Férias da Páscoa ditam trambolhão de 800 milhões nos depósitos

O stock de depósitos encolheu em 803 milhões de euros no mês de abril, para se situar num total de 141.979 milhões. Ou seja, o valor mais baixo desde fevereiro do ano passado.

As aplicações em depósitos sofreram mais um rude golpe. O montante total aplicado pelos portugueses em depósitos encolheu em mais de 800 milhões de euros, em abril, com o saldo total a baixar para mínimos de mais de um ano, mostram dados do Banco central Europeu (BCE). A quebra das aplicações no produto de poupança preferido pelos portugueses coincidiu com o mês em que se celebrou a Páscoa, período em que tradicionalmente os portugueses abrem mais os cordões à bolsa. Mas acontece também num contexto em que, devido à baixa remuneração oferecida, muitos portugueses têm sido levados a canalizar as suas poupanças para outros produtos mais rentáveis.

Segundo dados divulgados pela entidade liderada por Mario Draghi, nesta segunda-feira, os portugueses detinham um total de 141.071 milhões de euros aplicados em depósitos. Este valor representa uma quebra de 803 milhões de euros, face ao total de 141.874 milhões que estavam depositados nos bancos no final do mês anterior. É também o saldo total mais baixo desde fevereiro do ano passado, mês em que os portugueses detinham um total de 141.016 milhões de euros aparcados em depósitos.

Os mais de 800 milhões de euros de perdas de ativos sofridos pelos depósitos, em abril, resultaram de uma diminuição de 756 milhões de euros de quantias que estavam aplicadas a prazo. E também da diminuição em 63 milhões de euros dos valores que estavam em depósitos à ordem. A quebra do saldo de depósitos foi ainda a maior desde a registada em novembro último, mês em que ocorreu uma diminuição de 841 milhões de euros.

Evolução do saldo dos depósitos no último ano

Fonte: BCE

A quebra registada em abril no “bolo” total de depósitos coincidiu com a Páscoa, época em que tradicionalmente e, à semelhança do que acontece na quadra natalícia, os portugueses tendem a aumentar bastante os seus gastos. Ainda recentemente, e a propósito da expectativa positiva revelada por Mário Centeno face ao desempenho económico do país no segundo trimestre deste ano, Rui Constantino, economista-chefe do Santander, salientava precisamente a habitual contribuição da Páscoa para o aumento dos gastos das famílias. “A Páscoa é o segundo mês mais forte de consumo privado do ano, a seguir ao Natal”, notou o economista ao ECO.

Depósitos atraem menos, porque também pagam menos

Parte da explicação para a quebra do montante global dos depósitos terá a ver também com a cada vez mais baixa remuneração oferecida por este tipo de produtos. Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, indicam que, em março, a taxa de juro das novas aplicações em depósitos a prazo se fixou nos 0,31%, em média. Trata-se da remuneração mais baixa de um histórico de mais de 17 anos.

Estes juros mínimos surgem no seguimento da fraca apetência dos bancos em captar recursos dos seus clientes, tendo em conta não só o nível historicamente baixo dos indexantes como o facto de já não precisarem desses ativos para puxarem pelos seus rácios de capital. A prioridade dos bancos passa agora sim por dar crédito.

Quem não se deixa prender por esses juros mínimos são os aforradores. Estes têm apostado cada vez mais noutras soluções de poupança e, em concreto, nas disponibilizadas pelo Estado. Produtos de poupança que tendem a oferecer retornos bastante mais atrativos quando comparados com a generalidade dos depósitos a prazo e que, por isso, têm captado elevadas quantias junto dos aforradores portugueses.

Em abril, o valor total aplicado pelos portugueses em certificados ultrapassou pela primeira vez a fasquia dos 25 mil milhões de euros. Este aumento está a ser alimentado pelos certificados do Tesouro que, em março, ultrapassaram pela primeira vez os certificados de aforro no cabaz de aplicações dos portugueses. Ao mesmo tempo que os certificados de aforro registam fortes resgates, os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) continuam a atrair aforradores, tudo graças a uma oferta de retornos com muito pouca concorrência.

