Novabase sobe lucros. Dá 15 cêntimos de dividendo

A Novabase registou um crescimento de quase 30% dos resultados líquidos no último ano. Um forte aumento que leva a administração a propôr distribuir 4,7 milhões de euros pelos acionistas.

A Novabase aumentou os lucros. Fechou o último exercício com resultados líquidos de 9,6 milhões de euros, apesar de ter registado uma quebra no EBITDA. Perante o crescimento apresentado nos lucros, fruto da alienação da IMS, a empresa liderada por Luís Salvado vai elevar em 25% a remuneração a atribuir aos seus acionistas.

A tecnológica registou um aumento de 29% nos resultados líquidos face aos 7,4 milhões registados no ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 5,9 milhões de euros, menos 6,1 milhões de euros do que nos doze meses anteriores, já o volume de negócios cifrou-se em 135,7 milhões de euros, um crescimento de cerca de 6,7% em relação ano anterior.

Apesar dos bons resultados operacionais, a contração de 51% no EBITDA da Novabase é justificada por Luís Salvado, presidente executivo, com um “custo extraordinário de sete milhões de euros registado num projeto”. “Os resultados líquidos aumentaram 29%, beneficiando da mais-valia da operação de alienação da IMS”, acrescentou.

Face a isto, a empresa informa que vai propor a distribuição de 4,7 milhões de euros pelos acionistas, isto é, 49,2% do resultado líquido consolidado. Assim, os acionistas da tecnológica portuguesa deverão receber dividendos de 15 cêntimos por ação caso a proposta do conselho de administração seja aprovada em assembleia geral. É 25% mais do que no ano de 2015.

O ano de 2016 foi marcado pela venda do negócio de Infrastructures & Managed Services (IMS), um passo decisivo no reposicionamento que temos vindo a fazer para focar e reforçar a nossa internacionalização.

Luís Salvado

Presidente executivo da Novabase

Numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa define ainda as metas para este ano de 2017. Entre elas está a ambição de gerar um volume de negócios na ordem dos 140 milhões de euros e que 60% desse valor tenha origem em atividades fora de Portugal. Além disso, a empresa quer voltar a um EBITDA de dois dígitos, apontando a meta dos dez milhões de euros para este ano.

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Paulo Rodrigues da Silva vai liderar a bolsa de Lisboa

Maria João Carioca já tem substituto. Paulo Rodrigues da Silva foi o escolhido para a liderança do mercado de capitais português, apurou o ECO. Entra em funções no início de Março.

A Euronext já tem um novo líder para a bolsa de Lisboa. Paulo Rodrigues da Silva foi o nome escolhido para suceder a Maria João Carioca à frente do mercado de capitais português. Ex-administrador executivo da equipa de António Domingues na Caixa Geral de Depósitos (CGD), fez grande parte da sua carreira na Vodafone.

Paulo Rodrigues da Silva vai iniciar funções no início de março, porque “ainda faltam aprovações regulatórias relevantes”, revela o comunicado enviado às redações pela Euronext na madrugada desta sexta-feira. O comunicado revela também que o nome do gestor português foi aprovado por unanimidade.

“Estou confiante que a vasta experiência de Paulo Rodrigues da Silva tanto ao nível da indústria financeira como tecnológica fazem dele uma excelente escolha para levar a cabo o desenvolvimento das operações da Euronext em Portugal”, sublinha Stéphane Boujnah, CEO da Euronext. A abertura de um um novo centro de IT no Porto, que já tem mais de cem engenheiros e operadores de IT, é uma das tarefas que Paulo Rodrigues da Silva vai levar a cabo. O também chairman do conselho de administração da Euronext deixou ainda um agradecimento a Maria João Carioca pelo “seu contributo para a Euronext” e desejou-lhe “boa sorte nas novas funções”.

Maria João Carioca decidiu abandonar o cargo depois do convite de Paulo Macedo para a nova administração da CGD. A ainda líder da bolsa portuguesa tem de se manter na posição até 6 de março, a menos que um novo CEO fosse encontrado.

