Juros caem. E a bolsa também

  • Rita Atalaia
  • 22 Fevereiro 2017

O FMI aplaudiu os esforços orçamentais de Portugal. Um sinal positivo para o Governo mas também para o mercado, com os juros a dez anos abaixo dos 4%. E a bolsa? O PSI-20 voltou ao vermelho.

Apesar de todos os alertas, o FMI reconheceu que o objetivo orçamental de 2016 parece ter sido cumprido. E a Comissão Europeia veio hoje confirmar que a redução do défice vai permitir ao país sair do Procedimento por Défices Excessivos. Um sinal positivo para o Governo, mas também para os investidores. Os juros da dívida portuguesa a dez anos voltaram a cair abaixo dos 4%. Um otimismo que não contagiou a bolsa nacional.

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Venda da Monterroio faz disparar lucros da Jerónimo Martins

A dona do Pingo Doce vendeu a subsidiária Monterroio no ano passado, por 310 milhões de euros, com uma mais valia de 75 milhões. A empresa vai pagar um dividendo de 0,605 euros por ação.

A Jerónimo Martins registou lucros de 593 milhões de euros em 2016, resultado que representa um aumento de 78% face ao ano anterior, mas que fica aquém das expectativas dos analistas, que antecipavam lucros superiores a 600 milhões.

Sem o impacto da Monterroio, os resultados líquidos de 2016 teriam sido de 361 milhões de euros. A Jerónimo Martins vendeu, no ano passado, a totalidade desta subsidiária à família Soares dos Santos, por 310 milhões de euros, o que resultou numa mais-valia de 75 milhões.

A empresa faturou 14.6 mil milhões de euros, mais 6,5% do que em 2015. A margem aumentou 6%, para 3,1 mil milhões de euros, enquanto os custos operacionais caíram 5,3%, para 2,2 mil milhões de euros. Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se nos 862 milhões de euros, mais 7,8% do que em 2015.

A contribuir para o aumento das vendas esteve, sobretudo, a Biedronka, retalhista que a Jerónimo Martins detém na Polónia, cujas vendas aumentaram 6,3%, totalizando 9.781 milhões de euros. Em Portugal, as vendas do Pingo Doce subiram 4,4%, para 3.558 milhões de euros.

Empresa paga 380 milhões de dividendos

Perante estes resultados, o conselho de administração da empresa decidiu propor, na próxima Assembleia Geral de Acionistas, que decorre a 6 de abril, o pagamento de um dividendo de 0,605 euros por ação, o que corresponde a 380,2 milhões de euros. Significa isto que a empresa vai distribuir pelos acionistas mais de 64% do que obteve em lucros. Com base na cotação de fecho desta quarta-feira, de 16,20 euros por ação, a rentabilidade do dividendo da Jerónimo Martins está nos 3,73%.

O dividendo que Jerónimo Martins vai agora propor aos acionistas representa também mais do dobro daquele que ofereceu no exercício de 2015. Nesse ano, a empresa pagou um dividendo de 0,265 euros por ação, o equivalente a 166,5 milhões de euros.

“Apesar do aumento significativo no dividendo deste ano, tendo em conta a atual posição líquida de caixa e a expectativa de continuar a gerar um forte fluxo de caixa, não os planos de investimento se mantêm inalterados, como se conserva a flexibilidade para tirar proveito de qualquer oportunidade de expansão que possa surgir no curto prazo”, refere a empresa, no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Notícia atualizada às 18h29 com mais informação.

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Passos sobre transferências para offshores: “Nunca tive conhecimento”

  • Margarida Peixoto
  • 22 Fevereiro 2017

Pedro Passos Coelho, ex-primeiro-ministro, garantiu que desconhecia a eventual falta de vigilância do Fisco na transferência de 10 mil milhões de euros para offshores, durante o seu mandato.

Pedro Passos Coelho assegurou que quer levar os esclarecimentos sobre a falta de vigilância de 10 mil milhões de euros “até às últimas consequências”.Paula Nunes / ECO 22 fevereiro, 2017

Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, garantiu esta quarta-feira que desconhecia que a Autoridade Tributária não estivesse a fiscalizar todas as transferências de dinheiro para offshores, durante o seu mandato. Assegurou que os social-democratas levarão “até às últimas consequências” o esclarecimento da matéria, mas não se esquivou a críticas recorrentes por parte do primeiro-ministro, António Costa.