No primeiro ano, os CTPM remuneram com uma taxa de juro bruta de 1,25% no primeiro ano. Nos quatro anos seguintes a taxa de juro sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos, nos cinco anos de aplicação. Imbatível não só face à taxa de juro dos depósitos como em comparação com a dos certificados de aforro onde, para além da perda do prémio extraordinário de 275 pontos base nas séries mais antigas, as novas subscrições também oferecem muito pouco. Quem neste mês de maio subscrever unidades de participação da série D, a única em comercialização, vai contar com uma taxa de juro bruta de 0,669%.

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Mala abandonada no aeroporto de Lisboa leva a evacuação da zona das chegadas

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

Procedimento de rotina foi acionado depois de dado o alerta.

A zona de chegadas do aeroporto de Lisboa foi evacuada pelas autoridades policiais depois de ter sido encontrada uma mala abandonada perto das 22 horas, disse à Lusa o porta-voz da ANA, aeroportos de Portugal.

Segundo Rui Oliveira, as autoridades policiais foram chamadas para avaliar a situação, tendo decidido evacuar a zona.

No local está uma brigada de minas e armadilhas da PSP. Rui Oliveira explicou que este é o procedimento de rotina acionado quando é detetada uma mala abandonada.

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Medina acaba mandato com “sentimento de missão cumprida” e cria tabu sobre recandidatura

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

“Sentimento de missão cumprida”, é como o presidente da Câmara de Lisboa diz que termina o mandato à frente do município de Lisboa, mas escusa-se a assumir se será candidato nas próximas autárquicas.

O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que termina o mandato à frente do município com o “sentimento de missão cumprida”, nomeadamente na vertente económica, mas escusou-se a assumir se será candidato nas próximas eleições autárquicas.

“Este mandato correu sob a vontade de dar a volta à economia da cidade e, daqui, também ajudarmos a dar a volta à região e ao país. E acho que, quanto a esta grande tarefa, a este grande objetivo, a este grande desígnio, concluímos este mandato com sentimento de missão cumprida”, afirmou o autarca socialista, Fernando Medina, que falava no cineteatro Capitólio no final de uma conferência de balanço que durou quase duas horas.

Medina admitiu que “há sempre problemas que não foram resolvidos, mas também problemas novos, que surgem de uma nova realidade, da mudança dos tempos, do contexto”.

Quando questionado pelos jornalistas sobre o que falta para assumir a sua candidatura nas eleições autárquicas, Fernando Medina escusou-se a responder, afirmando que a sessão de hoje apenas teve o objetivo de “prestar contas”.

“Daqui a uns tempos vai iniciar-se um debate político na cidade para um novo mandato, mas esse novo mandato tem de ser feito na base daquilo que apresentaremos como proposta política para o futuro da cidade”, acrescentou.

A 6 de abril de 2015, o até então vice-presidente do município e responsável pelas pastas do Turismo, Finanças e Recursos Humanos, Fernando Medina, passou a presidir à autarquia devido à saída do ex-presidente e atual primeiro-ministro, António Costa, para preparar as eleições legislativas.

Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 1 de outubro, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (líder do CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE) e Teresa Leal Coelho (PSD).

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PSD desafia Centeno a concretizar propostas fiscais e como vai descongelar carreiras

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

Luís Montenegro, desafiou hoje o ministro das Finanças a esclarecer qual a sua proposta fiscal para o país e de que forma o Governo pretende descongelar as carreiras na administração pública.

Em declarações aos jornalistas na véspera do arranque das jornadas parlamentares do PSD, que vão decorrer até quarta-feira em Albufeira (Faro), e questionado sobre a possibilidade do ministro Mário Centeno poder vir a chefiar o Eurogrupo, Montenegro afirmou que seria uma hipótese que o PSD veria com agrado.

“Não sei se ganharíamos muito ou pouco com essa circunstância, porque tenho muitas dúvidas que essa voz fosse suficientemente forte, mas gostaríamos sempre de ver Portugal em lugares de responsabilidade, de direção e que daí possa resultar algum benefício para o país”, afirmou.

A este propósito, Luís Montenegro referiu a ausência do tema de Almaraz da Cimeira Ibérica, ironizando que “o Governo, que diz querer ter voz forte na Europa, não consegue ter voz forte na Península Ibérica”.

Sobre as declarações de hoje do ministro das Finanças, que admitiu em entrevista à Antena 1 introduzir “uma alteração dos escalões” do IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) em 2018, Luís Montenegro desafiou o Governo a concretizar as suas propostas, considerando que até agora se tem assistido apenas “a uma conversa interna de geringonça”.

