Ferro Rodrigues convoca partidos para debater “passwords” e viagens dos deputados

  • Lusa
  • 29 Novembro 2018

A reunião dos presidentes das várias bancadas partidárias destina-se a "avaliar diversas questões de funcionamento e organização internos" do Parlamento.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, vai marcar uma conferência de líderes parlamentares extraordinária para quarta-feira, dedicada às polémicas com passwords de registo de presença em plenário e reembolsos das viagens dos deputados.

Segundo confirmou esta quinta-feira fonte do gabinete de Ferro Rodrigues à Lusa, a reunião dos presidentes das várias bancadas partidárias destina-se a “avaliar diversas questões de funcionamento e organização internos” do Parlamento, nomeadamente o “registo de presenças em sessões plenárias” e “as deslocações dos deputados”.

A informação foi informalmente transmitida na conferência de líderes que se realizou esta quinta-feira à tarde na Assembleia da República, devendo a convocatória oficial ser enviada na sexta-feira.

Em causa estão várias notícias sobre parlamentares que estiveram ausentes da Assembleia da República, mas com presenças registadas através da introdução das suas palavras-passe nos computadores do hemiciclo por parte de outros colegas.

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“Rui Vitória continuará a ser o nosso treinador”, diz Luís Filipe Vieira

Apesar das notícias que davam como certa a saída de Rui Vitória do clube da Luz, o presidente do Benfica confirmou a continuidade do treinador na equipa, embora admita que a sua saída foi falada.

Apesar dos rumores, Rui Vitória vai continuar a treinar a equipa da Luz. “Continuará a ser o nosso treinador”, disse Luís Filipe Vieira esta quinta-feira, depois das várias notícias da saída do treinador. Apesar de ter admitido que esteve em cima da mesa a saída de Rui Vitória do clube, o presidente do Benfica acredita que este é “o homem certo no lugar certo” e que ainda é possível conquistar todos os títulos que há para conquistar no país.

Embora tenha dito que Rui Vitória vai continuar a treinar o clube, Filipe Vieira admitiu que a saída esteve em cima da mesa. “Não vou esconder que comentámos a sua continuidade”, disse durante uma conferência de imprensa. “Essa decisão foi tomada e muito amadurecida durante a noite… às 7h30 comuniquei-a ao Tiago Pinto numa primeira fase e depois ao Rui Vitória”.

“Falámos e eu disse-lhe o que pensava sobre o Benfica e da sua própria continuidade. E se ele estava preparado e motivado para continuar porque praticamente era uma carta fora do baralho“, afirmou o presidente das águias. “Continuo a pensar que ele é “o homem certo no lugar certo e vamos ver se o tempo dará razão”.

Referindo-se a Vitória como um “treinador comprometido com o projeto do Benfica” e que “lançou diversos jovens” no clube, relembrou aos adeptos “descontentes” que “os resultados não têm sido os melhores”. E, assim, “é importante que Rui Vitória continue”. “Continuo a acreditar que é possível conquistar todos os títulos que há para conquistar em Portugal”, continuou, sublinhando que “a época ainda não acabou”.

Por último, deixou uma mensagem a “alguns benfiquistas”: “Quando fui eleito foi para tomar decisões e, no dia em que o Benfica for eleito de fora para dentro, alguma coisa está mal. O Benfica vai continuar a ser comandado de dentro para fora. Vai ser sempre assim”.

(Notícia atualizada às 20h30)

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Ribeiro Mendes quer que regulador avalie idoneidade dos candidatos ao Montepio

Associação Mutualista já está sob alçada do regulador dos seguros e a Lista B diz que vai pedir o registo prévio dos seus candidatos junto da ASF, instando as outras listas a fazerem o mesmo.

Depois de o Governo ter publicado esta quinta-feira o despacho que põe o regulador dos seguros a supervisionar a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), a Lista B encabeçada por Fernando Ribeiro Mendes declara que vai pedir o registo prévio dos seus candidatos junto da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos e Pensões (ASF), instando as outras duas listas a fazerem o mesmo. A lista de Tomás Correia garante que nenhum dos seus membros violam as regras de idoneidade.

