Hoje nas notícias: Pensões, carreiras e ADSE

  • ECO
  • 24 Julho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Em Portugal existem mais de 1,6 milhões de pensionistas e aposentados da Segurança Social com reformas abaixo do salário mínimo nacional. 54% dos pensionistas recebem menos de 580 euros. Já entre os aposentados do Estado há 6.564 pessoas com reformas acima dos quatro mil euros mensais. Por outro lado, o economista Eugénio Rosa defende que a ADSE não é sustentável com o paradigma atual. Ainda ao nível dos cofres do Estado, a lei do tabaco já rendeu, este ano, um milhão de euros em multas. Quem também está a ser um bom contribuinte líquido para os cofres do Estado, mais concretamente para o ministério do Ambiente, são as licenças de CO2, de tal modo que os metros de Lisboa e Porto têm já asseguradas as verbas para financiar os planos de expansão, sem penalizar o Orçamento do Estado. E por falar em emissões, nos primeiros seis meses do ano, os portugueses já compraram mais carros elétricos do que em todo o ano de 2017.

1,6 milhões de reformas abaixo do salário mínimo

Em Portugal, existem mais de 1,6 milhões de pensionistas e aposentados da Segurança Social com reformas abaixo do salário mínimo nacional, segundo os dados mais recentes da Segurança Social, disponibilizados no site Pordata. Em números redondos, 54% dos pensionistas que recebem menos de 580 euros. Destes 1,4 milhões são referentes a pensões de velhice e 145 mil de invalidez. Já entre os reformados da Caixa Geral de Aposentações (sistema de aposentação dos funcionários públicos) existem pouco mais de 100 mil pensões abaixo do patamar dos 500 euros. No extremo oposto, a CGA contabilizava 6564 pessoas com reformas acima dos quatro mil euros mensais. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Descongelamento nas empresas públicas abrange 60% dos trabalhadores

O descongelamento das progressões e das promoções já abrangeu 66 mil trabalhadores de empresas públicas, isto é, mais de metade do total de funcionários do setor empresarial do Estado. No final de junho, esse processo traduziu-se mesmo numa valorização remuneratória desses trabalhadores, avança o Público, esta terça-feira, citando o Ministério das Finanças. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Lei do tabaco já rendeu um milhão em multas

Nos primeiros seis meses do ano foram aplicadas coimas de quase um milhão de euros relativos à lei do tabaco. Período no qual foram instaurados 335 processos de contraordenação. A lei do tabaco é agora um pouco mais restritiva, isto depois de no início do ano, ter sido revista, havendo a proibição de fumar em locais públicos frequentados por menores de idade, mesmo que ao ar livre, como é o caso dos parques infantis. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Eugénio Rosa: ADSE “não é sustentável com o atual paradigma”

O economista Eugénio Rosa defende que a atual situação da ADSE “não é sustentável com o atual paradigma”. Para o economista ou o Orçamento de Estado financia, ou se cortam os benefícios ou se aumentam as quotas. Mas tal como está, a situação da ADSE é insustentável. O economista diz ainda que o impacto das 24 consultas tem um “impacto nulo”. De resto, há diferenças substanciais nos pagamentos da ADSE, com a mesma prótese a ser paga a 673 euros e a 10239 euros, relata o Correio da Manhã. Leia a notícia completa no Jornal i (acesso pago).

Licenças de CO2 garantem expansão dos metros

A subida de licenças de CO2 está a dar folga ao cofres do Governo para executar planos de investimento. Quem deverá beneficiar destes montantes são os metros de Lisboa e Porto, uma vez que já estão asseguradas as verbas necessárias para concretizar os planos de expansão de ambos, sem penalizar o Orçamento de Estado. O Fundo Ambiental beneficiou da subida do preço nos leilões de licenças de emissão de CO2 e vai libertar 350 milhões de euros até 2023. Deste montante, 280 milhões serão alocados à expansão dos metros. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado)

Portugueses já compraram mais carros elétricos este ano do que em 2017

Os portugueses estão rendidos aos carros elétricos. Nos primeiros seis meses deste ano, foram comprados mais carros elétricos do que em todo o ano passado, segundo dados divulgados pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal. No total, até junho foram vendidos 1868 automóveis movidos a baterias elétricas, mais do dobro (156,2%) do que na primeira metade de 2017. Para além das questões ambientais, os benefícios fiscais e económicos são outros dos fatores que ajudam a explicar estes números. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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Descongelamento já abrange 60% dos trabalhadores das empresas públicas

  • ECO
  • 24 Julho 2018

Cerca de 66 mil trabalhadores das empresas do Estado já foram abrangidos pelo descongelamento das progressões e promoções, tendo recebido, em junho, uma valorização salarial.

O descongelamento das progressões e das promoções já abrangeu 66 mil trabalhadores de empresas públicas, isto é, mais de metade do total de funcionários do setor empresarial do Estado. No final de junho, esse processo traduziu-se mesmo numa valorização remuneratória desses trabalhadores, avança o Público, esta terça-feira, citando o Ministério das Finanças.

