Trump avança com tarifas de 25% sobre importações chinesas

  • Lusa
  • 15 Junho 2018

O presidente dos EUA anunciou a imposição de taxas aduaneiras de 25% sobre 50.000 milhões de dólares às importações chinesas. China já reagiu: resposta "será imediata".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta sexta-feira a imposição de taxas aduaneiras de 25% sobre 50.000 milhões de dólares às importações chinesas “que contenham tecnologias muito importantes sobre o plano industrial”.

“A minha relação formidável com o Presidente Xi [Jinping] da China e a relação do nosso país com a China são importantes para mim. No entanto, o comércio entre as duas nações é desequilibrado há muito tempo”, justificou Trump num comunicado.

O Presidente dos Estados Unidos avisou também que o país imporá novas tarifas se a China desencadear medidas de represália, como a imposição de novas taxas sobre bens norte-americanos, sobre os serviços ou sobre produtos agrícolas.

Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios estrangeiros chinês, Geng Shuang, a resposta da China “será imediata”, garantindo que Pequim tomará as medidas necessárias para defender os seus “legítimos direitos e interesses”.

A decisão de Trump vai agravar a escalada de tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, tendo a China avisado, antes de o Presidente anunciar a decisão de hoje, que iria retaliar num valor idêntico ao imposto pelos Estados Unidos, o que está a afetar os mercados financeiros.

Por outro lado, a decisão surge também no rescaldo da cimeira que envolveu Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.

Trump já tinha imposto taxas aduaneiras às importações de aço e alumínio do Canadá, México, Europa e Japão, deixando desagradados os aliados norte-americanos.

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Lesados do BES recebem primeiras indemnizações na próxima semana

  • Lusa
  • 15 Junho 2018

Os lesados do papel comercial vendido pelo BES vão receber na próxima semana a primeira parcela da indemnização que os compensará parcialmente pelas perdas sofridas.

Os lesados do papel comercial vendido pelo BES vão receber na próxima semana a primeira parcela da indemnização que os compensará parcialmente pelas perdas sofridas, informou hoje a Patris, sociedade que gere o fundo de recuperação de créditos. No total, deverão ser pagos cerca de 140 milhões de euros aos lesados, o equivalente a 30% da indemnização a que estes clientes têm direito.

Segundo a Patris em comunicado, após a validação dos pedidos de adesão dos clientes lesados, foi concluído que mais de metade do capital investido estava em condições de aderir à solução, pelo que “em cumprimento do disposto na Cláusula 4.3 do Contrato de Adesão e na Cláusula 3.2. do seu Anexo I, a primeira prestação do preço será paga aos participantes no prazo máximo de cinco dias úteis após a publicação do presente comunicado”.

Os lesados que pediram a adesão ao fundo representam 99% do capital reclamável – que ronda, na totalidade, os 433,8 milhões de euros –, mas a validação dos processos fez com que apenas cerca de 96% do capital reclamável tivesse condições de aderir a este fundo, disse à Lusa o presidente da Associação dos Enganados e Indignados do Papel Comercial (AIEPC), Ricardo Ângelo.

O fundo de recuperação de créditos foi criado com o objetivo de mitigar as perdas relacionadas com a aquisição de papel comercial emitido pelas empresas Espírito Santo International (ESI) e pela Rioforte, e vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES). Em causa estão 2.000 clientes que compraram 400 milhões de euros em papel comercial antes da queda do banco e do Grupo Espírito Santo (GES), no verão de 2014.

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Ronaldo resolve diferendo com fisco espanhol. Vai pagar 18,8 milhões de euros de multa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Junho 2018

O jogador português Cristiano Ronaldo fechou acordo com o Fisco espanhol para pôr fim ao processo judicial em que está envolvido.

Cristiano Ronaldo fechou acordo com o Fisco espanhol para pôr fim ao processo judicial em que está envolvido. O jogador português pagará 18,8 milhões de euros, estando previsto que aceite uma pena de prisão suspensa de dois anos, ou seja, seis meses por cada crime cometido.

