Resultados decepcionam investidores. Wall Street cai

Principais índices bolsistas norte-americanos iniciaram a sessão no vermelho. Deslize acontece num dia marcado por resultados desanimadores por parte da GM e da Boeing.

As ações norte-americanas arrancaram a negociação em terreno negativo, penalizadas por resultados empresariais dececionantes por parte da Boeing e da General Motors. Essa quebra acontece num dia em que os investidores deverão estar atentos ao encontro entre Donald Trump e responsáveis da União Europeia.

O índice S&P 500 abriu a perder 0,09%, para os 2.817,73 pontos, enquanto o Dow Jones recuava 0,23%, para os 25.183,7 pontos. Por sua vez, o Nasdaq deslizava uns ligeiros 0,02%, para os 7.839,09 pontos.

O rumo de Wall Street está a ser condicionado pela quebra de dois títulos de relevo para a economia norte-americana. Em concreto a Boeing e a General Motors, que reportaram resultados que não agradaram aos investidores.

As ações da empresa do setor aeronáutico recuam mais de 2%, depois de terem estado a recuar perto de 4% no mercado de futuros antes da abertura do mercado. Descida que acontece depois de a Boeing ter mantido as estimativas de resultados para a totalidade do ano, valores que ficam contudo abaixo das expectativas de Wall Street.

Por sua vez, as ações da General Motors recuam mais de 6%, penalizadas pela revisão em baixa das previsões de lucros para este ano por parte da fabricante automóvel.

A pesar no sentimento dos investidores estão ainda os receios relativamente ao impacto da “guerra comercial” que opõe os EUA aos principais parceiros.

“A temporada de ganhos, que por qualquer estimativa é espetacular, está a ser compensada por comentários cautelosos face ao futuro e sobre o desconhecimento do que significará a política comercial e um dólar forte”, afirmou Art Hogan, estratega de investimentos da B. Riley FBR, citado pela Reuters.

Esta quarta-feira Donald Trump deverá encontrar-se com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, com o tema do comércio no centro da discussão.

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everis startup map: 87% das câmaras ajuda startups locais

  • ECO
  • 25 Julho 2018

Em média, 30% das câmaras municipais têm fundos de apoio a startups, ou outros mecanismos de facilitação de investimento que aceleram o crescimento destes negócios.

Startup Lisboa foi fundada em 2012 e foi a primeira incubadora municipal do país.

A maior parte das câmaras municipais (87%) apoia diretamente uma ou mais incubadoras no seu concelho, que acompanham o desenvolvimento de startups e ajudam-nas a crescer. As startups reconhecem esta ajuda, especialmente na disponibilização de espaços físicos, já que 26% não paga renda e quase metade paga menos de 250 euros por mês.

As conclusões são do everis startup map, um estudo que tem como objetivo ajudar a definir o “perfil do ecossistema empreendedor em Portugal”. A consultora multinacional everis fez inquéritos a câmaras municipais, incubadoras e startups em terreno nacional, numa tentativa de saber também quais as iniciativas que as câmaras municipais estão a criar para atrair e apoiar o desenvolvimento de startups.

De acordo com o estudo, o apoio dado por 87% das câmaras pode ser feito com uma participação no capital da incubadora, ou à propriedade. A disponibilização de espaço, o apoio na gestão e a dinamização de atividades empreendedoras são exemplos de algumas das ações.

A maneira mais comum que os municípios encontram para ajudar as empresas iniciantes é através da criação de espaços com rendas controladas, e a coorganização de eventos para startups. Nesta matéria, 67% das startups inquiridas estão incubadas fisicamente, em locais específicos para o efeito, e 15% estão incubadas virtualmente.

“Os dados recolhidos foram bastante interessantes porque permitem-nos identificar a aposta que as diferentes câmaras municipais e geografias estão a realizar de acordo com os próprios recursos locais, quer seja através da captação de investimento, capitalização de estratégias locais e/ou atração de pessoas ao concelho”, diz Susana Cunha Bandarrinha, Startup Catalyst na everis, citada em comunicado.

"Os municípios estão cada vez mais atentos ao tema do empreendedorismo apostando ativamente em estratégias e políticas de desenvolvimento local.”

Susana Cunha Bandarrinha

Startup Catalyst na everis

Em média, 30% das câmaras municipais têm fundos de apoio a startups, ou outros mecanismos de facilitação de investimento, que aceleram o crescimento destes negócios e alavancam o desenvolvimento local. Investir nestas empresas traz benefícios para as câmaras, de acordo com as entrevistas feitas pela everis.

Estes benefícios são, por exemplo, a fixação da população, “com retenção de talento e de recursos qualificados”, a redução do desemprego e o aumento do poder de compra. Os municípios também podem ver a requalificação de parques industriais, zonas históricas e zonas rurais, e, consequentemente, o aumento da atratividade do concelho, tanto para turistas como para moradores.

Participaram no inquérito 30 municípios portugueses.D.R.

Para além da disponibilização de espaços físicos, as startups reconhecem ainda o apoio dos municípios na realização de eventos relacionados com empreendedorismo, inovação e tecnologia. Talvez por isso também, 94% das startups inquiridas mantenha ainda apenas um escritório e, em território nacional.

Mesmo assim, há por onde melhorar: a maioria das startups entrevistadas aponta a necessidade de reforçar esse papel e implementar outras iniciativas e, as incubadoras referem especificamente os incentivos fiscais e apoio financeiro direto como áreas a melhorar.

