5 coisas que vão marcar o dia

Dia preenchido em indicadores económicos com a divulgações do outlook económico para Portugal pela OCDE e da avaliação bancária das casas. Lá fora, o nome de Jerome Powell para a Fed vai ao Senado.

Dia preenchido em termos de indicadores económicos, com destaque para a divulgação do outlook económico para Portugal da parte da OCDE e para a avaliação bancária das habitações. Esta terça-feira termina ainda o período de subscrição das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), títulos que pode comprar aos balcões dos bancos. Lá fora, Senado americano vota nomeação de Jerome Powell para o cargo de chairman da Reserva Federal.

Último dia para subscrever OTRV

Tem até hoje para subscrever as Obrigações para o retalho, emissão que o Governo lançou nas últimas duas semanas com a taxa mais baixa de sempre: 1,1%. As OTRV são um produto de poupança dirigido para as famílias e pequenos investidores. Tenha atenção às comissões dos bancos, que retiram alguma rentabilidade a estes títulos. Investir menos de 7.000 euros dá prejuízo na maioria das situações.

OCDE atualiza outlook para Portugal

A OCDE atualiza as suas projeções económicas para vários países, incluindo Portugal. De acordo com as anteriores previsões (junho 2017), este organismo internacional esperava um crescimento de 2% este ano, antes de abrandar ligeiramente no próximo ano.

Como vai o mercado imobiliário?

Importante para perceber as dinâmicas no mercado imobiliário em Portugal, o INE apresenta dados sobre a avaliação bancária de casas em relação ao mês de outubro. Se a tendência se confirmar, os preços das habitações atribuídos pela banca deverão ter subido pelo sétimo mês seguido, reforçando máximos desde 2011.

Banca emprestou mais?

São divulgadas ainda as estatísticas dos empréstimos concedidos pelos bancos à economia. Os dados são do Banco de Portugal e relativos a outubro de 2017. Vão permitir analisar a evolução do crédito concedido pelo setor financeiro às famílias e empresas, cuja tendência do ano tem sido de subida. E vão permitir ainda acompanhar o nível de incumprimento de crédito até ao mês passado.

Senado vota novo líder da Fed

Jerome Powel é o nome que se segue na liderança do poderoso banco central norte-americano. Foi o nome escolhido pelo Presidente Donald Trump para suceder a Janet Yellen na Fed e a sua nomeação deverá ser aprovada esta terça-feira no Senado norte-americano. A mudança surge numa altura em que o banco central está a inverter a sua política monetária, de uma fase expansionista para uma fase mais conservadora.

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Partidos no Porto unem-se para exigir Infarmed na cidade

Da reunião camarária de hoje deve sair um documento assinado pelos principais partidos a exigir uma clarificação da situação do Infarmed. O ECO ouviu Manuel Pizarro e Álvaro Almeida.

“A sede do Infarmed vai ser mudada de Lisboa para o Porto“. O anúncio feito por Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde que tem a tutela daquela instituição, um dia depois de se saber que o Porto tinha perdido a corrida à Agência Europeia do Medicamento, deixou Rui Moreira satisfeito, mas caiu que nem uma bomba entre os trabalhadores do Infarmed. A instigar ainda mais a polémica, a presidente do Infarmed anunciou esta segunda-feira, em entrevista ao Público, que ficou “incrédula” quando o ministro lhe comunicou a ida daquele organismo para o Porto, mas que este lhe terá dito que se tratava apenas de uma “intenção”.

No Porto, os maiores partidos políticos unem-se a Rui Moreira e exigem uma clarificação da situação. O tema vai mesmo marcar a reunião camarária que tem lugar esta terça-feira. O ECO sabe que é intenção da autarquia fazer um documento conjunto entre os principais partidos políticos a endurecer a posição e, deixando claro que o Porto não vai aceitar “meias decisões”.

O documento, a avançar, deverá ser apresentado no final da reunião camarária marcada para as 10h00. Fontes próximas a todo o processo garantiram ao ECO que “o que está aqui em causa é a defesa intransigente dos interesses da cidade do Porto”.

O Porto, acrescentam as mesmas fontes, não aceitará que este processo não avance, e sobretudo que não venha a ser concretizado nos moldes em que foi anunciado. Ou seja, tal como anunciou Adalberto Campos Fernandes, que dentro de dois a três anos cerca de 70% dos recursos do Infarmed estarão instalados no Porto.