O Fisco espanhol acusava Ronaldo de quatro crimes de fraude fiscal, ao ter desviado cerca de 150 milhões de euros para uma conta offshore para evitar a tributação dos seus direitos de imagem entre 2011 e 2014. No total, a fraude terá sido de 14,7 milhões de euros. Os crimes foram divulgados pelas investigações do Football Leaks, que também envolviam José Mourinho e Fábio Coentrão.

O jogador conseguiu, ainda assim, que a sua pena fosse reduzida. A princípio, o Fisco acusava-o de ter desviado 19 milhões de euros, mas no último ano Ronaldo utilizou dezenas de meios para se defender das acusações. Por último, ofereceu-se ainda para pagar 14 milhões para fechar o assunto, montante não suficiente para a Hacienda.

(Notícia atualizada às 14h11 com mais informação)

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Travão aos contratos a prazo? Bruxelas preferia flexibilizar contratos sem termo

O Governo quer atacar a precariedade com um travão nos contratos a prazo. Comissão Europeia, BCE e o MEE dizem que há outra forma de o fazer. Preferiam flexibilizar os contratos sem termo.

O Governo fechou com os parceiros sociais, exceto a CGTP, um acordo com vista ao combate à precariedade. Nesse âmbito, existirão restrições nos contratos a termo, penalizando-se mesmo as empresas que recorram em demasia a estes. A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Mecanismo de Estabilidade Europeu dizem que há outro caminho para chegar ao mesmo fim. Defendem, em alternativa, que se flexibilize os contratos sem termo.

A “forte incidência na utilização de contratos de trabalho temporários talvez pudesse em primeiro lugar ser melhor encarada tornando mais flexíveis os contratos de duração indeterminada, em vez de introduzir novas restrições para o uso dos contratos temporários“, diz o relatório da oitava missão de acompanhamento pós-programa.

O Governo já apresentou ao Parlamento alterações ao Código do Trabalho, prevendo, nomeadamente, a redução da duração máxima dos contratos a termo certo (de três para dois anos) e restrições no âmbito das renovações. Há ainda outras medidas que tentam travar o recurso à contratação a prazo. No âmbito do Código Contributivo, é criada uma taxa de rotatividade para empresas cuja utilização desta figura ultrapasse a média setorial.

Porém, no âmbito dos contratos sem termo, o Executivo também aplica o período experimental de 180 dias a trabalhadores à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração. Estes grupos deixam de poder ser contratado a prazo para postos de trabalho permanentes, ainda que o Governo admita a aplicação desta norma no caso de desempregados de muito longa duração.

(Notícia atualizada)

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Comissão pede a Portugal para “acelerar as reformas estruturais”. Defende descida da dívida

Na oitava avaliação pós-programa de ajustamento, a Comissão Europeia, BCE e MEE voltam a salientar a necessidade de Portugal aproveitar as condições macroeconómicas para acelerar reformas estruturais.

A Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Mecanismo de Estabilidade Europeu realçam o forte desempenho da economia portuguesa em 2017, refletido num crescimento de 2,7% do PIB. No entanto, na oitava missão pós-programa de ajustamento, voltam a deixar o alerta para a necessidade de Portugal aproveitar as condições macroeconómicas para acelerar reformas estruturais. E querem ver a dívida a descer.

“As instituições que participam na missão realçam o forte desempenho da economia portuguesa em 2017, refletido num crescimento de 2,7% do PIB. O bom desempenho da economia, assente numa base alargada de setores, deverá continuar em 2018, prevendo-se uma moderação do crescimento nos anos subsequentes, em linha com o desempenho da Zona Euro”, nota o Ministério das Finanças.

Contudo, as “instituições salientam a oportunidade conferida pelas atuais condições macroeconómicas e financeiras para se acelerar as reformas estruturais em curso”, refere o mesmo comunicado. Este alerta vem no sentido de permitir uma “redução dos desequilíbrios macroeconómicos e do aumento da resiliência da economia portuguesa em situações futuras de crise“.

"O atual ciclo económico favorável, juntamente com a redução dos pagamentos com juros, deverão, segundo a missão PPS, contribuir para um ajustamento estrutural que permita constituir buffers orçamentais e um controlo e revisão eficiente da despesa pública.”