De acordo com os dados provisórios recolhidos pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF), 344 mil trabalhadores da administração e das empresas públicas foram alvo dessa valorização salarial: a maioria deste funcionários trabalhavam em organismo públicos e 66 mil nas empresas do Estado. Esse último valor representa 60% do total de trabalhadores do setor empresarial público, sendo relevante sublinhar que dos 110.757 funcionários que representam o bolo completo pode haver casos em que os requisitos para a progressão não são preenchidos.

Recorde-se que, segundo os dados divulgados anteriormente, apenas 102 mil funcionários públicos tinham sido abrangidos em abril pelo descongelamento (processo que se iniciou em janeiro), ou seja, o número de trabalhadores englobados nesse processo mais do que duplicou (para 279 mil pessoas).

É, no entanto, importante referir que estes são dados apenas provisórios, já que não abrangem os trabalhadores das administrações locais e regionais e baseiam-se nos números dados por 70% dos organismos à IGF.

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Mesmo com multa recorde, lucros da casa-mãe da Google crescem 40%

  • Lusa
  • 24 Julho 2018

Acionistas da Alphabet, casa-mãe da Google, recebessem dividendos, relativos ao semestre entre janeiro e junho, de 17,89 dólares por ação, mais 40% do que no mesmo período de 2017.

O grupo Alphabet, holding que inclui a Google, apresentou esta segunda-feira um lucro no primeiro semestre do ano de 12,596 mil milhões de dólares, mais 40% do que o registado no mesmo período do ano passado.

A entidade registou nos primeiros seis meses uma faturação de 63,803 mil milhões de euros (54,6 mil milhões de euros), uma variação homóloga de 25,7%.

Os resultados da Alphabet já refletem a multa aplicada na semana passada pela Comissão Europeia, de 5,07 mil milhões de euros, por utilizar o seu sistema operativo Android para reforçar a posição de domínio do motor de busca Google.

Devido à importância da multa, que aumentou consideravelmente os custos da Alphabet nestas contas semestrais, o seu resultado operacional situou-se em 9,808 mil milhões de dólares, abaixo dos 10,7 mil milhões que apresentou no mesmo semestre de 2017.

Em relação aos números correspondentes ao segundo trimestre do seu exercício de 2018, que vai de abril a junho, a Alphabet registou um lucro de 3,195 mil milhões de dólares, quantidade ligeiramente inferior à do mesmo período do ano anterior, quando registou 3,524 mil milhões de dólares.

Os rendimentos do conglomerado nestes três meses totalizaram 32,657 mil milhões de dólares, acima dos homólogos 26,01 mil milhões.

Este desempenho permitiu que os acionistas da Alphabet recebessem dividendos, relativos ao semestre entre janeiro e junho, de 17,89 dólares por ação, mais 40% do que no mesmo período de 2017, quando embolsaram 12,74 dólares por título.

A diretora-geral de finanças da Alphabet, Ruth Porat, mostrou a sua satisfação com a “atuação muito robusta” do grupo no trimestre. “Os nossos investimentos estão a permitir grandes experiências para os utilizadores, sólidos resultados para os anunciantes e novas oportunidades de negócio para a Google e a Alphabet”, acrescentou.

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Novo balanço dos fogos na Grécia aumenta para 85 o número de mortos

Portugal vai ajudar a Grécia no combate às chamas com 50 bombeiros. A equipa da Proteção Civil deve chegar a Atenas hoje ou amanhã, disse Eduardo Cabrita. Tsipras decretou três dias de luto nacional.

O último balanço voltou a rever em alta o número de vítimas mortais dos incêndios na Grécia para 85. A porta-voz dos bombeiros gregos, Stavroula Maliri, avançou esta manhã de quinta-feira que o número de vítimas mortais era 82. Mas nas horas seguintes, uma das vítimas sucumbiu aos ferimentos — um homem de 73 internado num hospital de Atenas — e foram encontrados mais dois corpos pelas equipas de resgate.

Stavroula Maliri tinha precisado que entre as vítimas mortais estão quatro turistas: um jovem irlandês que estava em lua-de-mel no local quando foi surpreendido pelas chamas, enquanto a sua mulher conseguiu chegar à praia, mas sofreu ferimentos na cabeça e nas mãos. Três outros turistas foram identificados entre as vítimas mortais: dois polacos, mãe e filho, e um belga, cuja filha adolescente foi salva.

O último balanço dava conta de 187 feridos, um número que foi sendo revisto me alta à medida que as equipas de resgate vão percorrendo as casas devastadas pelas chamas. Mas, tendo em conta o elevado número de desaparecidos, ainda poderá haver novas revisões.

