Com greve no porto de Setúbal, Autoeuropa recorre a Leixões para escoar produção

Com a greve no porto de Setúbal ainda dependente da reunião que vai decorrer esta tarde com a ministra Ana Paula Vitorino, a Autoeuropa recorreu ao Porto de Leixões para escoar produção.

A Autoeuropa começou esta segunda-feira a escoar a sua produção através do Porto de Leixões, devido à greve que persiste em Setúbal. A fábrica de Palmela enviou 700 veículos para exportação através deste porto no norte do país.

“A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) iniciou hoje a receção de 700 automóveis provenientes da Autoeuropa“, confirmou a empresa em comunicado enviado às redações.

“Este novo serviço será uma mais-valia para Leixões e para o país, que verá reforçada a sua capacidade exportadora, como para a Autoeuropa, que encontra no nosso porto uma opção eficiente para escoar os seus automóveis”, refere ainda a administração portuária na mesma nota.

A Autoeuropa tem sido afetada pela greve de estivadores do porto de Setúbal que exigem um contrato coletivo de trabalho. O protesto começou a 5 de novembro apenas com os trabalhadores eventuais do porto, mas agora o protesto é mais abrangente. Esta tarde está marcada uma reunião entre a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, com os sindicatos dos estivadores e a administração do Porto de Setúbal, por causa do conflito laboral.

Na semana passada, os estivadores impediram a entrada de um autocarro que transportava trabalhadores para os substituir no carregamento de um navio com viaturas da fábrica da Autoeuropa, mas acabaram por ser retirados por elementos da PSP. A Autoeuropa chegou a ter cerca de cinco mil veículos retidos no porto de Setúbal.

Segundo a administração do porto de Leixões, a infraestrutura portuária “estará até ao final de 2018 capacitada para parquear 5.000 automóveis”, um reforço que visa dar “resposta às necessidades de exportação de automóveis”. Leixões é o principal porto do país em movimentação de carga roll-on/roll-off, “serviço necessário à movimentação de veículos na área portuária”, explica o comunicado. Em 2017, este segmento de carga cresceu 18% em Leixões, registando um movimento de um milhão de toneladas de mercadoria.

(Notícia atualizada)

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ECOfin na Nova SBE: Três ministros das Finanças em “reunião extraordinária”

  • ECO
  • 26 Novembro 2018

Um ECOfin extraordinário? Sim, é esta terça-feira, a partir das 17h na Nova SBE, com ex-ministros das Finanças.

O ECO faz dois anos. O Governo apresentou o último orçamento do Estado da Legislatura. É o momento para reunir o ‘ECOfin’ na Nova SBE. Juntamos antigos ministros das Finanças para avaliar o país, as opções de política económica e orçamental, as oportunidades e desafios de Portugal no contexto europeu.

Assim, esta terça feira, a partir das 17h00 (receção dos convidados), no anfiteatro Maurícia Godinho Lopes, antigos ministros como Eduardo Catroga, Jorge Braga de Macedo ou Fernando Teixeira dos Santos vão proporcionar um encontro único perante uma plateia de decisores económicos e políticos e estudantes.

O ECO, em parceria com a Alantra, convida todos os interessados a participarem neste iniciativa. Podem inscrever-se aqui, em [email protected]

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Lula da Silva suspeito de receber subornos em negócio com a Guiné Equatorial

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Ex-presidente do Brasil é acusado influenciar negócios na Guiné Equatorial em benefício do grupo brasileiro ARG.

A justiça brasileira abriu esta segunda-feira um inquérito contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspeito de branqueamento de capitais por ter supostamente recebido subornos para intermediar negócios entre o governo da Guiné Equatorial e a construtora brasileira ARG.

A denúncia foi feita pelos promotores da Operação Lava Jato de São Paulo, que acusaram Lula da Silva de receber 1 milhão de reais (230 mil euros) da ARG em troca de influenciar o Governo da Guiné Equatorial a firmar contratos com esta empresa brasileira.

Segundo a acusação, o pagamento do suborno teria sido dissimulado em doações da ARG ao Instituto Lula.

Os procuradores da Lava Jato afirmam que o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, teria pedido em 2011 a Lula da Silva que influenciasse o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para que aquele país mantivesse em curso os contratos firmados com a empresa para obras rodoviárias.