Com eleições em curso na maior associação mutualista, a AMMG passou esta semana para a alçada da supervisão financeira do regulador do setor segurador liderado por José Almaça, o que vem introduzir regras mais apertadas em termos de idoneidade dos membros dos órgãos sociais.

Perante esta nova circunstância regulatória, Ribeiro Mendes pretende submeter à ASF “todas as informações necessárias dos seus candidatos à administração da AMM, demonstrando desta forma que todos cumprem os critérios e requisitos exigidos”. E “aguarda que as restantes listas demonstrem publicamente a mesma disponibilidade”.

Anteriormente, o candidato da Lista B, que é administrador da atual equipa da AMMG, disse que Tomás Correia, devido aos processos abertos no Banco de Portugal e Ministério Público, “teria de sair no dia seguinte por força do novo Código Mutualista, uma vez que não se pode registar previamente como é agora exigência”.

Contactada pelo ECO sobre o impacto da passagem da AMMG para a alçada da ASF, a Lista A garantiu que “nenhum candidato se encontra em situações que violem as regras de idoneidade e aplicáveis a membros dos órgãos sociais da associação mutualista“.

Já no lançamento da sua candidatura, Tomás Correia afirmou total tranquilidade em relação aos processos em curso. “A mim não me incomoda nada”, disse na ocasião.

Nos seus critérios de apreciação de idoneidade para o exercício de funções em empresa de seguros ou de resseguros, a ASF deve ter em consideração “a acusação, a pronúncia ou a condenação, em Portugal ou no estrangeiro, por crimes contra o património, crimes de falsificação e falsidade, crimes contra a realização da justiça, crimes cometidos no exercício de funções públicas, crimes fiscais, crimes especificamente relacionados com o exercício de uma atividade financeira e com utilização de meios de pagamento e, ainda, crimes previstos no Código das Sociedades Comerciais”, entre outros pontos.

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Fed sinaliza nova subida dos juros nos EUA em dezembro

Minutas da última reunião do banco central norte-americana indica que "quase todos os participantes" defenderam um aumento da 'federal funds rate' "proximamente. Fed reúne-se novamente dia 19.

A Reserva Federal norte-americana sinalizou que deverá voltar a subir o intervalo da taxa de juro de referência norte-americana já em dezembro. As minutas da última reunião do banco central, conhecidas esta quinta-feira, indicam que a maior parte dos participantes concordam com esta opção, que é a antecipada pelo mercado.

“Consistente com o nosso julgamento que continua a ser apropriada uma abordagem gradual à política de normalização, quase todos os participantes expressam a visão de que outro aumento do intervalo-alvo da federal funds rate será provavelmente apropriado muito em breve se a informação recebida sobre o mercado de trabalho e a inflação seguir em linha com ou for mais forte que as expectativas atuais”, referem as minutas.

Na reunião de dias 7 e 8 de novembro, o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed manteve a taxa de juro de referência inalterada, entre 2% e 2,25%, no intervalo para que subiu em outubro. A concretizar-se uma nova subida, no encontro de 19 de dezembro, será a quarta deste ano.

O banco central liderado por Jerome Powell tem levado a cabo um caminho de normalização da política monetária motivado pelo crescimento económico, aceleração da inflação e fortalecimento do mercado de trabalho nos EUA.

A estratégia deverá manter-se. A Fed notou, ainda assim, que alguns participantes, “apesar de verem como apropriadas novas subidas, expressaram incerteza sobre o timing de tais aumentos”. Acrescenta ainda que “um par de participantes notaram que a federal funds rate poderá estar atualmente próxima do nível neutral e que novos aumentos na taxa dos fundos federais poderiam desacelerar indevidamente a expansão da atividade económica e pressionar a inflação e as expectativas de inflação”.

Depois de cerca de uma década sem mexer nos juros — que se mantiveram em mínimos históricos entre 0% e 0,25% — desde finais de 2015, a Fed já elevou oito vezes os juros. No entanto, Jerome Powell tem sido alvo de crítica por parte da Administração norte-americana.

