Ataque cibernético na Equifax expõe 143 milhões de clientes

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

A invasão nos sistemas da agência de crédito durou cerca de dois meses e meio. Três membros do executivo venderam ações antes da desvalorização em Bolsa.

A agência de crédito Equifax reporta esta sexta-feira um ataque ao seu sistema informático, que expôs informações pessoais de 143 milhões de clientes nos Estados Unidos. A entrada nos sistemas foi detetada e a 29 de julho e durava desde meados de maio, segundo o Financial Times [acesso condicionado].

A empresa refere também que os hackers acederam a nomes, números de Segurança Social, datas de nascimento, moradas e números de cartas de condução. As informações recolhidas no ataque incluem ainda o número do cartão de crédito de cerda de 209 000 clientes nos EUA e “determinados documentos com informações de identificação de outras 182 000.

Num comunicado em vídeo dirigido aos clientes, Rick Smith, presidente e chefe-executivo da Equifax, lamenta “profundamente” o incidente. “Peço desculpa a todos os nossos clientes e parceiros afetados”, confessa.

O anúncio caiu mal nas negociações após o fecho de Wall Street, com as ações da agência a cair cerca de 12%. Dias antes, três executivos sénior da Equifax, incluindo o diretor financeiro John Gamble, venderam ações no valor de cerca de 1,8 milhões de dólares.

Ines Gutzmer, porta-voz da agência de crédito, garante que os três executivos “venderam uma pequena percentagem das suas ações na Equifax“, acrescentando que “não tinham conhecimento de que uma intrusão ocorrera na altura”, cita a Bloomberg.

Este anúncio surge um dia depois de a Equifax ter afirmado que não havia encontrado nenhuma evidência de acesso não autorizado às suas bases de dados, assegura o Financial Times.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

Furacão Irma continua a causar estragos e aproxima-se da Florida. Terramoto no México pode vir acompanhado de tsunami. Polónia exige indemnizações de guerra à Alemanha.

O furacão Irma continua a ser notícia e aproxima-se da Florida, à medida que o México também se vê a braços com uma catástrofe natural — um terramoto de magnitude 8.4 e um possível tsunami. Agitado, mas não por causas naturais, continua o Parlamento espanhol, tendo aprovado agora a lei da transitoriedade. O mesmo pode acontecer com a relação entre Polónia e Alemanha, agora que o país do leste europeu exige indemnizações de guerra.

The Telegraph

Furacão Irma prepara-se para atingir as Bahamas e Florida

O furacão Irma, já considerado um dos mais fortes da história do Atlântico, tem as Bahamas como próximo alvo na sua rota, à medida que a Florida procura evacuar os seus habitantes. Para já, o número de mortes causadas ascende a 13 pessoas.

(Leia a notícia completa aqui / Conteúdo em Inglês / Acesso livre)

The Guardian

Sismo na zona costeira do México poderá seguir-se de tsunami

O sismo de magnitude 8.4 que se fez sentir ontem de madrugada na zona costeira do México já lançou o alarme para um possível tsunami, estando os habitantes a ser evacuados neste momento. Também os países vizinhos foram alertados para o perigo de uma eventual catástrofe os vir a atingir. Há, por enquanto, três mortos registados.

(Leia a notícia completa aqui / Conteúdo em Inglês / Acesso livre)

El País

Maioria no parlamento espanhol aprova lei da transitoriedade

O Junts pel Sí e a CUP fizeram valer a sua maioria no Parlamento Espanhol e aprovaram a lei da transitoriedade com a qual a região da Catalunha pretende formar uma república independente. Fica assim aprovada aquela que os catalães querem que venha a ser a lei suprema da Catalunha caso o referendo de 1 de outubro dite a independência da região.

(Leia a notícia completa aqui / Conteúdo em Espanhol / Acesso livre)

The Sun Daily

Polónia pronta a exigir indemnizações de guerra à Alemanha

A primeira-ministra polaca Beata Szydlo disse acreditar que o seu país tem o direito de exigir indemnizações de guerra à Alemanha a propósito da Segunda Guerra Mundial, embora a posição política oficial do Governo ainda esteja por definir. Em declarações à rádio polaca RMF FM, Beata Szydlo disse: “A posição do Governo acerca das indemnizações de guerra será oficialmente expressa quando uma decisão política for tomada. Na minha opinião, a Polónia tem o direito a isso e o Estado polaco tem o direito de o pedir”.