Paulo Rodrigues da Silva esteve na CGD durante o curto período em que António Domingues esteve na liderança executiva do banco público, não fazendo parte da nova equipa de Paulo Macedo. Antes de ingressar na administração do banco público desempenhava um papel de consultor na Vodafone, empresa da qual foi administrador.

Fez grande parte da sua carreira na operadora de telecomunicações, mas já tinha passado pelo setor financeiro antes de entrar na CGD, no ano passado. Começou no BPI em 1992 e lá ficou até ao ano 2000. Anteriormente, Paulo Rodrigues da Silva desempenhou o cargo de Consultor na McKinsey, em Lisboa, e lecionou na Universidade Católica e no INSEAD, em Fontainebleau, onde tirou o MBA.

(Notícia atualizada às 07h30 com o comunicado da Euronext)

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Juros afundam, bolsa sobe. Lisboa contraria Europa

A bolsa nacional escapou às quedas das restantes praças europeias. O índice avançou pela terceira sessão consecutiva, beneficiando do desempenho dos títulos da energia, num dia de queda dos juros.

Mais uma sessão, mais uma subida da bolsa nacional, ainda que ligeira. Num dia marcado pelas quedas nos mercados europeus, a praça portuguesa contrariou a tendência, conseguindo subir à boleia dos ganhos do setor energético. A queda dos juros da dívida aliviou a perceção negativa sobre o país.

O PSI-20 encerrou a sessão a ganhar 0,03% para 4.628,85 pontos, mantendo assim a tendência positiva das últimas sessões. Lá fora, o dia não foi positivo, com os principais índices a apresentarem, na maioria dos casos, desempenhos negativos. O Stoxx 600, que agrega as maiores empresas da região, encerrou a perder 0,37%.

O índice nacional esteve grande parte da sessão em terreno negativo, recuperando no final do dia numa altura em que os juros da dívida portuguesa começaram a afundar. A taxa a dez anos cai mais de dez pontos base, negociando já abaixo dos 4%, perante a possibilidade aberta pelo BCE de comprar mais dívida dos países da Zona Euro.

Esta queda dos juros permitiu algum alivio sobre títulos mais sensíveis às taxas de juros, caso da EDP. A elétrica portuguesa encerrou a valorizar 0,18%, para 2,86 euros, tendência seguida também pela Galp Energia que valorizou 0,11%. A EDP Renováveis, por seu lado, cedeu 0,53%.

A puxar pela bolsa estiveram também títulos como a Nos, que somou mais de 1%, num dia em que a Pharol somou mais de 2%. O BCP, por seu lado, impediu maiores ganhos no índice ao deslizar 0,74%.

(Notícia atualizada às 17h05 com mais informação)

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Brexit faz disparar preços da Microsoft no Reino Unido

Cai a libra, disparam os preços. A Microsoft aumentou o custo de aparelhos como o Surface Pro 4 e o Surface Book. Alguns modelos custam agora mais 400 libras do que há uma semana.

Os preços do Surface Pro 4 estão entre os que foram atualizados pela Microsoft.Ambassador Base/Flickr

Depois da Apple, a Microsoft também aumentou o preço dos computadores Surface e Surface Book no Reino Unido. A notícia é avançada pelo jornal britânico The Guardian, que dá conta de uma subida na ordem dos 15% e que, em alguns casos, chega mesmo às 400 libras. Em causa, a desvalorização da divisa britânica face ao dólar e ao euro depois do referendo que deverá, em breve, resultar na saída do país da União Europeia.

O Brexit continua a pesar nas carteiras dos britânicos. No caso do Surface Book, o computador flexível da Microsoft, o preço-base é agora de 1.449 libras. É um aumento de 11,5%, ou 150 libras, face à semana passada, em que o mesmo dispositivo custava 1.299 libras na loja oficial da marca. No caso da versão mais musculada do Surface Book, o aumento chega mesmo às 400 libras. Quanto ao Surface Pro 4, o computador/tablet da Microsoft, o preço-base mantém-se nas 479 libras, mas alguns modelos estão até 160 libras mais caros.

