Governo apela a entendimento na Autoeuropa

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

“Se este novo modelo da Autoeuropa for um êxito comercial, mais tempo teremos de Autoeuropa em Portugal”, argumentou Eurico Brilhante Dias, o secretário de Estado da Internacionalização.

O secretário de Estado da Internacionalização fez esta quinta-feira votos de que a administração e os trabalhadores da Autoeuropa cheguem rapidamente a acordo, para que o fabrico do novo modelo T-Roc seja um êxito e as exportações possam aumentar.

Se este novo modelo da Autoeuropa for um êxito comercial, mais tempo teremos de Autoeuropa em Portugal”, disse Eurico Brilhante Dias aos jornalistas em Mangualde, no final de uma visita ao Centro de Produção da PSA. Eurico Brilhante Dias lembrou que “a Autoeuropa fez um grande investimento em Portugal, prolongando o ciclo de vida daquela unidade em Palmela”.

Há ali um investimento muito importante, que demorará muitos anos a ser um investimento rendível”, frisou, considerando que, neste âmbito, é muito importante existir “paz social e o envolvimento dos trabalhadores”. O secretário de Estado disse que a preocupação do Governo “é que se reencontre um espaço de paz social e de diálogo que chegue a bom porto”.

No entanto, considerou que “a novidade mais preocupante” foi que as resoluções e os acordos da Comissão de Trabalhadores “não tiveram seguimento por parte do plenário dos trabalhadores”. “Significa que nós temos capacidade de chegar a acordos, mas depois a representatividade da Comissão de Trabalhadores, do ponto de vista da sua relação com a base do plenário, parece não ter tido grande êxito”, lamentou.

O novo horário da fábrica de Palmela da Volkswagen entra em vigor no final do mês e deverá vigorar até agosto de 2018, altura em que a administração da Autoeuropa irá discutir com a Comissão de Trabalhadores o novo período para o resto do ano. A questão colocou-se com o fabrico do novo modelo T-Roc e, após a rejeição de dois pré-acordos pelos trabalhadores sobre alterações aos horários de trabalho, na sequência do aumento da produção, a administração impôs unilateralmente o novo modelo laboral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo aprova restrições na venda de alguns produtos financeiros

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 25 Janeiro 2018

Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que altera as regras de comercialização de produtos financeiros, transpondo um conjunto de diretivas europeias.

O Governo aprovou esta quinta-feira uma proposta de lei que altera as regras de comercialização de produtos financeiros, que vai criar restrições na venda de alguns produtos financeiros e reforçar sanções sobre más práticas comerciais.

De acordo com a ministra da Presidência, foi aprovada a “proposta de lei que altera regras de comercialização de produtos financeiros e de organização de intermediários financeiros, garantindo uma maior proteção dos consumidores deste tipo de produtos e dos investidores não profissionais e aumentando a transparência quanto aos serviços prestados”.

Maria Manuel Leitão Marques explicou que este diploma “cria restrições à venda de alguns produtos financeiros, amplia a informação a prestar aos clientes e reforça as sanções sobre más práticas comerciais”. De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, as “instituições financeiras passam a ter de definir processos de aprovação e comercialização destes produtos, tendo em conta os interesses, objetivos e características dos clientes, de modo a minimizar os riscos de conflitos de interesses” e são ainda definidas novas regras para a “formação e remuneração dos trabalhadores das instituições financeiras”.

O diploma vai transpor um conjunto de diretivas e regulamentos da União Europeia, “de grande importância para consumidores e para investidores não profissionais”, mas também para as autoridades de supervisão “que veem os seus poderes alargados e reforçados”, salientou por seu turno o ministro das Finanças.

As alterações são vastas, diz Mário Centeno: “vão desde a governação de produtos aos deveres de informação a clientes para tornar todo o processo mais transparente, e impõe limites muito claros a práticas como as de vendas cruzadas que têm frequentemente sido já objeto de tratamento pelas entidades de supervisão, mas que agora vão ser de forma mais clara restringidas”.

A proposta agora aprovada também vai reforçar os poderes das autoridades de supervisão, “em, por exemplo, matérias de cooperação e de trocas de informações que recentemente também foram abordados em várias circunstâncias, naquilo que é a regulação do mercado financeiro, em particular a determinação do espaço de intervenção de cada um dos três reguladores financeiros”, adiantou ainda Mário Centeno. É um diploma “muito importante para o aumento da confiança dos investidores no mercado financeiro nacional”, concluiu.

Com o aumento da exigência e o reforço dos poderes das autoridades da supervisão, é possível “melhorar a qualidade dos produtos e a qualidade com que todos os intervenientes nos mercados de instrumentos financeiros atuam”, disse ainda. “Um mercado financeiro melhor regulado e melhor supervisionado vai, com certeza, contribuir para que todos os seus intervenientes tenham em consideração a sua exposição a riscos que possam de alguma forma preocupar do ponto de vista da evolução financeira da economia portuguesa” e o “Governo está atento” a essas evoluções, frisou o governante.

Execução orçamental vai confirmar “boa evolução das finanças públicas”

No briefing que se seguiu ao Conselho de Ministros, os jornalistas também questionaram Mário Centeno relativamente aos dados de execução orçamental que serão conhecidos hoje. O ministro não quis revelar os números mas adianto que “vão confirmar a boa evolução das finanças públicas ao longo de 2017” e o “cumprimento das metas por parte do Governo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quebras de série, o que são?

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Há quebra de série que se alteram conceitos, metodologia, período de referência e abrangência do universo, ou tipo de recolha de dados.