Grão a grão enche a startup a carteira (de clientes)

Das startups inquiridas, em média demoraram 97 dias desde a criação à angariação do primeiro cliente. Os dados revelam ainda que o break-even (retorno do investimento) tarda 1,8 anos a chegar e, até conseguirem a primeira ronda de investimento, são precisos pelo menos cinco pitch a investidores.

A escolha do município pelas startups também não é feito ao acaso e, ainda que o local de nascimento dos fundadores seja o fator principal de escolha, há outras condicionantes a ter em conta, sobretudo no que toca à qualidade de vida: a rede de ensino, a proximidade de praias e trilhos de montanha, a oferta desportiva, equipamentos culturais, custo de vida e acesso a cuidados de saúde é o que 75% das startups indicaram que distingue o município em que se encontram sediados dos outros.

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Pausas Kit Kat podem vir a ser interrompidas. Nestlé não conseguiu registar o formato na União Europeia

  • ECO
  • 25 Julho 2018

Portugal foi um dos países europeus onde o formato do Kit Kat não foi reconhecido, juntamente com a Irlanda, Bélgica e Grécia.

Uma tablete de chocolate, tridimensional, com quatro barras retangulares. Sabe do que estamos a falar? Se a resposta foi sim, fique a saber que o Tribunal de Justiça europeu discorda. A Nestlé perdeu a proteção comercial do formato do Kit Kat, por não ser suficientemente reconhecido e distintivo nos países da União Europeia.

O Kit Kat tinha conseguido registar a sua patente no Reino Unido, até ao grupo Mondelez International, que detém marcas como a Cadbury e a Milka, contestar a decisão. Depois de perder o processo aí, no ano passado, a Nestlé decidiu levar a disputa para um tribunal maior. Mas a mudança não ajudou, e o Tribunal de Justiça europeu decidiu finalmente que o formato não era exclusivo.

A Nestlé tinha de provar que os consumidores reconhecem o produto de imediato pela sua característica e não por uma conjugação de várias, em todos os Estados da UE. Não conseguiu, e só em alguns países da União Europeia se demonstrou que o formato era distintivo e reconhecido. Portugal não foi um deles, juntamente com a Irlanda, Bélgica e Grécia.

A barra de chocolate da Kit Kat foi criada em 1935, e o grupo Nestlé já disputa o direito de exclusividade há mais de uma década. Esta decisão irá facilitar a imitação por parte de empresas concorrentes, e o grupo Mondelez já tem inclusive o Milka Leo, cujo aspeto é quase idêntico.

O Kit Kat é o chocolate da Nestlé mais vendido do mundo, e já é marca registada na Austrália, Canadá e África do Sul.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O BPI vai acabar com a cobrança de comissões da conta à ordem por patamares. Vão passar a pagar todos os mesmo, a partir de outubro. Há, por isso, clientes que vão ver esse encargo triplicar. Os CTT vão reforçar o capital do seu banco para financiar a comprada 321 Crédito. O anúncio deu confiança aos investidores, estando as ações da empresa a subir quase 3%, esta manhã.

Depois de em junho ter passado a cobrar pelas transferências online, chega a vez de o BPI aumentar as comissões da conta à ordem. A instituição financeira liderada por Pablo Forero deixou de fazer variar esse encargo em função do património dos clientes, passando a cobrar o mesmo a todos. Com essas alterações há quem fique a pagar o mesmo, mas muitos vão pagar mais. E há quem vá ver esse encargo triplicar face ao que acontecia até agora.

O anúncio de que os CTT vão reforçar o capital do seu banco para financiar a compra da 321 Crédito está a animar os investidores, na sessão desta quarta-feira. Os títulos da empresa estão, por isso, a valorizar 2,95% para 3,08 euros. Estão a ser negociadas 678.554 ações, que representam 2,07 milhões de euros.

Só nos primeiros três meses do ano, os portugueses fizeram 4,5 milhões de viagens, o que representa um aumento de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O desfasamento no calendário do período da Páscoa é o principal fator apontado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para esse disparo do número de “escapadinhas”.

O Governo e os sindicatos dos professores reúnem-se esta quarta-feira pelas 9 horas para falar sobre os custos das progressões das carreiras, resultante da contagem do tempo de serviço que esteve congelado. O objetivo do encontro é que cada uma das partes explique à outra como chegou ao cálculo do impacto orçamental da medida, mas o mesmo acontece numa altura em que do Executivo chegam sinais contraditórios sobre a disponibilidade para ir ao encontro das pretensões dos sindicatos.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse ao canal alemão ZDF que não está “excessivamente otimista” em relação às negociações com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para evitar uma guerra comercial.

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Investimento de 45 milhões transforma antigo DN em prédio de luxo. Preço dos apartamentos começa nos 430 mil euros

Adquirido há cerca de dois anos pela Avenue, o projeto vai arrancar em breve, onde serão construídos apartamentos de luxo, incluindo uma penthouse.

Um atrás do outro, os edifícios mais históricos e icónicos da cidade vão sendo convertidos em imóveis de luxo. É o caso do prédio onde esteve instalado o Diário de Notícias desde cerca de 1940 até ao final de 2016. Comprado nesse último ano pela promotora imobiliária Avenue, os cinco pisos vão agora dar lugar a 34 apartamentos de luxo e um espaço comercial no piso térreo. As obras arrancam no terceiro trimestre deste ano e os preços começam nos 560 mil euros.