A missão, que decorreu entre 5 e 12 de junho de 2018, e que acontece uma vez que Portugal ainda deve uma boa parte do empréstimo às instituições europeias pedido em 2011 — tem pago mais ao FMI que cobrava juros mais elevado –, “aponta para a importância de prosseguir o esforço de consolidação orçamental, de modo a dar continuidade à redução sustentável do ainda elevado nível de dívida pública” que está perto dos 130% do PIB.

Para os credores europeus, o “atual ciclo económico favorável, juntamente com a redução dos pagamentos com juros, deverão, segundo a missão, contribuir para um ajustamento estrutural que permita constituir buffers orçamentais e um controlo e revisão eficiente da despesa pública“, refere o comunicado enviado pelas Finanças.

Estas preocupações vão ao encontro daquilo que é defendido pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que ainda esta semana alertou que os Governos não podem “dormir à sombra dos louros” já alcançados. E que é necessário prosseguir o esforço de reformas, algo que volta a ser salientado na “resposta” a esta nova avaliação. O Governo continuará (…) a consolidar os progressos alcançados (…) no equilíbrio das contas externas e das contas públicas”, diz.

(Notícia atualizada às 13h32 com mais informação)

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O banco liderado por Paulo Macedo vai fechar 70 agências até ao final deste ano. Destas, já se conhecem 22. Sobre as restantes, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) mantém o silêncio. O comportamento do Sporting na bolsa de Lisboa continua bastante sensível ao desenrolar da crise em Alvalade. Esta quinta-feira, mais três jogadores rescindiram contrato. Ações afundam 18%.

Depois de ter fechado 64 balcões no ano passado, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai encerrar mais 70 este ano. E já se conhece a localização de 22 agências que terão de fechar portas até ao fim deste mês. Em relação aos restantes balcões, o banco liderado por Paulo Macedo não se pronuncia, dizendo apenas que estes fechos vão acontecer sobretudo na área da Grande Lisboa e Grande Porto.

Apesar da baixa liquidez, as ações do Sporting continuam bastante sensíveis aos acontecimentos vividos em Alvalade, tendo protagonizado uma queda acentuada na sessão desta sexta-feira. Isto depois de ontem mais três jogadores terem rescindido com o clube: Rúben Ribeiro, Rodrigo Battaglia e Rafael Leão, elevando para nove o número de saídas por justa causa.

A concessão de crédito ao consumo continua em alta. Nos primeiros quatro meses do ano, os bancos e as financeiras concederam perto de 2,4 mil milhões de euros em crédito aos consumidores. Trata-se de um novo máximo do histórico disponibilizado pelo Banco de Portugal e corresponde a um aumento de 18% face ao mesmo período do ano passado.

Após duas semanas de quedas, conte com uma estabilização dos preços dos combustíveis na próxima semana. O custo de atestar o carro de combustível não deverá sofrer qualquer alteração na próxima segunda-feira.

O ministro da Educação rejeitou esta sexta-feira que o Governo esteja a ser inflexível e garantiu que “existiu, existe e existirá o que negociar e vontade de negociar”. Com o líder da Fenprof, Mário Nogueira, a assistir ao debate no Parlamento, Brandão Rodrigues defendeu porém que voltar a pôr o cronómetro a contar para efeitos de progressão nas carreiras dos professores não significa ter em conta o tempo de serviço passado, porque “os relógios contam para a frente e não para trás”.

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Há mais um ativista a querer mandar na EDP Renováveis

Depois de um trio de fundos internacionais terem pedido lugar na administração da EDP Renováveis, agora há mais um investidor ativista a procurar assento na gestão da empresa liderada por Manso Neto.

Há mais um investidor ativista a quer um lugar no conselho de administração da EDP Renováveis. O fundo alemão Shareholder Value Management anunciou esta sexta-feira que comprou 2% da cotada portuguesa. E vai propor um nome para o board.

“A Frankfurter Aktienfonds für Stiftungen e outros fundos geridos pela Shareholder Value Management compraram recentemente 17,6 milhões de ações da EDP Renováveis, representando 2% do capital da companhia. Subsequentemente, a Shareholder Value Management empreendeu um esforço com outros acionistas minoritários, que detêm cerca de 6% dos votos, para requerer a nomeação de Alejandro Fernandez de Araoz para o conselho de administração“, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira.