“O ministro das Finanças tem de dizer o que é que acha, qual é a política fiscal dele, o que quer para os impostos”, afirmando.

Por outro lado, Luís Montenegro salientou que está por resolver a questão do descongelamento das carreiras.

“O Governo já veio dizer, num dado passo, que a atualização não teria em conta o período que mediou entre o início do congelamento e até agora, que só se ia descongelar daqui para a frente”, alertou, sublinhando que o congelamento começou ainda no período da governação socialista.

Para o líder parlamentar do PSD, “não é isso que se pretende com o descongelamento”.

“É importante que o ministro possa clarificar do ponto de vista do calendário e do modelo como é que pode descongelar as carreiras na administração pública, quando e de que forma”, disse.

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CrowdProcess: depois de mudar de nome, muda de CEO

Depois de mudar de nome para James, em setembro, Pedro Fonseca anunciou num post no Medium que passa a pasta de CEO a João Menano, cofundador da empresa.

“Convidar o cofundador a tornar-se CEO”. É assim que Pedro Fonseca, cofundador da CrowdProcess — agora James –, intitula o post publicado esta segunda-feira no Medium. No texto, o português justifica a escolha — o desafio a João Menano, cofundador — com uma constatação: “Reconsiderar as posições de liderança é um tema que não recolhe muita atenção na cultura das startups”.

E faz um balanço da experiência. “Ser CEO antes de a empresa ter o product market fit é um exercício de trazer método à loucura”, explica. “Sonhamos, discutimos e prototipamos, tudo no mesmo dia. Cometemos pequenos e grandes erros à esquerda, à direita e ao centro, tão depressa quanto podemos, à procura do fit para o mercado furiosamente”.

O post foi publicado por Pedro Fonseca na sua página de Facebook.

A empresa, que ganhou a competição da Money2020 entre as melhores FinTech da Europa, tem clientes no Velho Continente e nos Estados Unidos. Ao ECO, Pedro Fonseca adiantou que abandona o cargo de CEO mas mantém-se na empresa que cofundou em 2012. “Estou de saída só do cargo”, disse Pedro, ao ECO.

(Notícia atualizada às 23:20 com declaração de Pedro Fonseca)

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José Eduardo dos Santos regressa a Angola após consulta em Espanha

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

O atual Presidente de Angola esteve quase um mês em Espanha a receber tratamento médico.

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 74 anos, regressou esta segunda-feira a Luanda, após uma ausência de 28 dias em Espanha, onde habitualmente recebe tratamento médico, período que ficou marcado pelas dúvidas sobre o seu estado de saúde.

De acordo com o relato da comunicação social pública, presente no aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, José Eduardo dos Santos foi recebido ao final da tarde de hoje, para os habituais cumprimentos de boas vindas, pelo vice-presidente da República, Manuel Vicente, pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e pelo juiz presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, entre outras entidades do Governo.

O chefe de Estado angolano, no poder desde 1979, deslocou-se a 1 de maio a Barcelona, Espanha, para uma visita privada, informou na altura a Casa Civil da Presidência da República, não tendo sido divulgada outra qualquer informação oficial desde então.

Na nota distribuída na altura à imprensa, a Casa Civil da Presidência da República referia que José Eduardo dos Santos havia interrompido a sua estadia naquele país, em novembro de 2016, na sequência do falecimento, por doença, do seu irmão mais velho, Avelino dos Santos, ocorrida na África do Sul. “Está em Espanha e quando ficar melhor vai regressar“, disse hoje o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti.

Esta foi a primeira vez que um membro do Governo angolano confirmou oficialmente que o chefe de Estado recebe habitualmente tratamento médico em Espanha, para onde viaja desde pelo menos 2013, regularmente, várias vezes por ano. “Está tudo bem. Mas sabe, na vida, isso acontece com todos nós em algum momento, não nos sentirmos totalmente bem. Mas ele está bem”, afirmou o chefe da diplomacia angolana.

Alguma imprensa em Portugal e Angola referiu insistentemente, nas últimas semanas, que José Eduardo dos Santos terá sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) já em Espanha e chegou a ser criada uma página na rede social Facebook dando conta da morte do Presidente angolano. No entanto, Georges Chikoti não confirma qualquer problema de saúde grave com José Eduardo dos Santos: “Não, eu não confirmo [AVC]. Mas o presidente dos Santos faz regularmente as suas consultas e os seus tratamentos em Espanha, por isso é perfeitamente normal que ele esteja lá”, disse o ministro angolano.