Apesar das sucessivas críticas de Donald Trump, o presidente da Fed defendeu também que os aumentos graduais dos juros continuam a ser necessários para manter a economia no caminho certo, esta quarta-feira durante um discurso no Clube Económico de Nova Iorque. “O nosso ritmo gradual de aumento das taxas de juro tem sido um exercício para equilibrar os riscos”, afirmou.

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Oposição a Tomás Correia indignada com SMS enviados aos associados sobre “fake news”

Os associados da Associação Mutualista Montepio receberam uma mensagem de telemóvel alertando para a existência de "notícias falsas" sobre a instituição, apelando ao "voto em consciência".

Vários associados da Associação Mutualista Montepio Geral receberam nos últimos dias uma mensagem de telemóvel com a seguinte informação: “Se é associado do MONTEPIO exerça o seu direito de voto. Não permita que notícias falsas de TV e de jornais votem por si. Vote em consciência. Partilhe a mensagem”. Ainda que não tenha apelado diretamente ao voto na Lista A, de António Tomás Correia, nas eleições para a maior mutualista do país, os SMS provocaram a indignação nas outras duas listas concorrentes, que denunciaram o facto de a “mesa da assembleia geral ter permitido o acesso a milhares de telemóveis pessoais dos associados”.

“Mas esta mesma mesa da assembleia geral recusou o acesso das listas B e C a todos os meios de contacto com os associados”, acrescenta um comunicado conjunto das listas de Ribeiro Mendes e António Godinho, em que lamentam a “falta de neutralidade” da mesa no processo eleitoral. Já exigiram uma reunião com a comissão eleitoral. Estas duas listas tem criticado o processo eleitoral e a lista B pediu mesmo a intervenção do Ministério do Trabalho e Segurança Social, que tutela o setor, para acompanhar o ato eleitoral.

Contactada sobre este assunto, a AMMG disse ao ECO desconhecer o teor da mensagem que foi enviada, garantindo que não chegou a si nenhum pedido de acesso às listagens de contactos que detém dos seus associados. Mais: informou ainda que, tendo havido contacto com associados por parte de alguém, esse contacto foi com recurso a contactos próprios.

Depois de várias notícias nas televisões e jornais sobre a gestão de Tomás Correia, o conselho de administração da Associação fez saber que “desencadeará os meios apropriados no sentido de ver reparados os danos causados à boa imagem do grupo e das pessoas que o compõem”.

Isto depois de ter denunciado que, no passado dia 23 de novembro, “todos os canais generalistas de televisão (RTP1, SIC e TVI) abriram os seus telejornais da noite veiculando notícias sobre a Associação Mutualista Montepio, recorrendo alegadamente a informação interna que, de forma descontextualizada ou truncada, ajudou a alimentar histórias apenas com um objetivo: influenciar e condicionar o processo eleitoral em curso“.

As eleições para a AMMG terminam no próximo dia 7 de dezembro, estando aberto o processo para o envio de votos por correspondência.

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“Portugal voltará a ter o acompanhamento normal” depois de pagar a dívida, diz o FMI

A equipa do FMI está em Lisboa no âmbito da sétima avaliação pós-programa, cuja missão se iniciou esta semana. Esta poderá ser a última depois de Portugal reembolsar a totalidade da dívida ao Fundo.

Portugal volta a ter um acompanhamento normal por parte do Fundo Monetário Internacional, depois de reembolsar integralmente o empréstimo contraído no âmbito do pedido de ajuda financeira, em maio 2011, garante a instituição liderada por Christine Lagarde, ao ECO.

“Portugal volta a ter o acompanhamento normal que todos os países membros do FMI têm”, sublinhou fonte oficial do FMI. Assim, Portugal vai deixar de ser alvo das avaliações regulares feitas no âmbito do pós-troika. A equipa do FMI está inclusivamente em Lisboa esta semana, no âmbito da sétima avaliação pós-programa.

Portugal volta a ter o acompanhamento normal que todos os países membro do FMI têm.

Fonte oficial do FMI

O primeiro-ministro Costa anunciou esta quinta-feira no Parlamento que Portugal vai pagar até ao final do ano os 4,7 mil milhões de euros que ainda deve ao Fundo. Este valor em dívida representa 17% do montante global que Portugal pediu ao fundo — 26,3 mil milhões de euros. Além disso, este reembolso também terá um impacto positivo nos custos de financiamento do país.

