Kiabi. Como uma empresa contrata em speed dating

Empresa francesa quer contratar 400 pessoas em Portugal para a abertura de dez lojas em cinco anos. Para isso, usou uma estratégia que implica que os funcionários contratem os próprios colegas.

Primeiro, uma plataforma de candidaturas: pessoas interessadas em trabalhar na empresa foram desafiadas a incluir no seu perfil informações sobre formação e experiência e um currículo. A informação foi sujeita a uma triagem, com base não só no que já tinham feito como no que queriam fazer, com recurso a um conjunto de perguntas relacionadas com o talento ou a aptidão para vender.

A plataforma foi só o primeiro passo. De entre mais de 600 candidaturas, a equipa de recrutamento da Kiabi escolheu 120 finalistas. Foram eles os primeiros a participar no recrutamento via speed dating que a empresa francesa levou a cabo, em Lisboa, no início de janeiro.

“A ideia era, por breves instantes, perceber a personalidade da pessoas e tirar os candidatos da zona de timidez”, explica Isabel Azevedo, diretora da Kiabi para o mercado português. Mas não pense que, nos encontros, do outro lado da mesa estavam apenas responsáveis de recursos humanos. Pelo contrário.

“Optámos por um formato de recrutamento fora do standard porque esta opção de speed dating é, de certa forma, parte da filosofia da empresa, no sentido do contacto pessoal com as pessoas. Não se consegue ver se uma pessoa será ou não indicada para o trabalho através de páginas de currículo. Só se consegue ver o caráter e os valores pela proximidade”. Daí, a ideia de desafiar os colaboradores a ‘colaborar’ no recrutamento dos futuros. “Permitir que os atuais colaboradores conheçam os futuros colegas é, também, uma oportunidade para os novos trabalhadores trocarem ideias e terem uma ideia do que vai ser o seu futuro dia a dia, já que estão em contacto com todo o tipo de funções, desde vendedores a diretores de loja”, esclarece Isabel.

No primeiro encontro de speed dating, a Kiabi selecionou 120 pessoas de entre as mais de 600 candidaturas para as cerca de 40 vagas da primeira loja da marca em Portugal, em Sintra. “Quem recruta na Kiabi são os nossos colaboradores”, explica Isabel. “Eles são os binómios do que vão ser estas pessoas na nossa loja e, quem melhor do que eles para escolher?”.

“Lançar o negócio da Kiabi em Portugal faz parte do plano estratégico da empresa”, detalha, em entrevista ao ECO. Para isso, a empresa levou a cabo a primeira fase de um processo de recrutamento de 40 pessoas que assegurem o funcionamento da primeira de dez lojas a inaugurar em Portugal até 2021. Com lojas de áreas de cerca de 2.000 metros quadrados e “grande rotatividade de produto”, Isabel conta que, para trabalhar na Kiabi, é preciso mais do que gerir stock e saber onde estão as peças. “Precisamos de gente que goste de comunicar”, assinala.

Optámos por um formato de recrutamento fora do standard porque esta opção de speed dating é, de certa forma, parte da filosofia da empresa, no sentido do contacto pessoal com as pessoas. Não se consegue ver se uma pessoa será ou não indicada para o trabalho através de páginas de currículo. Só se consegue ver o caráter e os valores pela proximidade.

Isabel Azevedo

Depois de Sintra, a primeira loja Kiabi a inaugurar em Portugal, a multinacional prepara-se para abrir a segunda no Porto, ainda no primeiro semestre do ano. Lisboa deverá ficar para os últimos meses de 2017 ou mesmo para o início de 2018, assinala a responsável.

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Em Espanha o “short renting” é mal visto. E por cá?

  • Ana Luísa Alves
  • 23 Janeiro 2017

As plataformas de alojamento local continuam a dar que falar em Espanha. Grandes grupos hoteleiros estão contra e falam de concorrência desleal. Em Portugal, a atividade também gera polémica.

Os diretores de cadeias hoteleiras espanholas acusam a Airbnb de concorrência desleal e exigem uma regulação e controlo apertado por parte das autoridades espanholas sobre as plataformas de arrendamento de apartamentos de uso turístico.