Antes desta viagem, José Eduardo dos Santos convocou, por decreto presidencial de 25 de abril, as eleições gerais em Angola para o dia 23 de agosto próximo, que servem para eleger, além dos deputados à Assembleia Nacional, também, por via indireta, o novo chefe de Estado, eleição à qual já não concorre, após quase 37 anos no poder.

Já a empresária Isabel dos Santos desmentiu a 13 de maio notícias sobre o agravamento do estado de saúde do pai, o Presidente angolano José Eduardo dos Santos. A posição foi assumida em duas mensagens que a empresária e presidente do conselho de administração da petrolífera estatal angolana Sonangol colocou, como o faz habitualmente, na sua conta na rede social Instagram.

Numa destas mensagens, publicada, questiona “com que propósito continuar a insistir em divulgar notícias falsas sobre a saúde do #PRAngola”, ilustrando-a com a imagem “Notícias Falsas”.

O portal angolano Maka Angola, do jornalista Rafael Marques e visado na mensagem de Isabel dos Santos, escreveu que o estado de saúde do Presidente José Eduardo dos Santos “está a causar, atualmente, grande apreensão entre as figuras cimeiras do MPLA”, partido que governa Angola desde 1975.

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Abriu novo concurso para melhorar eficiência dos transportes

Entidades públicas têm uma taxa de comparticipação máxima de até 45% e privadas de 15%. O apoio é a fundo perdido. Candidaturas à linha de 1,6 milhões abriram esta segunda-feira.

A partir desta segunda-feira, entidades públicas e privadas podem candidatar-se a um apoio a fundo perdido para reduzir o consumo energético nos transportes rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo.

Em causa está uma linha de apoio financeiro com 1,6 milhões de euros, financiada pelo Fundo de Eficiência Energética, que prevê uma taxa de comparticipação máxima por candidatura de até 45% para as entidades públicas e até 15% para as privadas, ambas com um limite máximo de 180 mil euros, segundo o aviso do concurso.

As candidaturas para a “substituição dos equipamentos existentes por outros mais eficientes, implementação de dispositivos de controlo e atuação que permitam otimizar as condições de uso e consumo de energia, que no seu conjunto apresentem um período de retorno simples inferior a seis anos”, decorrem de 29 de maio a 29 de setembro. O Governo destaca, em comunicado, a substituição de equipamentos existentes por outros mais eficientes e a implementação de dispositivos de controlo e atuação que otimizem as condições de uso e consumo de energia.

“As candidaturas no âmbito do concurso devem prever uma duração máxima de 18 meses entre a data de assinatura do contrato de financiamento (celebrado entre o FEE e o beneficiário) e a data de apresentação do pedido de pagamento do projeto“, pode ler-se no aviso das candidaturas.

As regras determinam ainda que caso haja uma alteração das despesas elegíveis face ao previsto na candidatura, não haverá um acréscimo do montante total de apoio concedido, mas pode haver uma redução. No entanto, qualquer alteração à implementação do projeto terá que ser previamente submetida a aprovação da Direção Executiva da Estrutura de Gestão do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE). Além disso, só são elegíveis as despesas realizadas e faturadas com data posterior ao dia útil seguinte ao da submissão da candidatura.

O FEE é financiado exclusivamente por verbas nacionais como os leilões de títulos de biocombustíveis, as taxas de reposição de lâmpadas incandescentes ou os rendimentos provenientes de aplicações financeiras.

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Os dez CEOs mais bem pagos do setor tecnológico

Da Broadcom à Oracle, passando pela HP, pela AT&T e pela Yahoo. Conheça os dez presidentes executivos que mais dinheiro ganharam no ano de 2016.

Os 30 presidentes executivos de empresas tecnológicas mais bem pagos de 2016 ganharam, no total, 662 milhões de dólares. A conclusão é retirada de um novo estudo da consultora Equilar realizado em parceria com o The New York Times. O valor inclui não só o salário como outras compensações em dinheiro ou em ações, por exemplo. O trabalho abrange os líderes de empresas com capital público e com mais de mil milhões de dólares de receita anual.

