Costa apela ao envolvimento dos cidadãos nas eleições europeias de 2019

  • Lusa
  • 30 Maio 2018

“A União Europeia (UE) não é alguma coisa que está em Bruxelas e existe para além dos cidadãos. Não é verdade”, disse António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, apelou ao envolvimento dos cidadãos nas eleições para o Parlamento Europeu, em 2019, afirmando que “a União Europeia não é alguma coisa que está em Bruxelas e que existe para além” das pessoas.

Num debate com alunos de doutoramento que se realizou no i3S, no Porto, no âmbito da visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal, António Costa disse que “uma boa forma de participar é estar atento às campanhas eleitorais” e depois votar.

“A União Europeia (UE) não é alguma coisa que está em Bruxelas e existe para além dos cidadãos. Não é verdade”, disse, frisando que “todos os centros da UE resultam da participação dos cidadãos”.

Nesta iniciativa, António Costa afirmou que o papel da Europa no combate ao terrorismo é uma mais-valia, porque há cooperação policial e judiciária entre todos os Estados-membros.

“Temos melhores condições para combater o terrorismo e isso é um exemplo de como a Europa pode ser uma mais-valia e como nós podemos ao mesmo tempo sermos capazes de garantir segurança dos europeus e manter a liberdade de circulação”, bem como ter entre a fronteira atlântica e a fronteira da Polónia com a Rússia “um enorme espaço de segurança e justiça”.

Costa disse ser necessário “olhar para as causas do terrorismo”, considerando que “não é por acaso que, na generalidade dos atentados na Europa, os autores não vieram de fora: nasceram, cresceram e viveram muitas vezes na Europa”.

Em relação à livre circulação de pessoas “não temos qualquer hipótese”, disse Angela Merkel, justificando que as “informações não são ainda suficientemente colocadas em rede”, contudo, se “não houvesse cooperação ente serviços e informações não era possível travar esse combate” ao terrorismo.

A chanceler alemã também considerou ser importante olhar para “as razões do terrorismo”, afirmando que “a luta” passa também por se encontrar “soluções politicas” e por reforçar o trabalho de “coesão”, quer na UE como fora dela.

Para António Costa, o que tem sido “um enorme sucesso” da UE ao longo da sua história “é ter conseguido assegurar o maior período de paz” na Europa, “conseguindo encontrar método de conciliar essas vontades, interesses, culturas e perspetivas diversas” de todos os seus estados-membros.

“Cada vaga de alargamento tem sido mais desafiante, mas ao mesmo tempo tem enriquecido mais a Europa do ponto de vista da diversidade”, disse, frisando que “o esforço na compreensão dos outros é absolutamente essencial”.

Para o chefe do Governo, “um dos maiores riscos” no futuro da Europa “é uma certa fratura entre diversas partes da Europa”, mais visível hoje em dia entre o oeste e o este europeu.

“Nós, com experiência secular de circular pela África, américas e ásias, temos muitas vezes dificuldade em compreender como é que países no centro da Europa têm às vezes dificuldades de compreender os outros e de acolher os outros. Se nós não tivéssemos esta experiência de ter andado pelo mundo como descobridores, colonizadores e emigrantes, teríamos a mesma abertura de espírito de acolher os migrantes”, questionou, considerando que provavelmente Portugal teria “desenvolvido a mesma reação” dos outros.

António Costa reafirmou a necessidade de existir “este esforço de compreensão e de superação destas diferenças” e que este tem de ser “um exercício permanente”.

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Wall Street respira fundo. Após tensão italiana, ganha 1%

Nova tentativa do Movimento 5 Estrelas para formar governo de coligação em Itália acalmou nervosismo dos investidores. Em Wall Street, o dia serviu para recuperar perdas.

Sinais de algum alívio na situação política em Itália fizeram os investidores regressarem ao risco esta quarta-feira, isto depois de na sessão anterior muitos terem procurado refúgio em ativos seguro, levando as bolsas americanas a quedas superiores a 1%.

O S&P 500 recuperou de parte das perdas de última sessão, protagonizando um avanço de 1,27%. Acompanharam-no o índice industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq, que fecharam o dia em alta de 1,26% e 0,89%, respetivamente.

A dar força aos poucos investidores estiveram notícias acerca do cenário político em Itália, onde o Movimento 5 Estrelas promoveu um novo esforço para formação de governo de coligação, pedindo ao euro cético Paolo Savona para desistir da sua corrida ao cargo de ministro da Economia.

