Sistema interno do Ministério Público está offline

  • Lusa
  • 19 Maio 2017

O Sistema Interno de Comunicações do Ministério Público está offline esta sexta-feira, num problema que se estende a todo o país. Não se sabe, para já, o motivo.

O Sistema Interno de Comunicações do Ministério Público está em baixo desde esta sexta-feira, impedindo o envio e troca de mensagens e ofícios entre departamentos, disse à agência Lusa fonte daquela magistratura.

A mesma fonte referiu que a quebra do Sistema Interno do Ministério Público é geral, abrangendo todo o país, mas que não existe ainda a certeza se o colapso resultou de uma avaria ou de um ataque informático.

A fonte negou contudo que a quebra no sistema interno impeça os magistrados de aceder a informação dos inquéritos e realizar diligências como a inquirição de testemunhas ou de arguidos. A agência Lusa tentou obter mais informações junto da Procuradoria-Geral da República, mas até ao momento tal não foi possível.

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Portugal tem licenciados a mais? É uma ilusão, diz Costa

  • Lusa
  • 19 Maio 2017

Para o primeiro-ministro, Portugal tem falta de empregos qualificados que absorvam os portugueses mais qualificados.

O primeiro-ministro disse esta sexta-feira que houve um tempo “felizmente curto” em que havia a ilusão de que Portugal tinha licenciados a mais, mas o que ainda há a menos é o necessário emprego qualificado para os absorver.

“Houve um tempo, felizmente curto, onde se teve a ilusão de que tínhamos licenciados a mais, nós não temos licenciados a mais, nós não temos mestrados a mais, nós não temos doutorados a mais, o que nós temos ainda a menos é o necessário emprego qualificado que seja capaz de absorver toda a qualidade dos recursos humanos que o país tem formado”, vincou António Costa.

O chefe do Governo, que participava na Maia, distrito do Porto, na inauguração do Complexo Desportivo do Instituto Superior da Maia (ISMAI), frisou que o investimento na qualificação é a chave para o futuro do desenvolvimento do país. “Se hoje podemos atrair mais e melhor emprego, se hoje podemos ter mais investimento, se hoje podemos crescer mais é, essencialmente, graças à qualidade dos nossos recursos humanos”, considerou.

Entendendo que o esforço da qualificação tem de começar mais cedo, o primeiro-ministro vincou que é preciso continuar a formar novas gerações cada vez mais qualificadas porque a sociedade e o mundo assim o exigem. “Aquilo que podemos ter a certeza é que aquilo que hoje sabemos não será suficiente para aquilo que nós teremos de saber amanhã”, sustentou.

António Costa contou que sempre que pergunta a um empresário o porquê de investir em Portugal a resposta é sempre a mesma, a “qualidade e excelência” da mão-de-obra. “Esse é o nosso grande fator diferenciador para que empresas estrangeiras escolham sistematicamente o nosso país para se instalarem”, afiançou. O investimento que se faz no ensino, seja ele pré-escolar, básico, secundário ou superior, é o investimento que gera maior valor acrescentando na sociedade, afirmou.

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Tempo de sarar feridas em Wall Street. Bolsas avançam

Bolsas norte-americanas perderam nove mil milhões de dólares na última semana por causa do furacão Trump. Wall Street recupera das perdas.

Depois de uma semana turbulenta por causa das polémicas em torno de Donald Trump, a normalidade regressa aos poucos a Wall Street. As bolsas norte-americanas estão de volta aos ganhos.

De acordo com os dados do Bank of America, o mercado acionista norte-americano perdeu 8,9 mil milhões de dólares na última semana, perante as notícias de que o Presidente norte-americano terá trocado informação sensível com a Rússia e, depois, de que terá interferido numa investigação do FBI — e que terá, de resto, resultado na demissão do diretor dos serviços secretos, Jim Comey. Para os investidores, o acumular de casos pode comprometer a agenda expansionista de Trump.