(Leia a notícia completa aqui / Conteúdo em Inglês / Acesso livre)

Financial Times

Hackers podem ter acedido a dados de 143 milhões de consumidores norte-americanos

A Equifax, empresa norte-americana de crédito, divulgou os detalhes de um enorme ataque informático do qual foi alvo e que pode ter resultado numa fuga de informação relativa aos dados de 143 milhões de consumidores nos EUA. A empresa diz que o ataque durou cerca de dois meses e meio. Após este anúncio, as ações da empresa já desceram cerca de 13%.

(Leia a notícia completa aqui / Conteúdo em Inglês / Acesso Condicionado)

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Bolsa de Lisboa cai pela quinta sessão. Pressão sobre o BCP alivia

O PSI-20 abriu em queda pela quinta sessão consecutiva, apesar de com perdas modestas. Os títulos do banco de Nuno Amado arrancaram com quedas ligeiras, mas já seguem a ganhar.

A praça bolsista lisboeta não está a ter uma semana fácil. O índice PSI-20 abriu no vermelho, somando a quinta sessão consecutiva de perdas. Trata-se do maior ciclo de quedas desde janeiro. O índice abriu a desvalorizar 0,17%, para os 5.065,63 pontos, com o BCP arrancar no vermelho, mas com perdas mais modestas face à sessão anterior. EDP e NOS pesam no desempenho do PSI-20.

As ações do banco abriram a cair 0,25%, para os 19,90 cêntimos, aliviando face às perdas de mais de 7% registadas na última sessão. O BCP tem estado sobre forte pressão e já foi mesmo atacado pelo “urso”. A queda desta quinta-feira alargou para 20% o deslize registado pelos títulos do banco desde o último máximo, em julho.

A condicionar a abertura do índice nacional está também a EDP cujas ações deslizam 0,34%, para os 3,23 euros. A Nos também condiciona o rumo do PSI-20, num dia em que os seus títulos arrancaram a perder 0,6%, para os 5,29 euros. Também a Sonae inaugurou a sessão em queda, com as suas ações a perderem 0,53%, para os 93,3 cêntimos.

Em sentido contrário, destaque para os títulos da EDP Renováveis. As suas ações abriram a somar 0,29%, para os 6,945 euros, ajudando a travar a queda do índice bolsista nacional. Nota ainda para a subida de 1,57%, para os 11,31 euros, das ações da Corticeira Amorim, a cotada do PSI-20 que liderou os ganhos na abertura desta sessão.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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Governo admite divulgar cativações mensalmente

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

A medida estará a ser avaliada pelo Governo e surge no seguimento das pressões dos partidos da direita e da esquerda que pretendem criar limites ao uso das cativações.

O executivo liderado por António Costa estará a ponderar alterar a forma como divulga informação sobre a evolução das cativações de despesa pública. Em cima da mesa estará a possibilidade dessa informação ser prestada mês a mês, segundo avança o Público (acesso condicionado).

De acordo com o diário, uma das opções passa por essa informação estar disponível nos boletins mensais de execução orçamental que são publicados. O Executivo também abre a porta a uma discussão sobre a forma como se processa a passagem a lei de todas as cativações a introduzir no orçamento.

Esta notícia surge numa altura em que o Governo sofre pressão tanto da direita como da esquerda, no sentido de uma mudança de regras nas cativações. Tanto os partidos à esquerda do Governo como à direita dão mostras de poderem forçar a introdução no Orçamento do Estado (OE) do próximo ano de regras que limitem o uso de cativações numa escala tão alargada como a que tem sido utilizada pelo executivo de Costa.

O montante recorde de cativações em 2016 tornou esta questão num dos temas quentes da discussão do OE para 2018, com a oposição a exigir que o Governo modere o uso das cativações como instrumento discricionário de gestão orçamental. Exige ainda que o Governo seja mais transparente na forma como utiliza esse mecanismo e faça passar pelo parlamento a aprovação de todas as regras, em vez de aprovar algumas nos decretos de lei de execução orçamental.

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Salários na Função Pública sofrem queda de 13% em oito anos

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

Nos últimos oito anos, os salários reais dos funcionários do Estado caiu 13%. Mário Centeno reúne-se com os sindicatos da Função Pública para discutir o descongelamento das carreiras.

Os salários reais dos funcionários do Estado, após o impacto da subida do custo de vista, dos descontos de 1,5% para a ADSE e e da subida para 3,5% nas contribuições para a Caixa Geral de Aposentações, passaram por um corte de 13% nos últimos oito anos. Em termos brutos, antes dos impostos, as remunerações da Função Pública caíram 10%. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios [conteúdo pago].