“Em resposta a uma revisão recente, iremos ajustar os preços em libras de algum do nosso hardware e software para consumidores, no sentido de os alinhar com as dinâmicas do mercado. No caso das vendas indiretas, em que os nossos produtos e serviços são vendidos através de parceiros, os preços finais continuarão a ser determinados por estes”, disse ao The Guardian fonte oficial da Microsoft.

No ano passado, a empresa norte-americana assumiu-se a favor da permanência do Reino Unido na UE. Segundo o jornal, a Microsoft emprega mais de 5.000 pessoas no país e tem parcerias com cerca de 25.000 empresas britânicas. Já em outubro tinha anunciado que iria rever em alta os preços dos serviços empresariais e de cloud pelos mesmos motivos que a leva agora a fazer o mesmo para estes produtos do segmento de consumo.

Em outubro, a Apple também anunciou uma atualização dos preços dos computadores. A revisão também resultou em aumentos de várias centenas de libras. Os aparelhos abrangidos pelos aumentos foram, na altura, os portáteis MacBook Pro, o pequeno Mac mini, o computador cilíndrico Mac Pro e o computador de secretária iMac.

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BCE disposto a aliviar regras para comprar mais dívida

Possibilidade de autoridade monetária alargar compras beneficia países como Portugal. Juros afundam cerca de dez pontos para mínimos de um mês.

Os responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) indicaram que estão disponíveis para aliviar a aplicação de algumas regras do programa de compra de dívida dos governos da Zona Euro para assegurar uma política expansionista “substancial”, abrindo a porta ao alargamento das compras na periferia, incluindo Portugal, onde a autoridade monetária tem enfrentado limitações no alcance da sua bazuca.

A informação consta das atas da última reunião do Conselho de Governadores do BCE e já está a influenciar os mercados secundários de dívida. A taxa das obrigações portuguesas a 10 anos afundou mais dez pontos base para os 3,982%, um mínimo de um mês, com a tendência acentuada de alívio as yields a estender-se a quase todas as maturidades da dívida nacional. Também as taxas associadas às obrigações espanholas e italianas desciam.

Desvios limitados e temporários” ao capital keyque determina quanto dívida de cada país é que o BCE pode comprar — “são possíveis e inevitáveis” para garantir que os estímulos possam ser implementados como anunciado, pode ler-se nas atas da instituição liderada por Mario Draghi, que relatam com maior pormenor as discussões entre os membros do BCE na última reunião de política monetária, nos dias 18 e 19 de janeiro. Esta visão foi “amplamente” partilhada entre os membros, que consideraram “imperativo manter um grau de acomodação monetária bastante substancial”.

Juros abaixo de 4%

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

Há algum tempo que o BCE tem enfrentado problemas de escassez em vários mercados de dívida. É o caso de Portugal: a autoridade comprou apenas 688 milhões de euros em obrigações nacionais janeiro, bastante abaixo daquilo que poderia comprar.

"Desvios limitados e temporários” ao capital key “são possíveis e inevitáveis” para garantir que os estímulos possam ser implementados como anunciado.”

Banco Central Europeu

Atas da reunião de 18 e 19 de janeiro

Em dezembro, ficou decidido um prolongamento do programa de compra de dívida pública até final do ano, prevendo-se uma redução do ritmo de compras dos 80 mil milhões de euros mensais para os 60 mil milhões mensais a partir de abril. Além disso, alargou as compras a dívida com taxas mais baixas do que a taxa de depósitos, atualmente nos 0,4%.

Se dúvidas havia quanto ao compromisso do BCE de manter o programa até ao fim, depois dos dados sobre a inflação e a economia lançar o debate sobre a manutenção dos estímulos monetários, elas ficaram hoje mais dissipadas. Os responsáveis de política monetária rejeitam essa especulação, considerando que faltam sinais “convincentes” na evolução dos preços.