O tempo agora é de sarar feridas. Os principais índices norte-americanos abriram a última sessão da semana em alta, com o S&P 500 a somar 0,59% para 2.379,63 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones ganham 0,68% e 0,34%, respetivamente.

“O mercado espera estabilizar agora que não há grandes novidades políticas, sugerindo que os investidores estão dispostos a gerir a turbulência política sem pressionar o botão do pânico”, referiu Peter Cardillo, economista chefe da First Standard Financial, numa nota citada pela Reuters.

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Plano de Cristas para o Metro custa 1,8 mil milhões

  • Lusa
  • 19 Maio 2017

A candidata do CDS-PP a Lisboa quer 20 novas estações de metro, mais dois mil postos de trabalho por ano. E a redução em 40% das emissões de carbono.

O plano de expansão que Assunção Cristas defende para o Metro de Lisboa tem um custo total de 1.876 milhões de euros, a ir para a frente. Ao todo, seriam 143 milhões de euros por ano, 80% dos quais provenientes de fundos comunitários. “Não é uma megalomania”, garante a candidata do CDS-PP a Lisboa.

“A comparticipação nacional poderá vir por diversas formas, mas estamos a falar de 28 milhões de euros por ano. Não é uma megalomania, como alguns queriam fazer crer. Tal como não é uma megalomania querer fazer uma média de 1,5 estações por ano em 13 anos, quando no passado o que tivemos foi 1,2 estações por ano“, defendeu Assunção Cristas.

O plano, apresentado esta sexta-feira, começou a ser elaborado pela candidatura e pelo Gabinete de Estudos do CDS-PP há oito meses, coordenado por Miguel Moreira da Silva, e nele participaram especialistas externos ao partido, explicou a candidata a Lisboa, acompanhada pelo mandatário António Carmona Rodrigues, ex-autarca da capital e antigo ministro das Obras Públicas.

Tal como explicou a candidata, em conferência de imprensa na sede do partido, o projeto prevê um investimento total de 1.876 milhões de euros, 80% dos quais de fundos comunitários, e os restantes 20% de comparticipação nacional, a um ritmo de 28 milhões de euros anuais no montante nacional e de 115 milhões de euros na componente europeia. O plano prevê ainda a criação de dois mil postos de trabalho por ano e, no final, a redução de 40% da emissão de carbono na cidade de Lisboa, de acordo com informações prestadas por Miguel Moreira da Silva.

“É preciso agora que haja vontade política por parte do Governo, que é quem tem a responsabilidade de fazer o desenvolvimento deste plano, mas também por parte da Câmara Municipal de Lisboa, que é das principais, com as câmaras envolventes, ativos e beneficiárias deste plano”, desafiou Assunção Cristas.

A candidata afirmou que o plano prevê que a expansão comece de Algés para a linha vermelha, passado por Campolide e Amoreiras, que é o que todos os candidatos à Câmara e o atual autarca, Fernando Medina (PS), defendem.

“O que é importante é que o Governo diga o que entende sobre isto, se acha que é uma boa ideia a expansão para Ocidente, porque, essencialmente, essa é a parte mais inovadora deste plano, o resto já está estudado pelo Metro em vários momentos e até já foi anunciado no passado”, sustentou.

Entre 2017 e 2025, prevê-se a construção das estações de Algés, Belém, Ajuda, Santo Amaro, Alcântara-Terra, Campo de Ourique, Amoreiras, Campolide (continuação da linha vermelha, que entronca com a linha azul em São Sebastião), Benfica, Uruguai, Padre Cruz, Senhora da Luz e Fernando Namora (através de uma ligação de Telheiras à linha azul). Posteriormente, e até 2030, o plano prevê acrescentar à linha vermelha as estações de Alvito e Prazeres, e à linha amarela, e já no vizinho concelhos de Loures, as estações de Santo António dos Cavaleiros, Frielas e Loures, e uma extensão da linha vermelha a partir de Moscavide para criar as estações de Portela e de Sacavém, também no concelho de Loures.