A polémica das transferências para offshores marcou o debate quinzenal desta quarta-feira, na Assembleia da República. O primeiro-ministro, PS, BE, PCP e Os Verdes fizeram questão de criticar o anterior Governo PSD/CDS-PP por ter permitido que durante o seu mandato escapassem cerca de dez mil milhões de euros para territórios offshores.

Passos Coelho tentou estancar a polémica cedo, garantindo que o PSD vai querer apurar todas as responsabilidades, mas as críticas foram surgindo repetidamente, à menor oportunidade. Por exemplo, António Costa aproveitou uma resposta a Jerónimo de Sousa para acusar o PSD de ter sido rápido a penhorar as casas de contribuintes em atraso para com o Fisco, mas ao mesmo tempo permitiu que escapassem estes dez mil milhões de euros.

A crítica irritou Passos Coelho: fora do seu tempo de intervenção e de microfone desligado, o líder do PSD acusou o primeiro-ministro de “insinuações de baixo nível” e de não ter “moral para as fazer”.

Durante o seu tempo de intervenção, no início do debate, Passos já tinha respondido sobre o assunto. “Nunca tive conhecimento de qualquer situação destas”, assegurou. E garantiu: “Hoje, na oposição, sou o primeiro interessado em que se apure exatamente tudo o que se passou.”

Passos disse querer saber “em que circunstâncias se trouxe à luz do dia as discrepâncias” nos valores apurados de transferências, “quando é que o Governo tomou conhecimento da matéria, se se deveu ao facto de não haver publicação de estatísticas ou se os factos não estão ligados” e, se não houve tratamento fiscal, “que razões apresenta a Autoridade Tributária.”

E tentou rematar o assunto, desviando para a polémica da CGD: “Levaremos até às últimas consequências, faremos hoje na oposição exatamente o contrário do que os senhores estão a fazer com a CGD, onde existe uma plena ocultação e uma violação das regras mais básicas da transparência.”

BE promete recuperar proposta sobre offshores

Mas o tema permaneceria durante todo o debate. No arranque, Catarina Martins, coordenadora do BE, já tinha garantido que os bloquistas voltarão a apresentar a proposta — chumbada no passado pelo PSD, CDS e PS — de proibição de “quaisquer transferências para offshores não cooperantes”. E frisou que o BE (tal como o PS e o PCP) vai exigir explicações dos atuais e dos anteriores responsáveis, para garantir que “não se repete a fuga”, que “quem a permitiu seja responsabilizado” e que se fiscalize o que ainda for a tempo.

Catarina Martins pediu também garantias de que não haverá no futuro nenhuma “amnistia fiscal” para os valores transferidos para offshores. Mas sobre isto António Costa não respondeu. O primeiro-ministro recapitulou apenas o que já foi feito, quando a discrepância de valores foi identificada. Frisou que pediu à Inspeção Geral de Finanças que investigue os motivos pelos quais entre 2011 e 2014 a Autoridade Tributária foi dispensada de verificar as transferências.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, também se referiu ao assunto, pressionando, com ironia, para que sejam apuradas responsabilidades. Defendeu que o anterior Executivo foi “forte com os fracos e fraco com os fortes” e notou que pelas respostas que têm sido dadas “é caso para dizer que a culpa morre solteira — ou então vai ser da empregada da limpeza que avariou o computador“.

Assunção Cristas, líder do CDS — o partido que tinha a tutela do Fisco no anterior Executivo de coligação da direita — exigiu a Costa o compromisso de pedir à Autoridade Tributária que investigue tudo e acusou Costa de não estar preocupado com as offshores, já que “retirou três territórios da lista das offshores”. Mas Costa esclareceu que os territórios foram retirados da lista porque “passaram a ser considerados pela OCDE como cumpridores”.

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Comissão quer indemnizações mais baixas no caso de despedimento ilícito

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 22 Fevereiro 2017

Há uma distância larga entre aquilo que os empregadores pagam no âmbito de um despedimento lícito e ilícito, nota a Comissão.