Estamos todos a tentar encontrar uma posição consensual com a Câmara sobre esta matéria.

Manuel Pizarro

Ex-candidato pelo PS à Câmara do Porto

Manuel Pizarro, ex-candidato à Câmara do Porto pelo PS, contactado pelo ECO, limitou-se a dizer que não quer pronunciar-se, mas apenas por que “estamos todos a tentar encontrar uma posição consensual com a Câmara sobre esta matéria“.

Já Álvaro Almeida, também ele ex-candidato à Câmara do Porto, mas pelo PSD, reiterou ao ECO que a cidade tem condições para receber o Infarmed. “Já disse e repito: o Porto tinha condições para receber a EMA pelo que também tem condições para receber o Infarmed”, salientou.

O vereador do PSD na Câmara do Porto destacou que, “num país como Portugal, em que está tudo centralizado em Lisboa, se houver algum movimento de descentralização tem que se bem visto. Agora, é preciso é que essa descentralização seja uma realidade”. Para Álvaro Almeida, “uma eventual sede fictícia no Porto não interessa a ninguém”.

Sobre a possibilidade de vir a assinar, um documento conjunto com a autarquia liderada por Rui Moreira, Álvaro Almeida admite fazê-lo. “Por princípio sou a favor da descentralização e da deslocalização da sede do Infarmed para o Porto. Quanto ao documento, tudo depende do que vier a ser escrito, mas à partida serei a favor”.

O ECO tentou contactar a vereadora do PCP, Ilda Figueiredo, mas até ao momento tal não foi possível.

Funcionários chumbam ida para o Porto

Agendada para janeiro de 2019, a transferência da sede do Infarmed de Lisboa para o Porto foi rejeitada pelos cerca de 350 trabalhadores daquele organismo. E, nem o facto do ministro ter afirmado que há pela frente “um ano de trabalho” para resolver a situação dos trabalhadores, frisando que um polo da organização permanecerá na capital, os terá tranquilizado. Em plenário realizado um dia após ser conhecida a decisão do Governo, 97% dos trabalhadores mostraram-se contra a mudança e indisponíveis para ir trabalhar para o Porto.

De resto, a comissão de trabalhadores do Infarmed anunciou na segunda-feira que iria solicitar uma reunião com o ministro da Saúde para pedirem a reversão da decisão. A Comissão de Trabalhadores refere que estão a ser ultrapassadas as duas linhas vermelhas traçadas pela própria tutela: a missão do Infarmed e a vontade manifestada pelos trabalhadores.

Decisão foi mal comunicada

A decisão do Governo em transferir a sede do Infarmed de Lisboa para o Porto foi mal comunicada. Este parece até agora o único ponto consensual entre as partes. Os trabalhadores queixam-se que souberam da mudança pelos jornais, a própria presidente diz que ficou incrédula porque nada lhe tinha sido anteriormente comunicado, e no país ficou a ideia que a ida do Infarmed para o Porto era uma compensação pela perda da EMA. Uma ideia que o próprio Rui Moreira, no dia do anúncio, tentou desconstruir.

A este propósito, Adalberto Campos Fernandes preferiu afirmar que a resolução “significou o reconhecimento do enorme trabalho que a região norte do país e o Porto tiveram com a candidatura à EMA, uma candidatura que prestigiou o país e demonstrou vitalidade”.

Os trabalhadores queixam-se ainda de que esta é uma decisão meramente política e do facto de não haver nenhum parecer técnico que sustente a decisão. Este parecer entretanto já foi prometido por Adalberto Campos.

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Costa está “cansado”, mas “com ganas” de ir além do programa do Governo

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

António Costa contra a ideia de que o Orçamento para 2018 beneficia apenas quem trabalha no Estado, contrapondo que é para todos e defendendo que os funcionários públicos têm direito a uma carreira.

O secretário-geral do PS rejeitou esta segunda-feira a tese de que o Governo já cumpriu o seu programa, afirmando que está “com ganas” de abrir novos caminhos e com ambição de levar “mais longe” o país.

Palavras proferidas por António Costa num comício do PS que marcou os dois anos de Governo e no qual foi longamente aplaudida a presença do presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, antes do PSD, mas eleito pelos socialistas nas últimas eleições autárquicas.