Agora, Portugal passa a ser monitorado pelo Fundo apenas no âmbito do “processo da consulta do Artigo IV, que inclui uma missão principal (como a que houve em maio passado), de onde se produz um comunicado inicial e o staff report que é apresentado ao board”, explica a mesma fonte oficial. No entanto, também é costume haver também uma visita mais informal no meio do ciclo.

No último Artigo IV, o FMI reviu em baixa a meta do défice para este ano (0,7%) face às previsões de abril, alinhando-a com a do Governo, mas piorou ligeiramente a projeção de crescimento económico (2,3%). A missão que esteve em Lisboa pediu ainda contenção nos salários do Estado e nas pensões.

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Sonae encaixa 55 milhões com operação de sale and leaseback

A Sonae MC concluiu uma operação de venda e posterior arrendamento de cinco ativos imobiliários dedicados ao retalho alimentar. A operação permitiu um encaixe de 55 milhões.

A Sonae encaixou 55 milhões de euros com mais uma operação de venda e posterior arrendamento (sale and lease back) de cinco ativos imobiliários, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Sonae SGPS, SA vem pelo presente informar que a sua subsidiária Sonae MC SGPS, SA concluiu, hoje, a operação de venda e posterior arrendamento (sale and leaseback) de 5 ativos imobiliários dedicados ao retalho alimentar localizados em Portugal”, pode ler-se no comunicado.

A empresa liderada por Paulo Azevedo, que a partir do próximo ano será substituído nas funções executivas por Cláudia Azevedo, anuncia ainda que realizou uma mais-valia de 25,3 milhões de euros. A Sonae esclarece que, “com a concretização desta operação, o nível de detenção de ativos de retalho (freehold) da Sonae MC passou a situar-se em 46%”.

A operação está em linha com a estratégia anunciada pela Sonae SGPS, de monetização dos seus ativos imobiliários, mantendo, ao mesmo tempo, um adequado nível de flexibilidade operacional.

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A tarde num minuto

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IPO? Conheça a Science4you em 15 números

Empresa de brinquedos didáticos e educativos lançou esta quarta-feira uma oferta pública inicial. Entrada em bolsa está prevista para dias antes do Natal.

A Science4you vai para a bolsa. A empresa portuguesa de brinquedos didáticos e educativos, criada há dez anos por Miguel Pina Martins, cresceu, mas agora quer ganhar novo fôlego para conquistar os mercados internacionais.

Conheça, neste artigo, 15 números que tiram uma “fotografia” ao negócio, às contas da empresa, mas também à operação que está a decorrer e deverá permitir à Science4you entrar no mercado de capitais dias antes do Natal.

2,45 euros

A Science4you vai vender ações a 2,45 euros, na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), que começou esta quarta-feira e irá decorrer até 14 de dezembro. A operação dirige-se ao retalho em Portugal e irá incluir a emissão de novas ações da Science4you, mas também títulos dos atuais acionistas.

44,11%

A operação é composta por uma oferta pública de subscrição de até 3.367.346 novas ações, no âmbito do aumento de capital, acompanhado de uma oferta pública de venda de 2.755.102 ações já existentes e alienadas pelos atuais acionistas. O montante global corresponde a 44,11% do capital social da startup. À data do prospeto, o capital social é de 517 mil euros e, após o aumento de capital, poderá atingir os 8,77 milhões de euros.

7,6 milhões

Vendendo os títulos a 2,45 euros, a empresa prevê obter cerca de 8,25 milhões de euros com os novos títulos, sendo que a venda de ações por parte dos atuais acionistas gerará um encaixe de 6,75 milhões de euros. A Science4you adiantou que os custos associados à operação serão de 828 mil euros. Assim, o encaixe financeiro líquido para a startup será de 7,612 milhões de euros, enquanto a receita líquida estimada para os acionistas é de 6,56 milhões de euros, assumindo a subscrição integral do aumento de capital.