A Comissão Europeia entende que Portugal deve reduzir as indemnizações devidas quando o despedimento é considerado ilícito. A mensagem não é nova: Bruxelas já o tinha defendido no âmbito do programa de ajustamento e, recentemente, a OCDE veio novamente tocar no assunto.

No relatório publicado esta quarta-feira, a Comissão Europeia nota que as compensações devidas em caso de despedimento legal já baixaram no âmbito do programa de ajustamento português, o que melhorou a “perceção dos empregadores sobre a flexibilidade de práticas de contratação e despedimento”. Mas nada se fez no que toca aos despedimentos ilícitos, acrescenta.

Há uma distância larga entre aquilo que os empregadores pagam no âmbito de um despedimento lícito e ilícito, sublinha o relatório. Além disso, quando o despedimento é considerado ilegal, o trabalhador tem direito a voltar a ocupar o seu posto de trabalho antigo. De acordo com o relatório, isto pode incentivar o recurso aos tribunais, o que, aliado à “ineficiências no sistema judicial”, pode gerar incerteza no que toca a custos de despedimento. Por tudo isto, as empresas podem preferir contratar numa base temporária, alerta a Comissão.

Atualmente, um trabalhador despedido tem direito a receber uma compensação baseada numa fórmula que pode chegar a contar com quatro parcelas (30, 20, 18 e 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano de casa). Só quem iniciou contrato a partir de outubro de 2013 está abrangido por um regime menos complexo, mas mais penalizador: 12 dias de salário por cada ano de antiguidade no caso de contratos sem termo; 18 dias no caso de contratos a termo (baixando para 12 dias a partir do quarto ano). A indemnização está limitada a 12 salários.

E se o despedimento for considerado ilícito? Aqui, o trabalhador tem direito a uma indemnização, em substituição da reintegração, que varia entre 15 e 45 dias de retribuição base e diuturnidades. É para esta norma que aponta o relatório da Comissão. Mas se estiver em causa uma microempresa ou um cargo de administração ou direção, a lei admite que seja o empregador a pedir que o trabalhador não seja reintegrado e, neste caso, a indemnização varia entre 30 e 60 dias de salário por ano de antiguidade, com o mínimo de seis retribuições.

Em janeiro, a OCDE também defendeu, no seu relatório que avalia as reformas do mercado de trabalho entre 2011 e 2015, um corte nas indemnizações em caso de despedimento ilícito, recomendando ainda que a obrigação de reintegrar os trabalhadores despedidos seja limitada. Mas o ministro do Trabalho descartou qualquer medida para facilitar despedimentos ou cortar indemnizações. “Não está em cima da mesa nenhuma alteração que facilite despedimentos, não acho que esse seja um problema da economia portuguesa e das empresas portuguesas, nem a maioria das empresas o acha”.

Salário mínimo pode reduzir pobreza mas acarreta riscos

A Comissão nota que o aumento do salário mínimo — que em janeiro atingiu os 557 euros — não está alinhado com a inflação nem com a produtividade.

E se, por um lado, pode reduzir a pobreza entre trabalhadores, por outro, envolve riscos para o emprego de pessoas com salários mais baixos, onde ganham destaque os jovens e os menos qualificados, frisa o relatório. “Num contexto de recuperação do emprego, estes riscos ainda não se materializaram”, nota a Comissão.

Portugal tem um dos salários mínimos mais próximos do salário mediano e o número de pessoas abrangidas pela remuneração mínima também cresceu — de 16% em outubro de de 2014 para 21% nos primeiros nove meses de 2016, indica o relatório. Em 2017, a abrangência deverá continuar a aumentar. Até porque o salário mínimo entre os novos contratados aumentou de um valor abaixo de 25% em 2014 para cerca de 38% em meados de 2016, diz a Comissão.

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PSI-20 interrompe maior ciclo de ganhos em meio ano

  • Rita Atalaia
  • 22 Fevereiro 2017

Acabou a maré de sorte para a bolsa nacional. O mais prolongado ciclo de ganhos em meio ano foi hoje interrompido, com o PSI-20 a encerrar no vermelho. BCP e Jerónimo Martins pressionaram.