Alinhado com os objetivos da Comissão Europeia para a energia e o clima, salientou Assunção Cristas como um ponto de forte do projeto, o plano prevê diminuir em 40% as emissões de Co2 na capital.

“O alinhamento com 2030 pareceu-nos muito ajustado, até porque, na questão do financiamento, 2030 permite-nos abarcar não apenas o atual quadro comunitário em vigor, mas também mais dois próximos quadros comunitários”, afirmou.

“Esta é uma estratégia que tem visão, que tem rasgo, que tem horizonte, e aparece no momento próprio em que daqui a um tempo o Governo português, responsável internamente por esta matéria e responsável externamente pela negociação com a Comissão Europeia tem a capacidade de influenciar aquilo que podem vir a ser os fundos comunitários para o país”, argumentou.

Questionada pelos jornalistas, a candidata afirmou que o plano não prevê o aumento do preço dos bilhetes, mas pode aspirar à sua diminuição, e também não passa por qualquer alteração da estrutura acionista do Metro, que permanece público.

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Marcelo: “Agora os portugueses acham que vão ganhar tudo na vida”

  • Lusa
  • 19 Maio 2017

"Faz lembrar o que aconteceu em Paris quando ganhámos o Euro", afirmou esta sexta-feira o Presidente da República, referindo-se à vitória de Portugal na Eurovisão em Kiev, Ucrânia.

O Presidente da República considerou esta sexta-feira que a vitória de Portugal na Eurovisão reforçou de tal forma a autoestima dos portugueses que todos ficaram com “mais 20 centímetros” e agora “acham que vão ganhar tudo na vida”. Num encontro com estudantes de português, num anfiteatro da Universidade de Zagreb, Marcelo Rebelo de Sousa contou que, na noite da vitória de Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, lhe enviou uma mensagem telefónica a perguntar: “Senhor Presidente, está a ver a votação da canção?”.

“Eu estava. Ele próprio estava estupefacto, admirado por tantos votos numa canção portuguesa – porque nós normalmente tínhamos, ou os votos da Espanha, que percebia um pouco de português, ou trocávamos os votos com a Espanha, ou tínhamos os votos de quatro, cinco países, poucos votos”, explicou, provocando risos.

O Presidente da República, que respondia a uma pergunta de um estudante croata sobre o significado da vitória no festival da Eurovisão, descreveu: “De repente, começámos a ver aquilo, começou todo o português a telefonar a todo o português: Estás a ver? Vamos ganhar a Eurovisão?”.

“Eu nessa noite fiquei muito feliz, mas fiquei preocupado, porque pensei: agora os portugueses acham que vão ganhar tudo na vida”, prosseguiu.

Marcelo Rebelo de Sousa provocou mais risos na assistência quando relatou que no dia seguinte, quando fazia compras num hipermercado, foi abordado por uma portuguesa que lhe disse: “Presidente, logo à noite vamos ganhar o campeonato de ginástica rítmica”.

“E eu disse: não, não, já ganhámos muito. E, de facto, não ganhámos o campeonato de ginástica rítmica. Mas estão a perceber o perigo? Os portugueses nesse dia, de repente, todos passaram a ter mais 20 centímetros de altura, todos cresceram. Faz lembrar o que aconteceu em Paris quando ganhámos o Euro“, acrescentou.

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Certificados de aforro perdem dinheiro há meio ano

Nos últimos seis meses, o investimento das famílias portuguesas no mais antigo produto de poupança do Estado encolheu em 577 milhões de euros.

Os certificados de aforro não param de perder dinheiro. Há seis meses consecutivos que os portugueses retiram dinheiro do mais antigo produto de poupança do Estado. De acordo com dados do IGCP, em abril os certificados de aforro sofreram resgates líquidos de 83 milhões de euros, alargando para 577 milhões o total de perdas registadas desde novembro.

Em abril foram realizadas subscrições de 41 milhões de euros, mas o montante resgatado voltou a ser superior: ascendeu a 124 milhões, registando-se assim um saldo negativo pelo sexto mês consecutivo. O montante total aplicado no final de abril encolheu para 12,4 mil milhões de euros, referem os dados apresentados pela agência liderada por Cristina Casalinho.