34 milhões

Tendo em conta a avaliação no IPO, a Science4you entrará no mercado de capitais avaliada em 34 milhões de euros. A análise financeira indica seis empresas comparáveis, todas elas consideravelmente maiores que a portuguesa. A Hasbro Inc. tem uma capitalização bolsista de 12,09 mil milhões de dólares (10,6 mil milhões de euros), enquanto a Mattel tem 4,7 mil milhões de dólares (4,13 mil milhões de euros) e a Spin Master Corp. 4,2 mil milhões de dólares canadianos (2,8 mil milhões de euros). Já a Games Worskshop group vale 945 milhões de libras em bolsa (1.066 milhões de euros), a Funko Inc. 382 milhões de dólares (335,8 milhões de euros) e a Zapf Creation 126 milhões de euros.

21 de dezembro

A admissão à negociação das ações no mercado não regulamentado Euronext Growth está prevista para dia 21 de dezembro, no dia seguinte à data prevista para o registo comercial do aumento de capital. Outras datas importantes da IPO incluem a conversão das ações em ações ordinárias e apuramento dos resultados pela Euronext em sessão especial, no dia 17 de dezembro, ou a liquidação física e financeira da oferta a 19 de dezembro.

34,88%

Atualmente, o maior acionista da Science4you é a Portugal Ventures (através dos fundos de capital de risco que gere) com 34,88% dos direitos de voto. Segue-se o BCP Capital (através do Millennium Fundo de Capitalização) com 28,18% e Miguel Pina Martins com 27,24%. As ações em free float representam agora 9,7%. Caso o IPO tenha sucesso, a nova estrutura de capital da Science4you será a seguinte: a Portugal Ventures irá manter-se no topo com 21,31%, enquanto Pina Martins irá passar para segundo lugar com 16,65% e o BCP CAPITAL ficará com 12,41%. As ações em free float vão representar 49,63% do capital.

500 brinquedos

A linha de produtos da Science4you inclui mais de 500 brinquedos científicos e educativos, sendo que o portefólio é complementado com serviços como festas de aniversário, atividades científicas em empresas e escolas, e campos de férias. A empresa liderada por Miguel Pina Martins conta com 22 pontos de venda em espaços comerciais em Portugal e exporta para mais de 60 países.

19,99 euros

A Fábrica Viscosa – Pega Monstros é o brinquedo da marca preferido desde, pelo menos 2015. O kit científico slime, em que as crianças podem criar massa viscosa, monstros pegajosos e minhocas, representou 15,1% das vendas da empresa. Custa 19,99 euros cada e as vendas totais atingiu um montante total de 3,17 milhões de euros, no ano passado.

300 funcionários

A Science4you detém uma unidade fabril própria em Portugal e emprega mais de 300 colaboradores. A administração da startup é liderada pelo fundador e CEO Miguel Pina Martins. Conta ainda com Luís Martins, João Jesus Pereira (designado pela Portugal Ventures em nome próprio) e Jaime Bernardes Costa como administradores não executivo.

21 milhões

Em 2017, as vendas e serviços prestados da Science4you ascenderam a 20.962.533 euros, o que representa um crescimento de 52% face às vendas do ano anterior. Em 2015, o montante de vendas e serviços prestados alcançaram a nove milhões de euros. O prospeto sublinha, no entanto, que a retração do mercado de brinquedos influenciada por vários fatores poderá traduzir-se numa quebra de vendas em 2018 entre 10% e 45% relativamente às vendas do ano anterior.

56%

O grupo apresenta um volume de vendas significativamente superior no último trimestre de cada ano quando comparado com os restantes trimestres, refletindo o aumento da procura durante a época do Natal e a sazonalidade do mercado. As vendas registadas no quarto trimestre de 2017 representaram cerca de 56% do volume total do ano.

Esta é, no entanto, também a altura do ano em que a startup tem maiores problemas com distribuidores. A grande distribuição em Portugal e Espanha é retratada como “um dos maiores desafios de cobrança, não só pela existência de um histórico de elevado prazo de pagamentos, como também por ser um canal de extrema complexidade”. O volume de faturação é bastante elevado, principalmente na época do Natal, ficando muitas faturas por pagar por apresentarem divergências, o que dificulta a gestão da conta corrente, de acordo com a Science4you.