Acabou a maré de sorte para a bolsa nacional. O PSI-20 interrompeu o ciclo de ganhos, depois de seis sessões consecutivas de subidas. O índice de referência acabou por acompanhar a tendência das pares europeias, pressionado pelo retalho e pela banca. E tudo isto num dia em que os juros da dívida portuguesa a dez anos regressaram a valores abaixo dos 4%, depois de o Fundo Monetário Internacional ter dito que crescimento económico de Portugal acima do previsto é “bem-vindo”.

O PSI-20 fechou em baixa de 0,5% para 4.663,14 pontos, depois de ter arrancado a negociação nos 4.695,09 pontos, o nível mais elevado desde janeiro. A bolsa nacional não resistiu às perdas da Jerónimo Martins. A retalhista fechou a cair 1,22% para os 16,20 euros, antes de prestar contas ao mercado. A dona do Pingo Doce anuncia resultados esta quarta-feira, após o fecho da bolsa. Os analistas do BPI Equity Research estimam um resultado líquido de 102 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado.

Na banca, destaque negativo para o BCP. O banco liderado por Nuno Amado desvalorizou 2,86% para os 15,30 cêntimos. O FMI referiu, na quinta avaliação a Portugal, que os bancos têm de fazer ainda mais para resolver o crédito malparado, incluindo aumentar as provisões. No setor energético, a EDP fechou com poucas alterações, enquanto a EDP Renováveis perdeu 0,11%.

Mas nem todas as cotadas cederam a esta maré vermelha. Para além da Galp Energia — que ganhou 0,26% — a Corticeira Amorim, que apresentou esta manhã um resultado líquido de 102 milhões de euros e a proposta de um dividendo de 18 cêntimos por ação, somou 1,03% para 9,82 euros.

“Achamos que a Corticeira Amorim continua a gozar de um bom momento no mercado das rolhas de cortiça, especialmente nos segmentos premium”, destaca a análise do Haitong aos resultados apresentados esta manhã pela empresa liderada por António Rios de Amorim. “Novas aplicações para a cortiça é outra área de crescimento com a Corticeira Amorim a apostar numa unidade especializada no desenvolvimento de novas alternativas que podem representar novas formas de crescimento”, dizem ainda.

Na Europa, o cenário pintou-se de vermelho, com o Stoxx 600 ligeiramente abaixo da linha de água. Nem mesmo as ações do Lloyds, que dispararam 4%, foram suficientes para animar o mercado. Uma subida que aconteceu depois de o banco liderado por António Horta Osório ter reportado o dobro dos lucros e aumentado os dividendos.

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Top10: Sabe quem recebeu mais apoios comunitários?

O Portugal 2020 tem uma dotação de 25 mil milhões de euros que o país pode utilizar até 2020 (com uma tolerância de mais dois anos). Saiba quais os projetos que já receberam mais apoio até agora.

Sabe quais são os projetos que mais dinheiro receberam do novo quadro comunitário de apoio? O mais beneficiado recebeu 77,43 milhões de euros. Foram atribuídos num só concurso à Direção-Geral do Ensino Superior para o financiamento de Bolsas e Programas para Estudantes do Ensino Superior.

De acordo com os dados referentes a 31 de dezembro de 2016, o Programa Operacional Capital Humano (POCH) é até agora o mais “generoso” em termos de financiamento por projeto. Numa análise aos dez investimentos mais avultados, quatro foram suportados por este programa operacional, o segundo com maior dotação no Portugal 2020 — 3,64 mil milhões de euros.

Entre este Top 10 estão ainda mais 61,48 milhões de euros para Direção-Geral do Ensino Superior exatamente para o mesmo efeito. Mas, no conjunto de todo o Portugal 2020 (e no somatório dos vários concurso já realizados), as Bolsas e Programas para Estudantes do Ensino Superior somam um apoio comunitário de 163,06 milhões de euros.

