Vodafone España pode despedir até 1.000 trabalhadores

A Vodafone em Espanha está a estudar a apresentação de um pedido para levar a cabo um despedimento coletivo que pode afetar 20% da força de trabalho da empresa.

Pressionada pela “guerra” dos preços nas telecomunicações, a Vodafone España, liderada pelo português António Coimbra, tem planos para despedir até 1.000 trabalhadores, um número que representa cerca de 20% da força de trabalho. A notícia foi avançada pelo Expansión e pelo El País. A empresa tenciona abrir negociações com os sindicatos em breve, no sentido de levar a cabo este plano, mas a imprensa espanhola sublinha que os representantes sindicais ainda não foram formalmente informados da situação.

O El País sublinha que a empresa ainda não fechou o número exato de pessoas tem de despedir para voltar ao equilíbrio, mas está a estudar apresentar um Expediente de Regulación de Empleo, que é, em linhas gerais, uma autorização para levar a cabo um despedimento coletivo. A subsidiária espanhola tem, atualmente, mais de 5.000 trabalhadores.

Contactada pelos dois jornais, a Vodafone España não comenta estas informações. O ECO contactou a Vodafone Portugal, no sentido de apurar se a situação débil da congénere espanhola poderá provocar ondas de choque em Portugal, mas a empresa também não quis comentar. “A Vodafone Portugal não tem qualquer comentário a fazer”, disse fonte oficial da empresa, em resposta a um conjunto de questões remetidas pelo ECO.

A notícia não está a refletir-se no desempenho do grupo Vodafone na bolsa de Londres. As ações da empresa seguem a valorizar 1,62%, para 154,46 pence.

Vodafone España com menos ambição

No início deste mês, a Vodafone España revelou um plano de redução de custos operacionais no valor de 1,2 mil milhões de euros, a implementar até 2021, mas não detalhou em que áreas é que os cortes iriam ter maior influência. Também nessa altura, a empresa baixou o seu valor em 2,9 mil milhões de euros, face à redução das ambições para o futuro, depois de revelar ter perdido 98 mil clientes de TV por subscrição e uma queda nas receitas de 3,2%, para 2,42 mil milhões de euros, entre abril e setembro (o primeiro semestre fiscal da empresa).

Em contrapartida, em Portugal, o negócio tem seguido em sentido inverso. As receitas totais da Vodafone Portugal no mesmo período aumentaram 2,3%, para 490 milhões de euros, devido à “progressiva recuperação” do negócio no segmento móvel, como explicou Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal, em meados deste mês de novembro.

Tal como fez a concorrente Altice, a Vodafone também se prepara para vender torres de telecomunicações em vários mercados, revelou o novo homem-forte do grupo, Nick Read. O objetivo passará por abater dívida da empresa, que rondará os 31 mil milhões de euros. A Vodafone detém atualmente 110 mil torres de telecomunicações na Europa e, desse número, controla diretamente 55 mil torres, avaliadas em cerca de 12 mil milhões de euros.

A “guerra” dos preços é uma forma de ilustrar a concorrência pelo preço dos serviços em telecomunicações, um problema que está a afetar várias operadoras do setor em vários mercados internacionais. Por exemplo, o grupo Altice, que detém a Meo em Portugal e a SFR em França, viu as receitas do terceiro trimestre deste ano caírem 6,3%, para 3,44 mil milhões de euros, devido à concorrência dos preços e às campanhas promocionais agressivas que estão a pressionar o negócio no mercado francês.

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FOX Life| The Resident 2 – ESTREIA 28 de Novembro

  • ECO + FOX
  • 23 Novembro 2018

A entrar na sua segunda temporada, ‘The Resident’ continua a levantar a cortina e a revelar a verdade sobre o que realmente acontece, tanto bom como mau, nos hospitais pelo país fora.

Este drama médico provocativo segue um grupo de médicos no Chastain Memorial Hospital à medida que enfrentam desafios pessoais e profissionais no seu dia a dia.