Da lista com 200 nomes de líderes de empresas de vários setores, a Business Insider olhou só para os nomes ligados à tecnologia. São três dezenas de presidentes de empresas muito diferentes numa lista encabeçada pelos dois presidentes executivos da Oracle: Mark Hurd e Safra Catz. Conheça os restantes nomes nesta compilação do ECO com as dez primeiras posições da lista do jornal norte-americano, em fotogaleria.

10. Hock Tan, da Broadcom: 24,7 milhões de dólares

Hock Tan dá o tiro de partida desta lista. É o presidente executivo da Broadcom, uma empresa norte-americana que fabrica componentes semicondutores no segmento das tecnologias ligadas à comunicação sem fios. Em 2016, ganhou 24,7 milhões de dólares.

9. Randall Stephenson, da AT&T: 25 milhões de dólares

Segue-se o líder da AT&T, a gigante das telecomunicações nos Estados Unidos. Em 2016, Randall Stephenson ganhou 25 milhões de dólares.

8. Marissa Mayer, da Yahoo: 27,4 milhões de dólares

A conhecida líder da Yahoo, Marissa Mayer, ganhou 27,4 milhões de dólares no decorrer do ano passado. A presidente executiva está, no entanto, de saída da empresa, logo que se conclua a venda da tecnológica à Verizon.

7. James Peterson, da Microsemi: 28 milhões de dólares

A Microsemi é outra empresa do segmento dos semicondutores, liderada por James Peterson, que ganhou 28 milhões de euros em 2016.

6. Dion Weisler, da HP: 28,2 milhões de dólares

A HP é outra empresa na lista, com o presidente executivo, Dion Weisler, a surgir na sexta posição. Ganhou 28,2 milhões de dólares no exercício do ano de 2016.

5. Ginny Rometty, da IBM: 32,3 milhões de dólares

Ginny Rometty, líder da IBM, ganhou 32,3 milhões de dólares em 2016, surgindo a meio da lista, na quinta posição.

4. Meg Whitman, da HP-E: 32,9 milhões de dólares

Depois do líder da HP, surge a presidente executiva da HP-Enterprise, a outra empresa que resultou da cisão da antiga Hewlett-Packard. Meg Whitman está em quarto lugar da lista dos CEO tecnológicos mais bem pagos de 2016, tendo ganhado 32,9 milhões de dólares.

3. Robert Kotick, da Activision Blizzard: 33,1 milhões de dólares

No segmento dos videojogos está a Activision Blizzard, liderada por Robert Kotick, também conhecido por Bobby Kotick. O presidente executivo do conhecido estúdio recebeu 33,1 milhões de dólares.

2. Safra Catz, da Oracle: 40,9 milhões de dólares

Estas duas últimas posições são ocupadas pelos dois CEO da Oracle, a multinacional norte-americana dona do Java. Ainda assim, Safra Catz recebe menos meio milhão de dólares do que o seu parceiro de liderança. São, de qualquer forma, 40,9 milhões de dólares conseguidos em 2016.

1. Mark Hurd, da Oracle: 41,4 milhões de dólares

A encabeçar a lista está Mark Hurd, o outro presidente executivo da Oracle. Recebeu 41,4 milhões de dólares no ano passado.

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Fisco inspeciona mais de 6 mil cabeleireiros e instaura 400 autos de notícia

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

O Fisco inspecionou mais de 6.000 cabeleireiros em todo o país, tendo instaurado cerca de 400 autos de notícia devido, por exemplo.

O Fisco inspecionou mais de 6.000 cabeleireiros em todo o país, tendo instaurado cerca de 400 autos de notícia devido, por exemplo, a não emissão de fatura por estes estabelecimentos cujas despesas permitem um benefício fiscal aos consumidores.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) deu hoje conta da realização de uma ação inspetiva a nível nacional, que ocorreu no dia 25 de maio e que “incidiu essencialmente sobre os cabeleireiros e institutos de beleza“, setores que permitem a dedução em sede de IRS de 15% do IVA suportado até um limite de 250 euros por agregado familiar.

Nesta ação do Fisco, denominada “Beleza Nacional” e que envolveu cerca de 1.100 inspetores da AT, foram controlados mais de 6.000 estabelecimentos comerciais e instaurados cerca de 400 autos de notícia sobretudo devido a situações de “não emissão de fatura”, de “não observância dos requisitos formais dos documentos emitidos” e de “não utilização do Programa de Faturação Certificado”.