Esse dinheiro que está a desaparecer dos certificados de aforro está a ser encaminhado para os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), com os investidores a procurarem tirar proveito dos retornos oferecidos por este produto. Em abril, os CTPM captaram, em termos líquidos, 300 milhões de euros, elevando para 2.115 milhões de euros, o total angariado nos últimos seis meses.

Os aforradores portugueses desviam assim o seu investimento para os CTPM, procurando rentabilizar mais as suas poupanças, sobretudo desde que o Estado decidiu eliminar o prémio que oferecia sobre o retorno das séries antigas dos tradicionais certificados de aforro. Desde março deste ano, que assim é. Também a taxa de juro oferecida nas novas subscrições de certificados de aforro da série D, não é apelativa para os aforradores.

Quem subscrever, em maio, certificados de aforro vai ter direito a uma taxa de juro bruta de 0,669%. Já quem subscreva CTPM tem direito no primeiro ano a uma taxa de juro bruta de 1,25% no primeiro ano. Nos quatro anos seguintes a remuneração sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos, nos cinco anos de aplicação.

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A Tentrr é a Airbnb do campismo

No Estados Unidos, há uma aplicação para iPhone que permite reservar um espaço para acampar. A Tentrr já tem 50 espaços e quer expandir-se rapidamente para os 300.

Acampar é muito giro mas nem toda a gente gosta. E se não tivesse de se preocupar com nada? Nem com o local, nem com o espaço, nem com a tenda? A Bloomberg dá a conhecer a Tentrr, uma aplicação para iPhone que quer ser “a Uber do campismo”.

A startup já arrecadou quatro milhões de dólares em financiamento e resultou em 1.500 reservas de campismo. Mas o dado mais interessante será que 40% dessas reservas foram feitas por pessoas que nunca tinham acampado. Atualmente, a aplicação ainda está em fase de testes, mas permite registos através do site.

Atualmente, segundo a agência, a Tentrr conta com 50 espaços privados de campismo nos Estados Unidos. Prepara-se para expandir largamente esse número, até 300 espaços de campismo no país: 150 novos espaços no nordeste dos Estados Unidos, mais uma centena até dia 4 de julho e outra meia centena no resto do ano.

Seria mas correto, talvez, chamar à Tentrr a Airbnb do campismo. É que a empresa permite que proprietários de terrenos desocupados os incluam na plataforma para os rentabilizar. A Tentrr foge, assim, ao modelo típico de parque de campismo. Em média, cada espaço de campismo para oito pessoas, com serviço completo (tenda, equipamento e por aí em diante), custa 144 dólares.

As reservas revertem em 15% para a empresa. Parte da receita vai, por sua vez, para os proprietários dos terrenos, com a Bloomberg a calcular que, entre junho e meados de novembro, os proprietários parceiros da Tentrr tenham gerado 6.000 dólares de receitas. Estima-se que o mercado do campismo nos Estados Unidos valha pelo menos 24 mil milhões de dólares (ou 167 mil milhões, se juntarmos os custos associados).

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Pintura de Basquiat vendida por 110,5 milhões de dólares em leilão da Sotheby’s

Uma obra sem nome, do pintor norte-americano Jean-Michael Basquiat, foi vendida num leilão da Sotheby's por 110,5 milhões de dólares. Há 33 anos, venderam-na por apenas 19.000 dólares.

O magnata japonês Yusaku Maezawa comprou uma pintura de Jean-Michel Basquiat por 110,5 milhões de dólares. A obra, sem título, foi vendida num leilão da Sotheby’s em Nova Iorque, que decorreu na tarde desta quinta-feira. É um valor recorde e nunca nenhuma outra obra de artistas norte-americanos tinha sido vendida por um montante tão alto.

Segundo a Bloomberg, a mesma pintura tinha sido vendida em 1984 por 19.000 dólares a Jerry e Emily Spiegel. Desta vez, a base de licitação era de 57 milhões de dólares e um braço ferro entre três participantes no leilão elevou a fasquia para perto dos 111 milhões. Anteriormente, a obra estava avaliada em 60 milhões de dólares.

