Revista de imprensa internacional

Hollande pagava 10 mil euros por mês em cabeleireiro. Macron gastou 26 mil euros em maquilhagem em três meses. Ainda na UE, a Eslovénia quer estar na linha da frente da integração.

Esta sexta-feira é o dia principal de Jackson Hole com os discursos de Mario Draghi e Janet Yellen sob o foco atento dos investidores. Segundo a Moody’s, a presidente da Reserva Federal ainda tem muito trabalho pela frente se quiser convencer os mercados de que vai aumentar novamente a taxa de juro. Ainda nos EUA, a Tesla está a construir uma carrinha que terá autonomia entre 321 a 482 km. No hemisfério sul, um decreto de Temer está a causar polémica.

The Guardian

Temer entrega reserva natural da Amazónia a mineiros

A decisão de Michel Temer desproteger uma reserva natural da Amazónia rica em minério — de forma a atrair investimento internacional e aumentar as exportações — está a causar a polémica no país. O senador Randolfe Rodrigues, filiado na Rede Sustentabilidade, classificou o decreto de Temer sobre a zona protegida de “o maior ataque na Amazónia de há 50 anos”. Já Gisele Bündchen, modelo brasileira, também criticou o atual presidente, argumentando que é o dever do Estado proteger a natureza.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

CNBC

Fed tem de convencer os mercados que vai subir taxa de juro

A opinião é do economista-chefe da Moody’s, uma das principais agências de rating. Mark Zandi considera que Janet Yellen ainda tem muito trabalho para frente se quiser convencer os mercados de que a taxa de juro vai subir novamente ainda este ano, depois de já ter aumentado duas vezes. O economista espera que esse trabalho comece já na próxima reunião do comité, em setembro, mas também no encontro dos bancos centrais que se realiza esta sexta-feira em Jackson Hole.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Reuters

Tesla quer camião com autonomia entre 321 a 482 km

É mais um objetivo ambicioso para a empresa de Elon Musk. A Tesla planeia nos próximos meses revelar um camião elétrico com uma autonomia que varie entre os 321 e os 482 quilómetros. Ou seja, a empresa está a tentar entrar no mercado das carrinhas que fazem percursos regionais. O protótipo deve ser revelado em breve.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Eslovénia quer estar na linha da frente da UE

O primeiro-ministro esloveno, Miro Cerar, garantiu esta sexta-feira que quer ver a Eslovénia na linha da frente do desenvolvimento da União Europeia, além da Zona Euro, da qual faz parte desde 2007. Cerar quer discutir de forma mais profunda as propostas de integração, tal como a existência de um ministro das Finanças da Zona Euro ou a existência de uma Orçamento comum. Além disso, a Eslovénia está disposta a apoiar um movimento contra o atual Governo da Polónia, se necessário.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Le Point

Em três meses, Macron gastou 26 mil em maquilhagem

François Hollande teve o cabelo, Macron tem a maquilhagem. Os gastos dos presidentes franceses continuam a ser vistos à lupa. Desta vez, o recém-eleito Emmanuel Macron contratou uma profissional para lhe colocar maquilhagem e terá pago duas prestações, uma de 10 mil euros e outra de 16 mil euros. Fonte do Eliseu explicou que a profissional foi chamada urgentemente, admitindo que essa despesa será “reduzida de forma significativa” no futuro.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em francês / Acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impresa avança 4% e corrige das perdas

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

O anúncio da venda ou encerramento da maioria dos títulos de publishing da Impresa fez com que as ações chegassem a cair 10% e fechassem quinta-feira a perder 5%. Esta sexta estão a corrigir.

Depois de ter estado a perder mais de 10% após saber-se que o grupo quereria vender ou fechar a maioria dos seus negócios na área da imprensa escrita, incluindo a revista Visão, as ações da Impresa seguem esta sexta-feira a corrigir, avançando perto de 4%.

No final da sessão de quinta-feira, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão registou uma queda de 4,95%, com cada ação a valer 0,307 euros. Contudo, a cotada corrige agora para 0,319 euros, uma escalada de 3,91%.