Em troca, o empresário teria oferecido “doações robustas” ao Instituto Lula.

A denúncia apresenta e-mails encontrados em computadores no Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na Operação Aletheia, 24.ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba.

Entre as provas apresentadas pelos investigadores para atestar a prática de obtenção de vantagem ilícita estão recibos de pagamento das supostas doações e menções a uma carta do Presidente africano em que o governante africano teria pedido a intervenção de Lula da Silva junto da então Presidente Dilma Rousseff no quadro da entrada Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Há também a inclusão de uma carta do ex-Presidente brasileiro para Teodoro Obiang na qual Lula da Silva disse estar otimista com a inclusão da Guiné Equatorial na CPLP e também recomenda os serviços da ARG, escrevendo que a empresa “desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”.

Agora, a denúncia será analisada pela 2.ª Vara Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros branqueamento de capitais que irá determinar pela abertura ou não de um processo contra o ex-presidente brasileiro e o empresário Rodolfo Giannetti Geo, acusado de tráfico de influência em transação comercial internacional e branqueamento de capitais.

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Sporting já reembolsou pequenos investidores. Pagou os 30 milhões

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

A SAD de Alvalade confirmou que já devolveu aos pequenos investidores os 30 milhões de euros da emissão obrigacionista lançada em 2015 cujo reembolso tinha sido adiado em maio para esta segunda-feira.

A SAD do Sporting procedeu esta segunda-feira ao reembolso do empréstimo obrigacionista lançado em 2015, após o adiamento, em maio, confirmou hoje à Lusa fonte da sociedade ‘leonina’.

Esta operação, que decorreu entre 7 e 20 de maio de 2015, perfazendo até seis milhões de obrigações até 30 milhões de euros (ME), com um valor nominal de cinco euros, taxa de juro de 6,25%, vencia em 25 de maio último, mas o reembolso foi adiado para hoje.

“Conforme a Sporting SAD informou ao mercado, a administração cumpriu com todas as responsabilidades decorrentes do empréstimo obrigacionista (2015-2018) efetuando hoje o pagamento do reembolso final e respetivo pagamento de juros”, disse à Lusa fonte da sociedade ‘verde e branca’.

Este reembolso ocorre quatro dias depois do encerramento do período de subscrição de um novo empréstimo obrigacionista, com uma taxa de juro de 5,25% e que atinge a maturidade em 26 de novembro de 2021, que permitiu à estrutura liderada por Frederico Varandas um encaixe de 26,2 milhões de euros.

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General Motors vai eliminar 15% dos postos de trabalho até finais de 2020

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

A General Motors, construtor automóvel norte-americano, anunciou uma redução de 15% no número de trabalhadores para economizar 6 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros) até finais de 2020.

A General Motors, principal construtor automóvel norte-americano, anunciou hoje uma redução de 15% no número de trabalhadores para economizar 6 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros) até finais de 2020.

Com esse objetivo de poupança, o fabricante automóvel explicou em comunicado que vai encerrar no próximo ano a produção em sete fábricas em todo o mundo.

O grupo automóvel vai encerrar duas fábricas de montagem nos Estados Unidos e uma no Canadá, assim como outras duas em países que não foram identificados.

A General Motors disse ainda que também vai encerrar duas fábricas de produção de motores nos Estados Unidos.

No final de dezembro de 2017, a General Motors tinha 180 mil funcionários em todo o mundo, sendo estes os últimos números disponíveis.

“As medidas que estamos a tomar atualmente vão permitir-nos prosseguir a transformação para sermos mais rápidos, mais resistentes e mais rentáveis”, afirmou a presidente executiva do grupo, Mary Barra, citada no comunicado.

Depois de ter sido divulgada esta informação, as ações da General Motors registavam uma subida de 6,8% na bolsa de Nova Iorque.

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Rejeitar acordo do Brexit é voltar à “estaca zero”

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Primeira-ministra britânica voltou a reforçar a ideia de que o acordo para a saída da União Europeia é o "único possível" e alerta deputados que chumbo implica "discórdia e incerteza".

