Desemprego em Espanha desce para 15,28%. População empregada tem aumento histórico

  • ECO
  • 26 Julho 2018

O número de pessoas ocupadas registou um "aumento histórico" para 19,3 milhões, o número mais elevado desde finais de 2008.

A taxa de desemprego espanhola no final do segundo trimestre foi de 15,28%, o que representa uma diminuição de 1,46 pontos percentuais durante o período, havendo agora menos 306.000 pessoas sem trabalho num total de 3.490.100.

Segundo o Inquérito à População Ativa publicado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, o número de pessoas com trabalho subiu 469.900 no segundo trimestre do ano, o que significa um aumento “histórico” que leva o número de pessoas ocupadas para 19,3 milhões, o número mais elevado desde finais de 2008.

Taxa de variação anual do desemprego

 

Como o número de pessoas ocupadas aumentou mais do que diminuíram os desempregados, a população ativa (pessoas que trabalham ou procuram emprego) cresceu em 163.900, para 22.834.200, com a taxa de atividade a alcançar os 58,8%.

Relativamente ao desemprego jovem, há 7.400 jovens com menos de 25 anos de idade desempregados, 1,4% a mais do que no trimestre anterior. Este número também foi impulsionado pelo aumento de número de ativos com menos de 25 anos.

O segundo trimestre do ano costuma ser bom para o mercado de trabalho espanhol, o que se deve à semana Santa e também à alta temporada do turismo, que impulsionam o emprego. Neste trimestre o emprego aumentou nos serviços, em construção e na indústria. Apenas baixou na agricultura.

A criação de emprego no segundo trimestre concentrou-se no setor privado, que gerou 457.800 empregos, enquanto o setor público criou 12.100 empregos.

Taxa de variação anula do emprego

Em Portugal, de acordo com os últimos dados do INE, a taxa de desemprego caiu para 7,2% em abril, o valor mais baixo desde finais de 2002.

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Trump recua nas tarifas automóveis. Ações dos fabricantes europeus brilham em bolsa

Afinal, os EUA não vão aplicar novas tarifas aduaneiras à importações automóveis com origem na União Europeia. Assim, os títulos das fabricantes do Velho Continente estão a subir significativamente.

A reunião de Donald Trump com Jean-Claude Juncker foi um sucesso… Especialmente no que diz respeito à indústria automóvel. Afinal, os Estados Unidos não vão aplicar novas tarifas aduaneiras sobre as viaturas vindas do Velho Continente, o que está a animar os mercados. Nesse sentido, o índice de referência do setor automóvel europeu está a subir quase 2%, esta manhã: o Sxap está valorizar 1,65% para 565,19 pontos.

Depois de os Estados Unidos terem recuado nas ameaças e deixado cair a possibilidade de aplicarem novas tarifas sobre as importações automóveis, os títulos das principais fabricantes automóveis estão em alta. As ações da Fiat são as que mais ganham: sobem 4,19% para 14,567 euros.

No mercado dos carros de luxo, também a Porsche segue esta tendência positiva, com os seus títulos a avançarem 3,47% para 57,86 euros. Do mesmo modo, as ações da Volkswagen estão a registar uma valorização de 3% para 150,3 euros.

Com ganhos mais modestos (embora ainda significativos), os títulos da BMW estão a subir 1,97% para 81,83 euros e os da Daimler 0,52% para 58,4 euros. Isto apesar desta última empresa ter adiantado, na quarta-feira, que viu os seus lucros encolher homologamente 27% para 1,8 mil milhões de euros, no segundo trimestre do ano. As tensões comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos tinham sido apontados pela dona da Mercedes como uma das principais razões para esse emagrecimento.

No final de maio, a Casa Branca encarregou o seu Departamento do Comércio de examinar a possibilidade de impor taxas suplementares (até 25%) sobre este setor, fazendo tremer os mercados europeus. Este dossiê tinha-se tornado particularmente sensível para a Alemanha, onde pelo menos 800 mil empregos estão ligados a este setor. A concretizarem-se, estas taxas fariam com que os preços dos automóveis europeus vendidos nos EUA crescessem, pelo menos, dez mil euros, calcula a Bloomberg, daí que o seu afastamento esteja a animar os investidores.

Ainda que a possibilidade de aplicação de tarifas sobre o setor automóvel se tenha desvanecido, as taxas adicionais impostas pelos norte-americanos sobre o aço e o alumínio europeus continuam, pelo menos por agora, a castigar as fabricantes. Resta esperar os resultados das negociações.

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Atrasos e avarias nos comboios fazem disparar reclamações

  • ECO e Lusa
  • 26 Julho 2018

Falta de investimentos na CP e na EMEF estão a complicar a vida aos utentes da ferrovia. Por via disso, as reclamações dispararam 64%, em 2017. Pedro Marques admite constrangimentos em algumas linhas.