Na segunda temporada vamos encontrar a estrela do hospital, o Dr. Conrad Hawkins (Matt Czuchry) a tomar decisões difíceis para conseguir o melhor para os seus clientes. Mas, tendo voltado a reacender a relação romântica com a enfermeira Nicolette “Nic” Nevins (Emily VanCamp), os dois vão ter de enfrentar problemas não resolvidos do passado. O pai de Conrad, Marshall Winthrop (Glenn Morshower) tomou o lugar de diretor do hospital e entra em conflito direto com o mais recente CEO, o Dr. Randolph Bell (Bruce Greenwood). Entretanto, a Dr.ª Mina Okafor (Shaunette Renée Wilson) continua a trabalhar com o seu mentor, o Dr. AJ Austin (Malcolm-Jamal Warner). No entanto, as capacidades da nova cirurgiã ortopédica, a Dr.ª Kitt Voss (Jane Leeves) pode fazer com que Mina siga por um caminho diferente. O residente do primeiro ano, Dr. Devon Pravesh (Manish Dayal) fica intrigado com a nova representante de dispositivos médicos Julian Booth (Jenna Dewan).

Uma série a não perder, Quartas, às 22.20.

 

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Petróleo abaixo dos 60 dólares. Afunda mais de 5% em Londres

As cotações da matéria-prima acentuam a tendência negativa. Registam quedas que chegam aos 7% em Nova Iorque, recuando para mínimos de um ano.

O petróleo está a afundar nos mercados internacionais. Acentua a tendência negativa das últimas semanas, tocando novos mínimos de um ano apesar de a OPEP estar a preparar um corte na produção. Enquanto em Nova Iorque o WTI cai 7%, o Brent, em Londres, está já abaixo dos 60 dólares por barril.

No mercado londrino, as cotações da matéria-prima já estão a cair 5,05%, para os 59,44 dólares, o valor mais baixo desde outubro de 2017. Já o barril de crude (o West Texas Intermediate), que está também a negociar em terreno vermelho, está a cair 7,01% para cotar nos 50,80 dólares, mínimo também de outubro do ano passado.

Estas quedas vêm acentuar a tendência negativa das últimas semanas, que atirou o petróleo para bear market. Em sete semanas, a cotação do barril de petróleo encolheu acima de 17%, tendo descido muito mais face ao último máximo.

De acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), a oferta global, liderada pelos Estados Unidos, está a crescer mais depressa do que a procura, situação que cria um excedente no mercado. Com oferta a mais, os preços descem.

Perante este contexto, e para eliminar os excedentes de combustível não utilizados, espera-se que a OPEP comece a limitar a produção, após uma reunião marcada para o dia 6 de dezembro. A Arábia Saudita já disse que iria reduzir a oferta, mas apenas para corrigir este excesso no mercado.

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CML interrompe hasta pública dos terrenos da Feira Popular

  • ECO e Lusa
  • 23 Novembro 2018

A Câmara de Lisboa decidiu interromper a hasta pública dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, de modo a permitir que os investidores consultem a nova pronúncia do Ministério Público.

A Câmara de Lisboa decidiu interromper a hasta pública dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, de modo a permitir que os investidores consultem a nova pronúncia do Ministério Público (MP). O leilão deverá ser retomado a 3 de dezembro, avança a SIC Notícias.

“A decisão do júri é de interromper” o procedimento, disse o diretor municipal de Gestão Patrimonial da Câmara de Lisboa, António Furtado. A informação foi transmitida pouco tempo depois da abertura da hasta pública e antes de serem abertas as três propostas apresentadas. “Foi aberto o ato público, será interrompido neste momento e será retomado no dia 03” de dezembro, referiu o diretor, apontando que será distribuída aos interessados uma “cópia integral da pronúncia da senhora procuradora”, endereçada na quinta-feira ao município liderado por Fernando Medina.