Materializando este otimismo, Itália foi ao mercado de dívida com sucesso na manhã esta quarta-feira com uma dupla emissão de títulos a cinco e a dez anos. Com isto, o país conteve a escalada do risco que estava a atirar os juros da dívida para níveis preocupantes.

“O mercado está a voltar atrás naquilo que parece ter sido uma reação instintiva na sessão de ontem“, referiu Keith Lerner, estratego da SunTrust Advisory Services, à agência Reuters. “Com muitos investidores de regresso, parece-me que a pressão vendedora está ultrapassada”, acrescentou.

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“Fechámos um ciclo de resiliência do banco. Vamos para um ciclo de inovação”, promete Miguel Maya, o novo CEO do BCP

Miguel Maya, o novo CEO do BCP, garante que o banco vai entrar numa nova fase. Se até agora o foco foi a resiliência, a partir deste momento a instituição vai apostar na inovação.

O BCP entrou num novo ciclo. Se até agora o foco era a resiliência, a partir deste momento o caminho é o da inovação. Esta é a linha de pensamento do novo CEO do BCP, Miguel Maya, aprovado pela assembleia-geral de acionistas com 95,21% dos votos. O gestor, que está no banco há 28 anos, garante, no entanto, que o plano estratégico, que deverá ser apresentado em junho, não será “substancialmente diferente” do que foi que traçado nos últimos anos.

“Fechámos um ciclo de resiliência do banco. E agora vamos para um ciclo de inovação”, afirma o novo CEO do BCP, que, apesar de já ter a aprovação dos acionistas, ainda aguarda pela luz verde do Banco Central Europeu.

“Temos de revitalizar o banco. É isso que temos de fazer. Mas quero discutir com os colegas e depois em conselho de administração. Aí sim apresentaremos ao mercado o plano estratégico”, nota o gestor, que diz abraçar este desafio com “enorme entusiasmo” e “honrando por ter este desafio e por poder contar com um conselho de administração forte”. Este plano, garante Maya, não deverá ser “substancialmente diferentes do que traçámos nos últimos anos”.

Nuno Amado, que esteve seis anos na cadeira de CEO do BCP, já tinha afirmado que Maya deveria manter a mesma linha estratégica. O agora chairman do banco reitera a perspetiva de Maya em relação ao futuro do banco e à necessidade de se entrar num ciclo de inovação e de crescimento. “Vai ser um ciclo de trabalho em conjunto e de desenvolvimento. É importante termos um banco de base privada em Portugal. Lutamos ambos por isso”, diz.

“Acho que todos saímos desta fase e entramos noutra com o dever cumprido”, afirma ainda Amado, acrescentando que “todos vamos entrar no novo ciclo com a vontade de continuar o trabalho”.

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Dividendos no BCP no próximo ano? “Seria muito bom”, diz Sonangol

A Sonangol, o segundo maior acionista do BCP, está satisfeita com a evolução do banco. Mas quer mais, incluindo o pagamento de dividendos.

A Sonangol está satisfeita com a evolução do BCP. Mas pede mais. O representante da empresa no banco, Carlos Saturnino, afirma, após a assembleia-geral de acionistas que elegeu a nova administração, que espera que o banco dê um salto e alcance resultados “melhores e maiores” de maneira a começar a devolver dividendos aos investidores.

“Seria muito bom. Até se fosse este ano”, refere Saturnino questionado à porta da assembleia-geral de acionistas do BCP sobre a possibilidade de a instituição financeira vir a devolver os retornos. O representante da Sonangol pede, por isso, que o banco continue numa reta de recuperação da rentabilidade.

“Para o ano esperamos que, no fim deste exercício, os resultados sejam melhores e maiores. E, pelo que estamos a ver, a tendência caminha para tal”, nota Carlos Saturnino, mostrando-se otimista em relação à evolução das contas da entidade.

Miguel Maya, o novo CEO do BCP, vê este pedido do acionista com normalidade. “A Sonangol teve um papel muito importante na estabilização do banco”, por isso é “normal que os acionistas que fizeram esse esforço peçam mais”, refere o gestor à saída da assembleia-geral.