Está complicada a vida para a CP- Comboios de Portugal. Avarias, falta de pessoal para reparar o material circulante e perturbações nos horários e no serviço prestado fazem parte do dia-a-dia da empresa e têm repercussões junto dos clientes. Perturbações que são, aliás, reconhecidas pela tutela.

Segundo escreve o Jornal de Notícias (acesso condicionado) esta quinta-feira, o número de reclamações não param de crescer. Dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes demonstram que o livro de reclamações da CP foi preenchido 3.856 vezes, durante o ano de 2017, o que representa um aumento de 64% face ao ano anterior. Mas este valor é ainda maior, caso a análise, seja feita comparando dados até 24 de julho de cada ano, com as reclamações a dispararem 111% em 2017 face a 2016. Já este ano as reclamações subiram 73%.

De resto, a própria CP admite que, em 2017, recebeu “um total de 24.365 reclamações”. Tudo somado leva aquele diário a avançar que a empresa está à beira da rutura.

Estas complicações na CP, acontecem ao mesmo tempo que o Ministério das Infraestruturas fez uma proposta de reprogramação do Portugal 2020 destinada a obter financiamento comunitário para a linha de Cascais. Segundo avança o Jornal de Negócios (acesso pago), a proposta para um financiamento de 50 milhões foi entregue a semana passada a Bruxelas, não devendo a resposta chegar antes do outono.

Pedro Marques admite perturbações em algumas linhas da CP

A linha de Cascais vai de resto ser condicionada durante o mês de agosto, esperando-se uma redução do número de comboios a partir de dia 5. Uma redução que o Governo refere que é “ligeira” e “sazonal”, adiantando que os horários serão repostos a 9 de setembro.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, fonte do gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas adiantou que a partir de 5 de agosto “entra em vigor um horário de verão, com uma ligeira redução da oferta”, ou seja, um “horário sazonal, como é prática corrente no setor dos transportes”.

Numa consulta realizada pela Lusa aos horários da linha de Cascais disponíveis no site da CP – Comboios de Portugal, é possível constatar que a partir daquela data os comboios deixam de circular de 12 em 12 minutos em hora de ponta, passando para uma frequência de 15 em 15 minutos.

“Em 9 de setembro serão repostos os horários atualmente em vigor”, garantiu a mesma fonte.

Na mesma resposta, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas indica que a 5 de agosto entram igualmente em vigor “outros horários sazonais em diversas linhas da CP”, sem especificar quais.

Em relação a estas não é indicada uma data exata para a reposição dos horários atualmente em vigor, sendo garantida apenas a sua reposição nos meses de “setembro/outubro”.

Na terça-feira, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas reconheceu a existência de “perturbações” em algumas linhas da CP e avançou que, no caso da linha de Cascais, os horários a suprimir no verão serão repostos no início de setembro, não tendo, no entanto, indicado datas.

Tutela reconhece perturbações

“Há perturbações, com certeza que sim, não vale a pena dizer que não, temo-las na linha do Oeste, temo-las aqui na linha do Algarve, ou temos na linha do Norte, por razões diferentes”, reconheceu Pedro Marques, em Olhão, no âmbito de uma visita à região para assinalar a conclusão de um conjunto de obras de emergência realizadas na Estrada Nacional (EN) 125.

Questionado pelos jornalistas sobre a supressão de comboios, Pedro Marques esclareceu que, apesar de ainda não estar em vigor a prevista alteração de horários nos comboios na Linha de Cascais, as condições normais de circulação serão repostas no início de setembro.

Há perturbações, com certeza que sim, não vale a pena dizer que não, temo-las na linha do Oeste, temo-las aqui na linha do Algarve, ou temos na linha do Norte, por razões diferentes

Pedro Marques

Ministro das Infraestruturas

“Ainda não tendo feita essa alteração relativa ao período estival, posso garantir que no início de setembro já estarão novamente operacionais esses horários que nós queríamos que continuassem”, frisou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

O governante explicou que as perturbações nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel estão relacionadas com o desgaste do material circulante, estando previsto o aluguer de mais material circulante a diesel e, no futuro, a aquisição de material bimodo, que serve tanto para as linhas eletrificadas como para as linhas a diesel.

O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo acusou na terça-feira o Governo de “desbaratar dinheiro a pensar já nas próximas eleições” e de deixar degradar “serviços essenciais” como o do setor dos transportes.

As acusações do também cabeça de lista do CDS-PP às próximas eleições europeias foram feitas na terça-feira de manhã durante uma viagem de comboio entre Cascais e Lisboa, realizada para “alertar para os problemas da ferrovia em Portugal, nomeadamente o envelhecimento do material circulante e o aumento das supressões de composições.

Na quinta-feira passada, uma comitiva de deputados socialistas que pretendia viajar de comboio entre as Caldas da Rainha e Lisboa, para exigir soluções para a linha do Oeste, viu-se forçada a fazer o percurso de carro, uma vez que o comboio em que pretendiam viajar foi suprimido.

