Parlamento chumba comissão de avaliação ao endividamento público e externo

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

A comissão eventual tinha sido apresentada pelo PCP para analisar as causas do endividamento do país, mas chumbou com os votos contra do PS e a abstenção do PSD e do CDS-PP.

A comissão eventual de “avaliação do endividamento público e externo” proposta pelo PCP foi hoje chumbada no parlamento com os votos contra do PS e a abstenção do PSD e do CDS-PP.

O BE, PEV e PAN votaram a favor da iniciativa do PCP de criar uma comissão parlamentar para “analisar as causas do endividamento do país, fazer o diagnóstico da situação atual, perspetivar a evolução futura e debater as soluções para a redução substancial dos encargos com a dívida pública e externa”.

“A comissão eventual delibera sobre as diligências a efetuar para prosseguir o seu objeto e elabora um relatório conclusivo dos seus trabalhos até ao final da terceira sessão legislativa da XIII Legislatura”, propunham no texto do projeto de deliberação.

Os deputados comunistas justificaram a iniciativa com o facto de a dívida pública portuguesa ter crescido exponencialmente desde o final do século passado de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) até 133,4% (244 mil milhões de euros) no terceiro trimestre de 2016 e de o Estado português ter pagado 50 mil milhões de euros só em juros de 2011 a 2016.

No texto do projeto de deliberação, o PCP frisou ainda que a sua primeira proposta de renegociação da dívida tem seis anos, tendo sido apresentada em 05 de abril de 2011 e “chumbada” por PS, PSD e CDS-PP.

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BCE mantém taxas de juro e admite aumentar estímulos

O Conselho de Governadores liderado por Mario Draghi manteve a taxa de juro nos 0%. Já o programa de compra de ativos mantém-se até ao fim ano, mas pode aumentar e ser prolongado, diz o BCE.

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) deixou inalterada a taxa de juro diretora na Zona Euro, uma decisão amplamente esperada pelos analistas. Decidiu ainda manter a dimensão atual do programa de estímulos económicos, que prevê a compra de 60 mil milhões de euros de ativos mensais. Prevista está também a possibilidade de estender em dimensão e no tempo o atual programa de compra de ativos, no caso do outlook económico se deteriorar.

Para já, os responsáveis de política monetária do espaço do euro mantiveram a taxa de juro de referência do espaço do euro nos 0%, apesar de alguns analistas começarem já a antecipar sinais de que o fim da era dos juros zero poderá estar para breve. O próprio BCE terá considerado a possibilidade de subir juros já na reunião de março, tendo optado por em nada mexer, em resultado dos números da inflação.

Já no que respeita à dimensão do atual programa de estímulos, em comunicado o BCE “confirma que a compra líquida de ativos, ao novo ritmo mensal de 60 mil milhões de euros, é intenção que se mantenha até ao fim de dezembro de 2017, ou para além disso, caso necessário, e em qualquer circunstância até que o Conselho de Governadores veja um ajustamento sustentado no percurso da inflação consistente com o seu objetivo.”

O BCE admite mesmo “aumentar o programa em termos de dimensão e/ou duração”, caso “o outlook se torne menos favorável ou as condições financeiras se tornem incompatíveis com novos progressos no sentido de um ajustamento sustentado no percurso da inflação”.

Recuperação económica “cada vez mais sólida”, mas inflação ainda pesa

No que respeita ao cenário económico, as palavras de Draghi na conferência de imprensa que se seguiu ao anuncio da manutenção do atual quadro da política monetária do BCE apontaram para a melhoria das perspetivas económicas na região, apesar da baixa inflação continuar a representar um risco.

“É verdade que o crescimento está a melhorar, que as coisas estão a ficar melhor”, afirmou o presidente do BCE perante os jornalistas esta quinta-feira. E acrescentou: “Em 2016 estávamos a falar de uma recuperação frágil e desigual. Agora é sólida e abrangente“.

O italiano referiu que os dados económicos da área do euro estão a revelar-se cada vez mais resiliente e que tal levou os membros do Conselho de Governadores a discutir até que ponto deveriam mudar a sua avaliação relativamente aos riscos para o crescimento. Aquilo que não terá sido discutido foram eventuais mudanças das atuais orientações, que apontam para que as taxas de juro permaneçam nos mínimos atuais por um período extenso de tempo, bem como o horizonte para as compras líquidas de ativos.