Na parte final da sua intervenção, o primeiro-ministro referiu-se à corrente de opinião que defende que este Executivo minoritário socialista já esgotou o seu programa ao fim de dois anos. “Aqueles que dizem que nós já cumprimos tudo não conhecem o país, porque há tanto e tanto para fazer. Aqueles que dizem que já esgotámos o nosso programa não conhecem a nossa ambição de ir para além do nosso programa”, afirmou.

O secretário-geral do PS prometeu depois que, enquanto houver estrada pela frente, o seu Governo vai “continuar a andar”. “E mesmo quando chegarmos ao fim da estrada, vamos continuar a abrir a estrada, porque a nossa estrada não tem fim. A nossa estrada é uma estrada que abrimos sempre, porque há sempre novos caminhos para abrir”, defendeu.

Neste ponto, António Costa respondeu também àqueles que “simpaticamente” lhe dizem “para descansar um bocadinho” por estar com um ar cansado. “Quero dizer a todos o seguinte: posso estar momentaneamente cansado, mas isso em nada diminui as minhas ganas, a minha vontade e a minha força e a determinação de continuar a levar para a frente o PS, o Governo e o país, porque é isso que os portugueses esperam de nós”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas dos militantes e apoiantes socialistas.

Costa pede respeito pelos funcionários públicos

O secretário-geral do PS insurgiu-se contra a ideia de que o Orçamento para 2018 beneficia apenas quem trabalha no Estado, contrapondo que é para todos e defendendo que os funcionários públicos têm direito a uma carreira.

O primeiro-ministro insistiu na ideia (colocada em dúvida poucas horas antes pela dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua) de que, para o seu Governo, “palavra dada é palavra honrada”. Mas António Costa, na sua intervenção, procurou sobretudo defender que “este Orçamento não é só para alguns, mas, sim, para todos, vivam onde vivam, tenham a idade que tiverem, qualquer que seja a sua profissão”.

Numa resposta à ideia dos setores da oposição de que os trabalhadores do Estado são quem mais beneficia com a política de rendimentos deste Governo, o líder socialista contrapôs que 200 mil agregados familiares vão estar isentos de IRS e que 1,6 milhões agregados pagarão menos este imposto com o desdobramento de escalões.

“Há 2,8 milhões de pensionistas que vão ter a sua pensão aumentada acima da inflação e, em agosto próximo, mais 1,6 milhões de pensionistas vão ter uma aumento extraordinário como forma de compensar os anos em que não tiveram qualquer subida quando o PSD e CDS estiveram no Governo”, apontou.

Mas António Costa referiu-se especificamente à questão dos funcionários públicos. “Sim, cumprimos a palavra dada aos funcionários públicos, porque estes trabalhadores não são menos do que os outros portugueses. Têm direito ao respeito e têm direito a uma carreira devolvida – uma carreira que agora nós descongelamentos para todos os funcionários do Estado“, salientou, recebendo muitas palmas da assistência.

Do ponto de vista político, o líder socialista deixou alguns recados, tanto às correntes à sua direita, como em relação às forças à esquerda do PS, defendendo uma linha “de moderação” ao nível da estratégia de consolidação financeira. “Alguns gostariam que fossemos mais longe do que era necessários e que Portugal tivesse este ano um défice zero; outros, porventura, gostariam que não nos apoquentássemos com o défice nem com o controlo da despesa pública. Temos uma linha de equilíbrio, de responsabilidade, garantindo que cumprimos tudo com a segurança que não damos um passo maior do que a perna”, afirmou. Essa linha de moderação, acrescentou Costa, “é a melhor garantia de não haver reversibilidade de todas as conquistas ao longo dos últimos dois anos”.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS defendeu também que o Orçamento reforça o investimento público e “cria melhores condições para as empresas”. “Em setembro, fizemos chegar às empresas mil milhões de euros e este ano fecharemos com 1,25 mil milhões de euros. Porque acreditamos na capacidade de iniciativa em 2018 queremos fazer chegar às empresas dois mil milhões de euros “, disse.

Neste ponto, o líder do executivo referiu que PSD e CDS-PP pretendiam dar “um bónus fiscal às empresas, independentemente de investirem ou não”. “Nós damos um bónus fiscal a quem investe e queremos criar melhores condições para que as empresas reforcem os seus capitais próprios, fiquem menos endividadas e possam investir mais”, contrapôs.