A decisão de “reposicionamento estratégico da sua atividade”, como o grupo definiu em comunicado oficial foi comunicada aos quadros superiores na quarta-feira, com uma fonte próxima da empresa a afirmar que o grupo manterá apenas o semanário Expresso e a revista Caras. No mesmo comunicado, a Impresa confirma apenas a “redução da sua exposição ao setor das revistas e um enfoque primordial nas componentes do audiovisual e do digital”.

Face a este cenário, banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos emitiu uma nota de research, onde não surgem quaisquer dúvidas: “O reposicionamento estratégico ao nível do setor das revistas surge como um passo necessário tendo em vista uma maior desalavancagem da Impresa”, pode ler-se na nota.

As contas do grupo poderão ser uma causas desta medida que porá em risco cerca de duas centenas de empregos. Os últimos dados apresentados perante a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários apontam para uma dívida total de 189,1 milhões de euros, e quedas fortes nas receitas e nos lucros. Para além disto, a Impresa falhou a última emissão de dívida que tinha como objetivo angariar até 35 milhões de euros.

Atualmente, no segmento de publishing, o grupo detém as revistas Visão, Visão Júnior e Visão História, bem como o jornal Expresso e as revistas Activa, Blitz, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, TeleNovelas, TV Mais e também o Jornal de Letras, Artes e Ideias.

Impresa corrige das perdas de quinta-feira

(Notícia atualizada às 09h14 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP e Jerónimo Martins deixam PSI-20 na linha de água

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

Enquanto o banco segue a registar ganhos, a retalhista pressiona para baixo da linha de água. Ainda assim, o PSI-20 navega em maré verde.

A última sessão da semana começou sem rumo certo. O PSI-20 abriu pouco abaixo da linha de água, tendo revertido para perdas ligeiras nos primeiros momentos de negociação. A pressionar cada prato da balança estão o BCP e a Galp Energia, que registam avanços, e a Jerónimo Martins que derrapa.

No dia em que os principais líderes dos bancos centrais mundiais iniciam uma das reuniões mais esperadas do ano, em Jackson Hole, o principal índice nacional — que abriu a perder 0,01% –, regista sete cotadas a valorizar, seis a perder e cinco inalteradas. A manter o índice em terreno positivo está o BCP, que valoriza 0,22% para 23 cêntimos, e a Galp Energia, que avança 0,33% para 13,89 euros.

Contribuem também para os ganhos na ordem dos 0,10% que se registam, a EDP, que avança 0,09 para 3,25 euros e a Navigator, que sobe 0,63% para 3,67%. No campo contrário destaca-se a retalhista Jerónimo Martins, perdendo 0,57% para 16,65 euros.

Nas restantes praças europeias os ganhos também são tímidos, com o Stoxx 600 a avançar 0,13%, o IBEX-35 a subir 0,11% e o alemão DAX a ganhar 0.,4%.

PSI-20 segue acima da linha de água

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Subornos levam herdeiro da Samsung à cadeia por cinco anos

  • ECO
  • 25 Agosto 2017

O tribunal sul-coreano condenou Lee Jae-yong a cinco anos de prisão pela acusação de que pagou 38 milhões de dólares em subornos à antiga presidente da Coreia do Sul.

O vice-presidente da Samsung foi condenado pela justiça sul-coreana esta sexta-feira, segundo o The New York Times. Os cinco anos de cadeia contrastam, segundo o jornal norte-americano, com uma histórica mão mais leve com as principais figuras do país por parte dos tribunais. Lee Jae-yong é o herdeiro do império empresarial da tecnológica.

É a segunda baixa de peso neste caso da justiça da Coreia do Sul. O processo que levou à destituição da ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye, é o mesmo que faz agora estragos na família que lidera a Samsung. O Ministério Público queria 12 anos de prisão para Lee Jae-youg, mas a sentença ficou-se pelos cinco anos. Entre os crimes está corrupção, desfalque, ocultação de ativos no estrangeiro e perjúrio.