Bolsas para o ensino superior no top

Tabela com o dez projetos mais significativos financiados pelo Portugal 2020 até 31 de dezembro de 2016. A tabela apresenta os programas operacionais financiadores, os beneficiários, os projetos, o investimento elegível para obter financiamento comunitário (1) e o montante do apoio concedido (2). Estes valores estão em milhões de euros. Fonte: Portugal 2020

O ensino superior beneficia ainda de um apoio de 55,84 milhões de euros para bolsas destinadas a jovens carenciados, também atribuído pela Direção Geral do Ensino Superior. E de 61,49 milhões de euros para Bolsas de Formação Avançada, mas desta feita atribuído através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

O segundo projeto mais avultado do Portugal 2020 é o Sistema Integrado de Tratamento, Valorização e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos da Ilha de São Miguel que representa um investimento de 82,36 milhões de euros que é comparticipado em 85% pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) com 70 milhões de euros. Os Açores, neste ranking dos dez maiores, vê ainda inscrito um outro projeto (o sétimo maior) de programas ocupacionais de âmbito local e ao serviço à comunidade, financiado pelo próprio Programa Operacional Regional dos Açores com cerca de 50 milhões de euros.

De assinalar ainda que os Estágios da Iniciativa Emprego Jovem, promovidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, representam um investimento de 62,67 milhões de euros e conta com uma comparticipação de 92% (57,66 milhões de euros) e os 50 milhões de euros que a instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), mais conhecida por banco de fomento, recebeu do Compete para criar o seu fundo de fundos de capital ou quase capital. Um montante ao qual acresceram 85,2 milhões dos PO regionais Norte, Centro e Alentejo (45, 30 e 10,2 milhões de euros, respetivamente) para o mesmo fim. O banco de fomento recebeu ainda 65,4 milhões dos mesmos programas operacionais regionais para a criação do fundo de dívida e garantia, tudo para promover a competitividade das PME.

Se as lentes de análise forem mudadas do Top 10 para o total do quadro comunitários, os dados divulgados permitem concluir que a Direção Geral do Ensino Superior já obteve, até 31 de dezembro, um apoio total de 267,07 milhões de euros atribuído a 21 projetos que variam desde as já referidas bolsas para os estudantes do superior, bolsas para jovens carenciados (100 milhões) e o programa retomar (428 mil euros). Este último é destinado a estudantes, até aos 29 anos, que abandonaram o curso e que pretendam completar as suas formações e que atribui uma bolsa de 1.200 euros por ano a cada aluno.

Por seu turno a Fundação para a Ciência e a Tecnologia recebeu um apoio de 64,52 milhões de euros.

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Startups com 99 problems? E se o seu investidor fosse o Jay Z?

Artista vai entrar no mundo do capital de risco e criar um fundo com Jay Brown, parceiro de vários negócios e o presidente do Roc Nation.

Shawn Carter, mais conhecido por Jay Z, vai ser o próximo investidor no mercado. O artista, marido de Beyoncé, vai fundar o próprio fundo de capital de risco para investir em negócios e, como parceiro, escolheu Jay Brown, presidente da produtora de música Roc Nation e sócio de Jay Z em outros negócios. A notícia é avançada pela Axios, que adianta que outro dos parceiros é o fundo Sherpa Capital.

A ideia dos fundadores do novo fundo é investir em startups tecnológicas em fase seed — estado muito embrionário de desenvolvimento. Os dois investidores têm já experiência nestas fases de financiamento e Jay Z investe em projetos desde 2012: estiveram ambos presentes na ronda de Series B da Uber, com 300 mil dólares de investimento. Jay Z e Jay Brown já investiram também na startup de voos privados JetSmarter, na high tech de bagagens Away e no serviço de música em streaming Tidal.

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Novo Banco: Costa garante que Estado “em caso algum” perderá os 3,9 mil milhões

  • Margarida Peixoto
  • 22 Fevereiro 2017

O primeiro-ministro repetiu que não haverá garantias estatais para o Lone Star, mas não se pronunciou sobre eventuais garantias dadas pelo Fundo de Resolução.