Este anúncio surge numa altura em que a EDP Renováveis EDPR 0,54% está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) da parte da China Three Gorges. Mas a oferta só avançará se os chineses forem bem-sucedidos na compra da maioria das ações da EDP — que detém 82% do capital da sua subsidiária de energias limpas.

A Shareholder Value Management aplaude o comportamento da EDP Renováveis e da EDP “por respeitarem o pedido ao incluírem a nomeação do diretor na ordem de trabalhos na próxima assembleia geral de acionistas da EDP Renováveis, que terá lugar a 27 de junho“.

“Além disso, a Shareholder Value Management acredita que a elevada qualidade dos ativos da EDP Renováveis, combinada com a inclusão da representação dos acionistas minoritários no governo da empresa, vai determinar a criação de valor para todos os acionistas”, diz o fundo alemão, que pretende manter uma relação “estável e de longo prazo” enquanto acionista da empresa liderada por Manso Neto.

Antes da Shareholder Value Management, um fundo que gera ativos no valor de três mil milhões de euros, já a Axxion, a Moneta Asset Management e a Massachusetts Financial Services haviam pedido à EDP Renováveis para passarem a estar representados na administração da empresa.

(Notícia atualizada às 13h00)

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PSD acusa Governo de não cumprir acordo sobre descentralização

Sem apoio político claro para já, a proposta de Lei das Finanças Locais deverá baixar à especialidade sem votação. Governo mostra abertura para enviar mais dados sobre transferências para as câmaras.

O PSD queixou-se esta sexta-feira de que o Governo não está a cumprir o que acordou com o partido no pacote de descentralização. No Parlamento, o partido liderado por Rui Rio pediu ao Executivo que forneça os dados sobre quanto cada município vai receber para o reforço da descentralização.

Na Assembleia da República está esta sexta-feira em debate a proposta do Governo para alterar a Lei das Finanças Locais, o braço financeiro do pacote da descentralização, que mereceu um acordo entre António Costa e Rui Rio.

Mas o PSD continua a dizer que ainda não existe a informação toda. “O 1.º pilar do acordo celebrado entre o Governo e PSD (Transferência de competências para as autarquias locais) pressupõe que, nesta sessão legislativa, seja aprovada esta reforma, composta formal e politicamente pela Lei-Quadro, complementada pelos Decretos-Lei Setoriais, pela revisão da Lei das Finanças Locais e pelos “envelopes” financeiros associados a cada Autarquia local com identificação das verbas por área de competências”, afirmou o deputado social-democrata António Costa Silva.

Antes, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que tem a tutela das autarquias, garantiu que a informação sobre quanto vai para cada autarquia para financiar o reforço das competências vai chegar ao Parlamento ainda durante o debate na especialidade.

Ao mesmo tempo que o PSD lamenta a falta de cumprimento do acordo por parte do Executivo, dos parceiros políticos do Governo — Bloco de Esquerda e PCP — chegaram críticas à proposta do Executivo. “O Governo preferiu o PSD e afastou-se do Bloco de Esquerda”, disse o deputado bloquista João Vasconcelos para mostrar a insatisfação do partido com a proposta que saiu do Conselho de Ministros.

Também o PCP se mostrou descontente com a proposta de lei. Paula Santos, deputada comunista, afirmou que “associar a Lei das Finanças Locais ao processo de descentralização não augura nada de bom” e acusou o Governo de “esconder o incumprimento da Lei das Finanças Locais”. “É inaceitável que adie o cumprimento da Lei das Finanças Locais”, concluiu a deputada comunista.

O ministro da Administração Interna mostrou abertura para ajustar a proposta do Governo durante o debate na especialidade que se seguirá.

Esta manhã, sem um parceiro claro para apoiar a proposta do Governo, o PS e o PCP pediram que a proposta passasse para a comissão parlamentar sem que haja votação no debate na generalidade.

No final do debate, Eduardo Cabrita afirmou que esta é uma “oportunidade histórica” e mostrou-se satisfeito com o facto de “todas as bancadas fazerem declarações solenes sobre a importância da descentralização”.