Nos últimos anos, os salários dos funcionários públicos não sofreram quaisquer atualizações. O jornal refere que tais atualizações ocorreram até 2009 e que, só em seis anos — desde 2000 — foi registada uma valorização real dos salários, isto é, acima do valor da inflação.

Num contexto em que a progressão nas carreiras se encontra congelada desde 2005, o Ministro das Finanças, Mário Centeno, reúne-se esta sexta-feira com os sindicatos da Função Pública. Num encontro onde se pretende discutir o Orçamento de Estado para 2018, o tema da progressão de carreiras estará em cima da mesa.

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Wired: Estas startups portuguesas estão entre as mais ‘hot’ da Europa

  • ECO
  • 8 Setembro 2017

A ‘Wired’, publicação de tecnologia, ciência, entretenimento, design e negócios, destacou 10 startups portuguesas e elegeu Lisboa como uma das mais importantes capitais para startups.

A revista Wired incluiu dez startups portuguesas na sua lista Europe’s 100 Hotest Startups e elegeu Lisboa como uma das mais importantes capitais de startups, dedicando uma reportagem à cidade, publicada num especial que acompanha a edição destes mês da revista norte-americana.

Na lista da Wired das 100 startups mais sexy da Europa, surgem a Attentive, a Zaask, a Misk, a Landing.jobs, a Mellow, a Chic by Choice, a SWORD Health, a Uniplaces, a Feedzai e a Unbabel.

Attentive

Fundada por Pedro Araújo, Luís Braga e Daniel Araújo (antigo engenheiro da Google), a Attentive é uma ferramenta informacional de assistência às equipas de venda. Funciona integrando ferramentas de Customer Relationship Management (CRM) — tais como Salesforce e Hubspot — e envia alertas sobre os seus clientes e concorrentes.

Chic by Choice

Fundada em 2012 por Filipa Neto e Lara Vidreiro, a Chic By Choice fornece um serviço de aluguer de roupa de luxo, numa lógica de economia de partilha aplicada à moda. Filipa Neto, em declarações à Wired Retail 2016, disse acreditar que o futuro estará precisamente aqui, numa “rotação de guarda-roupas”.

Feedzai

A Feedzai foi fundada por Nuno Sebastião, Paulo Marques e Pedro Bizarro em 2009 e é capaz de detetar fraudes em transações comercial em tempo real, através da examinação de pagamentos e ao sinalizar comportamentos suspeitos.

Landing.jobs

A Landing.jobs, fundada por José Paiva e Pedro Oliveira, ao fazer a análise de ofertas de trabalho e do talento disponível, realiza o matching entre profissionais tecnológicos e empresas à procura de talento para os seus quadros.

Misk

A Misk é uma rede social destinada aos amantes da comida e trata-se de uma aplicação ao estilo do Instagram, que permite aos seus utilizadores partilhar recomendações para mais de 3.500 restaurantes e bares. Foi criada pelos alumnus da Google Madalena Rugeroni, Sofia Pitta e Daniela Rosa, em 2016.

Mellow

Iniciativa criada por Catarina Violante e José Pedro Ferreira, a Mellow criou uma máquina de cerca de 335€ de cozinha a vácuo controlável via smartphone. Os seus utilizadores podem programá-la para cozinhar numa temperatura e tempo específicos.

SWORD Health

Trata-se de uma startup de medtech que usa inteligência artificial e funcionalidades de monitorização para digitalizar o movimento humano, fornecendo feedback em tempo real aos pacientes durante a sua reabilitação física. Pode ser utilizada em casa sem supervisão, com a possibilidade de os médicos fornecerem feedback à distância. Foi fundada por Virgílio Bento em 2013.

Unbabel

Criada em 2013 por Vasco Pedro, João Graça, Sofia Pessanha, Bruno Silva e Hugo Silva, a Unbabel ocupa-se da tradução online de conteúdo para o Pinterest, Skyscanner Under, Armour, Trello e Oculus. Recorre à aprendizagem mecânica e a 50.000 trabalhadores para traduzir texto.

Uniplaces

Fundada por Miguel Amaro, Ben Grech, Leo Lara e Mariano Kostelec em 2012, esta plataforma online de alojamento para estudantes disponibiliza vídeos de visita às suas propriedades – dispensando assim uma visita presencial – e faz a ponte entre o arrendatário e o senhorio. Tem mais de 40.000 propriedades em 15 cidades ao longo da Europa.