O aumento dos arrendamentos turísticos não é só um fenómeno que afeta as cidades como Barcelona, refere a Associação Empresarial Hoteleira de Madrid (AEHM). “Em Madrid, detetou-se um crescimento espetacular que passou de 10 mil arrendamentos a 20 mil arrendamentos e de 37 mil a 74 mil camas, a grande maioria sem estar registado”, assinala o presidente Gabriel García, ao espanhol Expansión. “Trata-se de uma competência desleal para o setor que se deve evitar”, acrescenta.

Gabriel Escarrer, vice-presidente da Associação, também se mostra aborrecido com a situação. “Há uma falta de regulação na chamada economia colaborativa”, explica. Estas plataformas têm de “cumprir com certas medidas no que toca ao combate dos incêndios, segurança e higiene, o que representa um curso de 18 euros por apartamento”, acrescentou Escarrer .

O diretor da cadeia de hotéis Palladium, Abel Matutes Prats, sabe também que “não se pode ir contra as tendências”, mas refere que “é injusto que exista uma regulação excessiva para os hoteleiros e uma falta total de regulação, tanto fiscal como normativa, para as demais plataformas”.

Fontes próximas da Airbnb, citadas pelo espanhol Expansión, asseguram que não se opõem a uma regulação, mas pedem que esta “permita que as pessoas possam partilhar a sua própria casa”, e acrescentam que “a lei atual favorece os operadores profissionais e prejudica as pessoas e famílias de classe média que querem partilhar a sua residência habitual”.

“A economia colaborativa precisa de uma lei clara e a Airbnb sempre se mostrou disposta a trabalhar par atingir as melhores soluções”, acrescentaram as mesmas fontes.

Esta não é a primeira vez que em Espanha são atacadas as plataformas de short-renting: já em novembro tinham sido apresentadas queixas contra plataformas como a Airbnb e a HomeAway, multada cada uma em 600 mil euros, por arrendarem apartamentos de curto prazo para turistas sem licença.

E por cá?

Por cá, as plataformas como a Airbnb também geram polémica, ainda que não seja consensual. O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, considerou, em entrevista ao Jornal de Negócios na semana passada, que o alojamento local é uma atividade forte, o que dá visibilidade a Portugal e “é muito positivo para todos os outros setores, inclusive para os hoteleiros”.

Em dezembro foi elaborado um manual de boas práticas para evitar “uma guerra desnecessária” com os condomínios, elaborado pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP). Eduardo Miranda, presidente da ALEP exemplificou à Lusa a necessidade de haver comunicação prévia ao “condomínio e vizinhos que a unidade está registada como Alojamento Local (AL) e explicar o que é o AL e como funciona”.

O alojamento local tem um peso cada vez maior em Portugal e contribuiu para a requalificação das cidades. Segundo o estudo “Alojamento Local – Qual o Fenómeno?”, encomendado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) às faculdades de Direito e de Economia da Universidade Nova de Lisboa, na freguesia lisboeta de Santa Maria Maior 22% das casas existentes nesta freguesia estão registadas no Airbnb.

Ainda assim, já houve também momentos de discórdia. Em novembro passado, a Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP) acusou a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) de propor uma “quase aniquilação da concorrência”.

Em causa estava a proposta de “unanimidade do condomínio para que um novo alojamento se instale na modalidade de apartamentos”, referiu na altura Eduardo Miranda, presidente da ALEP, à agência Lusa. “É uma proposta de quase aniquilação da concorrência porque coloca em causa um setor que está a trazer um grande impacto positivo na economia local e na reabilitação urbana ao pedir a aprovação do condomínio”, acrescentou.

Há ainda movimentos públicos, como petições que pedem limites ao alojamento local, para evitar o aumento descontrolado das rendas.

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Taxa de juro dos empréstimos na habitação em novo mínimo

Juros no crédito à habitação continuam a cair para mínimos de sempre mês após mês.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação registou um decréscimo de 0,004 pontos base, passando de 1,032% em novembro para 1,028% em dezembro, para um novo mínimo de sempre, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE.