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Clubes portugueses já faturaram 180 milhões com a venda de jogadores. Quem são os campeões?

O FC Porto lidera destacado o ranking das transferências, seguido do Sporting. Mais de 60% dos clubes que vão jogar na I Liga ainda não gastaram um cêntimo a contratar jogadores.

Diogo Dalot, William Carvalho e João Carvalho renderam muitos milhões ao FC Porto, Sporting e Benfica.

É já no próximo sábado, dia 4, que arranca oficialmente a nova época desportiva 2018/2019, com o jogo entre o Desportivo das Aves e o FC Porto para a Supertaça Cândido de Oliveira. Os clubes já estão a preparar os plantéis e, como é habitual nesta altura do ano, todos os dias há notícias de compras e vendas.

Ainda esta quarta-feira, o Atlético de Madrid oficializou a contratação de Gelson Martins, que tinha rescindido com o Sporting. No caso do antigo jogador leonino, a transferência foi a custo zero e não ajudou a encher os cofres de Alvalade.

Neste campeonato das transferências, o FC Porto lidera, tendo até agora, e segundo os dados da Transfermarkt, conseguido um ganho de 38,2 milhões de euros. Este encaixe líquido resultou da venda de jogadores avaliados em 65 milhões de euros e dos gastos com novos atletas de 26,8 milhões. Até agora, o jogador que custou mais dinheiro aos cofres dos azuis e brancos foi o defesa central Mbemba que veio do Newcastle por 8 milhões. Em termos de vendas, Diogo Dalot (para o Manchester United) e Ricardo Pereira (para o Leicester) foram os dois que renderam mais euros: 22 milhões cada.

Fonte: Transfermarkt | Valores contabilizados a 26 de julho, às 10h30

O clube liderado por Pinto da Costa estava sob a alçada do chamado fair-play da UEFA, sendo que o organismo já veio dizer que o FC Porto cumpriu com as exigências do fair-play financeiro na época 2017/18, mas que vai manter um regime de monitorização até à época 2020/21.

Na lista dos clubes que mais ganharam com as transferências segue-se o Sporting que viu algumas das suas estrelas saírem, invocando justa causa depois dos incidentes na Academia de Alcochete de 15 de maio. Com alguns, como foi o caso de William Carvalho, o clube conseguiu negociar, tendo neste caso conseguido um encaixe de 20 milhões pelo internacional português.

O Benfica, até agora, entre vendas e compras, conseguiu um encaixe líquido de 14,22 milhões de euros, mas poderá estar à espera do acesso à Liga dos Campeões para decidir novos investimentos ou vendas no plantel. O mercado de transferências de verão só fecha a 20 de setembro.

A venda de Pelé ao Mónaco, de Raphinha ao Sporting e de Oghenekaro Etebo ao Stoke também permitiram a clubes como o Rio Ave, o Vitória de Guimarães e o Feirense encaixes relevantes (ver tabela).

Mas a maior parte (11) dos clubes que vai jogar o campeonato de futebol (18 no total) não gastou ainda um cêntimo com as transferências, preferindo as tradicionais e poupadas transferências a custo zero ou os empréstimos.

Dos 18 clubes, até agora só um (o Nacional) é que está a ter prejuízos entre o dever e o haver das transferências. Segundo os dados da Transfermarkt, o clube da Madeira comprou Aleksandar Palocevic ao Arouca por 1,2 milhões de euros e ainda não encaixou nada com as vendas.

No total, os clubes da I Liga já faturaram 180,44 milhões de euros com a venda de atletas e já gastaram 65,83 milhões em compras, ou seja, até agora registaram nos balanços um ganho líquido de 114,61 milhões de euros.

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Maioria dos bancos decidiu amortizar os juros negativos já na próxima prestação

  • ECO
  • 26 Julho 2018

Os últimos dias na banca têm sido marcados pela preparação para a aplicação da Euribor negativa. Até agora, a maioria dos bancos decidiu amortizar o capital em dívida na próxima revisão da prestação.

Faz precisamente esta quinta-feira uma semana que a legislação que obriga as instituições bancárias a aplicarem juros negativos no crédito à habitação entrou em vigor. Agora, falta saber como é que os bancos vão proceder, das duas uma: ou amortizam o capital em dívida na próxima revisão da prestação ou criam um crédito a favor do cliente a ser deduzido aos juros futuros (quando estes passarem a positivos).

Para já, a primeira opção vai ganhando maior expressão entre a banca. A maioria dos bancos, incluindo o Banco Comercial Português e o Banco Português de Investimento (BPI), decidiram deduzir os valores negativos ao capital em dívida a cada prestação. “Vamos amortizar mês a mês”, adiantou uma fonte oficial do BCP ao Jornal de Negócios, sem revelar o motivo da decisão.