Localizado na Avenida da Liberdade, o edifício 266 Liberdade vai sofrer obras de renovação, num projeto levado a cabo pela Avenue, que prevê um investimento total de 45 milhões de euros, tendo em conta que cerca de 20 milhões de euros foram pela sua aquisição. Como explicou Aniceto Viegas, diretor-geral, as fachadas serão preservadas, bem como o letreiro “Diário de Notícias”. “Tivemos de preservar diversos elementos, a arquitetura é um elemento muito forte neste projeto“, disse esta quarta-feira, explicando que o processo de licenciamento “não foi difícil, mas foi longo e moroso”.

No imóvel, os interiores vão ser renovados, preservando-se as escadas, os corrimões e os frescos de Almada Negreiros, sendo o espaço adaptado para habitação. O projeto contempla a criação de 34 apartamentos num conceito mais premium, cujas tipologias vão de T0 a T5, com áreas que variam entre os 45 e os 410 metros quadrados. Para além disso, o piso térreo vai ser um espaço comercial com 1.300 metros quadrados, somado a um parque de estacionamento privativo com 47 lugares.

No primeiro piso serão construídos oito apartamentos — quatro T0, dois T1 e dois T2 –, com áreas entre os 48 e os 159 m2. Um piso acima, haverá nove apartamentos — três T0, três T1, dois T2 e um T3 –, cujas áreas variam entre os 50 e os 182 m2. No terceiro piso, mais oito apartamentos — um T0, três T1, três T2 e um T3; somados a outras oito habitações no quarto piso — dois T0, dois T1, um T2 e dois T3. Por último, o quinto piso vai receber apenas um apartamento, que será uma espécie de penthouse, com 408 m2, que se juntam a mais 416 m2 de terraço.

Como explicou a promotora imobiliária, as habitações localizadas no núcleo central do edifício terão dimensões mais pequenas, tendo em conta que é uma zona com menos luz. Por sua vez, os T1 e T2 terão vista para a Rua Rodrigues Sampaio e uma “leitura mais contemporânea”. A penthouse estará direcionada para a mesma rua e contará com “características mais singulares”, nomeadamente dois terraços privativos, um deles coberto e com vista para a Avenida da Liberdade, quatro suítes e acesso por elevador independente.

No que diz respeito aos preços, Aniceto Viegas adiantou: os T0 arrancam nos 430 mil euros, os T1 nos 560 mil, os T2 começam 1,1 milhões de euros e os T3 nos 1,7 milhões. Relativamente ao T5, classificado pelo diretor-geral como “o apartamento mais especial”, ainda não há valores definidos, mas a Avenue vai “tentar encontrar um preço justo que possa corresponder à procura“. Contudo, ficou a ideia: “Poderá ser uma das casas mais caras de Lisboa”, referiu o responsável.

A Avenue está presente no mercado nacional há três anos e conta atualmente com oito imóveis em mãos. Finalizados estão três, quatro estão em curso e o mais recente investimento foi o EXEO Office Campus, um projeto de escritórios no Parque das Nações. O 266 Liberdade será comercializado dentro de poucos meses pela JLL e Porta da Frente | Christie’s, estando previsto as obras ficarem concluídas num prazo de 20 meses.

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Revista de imprensa internacional

O setor automóvel está atento às notícias hoje. A Comissão Europeia desconfia que os fabricantes estão a manipular as emissões, e o antigo líder da Fiat morreu hoje aos 66 anos.

Não há boas notícias para os fabricantes automóveis. O CEO da Fiat, que tinha recentemente abandonado o lugar, e era referenciado por ter ajudado a salvar a empresa, morreu aos 66 anos. Por outro lado, a Comissão Europeia encontrou indícios de que os fabricantes automóveis estão a manipular emissões, já de uma maneira diferente do que a Volkswagen fez anteriormente. Do outro lado do Atlântico, a filha de Trump deixou as roupas pela Casa Branca. Conheça estas e outras notícias que estão a marcar a atualidade internacional.

The Guardian

Ivanka Trump fecha marca de roupa. Vai dedicar-se à Casa Branca

Ivanka Trump decidiu fechar a sua marca de roupa homónima para se dedicar integralmente à sua função de conselheira da Casa Branca. A filha de Donald Trump já não geria o negócio, tendo delegado essa função, no ano passado, aos irmãos do seu marido e a Abigail Klein. Na altura, a empresária decidiu abandonar a gestão do empreendimento face às fortes críticas que denunciavam um conflito de interesse entre o seu trabalho em Washington e aquele que fazia no mundo da moda. “Depois de 17 meses em Washington, não sei quando e se voltarei ao negócio, mas sei que o meu foco a curto prazo estará no trabalho que estou a fazer [na Casa Branca]. Por isso, tomei a única decisão que é justa para a minha equipa e parceiros”, lê-se no comunicado emitido por Ivanka.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Fabricantes automóveis europeus estão a manipular resultados

A Comissão Europeia encontrou indícios de que as fabricantes automóveis estão a manipular os resultados dos testes das emissões poluentes. Ao contrário do que aconteceu em 2015 com a Volkswagen, desta vez as empresas estão alegadamente a usar “truques” para fazer com que os resultados pareçam piores do que realmente são. Bruxelas diz que se corre o risco de os fabricantes criarem um aumento artificial nos valores de emissões para 2020, que é um ano de transição. Desta forma, a nova linha de base, através da qual os futuros cortes serão medidos, será mais alta.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Morreu o anttigo CEO da Fiat Chrystler aos 66 anos

Sergio Marchionne liderou a Fiat durante mais de dez anos, e foi responsável pela recuperação da empresa depois de uma crise financeira, quando embarcou também a Chrystler e outras marcas americanas. A companhia automóvel anunciou a sua saída como líder muito recentemente, devido a problemas de saúde, que se revelaram apenas dias mais tarde fatais. O presidente da Jeep, Mike Manley, foi nomeado para o substituir no cargo. Marchionne era também presidente da Ferrari.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicinado / conteúdo em inglês).

