Ricardo Robles não se demite: Compra do prédio em Alfama “não foi uma operação especulativa”

No centro de uma polémica que envolve um imóvel em Lisboa, o vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles, garantiu que não se demite. E tentou explicar a lógica por detrás do negócio.

Ricardo Robles, vereador da Câmara de Lisboa, garantiu que não se demite e encarou esta sexta-feira aquilo que considerou serem “notícias erradas” sobre o polémico imóvel que detém perto de Alfama. “É falso que tenha havido qualquer despejo. Procedi de forma exemplar com todos os arrendatários do imóvel. Atuei sempre em coerência com aquilo que defendo para a cidade”, disse, após explicar a sua versão da cronologia dos factos.

Numa conferência de imprensa em Lisboa, na sede do Bloco de Esquerda, o vereador bloquista disse que o imóvel foi comprado em conjunto com a irmã, “com recurso a crédito bancário e apoio financeiro” dos pais. A intenção inicial era que o imóvel fosse habitado pela irmã de Ricardo Robles e que as restantes frações fossem arrendadas, sob gestão da irmã do vereador. “Sublinho, a minha família comprou o prédio para o habitar e para arrendar a parte restante”, disse.

No entanto, segundo Ricardo Robles, a irmã casou-se com um cidadão alemão e reside agora na Bélgica. “Essa nova circunstância levou-a a abandonar a ideia de regressar a Portugal, o que eu lamento”, afirmou. “A minha irmã teve de refazer o seu quadro de compromissos financeiros, para além de, estando no estrangeiro, ficar indisponível para a gestão dos futuros arrendamentos. Foi nesse contexto que aceitei colocar este imóvel à venda, ao contrário do plano inicial”, explicou Ricardo Robles.

O imóvel terá, depois, sido avaliado por uma agência imobiliária, “que o teve à venda por seis meses até abril deste ano”. “Desde então, o imóvel não está à venda. Esta compra não foi uma operação especulativa”, garantiu o vereador.

Assim, Ricardo Robles disse ter tomado a decisão de colocar este imóvel “em propriedade horizontal, de forma a poder dividir as frações” com a irmã. “Não venderei as minha parte do imóvel e colocarei as minhas frações no mercado de arrendamento”, avançou aos jornalistas em Lisboa.

A polémica surgiu na sequência de uma notícia do Jornal Económico esta sexta-feira. Ricardo Robles, um dos maiores críticos da especulação imobiliária na capital, poderá encaixar uma mais-valia de 4,7 milhões de euros com a compra e venda do imóvel: o prédio, perto do Museu do Fado, custou 347 mil euros num leilão, mereceu obras no valor de 650 mil euros e foi avaliado em 5,7 milhões de euros, tendo estado à venda.

“É falso que tenha havido qualquer despejo”

O vereador nega que tenha, havido despejos de inquilinos. Avançou que as obras foram realizadas na sequência de uma notificação da Câmara Municipal de Lisboa, porque o edifício estava em mau estado e representava um perigo. No momento da aquisição, segundo o atual vereador, existiriam cinco contratos de arrendamento.

O vereador explicou como os inquilinos foram saindo por mútuo acordo e pagamento de indemnizações em alguns casos. Um dos inquilinos permaneceu até hoje: “realizei com este casal um novo contrato de arrendamento, agora regular [o anterior não era legal], por oito anos”, no valor de 170 euros mensais. “No período em que saíram [por causa das obras], realizei uma remodelação total [da fração] no valor de 15 mil euros”, disse o vereador.

Ricardo Robles explica ainda que um dos inquilinos, um restaurante, não chegou a acordo e que foi celebrado um novo contrato, com renda “atualizada”, que subiu de 270 euros para 400 euros mensais. Posteriormente, foi “acordada a saída em outubro de 2016”.

“É falso que tenha havido qualquer despejo e que procedi de forma exemplar com todos os arrendatários do imóvel. Atuei sempre em coerência com aquilo que defendo para a cidade”, garantiu o vereador. E afirmou que não se vai demitir, como exigiu o PSD: “Por tudo o que agora disse, essa exigência do PSD não tem qualquer base”.

(Notícia atualizada às 19h17 com mais informações)

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Mais receitas de portagem aumentam lucros da Brisa

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

"Apesar das fracas condições climatéricas”, o tráfego cresceu 4,1%,. As receitas provenientes das portagens avançaram 6,2%, “beneficiando de um forte desempenho no setor”, diz a Brisa.