Rejeitar o Acordo de Saída da União Europeia negociado com a UE implica “voltar à estaca zero” e provocar “mais discórdia e incerteza” no Reino Unido, avisou esta segunda-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Numa declaração esta segunda-feira, na Câmara dos Comuns, em que deu conta da aprovação formal no domingo em Bruxelas do Acordo de Saída do Reino Unido da UE, May apresentou uma escolha aos deputados.

“Esta câmara pode apoiar este acordo, concretizar a votação do referendo e avançar para a construção de um futuro mais brilhante de oportunidades e prosperidade para todos. Ou esta Câmara pode optar por rejeitar este acordo e voltar à estaca zero”, resumiu.

A primeira-ministra admitiu que “ninguém sabe o que aconteceria se o acordo não fosse aprovado”, mas advertiu para “mais discórdia e mais incerteza, com todos os riscos que isso acarretaria”.

May invocou o “interesse nacional” e o desejo de “unir novamente como país, seja qual for a maneira que tenhamos votado” no referendo de 2016.

O líder da oposição, o trabalhista, Jeremy Corbyn, reiterou a oposição ao documento, e qualificou como um “ato de automutilação nacional” a insistência de May em defender este acordo devido ao risco de ser rejeitado.

Os partidos da oposição, nomeadamente o partido Trabalhista, os Liberais Democratas e o Partido Nacionalista Escocês, manifestaram a intenção de chumbar o acordo, juntamente com dezenas de deputados do partido Conservador e do Partido Democrata Unionista, aliado do governo.

O voto deverá ter lugar nas próximas semanas, numa data ainda por anunciar, tendo a imprensa britânica avançado a segunda semana de dezembro como a data mais provável.

Corbyn reivindicou a necessidade de um plano B para uma solução que garantir uma maioria parlamentar, ou seja, um acordo “com base numa união aduaneira abrangente, um forte acordo com o mercado único que proteja os direitos dos trabalhadores e a proteção ambiental”.

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Mota-Engil dispara 7% com forte procura pelas obrigações

A bolsa nacional encerrou no verde, com a maioria das cotadas a subir. A estrela desta sessão foi a Mota-Engil, depois do sucesso na emissão de obrigações.

Num dia marcado por fortes subidas na bolsa nacional e também na Europa, a Mota-Engil foi a estrela desta sessão. Os títulos da construtora valorizaram mais de 7%, depois de anunciar que os pequenos investidores terem apresentando ordens num total de 140 milhões no âmbito da emissão obrigacionista da construtora.

As ações da construtora dispararam 7,24% para 1,63 euros, representando a maior subida da sessão. Esta valorização da construtora acontece no dia em que foi anunciado, já depois do fecho da bolsa, os resultados do empréstimo obrigacionista. As ordens superaram em 30 milhões de euros o montante pretendido. A procura ascendeu a 139,1 milhões.

Momentos antes, os investidores já antecipavam uma “procura acima do previsto na emissão de obrigações”, apoiada pelo “sentimento positivo geral dos mercados”, de acordo com a Reuters.

Apesar da forte subida registada nesta sessão, os títulos da Mota-Engil apresentam uma queda de 60% desde o início do ano, pressionados pelas “sucessivas turbulências em mercados emergentes”, tais como a Argentina, onde a construtora opera.

PSI-20 sobe mais de 1%

Em Lisboa, para além da Mota-Engil, destaque ainda para o BCP, cujos títulos valorizaram 2,33% para 0,2416 euros. Estas duas cotadas contribuiram para uma sessão positiva, na qual o PSI-20 subiu 1,25% para 4.860,79 pontos, acompanhando o cenário positivo que se vive nas restantes praças europeias. O Stoxx-600 valorizou 1,27% para 145,69 pontos, enquanto os índices espanhol e francês subiram 1,96% e 0,97%, respetivamente.

Também a Nos valorizou 2,08% para 5,165 euros, depois de as empresas de telecomunicações da Europa terem subido após um relatório afirmar que a Comissão Europeia estava prestes a aprovar uma fusão da Telecom alemã e da holandesa, avança a Reuters (conteúdo em inglês). Isto criou expectativas de que a Comissão possa ter também uma posição favorável em futuras consolidações noutros países europeus.