As equipas de resgate — cerca de 300 bombeiros e voluntários — continuam à procura de sobreviventes nas áreas a norte de Atenas, as mais afetadas pelo fogo. As equipas estão a bater, casa a casa, assim como os vários carros queimados para tentar localizar mais vítimas. As autoridades têm recebido inúmeras chamadas por causa de pessoas desaparecidas, que rondam as 40. Numa outra declaração ao final do dia de quarta-feira, Stavroula Maliri explicou que é possível que “algumas das pessoas desaparecidas” estejam entre as vítimas mortais, referindo que o estado dos corpos dificulta as identificações.

Famílias dizimadas pelas chamas

Um dos quadros mais impressionantes destes incêndios, uns dos piores no sul da Europa, foram os 26 corpos encontrados na terça-feira pelas equipas de resgate num campo a 30 metros de uma praia no norte de Atenas, em Mati. De acordo com o responsável da Cruz Vermelha na Grécia, Nikos Oikonomopoulos, citado pela televisão Skai, pensa-se serem famílias apanhadas pelas chamas, já que estavam todos juntos e alguns estavam mesmo abraçados, com crianças ao colo.

Horas antes a guarda costeira grega já tinha recuperado quatro corpos no mar, a uma curta distância dos incêndios. As chamas levaram a que muitos turistas e também cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas. Centenas de pessoas foram salvas por barcos que passaram, mas nem todas tiveram a mesma sorte já que as chamas e o fumo intenso e espesso bloqueou a fuga de muitos.

Os incêndios devastaram casas, destruíram viaturas e obrigaram a diversas evacuações, com as autoridades a declararem o estado de emergência e a pedirem ajuda europeia. Muitos dos 49 mortos confirmados foram encontradas nas suas casas ou nos carros, quando tentavam fugir.

O fumo ergue-se sobre uma avenida na sequência dos fogos florestais e, Neo Voutsa, nos subúrbios a norte de Atenas. EPA/Alexandros Vlachos

O pedido formal de ajuda enviado à União Europeia (UE) para o envio de meios foi enviado ao final da tarde de segunda-feira. E o presidente da Comissão Europeia garantiu, numa carta dirigida ao primeiro-ministro grego, que a UE fará “todo o possível para prestar ajuda” no combate aos incêndios na Grécia, “hoje, amanhã e pelo tempo que for necessário”.

Espanha disponibilizou esta manhã dois aviões anfíbios Canadair para ajudar a combater os fogos. Estes aviões têm capacidade de despejar 5,5 toneladas de água por passagem e vão ser pilotados por elementos da Força Aérea espanhola.

Portugal também há disponibilizou ajuda “com apoio terrestre especializado” já que essa é uma das prioridades definidas pelas autoridades gregas, avançou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. Em causa está uma equipa da Proteção Civil com 50 bombeiros. “Vamos ajudar a Grécia, a decisão política já está tomada”, disse Eduardo Cabrita, no aeroporto de Figo Maduro antes da partido de dois aviões que vão ajudar no combate aos fogos florestais na Suécia. Os “50 elementos da força especial de bombeiros” partem para a Grécia “entre hoje e amanhã”, acrescentou o ministro.

Entretanto, o primeiro-ministro português, António Costa, deu as condolências ao homólogo grego através do Twitter. Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com o Presidente grego, Prokopios Pavlopoulos, “expressando as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas mortais, bem como votos de rápidas melhoras a todos os feridos”, de acordo com ma nota publicada no site da Presidência.

Além de Portugal e Espanha, a Turquia ofereceu ajuda avançando que tem meios aéreos ao dispor, em stand by, caso seja necessário. Mas a Grécia declinou para já esse apoio, avança a Associated Press.

Três dias de luto nacional

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou três dias de luto pelas vítimas dos incêndios que estão a atingir a costa nordeste de Atenas e prometeu que “ninguém ficará sem ajuda”. Numa mensagem transmitida pela televisão, Tsipras assinalou que o que conta nestes momentos são as vidas humanas e mobilizar todas as forças para salvar o que pode ser salvo.

“Ninguém ficará sem ajuda, ninguém ficará sem respostas”, prometeu Tsipras, que evitou entrar em especulações sobre os motivos dos incêndios. , Horas antes, o ministro da Administração Interna (Ordem Pública), Nikos Toskas, tinha pedido cautela aos cidadãos, sugerindo que os incêndios podem ter sido provocados. As autoridades anunciaram esta terça-feira que vão utilizar um drone dos EUA para monitorar qualquer atividade suspeita. A simultaneidade da ignição dos diversos fogos está a levantar suspeitas de mão criminosa. O Ministério Público já iniciou as primeiras investigações para determinar as causas dos incêndios.

Agora é o momento da unidade e da solidariedade, não pode haver diferenças ou imposições de culpa (…) É o momento de mobilização e de lutar para salvar o que pode ser salvo”, assinalou Tsipras, agradecendo as múltiplas mensagens de solidariedade recebidas de toda a Europa.