Das medidas do Orçamento para 2018, o líder socialista falou ainda no “aumento do abono de família, da subida do investimento em creches e na universalização do pré-escolar”. “Estamos a reduzir o número de alunos por turma e a flexibilizar os currículos, investindo na diversificação do Ensino Profissional”, sustentou, antes de defender como resultado do seu Governo o aumento de alunos no Ensino Superior.

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Oposição na Câmara de Coimbra aprova redução da taxa do IMI

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

A Câmara Municipal de Coimbra aprovou a redução do IMI para 0,33%. Medida foi aprovada pela oposição do PSD e deverá reduzir receitas da autarquia em 900 mil euros, estima vereadora do PS.

A Câmara de Coimbra aprovou esta segunda-feira a redução da taxa do IMI (imposto municipal sobre imóveis) para 0,33%, com os votos da oposição social-democrata e do movimento Somos Coimbra e do vereador a tempo inteiro da CDU.

A maioria socialista (cinco eleitos) pretendia manter a taxa daquele imposto nos atuais 0,34%, mas a proposta de a baixar para 0,33%, apresentada pelos sociais-democratas, obteve o voto favorável dos três vereadores do PSD, dos dois eleitos do Somos Coimbra e do representante da CDU. A decisão tem, no entanto, de ser submetida à votação da Assembleia Municipal e só terá de ser aplicada se merecer a aprovação deste órgão.

A redução do IMI nos termos da proposta agora aprovada representa uma diminuição de receitas do município da ordem dos 900 mil euros, referiu a vereadora socialista Regina Bento, responsável designadamente pelo pelouro de contabilidade e finanças.

A oposição considera que esse abaixamento de receitas assume menor relevância se se considerar que, nos últimos dois anos, o IMI registou um aumentou da ordem dos 2,5 milhões de euros para os cofres do município.

Uma outra proposta, igualmente apresentada pelos vereadores do PSD, preconizando que as famílias com mais filhos “paguem um pouco menos de IMI” (menos 20 euros, para famílias com um filho, 40 euros no caso de dois e 70 euros para quem tem três filhos ou mais), foi chumbada pelo PS e pela CDU.

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Wall Street encerra misto com queda dos preços do petróleo

Dois dos principais índices norte-americanos fecharam no vermelho, enquanto o Dow Jones encerrou no verde. Queda nos preços do petróleo pressionou o setor energético.

As bolsas norte-americanas fecharam mistas esta segunda-feira numa sessão pressionada pelo setor energético face à queda dos preços do petróleo. O dia ficou marcado pela proposta de compra sobre a dona da revista Time. No panorama político, o foco dos investidores volta a estar centrado na prometida reforma fiscal do Presidente Trump e surgem novos receios de que a Coreia do Norte se esteja a preparar para o lançamento de um novo míssil balístico.

Neste contexto, o S&P 500 fechou a recuar 0,04% para 2601,42 pontos. Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,15%, pressionado pela Western Digital, que viu o seu rating baixar por parte do Morgan Stanley. Já o industrial Dow Jones avançou 0,10%.

No mercado das matérias-primas, o petróleo estava a desvalorizar 1,76% em Nova Iorque. O contrato de WTI negociava-se a 57,91 dólares, numa altura em que as petrolíferas deverão expandir operações e os países da OPEP e a Rússia se preparam para discutir novas restrições na oferta de crude.

No campo da política, Donald Trump deverá discursar esta terça-feira e os investidores estão expectáveis quanto a novidades sobre a reforma fiscal que deverá baixar os impostos para as empresas. Ao mesmo tempo, surgem informações de que a Coreia do Norte irá lançar mais um míssil balístico em breve, um fator que, segundo a Bloomberg, também está a influenciar os mercados.

Mas a notícia do dia para Wall Street foi mesmo a oferta de 2,8 mil milhões de dólares do grupo de media Meredith, apoiado pelos irmãos Koch, pela dona da revista Time. Face à notícia, as ações da empresa dispararam 9,71% nesta sessão, para 18,50 dólares, o que mostra que os investidores estão confiantes de que a compra vai mesmo efetivar-se.

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Orçamento do Estado: Marcelo “expectante”, vai analisar “com toda a atenção”

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

O Presidente da República afirma que quando receber a versão final do Orçamento "algures a 15, 16, 17 de dezembro", vai analisar "com toda a atenção e interesse".