A poucas horas da abertura da hasta pública dos terrenos em causa (que aconteceu, esta sexta-feira, pelas 10h00), o MP desafiou o Executivo de Fernando Medina a fazer a “reponderação da operação” para “expurgar os vícios de que resultem nulidade ou anulabilidade do projeto”.

De notar que, no início do mês, o MP já tinha expresso dúvidas sobre quase todos os detalhes dos planos para os terrenos da antiga Feira Popular, pondo em causa, nomeadamente, a edificabilidade e percentagem de habitação constante no projeto, a figura de operação integrada, a unidade de execução e ainda a eventual ausência de um parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil.

Na ocasião, a Câmara Municipal desvalorizou os argumentos da Procuradora da República, que voltou a enviar um novo ofício a Medina, na quinta-feira, mantendo praticamente todas as críticas anteriores.

Foi neste quadro que, de acordo com a SIC Notícias, o Executivo municipal decidiu interromper, esta manhã, o leilão em causa, para permitir que os investidores consultem essa pronúncia do MP. A hasta pública deverá, entretanto, ser retomada a 3 de dezembro.

(Notícia atualizada às 11h23)

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Diretor-geral da Energia afastado por Galamba “não tinha o perfil indicado”

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

João Galamba explica que procurou para a liderança da DGEG "alguém com muita experiência e currículo na área da energia e da eficiência energética", perfil que encontrou em João Bernardo.

Mário Guedes, o diretor-geral de Energia e Geologia que foi afastado pelo secretário de Estado da Energia, “não tinha o perfil indicado” para conduzir o país na transição energética. A justificação foi dada pelo próprio João Galamba, esta sexta-feira, ao Público (acesso condicionado).

Em declarações a este jornal, o secretário de Estado explica que procurou para a liderança da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) “alguém com muita experiência e currículo na área da energia e da eficiência energética”. João Bernardo, que tinha sido despromovido da liderança da DGEG em março deste ano, regressa agora a este cargo por ter “reconhecimento interno e externo” nestas áreas, justificou João Galamba.

João Bernardo foi afastado das funções que irá agora voltar a assumir por “falhas no cumprimento das atribuições, com impacto negativo no serviço público”, de acordo com um despacho assinado por Mário Guedes. Questionado sobre este assunto, João Galamba aponta apenas que “não foi aberto qualquer processo disciplinar”. E acrescenta: “O trabalho e as qualidades profissionais do João Bernardo são muito apreciadas por todos os anteriores diretores-gerais”.

Já Mário Guedes, engenheiro de minas que foi técnico especialista no gabinete do ex-secretário de Estado Jorge Seguro Sanches e ainda membro da administração da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, não detinha as competências procuradas por Galamba. “Sendo um especialista em pedreiras e minas, entendeu-se que não tinha o perfil indicado” para conduzir a DGEG na “importante agenda” da transição energética.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

Despedimentos da Vodafone em Espanha, aperto do BCE à concessão de crédito, acusações de Espanha ao Reino Unido sobre Gibraltar, substituição à vista de Ghosn e crise das criptomoedas marcam o dia.

A Vodafone poderá estar a reparar-se para despedir até mil trabalhadores em Espanha devido ao agudizar da concorrência. Já o BCE terá estabelecido como prioridade para o próximo ano olhar com atenção para os critérios para a disponibilização de crédito à habitação e outras finalidades com o objetivo de combater os ativos tóxicos nas mãos da banca europeia. O Brexit volta a ser notícia, com o agudizar da tensão entre Espanha e o Reino Unido relacionada com Gibraltar. Também Carlos Ghosn volta às principais páginas dos jornais. Depois de afastado pela Nissan devido às acusações de fraude, deverá ver escolhido o seu substituído em dezembro. Nos mercados, as criptomoedas voltam a ser notícia, naquela que será a pior semana em termos de desempenho desde o rebentar da bolha, em janeiro.