Uma fonte oficial do BPI, também sem o justificar, garantiu ao Negócios que o banco “optou pelo desconto na prestação futura, ou seja, vai refletir a Euribor negativa no capital do cliente”. De acordo com uma fonte do Bankinter, neste banco foi tomada a “decisão de utilizar o montante de juros negativos na amortização do capital em dívida, o que se reflete logo no valor da prestação seguinte”, um processo que será implementado dentro do prazo definido pela nova lei.

Apesar de alguns bancos já terem tomado uma decisão, outros, como a Caixa Geral de Depósitos e o Montepio, ainda estão a analisar qual a melhor forma de proceder. O Santander Totta, o Novo Banco e o EuroBic ainda não se pronunciaram relativamente a este assunto. Do lado oposto está o Crédito Agrícola, que preferiu constituir uma “bolsa de juros”.

Os últimos dias têm sido marcados, nas instituições bancárias nacionais, pela preparação para a aplicação da Euribor negativa. Desde a passada quinta-feira, dia 19 de junho, que os bancos tiveram um prazo, que ainda não terminou, de dez dias para apurar o valor resultante da soma do indexante com o “spread”. Caso este valor seja negativo, devem, segundo o Banco de Portugal, “adotar as diligências necessárias para assegurar a dedução desse valor ao capital em dívida na prestação vincenda subsequente ou, se for essa a sua opção, para que seja constituído um crédito a favor do cliente”.

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Lucro semestral da Repsol em máximo de cinco anos

  • ECO e Lusa
  • 26 Julho 2018

Petrolífera viu lucros crescerem 46% para os 1.546 milhões de euros beneficiando da alta do preço do petróleo. Repsol aproveita momento para reorganizar cúpula da empresa.

A Repsol obteve um lucro líquido de 1.546 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, mais 46,4% do que em igual período do ano passado, naquele que é o melhor resultado registado nos primeiros seis meses do ano, durante os últimos dez exercícios.

De acordo com a comunicação enviada hoje à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV) de Madrid, o aumento ficou a dever-se aos “melhores preços do petróleo” e às medidas que a empresa tem vindo a implementar ao longo dos últimos dois anos. A estes fatores acresce ainda a mais-valia realizada com a venda de Gas Natural, aproveitadas para reduzir dívida e sanear ativos em países como a Venezuela.

O comunicado refere que o lucro líquido ajustado está situado nos 1.132 milhões de euros acrescentando e que a Repsol aumentou 5,7% a produção de hidrocarbonetos nos primeiros seis meses do ano.

O protagonista deste período foi o negócio de upstream (exploração e produção), cujo resultado foi de 645 milhões de euros, um crescimento de 91%. Este resultado é o maior registado pela petrolífera num semestre, desde 2012, altura em que o crude cotava a uma média de 113,6 dólares por barril, que compara com os 70,6 dólares por barril (média dos primeiros seis meses de 2018).

Já o downsteam (comercialização) atingiu os 762 milhões de euros, uma descida de 17% face a igual período do ano anterior.

O EBITDA cresceu 23% para os 3.811 milhões de euros.

Paralelamente à apresentação das contas semestrais, a Repsol, segundo escreve o Expansión, esta quinta-feira, está também a reorganizar a cúpula da empresa. Sai Miguel Martínez San Martin, um dos históricos administradores da Repsol e o responsável máximo pelo pelouro financeiro da petrolífera. San Martin vai ser substituído por António Lorenzo Sierra, que até aqui ocupava o cargo de diretor corporativo de estratégia, controlo e recursos. Mas as mexidas não se ficam por aqui. Luis Cabra Dueñas, até agora diretor geral de exploração e produção passa a ocupar o novo posto de direto da área de desenvolvimento tecnológico, digitalização, recursos e sustentabilidade. Para o seu lugar, vai Tomás Garcia Blanco, até agora diretor executivo para a Europa, África e Brasil.

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Acordo secreto dá 705 milhões a concessionárias rodoviárias em regime PPP

  • ECO
  • 26 Julho 2018

O Governo de José Sócrates, a EP e as concessionárias assinaram um acordo "secreto" com a banca de modo a compensá-las para além do preço estabelecido. Em causa, estão 705 milhões.

O Governo de José Sócrates, a Estradas de Portugal (EP) e as donas das concessões rodoviárias construídas em regime de Parceria Público Privada (PPP) celebraram um “acordo secreto” com a banca para fintar o chumbo do Tribunal de Contas (TdC) e assegurar que as empresas recebiam o valor total acordado na fase final do concurso, isto é, mais 705 milhões de euros do que o indicado na proposta que acabou por ser aprovada. Esta conclusão faz parte de um relatório da Polícia Judiciária citado, esta quinta-feira, pelo Correio da Manhã (acesso pago).

“Foi detetada a existência de um acordo entre os bancos financiadores, as subconcessionárias e a Estradas de Portugal consagrando um conjunto de ‘compensações contingentes’, as quais são devidas às concessionárias sem reservas ou condições”, lê-se no documento.