O lucro da Brisa Concessão Rodoviária fixou-se em 62 milhões de euros no primeiro semestre, mais 27,3% do que no período homólogo, impulsionado pelo aumento das receitas de portagem.

O resultado líquido aumentou 27,3%, atingindo 62 milhões de euros, suportado pelo aumento das receitas de portagens e das áreas de serviço, associado ao controlo dos custos operacionais e financeiros”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos primeiros seis meses do ano, o tráfego cresceu 4,1%, “apesar das fracas condições climatéricas”, e as receitas provenientes das portagens avançaram 6,2%, “beneficiando de um forte desempenho no setor”.

No período em causa, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) totalizou 210 milhões de euros, uma subida de 8,8%, face ao valor registado no mesmo período do ano anterior.

o investimento (Capex) cedeu 13,7% para 16,7 milhões de euros, resultando maioritariamente de reparações efetuadas nas autoestradas A1, A2, A5 e A12.

Em junho, a divida líquida da Brisa situou-se nos 1.979 milhões de euros, que compara com 2.107 milhões de euros registados no mesmo mês do ano anterior.

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Ricardo Robles declara ao TC que paga 1.100 euros de prestação mensal à Caixa pelo crédito do prédio de Alfama

Declaração ao TC aponta para despesa mensal em créditos à habitação no valor de 1.260 euros, dos quais 1.100 euros do prédio de Alfama. Rendimento declarado em IRS é de cerca de 1.761 euros por mês.

O vereador da Câmara Municipal de Lisboa Ricardo Robles tem uma despesa mensal em créditos à habitação no valor de cerca de 1.260 euros e apresentou um rendimento mensal de cerca de 1.761 euros. Os valores resultam das duas declarações de rendimentos entregues pelo bloquista no Tribunal Constitucional (TC) e parecem apontar para uma taxa de esforço com os créditos bancários de 72%, embora não seja claro se Robles suporta sozinho o crédito contraído junto da Caixa para a compra do prédio de Alfama juntamente com a irmã.

Segundo as declarações de rendimentos entregues pelo vereador bloquista no TC, consultadas pelo ECO depois da polémica sobre o prédio comprado em 2014, os rendimentos totais ascenderam em 2016 a 21.132,05 euros. Este valor resulta da soma dos rendimentos de trabalho dependente, independente e rendimentos prediais. Robles entregou a primeira declaração aquando da tomada de posse, que aconteceu a 26 de outubro de 2017, tendo a segunda sido entregue a 2 de maio deste ano. Nas duas, os rendimentos apresentados são os de 2016. Este valor de rendimentos é bruto e, portanto, o montante de rendimento líquido mensal será inferior aos 1.761 euros.

Por outro lado, Ricardo Robles apresenta no capítulo dos passivos dívidas junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do Santander. O banco público financiou as obras no prédio de Alfama de que o vereador é proprietário a meias com a irmã. Na declaração de rendimentos, Ricardo Robles informa o TC que a este crédito, no valor de 447 mil euros, está associada uma prestação mensal de 1.102,82 euros, não havendo informação sobre se o crédito é suportado também pela irmã. A esta despesa junta-se outra de um crédito à habitação do Santander Totta cuja prestação tem o valor de 158 euros e cuja casa se situa na freguesia de Santo António.

A casa de Alfama tem um valor patrimonial de 314.630 euros e a de Santo António está avaliada pelo Fisco em 65.700 euros.

O vereador do Bloco de Esquerda viu-se esta sexta-feira envolvido numa polémica relacionada com a venda que se prepara para fazer de um imóvel que comprou com a irmã em 2014. Em causa está uma potencial mais-valia de 4,7 milhões de euros, como avançou o Jornal Económico. Robles é uma das vozes críticas da especulação imobiliária em Lisboa.    

O PSD Lisboa pediu já a demissão do vereador que, segundo a SIC Notícias, vai voltar a prestar esclarecimentos às 18h30.

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Enfermeiros marcam greve de 13 a 17 de agosto

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

Os sindicatos protestam não terem chegado a acordo relativamente à categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira.

O Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE) marcaram uma greve geral da classe para o período entre 13 e 17 de agosto, anunciaram esta sexta-feira as estruturas em comunicado.

A greve, avisam no comunicado, abrange todos os enfermeiros, independentemente do vínculo laboral, e tem a forma de “paralisação total e com abandono do local de trabalho”.

Os sindicatos protestam nomeadamente pela não conclusão de um acordo coletivo de trabalho que contemple, entre outras matérias, a categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira, reivindicando que “o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões”.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão respeitados.