Catarina Martins, coordenadora do BE, pressionou o primeiro-ministro António Costa sobre o processo de venda do Novo Banco. A deputada quer a nacionalização do banco.Paula Nunes / ECO 22 fevereiro,2017

“O Estado em caso algum perderá os 3.900 milhões de euros” — a garantia é de António Costa, primeiro-ministro, sobre o empréstimo público feito ao Fundo de Resolução, para injetar no Novo Banco. Pressionado pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, Costa reafirmou que não serão dadas garantias do Estado ao comprador do Novo Banco. Mas nada disse sobre eventuais garantias dadas pelo Fundo de Resolução.

A pergunta foi direta: “O governo aceitará dar garantias pelo malparado do Novo Banco”, quis saber Catarina Martins. Mas a resposta não foi tão clara. O primeiro-ministro garantiu que os 3.900 milhões emprestados pelo Estado ao Fundo de Resolução não estão perdidos, já que mesmo que o banco seja vendido por um valor inferior, isso não liberta os bancos do pagamento da dívida ao Fundo. Depois, reafirmou as três regras que estabeleceu sobre o processo de venda do Novo Banco:

  1. O Novo Banco só será vendido a quem assegura a continuidade duradoura do banco;
  2. Não serão dadas garantias de Estado;
  3. Será escolhida a solução que menor impacto tenha no sistema financeiro.

Mas a resposta de Costa não satisfez a líder do Bloco. “Todos os custos do Fundo de Resolução vão ao défice do Estado. Se o fundo Lone Star exigir ao Fundo de Resolução uma garantia, sabendo-se que será défice do estado, aceitará garantia?”, insistiu Catarina Martins.

Mas Costa limitou-se a repetir a resposta, sem nunca garantir se aceita que sejam prestadas garantias não pelo Estado, mas pelo Fundo de Resolução. “Não disse nada sobre garantias dadas pelo Fundo de Resolução”, fez questão de notar Catarina Martins.

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Costa: “Ignoro quais são as despesas pagas pela CGD”

  • Margarida Peixoto
  • 22 Fevereiro 2017

O primeiro-ministro garantiu que desconhece se a Caixa Geral de Depósitos pagou serviços de advocacia e consultoria de António Domingues, ainda antes de este ter assumido a liderança do banco público.

O primeiro-ministro garantiu esta quarta-feira que desconhece se a Caixa Geral de Depósitos pagou os serviços de advocacia e consultadoria do escritório de advogados que assessorava António Domingues, ainda antes de o gestor ter assumido a liderança do banco público. “Este não é um banco do Governo, é um banco do Estado”, justificou António Costa.

No debate quinzenal, que decorre esta quarta-feira na Assembleia da República, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quis obter uma confirmação do Governo de que a Caixa pagou os serviços dos escritórios de advogados que apoiavam António Domingues, conforme foi noticiado esta semana pelo ECO.

Contudo, o primeiro-ministro garantiu desconhecer o caso, argumentando que o Executivo não interfere, “nem interferirá na gestão do dia-a-dia” do banco público.

Sobre a polémica da Caixa, António Costa recorreu ao acórdão do Tribunal Constitucional para defender que o Governo não tinha intenção de isentar os administradores da CGD da apresentação das declarações de rendimento e património. O acórdão, os juízes decidem que o decreto-lei do Governo não dispensa os gestores da entrega das declarações e não identifica qualquer indício de que esse tenha sido o objetivo.

“De cada vez que fala, vai-se contradizendo e isso só gera desconfiança. Se tivesse dito com clareza desde o início o problema não se tinha posto”, respondeu Pedro Passos Coelho, acusando o Governo e a maioria que o apoia no Parlamento — PS, BE e PCP — de bloquear o apuramento da verdade.

Mas para António Costa este é “o grau zero da política” e não passa de uma vontade de “bisbilhotar SMS privados”, criticou o primeiro-ministro.

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Estudo da SIBS indica que 84% dos portugueses já fizeram compras “online”

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2017

O relatório revela que os meios eletrónicos são os preferidos dos portugueses para compras e pagamentos, e que os indivíduos entre os 35 e os 44 são os que mais aderem a esta modalidade.