Zaask

A Zaask é uma plataforma destinada a realizar a correspondência entre empresas e os profissionais aptos para o trabalho que estas pretendem contratar. Através do site, os profissionais freelancers podem candidatar-se a oportunidades de trabalho e autopromoverem-se ao criarem um perfil no qual podem incluir o respetivo portfolio. Luís Martins, formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, foi a mente por detrás do projeto, iniciado em 2012.

Lisboa, “uma cidade vibrante e histórica”

Para a revista, a crescente relevância de Lisboa explica-se pelo facto de se tratar de uma cidade global, onde se fala inglês de forma fluente, com 42% dos residentes a falar duas línguas e 23%, três, e onde 62% do investimento vem do exterior. Menciona também a força de trabalho qualificada e o metro quadrado para espaço de escritório barato, em comparação com outras capitais europeias.

A chegada da Web Summit — um dos eventos mais sonantes de tecnologia e startups a nível mundial — a Lisboa também é referido como uma enorme oportunidade para consolidar e impulsionar a estratégia da cidade e de Portugal como um verdadeiro centro de inovação mundial.

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Sismo de magnitude 8.4 abala México e causa 64 mortos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Setembro 2017

Depois de um forte sismo ter sido registado em Tonalá, no sul do México, teme-se agora a ocorrência de um tsunami. Há, pelo menos, 64 mortos. As buscas foram encerradas.

A terra tremeu no México como já não tremia deste 1985. Foi registado um sismo de magnitude 8.4 na escala de Richter a 137 quilómetros da cidade de Tonalá, no sul do país, tendo sido sentido também na vizinha Guatemala. Teme-se agora a ocorrência de um tsunami junto aos estados de Chiapas e Oaxaca. O último balanço aponta para 64 mortos e mais de 200 feridos. Este sábado as autoridades dão as buscas por encerradas.

O estado de Oaxaca foi onde houve mais mortos – 45 -, enquanto o estado fronteiriço de Chiapas registou 15 vítimas mortais, além de outras quatro em Tabasco. Em Chiapas mil casas foram destruídas e cerca de cinco mil ficaram danificadas.

Depois de intensas buscas as autoridades deram os trabalhos por terminados. “Já não há ninguém sob os escombros. A maioria [dos sobreviventes] foi socorrida quase imediatamente pelas famílias e vizinhos”, disse aos jornalistas o coordenador de uma equipa de socorro, Roberto Alonso.

O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, declarou três dias de luto nacional pelas vítimas do sismo.

Este será o sismo de maior magnitude desde 1985, ano em que um abalo de 8.0 graus na escala de Richter causou cerca de dez mil mortos. Os meios de comunicação social avançam que o sismo terá causado, pelo menos, 64 mortos, com as autoridades a evacuarem as zonas costeiras e alertarem para a possibilidade de réplicas.

No Twitter, o Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto garantiu que os protocolos de proteção civil se encontravam ativos, “incluindo o Comité Nacional de Emergências”.

Segundo cálculos preliminares, cerca de 50 milhões de pessoas foram expostas ao sismo no México, cujo epicentro foi registado no sudeste do estado de Chiapas (sul).

Na vizinha Guatemala, o abalo afetou mais de 4.700 pessoas e causou quatro feridos, além de provocar danos em cerca de 200 habitações. Afetou também infraestruturas, como dezenas de escolas e uma ponte.

No México, a passagem do furacão Irma causou ainda dois mortos.

(Notícia atualizada sábado às 21h08)

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Tem títulos do Montepio? Prazo para vender na OPA acaba hoje

A OPA da Associação Mutualista sobre o Montepio termina esta sexta-feira. Se detém unidades de participação do Montepio e as quer vender nesta oferta terá de dar ordem nesse sentido ainda hoje.

Termina esta sexta-feira a Oferta Pública de aquisição (OPA) da Associação Mutualista Montepio Geral sobre a Caixa Económica Montepio Geral. Se tem títulos do Montepio e pretende vendê-los no âmbito desta oferta, isto significa que terá de o fazer ainda hoje.

Nesta oferta de aquisição que arrancou a 14 de agosto com o objetivo de retirar o Montepio da bolsa e abrir a porta da instituição aos acionistas da economia social, a Associação Mutualista dispõe-se a pagar um euro por cada unidade de participação. O valor que a entidade oferece por cada título iguala o preço a que estes foram vendidos numa primeira fase a investidores de retalho, quando o Montepio entrou para a bolsa em dezembro de 2013. Ou seja, pequenos investidores que compraram estas unidades aos balcões do Montepio.