O escândalo de corrupção tem origem na operação de fusão entre duas empresas em 2015, a C&T e a Cheil Industries. A fusão foi denunciada, nomeadamente por vários acionistas. Segundo a investigação, a Samsung pagou subornos para obter a aprovação do negócio por parte das autoridades governamentais.

Lee Jae-yong, de 49 anos, é vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo Samsung. De salientar que Lee Jae-Yong tornou-se patrão de facto da Samsung, depois de o seu pai, ainda presidente da Samsung, ter sofrido um ataque de coração em 2014.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Só 18% dos fundos europeus foram gastos em prevenção de incêndios

  • ECO
  • 25 Agosto 2017

Cerca de 70% das verbas alocadas à "redução de incêndios florestais" foi canalizada para a compra de veículos de combate e para obras nos quartéis de bombeiros.

Dos 56 milhões de euros alocados para o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), que tem como objetivo a “redução de incêndios florestais”, a maior parte não foi aplicada na prevenção mas sim em meios de apoio ao combate. Os bombeiros receberam 40 milhões de euros, enquanto apenas 10,2 milhões foram canalizados para a Instalação de Redes de Defesa da Floresta contra Incêndios.

O valor é avançado pelo Público (acesso condicionado), detalhando que o destino desses 40 milhões de euros foi a compra de veículos para as corporações de bombeiros ou para a construção, modernização e ampliação de quartéis, quando deveria ter sido a floresta ou o ordenamento florestal. Os restantes 5,8 milhões de euros foram aplicados em Ações Inovadoras para a Prevenção e Gestão de Riscos, em Instrumentos de Planeamento, Monitorização e Comunicação e em Ações de Comunicação e Sensibilização para Prevenção de Incêndios Florestais.

Em resposta ao jornal, os gestores do PO SEUR afirmam que não é feita uma distinção “taxativa” entre a “perspetiva de prevenção ou de combate”, sendo que “o reforço das condições de operação das entidades responsáveis pelo combate aos incêndios reforça também a sua prevenção e a minimização dos seus efeitos”. Foram, no total, 64 os quartéis a serem financiados por este programa.

O maior projeto de proteção e ordenamento do território a candidatar-se aos fundos do programa foi apresentado pela Câmara de Viana do Castelo para proteger a floresta das encostas do Monte de Santa Luzia e teve direito a uma fatia de 377 mil euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bava utilizou RERT para regularizar 11,5 milhões de euros

  • ECO
  • 25 Agosto 2017

Já era público que Zeinal Bava, ex-gestor da PT, tinha aderido ao perdão fiscal. É agora conhecido o valor dos montantes que regularizou: 11,5 milhões de euros.

Eram mais de 11,5 milhões de euros que Zeinal Bava tinha no exterior, sem declarar ao Fisco português, no final de 2010. O valor consta da declaração de adesão ao RERT do ex-gestor da PT, segundo o Jornal de Negócios [acesso pago] desta sexta-feira. Além disso, o jornal revela que o contrato de Bava com a ES Enterprise estipulava que só receberia o dinheiro para, alegadamente, comprar ações da PT, enquanto se mantivesse como gestor da operadora.

O ex-presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava aderiu ao perdão fiscal do Regime Excecional de Regularização Tributária que vigorou em 2012 (RERTIII), o mesmo que Ricardo Salgado usou para fazer regressar a Portugal parte dos 14 milhões que recebeu do construtor José Guilherme. A informação foi revelada pelo Banco de Portugal, depois do juiz Carlos Alexandre ter determinado a quebra do sigilo.

A investigação pretende aferir se Bava aderiu ao perdão fiscal para trazer para Portugal o dinheiro que teria recebido através das contas na Suíça e em Singapura. Zeinal terá recebido 18,5 milhões de euros em 2011, a que se juntam mais 6,7 milhões de euros em 2007, segundo explicava o Jornal de Negócios em maio.

A suspeita é que o dinheiro que ficou regularizado com o perdão fiscal seja o mesmo que teve origem na ES Enterprise, a empresa que alegadamente foi o ‘saco-azul’ do BES e de Ricardo Salgado. O contrato entre a empresa e Zeinal Bava — que estipula que o gestor deve continuar na PT para usar o financiamento — data de dezembro de 2010.