O SIBS Market Report 2016, estudo da gestora da rede Multibanco sobre a relação dos portugueses com os diferentes métodos de pagamento, aponta os meios eletrónicos como os preferidos para compras e pagamentos, tendo já 84% dos inquiridos feito compras ‘online’. “O estudo da SIBS mostra que 84% dos inquiridos já adquiriu, pelo menos uma vez, um serviço ou produto numa loja ‘online'”, lê-se no estudo, que especifica que a maior percentagem está na franja de idades compreendida entre os 15 e os 24 anos (93%).

Depois, entre os 25 e os 34 anos, a percentagem é de 88%, entre os 35 e os 44 anos é de 90%, entre os 45 e os 55 anos é de 83% e acima dos 55 anos é de 62%.

“Verificamos ainda que 40% dos inquiridos compram em lojas ‘online’ pelo menos uma vez por mês“, indicou a SIBS com base no estudo realizado pela Marktest no ano passado, que coloca a compra de aparelhos eletrónicos em primeiro lugar (20%), seguida pelo vestuário (19%) e viagens (19%).

Quanto aos meios de pagamento utilizados no comércio eletrónico, o pagamento de serviços é o mais utilizado, seguido do MB Net e dos cartões bancários.

Segundo os dados das transações processadas pela SIBS, o valor das transações com cartões (incluindo o MB Net) em compras ‘online’ ascendeu a 2.090 milhões de euros em 2016, com o valor da compra média a fixar-se nos 63,10 euros.

Apenas cerca de 12% do valor dos pagamentos ‘online’ com cartão são realizados em ‘sites’ portugueses, mas estas compras são as que apresentam o maior valor médio“, destacou.

O estudo demonstra também que os meios eletrónicos são os preferidos dos portugueses para fazerem compras e pagamentos, sendo o método que elegem para as compras em lojas físicas e ‘online’ e também o mais comum na liquidação de faturas e nos pagamentos entre pessoas.

“No pagamento em loja, os consumidores escolhem o cartão de débito (71%) pela comodidade. As compras realizadas através de cartão de débito já superam os levantamentos nos caixas automáticos, assistindo-se nos últimos 15 anos ao aumento do rácio entre as compras e os levantamentos”, realçou a SIBS.

Paralelamente, o pagamento de serviços Multibanco é o meio mais utilizado (53%) para fazer compras ‘online’, seguido do MB NET (33%) e do cartão bancário (26%), sendo a segurança o fator que mais influencia a escolha de um método de pagamento.

Já nos pagamentos de montantes elevados entre pessoas, as transferências bancárias são o método mais comum, preferindo os portugueses recorrer aos canais digitais (‘homebanking’ e ‘mobile banking’) para os efetuar, pois estes são rápidos e seguros. No entanto, no pagamento de montantes reduzidos, o numerário continua a ser o meio preferido.

Em 2016, a SIBS bateu o recorde ao processar mais de 2.910 mil milhões de transações, num valor superior a 2.780 mil milhões de euros, com a rede Multibanco a representar mais de 85% destas transações.

E há também um aumento do rácio compras / levantamentos, indicando uma maior utilização dos pagamentos com cartão em detrimento do uso do numerário.

Neste capítulo, em 2016, as compras atingiram um máximo histórico, com mais de 934 milhões de operações processadas, o que dá uma média diária superior a 2,6 milhões de compras com um valor médio por compra de 39 euros.

O mês de dezembro liderou, com mais de 7,5 milhões de operações por dia.

As transferências continuam a ser um meio de pagamento bastante utilizado e também alcançaram novo máximo em 2016, com taxas de crescimento de 7,1% em número e de 12,5% em valor.

Os débitos diretos também contam com grande utilização, tendo crescido no ano passado 8,8% em número e 11,1% em valor, para novos máximos.

O estudo foi realizado pela Marktest e composto por um questionário ‘online’ feito em julho de 2016 que incluiu 1.370 entrevistas.

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Desemprego: PS recomenda fim do corte de 10% nos subsídios mínimos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 22 Fevereiro 2017

PCP e Bloco querem revogar corte de 10% nos subsídios atribuídos há mais de seis meses. PS não vai tão longe e só quer proteger prestações de valor mais baixo, intenção já demonstrada pelo Governo.