As cotadas do setor energético também se pintaram de verde, especialmente a EDP Renováveis que subiu 1,19% para 7,625 euros e a EDP que valorizou 1,05% para 3,077 euros. A REN somou 0,42% para 2,408 euros e a Galp Energia ganhou 1,08% para 14,56 euros.

No vermelho encerraram apenas duas cotadas: a Sonae Capital recuou 0,26% para 0,763 euros e a Jerónimo Martins caiu 0,38% para 10,6 euros.

(Notícia atualizada às 17h06 com mais cotações)

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Mota-Engil financia-se em 110 milhões. Pequenos investidores deram ordens para 140 milhões de euros

Procura por obrigações da construtora superou os 110 milhões de euros definidos na oferta. CEO admite que novas trocas não estão fora de questão e anuncia recorde de encomendas no segundo semestre.

A Mota-Engil conseguiu os 110 milhões de euros que pretendia, mas os investidores queriam mais. A procura por parte dos aforradores superou a oferta em 30 milhões de euros (1,26 vezes), ascendendo a 140 milhões de euros, em resultado da “confiança” que estes depositam na empresa, diz a construtora. Foi de tal forma elevada que o CEO diz estar arrependido de não ter aumentado a oferta.

“A forte procura traduz o reconhecimento internacional e a confiança dos investidores na entidade emitente“, afirmou o CFO do grupo, José Pedro Freitas, na apresentação dos resultados. Sublinhou que “além da atratividade da taxa de juro, os investidores mostraram interesse em manter a exposição ao grupo”.

A emissão de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022” foi feita através de oferta pública de subscrição e de ofertas públicas de troca de “Obrigações Mota Engil 2014/2019” e de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2015/2020” por “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022”. O montante global já tinha sido aumentado para 110 milhões de euros, dos iniciais 65 milhões de euros.

“Estou arrependido de não ter aumentado mais”, admitiu o CEO da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, em declarações aos jornalistas, referindo que no primeiro dia foram subscritos quase metade das obrigações. “Fomos privilegiados mais uma vez pelos investidores, muitos deles que já estavam expostos à dívida. Metade dos investidores já tinham dívida e quiseram estende-la”, afirmou.

As “Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2018/2022” têm uma taxa de juro fixa de 4,5% ao ano e ficarão sujeitas a rateio as ordens registadas após ter sido atingido o montante máximo da oferta. O valor mínimo de subscrição de mil euros por investidor. Neste caso foram emitidos 55,22 milhões de euros, o que representa 50,2% do total.

Dívida líquida aumenta 55 milhões

A subscrição foi complementada ainda com duas Ofertas Públicas de Troca (OPT) parciais e voluntárias sobre os títulos emitidos em 2014 com maturidade até 2019 e títulos emitidos pela empresa em 2015 com maturidade até 2020. Na operação de troca, a integração foi integral, sem ter ficado sujeito a rateio.

Nesta oferta, foram colocados 54,78 milhões de euros, ou 49,8% do montante global. Do total, 25,73 milhões de euros são dívida que vencia em 2019 e os restantes 29,053 milhões com prazo em 2020. Dado que grande parte da operação foi de troca, a dívida líquida da construtora aumentou, assim, em 55 milhões de euros.

Sem quantificar, o CEO referiu que a troca irá “melhorar substancialmente” o prazo da dívida. Sobre a hipótese de novas operações de troca para estender a maturidade da dívida, o CEO não excluiu a hipótese por considerar que há interesse por parte dos investidores. “É importante que a empresa saiba falar com o mercado, nos vários canais. Não é bom ter só dívida obrigacionista nem só dívida bancária”, sublinhou.

O número de investidores alcançou os dois mil para a oferta de troca e quatro mil para a oferta de novas obrigações. Em ambos os casos, a liquidação está marcada para dentro de dois dias.

O CFO José Pedro Freitas reafirmou que o objetivo do grupo é “continuar a reafirmar a marca Mota-Engil no mundo” e que a operação está alinhada com os objetivos de “diversificação de fontes de financiamento, otimização dos custos e aumento da maturidade da dívida” que tem sido levada a cabo. O Caixa – Banco de Investimento, o Haitong Bank e o Novo Banco foram os organizadores e coordenadores globais da oferta.