“Os encorajadores desenvolvimentos recentes nas expectativas para a inflação e as perspetivas para um ajustamento sustentado na inflação rumo ao objetivo poderá ser colocado em risco” caso o final do programa seja antecipado, dizem as atas.

(notícia atualizada às 18h29 com cotações de fecho)

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Luisão e companhia voam no Boeing 777 da Emirates

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2017

O Benfica recebeu esta quinta-feira mais um avião personalizado pela Fly Emirates, desta vez um Boeing 777.

A companhia aérea Fly Emirates apresentou esta quinta-feira o seu novo avião, um Boeing 777. É um novo avião, com uma nova imagem de apoio ao Benfica e aos seus jogadores.

Na parte traseira do avião, figuram algumas das caras mais conhecidas do clube: Júlio César, Jonas, Gaitán, Luisão, Sálvio e Samaris. E o capitão da equipa, Luisão, além de estar retratado no aparelho, ainda esteve presente em carne e osso na cerimónia de apresentação do avião, que teve lugar no Aeroporto de Lisboa. Além de Luisão, Pizzi, André Carrillo, Raúl Jiménez, Ljubomir Fejsa e Kostas Mitroglou também marcaram presença no evento.

A Emirates é uma das patrocinadoras do clube e a “oferta” do avião, que já não é o primeiro que dedica ao Benfica, reflete mais uma homenagem aos atuais líderes do Campeonato Nacional. O avião personalizado voou para Lisboa com o número de voo EK191 e vai regressar ao Dubai como EK192. Vai também operar outros voos da vasta rede de mais de 162 destinos espalhados por todo o mundo, encurtando a distância entre os adeptos e o clube.

Além do Benfica, a Emirates já antes apresentou aviões em homenagem a equipas como o Arsenal, o Real Madrid ou o AC Milan.

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Sem presidente, audição de Álvaro Nascimento cancelada

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2017

Depois da demissão do presidente da comissão de inquérito à CGD, a audição de Álvaro Nascimento foi cancelada.

Álvaro Nascimento, o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos, já não vai à comissão de inquérito à CGD. A demissão do presidente, José Matos Correia, ditou o cancelamento da audição, sendo que será feito à mesma hora um ponto de situação dos trabalhos. Os deputados vão tentar encontrar um substituto para liderar esta comissão.

A audição de Nogueira Leite tinha sido adiada, esta quarta-feira, devido à questão das mensagens escritas trocadas entre Mário Centeno e António Domingues, o ex-presidente executivo do banco público. Esta quinta-feira era a vez de Álvaro Nascimento, mas no site do Parlamento já não consta essa audição.

O cancelamento vem no seguimento da demissão do presidente da comissão. Perante a discussão entre os deputados, com acusações da direita à esquerda, Matos Correia anunciou a sua demissão, afirmando que “todos temos um limite. O meu limite foi ultrapassado ontem [quarta-feira]”, disse o responsável.

Esta foi a primeira vez que um presidente de uma comissão de inquérito se demite do cargo em Portugal. Para hoje às 18 horas está marcada uma reunião da comissão. Caberá agora ao PSD e ao CDS, enquanto os partidos que requereram a constituição da comissão, decidir como será escolhido o próximo presidente.

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CGD: Ferro Rodrigues não estranha envolvimento de advogados

O Presidente da Assembleia da República deu uma entrevista à RTP3 esta quarta-feira onde refere que o envolvimento de advogados em propostas de lei é norma por causa da falta de recursos no Estado.

O ex-secretário-geral do PS e ex-líder parlamentar do grupo parlamentar socialista vê com normalidade que os escritórios de advogados trabalhem em conjunto com o Governo em propostas de lei. Eduardo Ferro Rodrigues explica que essa é uma necessidade, dada a falta de recursos jurídicos dentro do Estado. Em entrevista à RTP3, o atual Presidente da Assembleia da República refere que no caso da CGD “a coisa não terá corrido integralmente bem”.

