferências de dinheiro para paraísos fiscais concretizadas entre 2011 e 2014, durante a governação PSD/CDS-PP, sem controlo estatístico por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, como a lei obriga, levaram os partidos com assento parlamentar a solicitar audições urgentes do atual e do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade e Paulo Núncio, que acontecerão na quarta-feira.

O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio veio no sábado “publicamente reconhecer a responsabilidade política pela decisão da não publicação das estatísticas sobre as transferências realizadas para território ‘offshore’” entre 2011 e 2014, mas salientou que o mais importante agora é saber se o erário público foi prejudicado com esta situação.

No entanto, PS, PCP e BE já consideraram esta declaração insuficiente, considerando que são necessárias mais explicações. Maria Luís Albuquerque foi ministra das Finanças do Governo PSD/CDS entre 2013 e 2015, sucedendo no cargo a Vítor Gaspar.

No seu espaço semanal de comentário, Marques Mendes defendeu que tanto Maria Luís Albuquerque como o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar deveriam prestar esclarecimentos ao Parlamento. Uma ideia, aliás, também defendida pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.

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Angola quer ajuda das empresas espanholas para mudar modelo económico

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2017

Ministro das Finanças de Angola pediu a representantes de 70 empresas espanholas ajuda no processo em curso de mudança de modelo económico baseado na dependência do petróleo.

O ministro das Finanças de Angola pediu hoje em Madrid aos representantes de 70 empresas espanholas ajuda no processo em curso de mudança de modelo económico e produtivo até agora baseado na dependência em petróleo.

“Atualmente, estamos em plena adaptação para um novo paradigma económico”, disse Archer Mangueira, citado numa nota à imprensa difundida pelo Ministério da Economia espanhola.

O ministro angolano acrescentou que o país está em “plena adaptação para um novo paradigma económico”, que ainda “depende da exportação de petróleo” e que, mesmo que o preço deste produto tenha “recuperado nos últimos meses”, Luanda sabe que não haverá um regresso “à situação anterior”.

Para levar a cabo a adaptação desejada, Archer Mangueira explicou a mais de 70 empresas presentes que o seu Governo “conta com as empresas espanholas para fazer que Angola volte a ser um país multi exportador”, segundo a nota de imprensa.

Angola manifestou a sua necessidade de “alterar o atual modelo económico e produtivo para acabar com a sua dependência no petróleo”, e para isso necessita de “investimento estrangeiro nos setores que considera serem estratégicos”, como são as infraestruturas, energias renováveis, saúde, novas tecnologias ou agroalimentar.

Por seu lado, o presidente do Banco de Desenvolvimento de Angola, Manuel Neto Da Costa, também citado na nota de imprensa, sublinhou a estratégia posta em marcha pelo Governo angolano para regularizar a dívida que Angola tem com as empresas espanholas.

“O nosso compromisso é pagar a dívida que está certificada, porque queremos criar boas expectativas para as empresas espanholas”, concluiu.

A secretária de Estado do Comércio espanhola, Maria Poncela, destacou o esforço que o Governo angolano tem levado a cabo com medidas de contenção da despesa pública e da despesa pública e lembrou as medidas que Madrid põe à disposição das empresas do país para cofinanciar projetos de investimento em Angola.

O presidente Confederação Espanhola de Confederações Empresariais, José María Lacasa, recordou que atualmente há cerca de 50 empresas espanholas a trabalhar em Angola, o segundo destino mais importante dos investimentos espanhóis na África subsaariana.

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