De acordo com os mesmo dados, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita foi 1,879%, um valor que compara com 1,937% no mês anterior.

No destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no crédito à habitação, a taxa de juro implícita no conjunto de contratos fixou-se em 1,043% (1,047% em novembro). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro passou de 1,917% em novembro para 1,857% em dezembro.

Já o valor médio da prestação vencida manteve-se nos 237 euros pelo quarto mês seguido. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação foi de 301 euros em dezembro, abaixo dos 306 registados em novembro.

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Citigroup: o tempo dos lucros na Europa está de volta?

  • Leonor Rodrigues
  • 23 Janeiro 2017

O analista do banco considera que a macroeconomia na Europa tem melhorado e que o aumento dos lucros em 2016 pode alterar o sentimento de desconfiança dos investidores este ano.

O Citigroup está mais otimista com o novo ano. Não só antecipa melhorias nos Estados Unidos, como está confiante quanto ao cenário europeu.

O otimismo começa dentro de casa. O banco de investimento registou um aumento dos seus lucros no último trimestre do ano passado, sobretudo devido ao aumento das negociações no mercado acionista norte-americano, muito por causa da eleição de Donald Trump. Mas também na Europa as coisas correram bem. Segundo as estimativas do Citigroup, depois de três anos consecutivos a registar perdas, as receitas relativamente ao ano de 2016 no mercado europeu também deverão aumentar em cerca de 10%.

Na semana passada, o Citigroup divulgou os resultados do último trimestre de 2016: a instituição financeira registou um aumento dos lucros na ordem dos 7%: de 3,34 mil milhões de dólares (3,12 mil milhões de euros) no mesmo período de 2015, para os 3,57 mil milhões de dólares (3,33 mil milhões de euros).

"Apesar das manchetes políticas, há sinais de que a macroeconomia tem melhorado na Europa e em todo o mundo.”

Jonathan Stubbs, analista do Citigroup

Bloomberg

Em termos de perspetivas globais, o Citigroup aposta as fichas na Europa. A partir de 2015, os investidores duplicaram o investimento no mercado acionista europeu, motivados pela promessa do aumento de estímulos do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, com a ameaça do Brexit e dos seus potenciais impactos na economia europeia, os investidores estão receosos e querem vender essas ações.

Ainda assim, segundo o índice EPFR Global, os investidores que apostaram no mercado europeu no ano passado vão ganhar mais de dez mil milhões de dólares (9,34 mil milhões de euros), provenientes dos fundos europeus, o que quer dizer que o programa do BCE pode efetivamente estar a dar resultado.

Jonathan Stubbs, analista do Citigroup, espera que a melhoria dos resultados das empresas na Europa contrarie o sentimento de desconfiança no Velho Continente: “Isto pode contribuir para alterar o sentimento dos investidores”, disse Stubbs que considera que apenas um forte contração na produção industrial e a queda dos preços do barril de petróleo para os 20 dólares – algo improvável – poderiam travar os ganhos das empresas na Europa.

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Portugal tem a segunda maior dívida pública da UE

  • ECO e Lusa
  • 23 Janeiro 2017

Portugal regista a segunda maior dívida da União Europeia e a quarta subida homóloga, revela o Eurostat.

A dívida pública em função do PIB da zona euro recuou no terceiro trimestre de 2016 para os 90,1%, com Portugal a registar a segunda maior dívida da União Europeia (UE) e a quarta subida homóloga, segundo o Eurostat.

O rácio da dívida pública da zona euro foi, no terceiro trimestre, de 90,1% do Produto Interno Bruto (PIB), um recuo face aos 91,2% registados entre abril e junho e aos 91,5% do período homólogo.

No conjunto dos 28 Estados-membros da UE, a dívida pública foi de 83% do PIB, abaixo dos 85,9% homólogos e dos 84,2% do trimestre anterior.