A AT informa que “estes sujeitos passivos serão objeto de um rigoroso acompanhamento do seu comportamento declarativo” e acrescenta que se prevê “a realização de procedimentos inspetivos subsequentes nos casos em que forem detetados elevados riscos de incumprimento”.

O Fisco refere que “esta é apenas uma de muitas ações que vêm sendo desenvolvidas” no âmbito do combate à fraude e evasão fiscais e que estão “em curso e já programadas” outras ações no mesmo âmbito “orientadas para diversos setores de atividade”.

Além dos cabeleireiros e institutos de beleza, há ainda outros setores que permitem deduzir em sede de IRS de 15% do IVA das despesas suportadas até um máximo de 250 euros por agregado: é o caso da manutenção e reparação de veículos automóveis e de motociclos, do alojamento e restauração (a menos que a fatura tenha sido considerada como despesa de educação) e das atividades veterinárias.

Também as despesas com passes mensais de transportes dão direito a benefício fiscal mas, neste caso, é possível deduzir em IRS a totalidade do IVA suportado.

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Taça de Portugal: ASAE apreendeu cerca de 550 artigos contrafeitos

  • Lusa
  • 29 Maio 2017

Autoridade deteve ainda uma mulher por ofensas, resistência e coação sobre funcionário deste organismo durante a fiscalização realizada este domingo.

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica adianta que foram instaurados dois processos-crime por venda, circulação e ocultação de marca protegida e apreendeu cerca de 550 artigos têxteis e decorativos, no valor aproximado de 1.200 euros.

As apreensões resultaram de uma ação de fiscalização realizada pela ASAE no domingo, do Estádio Nacional do Jamor por ocasião da final da Taça de Portugal.

A ASAE indica ainda que uma das arguidas foi detida por ofensas, resistência e coação sobre funcionário desta autoridade.

Segundo a Associação Sindical dos Funcionário da ASAE (ASF-ASAE), três inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica foram agredidos por vendedores ambulantes no domingo durante a final da Taça de Portugal, tendo um dos elementos recebido assistência hospitalar.

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Like & Dislike: Rui Rio diz que o rei vai nu

O economista e antigo presidente da Câmara do Porto pergunta e com razão: sabendo que haveria um esquema de garantias de 3,9 mil milhões, não apareceriam mais candidatos ao Novo Banco?

O processo de alienação do Novo Banco já nos foi vendido como um facto consumado, o menor dos males, uma espécie de fatalidade à qual não há grande volta a dar.

Como o negócio envolve muita matemática, números e contas, o melhor é mesmo fazer um ar inteligente e fazer de conta que sim, que foi um bom negócio. É uma espécie de fato invisível que só as pessoas inteligentes conseguem ver e, por isso, poucos ousam dizer que Vossa Majestade vai nua.

Rui Rio, num artigo de opinião que assina esta segunda-feira no Observador, vem fazer o papel daquela criança que, do alto da sua inocência, gritou “Olha, olha! O rei vai nu!”.

E não é que tem razão? O economista recorda que o vendedor do Novo Banco “aceitou, subitamente, oferecer 3,9 mil milhões de euros em garantias ao Lone Star sobre possíveis imparidades adicionais existentes no Novo Banco, quando o discurso do próprio Governo foi sempre bem claro dizendo que tal não seria concedido”.

Fazendo o rewind da história, no dia 4 de janeiro, o Banco de Portugal afirma que o Lone Star é o favorito à compra do Novo Banco, precisamente na mesma altura em que Mário Centeno deu uma entrevista ao DN/TSF a dizer que o negócio não poderia envolver nenhuma garantia pública.

Nesse dia, o Banco de Portugal emite um comunicado em que revela que, apesar de ser a melhor, a proposta do Lone Star “apresenta condicionantes, nomeadamente um potencial impacto nas contas públicas, que se procurarão minimizar ou remover no aprofundamento das negociações que agora se inicia.” Ou seja, o Lone Star parte para as negociações (exclusivas a partir de 17 de fevereiro) com uma proposta que se sabia à partida que não poderia ser materializada pois envolvia dinheiros públicos.