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Sonaecom multiplica por quatro os lucros. Ganha 62,9 milhões de euros

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

O volume de negócios consolidado atingiu 82,7 milhões de euros, uma subida homóloga de 8,2%.

O lucro do grupo Sonaecom fixou-se em 62,9 milhões de euros no primeiro semestre, uma subida em comparação com os 13,9 milhões de euros registados no período homólogo, foi esta sexta-feira comunicado ao mercado.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no período de referência, o volume de negócios consolidado atingiu 82,7 milhões de euros, uma subida de 8,2% face a igual semestre do ano anterior.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) totalizou 19,8 milhões de euros, mais 14,5%, em comparação com o período homólogo. Por sua vez, os custos operacionais ascenderam a 82,3 milhões de euros, 7,8% acima do registado no primeiro semestre de 2017, enquanto os custos comerciais aumentaram 13,5% para 35 milhões de euros.

Já o investimento (capex) operacional cedeu 11,5% para quatro milhões de euros, “representando 4,8% do volume de negócios, 1,1 pontos percentuais abaixo do valor do primeiro semestre de 2017”.

A dívida líquida do grupo, com participação na operadora NOS e dono do jornal Público, recuou 32,2% para 243 milhões de euros.

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Tsipras assume responsabilidade política pela tragédia dos incêndios na Grécia

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

Os incêndios de segunda-feira na Grécia fizeram pelo menos 86 mortos, e há sinais de que foram premeditados.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assumiu esta sexta-feira “a responsabilidade política pela tragédia” dos incêndios de segunda-feira no país, que fizeram pelo menos 86 mortos.

O chefe do Governo grego, que falava num discurso ao seu conselho de ministros transmitido em direto pelos ‘media’, disse ter convocado os ministros para “assumir integralmente perante o povo grego a responsabilidade política desta tragédia”.

Os incêndios de segunda-feira na Grécia fizeram pelo menos 86 mortos, segundo o mais recente balanço, divulgado esta sexta-feira pelo chefe do serviço forense de Atenas, Nikos Karakukis. Segundo as autoridades, continuam hospitalizadas 53 pessoas, entre as quais quatro crianças, e 11 dos feridos estão em estado crítico.

Das pessoas relatadas como desaparecidas, 40 já foram encontradas vivas, de acordo com o ministro da Proteção ao Cidadão, Nikos Toskas. Até agora, não existe uma lista oficial de pessoas desaparecidas, porque entre as pessoas procuradas estavam as mortas e as autoridades não querem especular até que todos os corpos sejam identificados.

De acordo com o Ministério das Infraestruturas, 51% dos 3.546 edifícios já inspecionados estão inabitáveis.

O Governo grego divulgou na quinta-feira uma série de imagens de satélite que apontam que os incêndios foram premeditados. O ministro da Proteção ao Cidadão disse ainda que não são apenas “sinais”, mas há “evidências” e testemunhos que sustentam esta hipótese. Foram registados em menos de meia hora treze focos diferentes, todos alinhados paralelamente à estrada, como mostram as fotos e os vídeos dos satélites.

O Governo de Alexis Tsipras pediu ajuda internacional na noite de segunda-feira, tendo já alguns países respondido com meios de apoio. Portugal disponibilizou 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia.

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Lisboa fecha semana no verde. SAG dispara 24%

Os ganhos das retalhistas e das energéticas puxaram pelo PSI-20. Mas a estrela da sessão esteve fora do índice: a SAG. As ações dispararam com uma eventual venda da SIVA.

Os investidores gostam de boas notícias. Que o digam os acionistas da SAG. As ações da dona da SIVA foram a estrela de uma sessão bolsista positiva em Lisboa. Estas dispararam 24%, depois de terem chegado a valorizar 30%, animadas pela notícia de que a SAG está em negociações avançadas para vender a SIVA à Porsche Holding Salzburg.

Em comunicado ao mercado, a SAG disse que ainda não foi tomada qualquer decisão, reconhecendo estar em conversas exploratórias. De acordo com o Jornal Económico que avançou esta notícia, a venda desta distribuidora portuguesa tem como objetivo resolver alguns dos problemas financeiros atualmente sentidos pela holding de João Pereira Coutinho. Além disso, a concretizar-se, fará com que a maior distribuidora europeia de automóveis passe a colocar diretamente no mercado português as marcas que são hoje importadas pela SIVA: Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley.