El País

Justiça europeia multa Espanha em 12 milhões de euros pelo tratamento das águas residuais

O Tribunal de Justiça da União Europeia condenou Espanha a pagar uma multa de 12 milhões de euros pela violação da diretiva comunitária sobre o tratamento de águas residuais urbanas. Os incumprimentos dizem respeito a 17 municípios, ou urbanizações de mais de 15.000 habitantes, que desde 2001 deviam ter purificado bem as suas águas. Espanha tem ainda de pagar mais 11 milhões de euros a cada seis meses, até que os problemas sejam resolvidos em todos os casos. Já não é a primeira vez que o país se vê a braços com multas pelo tratamento das águas, sendo que o primeiro processo remonta a 1991.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre / conteúdo em espanhol).

Reuters

Puigdemont vai continuar a campanha pela independência a partir da Bélgica

Puigdemont disse que vai voltar a Bruxelas com sua família no sábado, depois da Alemanha se recusar a extraditá-lo. O Tribunal de Espanha retirou o mandado de prisão europeu para o antigo líder catalão. “Todos sabem que isto já não é um caso interno espanhol”, disse numa entrevista em Berlim, acrescentando que a campanha pela independência, que ele vai continuar a partir da Bélgica, assumiu um aspeto europeu. Apesar do levantamento dos mandados europeus, as acusações contra Puigdemont e os outros cinco ex-líderes catalães permanecem em vigor, o que significa que seriam presos se voltassem para a Espanha

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Qual a probabilidade de Portugal ter uma recessão dentro de cinco anos? 55%, diz o Conselho das Finanças Públicas

CFP analisou probabilidade de nova recessão tendo em conta o passado da economia portuguesa e estimou em 3,1% o custo médio de uma recessão.

E se Portugal não crescer o esperado? Este é um dos principais riscos para as finanças públicas portuguesas, admite o Conselho de Finanças Públicas (CFP), que calcula que “a probabilidade de a economia portuguesa se encontrar em recessão num dado ponto em qualquer período de cinco anos é de aproximadamente 55%”.

A análise da instituição liderada por Teodora Cardoso faz consta do relatório sobre “Riscos orçamentais e sustentabilidade das finanças públicas”, publicado esta quarta-feira.

“Com base na evolução do PIB entre 1977 e 2017, verifica-se que a probabilidade de Portugal se encontrar em recessão num qualquer ano é de aproximadamente 15%”, explica a instituição que depois analisa como esta probabilidade se comporta quando a avaliação é feita ano a ano. “Assumindo que a probabilidade de recessão é independente em cada ano, conclui-se que a probabilidade de a economia portuguesa se encontrar em recessão num dado ponto em qualquer período de cinco anos é de aproximadamente 55%.”

O CFP avança também que, “em média, uma recessão em Portugal “custa” 3,1% do PIB e a economia portuguesa demora o mesmo número de trimestres a recuperar o nível anterior do PIB que a duração da recessão, com exceção para as duas últimas recessões”. Isto porque na recessão decorrente da crise financeira global de 2008, “é expectável que a economia portuguesa recupere o nível do PIB real pré-crise durante o ano de 2018”, ou seja, leva 20 trimestres a recuperar para níveis anteriores à crise.

O relatório publicado pelo CFP — e que se concentra mais no médio longo prazo — identifica um conjunto de cinco áreas de risco para as finanças públicas portuguesas: “o desempenho macroeconómico, a receita e a despesa públicas, as responsabilidades contingentes e a dívida pública”.

Sobre a dívida pública, o CFP acredita que esta deverá diminuir para 106% em 2022 e, a partir de 2023 a redução é menos acentuada. “As análises realizadas apontam para uma acentuada sensibilidade do rácio da dívida a choques na taxa de crescimento do PIB e no valor do saldo primário”. Ou seja, a evolução da dívida num horizonte de médio longo prazo será mais afetada pelo que se passa na economia e pelos resultados obtidos pelos governos na execução dos Orçamentos do Estado, do que pela evolução da taxa de juro.

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Portugal tem 76,5% do PIB de dívida “escondida”, diz o Conselho das Finanças Públicas. Somos campeões das PPP

O Governo prevê que no final do ano a dívida pública caia para 122,2% do PIB. Mas o Conselho das Finanças Públicas alerta para a existência de "responsabilidades contingentes" no valor de 76,5%.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgou esta quarta-feira um relatório onde identifica os riscos orçamentais e analisa a sustentabilidade das finanças públicas portuguesas. A entidade liderada por Teodora Cardoso dedica um capítulo àquilo que chama de “responsabilidades contingentes”.

O que são as responsabilidades contingentes? São passivos ou dívida potenciais que apenas se tornam em responsabilidades efetivas caso ocorram eventos específicos. Podem resultar de compromissos formais, como as garantias governamentais firmadas em contrato ou as parcerias público-privadas (PPP), ou de responsabilidades não formalizadas, mas que envolvem um grau importante de compromisso público, como as assumidas por empresas públicas, ainda que classificadas fora do perímetro das administrações públicas.