Quanto à possibilidade de a Sonangol vir a reforçar a participação no BCP, a Sonangol refere que isso não está neste momento em cima da mesa. “Essa decisão não está tomada. A própria Sonangol está num programa de regeneração. Com base nisso, vamos adaptar a estratégia”, afirma.

Foi no final do ano passado que a Sonangol deixou expirar o prazo para reforçar a posição acima dos 20%. “Estamos satisfeitos por sermos a segunda força. Isso não é mau”, diz o representante da empresa. A Sonangol tem, neste momento, 19,49% no capital do BCP, enquanto a Fosun, o maior acionista, tem 27,06%.

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Nowo fica com a Champions em Portugal

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Maio 2018

O conteúdo comprado pela Eleven Sports vai ser distribuído pela Nowo em Portugal, mas ainda não há certeza em relação a quem poderá ou não ver os jogos da Liga dos Campeões e da Liga Espanhola.

A Nowo vai passar a ter a exclusividade dos jogos da Liga dos Campeões e da Liga Espanhola, ao ter assinado um acordo com a Eleven Sports, a empresa que tirou os direitos de distribuição dos jogos destas competições à Sport TV. Ainda assim, não é claro se, na próxima época, a Nowo poderá fazer a revenda dos jogos a outros operadores.

Em comunicado, as duas empresas revelam o estabelecimento de “um acordo de licenciamento de conteúdos”, que permitirá à antiga Cabovisão a distribuição dos canais da Eleven Sports em Portugal, que ainda não foram criados. Já esta terça-feira, a empresa britânica de conteúdos tinha anunciado a compra dos direitos de transmissão exclusivos da Champions e da La Liga.

No mesmo documento, o presidente da Nowo assume que este passo significa um passo “muito importante” ao tornar a operadora “um player decisivo no mercado nacional”. Questionada pelo ECO, fonte oficial da Nowo recusou-se a especificar os detalhes deste negócio. No entanto, o Expresso garante que os jogos não vão ficar apenas para os clientes da empresa liderada por Miguel Venâncio.

A operadora terá confirmado ao jornal que vai criar um novo canal para a distribuição do conteúdo e que o poderá revender às outras operadoras, que não terão, no entanto, a autorização para ter um canal da Eleven Sports. A dúvida em torno dos jogos da liga milionária e da liga do país vizinho fica assim à espera de esclarecimento.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Bloco quer ouvir todos os primeiros-ministros desde o Governo de Durão Barroso, à exceção de António Costa. A primeira lista de personalidades a convidar será aprovada no dia 14 de junho. A Justiça será acionada, disse Mourinho Félix, se a auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos entre 2000 e 2015 revelar indícios de irregularidades que mereçam a intervenção do Ministério Público

O Bloco de Esquerda já entregou o requerimento com a lista de entidades a ouvir e documentos a consultar no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, os chamados Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). Ricardo Salgado e José Sócrates estão na lista de nomes a serem chamados, tal como todos os restantes primeiros-ministros desde o governo de Durão Barroso, à exceção de António Costa. Ao todo, os bloquistas querem ouvir 43 personalidades, entre governantes e ex-governantes, responsáveis de entidades reguladoras e gestores envolvidos no caso dos CMEC.

A auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD) será enviada ao Ministério Público se houver indícios de práticas que possam constituir crimes, disse hoje o secretário de Estado Adjunto e das Finanças no parlamento, em resposta ao CDS-PP.

O investimento abrandou no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior. O Instituto Nacional de Estatística (INE) acredita que a chuva que caiu em março terá penalizado o setor da construção.

Usar gás em Portugal custa mais do que em qualquer outro Estado-Membro da União Europeia. De acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Eurostat, são os portugueses quem mais paga por este tipo de energia, mesmo tendo-se registado um recuo de 2% destas tarifas. No que diz respeito à eletricidade, Portugal só perde o campeonato dos preços altos para a Alemanha.

O Ministério Público entregou ao Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa um pedido para que o licenciamento da construção do chamado “mono do Rato” seja considerado nulo. O tribunal acedeu ao pedido e ordenou a “suspensão imediata” das obras.

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Macedo Vitorino e CCILF organizam seminário sobre resolução de litígios

A Macedo Vitorino & Associados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF) promovem, a 5 de Junho um seminário subordinado ao tema “Resolução de litígios em Portugal".

A Macedo Vitorino & Associados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF) promovem, a 5 de Junho, no auditório da sociedade, um seminário subordinado ao tema “Resolução de litígios em Portugal”.