À agência, Jeffrey Deitch, comerciante de arte e amigo do pintor que morreu em 1988, disse: “Lembro-me de deixar o mundo perplexo nos anos 80, quando estabeleci um recorde para os Basquiat nos 99.000 dólares. Todos nós, amigos do Jean-Michael, sempre acreditámos na sua genialidade. Sempre pensei que ele iria estar um dia na legião de Picasso, Bacon e Van Gogh. O trabalho tem essa qualidade icónica. O seu apelo é real.”

A obra não tem nome e é datada de 1982.Sotheby's, via Bloomberg

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Algarve vai ter nova Pousada de Portugal

O grupo Pestana vai investir três milhões de euros na construção de uma nova pousada em Vila Real de Santo António.

O Pestana Hotel Group vai alargar a rede de Pousadas de Portugal, com a construção de uma nova unidade no Algarve. O maior grupo hoteleiro do país vai investir três milhões de euros numa pousada em Vila Real de Santo António, anunciou, esta sexta-feira, em comunicado enviado às redações.

O projeto, que ficará no centro histórico da cidade algarvia, será apresentado na próxima segunda-feira, 22 de maio. O grupo espera gerar “postos de trabalho relevantes na região e unidades adicionais de alojamento com a excelência da marca Pousadas de Portugal”.

O grupo Pestana opera 16 unidades hoteleiras no Algarve, entre as quais três Pousadas de Portugal.

A rede Pousadas de Portugal, concessionada ao Pestana há 15 anos, conta, atualmente com 33 pousadas. Até 2023, o grupo Pestana espera ter cinco pousadas fora de Portugal, com um total de 300 quartos. Para já, o grupo tem uma pousada em Salvador da Bahia, no Brasil.

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Esta penthouse é à prova de paparazzi e está à venda

  • ECO
  • 19 Maio 2017

Em 1822 era uma livraria. Quase duzentos anos depois, este edifício tem uma penthouse valorizada em 55 milhões de dólares que tem atraído celebridades.

O Business Insider mostrou o interior de uma penthouse que está à venda por 55 milhões de dólares, mas o facto mais impressionante não é o valor. É que este apartamento, no topo do edifício ,não só tem das melhores vistas da cidade como é… à prova de paparazzi. O condomínio situa-se no bairro de Tribeca, no centro de Manhattan, Nova Iorque, atualmente um dos mais caros da zona.

Entre as características que fazem deste apartamento uma propriedade à prova de paparazzi está um parque de estacionamento num nível inferior, com portões de ferro, para facilitar a saída dos residentes sem serem vistos. Além disso, têm um pátio e um jardim interior que têm atraído várias personalidades públicas que se querem resguardar da lente dos fotógrafos. Segundo o site norte-americano, entre essas personalidades estão o cantor britânico Harry Styles, o ator Mike Myers, o artista norte-americano Justin Timberlake e a atriz Jessica Biel.

O edifício luxuoso é detido pela 443 Greenwich que, no seu site, mostra imagens do seu interior e refere alguns dos serviços que tem disponíveis: um centro de desporto, um grande terraço, um espaço para crianças, um local especificamente desenhado para guardar vinho, um sítio para guardar bicicletas e uma equipa disponível 24 horas.

O luxo tem um preço: a última das oito penthouses ainda disponíveis está à venda por 55 milhões de dólares (cerca de 49,3 milhões de euros). Os preços dos apartamentos ainda disponíveis neste condomínio exclusivo vão dos 3,9 milhões de dólares (cerca de 3,5 milhões de euros) até aos 14,5 milhões de dólares (cerca de 13 milhões de euros).

Segundo o Business Insider, o edifício foi construído em 1882 e era originalmente uma livraria.