Segundo os dados do CFP, o total dessas responsabilidades em Portugal no final de 2016 ascendia a 76,5% do PIB, um valor acima da média da União Europeia, de 41,3%.

Em termos comparativos, Portugal apresentou o quarto valor mais elevado da União Europeia, somente abaixo da Grécia (150,8%), da Holanda (108,0%) e do Luxemburgo (94,4%). De acordo com o CFP, esta situação “adiciona riscos de médio e longo prazo à sustentabilidade das finanças públicas, em particular com respeito às empresas públicas não incluídas no setor das administrações públicas”.

Isto porque o passivo e as responsabilidades assumidas pelas empresas públicas que estão dentro do perímetro orçamental já estão espelhados no valor da dívida pública oficial que, em março, era de 126,4% do PIB. O Governo prevê chegar ao final deste ano com o rácio nos 122,2%. Somando esta dívida “oficial” às responsabilidades contingentes, a dívida “real” potencial do país dá um salto para quase 200% do PIB.

Os dados do CFP mostram que Portugal tinha 352 entidades públicas não incluídas no setor das administrações públicas até o final de junho de 2018, as quais pertencem, maioritariamente, às Administrações Central (162 empresas) e Local (165 empresas), pertencendo as restantes às Administrações Regionais dos Açores (16 empresas) e da Madeira (9 empresas).

Responsabilidades não registadas relacionadas com PPP

Outra responsabilidade contingente identificada são as PPP e aqui Portugal aparece como o campeão na Europa. Diz o CFP que as as “PPP têm potencial para melhorar a eficiência na provisão de infraestruturas”, mas alerta que, “tal como nas garantias, a natureza potencial e diferida dos seus custos eventuais pode introduzir enviesamentos na avaliação e repartição desses riscos, tornando-as numa importante fonte de encargos diferidos para o Estado”.

Segundo os dados do Eurostat citados pelo CFP, Portugal é o país da União Europeia que regista o maior peso deste tipo de responsabilidades no PIB (3,2%), estando 2,1 pontos percentuais acima da média da União Europeia, seguido pela Eslováquia (3,1%), Hungria (1,7%) e Reino Unido (1,5%).

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Filipe Mayer: “Agora fora de brincadeiras, eu aprendi a gostar de ser advogado”

Conheça Filipe Mayer, advogado do mês de julho e sócio da CCA Ontier. Especializado em TMT, o advogado conta como se deu o crescimento na sociedade e como o surf lhe ocupa a outra metade da sua vida.

Com 13 anos de casa na CCA Ontier, Filipe Mayer, hoje sócio de capital da sociedade, revela que já fez de tudo um pouco no escritório, que começou pequeno, até chegar à sua área de eleição – TMT. Diz que ser advogado é uma profissão de que aprendeu a tomar o gosto e que o surf, mais do que um escape, é tudo o que quer fazer. É esse pragmatismo de que é feito que se reconhece logo em conversa. E o bronze também. Com três filhos pequenos e uma bicicleta chegar a todo o lado não é fácil, mas vai-se fazendo. Como as ondas.

Filipe Mayer, sócio de capital da CCA Ontier.Paula Nunes

Há dois fenómenos que, sem querer, ligam a vida de Filipe Mayer, sócio da CCA Ontier, ainda antes de a sociedade ser Ontier, que é como quem diz “desde que éramos só oito até sermos 70”. São estes o surf e as startups, para desgosto seu, que entrou no mundo dos dois ainda antes de a sua febre rebentar em Portugal. Na verdade, a sua história com o surf começou em idade tenra – aos seis anos. “Toda a vida e todo o dinheiro que ganhava era para viajar, todas as mesadas eram destinadas ao surf. Portanto, era praticamente o centro de tudo: muito mais do que um desporto, muito mais do que um escape, havia tudo para eu depois fazer surf. A minha ideia sempre foi ganhar suficientemente bem para depois me dedicar só a este desporto o resto da vida. Entretanto casei-me, tive filhos e as prioridades mudam”, conta, com um ar satisfeito.

Vê-se, contudo, no rosto moreno que o advogado ainda aproveita todos os fins de semana que pode para ir apanhar ondas. É uma questão de pragmatismo, revela, e de adaptar um hábito antigo às novas prioridades. “Surfo sempre que posso. Agora só tenho uma maneira: como tenho três filhos pequeninos, tenho uns horários muito particulares. Por isso, faço surf desde as seis da manhã de sábados e domingos até às oito. Antes costumava fazer durante a semana, à hora de almoço”.

O advogado para quem Direito foi um curso custoso, “eu tirei o curso porque tive de tirar alguma coisa”, diz hoje que aprendeu a gostar da profissão. Se o preenche? “Em termos quantitativos, sem dúvida, das oito às oito do dia seguinte”, diz, entre risos. “O que torna esta profissão se calhar mais difícil, além da dificuldade técnica, é que nós lidamos com problemas de outras pessoas e temos de os resolver. Essa vertente de uma pessoa poder sentir-se útil, a ter uma missão e a ajudar o outro, só assim é que eu consigo ver a advocacia. Faz-me às vezes alguma confusão, e passa muito pela comunicação social, a ideia de que o advogado é um bandido que chega e, que além de não resolver problema nenhum, vai lá e rebenta contas gigantescas. É uma visão trágica da profissão”, conta.