80%

O número de clientes da Science4you aumentou, no ano passado, 80% “em resultado, sobretudo, do crescimento mais acentuado da faturação obtida no último trimestre de 2017 face a 2016”.

1,05 milhões

O forte crescimento nas vendas permitiu à Science4you apresentar um resultado positivo consolidado de 206 mil euros no ano passado. O EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — foi de 2,18 milhões de euros. No prospeto, a Science4you apresentou as contas referentes aos primeiros oito meses deste ano. E entre janeiro e agosto de 2018, teve um prejuízo de 1,05 milhões de euros, que compara com um lucro de 105 mil euros em igual período do ano passado. O EBITDA passou de 281 mil euros positivos, no período homólogo, para 813 mil euros negativos.

800 mil

A Sicence4you sublinha que as contas relativas aos primeiros oito meses de 2018 não são auditadas. E no Relatório de Revisão Limitada publicado no prospeto são apresentadas conclusões com reservas e ênfases: “No período em análise, não foram registadas amortizações e as depreciações dos ativos intangíveis e dos ativos fixos tangíveis. Assumindo que o valor das depreciações e amortizações do período intercalar correspondem ao valor do ano anterior, ajustado para o período de oito meses, consideramos que ativo e capital próprio encontram-se sobreavaliados em valor estimado de pelo menos 800 mil euros”.

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Tendo em consideração o aumento de capital previsto, bem como o objetivo do mesmo de reduzir o endividamento da empresa, reforçar a situação financeira e aumentar a flexibilidade para futuros investimentos, a Science4you não prevê pagar dividendos referentes ao exercício de 2018.

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Bayer anuncia eliminação de 12 mil empregos após compra da Monsanto

  • Lusa
  • 29 Novembro 2018

Perto de metade destes postos serão em serviços administrativos, enquanto 4.100 são na agroquímica, 1.250 são na área da farmacêutica e 1.100 nos medicamentos sem receita.

O grupo alemão Bayer anunciou esta quinta-feira a supressão de 12.000 empregos em todo o mundo até 2021, na sequência da compra da empresa de pesticidas norte-americana Monsanto.

Perto de metade destes postos de trabalho são em serviços administrativos, enquanto 4.100 empregos são na divisão agroquímica, uma consequência direta da ligação à Monsanto, 1.250 são na área farmacêutica e 1.100 nos medicamentos sem receita. Com esta decisão, o grupo farmacêutico e químico reduz em 10% os seus efetivos.

“As mudanças são necessárias e estabelecerão novas bases para a Bayer, permitindo-lhe melhorar o seu desempenho e flexibilidade”, justificou Werner Baumann, líder do grupo. A empresa alemã gastou este ano 63 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros) com a aquisição da Monsanto, uma empresa norte-americana de pesticidas e organismos geneticamente modificados, que produz em outros o controverso herbicida de glifosato.

Com a aquisição, as atividades da Bayer passaram a incluir a agroquímica e a farmacêutica no centro da sua nova estratégia. A Bayer também informou que quer deixar a divisão de produtos para a saúde dos animais e de alguns produtos de parafarmácia (cremes solares e tratamento de pés). Na bolsa de Frankfurt, as ações da Bayer recuavam 0,75% às 16:20 (hora de Lisboa).

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Londres é a melhor cidade do mundo. Lisboa é a 57.ª

A capital portuguesa está entre as 100 melhores cidades do mundo em 2019, ocupando a 57.ª posição do ranking da Resonance. As pontuações são dadas de acordo com vários critérios e avaliações online.

Lisboa continua a conquistar cada vez mais turistas e tem tido vários holofotes apontados para si. Prova disso é que está entre as 100 melhores cidades do mundo no ranking da Resonance, ocupando a 57.ª posição. “Outrora a capital adormecida da Europa Ocidental, é hoje um dos destinos mais populares do mundo”, refere o estudo. A cidade das sete colinas, como é conhecida, destacou-se ainda pelos parques e atividades ao ar livre e pelos bairros e as suas vistas.