El País

Vodafone estuda despedimentos em Espanha. Podem chegar a 1.000

A Vodafone estará a a preparar-se para apresentar um plano que prevê uma redução de postos de trabalho em Espanha, no seguimento do aumento da concorrência. A notícia é avançada pelo El País (acesso grátis) nesta sexta-feira, dando conta que apesar de não haver um número fechado, os despedimentos podem atingir um total de 1.000 trabalhadores. Ou seja, o equivalente a 20% face aos 5.000 trabalhadores que a telecom dispõem em Espanha. Os despedimentos terão como principal foco as áreas de sistemas e comercial.

Expansión

BCE quer vigiar “à lupa” concessão de crédito à habitação

O Banco Central Europeu (BCE) prepara-se para olhar com mais atenção para a disponibilização de empréstimos para a compra de casa, uma medida que estabeleceu como prioridade para o próximo ano. O Expansión (acesso grátis) explica, nesta sexta-feira, que a entidade liderada por Mario Draghi quer apertar a malha aos ativos tóxicos da banca, pretendendo assim examinar pela primeira vez os critérios de concessão de crédito à habitação e de outro tipo de financiamentos, como para consumo.

Reuters

Nissan pretende nomear substituto para Ghosn em dezembro

A Nissan Motor pretende nomear um novo presidente, para substituir Carlos Ghosn que foi detido por fraude fiscal, dentro de um mês ou dois. Fonte próxima do processo adiantou à Reuters (acesso grátis) que tal poderá acontecer ainda antes da próxima reunião da administração que acontece a 20 de dezembro, disse uma fonte familiar com a matéria. A indicação do substituto do gestor libano-brasileiro será feita pelo recém-criado comité consultivo da fabricante automóvel japonesa, que inclui os três diretores independentes da empresa.

The Guardian

Espanha acusa Reino Unido de “traição” por causa de acordo para Gibraltar

O Reino Unido foi acusado por Espanha de “traição” e de atuar “sob a cobertura da escuridão” numa escalada da guerra de palavras sobre o futuro de Gibraltar, que pode comprometer o acordo sobre o Brexit, dá conta o The Guardian (acesso grátis). Theresa May é acusada de introduzir uma cláusula no acordo de retirada que garantiria que Gibraltar fosse coberto por um futuro acordo comercial negociado com Bruxelas.

Bloomberg

Criptomoedas perdem mais de 600 mil milhões numa semana

Os adeptos das criptomoedas estão a ter uma semana “para esquecer”. As moedas digitais registaram perdas de perto de 700 mil milhões de dólares (mais de 600 mil milhões de euros), no balanço daquela que é a pior semana desde o rebenta da bolha, dá conta a Bloomberg (acesso grátis) nesta sexta-feira. Esta sexta-feira, a bitcoin mergulhou abaixo dos 4.000 dólares, ditando ao índice Galaxy da Bloomberg um deslize de 23% desde o dia 16 de novembro. Trata-se do pior registo desde o pico da criptomania em janeiro.

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Centeno apela à “redução da pressão dos investimentos especulativos no curto prazo”

Na conferência anual organizada pela CMVM, em Lisboa, o ministro das Finanças diz que a sustentabilidade tem de estar no topo da agenda do setor financeiro.

O investimento sustentável deve ser uma prioridade, que poderá gerar ganhos numa estratégia de longo prazo, segundo defendeu o ministro das Finanças, na conferência anual organização pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que se realiza esta sexta-feira em Lisboa, com o tema “Sustainable Finance: The Road Ahead”. Em sentido contrário, Mário Centeno alertou para o impacto que a sustentabilidade tem na estabilidade do sistema financeiro.

O ambiente é um dos focos do investimento sustentável e a dimensão mais visível, de acordo com Centeno. “Entre 2007 e 2016, os custos económicos com eventos climatéricos extremos aumentaram 86%. Foram 117 mil milhões de euros, só em 2017, e o aumento dos desastres naturais vai afetar o setor segurador”, alertou o ministro. “Mas este não é um problema exclusivo do setor segurador”.