O acordo em causa terá sido feito depois de o TdC ter chumbado o visto prévio aos contratos face ao desfasamento (de cerca de 705 milhões de euros) registado entre o preço das propostas apresentadas na primeira fase e a fase final. Deste modo, os contratos foram “reformados” de modo a receberem luz verde do TdC e, paralelamente, foi celebrado o referido “acordo secreto” para que os rendimentos das empresas atingissem o segundo valor proposto.

“Os encargos dos contratos ‘reformados’, somados aos encargos destes acordos ‘secretos’, equivalem ao valor previsto nos contratos cujos vistos foram recusados. São, na verdade, uma forma adicional e camuflada de remuneração das subconcessionárias“, conclui, por isso, a Polícia Judiciária.

Questionado pela Polícia Judiciária, um técnico da Estradas de Portugal explica a diferença com a criação de side letters, enquanto um outro técnico da Infraestruturas de Rodoviárias explica que se tratava de “contratos paralelos de Swap assumidos pela EP, os quais foram oral e sumariamente referidos, mas nunca disponibilizados”.

Esta discrepância já tinha sido referida num artigo de opinião do cronista do ECO Joaquim Miranda Sarmento. “O que sucedeu foi que os concursos foram aprovados contendo um anexo, que não foi entregue ao Tribunal de Contas, e que compensava financeiramente as concessionárias, para além do preço estabelecido. Nos sete projetos essa compensação adicional representava, em valor atual líquido de 2009, cerca de 700 milhões de euros”, escreveu.

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Cancelados 75% dos voos da Ryanair. Transportadora pede desculpa aos passageiros

  • Lusa
  • 26 Julho 2018

No primeiro dia de greve [quarta-feira] foram cancelados 65% dos voos.

Cerca de 75% dos voos da Ryanair com partida e chegada aos aeroportos do continente foram cancelados devido à greve dos tripulantes de cabine, segundo dados do Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil às 08h45 desta quinta-feira. Ainda assim, a transportadora irlandesa garante que não haverá interrupções na sua operação, além dos voos previamente cancelados.

Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem hoje o último de dois dias de uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional. No Twitter, a companhia área de baixo custo já pediu desculpa aos 50 mil passageiros afetados pela paralisação e garantiu estar a operar normalmente os voos agendados.

“Posso confirmar que sete dos voos planeados foram cancelados no Porto, em Faro foram todos cancelados, ou seja, sete em sete, e em Lisboa estão três cancelados dos cinco planeados”, disse à lusa o dirigente sindical Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). De acordo com Bruno Fialho, até às 08h45 estavam cancelados cerca de 75% dos voos.

No primeiro dia de greve [quarta-feira] foram cancelados 65% dos voos”, indicou.

Em declarações à Lusa, Bruno Fialho adiantou também que o sindicato recebeu informações sobre a atuação de inspetores da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) em dois aviões no aeroporto de Lisboa hoje de manhã.

“A ACT foi verificar se os tripulantes que estavam dentro de dois aviões da Ryanair hoje de manhã eram tripulantes das bases portuguesas ou se eram substitutos de grevistas. Neste momento não tenho mais informação”, disse.

A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) tem denunciado, desde o início da paralisação, que a Ryanair substitui ilegalmente grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases. A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.

Por essa razão, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) tem, “desde a semana passada, vindo a acompanhar esta situação e a desenvolver todos os passos necessários para identificar situações que possam, eventualmente, ferir a legalidade do nosso quadro constitucional do direito à greve”, acrescentou.

No domingo, a ACT anunciou ter desencadeado uma inspeção na Ryanair em Portugal para avaliar as irregularidades apontadas pelo SNPVAC.

A decisão de partir para a greve foi tomada a 5 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.

Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.

PS solidário com trabalhadores em greve

PS manifestou-se, esta quinta-feira, solidário com os motivos da greve dos trabalhadores da Ryanair e pediu a intervenção do Governo caso a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) conclua pela existência de “grosseiras” violações aos direitos laborais.

“O Governo deve aguardar pelas conclusões da ACT e, em função dessas conclusões, nomeadamente sobre a eventual violação grosseira dos direitos dos trabalhadores, deve agir em conformidade. A retirada ou não de benefícios [económico-financeiros] é uma decisão do Governo, que tudo deve fazer para que os direitos dos trabalhadores sejam cumpridos” em Portugal, declarou a deputada e antiga secretária de Estado socialista Idália Serrão.

Perante os jornalistas, Idália Serrão pronunciou-se de forma crítica sobre a atuação da companhia irlandesa de aviação em resposta à greve. “Para além de pedir desculpa através das redes sociais aos passageiros que não puderam fazer as suas viagens, a Ryanair deveria também pedir desculpa aos seus trabalhadores pela violação grosseira dos seus direitos“, sugeriu.