Os receios em torno dos preços na Zona Euro continuam a marcar a agenda de estímulos monetários da entidade liderada por Mario Draghi, que salientou a volatilidade da inflação que apresenta resistência em subir. Exemplo disso foi o que aconteceu em março, com a inflação a fixar-se nos 1,5%, abaixo dos 2% registados no mês anterior. “Ainda temos de observar uma tendência convincente de recuperação da inflação”, referiu a esse propósito o presidente do BCE. Relativamente a abril, Mario Draghi afirmou que a expectativa é no sentido de uma subida da inflação, para se manter nesse nível ao longo do resto do ano.

(Notícia atualizada às 15h18 com mais informação sobre a conferência de imprensa)

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Telecomunicações mais caras em Portugal. Preços caem na União Europeia

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

Portugal foi o sexto país onde os preços das telecomunicações mais aumentaram em março, enquanto a tendência é a inversa na União Europeia (UE). Preços sobem desde 2011.

Portugal foi em março e em termos médios anuais o sexto país com o maior aumento de preços nas telecomunicações da União Europeia, onde a tendência foi precisamente a da redução, segundo um documento publicado no site da Anacom. “Em março de 2017, em termos médios anuais, Portugal foi o sexto país da UE (União Europeia) com o aumento de preços mais elevado. Em média, na UE os preços das telecomunicações diminuíram 0,2%”, lê-se num documento publicado no ‘site’ da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), com base em informações quer do Instituto Nacional de Estatística quer do Eurostat.

O relatório avança ainda que “desde março de 2011 que os preços das telecomunicações crescem mais em Portugal do que na UE” e pormenoriza que em março passado os preços das telecomunicações aumentaram 0,11% face ao mês anterior (-0,4% em março de 2016).

O documento conclui que o aumento “resultou da alteração de dois tarifários de internet móvel através de ‘PC/tablet’ por parte de um prestador”, sem contudo adiantar qual. Em comparação com março de 2016, o aumento dos preços das telecomunicações foi de 2,34%, o 9º mais elevado da economia portuguesa. Em termos médios nos últimos 12 meses, a variação foi de 2,22%, 1,40 pontos percentuais acima da inflação (0,82%), tendo sido o 8.º aumento mais elevado entre os 43 produtos/serviços considerados, revela ainda o estudo. Desde janeiro de 2014 que os preços das telecomunicações crescem a taxas médias anuais superiores à variação do IPC.

De acordo com o Eurostat, diz o relatório, em março de 2017, o aumento dos preços verificado em Portugal foi 2,4 pontos percentuais superior à média da UE em termos médios anuais, sendo Portugal o sexto país com o aumento de preços mais elevado. Os países onde os preços cresceram mais do que em Portugal foram a Bélgica, a Finlândia, a Eslovénia, a Letónia e a Espanha. Em relação ao mês homólogo, a variação dos preços das telecomunicações em Portugal foi a quarta maior entre os países da UE.

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Zeinal Bava multado em 58 mil euros

A Comissão de Valores Mobiliários, que regula os mercados no Brasil, aplicou uma multa de 200 mil reais (58 mil euros) a Zeinal Bava por declarações sobre fusão PT/Oi em véspera de assembleia-geral.

Zeinal Bava foi multado pelo regulador brasileiro dos mercados em 200 mil reais, o equivalente a quase 58 mil euros. Em causa estão declarações do antigo presidente executivo da Portugal Telecom (PT) e da Oi, proferidas em março de 2014, fazendo referência aos “benefícios” da fusão entre as duas operadoras.

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as palavras de Zeinal Bava — que ocupava a “posição executiva de maior destaque na Oi”, recorda o regulador — foram “imediatamente publicadas” em vários sites de notícias. Porém, os principais pontos da operação só seriam “deliberados pelos acionistas em assembleia geral extraordinária” no dia seguinte, como que ativos iria a PT incorporar na Oi.

A CVM entende que “não há dúvidas” que as declarações do chefe da Oi, proferidas no decorrer na oferta pública, em vésperas da assembleia-geral e num evento promovido pela própria empresa, “tinham potencial de influenciar interessados na oferta, em clara ofensa ao período de silêncio” previsto na lei.

“Ficou evidente que [Zeinal Bava] falou sobre a ofertante, assim como o seu discurso carregava um tom bastante otimista acerca do seu futuro, fazendo alusão única e exclusivamente aos benefícios que seriam obtidos pela companhia caso a operação de fusão da Oi com a PT fosse concretizada”, considerou o relator do processo. Zeinal Bava pode ainda recorrer da decisão.