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Blanchard sobre o crescimento de 2,8%: “Um pássaro não faz a primavera”

  • Margarida Peixoto
  • 19 Maio 2017

Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do FMI, reconhece que a economia portuguesa está a recuperar. Mas no estudo com Pedro Portugal, identifica quatro constrangimentos ao crescimento.

Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do FMI, reconhece progressos em Portugal, mas explica que é preciso mais.Paula Nunes / ECO

“Um pássaro não faz a primavera”, avisa Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do FMI, referindo-se ao crescimento de 2,8% conseguido pela economia portuguesa, no primeiro trimestre de 2017. Num encontro com jornalistas, a propósito da sua vinda a Lisboa para a conferência Portugal, from here to where?, o perito em macroeconomia assumiu estar surpreendido com os desenvolvimentos da atividade económica dos últimos meses.

“Vamos ter cuidado, poderá não durar muito”, disse Blanchard. “As coisas estão melhores do que todos pensavam há um ano. Porquê? Não é muito claro para mim. O que está por trás desta performance muito forte das exportações? Não sabemos bem. É um grande ponto de interrogação”, somou o macroeconomista.

Blanchard reconhece que “a retoma económica está a acontecer” em Portugal, mas frisa que agora “a questão é saber que medidas podem ser tomadas para reforçá-la.” Até porque há constrangimentos estruturais ao crescimento que importa reconhecer. No estudo que fez em parceria com o economista Pedro Portugal, especialista em mercado de trabalho do Banco de Portugal, estes constrangimentos ao crescimento estão bem identificados.

O que está a impedir Portugal de crescer?

1 – Persistem fortes desequilíbrios internos

“Portugal ainda sofre de um grande desequilíbrio interno”, frisa o estudo dos dois economistas. O documento explica que a acreditar nas estimativas do hiato do produto atuais, “a taxa de desemprego natural estaria entre os 10% e os 11%”. Ora, “isto parece muito pessimista”, notam. Por isso, argumentam que a questão deve ser colocada de outro modo: antes da crise, a taxa de desemprego natural (isto é, o peso de desempregados na população ativa que é estrutural, que é natural que não diminua, mesmo com a economia a crescer a bom ritmo) em Portugal rondava os 5% a 6%. “Há razões para pensar que praticamente duplicou?”, perguntam.

Pesando vários fatores, os autores do estudo concluem que “o aumento na taxa de desemprego natural não deverá ser superior a 2%, pelo que a taxa não deverá ser superior a 7% ou 8%.” E por isso argumentam que não faz sentido pensar que a economia já está a operar perto do potencial.

2 – Elevada dívida privada e pública, e muito crédito malparado

O estudo identifica este como um dos principais entraves ao crescimento: a dívida das famílias ultrapassa os 130% do rendimento disponível, a dívida das empresas não financeiras excede os 200% do PIB e a dívida pública supera os 130% do PIB.

Os economistas reconhecem que os bancos já fizeram um esforço para limpar os créditos malparados dos seus balanços, mas defende que “a proporção de malparado é ainda elevada e preocupante.” E o problema é que não são só os bancos que ficam com as suas taxas de rendibilidade limitadas, são também os fundos que ficam “mal alocados”. Por isso, é preciso ir mais longe. Como? Se for preciso, furando os limites do défice.

3 – Persistem desequilíbrios externos

Portugal corrigiu o défice da balança corrente, mas esta conquista ainda não é estrutural, avisam os economistas. A principal razão pela qual a balança corrente é neste momento positiva é porque o PIB está a funcionar abaixo do potencial e, por isso, as importações estão baixas. Mas assim que a economia acelerar, o défice pode regressar.

O estudo reconhece que “o crescimento económico tem sido relativamente forte”, mas a questão é saber “porquê”. E aqui, tal como Blanchard disse aos jornalistas, não se encontra um motivo claro. “Uma hipótese é assumir que os exportadores são price takers e que na medida em que as suas empresas têm lucros mais altos, isso permite-lhes aumentar a produção e as exportações”, lê-se no estudo.