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Plano de recuperação judicial da Oi aprovado nos EUA

Depois de Portugal e Holanda é agora a vez dos Estados Unidos aprovarem o plano de recuperação judicial da Oi, participada da portuguesa Pharol.

Depois de Portugal e da Holanda é agora a vez de os Estados Unidos darem o seu aval ao plano de recuperação da Oi. A empresa brasileira, participada da Pharol, viu o seu plano de recuperação judicial ser aprovado pelo Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o distrito sul de Nova Iorque.

Em comunicado enviado à CMVM, pela portuguesa Pharol, esta sexta-feira, pode ler-se que aquele tribunal deferiu a medida interposta em nome da Oi, Telemar Norte Leste S.A., Brasil Holdings Coöperatief U.A. e Oi Móvel para “conferir plenos efeitos e eficácia ao plano de recuperação judicial nos Estados Unidos e para fins da legislação dos Estados Unidos em relação a cada uma das devedoras”.

O mesmo documento adianta que a decisão também autoriza a realização das etapas necessárias para a consumação do plano de recuperação judicial, em relação às dívidas regidas pela lei de Nova Iorque e que foram emitidas pela Oi.

A decisão americana dispensa “ainda a oferta e venda de valores mobiliários distribuídos no contexto do plano de recuperação judicial de requisitos de registo dos Estados Unidos que seriam aplicáveis”.

O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado pela justiça brasileira a 8 de janeiro último. Entretanto, a Oi deu conta de que a restruturação da sua dívida tinha ajudado a telecom a regressar aos lucros no primeiro trimestre do ano.

Este anúncio surge no dia em que arranca o prazo para os credores da operadora brasileira Oi exercerem direito de preferência sobre as ações emitidas no âmbito da operação de aumento de capital, num máximo de 2,8 mil milhões de euros, arranca esta sexta-feira, durando um mês.

De acordo com a operadora brasileira, este aumento de capital – aprovado no âmbito do Plano de Recuperação Judicial aprovado em dezembro passado em assembleia-geral no Rio de Janeiro – será realizado através da emissão de entre 1.039.868.479 a 1.756.054.163 novas ações, a um preço de sete reais (1,60 euros) por ação, com o montante total da capitalização de créditos a ser de, no mínimo, 7.279.079.353,00 reais (1,6 mil milhões de euros) e de, no máximo, 12.292.379.141,00 reais (2,8 mil milhões de euros).

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Campeões da Europa “continuam com fome” de vencer, diz o Continente

  • Rita Frade
  • 15 Junho 2018

Continente dá continuidade à campanha que apoiou a seleção nacional no Euro 2016. O retalhista diz que os Campeões da Europa "continuam com fome" de vencer.

Depois da “Fome de Vencer, chega a vez do “Eles Continuam com Fome“. O Continente diz que “este ano é para repetir” e, por isso, dá continuidade à campanha que apoiou a seleção nacional no Euro 2016.

Com esta campanha promocional, o retalhista pretende, precisamente, mostrar que apesar de Portugal ter sido Campeão da Europa em 2016, os portugueses continuam “com fome”, isto é, a querer que a equipa das quinas seja a grande vencedora deste Mundial 2018.

Nos vídeos promocionais da campanha vemos duas crianças, o Francisco e a Inês, que não sabem o que é esperar uma vida inteira para serem campeões.

O Francisco e a Inês representam, assim, uma nova geração (nascida após a vitória de Portugal no Campeonato Europeu de 2016), que “quer mais e não se contenta com pouco“, explica o Continente sobre a campanha.

Para além destes dois anúncios, a marca preparou um conjunto de vídeos para serem emitidos a seguir aos jogos da equipa das quinas, consoante o resultado final: vitória, empate ou derrota.

A campanha multimeios “Fome de Vencer” irá ter também um filme dedicado às memórias da seleção, onde será mostrado o percurso feito pela seleção nacional até se tornar campeão da Europa, em 2016.

O ECO criou, em parceria com a EY, um Prémio Portugal ADdict, para votar na melhor campanha oficial de apoio à seleção nacional no Mundial da Rússia 2018. Vote aqui na sua campanha favorita.