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Brexit: Merkel avisa que interesses da UE vêm primeiro

  • Marta Santos Silva e ECO
  • 27 Abril 2017

No dia em que os britânicos revelam, em nova sondagem, estar arrependidos da decisão de sair da UE, a chanceler alemã deixa um alerta: a União vai defender-se a si mesma primeiro nas negociações.

A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou esta quinta-feira no Parlamento alemão para aquilo a que chama “ilusões” dos britânicos sobre as complexas negociações de saída da União Europeia que se avizinham, sublinhando que o bloco europeu porá as suas prioridades primeiro.

Citada pela Bloomberg (acesso livre), a chanceler referiu que as negociações devem ser conduzidas “de forma justa e construtiva” por ambas as partes, mas sublinhou que o Reino Unido “não pode ter nem terá os mesmos direitos, ficando numa melhor posição do que um membro da União Europeia”.

“Podem achar que isto é evidente, mas infelizmente ainda tenho que o dizer em termos claros porque creio que alguns no Reino Unido ainda têm ilusões sobre isto”, afirmou Angela Merkel. E, tal como recomendaram alguns deputados portugueses no debate quinzenal desta quarta-feira onde se falou das mesmas negociações, Merkel alertou que a Europa não pode focar-se apenas no Brexit. As questões relacionadas com as alterações climáticas, o comércio livre e os fluxos migratórios continuarão a ser essenciais demais “para a Europa poder concentrar-se em si própria nos próximos dois anos”.

Maioria dos britânicos arrepende-se do Brexit

Uma sondagem divulgada esta quinta-feira pelo jornal britânico The Times e o grupo de sondagens YouGov mostra pela primeira vez, desde o referendo, que a maioria das pessoas acredita que a decisão de sair da União Europeia foi errada. Na sondagem, cujos resultados pode ver no gráfico abaixo, 45% dos britânicos sondados disseram que a decisão tinha sido errada, contra 43% que disseram que seria a certa e 12% que afirmaram não saber.

De acordo com o The Times, é a primeira vez que uma sondagem mostra arrependimento maioritário do resultado do referendo. Apesar de tudo, a proximidade dos resultados demonstra que o país continua dividido em vésperas de uma nova eleição legislativa que deverá, de acordo as atuais sondagens, recolocar Theresa May no lugar de primeira-ministra.

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Forero: “Não contemplamos uma saída total” de Angola

O BPI apresentou prejuízos de 122 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, mas os responsáveis do banco falam num trimestre que "correu muito bem", com melhorias nos depósitos e no crédito.

O BPI explicou, esta quinta-feira, os resultados referentes ao primeiro trimestre. Um relatório que revelou um prejuízo de 122 milhões, pressionado pela venda de 2% do Banco de Fomento Angola. As contas foram analisadas na primeira conferência de imprensa com Pablo Forero na liderança do banco.

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Despesa pública com saúde entre as mais baixas da UE

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

Ainda que perfaçam um terço da despesa pública, os encargos com a saúde no nosso país estão abaixo da média da União Europeia. A conclusão é do relatório Health Systems in Transition.

A saúde em Portugal representa quase dois terços da despesa total do Estado, mas está entre as mais baixas da União Europeia, segundo um relatório hoje divulgado que faz o retrato do sistema de saúde português. Segundo este, a despesa pública com a saúde em Portugal totaliza 64,7% do total dos encargos do Estado, enquanto a média da UE é de 76%.

Elaborado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), no âmbito do Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde, o relatório Health Systems in Transition faz uma descrição detalhada do sistema de saúde de cada país, bem como das reformas e iniciativas políticas em curso ou em processo de desenvolvimento.

Segundo o relatório, “o sistema de saúde português é dos mais eficientes da Europa, pela melhoria da esperança de vida e da contenção da despesa total”, sobretudo por restrição de preços e custos.

Mas a crise económica e o programa de ajustamento económico e financeiro provocou mudanças na despesa total em saúde, tendo-se observado “um decréscimo significativo da despesa pública em saúde em Portugal (-9,7%)”, entre 2010 e 2014. “O programa de ajustamento económico e financeiro impôs cortes na despesa pública em saúde, tendo uma parte desses cortes sido dirigidos ao setor privado”, pode ler-se no relatório, coordenado em Portugal pelo economista Jorge Simões, do IMHT.