Toda a vida e todo o dinheiro que ganhava era para viajar, todas as mesadas eram destinadas ao surf. Portanto, era praticamente o centro de tudo: muito mais do que um desporto, muito mais do que um escape, havia tudo para eu depois fazer surf. A minha ideia sempre foi ganhar suficientemente bem para depois me dedicar só a este desporto o resto da vida. Entretanto casei-me, tive filhos e as prioridades mudam.

Filipe Mayer

Sócio da CCA Ontier

Filipe Mayer começou e tem-se mantido na área de Telecomunicações, Média e Tecnologia de Informação, “porque era aquilo de que o escritório precisava na altura e trabalhávamos com bastantes clientes da área dos média e das agências de publicidade”. Área de que gosta particularmente por ser muito dinâmica. “Trabalhamos com pareceres sobre a admissibilidade de anúncios, campanhas, várias questões de direito de imagem… São questões que muitas vezes acontecem de um dia para o outro. Depois, esta área não é tão jurídica no sentido formal e pesado do termo, o que para mim é uma vantagem. O próprio cliente típico são pessoas que não são tão institucionais”. Sobre o chegar a sócio de capital encara-o como sendo uma natural evolução: “minha e do escritório, eu vejo-o sempre como uma conquista da sociedade, termos mais e melhores clientes”.

A realidade dos meios de comunicação, das startups e das agências de publicidade é “um tipo de cliente com que se identifica”, diz o advogado, que não trocaria esta área por nada. “Foi este o meu caminho e estou contente com ele”, garante. É integrando hoje a chamada StartinnovationTeam do escritório, que o sócio dá apoio a startups desde a sua fase mais embrionária, “quando tudo é apenas uma ideia”, até à sua entrada no mercado. “Procurámos sempre ir por caminhos um bocadinho diferentes, onde outros ainda não tinham ido” e a Startinnovation Team, parceira da Web Summit, faz parte desse percurso da CCA Ontier. “Nós somos um escritório que tradicionalmente contactou sempre com alguns empresários e PMEs. E a partir desse know-how com a área tecnológica, com que lidamos desde cedo, ficámos a perceber que podíamos montar um produto que juntasse as valências dos vários advogados”.

Juntaram-se, pois, todos numa equipa que pudesse apresentar-se ao mercado – “não com o peso institucional de um escritório de advogados, mas como uma marca e um produto como se ela própria fosse quase uma startup jurídica”. O foco foi sempre para as empresas e para os empreendedores, assegura. “Estivemos sempre neste ecossistema do empreendedorismo virado muito mais para as startups do que propriamente para os investidores, fundos de investimento ou capitais de risco”.

E por falar em risco, eles próprios o correm, ao apostar nestas ideias inovadoras e pouco previsíveis. “Costumamos dizer quando nos conhecemos que nós também vamos um bocadinho em jogo. Temos de criar uma relação de confiança com o cliente desde o princípio. Sabemos que, se acreditarmos no seu negócio, o cliente vai reconhecê-lo anos mais tarde e valorizar o nosso papel, que se não tivesse existido se calhar eles não estariam ali”, conta Filipe Mayer. “É nessa altura que o nosso trabalho vai ser reconhecido e vai ser pago, mais tarde, depois de a empresa dar frutos. Assumimos esse risco”.

O boom turístico ajuda e temos cada vez mais solicitações de startups a querer arrancar. Isto significa que há aqui valor, há pessoas muito capazes e temos ótimas ideias. Portugal já tem estruturas para isso, o investidor já sabe o que tem de fazer, e por isso tem havido bastante negócio e emprego gerado por essas empresas. O facto de sermos um escritório global permite também que providenciemos essa evolução.

Filipe Mayer

Sócio da CCA Ontier

Quanto a casos de sucesso, são muitos os que passam por eles. E que, mais importante do que esses casos, é “vermos que já muitas pessoas desde os negócios mais simples, como os Tuk Tuk, à animação turística, passando pelas áreas da agricultura tecnológica, têm tido sucesso de uma maneira surpreendente”, a que o boom turístico tem ajudado um pouco. “Isto significa que há aqui valor, há pessoas muito capazes e temos ótimas ideias. Portugal já tem estruturas para isso, o investidor já sabe o que tem de fazer, e por isso tem havido bastante negócio e emprego gerado por essas empresas. O facto de sermos um escritório global permite também que providenciemos essa evolução”, admite o advogado, dando conta da abrangência da sociedade.

Numa família de cinco, a falta de tempo faz parte de uma equação que Filipe Mayer e a mulher – também advogada – ainda não conseguiram resolver e, por isso, o futuro passará certamente por tentar colmatar isso. “Às vezes conversamos os dois sobre isso e é unânime: a coisa que nos falta mais é tempo. Quando as coisas não correm bem nem sequer conseguimos perceber o que correu mal e o porquê”, desabafa. Portanto, não há previsões certeiras e o novo sócio de capital não consegue sequer saber onde vai estar daqui a 3 anos. “Já me pedem tanta coisa aqui neste momento que o que quero no futuro, do ponto de vista profissional, é que o escritório evolua como tem evoluído”. E apanhar mais ondas, com certeza.

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Maya escreve aos trabalhadores. Lança Plano Mobilizar para pôr o BCP a crescer

Na primeira carta aos trabalhadores enquanto CEO do BCP, Miguel Maya põe um ponto final numa "etapa dificílima" no banco e quer "mobilizar" administradores e colaboradores num novo desafio.