Construtora vai apresentar recorde de encomendas

Gonçalo Moura Martins anunciou ainda que a construtura irá registar num nível recorde de carteiras de encomendas no segundo semestre do ano, após os 5,252 mil milhões de euros entre janeiro e junho. “Vai ficar acima”, confirmou o CEO, apontando para três novos projetos na Colômbia, bem como em Angola, República Dominicana e Moçambique.

Apesar do “sucesso” da operação e do crescimento da atividade da empresa, as ações já perderam 57% do valor em bolsa só este ano. Moura Martins considera que “não há nenhum problema ou ameaça que justifique esta correção”, se segue a uma mais que duplicação da capitalização bolsista em 2017. “É um título muito volátil e com pouco free float“, explicou, acrescentando que a construtora está a aproveitar o baixo preço (fechou esta segunda-feira nos 1,63 euros por ação) para recomprar ações.

Quanto aos projetos de expansão, explicou que a empresa não está focada em novos mercados, mas em reforçar a atividade nos países em que já está presente. “O crescimento não vem de um mercado específico, o que é muito importante para que a empresa não fique dependente”, disse o CEO.

Angola mantém-se como um dos mais importantes mercados para a construtora, apesar das dificuldades que têm enfrentado. A Mota-Engil é uma das empresas portuguesas a quem o Estado angolano tem dívidas em atraso. “Toda a dívida está certificada e a nossa expetativa é que [o pagamento] seja para breve. Agora há negociações em que as empresas vão acertar a forma de pagamento, por crédito fiscal, títulos da dívida angolana ou numerário”, disse o CEO, acrescentando que a visita de João Lourenço a Portugal “foi extremamente positiva para estreitar laços” entre Portugal e Angola.

(Notícia atualizada às 18h06 com mais informação)

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Sócia da Telles Ivone Rocha é autora do livro “Chance to Change”

A sócia da TELLES que encabeça a área de prática de Ambiente, Energia e Recursos Naturais na sociedade, Ivone Rocha, é autora do livro, juntamente com a economista Sofia Santos.

A sócia da TELLES que encabeça a área de prática de Ambiente, Energia e Recursos Naturais na sociedade, Ivone Rocha, é autora do livro “CHANCE to CHANGE – O Acordo de Paris e o Modelo de Crescimento Verde”, escrito em coautoria com a reconhecida economista Sofia Santos.

O livro, que inclui o texto oficial do Acordo de Paris, oferece uma perspetiva completa e diversificada para este Acordo mundial e para o compromisso da redução da emissão de carbono. É dirigido a todos os profissionais e pessoas que procuram conhecer em maior detalhe estes desafios que têm vindo a marcar a agenda mundial.

Para Ivone Rocha, sócia da TELLES e coautora do livro, “Este livro pretende dar a conhecer as implicações concretas do Acordo de Paris e da neutralidade carbónica, nos cidadão e nas empresas. A neutralidade carbónica é hoje indeclinável para todas as empresas e organizações. Estes assuntos ainda são vistos e sentidos pela generalidade das pessoas como um desafio de cada um mas há que os “vulgarizar” e enraizar na sociedade e na economia, mantendo-os na agenda económica e social mundial e conferindo-lhes a prioridade que merecem. Esta é uma oportunidade para o crescimento sustentável dos mercados e da economia no geral.”

As autoras são profissionais reconhecidas nestas áreas de atividade pela experiência acumulada nos assuntos e ainda pela participação constante nos principais grupos de trabalho e reuniões para a discussão destas medidas de grande impacto na promoção de um pensamento de gestão e economia humanista.

A advogada Ivone Rocha é sócia da TELLES e encabeça a área de prática de Ambiente, Energia e Recursos Naturais e tem vindo a participar ativamente na discussão sobre as alterações climáticas e a descarbonização da economia, integrando diversos grupos de discussão para estes temas, assim como participa e moderou várias debates nos últimos anos, tendo sido coautora do livro “Climate Change”.

Por seu lado, a economista Sofia Santos é especializada em temas de gestão sustentável, com particular foco em sustainable finance. Coordena o curso de executivos de Gestão Sustentável, na Porto Business School, e é professora convidada na Nova School of Business & Economics e no IDEFE/ISEG. Nos últimos foi secretária-geral dos Conselhos Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

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Diretor da Nissan considera que prisão de Ghosn é “uma boa oportunidade” para rever aliança com Renault

Uma semana depois da detenção e destituição de Carlos Ghosn, Saikawa, diretor executivo da Nissan, quer proceder à revisão do acordo entre as construtoras automóveis.