“O PS não aceita que estejam a ser colocados em causa os direitos dos trabalhadores da Ryanair baseados em Portugal, nomeadamente os direitos à greve, à não penalização em caso de doença e ao gozo de licenças de parentalidade”, especificou, apontando, depois, outras situações como “cortes nos salários ou penalizações na progressão nas carreiras caso não se alcancem objetivos em termos de vendas de produtos a bordo.

Idália Serrão disse ainda entender “a luta dos trabalhadores da Ryanair quando invocam que não têm um salário base definido” em situações em que são contratados por empresas de trabalho temporário, “apesar de exercerem funções permanentes”.

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Bankinter tem lucro de 261 milhões. Portugal ajuda com resultados antes de impostos a crescer 66%

  • ECO e Lusa
  • 26 Julho 2018

Operação do Bankinter em Portugal constitui 7% da sua margem bruta total. Depósitos dos clientes em Portugal cresceram 4%, para 4,2 mil milhões de euros. Resultados antes de impostos cresceram 66%.

O banco espanhol Bankinter teve um lucro de 261 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informação enviada esta quinta-feira ao mercado.

No relatório de atividade enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o Bankinter sublinha que de janeiro a junho teve um rácio de rentabilidade sobre o capital investido (ROE) de 13% enquanto a solvência do banco medida através do rácio de capital CET1 fully loaded foi de 11,55%, superior às exigências dos reguladores do mercado.

O banco também realça que teve um crescimento em todas as suas linhas de negócio durante esse período, com o total dos investimentos em créditos a clientes a alcançar os 54.666 milhões de euros, um aumento de 5%.

Por outro lado, os depósitos dos clientes também cresceram 7,1%, para 49.870,1 milhões de euros, enquanto a taxa de crédito malparado caiu para 3,25% (3,74% há um ano).

O banco espanhol revela que a operação que tem em Portugal constitui 7% da sua margem bruta total, o que significa um semestre “muito positivo”, com crescimento em todos os indicadores e em todas as suas áreas de negócio.

O investimento em crédito aos clientes no Bankinter Portugal alcançou os 5.200 milhões de euros em 30 de junho, o que significa mais 12% do que no ano passado, com uma intensidade particular no segmento de empresas.

“Os resultados antes de impostos do Bankinter Portugal cresceram 66% em comparação com o mesmo período de 2017, com um forte crescimento da carteira de crédito”, de acordo com nota da instituição.

Os depósitos dos clientes em Portugal cresceram 4%, para 4.200 milhões de euros, com destaque para o crescimento dos recursos geridos fora do balanço do banco.

O banco espanhol conclui que, a dinâmica de crescimento no país vizinho reflete o compromisso decisivo da entidade bancária para continuar a apoiar os projetos das famílias e empresas em Portugal e contribuir assim para o desenvolvimento económico nesse país.

Recorde-se que no primeiro trimestre o Bankinter aumentou os lucros para 143 milhões de euros, sendo que para esse resultado a operação em Portugal contribuiu com lucros antes de impostos de 19 milhões.

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Vendas de negócios impulsionam lucros da Nestlé

  • Lusa
  • 26 Julho 2018

A multinacional suíça Nestlé obteve um lucro líquido de 5.016 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A multinacional suíça Nestlé obteve um lucro líquido de 5.016 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da companhia.

O aumento foi principalmente resultado de receitas de vendas de negócios, impostos mais baixos e melhor atividade operacional, disse a empresa com sede em Vevey, na Suíça.

As vendas da Nestlé aumentaram 2,3% entre janeiro e junho, para 37.821 milhões de euros. Todos os ramos de negócios cresceram, liderados pelo café, pelos animais de companhia (pet care) e pela Nestlé Ciência e Saúde.

Os alimentos para crianças e bebés tiveram uma aceleração no crescimento, “com uma grande melhoria em toda a geografia no lançamento de novos produtos”, disse a empresa.

O crescimento das vendas subiu sobretudo na América do Norte e na China, de acordo com a Nestlé.

O lucro operacional da multinacional chegou aos 6.631 milhões de euros, 19% mais, enquanto o lucro antes dos impostos atingiu os 6.333 milhões de euros, o que representa também um aumento de 19%.

O fluxo de caixa livre aumentou 52% no primeiro semestre do ano, passando de 1.636 milhões para 2.497 milhões de euros.

A Nestlé confirmou ainda as perspetivas para o conjunto do ano fiscal, em que espera um crescimento das vendas na ordem dos 3%.

Os cortes de restruturação, sem incluir perdas de ativos fixos, litígios e contratos onerosos, rondaram os 603 milhões de euros, indicou a empresa.

O presidente da multinacional suíça, Mark Schneider, sublinhou que o resultado dos seis primeiros meses do ano confirma que as suas iniciativas estratégicas e a sua execução rigorosa “estão claramente a dar resultados”.

“A Nestlé manteve o crescimento orgânico encorajador que observámos no início do ano e, em particular, os mercados norte-americano e chinês mostraram uma melhora significativa”, destacou Schneider.