Na primeira carta aos trabalhadores enquanto CEO do BCP, a que o ECO teve acesso, Miguel Maya põe um ponto final numa “etapa dificílima da história” da instituição financeira e diz assumir “com determinação” esta nova missão. Para este desafio, o novo presidente executivo do banco apresenta um plano, não estratégico mas sim de mobilização, através do qual quer agarrar oportunidades de crescimento em Portugal.

“Neste início de etapa é imperativo alinharmos no propósito e no plano que queremos implementar”, afirma Miguel Maya, que ocupa agora o lugar de Nuno Amado enquanto CEO do banco, depois de ter obtido aprovação dos acionistas mas também do Banco Central Europeu. Quanto ao propósito, o gestor diz querer tornar o banco num “parceiro financeiro de confiança, o banco que apoia o crescimento económico, o banco que cria e partilha valor com os clientes”. Já o plano batiza-o de “Plano Mobilizar”.

“Esta palavra contém em si três conceitos fundamentais para o futuro do Millennium bcp: (i) mobilizar as pessoas, as equipas, conferindo-lhes mais autonomia e esperando delas maior iniciativa. Queremos renovar o nosso compromisso profissional com o presente e o futuro do Banco; (ii) mobilizar no sentido de colocar o mobile, os serviços móveis, no centro da estratégia da interação dos clientes com o banco; (iii) mobilizar, no sentido que a palavra mobile tem em latim, de móvel, de nos movermos, de nos transformarmos, em antecipação e em função da evolução das necessidades e preferências dos clientes”, afirma Miguel Maya na primeira carta aos trabalhadores a que o ECO teve acesso.

Os cinco eixos principais são:

  1. Mobilizar as Pessoas, potenciar o trabalho em equipa, desenvolver e atrair o talento, reforçar a agilidade e a vitalidade da organização;
  2. Colocar o mobile no dia-a-dia da relação dos clientes com o banco, melhorando a usabilidade, a geração e a partilha de valor;
  3. Capturar as oportunidades de crescimento em Portugal. Somos, é bom salientar com frequência, o único banco comercial privado, cotado, que consolida as suas contas em Portugal, somos o Banco Comercial Português.
  4. Gerar mais relações, mais valor no portfólio de negócios internacional, potenciando as excelentes equipas internacionais de que dispomos e beneficiando do potencial de crescimento dos mercados em que estamos;
  5. Desenvolver as atividades de Banca de Retalho e de Banca Comercial de forma rentável e sustentável, com um modelo de governo do Banco sólido e transparente (contar com um forte, diversificado e coeso Conselho de Administração, que tem como chairman o Dr. Nuno Amado exemplifica bem a robustez que se pretende), alicerçado em modelos de negócio inovadores e de baixa intensidade de risco.

Para Maya, este plano “é simples de enunciar, mas será um desafio complexo, mas não complicado de o executarmos em conjunto”. Um trabalho que encara com otimismo e com o objetivo de acrescentar valor ao banco. “Assumo com determinação a função de CEO, fiel aos princípios que sempre nortearam a minha carreia profissional: acrescentar valor à organização que sirvo e valorizar-me servindo a organização”, afirma, não deixando de agradecer aos colaboradores e pedindo o seu compromisso.

“Teremos novos desafios, não menos ameaças e, estou convicto, ainda mais oportunidades. Dependemos agora essencialmente de nós, da nossa ambição, da nossa criatividade, da qualidade do nosso trabalho, da confiança que soubermos merecer e da prosperidade que formos capazes de gerar e partilhar com as comunidades que servimos e com os acionistas que investem no futuro do Millennium bcp”, refere o novo CEO do BCP.

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Portugal sem margem política para mexer em 75% da despesa

Se um Governo precisar de fazer consolidação orçamental, que instrumentos tem ao seu alcance? Quase 75% da despesa está bloqueada e a carga fiscal já não tem mais margem de subida.

Portugal tem pouca margem política para baixar a despesa pública caso precise de aplicar uma estratégia de consolidação orçamental. Quase 75% dos gastos do Estado, excluídos os juros, destinam-se a pagar salários e prestações sociais, o que torna rígida a estrutura de despesa pública. Este é um risco para as finanças públicas portuguesas que o Conselho de Finanças Públicas (CFP) classifica como “severo” e que assume particular relevância numa altura em que o Governo prepara o Orçamento do Estado para 2019 (OE 2019), pressionado para voltar a aumentar os custos com pessoal e pensionistas.

As conclusões da instituição liderada por Teodora Cardoso constam de um relatório publicado esta quarta-feira sobre “Riscos orçamentais e sustentabilidade das finanças públicas”. Uma análise mais focada no médio e longo prazo e que o CFP passará a atualizar de dois em dois anos, mas que não deixa de constituir um alerta para os governos à medida que estes preparam os planos orçamentais para os anos seguintes.

“As despesas com pessoal e com as prestações sociais representam quase 75% da despesa primária ajustada, um peso que tem vindo a aumentar desde 1995, constituindo assim o principal fator de aumento da despesa pública”, lê-se no relatório. “Trata-se de despesas rígidas, cuja utilização para efeitos de consolidação orçamental acarreta custos políticos muito significativos, e que são significativamente afetadas por fatores exógenos, como a demografia.”