Para Centeno, este é apenas um exemplo de como “a sustentabilidade pode afetar a estabilidade financeira”. Defendeu que uma economia mais verde e mais sustentável será a chave para cumprir o Acordo de Paris. O tratado sobre mudanças climáticas assinado em 2015 aponta medidas de redução de emissão dióxido de carbono a nível global e irá implicar um investimento de 180 mil milhões de euros nas próximas duas a três décadas.

Neste campo, Centeno apontou para o papel dos vários intervenientes. Do lado dos Estados, lembrou que a União Europeia adotou um plano de ação para as finanças sustentáveis que visa ligar o setor financeiro às necessidades da Europa e da economia em geral, nomeadamente no que diz respeito ao caminho para uma economia circular mais eficiência e com menos desperdício.

Privados e reguladores chamados a entrar no tema

A grande crítica do ministro das Finanças prende-se com a urgência dos ganhos financeiros em detrimento da sustentabilidade de longo prazo. “Algumas das atuais práticas, privilegiam ganhos elevados e de curto prazo. É necessária uma redução da pressão dos investimentos especulativos no curto prazo”, disse.

Incentivou, por isso, os intermediários financeiros a assegurarem que projetos verdes têm investimento para avançarem e referiu que o tempo é o fator essencial no processo de tomada de decisão. “A segunda maior crise do nosso sistema financeiro deu-se porque encurtámos os tempos, o que aumenta o risco e a desigualdade. Temos que evitar que volte a acontecer. É uma matéria de cidadania”, disse Centeno.

“Se os intermediários financeiros querem servir melhor os clientes, o investimento sustentável tem de estar no topo das possibilidades. Ignorar o fator sustentabilidade pode prejudicar a rendibilidade de longo prazo”, sublinhou.

No entanto, as responsabilidades vão além dos governos. “É um desafio para o qual empresas têm um contributo a dar. Muito do investimento [para a economia circular] terá de ser feito pelo privado”, afirmou o ministro das Finanças. Já para o supervisor, Centeno alertou que é necessário prevenir o uso abusivo da marca verde, mas também aumentar a consciência dos investidores sem esquecer os fatores sociais e de governação.

A CMVM concorda que a tendência irá marcar o investimento no futuro e que em breve o sistema financeiro será conduzido por uma nova geração comprometida com valores de sustentabilidade e com tendência para valorizar, em todas as escolhas, opções verdes ou de impacto social, segundo explicou a presidente da comissão, Gabriela Figueiredo, na abertura do evento.

“Estamos já a ser chamados a intervir, enquanto reguladores e supervisores, através da participação empenhada na construção do direito europeu nesta matéria e da sua incorporação e implementação a nível nacional, incluindo na supervisão. Com a missão principal, nesta fase, de eliminar o risco de branqueamento de práticas negativas por via das finanças sustentáveis e assegurar que a informação que chega ao mercado nesta matéria é rigorosa e credível”, afirmou a presidente da CMVM.

Regulador lança consulta pública sobre investimento sustentável

A Comissão Europeia está a trabalhar na criação de regras uniformes sobre a informação não-financeira das empresas de grande dimensão, que estão já a ser objeto da supervisão da CMVM após a sua adoção em Portugal. Propôs também três regulamentos europeus que visam disciplinar, entre outros aspetos, a divulgação pelos investidores institucionais de informação sobre o modo como os riscos ambientais, sociais e de governo são considerados no processo e decisão de investir.

Em Portugal, a CMVM irá lançar em breve uma consulta pública sobre o tema, cujo objetivo é extrair conhecimento sobre o que está a ser feito em temos de finanças sustentáveis, os riscos associados, as oportunidades que o regulador poderá ajudar a criar, as expectativas dos cidadãos e das instituições, mas também o que a comunidade espera, e não espera, da CMVM enquanto regulador dos mercados.