Alexis Tsipras tinha antecipado na segunda-feira o seu regresso a Atenas, depois de uma viagem à Bósnia-Herzegovina, para acompanhar a situação a partir do Centro de Coordenação Unificado. Nessa noite, o primeiro-ministro desabafou: “É uma noite difícil para a Grécia”, disse.

Na região de Mati, uma popular estância balnear na Grécia, nos subúrbios a norte de Atenas, as chamas consumiram casas e carros, naquilo que a imprensa grega classificou de inferno de chamas. EPA/Yannis Kolesidis

Ventos forte dificultam combate às chamas

Centenas de bombeiros continuam a tentar controlar os grandes incêndios que assolam a Grécia desde o início da tarde de segunda-feira, mas os trabalhos estão a ser dificultados por ventos fortes. Esta manhã há pelo menos três fogos ativos. A AFP dá conta de como os incêndios ainda não estavam controlados esta madrugada. Pelas 11h00 da manhã, o incêndio na zona de Mati estava mais calmo, avançaram os bombeiros à AFP, mas em Kineta, a cerca de 50 quilómetros a Oeste da capital, mantinha-se uma frente ativa de grandes dimensões.

Um dos incêndios, a cerca de 50 quilómetros de Atenas, obrigou à evacuação de três localidades, reduzindo a cinzas dezenas de casas e causando o encerramento ao tráfego durante dezassete quilómetros da autoestrada de Olímpia, que liga a capital com o Peloponeso.

A secretaria de Estado das Comunidades garante que não há notícia de portugueses envolvidos.

A BBC publicou um curto vídeo com imagens dos incêndios captado na segunda-feira.

(Notícia em atualização)

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Geringonça já faz contas à redução do IVA na luz. Primeira avaliação aponta para 170 milhões

Governo mantém conversações com Bloco e PCP sobre descida do IVA na energia no âmbito do Orçamento para 2019. Medida ainda não é certa. Primeira avaliação do custo aponta para 170 milhões de euros.

O Bloco de Esquerda e o PCP colocaram a redução do IVA na eletricidade na lista de prioridades para o Orçamento do Estado para 2019. No dia em que Mário Centeno avisou que o próximo OE “é para todos” e não só para os professores, Catarina Martins lembrou que a redução da fatura da luz melhora os rendimentos de “todo o país”. E João Oliveira defende, em declarações ao ECO, que esta medida tem de ser “tratada como as reversões da troika“. A três meses da entrega do Orçamento ainda não é certo que a medida avance, mas a geringonça já faz contas a este possível alívio fiscal. Por agora trabalham com uma primeira avaliação: 170 milhões de euros.

“Ninguém compreende que a eletricidade continue a pagar a taxa máxima de IVA quando é um bem essencial e, portanto, essa é uma correção daquelas normas absurdas e penalizadoras do tempo da troika que ainda falta corrigir”, disse a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, aos jornalistas à margem de uma visita à feira de Espinho.

A taxa de IVA da energia subiu de 6% para 23% a 1 de outubro de 2011. A medida fazia parte do memorando da troika assinado pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, mas foi o seu sucessor Pedro Passos Coelho que a aplicou, antecipando a sua entrada em vigor ainda para o último trimestre de 2011.

Há um ano, um estudo feito pelos economistas Alfredo Marvão Pereira e Rui Manuel Pereira — professores do Faculdade de William and Mary — indicava que a descida do IVA da eletricidade de 23% para a taxa de 6% (onde se classificam os bens essenciais) custaria 120 milhões de euros aos cofres do Estado.

Mas este cálculo não é assumido por nenhuma das partes. O Bloco de Esquerda não quer revelar para já quanto baixaria a receita por causa desta redução de taxa mas, ao ECO, uma fonte do partido explica que pode não ultrapassar os 200 milhões de euros — o valor a partir do qual começaram as negociações no ano passado para baixar o IRS.

Ao ECO, o líder parlamentar comunista adianta que o IVA na eletricidade deve “ser tratado como uma reversão da troika“, acrescentando que o partido tem “estado a discutir” este assunto com o Governo. João Oliveira adianta que a medida terá um impacto fiscal de “170 milhões de euros” que se refere apenas à descida do IVA na eletricidade. “Esta estimativa resulta já das conversas que tivemos com o Governo”, afirmou.

Governo afina contas para avaliar descida do IVA na energia

O ECO sabe que no Governo as contas sobre esta medida são passadas a pente fino. O cálculo tem de ser feito com cautela, não deixando de fora nenhum custo. Além da receita gerada pelo IVA resultante da comercialização de energia é preciso ter em conta também a que resulta da produção de energia. Outro dos aspetos que não pode ser esquecido são as deduções que estão em vigor atualmente na tarifa de eletricidade.

Há ainda outro cuidado a ter no processo de decisão. É que quando o IVA subiu em 2011, aumentou para a eletricidade e também para o gás. Reverter a medida poderia implicar baixar o IVA nestas duas fontes de energia, até porque optar por reduzir só uma poderia levantar questões de concorrência, alerta um deputado da maioria parlamentar.