O responsável foi recentemente criticado pelo fundo de investimento Third Point, controlado pelo investidor ativista dos EUA Daniel Loeb, que considera a sua estratégia de negócios “confusa” para aumentar o valor do negócio para os acionistas.

Segundo a imprensa suíça, Loeb considera, entre outros argumentos, que a empresa, que iniciou uma estratégia de transformação com a chegada de Schneider, no início de 2017, não descola com a rapidez suficiente dos negócios e atividades que não crescem ou são menos lucrativas.

Isso apesar das medidas promovidas por Schneider, como a recompra de ações, a aquisição de direitos para a Starbucks de comercializar fora dos seus estabelecimentos os produtos de café e chá da maior cadeia de cafetarias do mundo ou a compra de empresas com rápido crescimento, como a Blue Bottle Coffee.

“A nossa evolução em termos de margens está alinhada com a nossa meta para 2020 e estamos a criar valor procurando crescimento e lucro de forma equilibrada. Acelerámos os nossos esforços de inovação de produtos para impulsionar ainda mais o crescimento e iniciámos uma redução significativa de custos, especialmente na área da Europa, Oriente Médio e Norte da África e no nosso centro corporativo”, salientou hoje Schneider.

A Nestlé indicou também que o processo para estudar opções estratégicas para o futuro do negócio de Seguros de Vida Gerber “está no caminho certo” e que uma decisão final é esperada ao longo deste ano.

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Hoje nas notícias: Juros negativos, Comporta e PPP

  • ECO
  • 26 Julho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No último ano, as queixas dos utentes da Comboios de Portugal dispararam. Dos carris para a banca, a maioria das instituições portuguesas escolheu aplicar juros negativos no crédito à habitação através da amortização em dívida na próxima revisão da prestação. De regresso às reclamações, no primeiro semestre, o regulador dos transportes recebeu mais de 800 queixas relativas às plataformas online de aluguer de transportes. Governo, a Estradas de Portugal e as donas das subconcessões rodoviárias construídas em regime de Parceria Público Privada celebraram um acordo “secreto” com a banca que deu milhões aos privados. E as obras na Herdade da Comporta estão no radar da PJ: já foram constituídos dez arguidos.

Bancos vão descontar já juros negativos na prestação

A legislação que obriga as instituições bancárias a aplicarem juros negativos no crédito à habitação entrou em vigor há uma semana, restando agora aos bancos decidirem como vão proceder: ou amortizam o capital em dívida na próxima revisão da prestação ou criam um crédito a favor do cliente a ser deduzido aos juros futuros (quando estes passarem a positivos). A maioria dos bancos (entre eles, o BPI e o BCP) já se decidiu pela primeira opção, havendo outros há que ainda estão a analisar o tema. O Crédito Agrícola é a exceção. Escolheu constituir uma “bolsa de juros”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Acordo secreto dá 705 milhões a privados

O Governo, a Estradas de Portugal e as donas das subconcessões rodoviárias construídas em regime de Parceria Público Privada celebraram um “acordo secreto” com a banca para “fintar o chumbo do Tribunal de Contas e manter os rendimentos das empresas”, indica um relatório da Polícia Judiciária. O aperto de mãos terá sido dado depois de o TdC ter chumbado o visto prévio aos contratos, por se ter deparado com um aumento do preço em 705 milhões de euros das propostas para a Estradas de Portugal, entre a primeira fase do concurso e a fase final, o que obrigou à reformulação dos contratos e à celebração do acordo referido. “Foi detetada a existência de um acordo entre os bancos financiadores, as subconcessionárias e a Estradas de Portugal consagrando um conjunto de ‘compensações contingentes’, as quais são devidas às concessionárias sem reservas ou condições”, acrescenta o mesmo documento. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Suspeitas de corrupção em obras na Comporta fazem dez arguidos

Nos últimos anos, mais de cem obras ilegais foram feitas nos terrenos da Herdade da Comporta, considerada a maior propriedade privada no país e atual propriedade de Manuel Espírito Santo. Desta centena de intervenções, 22 foram feitas com licenças de construção dadas pela própria Câmara de Alcácer do Sal, que estão agora a ser investigadas pela Polícia Judiciária e pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Setúbal. Até ao momento, já foram abertos quatro processos-crimes, que contam com dez arguidos. Entre eles, está o administrador da Herdade da Comporta, o ex-presidente da Câmara de Alcácer do Sal (Pedro Paredes), uma vereadora e quatro arquitetos que desempenharam funções naquela autarquia. Leia a notícia completa na Visão (acesso pago).