O alegado dilema do regulador do mercado entre a proteção dos investidores e o contributo para o desenvolvimento do mercado constitui um falso dilema em torno de uma falsa incompatibilidade. É evidente que a prossecução de cada um destes objetivos de missão exige um rigoroso alinhamento e coordenação entre ambos. Ambos constituem objetivos de primeira linha para o regulador dos mercados e os pilares centrais da sua missão. O tema da sustentabilidade inscreve-se, em suma, na intersecção desses dois pilares”, acrescentou Gabriela Figueiredo.

No ano passado, o volume de emissões de obrigações verdes atingiu cerca de 140 mil milhões de euros, aumentando 14 vezes desde 2013. Os desinvestimentos em ativos intensivos em carbono ascenderam a 5 biliões de euros por ano. E estima-se que os ativos sob gestão que incluem algum tipo de princípio de preocupação ambiental, social ou de governação, estará já próximo dos 100 biliões de euros, de acordo com os dados apresentados pela CMVM.

(Notícia atualizada às 10h30)

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Descontos de 50%, 60% e 70% na Black Friday? Deco alerta para manipulação de preços

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

Deco tem verificado a existência de oscilações dos preços, com aumentos em vésperas de épocas de promoções ou saldos. Aconselha os consumidores a terem cuidado com os descontos.

É sexta-feira. Mas esta é diferente. É a Black Friday, dia em que muitas lojas colocam todos, ou quase todos, os seus produtos com preços muito mais baixos. Ou, pelo menos, é o que anunciam. A Deco duvida. A associação de defesa dos consumidores alerta para a possível manipulação dos preços.

Não há ano em que não se registem vários relatos e denúncias, por parte dos consumidores, de falsos descontos ou de descontos menos interessantes que o anunciado, ou seja, de manipulação de preços dos produtos em promoção”, diz a Deco, em comunicado.

Desde 2015 que tem acompanhado e monitorizado o comportamento e evolução dos preços praticados, antes e durante as promoções, e “tem verificado a existência de oscilações dos preços, com aumentos em vésperas de épocas de promoções ou saldos”. Ou seja, os descontos de 50%, 60% e 70%, em alguns casos, não são bem assim.

A Deco diz que esta “manipulação de preços não é generalizada, mas põe em xeque a Lei dos Saldos e das Promoções e a Lei das Práticas Comerciais Desleais, pois leva o consumidor a acredita que está a comprar com um desconto real, quando, na verdade, não está”.

Para acabar com esta prática lesiva para os consumidores, a Deco defende “a necessidade da divulgação do preço mínimo praticado nos 30 dias anteriores ao desconto ou promoção anunciado e, nas lojas online, a apresentação gráfica da variação dos preços praticados, ao menos, nos últimos 30 dias”.

Enquanto não são implementadas estas ou outras medidas que evitem estas práticas por parte das empresas, e para garantir que os consumidores fazem bons negócios, a Deco aconselha os clientes a consultarem os preços antecipadamente. E podem recorrer à ajuda do comparador da própria associação.

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César: PCP e BE “preocupam-se menos com despesa, mais com resultados”

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

Líder do PS mostra-se preocupado com a votação na especialidade do OE. Teme o grau de despesa e influência no equilíbrio orçamental dessa votação, apontando o dedo aos parceiros de coligação.

Com o Orçamento do Estado aprovado na generalidade, segue-se a votação na especialidade. E nesta, há vários temas quentes em cima da mesa, sendo que em alguns deles estão a desenhar-se maiorias negativas que podem custar muitos milhões de euros ao Estado. Carlos César teme a influência no equilíbrio orçamental dessas maiorias, lançando críticas aos seus parceiros de coligação, o PCP e o BE.

Em entrevista à TSF, o líder da bancada parlamentar do PS revela “dúvidas e algumas preocupações quanto à sua votação na especialidade e ao grau de despesa e à influência no equilíbrio orçamental que possa decorrer dessas apreciações“. Não nomeia nenhuma medida em específico, evitando temas como o da contagem integral do tempo de serviço dos professores.