Desde 2010, a despesa total em saúde diminuiu e a despesa pública em percentagem da despesa total em saúde (64,7%) está entre as mais baixas da UE, cuja média é de 76,0%. Já o encargo das famílias com a saúde, que já era significativo antes da crise, foi agravado por algumas políticas, representando os pagamentos diretos 26,8% do PIB em 2014 e 27,6% em 2015, valores que estão entre os mais elevados da União Europeia (UE).

A maior parte das despesas de saúde privadas é contabilizada como despesa das famílias, sob a forma de pagamentos diretos feitos pelos cidadãos para aquisição de medicamentos, exames de diagnóstico e consultas de especialidade.

“O financiamento dos cuidados de saúde em Portugal é, de forma geral, ligeiramente regressivo, devido à elevada proporção das despesas das famílias, juntamente com uma pesada importância dos impostos indiretos” sobre bens e serviços, que representaram 42,3% das receitas totais do governo em 2015, enquanto a média europeia é de 34,7%.

Sobre a despesa com medicamentos vendidos em ambulatório, o relatório refere que “diminuiu 12% entre 2011 e 2015”, resultado de “uma grande descida dos preços” dos fármacos que “conseguiu contrariar o aumento do consumo sobre a despesa total e sobre a despesa pública em medicamentos”.

Por outro lado, a procura crescente por seguros de saúde levou a um aumento da oferta, um fenómeno que se deve em parte aos tempos de espera para consultas e cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS), “pelo que a sustentabilidade do SNS é um dos maiores desafios que o governo enfrenta”.

Sobre a sustentabilidade financeira do SNS, o relatório mostra que “estão, aparentemente, esgotadas as medidas tomadas pelo governo anterior: diminuição do preço do trabalho dos profissionais, dos medicamentos e dos preços dos prestadores privados com financiamento público”.

“A sustentabilidade financeira do SNS reside, fundamentalmente, no crescimento” do seu orçamento e “na melhoria da eficiência no funcionamento das unidades públicas de saúde, que compreende a melhoria na utilização das tecnologias de informação e comunicação”, defende.

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Mota dispara em bolsa com anúncio de duplicação de dividendo

A construtora vai propor em assembleia de acionistas aumentar para mais do dobro o dividendo a distribuir este ano. O anuncio puxa pelo desempenho das ações.

As ações da Mota Engil somam e seguem com fortes ganhos pela segunda sessão consecutiva. O título avança em torno de 4%, tendo sinalizado já um máximo de quase ano e meio. A forte aceleração em bolsa das ações acontece depois de a construtora ter anunciado em comunicado que pretende propor na próxima assembleia geral uma subida, para mais do dobro, do dividendo a distribuir pelos seus acionistas.

No relatório e contas publicado esta madrugada no site da comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins informa que pretende propor aos seus acionistas o pagamento de um dividendo de 13 cêntimos por ação, referente ao exercício de 2016. Este valor compara com os cinco cêntimos pagos no ano passado.

Ações da construtora na última semana

O aumento, para mais do dobro, do dividendo, surge no seguimento do bom conjunto de resultados apresentados pela Mota-Engil no exercício do ano passado. A construtora viu os seus lucros também mais do que duplicarem no último ano. Estes passaram de 19 milhões de euros, em 2015, para 50 milhões, em 2016, uma melhoria que resultou da venda de ativos.

É perante este contexto que as ações da construtora aceleram 3,62%, para os 2,378 euros, tendo já chegado aos 2,39 euros (+4,14%), o que corresponde à cotação mais elevada desde 6 de novembro do ano passado.

A Mota-Engil dá assim seguimento aos fortes ganhos bolsistas já registados na sessão anterior (+5,28%), o que lhe permite somar mas de 8% em apenas duas sessões. No acumulado do ano, a construtora é a cotada do PSI-20 que mais valoriza: 48%.

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Médicos mantêm greve após encontro com o Ministério

  • Lusa
  • 27 Abril 2017

Os sindicatos médicos decidiram manter a greve nacional agendada para 10 e 11 de maio, após uma nova reunião com o Ministério da Saúde.

Os sindicatos médicos afirmaram hoje que se mantêm todos os pressupostos para que a greve nacional de 10 e 11 de maio ocorra, após uma nova reunião com o Ministério da Saúde. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, disse à agência Lusa que os sindicatos saíram do encontro de hoje com um sentimento de “grande desapontamento”.