Depois da detenção e demissão de Carlos Ghosn, por alegada fraude fiscal, a Nissan quer aproveitar a ocasião para rever a aliança que, até agora, estabelece com a francesa Renault e a japonesa Mitsubishi. Quem o terá anunciado foi Hiroto Saikawa, diretor executivo da Nissan, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, que cita fontes da própria Nissan.

Saikawa considera que esta é “uma boa oportunidade” para rever o acordo entre as construtoras, citado no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês), uma vez que, na sua opinião, a aliança não está estabelecida “entre iguais”.

A posição da Nissan terá sido anunciada esta segunda-feira num encontro com trabalhadores, uma semana depois da prisão de Gohsn, em Tóquio.

Ao mesmo tempo que investidores, diretores e trabalhadores ainda estão a reagir à detenção do homem que dirigia a Nissan, as questões multiplicam-se. Agora, com a notícia que dá conta da intenção de rever a aliança entre as fabricantes automóveis, o laço entre a Renault, a Nissan e a Mitsubishi já não está tão forte e a fusão que Ghosn preparava levanta dúvidas.

Fusão em águas paradas?

Antes de ser detido, Carlos Ghosn estava a preparar uma fusão entre a Renault e a fabricante automóvel nipónica. Contudo, os planos de fusão não eram do agrado dos membros da administração da Nissan, que estariam a estudar formas de bloquear a operação. De acordo com fontes próximas da administração da Nissan, a proposta de fusão deveria ocorrer “dentro de poucos meses”.

Carlos Ghosn, além de presidente executivo do grupo Nissan, liderava a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que agora está sem presidente. Basicamente, o elo entre as três marcas funciona da seguinte maneira: a Renault possui 43% da Nissan, que, por sua vez, possui 15% da Renault. Entretanto, desde 2016, que a Nissan também possui 34% da Mitsubishi. O esquema foi acordado na sequência da Nissan ter, quase, caído em bancarrota.

Mas, se, por um lado, a Nissan quer rever o acordo, por outro, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, e o ministro da Economia japonês, Hiroshige Seko já tinham, antes, reafirmado o seu “forte” apoio à aliança entre a Renault e a Nissan. A aliança deu origem ao “primeiro construtor automóvel mundial e a um dos maiores símbolos da cooperação industrial franco-nipónica”, lembraram os dois responsáveis, exprimindo a vontade de manter esta “cooperação vencedora”.

Em 2017, a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi atingiu, pela primeira vez, o primeiro lugar mundial do setor com 10,6 milhões de veículos vendidos.

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ProPública: um projeto jurídico para “encher a alma”

Uma associação pro bono que não é só mais uma associação pro bono. Será esse o projeto a que Agostinho Pereira de Miranda se dedicará depois de deixar as funções no escritório que fundou.

Agostinho Pereira de Miranda tinha um sonho: “construir” a primeira clearing house da advocacia em Portugal. Prestes a deixar as funções de gestão na sociedade que fundou, dedica-se agora a um novo projeto que se foca na defesa do interesse público. É nessa ligação humana, conta em entrevista à Advocatus, que assenta o propósito da profissão.

Agostinho Pereira de Miranda, sócio fundador da Miranda e Associados, em entrevista à Advocatus.Hugo Amaral / ECO

Diz que é “uma espécie de corretora de serviços jurídicos”. Chama-se “PróPública – Advogar a Cidadania”, um projeto no âmbito da justiça que Agostinho Pereira da Miranda, sócio fundador da Miranda, está a desenvolver. Será uma associação de fins não lucrativos, que pretende ser uma plataforma agregadora de advogados, e de, “idealmente, jovens advogados”.

“A ideia não é criar mais uma associação pro bono, a Propública terá uma dotação de meios, designadamente financeiros, para remunerar os jovens advogados que lá trabalharem”, revela o advogado.

As instalações da associação ainda estão a ser pensadas, mas vai ser uma sede independente do escritório, que vai contar com staff próprio. Já os advogados serão contratados de acordo com os casos, que se irão focar essencialmente na defesa do interesse público, “do património e dos interesses da maioria”.