“É sabido que muitas vezes as empresas desconhecem a forma como os Tribunais estão organizados em Portugal, bem como os seus tempos de decisão e a cultura judicial dominante. E esse desconhecimento determina que não sabem lidar de forma eficiente com litígios com outras empresas, na recuperação dos seus créditos ou até no recurso à arbitragem. Este seminário pretende, assim, dar a conhecer a empresas e organizações a forma como se litiga em Portugal para que possam gerir mais eficientemente os litígios em que estejam envolvidas”, segundo comunicado do escritório.

A sessão terá como orador Pedro de Almeida Cabral, associado sénior da Macedo Vitorino.

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Acionistas aprovam Maya para CEO do BCP com 95% dos votos. Já só falta o BCE

O nome do gestor para substituir Nuno Amado na liderança do BCP foi aprovado com 95,21% dos votos na assembleia-geral de acionistas realizada esta quarta-feira. Fica a faltar o 'ok' do BCE.

É oficial: Miguel Maya é o novo CEO do BCP. O nome do gestor para substituir Nuno Amado, que se mantém como chairman da instituição financeira, foi aprovado com 95,21% dos votos numa assembleia-geral de acionistas que contou com a presença de cerca de 63% do capital do banco. Fica a faltar a aprovação do Banco Central Europeu, que deve chegar dentro de duas semanas.

Na despedida do cargo de CEO, passando agora a chairman do BCP, Nuno Amado começou por fazer uma longa apresentação aos acionistas, seguida por uma sessão de perguntas e respostas. Só depois é que foram votados os dez pontos em discussão, nomeadamente a aprovação da nova comissão executiva agora liderada por Miguel Maya.

O conselho de administração do BCP vai contar com 17 gestores. Na equipa de Maya está Miguel Bragança, João Nuno Palma, José Miguel Pessanha e Rui Teixeira, que transitam do último mandato. Já Maria José Barreto de Campos, que entrou no BCP através do Banco Comercial de Macau, estreia-se nesta nova comissão.

Enquanto a comissão executiva será liderada por Maya, o conselho de administração terá Nuno Amado à frente. O gestor, que foi CEO do BCP nos últimos seis anos, terá consigo Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade indicado pela Fosun, José Elias da Costa (independente), Lingjiang Xu (Fosun), Teófilo da Fonseca (independente), Valter Barros (independente) e Xiao Xu Gu (Fosun).

Foi em março que foram anunciadas as mudanças dentro do BCP. Contudo, Maya ainda aguarda pela aprovação do Banco Central Europeu. Até chegar o ‘ok’ das autoridades, os nomes ficam congelados.

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Lei laboral: Há acordo na concertação social, mas sem a CGTP

  • ECO
  • 30 Maio 2018

O Código do Trabalho voltou esta quarta-feira à concertação social. E conseguiu um acordo, apesar do "chumbo" da CGTP. A proposta de lei vai ser debatida no Parlamento no dia 6 de julho.

Já há acordo. O Governo acertou com os parceiros sociais as alterações à legislação laboral, estando prevista a discussão da proposta de lei no Parlamento no dia 6 de julho. Todos os parceiros aprovaram o documento, exceto a CGTP. Arménio Carlos manteve a decisão de “chumbar” as alterações propostas pelo Executivo.

Os parceiros sociais reuniram-se depois de o Executivo ter apresentado, na semana passada, um novo documento com algumas novidades. Entre estas constava o alargamento do período experimental, para 180 dias, no caso de trabalhadores à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração. A proposta do Governo passou ainda a admitir a possibilidade de serem instituídos bancos de horas por acordos de grupo. Entretanto, foram apresentados outros ajustamentos.

Enquanto a CGTP se manteve afastada do acordo, todos os outros parceiros, ou seja, a UGT e as quatro confederações patronais, aceitaram. Carlos Silva, da UGT, diz mesmo que “é um bom documento”, enquanto a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, apesar de continuar a apontar críticas, revela que houve “ajustamentos positivos”.

Também a CIP fala numa melhoria entre a posição inicial e a atual. António Saraiva nota que estas alterações acabam por não penalizar tanto as empresas como se previa com base no documento inicial apresentado pelo Executivo. A CAP, por seu lado, fala no reconhecimento por parte do Governo da especificidade do setor agrícola, que tem muito trabalho que é sazonal.