O Presidente da República afirmou que está expectante em relação à versão final do Orçamento do Estado para 2018, aprovada esta segunda-feira no parlamento, e prometeu analisar o diploma “com toda a atenção e interesse”.

“Estou expectante. Ansioso, não direi. Não é propriamente uma angústia, mas estou expectante”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O Chefe de Estado reiterou o entendimento de que este Orçamento “tem realidades que até ao último minuto era preciso acompanhar” e acrescentou: “Irei ver a versão final, logo que a receba, com todo o cuidado e com toda a atenção e interesse”.

Questionado se antevê o envio de alguma norma do Orçamento do Estado para 2018 para o Tribunal Constitucional, respondeu: “Não conheço ainda o Orçamento, vamos esperar para depois me pronunciar”.

Segundo o Presidente da República, o diploma deverá chegar às suas mãos “algures a 15, 16, 17 de dezembro”, porque o processo de redação final “nunca é inferior a dez, quinze dias”.

O Orçamento do Estado para 2018 foi aprovado na Assembleia da República em votação final global com votos a favor de PS, Bloco de Esquerda, PCP, “Os Verdes” e PAN, e com votos contra de PSD e CDS-PP.

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Dois maiores acionistas querem Sumol+Compal fora da bolsa

  • ECO e Lusa
  • 27 Novembro 2017

Dois acionistas com 85,85% do capital propuseram marcação de assembleia geral para deliberar sobre a saída da Sumol+Compal da bolsa. Querem comprar as ações de quem não votar favoravelmente.

A Refrigor e a Frildo, acionistas da Sumol+Compal, propuseram que a empresa seja retirada da bolsa e querem comprar as ações dos investidores que não votarem favoravelmente a essa intenção. A Refrigor detém 84,45% do capital da Sumol+Compal e 93,58% dos direitos de voto, enquanto a Frildo detém 1,40% da empresa cotada na bolsa de Lisboa.

Nesse sentido, solicitaram à presidente da mesa da assembleia geral a marcação de uma reunião para “deliberar sobre a perda da qualidade de sociedade aberta”. Fonte próxima da Refrigor, acionista maioritária, disse ao ECO que a empresa entende que “com o baixo free float não se justifica a manutenção da Sumol+Compal na Euronext Lisbon”. Segundo a fonte, “estão reunidas as condições”. “Têm que haver acionistas disponíveis para adquirirem as ações daqueles outros acionistas que não votarem a favor da perda da qualidade de sociedade aberta”, indicou.

Em comunicado enviado aos mercados, a Sumol+Compal informa que a proposta se encontra a aguardar “apreciação e decisão”. No pedido enviado à presidente da mesa, lê-se que há “uma clara concentração do capital social da Sumol+Compal, e dos respetivos de voto, na Refrigor”. “Da referida concentração resulta uma reduzida dispersão do capital da Sumol+Compal” e que essa concentração se manifesta “pelo aparente afastamento dos acionistas minoritários da vida societária e institucional” da empresa.

A Refrigor e a Frildo comprometem-se, aprovada a perda da qualidade de sociedade aberta, a “adquirir as ações dos acionistas que não tenham votado favoravelmente” a proposta. Na proposta, a Refrigor lembra que tem 93,58% dos direitos de voto da Sumol+Compal, empresa que está em bolsa desde 1987, havendo uma concentração neste acionista, que resulta numa “reduzida dispersão do capital”, ascendendo atualmente o free float a 6,42% do capital social.

“A Refrigor não pretende, a curto prazo, dispersar no mercado a participação por si detida na Sumol+Compal nem promover um aumento de capital da Sumol+Compal com recurso a subscrição pública”, afirma o acionista.

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Câmara de Lisboa “não pode ser contra” a mudança do Infarmed

"Lisboa não pode ser contra medidas de desconcentração ou descentralização de serviços", argumenta o executivo de Fernando Medina em comunicado.

A Câmara Municipal de Lisboa, que até ao momento não se havia pronunciado acerca da mudança do Infarmed para o Porto, mostra-se confortável com “qualquer que seja a decisão”, alegando confiança no juízo do Governo.

“Lisboa não pode ser contra medidas de desconcentração ou descentralização de serviços”, escreve Fernando Medina na nota às redações. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa deseja ser coerente pois tem “defendido essas políticas a bem da coesão do país e da melhoria da eficácia dos serviços.”