Segundo o jornal, Hélder Bataglia e Rui Horta e Costa também usaram o RERT. Diogo Gaspar Ferreira e Henrique Granadeiro não usaram.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É cliente Meo? Tem até hoje para rescindir o contrato sem custos

  • Lusa
  • 25 Agosto 2017

Os clientes da Meo que sofreram aumentos nas faturas têm até esta sexta-feira para rescindir o contrato sem custos.

O prazo dado pela Meo para que os seus clientes rescindam os contratos sem custos termina esta sexta-feira, no seguimento da determinação às operadoras de medidas corretivas feita em julho pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Já o prazo da NOS terminou em 19 de agosto.

Por seu turno, a Vodafone garantiu na altura em que foi conhecida a decisão da Anacom que não procedeu a aumentos de preços em contratos com períodos de fidelização a decorrer, pelo que não é abrangida pela decisão do regulador das comunicações. Em 24 de julho, a Anacom anunciou “medidas corretivas” às operadoras de telecomunicações Meo, Nos, Nowo e Vodafone para baixarem preços aos consumidores ou permitirem a rescisão de contratos sem custos adicionais.

Segundo comunicado da entidade reguladora, em causa estão práticas daquelas empresas, que alteraram condições contratuais após a entrada em vigor da lei 15/2016, que introduziu maior transparência na fidelização de clientes e facilidade na rescisão de acordos.

Na quinta-feira, a Anacom alertou para a existência de dificuldades nas rescisões de contratos com as operadoras de telecomunicações, no âmbito do cumprimento de medidas corretivas aplicadas pelo regulador. Em comunicado divulgado na sua página de Internet, o regulador informou que “tomou conhecimento da existência de dificuldades nas rescisões de contratos, por parte de clientes que receberam as comunicações enviadas pelos operadores, em cumprimento das medidas corretivas ordenadas por decisão da Anacom de 13 de julho”.

Face a esta situação, a Anacom “alerta, conforme já informado no Portal do Consumidor (Onde posso dirigir-me para cancelar o meu contrato?), que os clientes que pretendam exercer o direito de rescisão podem fazê-lo, não só pessoalmente em qualquer loja ou por telefone, mas também por escrito, através de qualquer um dos contactos indicados nos respetivos contratos ou divulgados ao público (morada, fax, endereço de email, entre outros) ou ainda através da área de cliente da página do operador na Internet, se esta possibilidade estiver disponível”.

Sublinhou ainda que “o pedido de rescisão não depende da apresentação de quaisquer documentos, além dos que forem estritamente necessários para a confirmação da identificação do assinante”. Recordou que caso os clientes pretendam manter os seus números de telefone, têm três meses para “solicitar o uso dos números no mesmo operador ou pedir a respetiva portabilidade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo até desvaloriza, mas combustíveis podem subir

Sim, leu bem. O preço do barril está a desvalorizar esta semana, mas isso não deverá significar combustíveis mais baratos na próxima semana. Pelo contrário. Até podem subir.

Atestar o depósito pode ficar mais caro na próxima segunda-feira.Paula Nunes / ECO

Atestar o depósito do automóvel pode ficar mais caro na próxima semana, ainda que o preço do barril de petróleo tenha desvalorizado desde o início da semana. Tanto a gasolina como o gasóleo têm margem para ligeiros agravamentos: as subidas não deverão ir além do meio cêntimo. Mas a evolução dos preços nos mercados internacionais pode não justificar sequer uma atualização do preçário nas bombas de gasolina na segunda-feira, o que deixaria tudo na mesma.

De acordo com cálculos do ECO, com base nos dados da Bloomberg, os condutores portugueses poderão assistir a um agravamento até ao meio cêntimo por litro da gasolina e do diesel. A acontecer, anularia parte das descidas no preço verificadas no início desta semana.