Isto significa que há um bloco de despesas que estão praticamente bloqueadas, já que politicamente é muito difícil fazer consolidação através da sua redução.

 

No relatório, o CFP explica que depois de uma subida das despesas, estas começaram a baixar com a crise financeira. Porém, em 2013 e 2014, “o comportamento descendente da despesa sofre uma reversão, maioritariamente explicada pelo efeito das decisões do Tribunal Constitucional, bloqueando a suspensão dos subsídios de férias e de Natal e a aplicação da redução remuneratória determinada no Orçamento do Estado para 2014”.

Por último, a partir de 2016, “a despesa ajustada retoma a trajetória ascendente, refletindo sobretudo a reposição total dos salários da Função Pública e a atualização das prestações sociais”.

O CFP lembra também que as pressões demográficas aumentam os gastos com prestações sociais e cuidados de saúde e sublinha a divergência entre as despesas efetivamente gastas e as que estavam previstas como um fator de risco.

Despesa não ajuda, mas receita também não

Mas se do lado da despesa os governos não poderão contar com grande margem de corte no caso de precisarem de corrigir o défice, também não contarão com grande ajuda do lado da receita. É que, segundo a análise do CFP, Portugal terá esgotado a margem para aumentar impostos.

A correção dos desequilíbrios orçamentais nos últimos anos resultou “maioritariamente” de medidas aplicadas no lado da receita, tendo daí resultado uma subida “significativa” da carga fiscal. “A dependência do aumento da carga fiscal para suprir necessidades de financiamento decorrentes de ciclos económicos constitui um risco orçamental elevado, uma vez que tende a agravar os efeitos da contração da economia.”

No momento atual não está em cima da mesa uma discussão sobre aumento de impostos. No entanto, apesar de a economia portuguesa ter conseguido, no ano passado, crescer ao ritmo mais elevado desde 2000, o Governo não reduziu todos os impostos que tinham sido aumentados na sequência da crise económica. O Executivo planeou uma descida faseada do IRS, não baixou o ISP (que aumentou pouco depois de tomar posse), introduziu em fevereiro de 2017 o imposto sobre o açúcar e a taxa de IVA sobre a eletricidade e o gás permanece nos 23% aplicados em outubro de 2011.

Além de considerar que o nível de carga fiscal – que nos últimos anos se situou entre os 34% e os 35% do PIB – é um risco orçamental elevado, o CFP refere que a comparação com a média da União Europeia (38,8% contra 34,4% em 2016) mostra “uma folga apenas aparente“, já que alguns dos mais diretos concorrentes apresentam rácios de carga fiscal mais distantes da média europeia.

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Miguel Maya quer voltar a pagar bónus aos trabalhadores do BCP

O novo CEO do BCP, agora aprovado pelo BCE, garante que quer reter talento no banco. Para isso quer voltar a pagar bónus aos trabalhadores, compromisso que já tinha sido assumido pela administração.

O novo CEO do BCP quer voltar a pagar bónus aos trabalhadores. Miguel Maya, na primeira carta aos trabalhadores enquanto presidente executivo do banco, e a que o ECO teve acesso, diz defender “com determinação” o compromisso já assumido com os colaboradores de implementar uma política de remuneração variável com base no desempenho alcançado este ano.

“Quero enfatizar o firme propósito de defender com determinação o compromisso assumido com os colaboradores relativo ao valor não recebido durante o período em que vigorou a redução salarial e também o de implementarmos uma política de remuneração variável a aplicar já com base no desempenho que alcançarmos em 2018“, escreve Miguel Maya, enquanto novo CEO do BCP, na primeira carta aos trabalhadores a que o ECO teve acesso.

Para o gestor, que vem agora ocupar o lugar de Nuno Amado, esta é uma forma de reconhecer o compromisso dos trabalhadores e reter talento no banco. “Quero voltar a salientar a qualidade dos profissionais desta casa. A prova, se tal fosse necessário, está na obra feita, no caminho percorrido, no muito que aprendemos com os erros cometidos, na indiscutível capacidade de adaptação que demonstrámos”, refere o presidente executivo da instituição financeira.

"Quero enfatizar o firme propósito de defender com determinação o compromisso assumido com os colaboradores relativo ao valor não recebido durante o período em que vigorou a redução salarial e também o de implementarmos uma política de remuneração variável a aplicar já com base no desempenho que alcançarmos em 2018.”

Miguel Maya

CEO do BCP

“Acredito numa organização em que as pessoas (o Talento) assumem o papel de pedra angular na estratégia. Independentemente do paradigma tecnológico – em particular neste novo mundo em que os algoritmos e a inteligência artificial parecem ganhar vida própria — é sempre na forma como as pessoas utilizam a tecnologia e interagem com os clientes que se alicerçam as vantagens competitivas das organizações vencedoras”, refere o gestor na primeira carta aos colaboradores, salientando a importância da meritocracia e não da hierarquização.

“Temos de ser capazes de reinventar a organização, promovendo a meritocracia, dando visibilidade e criando oportunidades para fazer brilhar o talento das pessoas e das equipas a todos os níveis da organização (…) O sucesso desta transformação requer estruturas mais ágeis, com maior autonomia e preferencialmente com menos níveis hierárquicos, pois só com um modelo de organização fluido vamos conseguir mais ânimo e maior envolvimento das pessoas na reinvenção dos processos de trabalho e na revitalização do banco”, remata Miguel Maya, deixando um pedido aos colaboradores: “Sejam exigentes”.

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