Os investidores receberam com agrado esta notícia, tendo as ações da SAG fechado a valorizar 23,51%, para os 15,50 cêntimos, destacando-se como a estrela dos ganhos da praça bolsista nacional na última sessão da semana.

Mas para o PSI-20, a sessão também foi positiva. O índice de referência da bolsa nacional terminou em alta, a valorizar 0,4%, para os 5.615,27 pontos, com a maioria dos títulos em terreno positivo.

Foram sobretudo os ganhos das retalhistas Jerónimo Martins e Sonae e das energéticas EDP e Galp que mais fôlego deram ao PSI-20.

As ações da Sonae lideraram os ganhos do índice, com uma subida de 1,78%, para os 97,15 cêntimos, enquanto a Jerónimo Martins ganhou 1,49%, para os 12,57 euros, a recupera parte do tombo de 6% da sessão anterior.

Já os títulos da EDP aceleraram 0,93%, para os 3,49 euros, apesar de na quinta-feira ter reportado uma quebra dos seus lucros. Por sua vez, a Galp Energia somou 0,43%, para os 17,505 euros.

Em terreno negativo, o BCP deslizou 0,19%, para os 26,8 cêntimos, apesar de nesta quinta-feira ter reportado um aumento de 67,5% nos seus lucros do primeiro semestre. Mas a Altri foi o título do PSI-20 mais penalizado da sessão: as suas ações recuaram 1%, para os 8,87 euros.

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CGD lucra 194 milhões no semestre. Comissões disparam 10%

Depois de ter ganho 68 milhões no primeiro trimestre, os resultados líquidos cresceram ainda mais nos últimos três meses. Ganhou 194 milhões no semestre.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) conseguiu lucros de 194 milhões de euros na primeira metade do ano. Depois de ter ganho 68 milhões no primeiro trimestre, os resultados líquidos cresceram ainda mais nos últimos três meses. O banco liderado por Paulo Macedo conseguiu assim afastar-se dos prejuízos de 50 milhões nos primeiros seis meses de 2017.

“A atividade consolidada da CGD, continuou a ser positivamente impactada pela implementação do Plano Estratégico em curso, gerando no primeiro semestre de 2018, um resultado liquido positivo de 194,1 milhões de euros“, refere o banco estatal na apresentação de contas dos primeiros seis meses enviada à CMVM. “O resultado líquido do semestre foi (…) uma forte evolução face aos -49,9 milhões de euros alcançados em junho de 2017”, nota.

Este resultado é explicado, em parte, pela forte quebra nas provisões e imparidades, que encolheram de 390 para apenas 45 milhões de euros, isto num período em que “o resultado de exploração core alcançou 367,3 milhões de euros, um crescimento de 29,9% face ao primeiro semestre de 2017″, nota o banco estatal.

Nos resultados de exploração está a margem financeira, que caiu 2%, mas também os custos de estrutura, que encolheram em 14%. Além disso, e a dar suporte aos resultado de exploração estão também os “serviços e comissões com uma evolução positiva de 9,6% no semestre face ao semestre homólogo de 2017“, diz a CGD, notando que o “nível de rendibilidade, em linha com o previsto no Plano Estratégico CGD para o ano de 2018” é de 5%.

Balanço do banco encolhe

“O produto bancário gerado pela CGD no semestre (889,3 milhões de euros, -153,1 milhões de euros face a junho de 2017) foi fortemente impactado pela redução significativa dos resultados de operações financeiras, dada a elevada expressão dos mesmos registada em 2017”, explica o banco liderado por Paulo Macedo que viu o balanço encolher.

“O total do Balanço Consolidado da CGD reduziu-se no semestre em 1.740 milhões de euros, alcançando 91.508 milhões de euros”, refere a CGD, sendo de salientar para esta redução “o reembolso de dois mil milhões de euros de financiamento ao Banco Central Europeu (BCE), bem como a redução sentida no crédito a clientes, fortemente influenciada pelos processos de vendas e write-offs de malparado“.

Ao mesmo tempo, os recursos totais de clientes “continuam a beneficiar da preferência dos clientes pela CGD”, diz o banco. O montante total na atividade doméstica alcançou os 71.067 milhões de euros, “apesar do baixo nível de taxas de juro em vigor”.

Emissão suporta rácios

Com resultados positivos, a CGD viu os seus rácios de capital melhorarem. Contudo, determinante para a melhoria foi a “emissão em junho de
2018 de 500 milhões de euros de valores mobiliários representativos de fundos próprios de nível 2 (Tier 2)” com que a CGD encerrou a última fase do seu Plano de Recapitalização num total global de 4.944 milhões de euros.