Entre julho e setembro de 2016, a Grécia registou a dívida mais elevada (176,9%), seguindo-se Portugal (133,4%) e a Itália (132,7%), enquanto os valores mais baixos se observaram na Estónia (9,6%), no Luxemburgo (21,5%) e na Bulgária (28,7%).

Portugal tem a segunda dívida mais elevada

Fonte: Eurostat (Valores em percentagem do PIB)
Fonte: Eurostat (Valores em percentagem do PIB)

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, face ao terceiro trimestre de 2015, 11 Estados-membros viram a sua dívida pública aumentar em função do PIB, com as maiores subidas a ocorrer na Grécia (4,4 pontos percentuais para os 176,9% do PIB), na Lituânia (3,1 pontos, para os 41,3% do PIB) e em Portugal (2,9 pontos percentuais, para os 133,4% do PIB).

As baixas mais significativas registaram-se na Irlanda (-8,5 pontos para os 77,1% do PIB), Holanda (-4,3 pontos para os 61,9% do PIB) e Hungria (-3,2 pontos para os 74,3% do PIB).

A dívida tem sido apontada pelos economistas como uma das principais fragilidades da economia portuguesa. Na primeira entrevista, desde que assumiu funções, o Presidente da República reconheceu que Portugal “tem uma dívida elevada” e que o Executivo deve continuar o “movimento de rotação da dívida: substituir dívida por dívida de mais longo prazo e de juros mais baixos”. “Isto é reestruturação de dívida”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.

 

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Bancos angolanos pedem ajuda ao Estado

Falta de liquidez no sistema financeiro angolano agravou-se com queda dos preços do petróleo. Banco pedem ajuda a José Eduardo dos Santos para evitar crise de confiança no mercado.

Os bancos angolanos estão a pedir ajuda ao Governo para a criação de um fundo de resgate que proteja os depositantes da falta de liquidez do sistema financeiro do país provocada pela queda dos preços do petróleo nos últimos anos.

“Os bancos devem ser ajudados porque têm problemas de liquidez que podem causar situações negativas em todo o sistema, colocando em causa a sua credibilidade”, declarou o Amílcar Silva, presidente da Associação de Bancos Angolanos, numa entrevista à Bloomberg. “Precisamos de olhar para esta questão em profundidade e decidir qual a melhor opção”, disse ainda aquele responsável.

"Os bancos devem ser ajudados porque têm problemas de liquidez que podem causar situações negativas em todo o sistema, colocando em causa a sua credibilidade.”

Amílcar Silva

Associação de Bancos Angolanos

A assistência financeira poderá vir diretamente dos cofres públicos ou em regime de partilha entre todos os 28 bancos que operam em Angola.

Em todo o caso, Amílcar Silva, líder da associação que representa 24 instituições financeiras do país, não especificou se a ajuda aos bancos seria facultada através da injeção de liquidez que melhoraria a conversão mais célere de ativos de curto prazo em dinheiro ou da injeção direta de capitais nos bancos mais problemáticos.

A situação na banca do país agravou-se desde meados de 2014, quando os preços do barril de petróleo começaram a cair de forma acentuada, colocando pressão no crescimento económico perante uma crise de liquidez em dólares que agravou a atividade das empresas. Apesar da recuperação dos preços do ouro negro no final do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia angolana tenha registado um crescimento nulo em 2016.

Os empréstimos problemáticos mais do que triplicaram para 15% do total de crédito concedido no final de setembro de 2016 face aos níveis registados em 2010.

Segundo Amílcar Silva, os bancos mais pequenos foram particularmente afetados pela crise, acrescentando que as receitas deverão ter melhorado “ligeiramente” em 2016, depois de o banco central ter aumentado as taxas de juro por três ocasiões durante o ano passado para o máximo histórico nos 16%.

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CaixaBank aumenta provisões para cobrir devoluções da ‘cláusulas suelo’

  • ECO
  • 23 Janeiro 2017

O banco mais afetado pela decisão do Tribunal Europeu de Justiça aumentou as suas provisões em 110 milhões para cobrir devoluções a clientes que as peçam. Outros bancos também ajustam as provisões.