O preço oferecido é cerca do dobro face ao valor a que os títulos negociavam quando a OPA foi lançada pela Associação Mutualista a 4 de julho. Logo no dia seguinte ao anúncio, a cotação das unidades de participação ajustou para perto do valor de um euro oferecido. Mas já depois disso foram realizadas transações acima dessa fasquia.

Quando foi tornado público o prospeto da OPA, a 11 de agosto, a entidade liderada por Tomás Correia informava que desde o anúncio preliminar da oferta já tinha conseguido comprar quase 12% das unidades do fundo do total de 26,5% unidades que ainda não detinha.

Mas caso não venda a sua participação dentro do período em que decorre a OPA nada está perdido. No mesmo prospeto que contém as condições da oferta, a entidade liderada por Tomás Correia assumiu o compromisso de comprar as ações que forem atribuídas aos detentores das unidades de participação que não aceitarem vender na OPA, na sequência da já anunciada transformação da caixa económica em sociedade anónima.

“O oferente manterá uma ordem permanente de compra das unidades de participação no mercado regulamentado Euronext Lisbon, bem como uma ordem permanente de compra fora de mercado regulamentado das ações ordinárias que entretanto sejam emitidas em substituição do capital institucional e das unidades de participação do fundo de participação como consequência da transformação da entidade visada em sociedade anónima”, indicava a Associação Mutualista.

Se preferir vender já hoje não se esqueça, contudo, que o prazo para dar instruções nesse sentido termina às 15h30.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Novo Banco tem Assembleia Geral, o Montepio termina a OPA. O INE revela dados das exportações. No Banco de Portugal, Elisa Ferreira e Máximos dos Santos assumem pastas.

A economia portuguesa cresceu 2,9% no segundo trimestre, mas este crescimento teve um contributo reduzido das exportações. Será que essa tendência vai mudar? O INE divulga esta sexta-feira os dados relativos a julho. Na banca, o Novo Banco tem Assembleia Geral para a troca de dívida e a Associação Mutualista termina a OPA para resgatar o Montepio da bolsa. Nos EUA, um membro da Fed fala sobre o crédito ao consumo.

Vai o défice comercial continuar a agravar-se?

O défice comercial do primeiro semestre ultrapassou os mil milhões. Porquê? As importações (que têm maior volume) subiram mais do que as exportações nos primeiros seis meses o ano. Foi este efeito que levou a procura externa líquida a ter um contributo positivo, mas reduzido (0,1%) no PIB. Será que a tendência vai alterar-se na segunda metade de 2017? Esta sexta-feira o INE responde com a divulgação das estatísticas do comércio internacional de bens de julho.

OPA do Montepio termina

Se tem títulos do Montepio e pretende vendê-los no âmbito desta oferta, isto significa que terá de o fazer ainda hoje. A Oferta Pública de Aquisição teve início a 14 de agosto e termina esta sexta-feira às 15h30. O objetivo é retirar o Montepio da bolsa lisboeta e abrir a porta da instituição a novos acionistas. A Associação Mutualista propõe-se a pagar um euro por cada unidade de participação.

Elisa Ferreira e Máximo dos Santos tomam posse

É um ato formal, mas que vai alterar a composição da liderança do Banco de Portugal. Elisa Ferreira e Luís Máximo dos Santos vão tomar posse como os dois novos vice-governadores da equipa de Carlos Costa. Além disso, o Banco de Portugal passará a contar com os administradores Ana Paula Serra e Luís Laginha de Sousa. A cerimónia realiza-se no salão nobre do Ministério das Finanças às 18h.

A Assembleia Geral do Novo Banco acontecerá?

Tudo indica que não. Como é expectável que a reunião desta sexta-feira não tenha o quórum necessário, já foi agendada uma nova assembleia para o próximo dia 29 de setembro. Ainda assim, este é um momento decisivo no processo de venda do Novo Banco à Lone Star. O banco propôs-se a pagar em cash aos obrigacionistas seniores para conseguir uma almofada adicional de capital, de 500 milhões de euros. Esta oferta de compra inclui também a possibilidade de transformar estes títulos de dívida em depósitos a prazo. A AG acontece em Londres no escritório de advogados Linklaters.

Membro da Fed fala sobre o crédito ao consumo

Num dia em que são revelados novos dados sobre o crédito ao consumo nos Estados Unidos, o presidente da Reserva Federal do Estado da Filadélfia, Patrick Harker, irá abordar o tema. Este discurso surge depois de a Fed revelar o seu Livro Bege sobre a economia norte-americana. Contudo, também houve um percalço esta semana: o vice-presidente da Fed, Stanley Fischer, demitiu-se por “razões pessoais”.