A proposta terá de chegar à Assembleia da República em breve, tendo em conta o período de discussão pública. A aprovação pelos parceiros foi sublinhada pelo ministro da Segurança Social, que disse não ter sido um acordo fácil. Vieira da Silva diz que foram atingidos objetivos de “enorme importância” com este acordo, apontando para “a estabilidade” das relações laborais.

(Notícia atualizada às 19:38 com mais informação)

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Bancos de horas individuais podem manter-se por um ano após novas regras. O que mudou na última proposta.

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Maio 2018

Governo conseguiu acordo com patrões e UGT. Proposta prevê que período de estágio profissional anterior ao contrato conta para efeitos de período experimental.

Os bancos de horas já instituídos por acordo individual vão cessar, no máximo, um ano depois da entrada em vigor das novas regras que Governo e parceiros sociais consensualizaram em concertação social. A proposta de acordo que o Executivo apresentou continua a prever a possibilidade, já colocada na semana passada, de fixar bancos de horas por acordos de grupo.

Já se sabia que o Executivo queria eliminar os bancos de horas individuais (acabando assim também com os bancos de horas grupais com origem em acordos individuais), questão que desagradou ao patronato. Mas agora, o novo documento discutido em concertação social estabelece um prazo de transição. A proposta ainda tem de passar pelo Parlamento, onde será debatida a 6 de julho.

O Governo também já tinha admitido junto dos parceiros sociais a possibilidade de estender o período experimental, para 180 dias, no caso de contratos sem termo celebrados com trabalhadores à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração. No documento mais recente, o Executivo acrescenta que, para efeitos de período experimental, conta o período de estágio profissional anterior ao contrato, bem como outras relações de trabalho já previstas na lei. Esta novidade reportará a todas as situações de período experimental, clarificou depois o ministro. O Código do Trabalho já indica que o período experimental deve ser reduzido ou até excluído se, antes, tiver existido, com o mesmo empregador, contrato a termo para a mesma atividade, trabalho temporário no mesmo posto ou contrato de prestação de serviços.

Também já se conhecia a intenção de alargar a duração máxima, de 15 para 35 dias, dos contratos de muito curta duração, que atualmente se aplicam apenas a atividade sazonal agrícola ou eventos turísticos. Mas o documento do Executivo aborda agora este alargamento “em situação de acréscimo excecional e substancial da atividade de empresa cujo ciclo anual apresente irregularidades decorrentes do respetivo mercado ou de natureza estrutural que não seja passível de assegurar pela sua estrutura permanente, nomeadamente em atividade sazonal no setor agrícola ou do turismo”. Aos jornalistas, Vieira da Silva explicou que a possibilidade que existia na lei “é um pouco alargada para ser mais eficaz”, notando que esta figura pretende responder ao “problema da informalidade no mercado de trabalho”.

Entre as novidades inscritas na proposta mais recente — que serviu de base a um acordo entre patrões e UGT, deixando a CGTP de fora — está também a redução do período mínimo de prestação de trabalho anual do contrato intermitente de seis para cinco meses. Proporcionalmente, é reduzido de quatro para três meses o tempo de trabalho consecutivo. Estes contratos estão hoje previstos para empresas que exerçam atividade com descontinuidade ou intensidade variável, admitindo que as partes acordem a prestação de trabalho intercalada por períodos de inatividade. O documento do acordo estabelece ainda que se o trabalhador tiver outra função remunerada durante o período de inatividade, o empregador deve informá-lo do início da atividade no âmbito do contrato intermitente com antecedência de 30 dias e, aí, o montante da segunda atividade é deduzido à compensação prevista na lei ou em convenção coletiva.

Os contratos temporários terão um limite de seis renovações, exceto — acrescenta agora a proposta — se for para substituir trabalhador ausente ou temporariamente impedido de trabalhar.

Com as novas regras, a denúncia de convenções coletivas tem de ser justificada, mas no documento anterior o Governo era mais abrangente nos motivos que elencava. Aliás, uma das críticas que a CGTP fazia dizia respeito aos motivos apontados. Agora, o Governo reporta a fundamentação a motivos de ordem económica, estrutural ou desajustamentos do regime da convenção denunciada.

Fica ainda previsto que, no âmbito do pagamento de horas extra, as convenções coletivas só podem afastar as normas previstas na lei se for em sentido mas favorável.