A discussão sobre a redução da fatura da energia não se fica por esta medida. João Oliveira diz que, no âmbito das discussões para o Orçamento do Estado, o PCP também tem discutido a redução do IVA no gás de botija. Catarina Martins lembrou que o corte nas rendas pagas aos produtores de energia é outra das questões em cima mesa negocial.

Num artigo de opinião publicado no ano passado no Público, na sequência do estudo apresentado, o economista Marvão Pereira dizia que “quanto ao IVA sobre a eletricidade, na UE existem hoje apenas cinco países com taxas de IVA sobre a eletricidade mais elevadas. São eles a Croácia, a Dinamarca, a Finlândia, a Hungria e a Suécia”.

O Orçamento do Estado para 2019 deverá prever uma redução do défice de 0,7% do PIB este ano para 0,2% do PIB no próximo.

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5 coisas que vão marcar o dia

Resultados do BPI e da Impresa, audições sobre os CMEC, antecipação sobre o mercado de crédito, reunião da Concertação social em Portugal e do G20 na Argentina marcam o dia dos investidores.

Esta terça-feira volta a estar em destaque a apresentação de contas de cotadas da bolsa nacional — BPI e Impresa — no mesmo dia em que ocorrem novas audições no Parlamento a propósito do CMEC e em que acontece uma nova reunião em concertação social. Será possível ainda saber o que os bancos antecipam que possa vir a ser o rumo do mercado de crédito em Portugal neste trimestre. Lá fora, destaque para mais uma reunião do G20, desta vez na Argentina.

BPI e Impresa divulgam contas

Numa semana marcada pela divulgação de contas por parte de um elevado número de cotadas, os olhos dos investidores centram-se nos resultados do BPI e da Impresa relativos ao segundo trimestre. O banco liderado por Pablo Forero que se prepara em breve para deixar de ser cotado em bolsa apresenta contas após o fecho do mercado, não sendo conhecidas estimativas para os números que poderão ser revelados. O banco passou de prejuízos de 122 milhões nos primeiros três meses de 2017, para lucros de 210 milhões no mesmo período de 2018. Irá dar continuidade ao bom desempenho no segundo trimestre? Já a Impresa continuou a apresentar prejuízos, mas menores. Foram de 632 mil euros nos primeiros três meses deste ano.

Uma antevisão para a procura e oferta de crédito

Nesta terça-feira, são conhecidas as conclusões do inquérito trimestral do Banco de Portugal aos bancos sobre o mercado de crédito. Esta sondagem irá fazer um balanço da procura e da oferta de crédito às empresas e aos particulares, bem como às respetivas condições, relativamente ao que se passou no segundo trimestre deste ano. Será também uma boa ocasião para perceber qual a expectativa das instituições financeiras que participam nesse estudo relativamente ao rumo no trimestre atual destas dinâmicas do crédito.

Nova audição no Parlamento sobre os CMEC

Nesta terça-feira decorrem duas novas audições no Parlamento no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade: popularmente conhecidos por CMEC. Nestas audições que servido para escutar especialistas sobre o tema, chega a vez de ouvir Vítor Santos, ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), sessão que decorre a partir das 10h00. Da parte da tarde, a partir das 15h30, será a vez de escutar Cristina Portugal, atual presidente da ERSE).

Concertação social volta a reunir

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, preside à reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social. Este encontro conta com a presença dos secretários de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro e terá na ordem de trabalhos a apresentação do relatório trimestral sobre aplicação do acordo tripartido sobre RMMG (Retribuição Mínima Mensal Garantida), bem como a avaliação das tendências da política de vistos no triénio 2015 – 2017.

G20 reunido na Argentina

Rosário, na Argentina, foi o lugar escolhido para acolher a partir desta terça-feira mais uma cimeira de Chefes de Estado e de Governo do G20. O encontro do grupo de 20 países mais desenvolvidos e industrializados do mundo, é constituído pela África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia decorre até 25 de julho.

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Subida dos juros da dívida puxam pela banca. Wall Street avança

A subida das yields da dívida soberana dos Estados Unidos a dez anos serviu de motor aos ganhos do setor financeiro que tiraram Wall Street do vermelho. Mas os ganhos foram curtos.

Wall Street começou com o pé esquerdo, mas depressa se endireitou para encerrar com ganhos ligeiros a primeira sessão da semana. Os principais índices bolsistas dos EUA avançaram, apoiados no avanço dos títulos do setor financeiro que foram a reboque da subida dos juros da dívida norte-americana a dez anos.

O S&P 500 terminou a somar 0,18%, para os 2.806,78 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,26%, para os 7.840,92 pontos. Apenas o Dow Jones destoou ao sofrer um deslize de 0,05%, para os 25.045,96 pontos.