“Os escritórios de advogados estão normalmente envolvidos não em leis, mas em propostas de lei que vêm do Governo”, explicou o Ferro Rodrigues. Na sua opinião, “idealmente”, o Governo deveria garantir essa assessoria jurídica especializada, mas tal não é possível.

Julgo que era bom, idealmente, que o Governo tivesse ao seu serviço um número suficiente de juristas para prescindir destes trabalhos, mas compreendo que precise“, afirmou esta quarta-feira no canal de informação público.

O Presidente da Assembleia da República refere que, no caso específico da Caixa Geral de Depósitos e da anterior administração liderada por António Domingues, é normal que tenha sido ouvida a sociedade de advogados assessorou o ex-presidente da CGD. “Se queria ter um gestor muito competente, não me parece também mal que tenha ouvido as sugestões desse gestor“, afirmou. “Pelos vistos a coisa não terá corrido integralmente bem”, rematou.

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Lobo Xavier confirma que viu SMS de Centeno e Domingues

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2017

O conselheiro de Estado afirma ter feito chegar a correspondência por SMS entre o ministro das Finanças e o ex-administrador da CGD ao Presidente da República.

António Lobo Xavier confirmou esta quinta-feira na SIC Notícias ter mostrado ao Presidente da República as comunicações por SMS entre Mário Centeno e António Domingues. “O Presidente da República teve conhecimento das informações que eu tinha”, afirma o conselheiro de Estado na mais recente edição do programa Quadratura do Círculo.

Questionado sobre se tinha visto as mensagens ou se tinha “apenas total confiança em quem lhe contou”, António Lobo Xavier, amigo de António Domingues, respondeu: “Não posso dar uma informação ao Presidente da República sem estar a dominar totalmente a questão”.

O DN e o Público já tinham noticiado que o conselheiro de Estado Lobo Xavier tinha feito chegar ao Presidente da República a correspondência, por SMS, entre o ministro das Finanças e o ex-administrador da Caixa Geral dos Depósitos.

Foram estas as mensagens que a maioria de esquerda decidiu não caber no objetivo da Comissão de Inquérito à Recapitalização da CGD revelar, vetando o pedindo feito pelo PSD e pelo CDS de ter acesso à correspondência, de forma a perceber se Mário Centeno prometera ou não a António Domingues que seriam feitas diligências para que a sua equipa de administração não tivesse de entregar declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional. Os SMS seriam um passo mais além da correspondência por email entre Domingues e Centeno, que já foi divulgada.

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Provedor de Justiça quer mudanças no regime de isenção de taxas moderadoras

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 16 Fevereiro 2017

Provedor de Justiça dirigiu recomendações ao Ministro da Saúde, no sentido de melhorar o regime de isenção de taxas moderadoras no caso de insuficiência económica.

O Provedor de Justiça entende que o regime de isenção de taxas moderadoras no caso de insuficiência económica deve ser melhorado e já fez essa recomendação ao ministro da Saúde.

Em comunicado enviado às redações, o Provedor recomenda em concreto “a alteração da regra de capitação, dando-se relevância à composição do agregado familiar”, bem como a criação de um mecanismo de salvaguarda para os caso de uma quebra repentina de rendimentos. Defende ainda “a modificação do modo como releva o património imobiliário do interessado, colocando-o em paridade com o património mobiliário” e o “melhoramento da forma como é verificada a qualificação de certo imóvel como casa de morada de família”.

José de Faria Costa também recomendou uma alteração nos procedimentos que são tidos em conta para aferir a capacidade económica, “excluindo-se, por um lado, dos rendimentos relevantes o que se refira a débitos vencidos em anos anteriores, e, por outro, deixando de se exigir, para este fim exclusivo, a apresentação de declaração anual de IRS a quem esteja dispensado de a apresentar, nos termos da lei tributária”.