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Dia D para o Novo Banco? Pode ser só uma falsa partida

  • Rita Atalaia
  • 8 Setembro 2017

Pequenos e grandes investidores têm a primeira AG para decidirem se aceitam a existência da oferta de troca de dívida do Novo Banco. Não deve haver quórum. Ficará adiado para o fim do mês.

É o primeiro dia D para o Novo Banco, na tentativa para reforçar a almofada de capital em 500 milhões de euros. Pequenos e grandes investidores do banco de transição têm na agenda uma assembleia-geral (AG) de obrigacionistas para decidirem se aceitam a existência de uma oferta para a troca de dívida, condição essencial para a concretização da venda ao Lone Star. Mas deverá ser preciso esperar por um segundo dia D, no final do mês, já que não deverá haver quórum — até agora não se sabe o grau de participação na AG. É que os grandes investidores devem querer mostrar a sua oposição ao empurrarem a decisão para mais perto do final do prazo de aceitação da troca em si.

“O preço é baixo”, “os preços não seguem uma fórmula justa”, “foi uma decisão motivada politicamente”. São algumas das reações da Pimco, Ever Capital Investments e Xaia Investments, os grandes investidores do Novo Banco, à proposta apresentada aos obrigacionistas seniores em julho. Não haverá uma troca de obrigações por outras (de menor valor, ou menor cupão), mas sim por dinheiro. Ou seja, quem detém dívida vai receber cash em troca da dívida detida, sendo que as obrigações serão avaliadas ao preço a que estão no mercado, inferior ao que os investidores esperavam receber.

Agora, para que esta oferta avance, é necessário realizar uma operação de solicitação de consentimento de reembolso antecipado. E está tudo nas mãos destes grandes investidores, que detêm grande parte dos títulos do banco. Questionados pelo ECO se vão aceitar as condições oferecidas, o diretor da Xaia, Jochen Felsenheimer, afirma que “não vão participar e que não acreditamos que haja o quórum necessário”. Já a Pimco não respondeu e os espanhóis da Ever preferiram não fazer qualquer comentário relativamente à posição que vão assumir em AG.

Ao todo, estão em causa 36 séries de obrigações, que os investidores vão votar linha a linha durante a AG, sendo necessário que estejam presentes investidores representativos de mais de 66% do valor destas para que haja quórum que valide a votação. Se não houver investidores suficientes, então esta decisão será adiada para uma próxima assembleia, que decorrerá a 29 de setembro “com quórum mínimo de um terço”, explica o Novo Banco. “Os votos nas AG para o consentimento são independentes da aceitação, ou não, da oferta, que durará até ao dia 2 de outubro”, refere o banco.

Principais datas da operação

Pequenos investidores aceitam oferta

Enquanto os grandes investidores se mostram reticentes, os pequenos investidores começam a aceitar a oferta do Novo Banco — representam 43% do montante total em troca. Mais de 1.900 clientes que investiram em papel comercial vendido pelo Banco Espírito Santo, o equivalente a 97% do total, aceitaram aderir ao mecanismo que visa compensar parcialmente as perdas sofridas na queda do banco. Os clientes que aderirem à solução irão recuperar 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros.

Os emigrantes lesados também aderiram em massa ao mecanismo que visa compensá-los pelas perdas sofridas. Em causa estão mais de mil clientes que investiram dinheiro em oito produtos financeiros do ex-BES — Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7 — e que não aderiram à proposta comercial feita pelo Novo Banco em 2015. Contactado o Novo Banco, mas também a Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP), não avançaram com dados concretos.

A vice-presidente da AMELP, Helena Batista, afirmou recentemente que o Novo Banco tem garantido que continua a estudar o mecanismo que usará para compensar os 628 clientes que investiram 75 milhões de euros no EG Premium e os 1.216 clientes que investiram 71 milhões no Euroaforro10.

Sucesso da operação? Depende dos 500 milhões

Para assegurar o sucesso da operação, o Novo Banco revelou que “deverá obter a participação de obrigacionistas que permitirá o reforço dos capitais próprios em, pelo menos, 500 milhões de euros, quer por poupança de juros quer por ganhos de capital”. Esta é uma condição essencial que tem de ser cumprida para que o Lone Star possa concretizar a compra da instituição bancária. Os norte-americanos chegaram a acordo para a compra de 75% do capital do Novo Banco e comprometeram-se a injetar mil milhões de euros para reforçar os capitais.