Os bancos espanhóis continuam a fazer alterações às suas provisões para pagar aos clientes que queiram reivindicar devoluções no âmbito das cláusulas suelo abusivas, e o CaixaBank não é exceção. Esta segunda-feira, o jornal económico Expansión escreve que o CaixaBank decidiu aumentar as suas provisões em 110 milhões de euros, para 625 milhões, agora que o Governo espanhol aprovou um mecanismo extrajudicial para os clientes poderem fazer os pedidos de devolução das cláusulas suelo.

Prevê-se que, no total, os bancos espanhóis tenham de devolver entre dois mil e três mil milhões de euros a cerca de 1,5 milhões de clientes abrangidos, e os diferentes bancos baseiam as suas provisões nas estimativas de quanto poderão ter de devolver. O mais afetado é o CaixaBank, banco que está a lançar uma OPA ao BPI, uma operação que já teve luz verde da CMVM e que os analistas acreditam que terá sucesso.

, mas também o Sabadell, por exemplo, prevê ter de desembolsar até 490 milhões, mais do que inicialmente previa. O Sabadell reiterou, ao anunciar o aumento das suas provisões, que os seus contratos eram legais. “As cláusulas suelo do Banco Sabadell não foram definitivamente anuladas com caráter geral por sentença firme”, disse em comunicado.

As cláusulas, que foram consideradas abusivas pelo Tribunal Europeu da Justiça, foram introduzidas a partir de 2013 em créditos à habitação de bancos espanhóis e faziam com que o cliente suportasse uma carga maior dos custos e impediam-no de beneficiar das baixas de juros nos anos seguintes. Após a decisão do Tribunal de afirmar que os clientes deveriam ter direito a devoluções com efeitos retroativos, o Governo aprovou um decreto-lei que cria um mecanismo extrajudicial para reivindicação de juros cobrados indevidamente.

O Banco Popular, pelo seu lado, reviu em baixa as suas expectativas de gastar 334 milhões em devoluções, prevendo agora só precisar de 229 milhões de euros. Outros bancos optam por manter as suas previsões: é o caso do BBVA, do Bankia e do Liberbank, que mantêm a expectativa de pôr de parte, respetivamente, 404 milhões, 200 milhões e 240 milhões.

Numa entrevista televisiva, o ministro da Economia espanhol Luís De Guindos afirmou que o “sistema muito rápido e gratuito para que as partes negoceiem e se possa produzir a compensação” que o Governo está a desenvolver ajudará a evitar uma sobrelotação dos tribunais. Para De Guindos, não existe a possibilidade de algum banco vir a precisar de um resgate devido a estas reivindicações.

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IVA em Espanha não mexe

"O IVA fica como está", garantiu De Guindos. Para aumentar a competitividade da economia, o ministro da Economia frisou que estão a ser preparadas uma série de medidas para aumentar a oferta de gás.

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos garante que o Governo não tem intenção de aumentar o IVA.

“O IVA fica como está”, garantiu o responsável que tem sob a sua tutela também a Indústria e a Competitividade, isto depois de ter dito que os impostos que subiram são “específicos e muito concretos”.

Ao ser questionado sobre as medidas que estavam a ser tomadas para evitar mais subidas da fatura da eletricidade, De Guindos sublinhou que 60% do valor que depende do Governo, está congelado desde 2013, e acrescentou que o preço da eletricidade caiu uma média anual de 2%. Para além de investigar “se houve alguma situação anómala” por parte das elétricas, De Guindos reiterou que estão a ser preparadas uma série de medidas para aumentar a oferta de gás e assim ajudar a moderar o preço do kilowatt. “Não vou especular com o preço do kilowatt no futuro, acrescentou.

O responsável da Economia voltou a rejeitar que seja necessário resgatar qualquer banco em Espanha devido a uma possível avalancha de pedidos de devolução dos valores cobrados de forma indevida através das cláusula “suelo” e voltou a a defender a bondade da opção de injetar 60 mil milhões de euros de dinheiro público na banca, para tornar o setor solvente e não por em causa a recuperação económica do país.