O setor financeiro do S&P 500 valorizou mais de 1%, depois de as yields do Tesouro norte-americano a dez anos terem subido até à fasquia mais elevada das últimas cinco semanas. Tudo aponta para que a Reserva Federal dos EUA continue a subir as taxas de juro apesar das críticas por parte de Donald Trump.

A sessão bolsista norte-americana voltou a ser marcada por novas conversações conversações em torno do comércio mundial. O presidente do México enviou uma carta ao presidente norte-americano a pedir um desfecho rápido para as negociações comerciais, sendo que representantes dos dois países se deverão reunir no final desta semana. Para quarta-feira está ainda marcado um encontro entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia.

Já esta segunda-feira houve novidades no campo da apresentação de contas nos Estados Unidos. As ações da empresa de brinquedos Hasbro disparam 14%, depois de ter apresentado lucros e receitas que ficaram na margem superior das estimativas dos analistas.

A Tesla contrastou pela negativa. As ações caíram perto de 4%, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que a empresa de Elon Musk pediu a alguns fornecedores que devolvessem uma quantia “significativa” do que gastou desde 2016 de forma a tornar-se rentável. Há receios em torno da capacidade de caixa da empresa fabricante de carros elétricos.

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BCE já deu luz verde a Miguel Maya. Substitui Nuno Amado como CEO do BCP

Miguel Maya já recebeu luz verde do Banco Central Europeu. É o novo CEO do BCP, substituindo Nuno Amado, que se mantém como chairman da instituição financeira.

Quase três meses depois de ter sido aprovado com 95% dos votos dos acionistas presentes na assembleia geral, Miguel Maya tem finalmente luz verde do Banco Central Europeu (BCE) para assumir a liderança executiva do Banco Comercial Português (BCP). Maya passa assim a ocupar o cargo de CEO, substituindo Nuno Amado, que se mantém como chairman da instituição financeira.

“O BCP informa que, na sequência da receção de ofício do BCE, entrou hoje em funções o conselho de administração eleito na assembleia geral anual de acionistas realizada no passado dia 30 de maio“, refere o comunicado enviado pela instituição financeira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O conselho de administração do BCP, que encolheu para 17 gestores, conta com Miguel Bragança, João Nuno Palma, José Miguel Pessanha e Rui Teixeira, que transitam do último mandato. Já Maria José Barreto de Campos, que entrou no BCP através do Banco Comercial de Macau, estreia-se na administração que tem, agora, Maya à frente.

Maya assume o lugar de Amado, que continua no banco. Nuno Amado, que foi CEO do BCP nos últimos seis anos, passa para o lugar de chairman, tendo consigo Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade indicado pela Fosun, José Elias da Costa (independente), Lingjiang Xu (Fosun), Teófilo da Fonseca (independente), Valter Barros (independente) e Xiao Xu Gu (Fosun).

Manter a estratégia. Entrar no “ciclo da inovação”

Na altura em que foi aprovado pelos acionistas para assumir o cargo de CEO, Maya, que já está no BCP há 28 anos, garantiu que pretende manter a estratégia até agora conduzida por Amado. “Fechámos um ciclo de resiliência do banco. E agora vamos para um ciclo de inovação”, afirmou o novo CEO do BCP.

“Temos de revitalizar o banco. É isso que temos de fazer. Mas quero discutir com os colegas e depois em conselho de administração. Aí sim apresentaremos ao mercado o plano estratégico”, nota o gestor, que disse, à data, abraçar o desafio com “enorme entusiasmo” e “honrando por ter este desafio e por poder contar com um conselho de administração forte”.

Ao seu conselho de administração, com 17 membros, caberá apresentar as contas do segundo trimestre, evento que acontecerá ainda esta semana. Na quinta-feira, 26 de julho, o BCP vai mostrar aos investidores os resultados alcançados, sendo que o BPI estima que os lucros do banco tenham crescido para 58 milhões nos últimos três meses. Aponta para 144 milhões na primeira metade do ano, um crescimento de 60%.

(Notícia atualizada ás 20h08 com mais informação)

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Poucos e mal pagos. Funcionários públicos portugueses ganham menos 46 euros por dia que os colegas europeus

O retrato do gabinete de estatística da União Europeia mostra que os funcionários públicos em Portugal ganham, em média, 1.396 euros mensais, cerca de metade do que se ganha na Europa.

Os dados foram publicados esta segunda-feira pelo Eurostat e fazem uma radiografia aos funcionários públicos na Europa. Quantos são e quanto ganham. Os números mostram que em Portugal 15% dos cidadãos empregados eram funcionários públicos, um valor que fica abaixo da média comunitária, de 16% em 2016.

Quase duas dezenas de Estados-membros têm percentagens de emprego público mais significativas que Portugal. No topo deste ranking estão os países nórdicos, com a Suécia a liderar (29%), seguida no pódio pela Dinamarca (com 28%) e pela Finlândia (com 25%).