“Os rácios de capital da CGD beneficiaram no semestre da referida emissão Tier 2 que causou a subida do rácio total (phased-in) em 1, p.p., alcançando 16,5% em junho”, diz a CGD. “Os rácios CET 1 phased-in e fully implemented fixaram-se ambos em 14%, evidenciando a robusta posição de capital da CGD”, conclui.

(Notícia atualizada às 17h37 com mais informação)

 

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Paulo Macedo diz que a Euribor negativa vai custar 100 mil euros por mês à Caixa

Paulo Macedo prepara-se para apresentar os resultados do banco público na primeira metade do ano, depois de lucros de 68 milhões no primeiro trimestre. Acompanhe aqui em direto.

Paulo Macedo prepara-se para apresentar os resultados da Caixa Geral de Depósitos na primeira metade do ano, depois de ter registado lucros nos primeiros três meses do ano. Acompanhe aqui em direto.

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“Alguém do Bloco reconhece a mais-valia da lei Cristas”, ironiza Mota Soares

Ricardo Robles comprou um prémio por 347 mil euros, mas agora vale 5,7 milhões. Pedro Mota Soares "aplaude" o negócio. Em tom irónico, diz que Robles reconheceu a mais-valia da lei do arrendamento.

Ricardo Robles comprou um prédio na capital portuguesa por 347 mil euros. Foi adquirido em hasta pública à Segurança Social, no ano em que a troika saiu do país, estando agora avaliado em 5,7 milhões. Uma mais-valia potencial com muitos zeros (mesmo depois de considerados os gastos na reabilitação) que vem mostrar que “alguém do Bloco de Esquerda reconhece a mais-valia” da lei do arrendamento, reformada por Assunção Cristas, ironiza Pedro Mota Soares.

Mota Soares era, à data da compra do edifício em Alfama por Robles, o ministro da Segurança Social. Questionado sobre a sua eventual intervenção neste processo, o deputado do CDS remete para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, a quem cabe realizar este tipo de operações de alienação de bens imobiliários. À tutela coube apenas garantir que os imóveis à venda foram avaliados por avaliadores independentes, e certificados pela CMVM.

A avaliação feita pelos avaliadores ficou aquém dos 300 mil euros (286.700 euros), tendo sido arrematado por 347 mil. Agora, quatro anos depois, mas também feita toda a intervenção nesse mesmo edifício em Alfama (incluindo o aumento em um piso), Robles prepara-se para obter uma mais-valia de vários milhões de euros. Este imóvel, que à data da compra contava com cinco inquilinos, tem agora apenas um com um contrato de oito anos. E uma renda de 170 euros.

“Alguém do Bloco de Esquerda reconhece a mais-valia da lei do arrendamento”, comentou, em tom irónico, o deputado do CDS. Mota Soares aponta que Robles, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, que tem colocado a questão do alojamento na agenda, vem, com este negócio, dar o seu aval à reforma feita por Assunção Cristas.

A antiga ministra da Agricultura e do Mar liderou a reforma da Lei do Arrendamento Urbano, tendo dado também a cara pela liberalização das rendas antigas, medida que gerou, à data, uma onda de críticas por parte dos partidos que estavam na oposição, com o PCP e o BE a pedirem a revogação dessa liberalização por temerem os efeitos sobre esses inquilinos.

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Novo centro tech vai contratar 150 pessoas. Conheça o novo escritório da Farfetch

A empresa liderada por José Neves está a recrutar para o novo escritório de Braga. Este é o quarto espaço da Farfetch em Portugal e o terceiro centro tecnológico.

Entra-se no novo escritório da Farfetch, em Braga, e parece que estamos num parque de diversões. O terraço para onde os convidados são encaminhados, antes da cerimónia de inauguração, é uma verdadeira atração para miúdos e graúdos.

No espaço de cerca de 2.800 metros quadrados, dos quais perto de mil no exterior, há de tudo. As atrações vão de uma pista de karts e um mini trampolim e a uma mesa de ping-pong. Tudo em prol dos momento de descontração e de convívio dos 150 quadros que serão contratados até ao final do ano.

O novo centro tecnológico do unicórnio, fundado pelo português José Neves, é o 3.º da especialidade em Portugal (o quarto, no total) e o 13.º escritório que a empresa abre. Para já, trabalham nestas instalações perto de 25 profissionais e há um processo de recrutamento em aberto.