“Confiamos que, qualquer que seja a decisão, o ministério da Saúde acautelará o bom funcionamento deste relevante organismo do Estado”, acrescenta a Câmara Municipal de Lisboa.

A presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado, mostrou-se “incrédula” quanto à hipótese de deslocação do Infarmed de Lisboa para o Porto. Contudo, diz que Adalberto Campos Fernandes, o ministro da Saúde, a informou de que esta seria apenas uma “intenção” da parte do Governo e não uma decisão.

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Jorge Lacão chumbado para Conselho Superior de Segurança Interna

  • ECO e Lusa
  • 27 Novembro 2017

O socialista não conseguiu, pela segunda vez, os votos suficientes para ocupar o lugar, por entre 76 votos brancos e 18 nulos.

O nome de Jorge Lacão, deputado socialista, foi chumbado para o Conselho Superior de Segurança Interna. É a segunda vez que o deputado foi nomeado, mas não conseguiu os votos suficientes para ocupar o lugar.

Apesar do acordo PSD-PS, que incluiu o nome a indicar pelo Parlamento para o Conselho Superior de Segurança Interna, o antigo ministro socialista obteve apenas 131 votos, dos 150 necessários, num total de 225 deputados votantes.

Segundo o secretário da mesa da Assembleia da República Duarte Pacheco, nesta votação registaram-se 76 votos brancos e 18 nulos.

Na mesma sessão parlamentar, os deputados aprovaram o nome de Abílio Morgado para o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa bem como os quatro nomes para integrarem o Conselho Regulador da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, resolvendo assim um impasse com cerca de um ano.

Na votação de 20 de outubro, num total de 211 deputados votantes, Lacão só obteve 117 dos 141 necessários, nessa votação, para alcançar os dois terços.

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Um ano depois, Parlamento aprova finalmente nomes para a ERC

Os deputados aprovaram esta segunda-feira os quatro nomes para exercerem o novo mandato na direção da ERC, o regulador dos media. Só falta o presidente, que deverá ser escolhido depois.

Os quatro nomes para o novo mandato no Conselho Regulador da ERC foram aprovados esta segunda-feira, desbloqueando um problema que durava há praticamente um ano. Os nomes foram votados com 160 votos a favor, 56 votos em branco e nove nulos.

Os socialistas propuseram Mário Mesquita e João Pedro Figueiredo, enquanto os sociais-democratas propuseram Francisco Azevedo e Silva e Fátima Resende Lima. O Parlamento deu-lhes luz verde.

O impasse dos nomes para a ERC começou em novembro, altura em que terminou o mandato da atual direção. Logo em dezembro, a ERC ficou com uma cadeira vazia no órgão deliberativo. Em março, surgiu outra renúncia e, desde então, a ERC tem funcionado apenas com Carlos Magnos na presidência, Alberto Arons de Carvalho na vice-presidência e Luísa Roseira como vogal. Os membros que renunciaram foram Rui Santos Gomes e Raquel Brízida Castro.

O problema para a escolha dos nomes era, sobretudo, político e começou a tornar-se evidente em janeiro. Durante meses, PS e PSD não foram capazes de chegar a um acordo para os novos nomes, principalmente sobre a forma como deveria ser escolhido o presidente da entidade.

Acima de tudo, ficou decidido que o quinto membro será, posteriormente, cooptado pelos quatro e que terá de ser alguém com perfil independente, a chave que acabou por desbloquear o imbróglio. A partir do momento em que os cinco membros da ERC se encontrem designados, será então eleito entre eles o presidente do Conselho Regulador.

Mas a eleição dos novos membros viu um novo impasse quando os nomes foram a votos no Parlamento, no passado mês de outubro. Numa primeira fase, tudo indicava que tinham sido aprovados. Contudo, um erro de contagem ditou, na realidade, o chumbo dos novos membros para o Conselho Regulador.

A eleição dos novos nomes para a ERC ganha especial relevância numa altura em que ainda está em aberto o dossiê da compra da Media Capital, a dona da TVI e da rádio Comercial, por parte da Meo. A existência de apenas três membros no Conselho Regulador ditou que qualquer decisão tinha de ser tomada por unanimidade. Porém, essa unanimidade não existiu e o processo avançou para a Autoridade da Concorrência (AdC), por falta de sentido de voto do fragilizado Conselho Regulador da ERC.