Conhecida pelas cerca de 2.800 horas de sol por ano, o máximo de qualquer capital europeia, Lisboa ganha destaque pelas colinas, “como as de Roma”, pelos sons, pela luz e pelos aromas e pela “arquitetura amarela e branca”. O elétrico 28, que “circula por entre os bairros” e o elevador de Santa Justa tornam-se ainda mais cativantes pelo facto de os preços da cidade serem ainda metade dos de Paris ou Londres, refere o estudo.

“Lisboa está a preparar-se para o momento”, diz o estudo, que refere a expansão do Aeroporto Humberto Delgado há dois anos para “tornar as chegadas e as partidas mais agradáveis e capaz de receber o número recorde de viajantes dos Estados Unidos e das companhias low cost”. Propriedades de luxo, mas a “preços médios”, os hotéis de cinco estrelas e os restaurantes com estrelas Michelin são outros dos pontos fortes.

Assim, analisando todos os países do mundo, Lisboa está entre os 100 melhores para 2019, ocupando a 57.ª posição. As classificações são atribuídas comparando 24 critérios inseridos em seis categorias, através de dados estatísticos e avaliações online, como TripAdvisor, Facebook, Google e Google Trends.

Mas, mesmo com preços mais altos de que Lisboa, Londres foi mesmo considerada a melhor cidade do mundo. O luxo, as universidades e os restaurantes são os pontos fortes que colocaram a cidade no topo deste ranking. O boom turístico impulsionou as vendas das melhores marcas britânicas e os viajantes a entrar na cidade são cada vez mais, principalmente norte-americanos e chineses.

Top das dez melhores cidades do mundo

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Drahi e Armando Pereira em Picoas. Mais resultados e (outra vez) os conteúdos

Os acionistas da Altice estiveram esta quinta-feira em Lisboa, para uma reunião de quadros de gestão em Portugal. A aceleração do plano operacional e os conteúdos e media estiveram na agenda.

Há uma semana, a Altice Portugal apresentou os resultados dos primeiros nove meses do ano, esta semana, já promoveu duas reuniões de grupo e uma delas, a que decorreu esta quinta-feira em Lisboa, na sede em Picoas, foi com a presença de Patrick Drahi e Armando Pereira, os principais acionistas do grupo, apurou o ECO junto de uma fonte que participou no encontro. Sem uma agenda fechada, o encontro terá servido para preparar o próximo ano e o interesse nos conteúdos e nos media foi um dos pontos da discussão.

As receitas da Altice Portugal no terceiro trimestre recuaram para 525 milhões de euros, uma queda de 0,3% em termos homólogos. No entanto, a empresa garante que este foi o trimestre da “inflexão”, um período no qual viu as receitas melhorarem em cadeia, com uma subida de 1,8% face ao segundo trimestre. Esta semana, Drahi e Armando Pereira terão pedido mais “velocidade” na execução do plano de ação para o próximo ano, adiantou outro quadro presente no encontro.

Patrick Drahi e Armando Pereira encontraram-se com quadros de topo da Altice Portugal

Depois de falhar a operação de compra da Media Capital, que acabou por não passar na Concorrência nos termos propostos pela Altice, o tema dos conteúdos e da integração de meios de comunicação social nunca deixou de estar em cima da mesa. Recentemente, Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, afirmou que a integração de conteúdos “é uma questão de tempo”. Esta quinta-feira, Drahi e Armando Pereira voltaram a garantir aos quadros de gestão da Altice que o objetivo mantém-se. Em França, recorde-se, há uma integração de telecomunicações e de media, e é isso que o grupo quer também fazer em Portugal.

De resto, o ponto de inflexão na operação em Portugal, registado neste trimestre, contrasta com os resultados globais da Altice Europa. Ao nível internacional, as receitas do grupo Altice recuaram 6,3%, para 3,44 mil milhões de euros. O EBITDA ajustado da empresa caiu 10,6%, para quase 1,3 mil milhões de euros no período em análise. No entanto, a empresa garantiu, na call com analistas, que a maior captação de clientes em França e em Portugal vão “contribuir para um melhor desempenho financeiro em 2019”.

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