"Caso não se verifiquem as Condições ou o Oferente não renuncie às mesmas, a Oferta não produzirá efeitos e as Propostas caducam, salvo se a Oferta for alterada.”

Novo Banco

Mas o Novo Banco também deixou em aberto a possibilidade de ser o conselho de administração a tomar uma decisão no caso de a poupança de 500 milhões não ser atingida. “Caso não se verifiquem as Condições ou o Oferente não renuncie às mesmas, a Oferta não produzirá efeitos e as Propostas caducam, salvo se a Oferta for alterada”, de acordo o anúncio da oferta de aquisição. Contactado pelo ECO, o banco de transição preferiu não comentar sobre qual será o mínimo que o banco admite obter de poupança para avançar com a troca.

A operação abrange 36 séries de obrigações, com maturidades entre 2019 e 2052, “no valor nominal global de 8,3 mil milhões de euros, correspondente a cerca de três mil milhões de euros de passivo contabilístico”, sendo que a recompra será feita com fundos próprios — o banco pretende utilizar as receitas com as vendas de ativos como imóveis, seguros e o banco em Cabo Verde. O banco recordou que “em 2016, enquanto a dívida do grupo relativa a obrigações seniores representava menos de 10% do total do passivo do Novo Banco, a mesma representava cerca de 40% dos juros e custos do passivo financeiro”.

(Atualizado às 10h33 com a reação da Xaia Investments)

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Plataforma do malparado avança, banco de fomento ‘entra’ depois

Os bancos chegaram a um acordo para a criação de uma plataforma do crédito malparado. O banco de fomento só será chamado depois, para financiar empresas em reestruturação, mas viáveis, apurou o ECO.

A Caixa Geral de Depósitos, o Millennium bcp e o Novo Banco já chegaram a acordo para criarem uma nova plataforma de gestão do crédito malparado dos três bancos, os chamados Non Performing Loan (NPL), e o memorando de entendimento em que são definidas as condições para o funcionamento dessa plataforma será assinado nos próximos dias. O ‘banco de fomento’ ficará fora desta plataforma e, a entrar, será depois, quando se colocar a venda destes créditos, em concorrência ou em alinhamento com os fundos de privat equity privados, e apenas para as empresas consideradas viáveis, apurou o ECO junto de diversas fontes envolvidas neste processo.

Afastada a hipótese de um bad bank para estes créditos em incumprimento, avaliados em cerca de 30 mil milhões de euros, surgiu uma alternativa, a plataforma de créditos, sob a forma de Acordo Complementar de Empresas (ACE), uma notícia revelada em primeira mão pelo ECO no passado dia 9 de junho. Esta quinta-feira, o Público revelou que a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), o conhecido ‘banco de fomento’, poderá ser chamada a participar neste processo. Em que termos? Não exatamente na participação ou financiamento direto dessa plataforma, mas na fase seguinte, na compra de créditos ou no financiamento de empresas em reestruturação. Mesmo assim, segundo diversas fontes contactadas pelo ECO, o modelo desta participação não está ainda fechado e “é apenas uma ideia”.

É preciso recuar no tempo. O que é esta plataforma? Como o ECO revelou, apesar dos sucessivos anúncios públicos, do primeiro-ministro, mas também do governador Carlos Costa, o bad bank tornou-se inviável pelos efeitos nos rácios de capital dos bancos. É a partir daqui que o governo e o Banco de Portugal, com o envolvimento da Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, chegam ao modelo de uma ‘plataforma’ para gerir os NPL. De acordo com várias fontes contactadas pelo ECO, há três condições ou pressupostos implícitos na criação desta unidade de gestão, e que constam do memorando de entendimento já discutido. Será um modelo privado, isto é, sem ajudas públicas, de base voluntária e não exclusiva de outras alternativas que possam surgir no futuro, até mesmo um bad bank no quadro de uma solução europeia. Para já, entram a CGD, o BCP e o Novo Banco, mas a expectativa é de que outros se seguirão. E, apurou o ECO, a gestora Esmeralda Dourada vai ser uma voz ativa na gestão da plataforma de créditos malparados, mas sem funções executivas.