Nova taxa menos abrangente

O Governo mantém neste documento as alterações já previstas no âmbito da contratação a termo. E continua a prever a introdução de uma taxa, até 2%, para empresas cuja contratação a prazo exceda a média do setor. Mas agora explica que, para o apuramento da proporção anual de contratos a termo, não contam aqueles que são obrigatoriamente celebrados a prazo por imposição legal “ou em virtude dos condicionalismos inerentes ao tipo de trabalho ou à situação do trabalhador“. Isto além dos contratos de muito curta duração e dos vínculos celebrados para substituir trabalhador em licença de parentalidade ou baixa superior a 30 dias.

Os representantes patronais da agricultura apontaram favoravelmente para as mudanças recentes neste ponto. E o ministro do Trabalho explicou depois que “algumas situações profissionais que por imposição legal não podem ser transformadas em contratos não permanentes não serão contabilizadas para esse efeito e isso pode abranger a situação da agricultura”. A taxa começará a ser paga em 2020.

A duração máxima dos contratos a termo desce de três para dois anos. Questionado sobre a abrangência da norma, o ministro Vieira da Silva disse que a lei vai regular todos os prazos de concretização e nota que o Governo costuma respeitar “o enquadramento legislativo”. “Obviamente que contratos que foram celebrados com outro enquadramento legislativo, nós respeitaremos”, notou.

(Notícia atualizada às 21:27)

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Uría organiza “Jornadas de reestruturações e insolvência”

Alterações em sede de insolvência ou o Regime Extrajudicial da Recuperação de Empresas foram alguns dos temas discutidos na conferência que decorreu no Grémio Literário, em Lisboa.

Recentes alterações em sede de insolvência, alterações em sede de PER e PEAP, regime extrajudicial da Recuperação de Empresas, conversão de créditos em capital, aspetos fiscais em insolvência, PER e RERE foram alguns dos assuntos discutidos nas “Jornadas de reestruturações e insolvência”, que a Uría Menéndez- Proença de Carvalho (UM- PC) organizou na terça-feira, no Grémio Literário, em Lisboa.

“Estamos muito satisfeitos com o facto de as nossas Jornadas, quatro anos volvidos sobre o seu início, já se terem afirmado como uma referência para os profissionais da área das reestruturações e insolvências”, segundo avançou à Advocatus David Sequeira Dinis, sócio de contencioso da UM-PC.

O evento contou ainda com a presença de outros advogados do escritório: Nuno Salazar Casanova, Pedro Ferreira Malaquias, Duarte Garin, António Castro Caldas e João Anacoreta Correia. Outros profissionais do mundo como a juíza desembargadora Fátima Reis Silva e a professora universitária Maria do Rosário Epifânio.

 

 

 

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Merkel alerta em Braga para o desafio de encontrar mão de obra qualificada na Europa

Angela Merkel e António Costa inauguraram, em Braga, o novo centro de tecnologia e desenvolvimento da Bosch. Merkel alerta para o desafio que é a falta de mão de obra qualificada em toda a Europa.

Angela Merkel realçou a importância da cooperação entre Portugal e a Alemanha, destacando a importância do trabalho em rede para fomentar o futuro da Europa. E aproveitou para deixar alguns alertas, nomeadamente para a dificuldade que existe em toda a região em captar mão de obra qualificada.

Acompanhada pelo primeiro-ministro português, António Costa, a chanceler alemã, que ao início da tarde desta quarta-feira participou na cerimónia de inauguração do novo centro de tecnologia e desenvolvimento da Bosch, em Braga, sublinhou a importância de trabalhar no futuro da Europa.

A nossa prosperidade [Europa] depende de sermos inovadores, pelo que é uma enorme alegria estar a trabalhar no futuro da Europa“, destacou Merkel para quem este “é um bom dia da cooperação luso-alemã”.

Merkel pôs ainda a tónica do seu curto discurso na dificuldade que existe em toda a Europa em captar mão de obra qualificada. E deixou um repto ao presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, e a todos os estudantes da Universidade do Minho para que “apostem nas profissões do futuro” e, sobretudo, que “respeitem o entusiasmo dos alunos”.

“A mão de obra qualificada é um enorme desafio para a Europa”, referiu para logo a seguir acrescentar: “A política de inovação tem sido bem-sucedida e os ecossistemas são muito importantes para a investigação aplicada”.