Ainda assim, não é certo que os postos de abastecimento procedam a uma revisão dos preços. Isto porque se trata de uma valorização marginal. O comportamento dos mercados petrolíferos ao longo desta sexta-feira poderão ajudar a clarificar.

Para já, o preço médio da tonelada métrica da gasolina e do gasóleo apresentam-se com subidas de 0,89% e 0,62%, já convertido em euros, respetivamente, contrariando a desvalorização superior a 1% que preço do barril de ouro negro vai acumulando ao longo da semana de negociação em Londres.

Contas feitas, segundo os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, o litro do gasóleo poderá manter-se perto dos 1,20 euros, enquanto a gasolina poderá seguir nos 1,433 euros, valores atualmente praticados nos postos de abastecimento em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

A Direção-Geral do Orçamento divulga a síntese de execução orçamental relativa a julho. Nos Estados Unidos, Mario Draghi e Janet Yellen discursam sobre política monetária.

Esta tarde, será divulgada a mais recente síntese de execução orçamental, relativa a julho, numa altura em que o défice tem aumentado sucessivamente. Será também conhecida a evolução do PIB da Alemanha, depois de uma primeira estimativa que apontava para uma evolução de 0,6%. Lá fora, os investidores estarão atentos aos discursos de Mario Draghi e Janet Yellen, que estarão em Jackson Hole para dar novas pistas sobre o rumo da política monetária.

Como evolui o défice?

A Direção-Geral do Orçamento divulga a síntese de execução orçamental relativa a julho. No primeiro semestre, o défice orçamental situou-se em 3.075 milhões de euros, um aumento de 264 milhões face ao que se tinha verificado no mesmo período do ano passado. O Ministério das Finanças justificou este agravamento com a subida dos reembolsos fiscais e garantiu que este efeito se vai diluir ao longo de 2017.

Draghi e Yellen falam em Jackson Hole

Mario Draghi, governador do Banco Central Europeu (BCE) vai discursar, esta tarde, em Jackson Hole, por ocasião do 41.º Simpósio de Política Económica. No mesmo dia, discursa ainda Janet Yellen, presidente da Reserva Federal norte-americana. Os discursos dos dois responsáveis serão uma ocasião para enviar mensagens de política monetária, numa altura em que economistas e investidores aguardam por sinais de uma retirada dos estímulos económicos por parte dos bancos centrais.

Coreia do Sul decide sentença de herdeiro da Samsung

A justiça sul-coreana decide, esta sexta-feira, a sentença de Jay Y. Lee. O Ministério Público da Coreia do Sul pediu uma pena de 12 anos de prisão para o herdeiro da Samsung, que é acusado de ter pagado 38 milhões de dólares em subornos à confidente da antiga presidente do país. O objetivo era garantir luz verde do governo para a fusão entre a C&T e a Cheil Industries, uma subsidiária da Samsung. Lee nega as acusações.

Alemanha divulga crescimento do PIB

As autoridades alemãs vão divulgar os dados finais relativos ao crescimento do PIB da maior economia europeia no segundo trimestre do ano. As estimativas preliminares apontavam para um crescimento de 0,6%, o mesmo que já tinha aumentado no primeiro trimestre, mas os economistas consultados pela Bloomberg admitem que haja uma revisão em alta deste valor.

João Proença apresenta propostas para a ADSE

João Proença, antigo secretário-geral da UGT e agora candidato ao conselho de supervisão da ADSE, vai apresentar o seu manifesto. A lista “Por uma ADSE Pública ao Serviço dos Beneficiários” defende a partilha de comparticipações entre beneficiários e empregadores públicos, o que resultará numa diminuição dos encargos suportados pelos beneficiários. O candidato propõe ainda a diminuição do peso do Estado na gestão da ADSE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proteção Civil vai avaliar se houve má utilização do SIRESP

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

A Proteção Civil vai avançar com uma "avaliação mais alargada" sobre como é que o SIRESP foi utilizado neste verão no combate aos incêndios.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) informou esta quinta-feira que vai avaliar se houve utilização incorreta da rede de comunicações SIRESP no âmbito do combate aos fogos neste verão.