É precisamente porque não poderá haver dinheiros públicos — uma garantia, aliás, dada pelo próprio Governo — que o ‘banco de fomento’ não fará parte desta plataforma diretamente. Mas poderá ser envolvido depois, com recurso aos reembolsos dos empréstimos que faz de fundos comunitários e a linhas de financiamento de instituições como o BEI. Como? A criação de uma sociedade gestora — que pode ter várias subunidades em função do tipo de NPL, isto é, imobiliário ou dívida empresarial, por exemplo — permitirá a criação de um mercado secundário destes ativos problemáticos. Com este modelo, haverá uma relação de prioridades equilibrada entre as necessidades dos bancos, que precisam de limpar os balanços do mau crédito, e das empresas economicamente viáveis, mas com problemas financeiros.

Hoje, não há um mercado de NPL, uma plataforma organizada em que potenciais investidores possam avaliar as oportunidades de investimento e, por isso, também não há um preço para os NPL. O que há? A venda de crédito malparado em pacote, sem qualquer trabalho de análise, e a preço de saldo, com descontos significativos em relação ao valor a que está no balanço dos bancos. A convicção dos banqueiros, e do próprio Governo, é que este modelo permite “fazer o diagnóstico, o prognóstico e a terapêutica”, as três condições para atrair novos investidores, com capital. É aqui, nesta fase do processo, que poderá entrar o ‘banco de fomento’.

Estas empresas, que têm créditos em dívida e por isso são classificadas de NPL, só poderão passar para a referida ‘plataforma’ de negociação se forem viáveis. Mesmo assim, os bancos que têm esses créditos não poderão envolver-se em novos empréstimos, desde logo por imposição do BCE. Ora, a recuperação dessas empresas envolverá necessariamente perdão de dívidas, mas também operações de recapitalização. De fundos privados e/ou do ‘banco de fomento’.

Neste momento, o ‘banco de fomento’ tem apenas um gestor executivo, depois de uma sucessão de demissões, nomeadamente de José Fernando Figueiredo. E um chairman, o economista e professor Alberto de Castro. Curiosamente, também tem novas competências que permitem o financiamento de empresas. Como o ECO noticiou recentemente, a missão do Banco de Fomento foi alargada. No preâmbulo do diploma que altera os seus estatutos, o Ministério da Economia classificou como “fundamental” alargar as atividades desenvolvidas pela IFD à realização de operações que visem colmatar “as insuficiências de mercado” no financiamento de mid-caps (empresas portuguesas com valor médio de mercado) e de concessão de empréstimos através de instrumentos intermediados (on-lending e arrangement).

Estas mudanças, que estiverem em processo de negociação durante meses com Bruxelas, visavam dar outro papel ao ‘banco de fomento’, que foi criado com o objetivo de complementar a atividade da banca comercial, mas que acabou por ter competências limitadas, basicamente, a linhas de financiamento de fundos comunitários e impedido de apoiar as ‘mid caps’. Com o acordo entre os três bancos, a revisão dos estatutos do ‘banco de fomento’ indicou o caminho para uma porta que estava fechada. Nos próximos dias, o Governo, o Banco de Portugal e os próprios bancos vão explicar de que forma poderá ser aberta.

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Combustíveis: Gasolina não mexe, mas gasóleo fica mais caro

O preço da gasolina deverá manter-se na próxima semana, após a maior subida em dois anos. Já o preço do litro do gasóleo deverá subir 1,5 cêntimos.

Após a maior subida em dois anos, a pressão sobre o preço da gasolina alivia. O custo de abastecer o depósito com este tipo de combustível deverá ficar inalterado na próxima semana. A mesma sorte não deverá ter quem for atestar o carro de gasóleo, já que tudo indica que o preço deste combustível venha a subir a partir da próxima segunda-feira.

De acordo com cálculos do ECO com base nos dados da Bloomberg, enquanto o preço da gasolina deverá manter-se no nível atual, o preço do gasóleo deverá subir em torno de 1,5 cêntimos por litro. Esta será assim a segunda semana consecutiva em que este tipo de combustível encarece.

Esta subida reflete a tendência altista das cotações do petróleo nos mercados internacionais nas últimas sessões. Nesse período a produção da matéria-prima foi penalizada pelo furacão Harvey que obrigou ao encerramento da atividade das refinarias. Entretanto surgiu o furacão Irma que reforçou a pressão altista sobre a cotação do “ouro negro”. Não fosse a acentuada valorização do euro face ao dólar nas últimas sessões, o agravamento do preço dos combustíveis seria superior.

Sendo assim, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, tudo aponta para que o litro da gasolina simples 95 fique inalterado perto dos 1,46 euros. Já o preço do gasóleo prepara-se para subir para cerca de 1,23 euros por litro.

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