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Trump celebra novo recorde em Wall Street

Trump regojizou-se com os máximos nas bolsas norte-americanas. Ações estão em máximos de sempre com fenomenal redução dos impostos que o Presidente americano apresenta brevemente.

Donald Trump celebrou no Twitter os recordes estabelecidos em Wall Street na sessão desta quarta-feira. Mostra “o elevado nível de confiança e otimismo”, escreveu Trump. “Mesmo antes da divulgação do plano fiscal”, frisou. As bolsas norte-americanas arrancam esta quinta-feira novamente em alta.

O industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq avançam 0,06% e 0,07%, respetivamente. Também o S&P 500 soma 0,06% para 2.350,56 pontos, prolongando a mais longa série de ganhos em 25 anos, conforme Trump fez questão de sinalizar no seu tweet.

 

O entusiasmo dos investidores à volta do plano de redução de impostos que o Presidente norte-americano apelidou de “fenomenal” tem dado alento às ações norte-americanas. Um dos setores que mais vai beneficiar com o novo enquadramento fiscal será o bancário. Contas da Bloomberg apontam para um aumento de 15% dos lucros das principais instituições bancárias norte-americanas. O JPMorgan Chase valoriza 0,44% para 91,02 dólares, mas é o único entre os principais bancos que ganha na sessão de hoje.

Apesar de nova subida, os analistas esperam um movimento de correção nos próximos dias. “O mercado deverá respirar fundo depois de uma imprudente subida contínua para máximos recorde sem pausas”, referiu Peter Cardillo, economista chefe da First Standar Financial, numa nota citada pela Reuters.

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Manuel Vicente nega acusações de corrupção

O advogado de Manuel Vicente diz que o vice-presidente angolano nunca foi ouvido no âmbito da Operação Fizz, uma violação "grave e séria" que "invalida o processo".

Manuel Vicente já reagiu às acusações feitas pelo Ministério Público português. O vice-presidente de Angola é acusado de ter subornado um procurador português, mas garante que “nada tem que ver com os factos” da Operação Fizz, a investigação em que está implicado.

Num breve comunicado enviado às redações, o advogado do vice-presidente angolano, Rui Patrício, destaca apenas dois pontos:

  • “Primeiro, nem eu nem o meu constituinte fomos notificados ou informados de coisa alguma”;
  • “Segundo, e mais importante, muito me espanta que o meu constituinte possa ter sido acusado, não só porque nada tem que ver com os factos do processo, mas também porque nunca foi sequer ouvido, o que constitui obrigação processual fundamental, cuja violação, bem como a violação de outras regras aplicáveis ao caso, é grave e séria e invalida o processo”.

Manuel Vicente é um dos quatro arguidos da Operação Fizz que foram acusados de corrupção, branqueamento e falsificação de documento. Além dele, também o antigo procurador Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires também foram acusados pelo Ministério Público.

Em causa está um suborno de 760 mil euros a Orlando Figueira. Manuel Vicente, Paulo Blanco e Armindo Pires “são acusados de, em conjugação de esforços, terem pago ao magistrado, que, na altura, trabalhava no DCIAP, cerca de 760.000 euros e outras vantagens, designadamente, colocação profissional numa instituição bancária”. A instituição bancária em causa é o BCP, para onde Orlando Figueira foi quando saiu do DCIAP.

Em troca, Orlando Figueira, que está atualmente em licença sem vencimento, “proferiu, em dois inquéritos, despachos que favoreceram” Manuel Vicente. “Estes dois processos vieram a ser arquivados pelo referido magistrado”, refere o Ministério Público.

No comunicado divulgado esta manhã, o Ministério Público diz ainda que Manuel Vicente será notificado do despacho de acusação, o que, de acordo com o comunicado agora enviado pelo seu advogado, ainda não aconteceu.

Notícia atualizada às 14h58 com mais informações.

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