Finalmente, à margem de uma visita à Arábia Saudita para concluir acordos comerciais, De Guindos garantiu que “as pensões estão garantidas pelas receitas do Estado” e, por isso, defende que “seria um erro consignar um imposto às pensões”.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 23 Janeiro 2017

Desde a Coreia do Sul, onde a Samsung tem novidades sobre o que causou os fogos do Galaxy Note 7, até um novo processo imputado ao Presidente Trump, as notícias que marcam a atualidade mundial.

Desde os EUA, onde um novo processo promete deixar o Presidente Trump ocupado com questões legais, até ao Brasil onde o caso da Lava Jato está em stand-by enquanto não se substitui Teori Zavascki, as questões legais estão em alta na atualidade mundial. Na China, as restrições ao uso da Internet vão aumentar ainda mais para os 730 milhões de utilizadores do país, e na Coreia do Sul a Samsung descobriu finalmente o que provocou as explosões e fogos que a obrigaram a retirar smartphones dos mercados mundiais. Leia aqui as seis notícias que estão a marcar esta segunda-feira.

Estadão

Supremo Tribunal brasileiro tenta substituir relator do Lava Jato

Após a morte do juiz Teori Zavascki, relator do processo relacionado com a Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal procura um substituto para liderar o processo sobre a investigação de corrupção que envolve a petrolífera estatal brasileira Petrobras e várias figuras da política brasileira, incluindo Lula da Silva. Mas enquanto os juízes divergem sobre como a escolha deve ser feita, o trabalho que estava a ser desenvolvido por Zavascki fica paralisado. Leia a notícia completa no Estadão. (Conteúdo em português / Acesso gratuito)

The New York Times

Processo quer impedir negócios de Trump de receber pagamentos de governos estrangeiros

É com base na Constituição dos Estados Unidos que vai surgir esta segunda-feira um processo contra Donald Trump, alegando que, ao permitir que os seus hotéis e negócios recebam pagamentos de governos estrangeiros, o novo Presidente dos Estados Unidos está a violar a lei. O processo está a ser promovido por um grupo de renomados constitucionalistas, juristas do Supremo Tribunal e especialistas em ética. Leia a notícia completa no The New York Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

 

The Guardian

Samsung: Dois defeitos nas baterias provocaram fogos dos Galaxy Note 7

Os fogos de telemóveis Samsung Galaxy Note 7 que obrigaram a uma recolha massiva destes telefones foram provocados por dois defeitos diferentes nas baterias, afirmaram esta segunda-feira em conferência de imprensa responsáveis da empresa. Um defeito inicial numa das baterias provocava curto-circuitos, e as baterias escolhidas para as substituir tinham outro defeito… que causava o mesmo resultado. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

 

Les Échos

Fillon procura, em Berlim, reconstruir o laço franco-alemão

Após a primeira volta das primárias da esquerda ver passar em primeiro lugar um candidato improvável, o antigo ministro da Educação Benoît Hamon, à direita François Fillon mantém ímpeto de campanha com uma visita à Alemanha, onde se vai reunir com Angela Merkel. Numa entrevista publicada hoje no Frankfurter Allgemeine Zeitung, o candidato às presidenciais fez a apologia de uma Europa unida com base nesta parceria franco-alemã — uma “ofensiva à opinião pública alemã”. Leia a notícia completa no Les Échos. (Conteúdo em francês / Acesso pago)

El Economista

Pensões e pagamentos de dívida são metade da despesa de Espanha em 2017

Metade da despesa do Estado espanhol deste ano vai ser gasta no pagamento de pensões e de juros da dívida, somando pagamentos de 173 milhões de euros num orçamento de 346 milhões — 50,1% do total. Porquê o aumento? Pela primeira vez em três anos, Espanha aumenta em mais de 99% os fundos para pagar os juros da dívida pública. Do lado das pensões mais de 100 mil novos pensionistas vão ser integrados no sistema e os pagamentos valorizaram em 0,25%. Leia a notícia completa no El Economista. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