O PS entende que o subsídio de desemprego não deve ficar baixo do valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e deixou a recomendação ao Governo. Em concreto, defende que este valor mínimo seja salvaguardado quando, ao fim de seis meses, as prestações têm um corte de 10%. Aliás, o próprio ministro do Trabalho já prometeu alterar o subsídio de desemprego nesse sentido.

O corte de 10%, implementado pelo anterior Governo, também abrange as prestações de valor mais baixo, fazendo com que estas fiquem aquém do valor mínimo definido na lei. Embora haja exceções, o limite mínimo do subsídio corresponde, em regra, ao IAS (421,32 euros em 2017).

O assunto começou por suscitar reservas ao Provedor de Justiça, que recomendou mudanças à lei. Também o Bloco de Esquerda e o PCP já pediram alterações, mas indo mais longe: propõem a revogação do corte de 10% em todos os subsídios e não apenas nos mínimos.

Já o PS vai ao encontro das pretensões do Executivo, recomendando apenas ao Governo “que salvaguarde que o corte de 10% do montante” do subsídio de desemprego “não determina um montante inferior a 1 vez o valor do Indexante dos Apoios Sociais”.

No projeto de resolução, os socialistas indicam que o desemprego tem vindo a recuar mas “ainda abrange um número muito significativo de portugueses”, sendo “um dos fatores de agravamento do risco de pobreza”. E “devido aos cortes complementares introduzidos pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, ainda existem cidadãos que recebem um subsídio de desemprego inferior ao valor de referência do Indexante de Apoios Sociais, contrariando as próprias disposições do regime jurídico de proteção social ao desemprego”, acrescenta.

Em janeiro, o ministro Vieira da Silva já tinha garantido, em resposta ao Bloco de Esquerda, que “o Governo tomará iniciativas nomeadamente tendo em conta a necessidade de dar resposta ao facto de existirem hoje pessoas que têm uma proteção no desemprego inferior ao IAS”. Porém, a mudança só poderá ser feita no âmbito do Orçamento do Estado, uma vez que tem impacto nas contas públicas, afirmou ao ECO, na altura, fonte do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. O que significa que a discussão poderá ser atirada mais para o final do ano.

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Dividendos põem Lloyds em máximos desde o Brexit

Banco britânico mais do que duplicou lucros e propôs subida do dividendo. Ações respondem com ganhos até máximos desde que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia.

Dobro dos lucros e aumento dos dividendos. O Lloyds apresentou um bom resultado em 2016 e as ações do banco estão a subir para o nível mais elevado desde que os britânicos votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.

As ações do banco liderado por António Horta Osório sobem mais de 4% para 69,76 pence, a cotação mais alta desde o dia 23 de junho do ano passado.

O Lloyds mais do que duplicou o lucro antes de impostos (158%) para os 4,2 mil milhões de libras (quatro mil milhões de euros) em 2016, face aos 1,6 mil milhões de libras de lucro registados um ano antes. Um desempenho que permitiu à gestão propor um aumento da remuneração aos acionistas: vai subir o dividendo em 13% para um total de 3,05 pence por ação — estão previstos um dividendo 2,55 pence e um dividendo extraordinário de 0,5 pence.

Lloyds em máximos desde o Brexit

“Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA”, referiu António Horta Osório.

"Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA.”

António Horta Osório

CEO do Lloyds Banking

Um dos maiores pontos de atenção da parte dos investidores passava pelos números que o Lloyds iria apresentar em relação à margem financeira — a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — num ambiente em que os juros no Reino Unido estão em mínimos históricos.

O banco revelou que a margem financeira deverá subir 2,7% este ano, sem contar com o negócio de cartões de crédito MBNA adquirido em 2016 ao Bank of America.

“Os investidores estavam preocupados com as margens. Por isso, reforçar o compromisso foi positivo tendo em conta este ambiente de queda dos juros”, referiu Eric Moore, da Miton Group, à Bloomberg. “Os dados saíram melhor que os investidores esperavam”, acrescentou.

Isto acontece numa altura em que o Governo britânico continua a reduzir progressivamente a sua posição no banco intervencionado em 2008. Chegou a assumir uma participação de 43%, mas hoje em dia a sua presença fixa-se nos 4,99%, tendo o Lloyds como principal acionista o fundo BlackRock.

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