“O que eu vejo a PróPública fazer é: se amanhã houver 100 imigrantes que não entrem em Portugal e não houver razões justificativas suficientes para isso, nós queremos intervir”, garante Agostinho, que fala ainda no objetivo de levar os direitos humanos.

O projeto vai ainda assentar em dois pilares: numa clínica jurídica, “em vias de ser criada numa faculdade de Direito e que nos vai permitir ter estudantes empenhados na associação” e na ligação a Angola e Moçambique, dois países em que a Miranda tem atividade, “onde existem organizações de responsabilidade social, muito vocacionadas para a defesa dos direitos humanos”.

"É engraçado porque se encara o projeto como uma missão de humanizar a advocacia. As pessoas estão cansadas desta advocacia meramente quantitativa, em que a única coisa que interessa é o número de horas que se trabalha, o dinheiro que se ganha… As pessoas precisam de ter na profissão também, e seguramente na vida, um propósito, um objetivo, digamos, justificadores, da sua vida. A que chamo o princípio da autenticidade.”

Agostinho Pereira de Miranda

Sócio fundador da Miranda e Associados

A isso se junta uma ligação internacional, nomeadamente à PILNet, “the global network for public interest law”, e da qual farão parte.

Com o projeto a ganhar forma, Agostinho tem contado com a adesão de muitos colegas, e até com alguns de escritórios concorrentes da Miranda, para sua surpresa. “Houve um advogado que, quando lhe apresentei a ideia da associação, me disse logo que estaria interessado em colaborar. E respondeu-me a dizer que ‘finalmente, podemos fazer algo que nos encha a alma’”, uma frase que lhe ficou na cabeça.

É engraçado porque se encara o projeto como uma missão de humanizar a advocacia. As pessoas estão cansadas desta advocacia meramente quantitativa, em que a única coisa que interessa é o número de horas que se trabalha, o dinheiro que se ganha… As pessoas precisam de ter na profissão também, e seguramente na vida, um propósito, um objetivo, digamos, justificadores, da sua vida. A que chamo o princípio da autenticidade”. Será esse princípio que a ProPública também poderá proporcionar.

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FOX Life | Bull 3 – ESTREIA 4 de Dezembro

  • ECO + FOX
  • 26 Novembro 2018

A mais recente temporada da série baseada na carreira de Dr. Phill e produzida por Steven Spielberg.

‘Bull’ é protagonizada por Michael Weatherly no papel de Dr. Jason Bull num drama inspirado na carreira inicial do Dr. Phil McGraw, o fundador de uma das mais prolíferas consultoras judiciais de todos os tempos. Brilhante, ousado e charmoso, Dr. Bull é um maior mestre de marionetas à medida que combina psicologia, intuição humana e dados tecnológicos para descobrir a personalidade de juízes, advogados, testemunhas, jurados e acusados. Bull emprega uma equipa de peritos na Trial Analysis Corporation para juntos construírem narrativas de sucesso até ao último detalhe. A equipa incluí o seu ex-genro Benny Colón (Freddy Rodriguez), um advogado de defesa nos julgamentos treino dentro da empresa; Marissa Morgan (Geneva Carr), uma neurolinguística do departamento de segurança nacional; a antiga agente de polícia Danny James (Jaime Lee Kirchner), a investigadora da empresa; a hacker Cable McCrory (Annabelle Attanasio), responsável pela ciber-inteligência; e Chunk Palmer (Christopher Jackson), um estilista que transforma o visual dos clientes para os julgamentos.
julgamentos.

Em julgamentos importantes, a combinação de Bull de grandes insights da natureza humana, três doutoramentos e uma equipa de primeira, faz com que se criem estratégias vencedoras que ultrapassam a escala judicial em favor do cliente.
Na terceira temporada, Dr. Bull está de regresso ao trabalho após ter sofrido um ataque cardíaco devido ao consumo excessivo de álcool. A tentar readaptar-se, é surpreendido pela notícia do casamento de Marissa, mas a maior – e pior – novidade é a morte de um dos membros da sua equipa.

Uma série a não perder, Terças-feiras às 22:20 na FOX Life.

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