CP está à beira de rutura. Reclamações disparam

As queixas dos utentes da Comboios de Portugal (CP) dispararam, no último ano. Segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, as reclamações apresentadas no Portal da Queixa subiram 64% em 2017, o que se fica a dever à falta de investimento e de pessoal na empresa de transportes. Se compararmos os dados até 24 de julho de cada ano, o caso agrava-se: em relação a 2017, este ano, as reclamações já aumentaram 73%. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas reconheceu, na quarta-feira, a existência de “perturbações” em algumas linhas da CP e avançou que, no caso da Linha de Cascais, os horários a suprimir no verão serão repostos no início de setembro. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Aluguer de carros online gerou mais de 800 queixas no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses do ano, o regulador dos transportes recebeu 815 queixas a propósito do aluguer de automóveis em plataformas online. As reclamações mais comuns dizem respeito a débitos indevidos no cartão de crédito e a pagamentos superiores aos contratados. Embora muitas vezes sejam mais convenientes e ofereçam preços mais baixos, estes serviços deixam o utilizador desprotegido, já que não há legislação específica para esta matéria. Por exemplo, no caso de a plataforma ser estrangeira, é o regulador do seu respetivo país a analisar a sua ação, pelo que a recuperação dos valores cobrados indevidamente torna-se muito difícil ou mesmo impossível. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Jerónimo Martins já afunda quase 9% apesar do aumento dos lucros. Lisboa no vermelho

Apesar de ter visto os seus lucros crescer quase 4%, nos primeiros seis meses do ano, a Jerónimo Martins está a ter uma manhã difícil, na praça bolsista lisboeta. Os títulos estão a cair quase 6%.

Apesar de ter visto os seus lucros crescer quase 4%, nos primeiros seis meses do ano, a Jerónimo Martins está a ter uma manhã difícil, na praça bolsista lisboeta. Os títulos da dona do Pingo Doce estão a cair quase 9%, pressionando o índice de referência nacional. A pesar sobre a praça, está também a Sonae e todo o setor energético.

Esta manhã, Lisboa abriu em terreno negativo, o que se fica a dever sobretudo à queda das ações da Jerónimo Martins: estão agora desvalorizar 8,73% para 12,13 euros. Isto apesar da gigante do retalho ter anunciado, na quarta-feira, que os seus lucros cresceram 3,9% para 180 milhões de euros, no primeiro semestre do ano.

Ainda que o grupo tenha reportado uma evolução positiva das vendas em todos os mercados, os investidores não estão confiantes. Esse comportamento pode justificar-se pelo fraco crescimento da dona do Pingo Doce entre trimestres: no segundo, registou lucros de 95 milhões de euros, enquanto no primeiro tinha contabilizado lucros de 85 milhões de euros. O efeito Páscoa também pode ajudar a explicar o desempenho menos positivo do segundo trimestre, já que as celebrações se fizeram no final de março, ou seja, no primeiro trimestre.

Do lado das perdas na bolsa de Lisboa, destaque ainda para o setor energético. As ações da REN estão a recuar 0,16% para 2,472 euros, as da EDP estão a perder 0,06% para 3,443 e as da EDP Renováveis estão desvalorizar 0,51% para 8,755 euros. Esta manhã, a EDP Brasil divulgou os seus resultados até junho, tendo registado um crescimento de 60% dos lucros, que quase atingiram 100 milhões de euros. O sucesso do negócio brasileiro da energética lusa não foi, no entanto, suficiente para animar os investidores, que se mantêm expectantes em relação aos resultados da gigante liderada por António Mexia (que serão apresentados, esta tarde, depois do fecho dos mercados).

Em terreno negativo, estão também os títulos da Sonae, que estão a cair 1,33% para 0,966 euros.

Do outro lado da linha, as ações do BCP estão a subir timidamente: valorizam 0,64% para 0,2691 euros. Esta manhã, o Bank Millenium — banco do BCP na Polónia — anunciou que registou uma evolução positiva, até junho deste ano, tendo aumento os seus lucros em 11%. Depois do fecho da bolsa, o banco português apresenta as suas contas.

Já os títulos dos CTT continuam a brilhar — valorizando 0,26% para 3,056 euros — depois de ter sido anunciado a compra da 321 Crédito, uma instituição de crédito ao consumo.

Neste cenário, o índice de referência nacional, o PSI-20, abriu pintado de vermelho, destoando do resto do Velho Continente. Lisboa está a recuar 0,89% para 5.570,56 pontos, enquanto lá fora a tendência é de valorização. O Stoxx 600 está a subir 0,46% para 388,82 pontos, o alemão Dax está a avançar 1,22% e o francês CAC está em alta 0,38%. Do outro lado da Península Ibérica, o espanhol IBEX também está a valorizar 0,54%.

As praças europeias estão animadas depois de Donald Trump e Jean-Claude Juncker terem chegado a um acordo sobre a aplicação de taxas alfandegárias adicionais sobre as importações. Os EUA e a UE acordaram adiar ” outras tarifas”e tirar definitivamente de cima da mesa a imposição de novas das taxas sobre as importações automóveis, o que renovou a confiança dos investidores.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação).

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