South China Morning Post

China aperta ainda mais restrições na Internet

Pequim vai começar uma nova campanha para tentar restringir ainda mais o acesso à Internet dos chineses, procurando agora controlar o uso de ligações através de serviços de VPN, uma tecnologia que permite ultrapassar as restrições de navegação impostas ao disfarçar a identificação e localização do utilizador. Todos os fornecedores de serviços de VPN vão agora ter de obter autorização do Governo. Cerca de 730 milhões de pessoas usam a Internet na China. Leia a notícia completa no South China Morning Post. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Samsung: foi por isto que as baterias arderam

  • Ana Luísa Alves e Lusa
  • 23 Janeiro 2017

O escândalo que no ano passado manchou a marca de telemóveis sul-coreana já tem uma explicação: o problema esteve sempre nas baterias, e foi explicado esta segunda-feira pela empresa.

Depois de tanta especulação chegou a explicação. A razão pela qual as baterias do Samsung arderam foi uma: defeitos nas baterias. A Samsung Electronics explicou esta segunda-feira quais os motivos pelos quais teve de deixar de produzir os Galaxy Note 7.

Numa apresentação e conferência de imprensa esta segunda-feira, a Samsung revelou os resultados de uma investigação feita aos telemóveis Galaxy Note 7, cujas baterias começaram a arder, segundo apontam algumas queixas registadas no ano passado. A empresa apesar de justificar os problemas com algumas falhas nas baterias, assumiu toda a responsabilidade legal sobre o que aconteceu.

Investigações internas e independentes “concluíram que as baterias foram a causa dos incidentes com o Note 7”, disse a empresa sul-coreana em comunicado.

O responsável da divisão de telemóveis, Koh Dong-jin explicou que a publicação do relatório foi motivada pela necessidade de a empresa “recuperar a confiança” dos consumidores depois da perda de cerca de 6,1 biliões de won (cerca de 4.863 milhões de euros), e de o escândalo ter chegado também às máquinas de lavar a roupa e aos modelos Galaxy Note J5.

O estudo aponta que algumas das baterias de lítio estudadas tinham curtos-circuitos internos. Em entrevista à Bloomberg, Koh Dong-jin acrescentou ainda que as baterias eram, por vezes, maiores do que o espaço que lhes estava reservado. “Foi a bateria, não o design ou o software do telemóvel. Portanto, nos restantes modelos de telemóveis da marca as dúvidas vão desaparecer”, referiu, à Bloomberg, Greg Roh, analista do banco HMC Investment Securities Co.

A bateria fabricada inicialmente para estes telemóveis foi produzida por uma filial, a Samsung SDI. As reposições feitas depois das queixas apresentadas, que eram provenientes da Amperex Techonology, também apresentavam alguns defeitos. A solução foi parar por completo a produção deste modelo.

“Assumimos toda a responsabilidade e vamos certificar-nos de que isto não volta a acontecer”, referiu Koh. Assumir a responsabilidade implica que é a empresa sul-coreana que vai assumir todos os custos deste incidente, e não as filias que produziram as respetivas baterias.

A investigação foi realizada durante um mês pela própria empresa tecnológica sul-coreana e outras três organizações: as empresas norte-americanas UL e Exponent e a empresa alemã de inspeção técnica e certificação TÜV Rheinland. Koh explicou que cerca de 700.000 investigadores e engenheiros recriaram processos de carga e descarga com cerca de 200.000 dispositivos e cerca de 30.000 baterias de lítio para detetar e analisar os defeitos.

Este incidente acabou por não afetar os investidores. As ações da Samsung, que têm estado a negociar perto dos valores mais altos de sempre, mantiveram-se pouco alteradas esta segunda-feira depois das declarações e das investigações apresentadas. Negoceiam nos 1.903,000 won, com uma valorização de 2,31%.

O grande desafio agora, segundo o analista consultado pela Bloomberg, é fazer com que não existam nenhuns problemas com o modelo Galaxy S8, porque “os consumidores não iriam perdoar”.

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Direitos do BCP disparam 40% em dois dias

Depois do tombo na sessão de estreia, direitos do aumento de capital do BCP corrigem em alta ao acumular um ganho de 40% nas últimas duas sessões.