O acordo de venda final foi anunciado no fim de março, e foi só nessa altura que ficámos a saber que o negócio não envolvia uma garantia pública direta, mas envolvia uma garantia ou um “mecanismo de capital contingente” de 3,98 mil milhões do Fundo de Resolução que, a ser ativada, envolverá um empréstimo com dinheiros públicos.

O que Rui Rio vem agora questionar, e com bastante pertinência, é mais ou menos isto: se os outros candidatos que desistiram da compra do Novo Banco soubessem da existência desta garantia pública ou semipública teriam desistido? E se fosse aberto um novo concurso, em que se soubesse à partida que poderia existir um ‘asset protection scheme‘, apareceriam mais candidatos?

Por isso é pertinente o desafio que Rio faz no Observador: “O Governo só pode tomar uma de duas atitudes: ou dá oportunidade a outros potenciais concorrentes, ou explica transparentemente porque não o faz.”

Aliás, não é por acaso que os credores do Novo Banco, — a quem se pede que troquem parte das suas dívidas por outras menos rentáveis — também estão interessados na compra da instituição bancária se puderem beneficiar das mesmas condições que o Lone Star.

Um dos investidores deste grupo disse ao ECO, na semana passada, que estão dispostos a “stepping into Lone Star’s shoes on similar terms” [calçar os sapatos da Lone Star nos mesmos termos]. O rei vai nu, mas ao menos não vai descalço.

E Rui Rio merece um like porque foi o primeiro a dizer aquilo que até agora parecia ser evidente, mas que ninguém teve coragem de dizer.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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Lisboa tem as casas mais caras. Mas é no Porto que os preços mais sobem

  • ECO
  • 29 Maio 2017

O valor das habitações já não estava tão caro desde julho de 2011. Veja aqui as diferenças dos preços do metro quadrado entre os diferentes pontos do país e como evoluíram desde o último máximo.

Em abril, Lisboa foi o líder destacado no valor das suas casas, mas onde os preços têm subido mais é na cidade do Porto. Santa Maria da Feira está do lado oposto, com as habitações mais baratas do país. Conheça todas as oscilações entre o pico de preços deste abril e os últimos valores que o superaram, que datam de julho de 2011: há quase seis anos.

Lisboa atingiu em abril os 2.095 euros por metro quadrado: um valor 38% acima do praticado pela segunda cidade da lista, o Porto, e 144% acima da média de Santa Maria da Feira, a mais barata. Mas a separar Lisboa e Porto, estão ainda Oeiras e Cascais, que conseguem ser atualmente mais caras que a invicta. Nestes limites de Lisboa, pagam-se 1.729 e 1.740 euros por metro quadrado, respetivamente.

Preços nas principais cidades, por metro quadrado

Apesar de ficar aquém nos preços, o Porto segue o mesmo caminho que Lisboa. Desde julho de 2011, as casas do Porto aumentaram o preço em 13%, quase o dobro do que se verificou em Lisboa, onde o crescimento se ficou pelos 8%. As habitações em Santa Maria da Feira estão até 2% mais baratas.

Ainda em relação ao crescimento no mesmo período, as cidades do norte e do sul caminham aos pares: Barcelos e Odivelas estão mais caros 6%, Matosinhos e Loures 5%, Maia e Oeiras 3%. O centro ajuda a moderar a média nacional com Leiria e Coimbra a descerem 7% para os 1.214 euros e 4% para os 900 euros por metro quadrado, respetivamente.

Variação do preço da avaliação imobiliária nos últimos seis anos

Evolução do valor da avaliação imobiliária de julho de 2011 para abril de 2017

Já o Funchal está no extremo oposto e baixa a generalidade dos preços em 13%, caindo de 1.534 euros por metro quadrado para os 1.334 euros. A cidade fica ainda assim acima da média nacional. Contudo, os apartamentos na Madeira são dos que mais cresceram em valor no mês abril comparativamente a março: 1,1%, logo a seguir aos 2,9% dos Açores.

Outra tendência que se pode observar no estudo do Instituto Nacional de Estatística divulgado esta segunda-feira é que as diferenças entre as cidades mais caras e mais baratas estão a acentuar-se. As cinco cidades mais caras (Lisboa, Cascais, Oeiras, Porto e Loures) aumentaram os preços relativamente a julho de 2011; já os preços das cinco cidades mais baratas (Santa Maria da Feira, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Leiria e Braga) desceram durante o mesmo período.

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