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Agência DBRS passa a dar rating à dívida da Madeira a partir de hoje

Canadianos vão revelar ao final desta sexta-feira a avaliação de risco que fazem da dívida da Região Autónoma da Madeira.

A Região Autónoma Madeira vai passar a ser avaliada pela agência de notação de risco DBRS a partir desta sexta-feira. Os analistas canadianos vão revelar o rating madeirense esta noite, entre as 21h00 e as 23h00.

A informação consta do novo calendário das notações soberanas e sub-soberanas apresentado hoje pela DBRS e ao qual apenas foi acrescentada a Madeira. Além desta avaliação, a região vai estar sujeita a novo exame dos canadianos no dia 19 de outubro.

Importa lembrar que a DBRS já procede a avaliações ao rating a República portuguesa. Por conseguinte, depois de ter melhorado o rating de Portugal para “BBB” no passado dia 20 de abril, a agência canadiana volta a examinar o o soberano português a 12 de outubro.

Os ratings da dívida atribuídos pelas agências como a DBRS são importantes para os investidores porque lhes permite ter uma avaliação independente sobre a capacidade de cumprimento da dívida por parte de um país, região ou empresa.

 

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Crédito ao consumo acelera até abril. Aumentou 18% face a 2017

Os bancos e as financeiras concederam quase 2,4 mil milhões de euros em crédito ao consumo nos primeiros quatro meses do ano. Trata-se de um máximo do histórico do Banco de Portugal.

A concessão de crédito ao consumo continua em alta. Nos primeiros quatro meses do ano, os bancos e as financeiras concederam perto de 2,4 mil milhões de euros em crédito aos consumidores. Trata-se de um novo máximo do histórico disponibilizado pelo Banco de Portugal e corresponde a um aumento de 18% face ao mesmo período do ano passado.

Dados disponibilizados pela entidade liderada por Carlos Costa, nesta sexta-feira, mostram que em abril foram disponibilizados em Portugal 580 milhões de euros em crédito ao consumo. Este montante corresponde a um decréscimo face ao máximo histórico de mais de 659 milhões de euros concedidos em março, que contou com o efeito das compras da Páscoa naquele mês.

Crédito ao consumo nos primeiros quatro meses de cada ano

Fonte: Banco de Portugal

Contudo, o montante concedido em abril eleva para 2.379 milhões de euros o total da concessão registada no acumulado do ano. Este valor corresponde ao mais elevado do histórico do Banco de Portugal, cujo início remonta ao início de 2013. Face aos quatro primeiros meses do ano passado, este montante corresponde ainda a um aumento de 18% na concessão de crédito com esse fim.

A maior disposição das famílias em assumir encargos financeiros com os bancos e as financeiras continua a ser alimentada pela melhoria das suas perspetivas num contexto de recuperação económica do país.

A “vontade” de recorrer mais ao crédito atinge as diferentes finalidades de empréstimos ao consumo. Mas é sobretudo o crédito automóvel e sem finalidade específica que alimenta o crescimento dos níveis de concessão.

Nos primeiros quatro meses do ano, os bancos e as financeiras disponibilizaram 972 milhões de euros em empréstimos para a compra de carro. Ou seja, mais 20% do que o verificado no mesmo período de 2017. Já no segmento de outros créditos pessoais, onde se incluem por exemplo os empréstimos para férias ou para a aquisição de eletrodomésticos, ocorreu um aumento também de 20% face ao período homólogo, mas para 1.030 milhões de euros.

Em qualquer destes segmentos não se assistia a valores tão elevados nos seis anos que abrangem o histórico do Banco de Portugal.

Já no caso da utilização de cartões de crédito e linhas de crédito, contas correntes e facilidades de descoberto, foram disponibilizados nos quatro primeiros meses deste ano 355 milhões de euros em empréstimos, 7% acima do verificado no mesmo período do ano passado. Por sua vez, no crédito pessoal com finalidade de educação saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, os bancos e as financeiras disponibilizaram 22 milhões de euros entre janeiro e abril. Este montante corresponde a uma subida de 37% face ao período homólogo.

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informação)

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