Merkel, que chegou a Braga pelas 15h50, acompanhada por fortes medidas de segurança, num Audi A6, considera que o desemprego é ainda um problema na Europa, e também em Portugal. Isto apesar de os dados divulgados pelo INE que mostram que a taxa de desemprego está em 7,5%, a mais baixa dos últimos 14 anos.

"A mão de obra qualificada é um enorme desafio para a Europa.”

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha

A chanceler alemã esteve em Braga para inaugurar o novo centro de Tecnologia e Desenvolvimento da Bosch. Costa justificou o convite feito a Merkel para se deslocar até àquela cidade minhota porque “a Bosch não é uma empresa qualquer”, salientando que o grupo alemão é um bom exemplo do que melhor se faz em Portugal e, sobretudo, é um bom exemplo do “espírito europeu”.

Para Costa, mais importante ainda é “conseguir juntar recursos e saber com a consciência de que seremos capazes de o fazer melhor”.

“Não é só juntar países à volta da mesa do conselho para tomar decisões. É a capacidade de fazermos em conjunto, fazer melhor, e uma Europa que possa defender o seu modelo social, o seu standard de vida e o seu standard ambiental”, afirmou António Costa.

Já Dirk Hoheisl, membro do conselho de administração da Bosch, destacou a importância deste centro como um marco na ligação entre a “Universidade do Minho, a Bosch e o Governo português”.

Para o administrador da Bosch, os investimentos alemães “são também um sinal de confiança na mão de obra portuguesa”. Dirk destacou que vai “ter mais 200 engenheiros na área de sensores, numa clara visão de um mundo com mais mobilidade, sem acidentes e sem stress, numa crescente automação dos veículos”.

Hoheisel destacou ainda a importância da Bosch para Portugal, uma empresa que “representa 1% do PIB português e que emprega 4.500 colaboradores, 500 dos quais contratados no ano passado”.

Já para Carlos Ribas, administrador da Bosch Portugal, “a necessidade de um novo centro de T&D da Bosch em Braga, surge com a diversificação dos projetos de inovação na empresa, incluindo o desenvolvimento de software“.

A nossa prosperidade [Europa] depende de sermos inovadores, pelo que é uma enorme alegria estar a trabalhar no futuro da Europa.

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha

Carlos Ribas afirma que “os novos projetos, bem como o investimento nas novas infraestruturas e na expansão das equipas, demonstram que a Bosch vêm um enorme potencial em Portugal, tanto pela competência dos seus profissionais como pela disponibilidade do Governo português para apoiar os projetos”.

Chega de Audi, parte de VW T-Roc

Merkel chegou a Braga poucos minutos depois da hora prevista (16h50), num automóvel de marca alemã, um Audi A6, e rodeada por cinco batedores da GNR.

A visita ao novo centro de tecnologia e desenvolvimento da Bosch, um investimento de perto de três milhões de euros, e onde irão trabalhar 220 pessoas até ao final do ano, começou de seguida. Mas só para alguns. A maior parte dos convidados e dos jornalistas teve que aguardar numa tenda nas imediações do centro de desenvolvimento da condução autónoma.

Entre os convidados, estava Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, Isabel Furtado, a recém-empossada presidente da Cotec, António Murta, presidente da Enabler, ou Valente de Oliveira, ex-ministro do PSD e atual presidente do conselho geral da Universidade do Minho, e ainda António Cunha, ex-Reitor da Universidade do Minho para só falar nos nomes mais sonantes.

Depois da visita, a chanceler alemã, muito sorridente, entrava finalmente no auditório para alertar para a necessidade de encontrar mão-de-obra qualificada em toda a Europa.

“Parece bem mais nova ao vivo”, eram alguns dos comentários dos convidados presentes na sala.

Merkel, que falou em alemão, foi ainda convidada por António Costa a descerrar a placa de inauguração do novo centro.

Numa empresa tão inovadora, e onde nos últimos três anos, foram investidos cerca de 200 milhões de euros, só faltava mesmo uma rede wi-fi para os jornalistas conseguirem trabalhar.

De Braga, Merkel que fica em Portugal, durante dois dias, seguiu para o Porto, noutro carro de marca alemã, desta feita produzido pela Autoeuropa, o Volkswagen T-Roc, acompanhada pelo primeiro-ministro, António Costa.

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