Com PCP e BE a juntarem-se à direita nalguns destes temas, César lança críticas. São evidentemente parceiros que se têm preocupado menos com o nível da despesa e mais com o nível dos resultados. Nós não escondemos que temos essa diferença quando avaliamos a política orçamental”, diz.

Afirma que os socialistas têm sido “mais conscienciosos”, alertando para os riscos que podem decorrer de um desequilíbrio nas contas públicas. “Se houver um desequilíbrio ou um colapso nas finanças públicas, nós perdemos a embalagem que hoje temos na recuperação de apoios sociais e comprometemos claramente a credibilidade do Estado português e de um Governo apoiado à esquerda”, avisa.

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PCP vota textos da direita sobre tempo de serviço dos professores

  • ECO
  • 23 Novembro 2018

O PCP mostra aproximação ao PSD o que será determinante na votação das propostas sobre a contagem de tempo de serviço dos professores. Mário Nogueira apela a convergência entre os partidos.

O PCP vai votar a favor da proposta do PSD e do CDS sobre a contagem de tempo de serviço que esteve congelado nas carreiras especiais da função pública, como a dos professores.

O Público (acesso condicionado) avança na edição desta sexta-feira que este posicionamento dos comunistas é uma tentativa de aproximação PSD, o que será determinante na votação das propostas sobre esta matéria, uma vez que o PS deverá votar contra tendo em conta o decreto-lei já aprovado pelo Governo sobre os professores.

Paula Santos, vice-presidente da bancada do PCP salienta que o partido acompanhará “esta formulação [do retomar das negociações] porque a nossa proposta parte daquilo que está aprovado”. A deputada referia-se ao faseamento da valorização salarial acordada por negociação coletiva na Região Autónoma da Madeira.

A aprovação da proposta do PSD e do CDS implica o retomar das negociações entre sindicatos e Governo. Aliás, a proposta dos sociais-democratas retoma ipsis verbis o que está inscrito no OE deste ano.

No que toca à proposta do PCP esta defende que a valorização salarial seja feita num prazo máximo de sete anos, dois anos mais do que propõe o Bloco de Esquerda. O Bloco propõe ainda o pagamento de 20% ao ano.

Sobre esta proposta, a deputada do PCP refere que esta suscitou dúvidas por se tratar “de uma solução que não foi alvo de negociação coletiva”, o que poderia causar atrasos no processo.

Já o dirigente sindical, Mário Nogueira mostrou receio de que nenhuma das quatro propostas – BE, PCP, CDS e PSD – sejam aprovadas, uma vez que o PS deverá votar contra todas, e apelou a uma convergência entre os partidos.

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Três grandes já encaixaram mais de 650 milhões no mercado obrigacionista

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Sporting foi a última SAD a recorrer ao mercado numa operação em que obteve 26 milhões de euros, aquém dos 30 que pretendia.

As sociedades anónimas desportivas (SAD) de Benfica, Sporting e FC Porto já encaixaram 652,5 milhões de euros com o lançamento de empréstimos obrigacionistas, com quase metade deste montante angariado pelo clube da Luz.

A SAD encarnada lançou oito operações no mercado de dívida desde 2004, tendo conseguido angariar 320 milhões de euros.

Por seu turno, a SAD portista, que foi a primeira a avançar com uma oferta pública de subscrição de obrigações, em 2003, concretizou nestes últimos 15 anos um total de nove operações, que lhe permitiram averbar 219,5 milhões de euros.

Quanto à SAD leonina, cujo primeiro empréstimo obrigacionista remonta a 2005, o montante total do encaixe obtido até agora ascende a 113 milhões de euros.

Ou seja, o FC Porto e o Sporting juntos encaixaram 332,5 milhões de euros, verba quase similar aos 320 milhões de euros do Benfica.