Os direitos do BCP voltam a destacar-se na sessão desta segunda-feira. Avançam mais de 8% para os 0,89 euros e já acumulam uma valorização de 39% nas últimas duas sessões, corrigindo assim do tombo que observaram na sessão de estreia. Estes direitos chegaram ao mercado a valer 1,005 euros.

Com este desempenho, ganham também as ações do banco liderado por Nuno Amado, que se apresentavam em alta de 3,94% para 0,16 euros no arranque da sessão em Lisboa.

Cada direito permite a subscrição de 15 novas ações ao preço de 9,4 cêntimos. Contas feitas, cada nova ação está a ser negociada ao preço de 5,933 cêntimos mais os 9,4 cêntimos de subscrição, totalizando assim os 0,1533 euros. Ou seja, neste momento, comprar as novas ações fica 4,2% mais barato do que comprar as atuais estão no mercado. Consulte aqui a calculadora do ECO para otimizar a sua estratégia de investimento no aumento de capital.

Ações do BCP valorizam com direitos

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

De acordo com o calendário da operação, tem até dia 30 de janeiro (próxima segunda-feira) para negociar estes direitos, sendo que o período de subscrição termina a 2 de fevereiro (quinta-feira).

O BCP tem em curso um aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros, uma operação garantida por um sindicado bancário e que vai contar ainda com a irrevogável participação dos chineses da Fosun. Este fim de semana, o semanário Expresso noticiou que também a Sonangol deverá participar neste reforço de capital para equilibrar forças com o grupo chinês na estrutura acionista do banco português.

Com esta operação, o banco vai devolver de forma antecipada os 700 milhões de euros da ajuda do Estado e ainda colocar os seus rácios de capital acima do exigido pelas autoridades bancárias.

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Apple pode passar a fabricar nos EUA

  • Ana Luísa Alves
  • 23 Janeiro 2017

A maior produtora de iPhones e iPads do mundo ainda está na China, mas está a considerar um investimento de sete mil milhões de euros nos EUA, e a criação de mais de 30 mil postos de trabalho.

A produtora dos smartphones da norte-americana Apple, a Foxconn, está a pensar em começar a produzir nos EUA. Este investimento seria superior a sete mil milhões de dólares, e pode criar centenas de empregos durante o primeiro ano da presidência de Donald Trump, que tomou posse na passada sexta-feira.

A empresa está ainda a considerar um investimento conjunto com a Sharp, firma japonesa que a Foxconn comprou no ano passado, mas os detalhes desta operação ainda não foram anunciados, segundo avançou o CEO Terry Gou à Reuters.

Um investimento destes por parte da Foxconn seria um sinal de vitória para Trump, que culpou a China de roubar empregos norte-americanos e ter prejudicado o setor produtivo norte-americano. A Foxconn é uma das maiores empresas privadas da China, e das que mais contrata, e o Governo chinês está preocupado com este investimento que pode vir a ser feito nos EUA. O maior corte do número de empregos na China ficou levou a grandes protestos no passado, mesmo que tenha mantido a estabilidade social do país, que está entre as principais preocupações do Partido Comunista Chinês.

A China é essencial para a produção de iPhones e iPads, e é a maior produtora em todo o mundo. A Foxconn já fez saber que estão ainda em fase inicial as negociações para o investimento nos EUA. Esta ideia vai ao encontro daquilo que Donald Trump pretende, que é, em parte, restituir alguns postos de trabalho norte-americanos provenientes da China.

Para já, ainda muito está por definir. Todo o investimento poderá vir a custar sete mil milhões de dólares e criar entre 30 mil a 50 mil empregos, segundo referiu o CEO Terry Gou. Este investimento permitiria ainda colocar a produção de iPhones e iPads mais próximo do mercado onde são mais vendidos.

A ideia ganhou forma depois de Terry Gou ter falado com o presidente do SoftBank, Masayoshi Son, e ter fechado uma parceria comercial. Son, anunciou igualmente o plano para investir 50 mil milhões de dólares nos EUA.

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