Portugal aparece na parte inferior da tabela, — ao lado da Irlanda e da Espanha, — e atrás de nós aparecem apenas quatro países onde a percentagem de empregados a ocupar cargos na Função Pública é menor: Alemanha (10%), Luxemburgo (12%), Holanda (13%) e Itália (14%).

De acordo com os dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, Portugal tinha 674.379 funcionários públicos no final do primeiro trimestre de 2018.

Se em termos de número de funcionários púbicos aparecemos na cauda da Europa, em termos salariais o cenário é idêntico. Os números do gabinete de estatística da União Europeia mostram que em 2014 (os dados do Eurostat para os salários são mais desatualizados), o salário médio mensal de um trabalhador do Estado em Portugal era de 1.396 euros brutos, um valor bastante abaixo da média dos parceiros europeus.

Para o mesmo período, um trabalhador na União Europeia a 28 levava para casa, em média, 2.617 euros mensais, enquanto a média para os 19 países da Zona Euro é ainda mais elevada, de 2.789 euros. Isto significa que, por mês, um funcionário público em Portugal ganha menos 1.221 euros (menos 41 euros diários) do que os colegas da União e menos 1.393 euros (46 euros por dia) do que os funcionários públicos da Zona Euro.

A disparidade salarial face à média europeia não é um exclusivo dos que trabalham para o Estado. Em 2017, segundo dados da consultora de recursos humanos Adecco, citados pela revista Exame, o salário médio bruto auferido em Portugal foi de 1.017 euros, um valor que é pouco mais de metade do praticado em média na União Europeia, que foi de 2.000 euros.

Eurostat compara os salários em 18 setores da Função Pública na Europa

 

Um mineiro pode ganhar 641 euros ou 6 mil euros por mês

O quadro comparativo do Eurostat mostra uma Europa a várias velocidades no que concerne à remuneração dos trabalhadores do Estado. Por exemplo, para alguém que trabalhe no setor mineiro/extração, o salário mensal bruto pode variar entre os 641 euros que se paga na Bulgária e os 6.008 euros que os mineiros recebem na Dinamarca. Se fugirmos da União Europeia até a Noruega, encontramos salários de 8.319 euros. Neste setor Portugal paga 1.281 euros (ver vídeo).

Um trabalhador do setor dos transportes pode ganhar 4.823 euros na Dinamarca, mas na Bulgária só leva para casa 418 euros. Se trabalhasse na Noruega ou na Islândia levaria mais de 5 mil euros. Valores que compararam com os 1.350 euros pagos, em média, em Portugal.

Esta estatística do Eurostat faz a fotografia do país numa altura em que ainda vigorava parte dos cortes salariais do tempo da troika. Os funcionários públicos tiveram a sua remuneração reduzida desde 2011, com a aplicação de cortes progressivos entre os 3,5% e os 10% a salários acima dos 1.500 euros. Apenas em outubro de 2016 é que passaram a receber a remuneração sem qualquer tipo de cortes.

Os dados atuais da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público mostram que em janeiro deste ano, a remuneração base média mensal na Função Pública em Portugal era de 1.465,7 euros, e o ganho médio mensal (que inclui os suplementos pagos regularmente) era de 1.705,8 euros brutos.

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Príncipe francês aumenta proposta. Oferece 159 milhões pela Comporta

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Louis-Albert de Broglie elevou proposta em 40 milhões de euros, passando a ter vantagem sobre as ofertas dos outros dois consórcios.

O aristocrata francês Louis-Albert de Broglie aumentou o valor da sua proposta para a compra do fundo fechado da Herdade da Comporta, passando, assim, a deter o valor mais alto das três propostas, avança o Expresso (acesso pago). Numa carta enviada esta segunda-feira à Gesfimo, o interessado explica que a sua proposta inicial apresenta uma “componente variável”, envolvendo um aumento à volta dos 40 milhões de euros.

Sendo 27 de julho o prazo para avaliar as propostas, o príncipe francês decidiu aumentar a sua. Detendo inicialmente a oferta mais baixa — 115 milhões de euros –, atrás do consórcio Claude Berda/Paula Amorim com 156,4 milhões e do consórcio Oakvest/Portugália com 155,9 milhões, passa assim a deter a oferta mais elevada.

Na carta enviada à sociedade gestora, Louis-Albert de Broglie refere que a proposta apresentada a 4 de maio tinha também uma “componente variável” e que, para além de passar a ser a mais elevada, é a melhor em termos financeiros, uma vez que privilegia, contrariamente às restantes, “a biodiversidade da paisagem, empregos permanentes e bem pagos que vão desenvolver a região”, servindo “a economia local“. Somado a isso propõe ainda a criação de uma fundação para apoiar projetos locais.