“O Ministério da Saúde parece pretender empurrar os médicos para o confronto. Mantêm-se todos os pressupostos para que a greve ocorra”, indicou Roque da Cunha, acrescentando contudo que haverá nova ronda negocial na próxima semana, dia 5 de maio. SIM e Federação Nacional dos Médicos têm-se manifestado cansados da falta de concretização de promessas do Governo após mais um ano de negociações.

Pagamento das horas extraordinárias a 100%, redução do número de horas de trabalho nas urgências ou limitação da lista de utentes por médico de família são algumas das reivindicações dos sindicatos.

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A união entre a indústria e o empreendedorismo

  • ECO + TheNetwork
  • 27 Abril 2017

O TheNetwork é um evento que unifica 3 grandes vetores: networking, proximidade e utilidade. Permite oportunidades de negócio a empresas junto de líderes e investidores nacionais e internacional.

O 1º evento desta recente marca irá abordar a temática: ‘Como empreender e inovar na Indústria: O caminho do Futuro’ a realizar-se nos próximos dias 26 e 27 de setembro na cidade de S. João da Madeira – distrito de Aveiro – em colaboração com o Município local.

A marca TheNetwork possui, nos seus eventos, diversos formatos inovadores e com uma forte componente digital e de interação entre oradores e participantes, através de aplicações móveis, interações ao nível de redes sociais, live-stream e plataformas online, possibilitando mesmo a participantes ‘ausentes’ da sala do evento, a interação com todos os convidados da organização, através de vídeo e escrita.

Neste 1º evento, que se pretende destacar enquanto um marco perante decisores económicos e startups, não haverá quaisquer limites e barreiras para a conectividade e para um real networking. Estando igualmente estas ações envoltas num ambiente muito diferenciador, através de momentos dinâmicos como programas sociais relacionados com o Turismo Industrial e com Humor, promovendo as diversas valências e proatividades pioneiras na região.

Já com diversos oradores confirmados, cujos nomes altamente reconhecidos em prisma nacional e internacional, nas matérias de Empreendedorismo e Economia, convidamos-vos a visitar o website do TheNetwork através do link: https://thenetwork.pt

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Revista de imprensa internacional

A Airbus tem uma aterragem difícil na apresentação dos resultados e o desemprego em Espanha sobe, mas também há notícias melhores para os mercados, com Trump a decidir ficar no NAFTA.

O desemprego em Espanha subiu, os franceses estão insatisfeitos com o resultado da primeira volta das presidenciais e a Airbus derrapou nos resultados. Entretanto, porém, Trump quer ficar no NAFTA. Leia aqui as cinco notícias que marcam a atualidade mundial esta quinta-feira.

Financial Times

Donald Trump decide que os EUA ficam no NAFTA

O Presidente dos Estados Unidos decidiu afinal que o país não precisa de sair do acordo de comércio livre que une o Canadá, o México e os EUA, o NAFTA, mas sim que este precisa de ser atualizado o mais rapidamente possível. Segundo o Financial Times, a notícia de uma atualização urgente do NAFTA surgiu após telefonemas apressados entre os líderes dos três países, que resultaram numa declaração informando que Trudeau, do Canadá, Peña Nieto, do México, e Donald Trump, dos EUA, vão começar “uma renegociação do acordo comercial NAFTA para o benefício dos três países”. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

El País

Desemprego aumenta em Espanha no período de inverno

O primeiro trimestre não foi favorável ao emprego em Espanha. Há mais 17.200 desempregados, segundo o inquérito do INE espanhol, o que resulta de uma destruição do emprego. No entanto, assinala o El País, a deterioração é normal no período do inverno, e a tendência de melhoria mantém-se se forem tidos em conta mais dados, e não apenas os do primeiro trimestre. Numa comparação anual, o emprego continua a crescer, e no último ano criaram-se mais de 408 mil postos de trabalho. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

Reuters

Lucros da Airbus derrapam devido a custos mais elevados e preços fracos

A construtora aérea europeia Airbus apresentou esta quinta-feira resultados, mostrando uma queda de 52% nos lucros do primeiro trimestre em relação ao período homólogo. Os resultados foram penalizados pelos seus preços, que são mais fracos à medida que muda para novos modelos, e pelos custos, que são elevados na parte da produção. A fabricante de aviões, que só fica em segundo para a Boeing, viu os seus lucros cair para 240 milhões de euros, e os lucros subir 7%. Leia a notícia completa na Reuters. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Les Échos