Caso a compra seja rejeitada pela AdC, existe a possibilidade de a ERC voltar a ter nas mãos este dossiê. Mas mesmo que a compra seja já aprovada pela AdC, a ERC terá um papel decisivo no escrutínio desta integração vertical, nomeadamente no que toca às questões de pluralismo e independência editorial.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 27 Novembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

A tarde desta segunda-feira ficou marcada pela aprovação do Orçamento do Estado para 2018.

O Orçamento do Estado para 2018 foi aprovado esta segunda-feira na Assembleia da República. Os planos orçamentais do Governo para o próximo ano foram aprovados com os votos favoráveis do PS, BE, PCP e PAN, e os votos contra do PSD e CDS-PP.

Seja através de concordância dentro da Geringonça, seja com coligações “negativas”, seja com a abstenção de um lado que deixa passar medidas do outro, os partidos aprovaram as suas mudanças ao Orçamento do Estado para 2018.

Confirma-se: os socialistas recuaram e a taxa extraordinária sobre as energias renováveis não vai avançar. A proposta era do BE e chegou a ser aprovada pelo PS na semana passada. Contudo, os socialistas avocaram o assunto para debate em plenário e, na repetição da votação, esta segunda-feira, voltaram atrás.

Unidade de research da Fitch aumentou a pontuação da estabilidade política em Portugal com a aprovação do Orçamento do Estado para 2018. Para a dívida pública, a perspetiva é pior: deverá diminuir, mas menos do que o previsto.

A Ilha de Man comunicou a Portugal os saldos de 1.172 contas de residentes em Portugal, em 2017, totalizando cerca de 4.000 milhões de euros naquele território, que o Parlamento quer repor na lista de “paraísos fiscais”.

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Nos e Vodafone mais perto de aceder a rede de fibra da Meo

Anacom já tem mandato para conduzir o processo que poderá levar a uma descida dos preços da Fibroglobal, que detém rede de fibra usada pela Meo. Assim, abre a porta a outras operadoras.

A Anacom propôs e o Governo aceitou. O regulador das comunicações já tem mandato governamental para “conduzir o processo de redução dos preços praticados pela Fibroglobal”, a empresa que detém uma rede rural de fibra ótica construída com recurso a 40 milhões de euros de dinheiros públicos, mas que tem a Meo como única cliente.

Este é um dos temas mais polémicos do setor das telecomunicações em Portugal: as operadoras concorrentes queixam-se de não conseguir rentabilizar um investimento no acesso a esta rede devido aos preços elevados. No congresso da APDC, que decorreu em setembro e juntou à mesma mesa os líderes das principais empresas do setor, o caso foi mesmo considerado um “escândalo nacional”.

As operadoras concorrentes da Meo levantam também suspeitas pelo facto de, na administração daquela empresa, estar pelo menos um administrador da operadora agora liderada por Alexandre Fonseca, entre outras questões.

Recentemente, a Anacom concluiu que os preços praticados pela Fibroglobal “são substancialmente superiores” aos de outras prestadoras do mesmo género, como a DS Telecom, e por isso sugeriu uma redução entre 24% e 55%, “consoante o tipo de acesso”. A Fibroglobal tem agora 15 dias úteis para se pronunciar “sobre a redução de preços das suas ofertas”, indica a Anacom num comunicado.

A Anacom vai também levar a cabo uma audiência com a DS Telecom — que explora uma rede de fibra no norte, Alentejo e Algarve — assim como “todos os prestadores de serviços registados na Anacom, na medida em que se constituem como potenciais beneficiários da oferta grossista disponibilizada” pela Fibroglobal. Se a redução de preços for mesmo avante, “traduzir-se-á numa ordem do Estado português à Fibroglobal para que desça os preços”.

Outro aspeto deste processo é a “avaliação da existência de sobrefinanciamentos” a esta entidade. “Caso se verifiquem situações de sobrefinanciamento, haverá lugar ao acionamento do mecanismo de reembolso”, indica a Anacom, que explica que “a atribuição de financiamento público configura um sobrefinanciamento caso o lucro decorrente da exploração da rede de alta velocidade seja superior à média registada no setor”.

(Notícia atualizada às 19h47 com mais informação)

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