4 – Baixo crescimento da produtividade

Competitividade e produtividade não são a mesma coisa. E no que toca à produtividade, os números portugueses mostram que ainda há muito caminho pela frente. O estudo assume dados de 2015, mas evidencia que a produtividade do trabalho em Portugal representa 38% da alemã na indústria, 54% na construção e 81% no comércio. Face a Espanha, os números são 43%, 37% e 80%, respetivamente.

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Duas ideias de Macron que Blanchard diz adaptarem-se a Portugal

O ex-economista-chefe do FMI está em Portugal a apresentar um estudo relativo à recuperação económica portuguesa. Olivier Blanchard destaca duas medidas de Macron que se encaixam em Portugal.

Um programa de formação direcionado para as necessidades do mercado de trabalho e um desagravamento das contribuições sociais para baixar o custo do trabalho são duas medidas do programa eleitoral de Emmanuel Macron, o recém-eleito Presidente de França, que merecem a concordância do ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard. Essas duas medidas constam do estudo “How to strengthen the Portuguese recovery” (Como fortalecer a recuperação [económica] portuguesa, em tradução livre) do macro economista francês desenvolvido em colaboração com Pedro Portugal, economista do Banco de Portugal.

Identificando as reformas no mercado de trabalho como uma das mais necessárias em Portugal, Blanchard alerta que é preciso avançar com uma “micro flexibilidade”. O que significa esta expressão? O estudo explica que é a capacidade da economia de alocar trabalhadores aos postos de trabalho necessários e que apoiam o crescimento económico. Por isso, os dois autores defendem uma “segurança flexível” onde se combina a flexibilidade para as empresas com a segurança para os trabalhadores. O objetivo último é aumentar a produtividade, um dos fatores mais importantes para que o PIB cresça.

Para lá chegar, Olivier Blanchard destaca uma medida do programa de Emmanuel Macron: “Reformas nos programas de formação, de forma a estarem mais perto das necessidades das empresas, como a reforma proposta pelo programa do Presidente Macron em França, também pode fazer uma grande diferença”, lê-se no estudo. Esta medida resolveria também o desemprego entre os trabalhadores com baixos níveis de educação, um problema identificado pelos economistas.

Reformas nos programas de formação, de forma a estarem mais perto das necessidades das empresas, como a reforma proposta pelo programa do Presidente Macron em França, também pode fazer uma grande diferença.

Olivier Blanchard

Ex-economista-chefe do FMI

O estudo alerta ainda para o problema do aumento do salário mínimo, citando o próprio ministro das Finanças, Mário Centeno, referindo que o aumento do salário mínimo entre 2008 e 2010 teve um efeito “adverso” no emprego. Atualmente, isso também acontece: “A 530 euros por mês em dezembro de 2016, o salário mínimo já está perto de ser 60% do salário médio, o rácio em qual a maior parte dos economistas acredita que começa a ter efeitos adversos substanciais no emprego”. Os economistas olham, por isso, com preocupação para um salário mínimo de 600 euros em 2019, principalmente se as contribuições sociais não foram reduzidas.

E é exatamente sobre as contribuições sociais que incide a outra medida de Macron com a qual Blanchard concorda. O estudo refere que seria melhor financiar os custos do Estado com a saúde e os subsídios de desemprego através dos rendimentos em vez das contribuições sociais. Uma medida deste tipo desgravaria a “tax wedge”, um cálculo que traduz a carga fiscal sobre o fator trabalho. Em causa está a Taxa Social Única (TSU) paga pelos empregadores por cada trabalhador.

No mesmo estudo com ideias para acelerar o crescimento da economia nacional, Olivier Blanchard diz que faz sentido exigir mais flexibilidade nas regras de Bruxelas e refere até que “pode fazer sentido furar os limites do défice”. “Não há necessidade de consolidação orçamental dramática. Há condições em que Portugal deveria ser autorizado a ter um défice superior ao limite? Na teoria diria que sim, que há razões em que faria sentido financiar reformas através de dívida e não de receitas fiscais”, defendeu o macro economista Olivier Blanchard, num encontro com jornalistas, em Lisboa.

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