Para Cipriano Sousa, chief technology officer (CTO) da Farfetch, “este escritório junta-se aos de Porto e Lisboa, em termos tecnológicos”. A estes junta-se ainda o novo espaço inaugurado há cerca de dois meses em Guimarães, onde está a produção.

Sobre a escolha de Braga, Cipriano Sousa refere que “a região está a tornar-se uma marca no empreendedorismo e nas tecnologias de informação e é uma incubadora natural de talento, onde será possível captar os mais diferentes perfis, desde os mais jovens aos mais experientes”.

Um sinal claro, prossegue Cipriano Sousa, de que a empresa “continua a apostar em Portugal”. “Temos muitas equipas que têm a oportunidade de, a partir daqui, ter a experiência de trabalhar em rede, internacionalmente, com colegas sediados noutros escritórios, numa lógica global que está no nosso ADN, na nossa missão e valores”.

Cipriano Sousa, que está na Farfetch desde o início da empresa — há precisamente dez anos –, diz que, neste período, a empresa tornou-se líder global no segmento de moda de luxo. E justifica com números: 190 países, mais de dois milhões de clientes, parceiros em 50 países e três mil funcionários em todo o mundo. “A Farfetch é um sucesso, atualmente”, remata o responsável pela tecnologia da empresa.

A farfetch, que está a recrutar em média dois funcionários por dia, em Lisboa e Porto, requer muito tecnologia o que, no entender deste responsável, “obriga a estar constantemente a procurar talento”.

Também presentes na cerimónia de inauguração do escritório estavam Ricardo Rio, presidente da câmara de Braga, e Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga. “É muito importante a presença de uma marca como a Farfetch em Braga, uma espécie de unicórnio dos negócios”, disse Carlos Oliveira na inauguração, salvaguardando que, também “a Farfecth pode ganhar muito com Braga, com a sua dinâmica, o seu ecossistema de talento”.

Apesar de o novo espaço estar ainda “meio despido” de funcionários, foi pensado para tudo. Há uma sala de amamentação, uma sala de diversões a evocar o Star Wars, várias salas de reuniões coloridas, e vários espaços para reuniões informais ao longo dos três pisos que compõem o escritório.

De resto, os responsavéis da Farfetch explicam que todos os escritórios são pensados ao pormenor para que os “funcionários se sintam especiais”. Daí que as atrações, por exemplo, sejam diferentes de espaço para espaço.

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Conheça os 30 portugueses apontados como Indirect Tax Leaders em 2018

Ao todo são 30 os fiscalistas portugueses distinguidos no guia "Indirect Tax Leadres 2018". Entre eles estão 17 advogados.

Ao todo são 30 os fiscalistas portugueses distinguidos no guia “Indirect Tax Leaders 2018”, pelo International Tax Review, uma publicação especializada na área fiscal que analisa o mercado da fiscalidade internacional.

O ranking  “Indirect Tax Leaders” é baseado na opinião de profissionais da área fiscal nos países que engloba. Além de Marta Machado de Almeida da RFF e de Sérgio Brigas Afonso e Raquel Montes Fernandes da CMS Rui Pena e Arnaut,  conheça os restantes 13 advogados nomeados por este diretório:

  • Da VdA: Frederico Antas, Ana Raquel Costa, Conceição Gamito, Joana Lobato Heitor, Francisco Cabral Matos e Inês Moreira dos Santos.
  • Da Garrigues: Fernando Castro e Silva e Isabel Vieira dos Reis.
  • Da PLMJ: Joana Maldonado Reis e Miguel Reis.
  • Da Cuatrecasas: Diogo Ortigão Ramos e Mário Silva Costa.
  • E Catarina Belim, da Belim.

Da parte das consultoras, há 14 fiscalistas selecionados:

  • Da PwC: Susana Monteiro Caetano, Susana Claro e Hugo Salgueirinho Maia.
  • Da Deloitte: Afonso Arnaldo, António Beja Neves e Eduardo Ferreira Gomes.
  • Da KPMG: Luísa Bento e Alexandra Martins.
  • Da EY: Rui Henriques, Catarina Matos e Paulo Mendonça.
  • Filipe Nogueira dos Sistemas de IVA.
  • E Tiago Almeida Veloso da Baker Tilly.

As nomeações para a lista dos “Indirect Tax Leaders” são feitas anualmente, desde 2011, pelos clientes, sendo analisado o nível de desempenho dos profissionais ao longo do ano.

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