No habitual ‘briefing’ da ANPC, às 19:00 desta quinta-feira, em Oeiras, distrito de Lisboa, a adjunta de operações Patrícia Gaspar adiantou que a Proteção Civil pretende avaliar a forma como foi utilizada a rede de comunicações SIRESP, uma vez que a empresa de telecomunicações PT/Altice se manifestou convicta de que cumpriu e superou “inequivocamente” todos os níveis de serviço contratados.

“Toda a restante avaliação não poderá, nem deverá, ser feita na sede destes ‘briefings’, porque é um assunto que extravasa de alguma forma esta questão” da situação operacional dos incêndios florestais em Portugal, advogou a responsável da Proteção Civil, considerando que se trata de “uma avaliação mais alargada, que precisa de ser feita a outro patamar”.

O chefe do gabinete tecnológico da PT/Altice, Alexandre Fonseca, disse esta quinta-feira que a empresa de telecomunicações está convicta de que cumpriu e superou “inequivocamente” todos os níveis de serviço contratados pela SIRESP.

 

Em resposta às declarações do responsável da PT/Altice, a Proteção Civil lembrou que utiliza a rede SIRESP “à semelhança de tantas outras entidades do Estado que operam na área de emergência”. “Da nossa parte, obviamente que a utilização da rede é feita consoante as necessidades no terreno, quanto mais operacionais temos, mais recurso à rede fazemos”, explicou a adjunta de operações da ANPC.

Patrícia Gaspar sublinhou, ainda, que “todos os constrangimentos que foram identificados” pela Proteção Civil foram reportados à empresa de telecomunicações PT/Altice. “Tentamos sempre colmatar todas estas pequenas falhas que foram sendo sentidas, sobretudo nos teatros de operações com maiores dimensões, com recurso àqueles que são os sistemas de complementaridade das estações móveis”, declarou a responsável da Proteção Civil.

Num relatório divulgado a 9 de agosto, o Instituto de Telecomunicações considerou que existiram “faltas graves” na rede SIRESP (comunicações de emergência), com cortes prolongados no funcionamento normal do sistema, aquando do incêndio de junho que deflagrou em Pedrógão Grande, do qual resultaram 64 mortes.

No relatório afirma-se que existiram faltas graves na rede, com cortes prolongados no funcionamento normal do sistema nas áreas cobertas pelas estações base de Pedrógão Grande (39 horas de corte), Figueiró dos Vinhos (41 horas), Serra da Lousã (67 horas), Malhadas (66 horas) e Pampilhosa da Serra (70 horas).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa criticou, mas PS admite coligação com André Ventura

  • ECO
  • 24 Agosto 2017

O líder do PS criticou o candidato do PSD às eleições autárquicas de Loures. Contudo, a candidata socialista ao mesmo concelho admitiu esta quinta-feira uma coligação com André Ventura.

As declarações sobre ciganos feitas por André Ventura levaram o CDS a retirar o apoio à coligação a Loures que juntava os centristas e os sociais-democratas. Pedro Passos Coelho manteve o apoio, o que mereceu as críticas de António Costa. Contudo, esta quinta-feira, segundo o Observador, a candidata do PS à autarquia admitiu fazer uma coligação com o candidato do PSD.

Segundo o jornal digital, Sónia Paixão garantiu que aceita uma coligação com André Ventura caso seja necessário viabilizar um executivo camarário do Partido Socialista. A candidata socialista afirmou que o candidato social-democrata daria “um bom vereador”, ainda que não fosse um bom presidente de câmara. Quanto à CDU — que atualmente tem um pacto com o PSD –, a questão só irá colocar-se após o dia 1 de outubro, ainda que André Ventura tenha classificado a coligação de “contra-natura”.

Esta quinta-feira à noite a candidata fez um esclarecimento na sua página de Facebook, negando o seu conteúdo. “Em caso algum admito fazer coligação com o PSD e muito menos com André Ventura“, escreveu, argumentando que nunca expressou essa intenção. Contudo, Sónia Paixão não desmentiu a citação que lhe é atribuída pelo Observador onde diz que Ventura seria “um bom vereador”.