O filho do Duque de Broglie pretende desenvolver na Herdade da Comporta um projeto assente na agricultura biológica, com o objetivo de “gerar economia e trabalho às pessoas que vivem neste território”. A ideia de Louis-Albert de Broglie é criar nos terrenos sete centros dedicados a produção biológica, incubação de startups de alimentação saudável, conferências, reciclagem ou medicina reconetiva, além de um museu de arte contemporânea em forma de arca de Noé e uma escola Blue School, assente na reconexão com a natureza.

Esta operação tem merecido destaque em vários jornais, devido aos valores elevados e entidades que inclui. Na semana passada, a Gesfimo decidiu nomear como preferida a proposta do consórcio Oakvest/Portugália, mas o Novo Banco decidiu alterar essa decisão e avaliar todas as propostas esta sexta-feira, durante a assembleia-geral, uma vez que tem uma participação de cerca de 15% no fundo da Comporta.

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DLA Piper ABBC reforça equipa com duas novas associadas

A DLA Piper ABBC reforça a sua equipa com duas contratações: Vanessa Patrocínio integra a equipa de Propriedade Intelectual e Mónica Sabrosa a equipa de Societário e Financeiro.

A DLA Piper ABBC reforçou a sua equipa com duas contratações: Vanessa Patrocínio integra a equipa de Propriedade Intelectual como associada sénior e Mónica Sabrosa a equipa de Societário e Financeiro como associada.

Vanessa Patrocínio conta com larga experiência na área da proteção de dados pessoais, tecnologias de informação, direito da propriedade intelectual e industrial. A advogada desenvolveu o seu percurso profissional na Marques Mendes & Associados, na PBBR e na Abreu Advogados.

Mónica Sabrosa é especializada em direito bancário, mercado de capitais, financeiro e societário, tendo passado pela SRS e PLMJ, e desempenhado funções de assessoria jurídica e política em gabinetes de membros do Governo.

O escritório de Lisboa conta com 44 advogados no total, existindo 24 associadas e uma sócia.

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Smart Open Lisboa: estas 14 startups querem tornar Lisboa mais inteligente

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Onze das 14 escolhidas são estrangeiras. Iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa para tornar mais inteligentes os sistemas de gestão das cidades arranca a 16 de setembro.

O programa Smart Open Lisboa (SOL), que já vai na terceira edição, elegeu as catorze startups finalistas — das quais 11 são estrangeiras — para desenvolverem projetos-piloto na área da mobilidade. Estas vão trabalhar com as organizações parceiras do programa, que é uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, para tornar mais inteligentes os sistemas de gestão das cidades.

Os candidatos, de várias partes do mundo, tiveram de apresentar um protótipo funcional de uma solução de mobilidade para a capital, ou seja, de pôr em prática a ideia inicial. “O SOL é um projeto que se enquadra na estratégia de inovação da Câmara Municipal para a cidade de Lisboa, acrescentando algo que julgamos fundamental: sermos capazes de transformar a cidade num verdadeiro laboratório de inovação aberta“, afirma Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e com os pelouros da Economia e Inovação, citado em comunicado.

A terceira edição vem com algumas alterações: “Temos uma nova estrutura onde, em vez de termos todo o programa focado em várias áreas, criámos vários verticais mais pequenos, dedicados a temas específicos. Apostámos num programa vertical de Mobilidade, que entra agora na fase de pilotos, e vamos também ter, mais tarde, outro vertical, centrado no tema da Habitação”, explica Duarte Cordeiro.

As startups escolhidas foram a AppyParking (Reino Unido), CardioID Technologies (Portugal), e-floater (Alemanha), Eccocar (Espanha), Idatase (Alemanha), LifePoints (Canada), Meep App (Espanha), MotionTag (Alemanha), Parkio (Portugal), Shotl (Espanha), Third Space Auto (Reino Unido), Wall-i (Portugal), Xesol Innovation (Espanha) e a AIPARK (Alemanha).

Entre os parceiros associados com quem vão trabalhar encontram-se a Cisco, NOS, Axians e a Santa Casa da Misericórdia. Para a mobilidade juntaram-se à iniciativa a TOMI, Carris, Metropolitano de Lisboa, EMEL, Brisa Daimler e Ferrovial.

“Esta proximidade com empresas que estão focadas no que é novo no campo da mobilidade, e que trabalham diariamente na evolução de novos conceitos, está completamente alinhada com a nossa estratégia”, diz Tiago Farias, presidente e CEO da Carris, citado em comunicado.

Para Erik Spitzer, CEO da Daimler Trucks &Busses Tech and Data Hub em Lisboa, “as grandes empresas tentam adaptar e integrar um pouco a forma como as startups estão a trabalhar, mas isso tem um sucesso limitado. Este caso está a ser muito útil para nós, uma vez que podemos acompanhar mais de perto a forma como pensam e resolvem problemas, e isso permite-nos integrar esse conhecimento também nos nossos processos”.

A fase de experimentação e pilotos arranca a 16 de setembro, e vai até 15 de novembro. Esse vai ser o dia do ‘Demo Day’, onde os resultados finais dos vários projetos são apresentados.

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