Menos de um terço dos franceses está satisfeitos com duelo Macron / Le Pen

É a primeira vez, numa segunda volta de uma corrida presidencial em França, que nenhum dos candidatos pertence aos principais partidos tradicionais de esquerda e direita, e os franceses não parecem satisfeitos com isso. Apenas 31% dos franceses, segundo uma sondagem Elabe-BFMTV, ficaram satisfeitos com o duelo entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen para a segunda volta. Os eleitores dos candidatos que não passaram à segunda volta são os mais desiludidos, nomeadamente os de François Fillon e Jean-Luc Mélenchon. Leia a notícia completa no Les Échos. (Conteúdo em francês / Acesso pago)

Expansión

Está difícil encontrar patrocinadores para o Mundial de 2018

A FIFA está com dificuldades em encontrar patrocinadores para o Mundial de 2018, que se vai realizar na… Rússia. A par com os recentes escândalos de corrupção que afetaram o organismo que regula o futebol, muitas marcas também não se querem associar à Rússia com receio de contágio pela má reputação do país entre outros países do ocidente. Segundo o jornal espanhol Expansión, a FIFA conta apenas, para já, com dez grandes patrocinadores, enquanto em 2014, no Brasil, contou com duas dezenas deles. A Sony e a Emirates também não estão na lista. Leia a notícia no Espansión. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

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Confiança dos consumidores em máximos de 20 anos

A confiança dos consumidores está em máximos desde outubro de 1997, graças às expectativas de evolução da situação económica do país e do desemprego. Indicador de clima económico também aumentou.

A confiança dos consumidores aumentou em abril pelo oitavo mês consecutivo e está agora no valor mais alto desde outubro de 1997. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), contribuíram para esta evolução positiva todas as componentes do indicador, mas contribuíram de forma mais significativa as expectativas da evolução do desemprego e da situação económica do país. O indicador de clima económico também aumentou entre janeiro e abril, após ter recuado nos três meses anteriores.

“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo positivo de todas as componentes, de forma mais expressiva no caso das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país”, indicou o INE num comunicado. Os indicadores de confiança aumentaram ainda nos setores da Indústria Transformadora, da Construção e Obras Públicas, do Comércio e também dos Serviços.

No que toca aos consumidores, “o saldo das expectativas relativas à situação económica do país aumentou no mês de referência, prolongando o perfil positivo iniciado em setembro e atingindo o valor máximo desde novembro de 1997″, sublinhou o INE.

Por sua vez, “o saldo das perspetivas relativas à evolução do desemprego diminuiu em abril, pelo oitavo mês consecutivo, prolongando a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2013 e renovando o alor mínimo da série iniciada em setembro de 1997″, reiterou o instituto. Uma recuperação também foi registada no que toca à situação financeira do agregado familiar, na poupança, na realização de compras importantes e na evolução dos preços.

Sentimento económico na zona euro em máximos de dez anos

quase uma década que os europeus não estavam tão confiantes relativamente à saúde da economia. O indicador de sentimento económico (ISE) atingiu os 109,6 pontos na zona euro e os 110,6 pontos na União Europeia (UE), em abril, valores que representam novos máximos desde agosto e setembro de 2007, respetivamente, divulgou esta quinta-feira a Comissão Europeia. Os valores superaram as estimativas dos analistas sondados pela Bloomberg que esperavam que o indicador para a zona euro se tivesse situado nos 108,2 pontos.

Segundo dados da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, na zona euro, o indicador cresceu 1,6 pontos e no conjunto dos 28 Estados-membros da UE aumentou 1,4 pontos, em abril. Esta melhoria da confiança foi transversal a todos os setores de atividade económica. As cinco principais economias da zona euro viram o indicador aumentar: na Alemanha cresceu 1,8 pontos, seguindo-se Itália (1,4), França (1,2), Espanha (1,0) e Holanda (0,8).

As medidas de confiança são “inacreditavelmente otimistas, mas o otimismo é excessivo“, afirmou Andreas Scheuerle, economista do Dekabank. Citado pela Bloomberg, o economista acrescentou que “a direção que os indicadores de sentimento estão a mostrar é a certa. Mas as promessas relativamente ao crescimento podem não ser cumpridas”.

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