As águias realizaram 15 milhões de euros em 2004, 20 em 2007, 40 em 2010, 45 em 2013, mais 45 em 2015, 50 em 2016, 60 em 2017 (a maior emissão de uma SAD em Portugal até hoje), e 45 em 2018.

Já os dragões, encaixaram 11,5 milhões de euros em 2003, 15 em 2006, 18 milhões em 2009, 10 em 2011, 30 em 2012, 20 em 2014, 45 em 2015, 35 em 2017 e mais 35 em 2018.

Por seu lado, os leões captaram 18 milhões de euros em 2005, 19 em 2008, 20 em 2011, 30 em 2015 e 26 em 2018.

O encaixe desta última operação foi conhecido na quinta-feira, dia em que terminou o período de subscrição da emissão “Sporting SAD 2018-2021”.

“Foram recolhidas intenções de subscrição consubstanciadas em 4.112 ordens, que correspondem a um montante total de 26.162.035 euros”, lê-se no comunicado enviado na quinta-feira pelo Sporting à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os resultados finais desta operação serão apurados e divulgados esta sexta-feira, em sessão especial da Euronext Lisboa, a gestora da bolsa portuguesa.

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EDP anima bolsa de Lisboa. Ramada brilha com dividendo extra

A bolsa nacional está em alta, liderando as subidas na Europa, num dia em que a EDP é a principal força do PSI-20. O anúncio da data de distribuição do dividendo extra brinda Ramada com fortes ganhos.

A praça bolsista nacional está em alta na última sessão da semana, liderando as subidas na Europa, num dia em que a EDP é a principal força do PSI-20. O anúncio da data de distribuição do dividendo extra brinda a Ramada com ganhos expressivos.

O PSI-20 iniciou a sessão a valorizar 0,35%, para os 4.835,01 pontos, com apenas quatro cotadas em queda.

A EDP é a cotada que mais contribui para o desempenho positivo do índice lisboeta que recupera de uma sessão negativa. As ações da elétrica somam 0,72%, para os 3,063 euros. Em sentido positivo, seguem os restantes títulos do setor.

É o que acontece com a Galp Energia, cujas ações valorizam 0,17%, para os 14,725 euros. Tal acontece no dia em que o Jornal Económico dá conta de que já haverá um interessado em ficar com a posição detida de forma indireta pela Sonangol no capital da petrolífera portuguesa. Mais em específico, a petrolífera chinesa Sinopec.

A contribuir para os ganhos da praça bolsista lisboeta está também a Jerónimo Martins. As ações da retalhista avançam 0,57%, para os 10,56 euros.

Tal acontece depois de nesta quinta-feira terem sido publicadas as vendas a retalho alimentar na Polónia, as quais durante o mês de outubro apresentaram uma melhoria, embora ainda num nível aquém da média registada desde o início do ano. De relembrar que o mercado polaco representa cerca de 86% do Valor da Jerónimo Martins. Do 3.º trimestre para o 4.º trimestre haverá uma diminuição dos domingos em que os supermercados estarão encerrados de 8 para 5. “Deverá ser um fator positivo para as vendas trimestrais“, dá conta o Caixabank BPI no Diário de Bolsa desta sexta-feira.

Referência ainda para o avanço de 0,51%, para os 23,67 cêntimos, dos títulos do BCP que conferem um fôlego adicional ao PSI-20.

Contudo, a estrela dos ganhos é a F. Ramada. As suas ações somam 2,89%, para os 8,90 euros, depois de a empresa ter anunciado a data para a distribuição do dividendo extra em antecipação do resultado alcançado em 2018. O pagamento acontecerá a 14 de dezembro, com os acionistas a receberem 1,15 euros por cada título detido.

Em queda, de salientar o deslize de 0,69%, para os 5,035 euros, sofrido pelos títulos da Nos. Seguem-se os CTT que veem as suas ações perderem 0,54%, para os 3,30 euros.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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