Após a polémica de André Ventura com a etnia cigana, o primeiro-ministro afirmou, em julho, que a manutenção deste candidato do PSD a Loures era uma “desonra”. “Desonra o partido que o apresenta, o líder que não lhe retira a confiança política e, infelizmente, desonra tantos e tantos excelentes autarcas do PSD que não mereciam ombrear com um candidato que desonra a democracia portuguesa“, afirmou António Costa numa intervenção posterior.

Em reação, Passos Coelho defendeu André Ventura. “A clarificação que o dr. André Ventura fez de uma entrevista que deu clarifica muito bem a posição, quer dele quer do PSD, quanto à matéria. Eu estou tranquilo quanto àquilo que é a nossa posição, uma posição não racista, não xenófoba: nunca foi, não é e, atrevo-me a dizer, nunca será”, afirmou o líder social-democrata. Pedro Passos Coelho confirmou o apoio ao candidato, o que não aconteceu com o CDS, que retirou o apoio e avançou com uma candidatura própria.

A polémica começou numa entrevista cedida ao Notícias ao Minuto onde o candidato de coligação, até a este momento, dizia que havia “excessiva tolerância com alguns grupos e minorias étnicas”. “Não compreendo que haja pessoas à espera de reabilitação nas suas habitações, quando algumas famílias, por serem de etnia cigana, têm sempre a casa arranjada”, acrescentou. Dias depois, André Ventura afirmava, em entrevista ao jornal i, que havia pessoas a viver “quase exclusivamente de subsídios do Estado” e que se acham “acima das regras do Estado de direito”, referindo-se à etnia cigana.

(Atualizado às 23h33 com o esclarecimento de Sónia Paixão)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teto da dívida não cresce? Wall Street baixa

O ultimato que a Casa Branca fez ao Congresso está a preocupar os investidores. Donald Trump ameaçou paralisar o Governo se não tiver verba para construir o muro.

Um dia depois do ultimato, a administração norte-americana continua empenhada em aumentar o teto da dívida, desde que dentro desse financiamento esteja também dinheiro para a construção do prometido muro entre os EUA e o México. No briefing desta quinta-feira, a nova porta-voz de Trump reforçou a mensagem. As bolsas acabaram por se ressentir perante a incerteza de ter o país paralisado.

Este impasse levou Wall Street a registar mais um dia de quedas. O S&P 500 foi o que mais sofreu com uma queda de 0,19% para os 2.439,33 pontos. Seguiu-se o Dow Jones com uma desvalorização de 0,13% para os 21.783,26 pontos e ainda o Nasdaq com uma descida de 0,11% para os 6.271,33 pontos.

A polémica teve novos episódios esta quinta-feira. “O nosso trabalho é informar o congresso sobre o teto da dívida e o trabalho deles [congressistas] é aumentá-lo“, afirmou Sarah Sanders, a nova porta-voz da Casa Branca, num briefing. “Temos de ter a certeza que vamos pagar as nossas dívidas”, acrescentou, referindo que a administração continua “empenhada” em fazer com que o teto da dívida aumente.

Também na quarta-feira, as bolsas tinham sido penalizadas pelo ultimato de Donald Trump aos membros do Congresso. O presidente dos Estados Unidos quer ver aprovado o financiamento para a construção do muro entre os EUA e o México, tendo ameaçado com uma paralisação total do Governo.

Acresce que também esta quinta-feira Donald Trump decidiu atacar os republicanos, cujo apoio necessita, por não terem seguido o seu conselho de aprovar o aumento do teto de dívida. O prazo de semana pode ser curto para que o atual presidente dos Estados Unidos consiga um acordo no Congresso.

Contudo, esta sexta-feira as atenções dos investidores vão estar em Jackson Hole. Janet Yellen e Mario Draghi vão falar no encontro dos bancos centrais. Em causa estará a retirada dos estímulos na economia de ambos os lados do Atlântico. Ainda assim, segundo a Bloomberg, os investidores não preveem que existam grandes novidades relativas à política monetária dos próximos meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.