Ocorrem quando se altera a forma como um dado estatístico é definido ou contado mas os valores antes e depois não são comparáveis entre si. Saiba como identificar quebras de série no próximo vídeo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Baixar spread da casa? Bankinter diz que não se pode “cometer os mesmos erros do passado”

O banco espanhol Bankinter tem a margem mínima mais baixa do mercado na compra de casa. E não está a pensar baixar ainda mais. "Temos de ser responsáveis" e "não cometer os mesmos erros do passado"

O Bankinter tem revisto em baixa a margem a exigida nos créditos para a casa, passando a oferecer a o spread mais baixo do mercado. Mas não está a pensar baixar mais. Alberto Ramos garante que o banco espanhol já oferece um valor “competitivo” e, por isso, deve manter esta margem. Para o country manager do Bankinter Portugal, é preciso que os bancos “sejam responsáveis” e não repitam erros cometidos no passado.

“O preço [do crédito à habitação] é competitivo. Não consideramos baixar o preço”, afirma o responsável pelas operações portuguesas no dia em que o Bankinter apresentou os resultados referentes ao total de 2017. Estes preços fazem parte da estratégia de captação de clientes adotada pela instituição financeira, seja através do crédito à habitação como da conta mais ordenado, isenta de comissões. Só em 2017, o banco conseguiu atrair 17 mil novos clientes, dos quais 13.800 são particulares e os restantes 3.200 são empresas, totalizando agora cerca de 155 mil clientes.

"O preço [spread] é competitivo. Não consideramos baixar o preço.”

Alberto Ramos

Country manager do Bankinter Portugal

Questionado sobre se o banco pondera baixar ainda mais o spread caso as outras instituições financeiras decidam fazê-lo, o country manager do Bankinter Portugal alerta que os bancos têm de ser “responsáveis para não cometerem os mesmos erros que cometeram no passado” quando houve um “excesso de concorrência”.

Desde novembro do ano passado que o Bankinter passou a exigir um spread mínimo de 1,15% a quem contratar um empréstimo para a compra de casa de taxa variável. Antes, a margem mínima que o Bankinter cobrava era 1,25%. O banco também cortou a margem máxima de spreads que passou dos 3,7% para os 3,2%.

Crescer? Só de forma orgânica

O Bankinter Portugal afasta quaisquer aquisições em território nacional. Alberto Ramos diz que o crescimento será orgânico. “Acreditamos muito no crescimento orgânico. Estamos a contratar, estamos a aumentar a estrutura e a investir fortemente em termos de oferta”, explica. A presidente executiva do Bankinter, Maria Dolores Dancausa, dá um passo à frente e revela previsões: a “contribuição do Bankinter Portugal para os resultados do grupo deve crescer cerca de 10% em dois anos”.

Em termos do número de agências, a operação portuguesa também não conta fechar, mantendo os 81 balcões que já existem. “Não pensamos fazer alterações em termos de agência física”, pois as que existem já cobrem os “mercados onde queremos estar”, garante o responsável pelo Bankinter Portugal. “Podemos é ter de deslocalizar.” Já o número de colaboradores do banco diminuiu de 900 em 2016 para 839 funcionários no ano passado. Mas Alberto Ramos garante que estão a contratar, uma vez que o banco se vai focar na criação de novos produtos para as empresas no próximo ano.

"Acreditamos muito no crescimento orgânico. Estamos a contratar, estamos a aumentar a estrutura e a investir fortemente em termos de oferta.”

Alberto Ramos

Country manager do Bankinter Portugal

O Bankinter registou lucros recorde em 2017. Superou as estimativas dos analistas com um resultado líquido de 495 milhões de euros, 1% superior ao do ano anterior, de 490 milhões. O saldo do ano só não foi ainda mais positivo por causa do aumento dos custos em Portugal, tendo em conta que o banco liderado por Maria Dolores Dancausa só finalizou a compra da atividade do Barclays em território nacional em abril de 2016. A operação portuguesa contribuiu com um lucro antes de impostos de 31,4 milhões de euros.

A jornalista viajou para Madrid a convite do Bankinter.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 25 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Na primeira reunião do ano do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi deverá anunciar que se prepara para desligar as impressoras. António Costa anunciou esta quarta-feira que Portugal iria acolher em breve “um investimento da Google“. Mas, Mike Butcher, jornalista de tecnologia, garante que será apenas um “call center”.

Tudo indica que Mario Draghi vai aproveitar a conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Governadores, para deixar no mercado a imagem de que se prepara para desligar a impressora das notas que tem animado a economia da Zona Euro.

António Costa afirmou que “Portugal vai em breve acolher um investimento da Google” e que “havia vários países a disputar este investimento”. A informação foi recebida no país com pompa e circunstância. No entanto, de acordo com o jornalista Mike Butcher, é preciso um pouco mais de calma. Deverá ser “apenas um call center.”

Da esquerda à direita o próximo quadro comunitário de apoio gera consenso alargado. Os partidos querem um amplo debate sobre as prioridades que o país deve assumir para a utilização das verbas de Bruxelas entre 2021 e 2027 e todos destacam a importância da coesão, ou seja, reduzir as assimetrias que ainda persistem no país ao fim de cinco quadros comunitários.

Isidro Fainé, atual presidente da Gas Natural Fenosa está disposto a “oferecer” a presidência à EDP com o intuito de facilitar a fusão entre as duas empresas. Esta informação, segundo avança o espanhol El Confidencial, terá mesmo sido transmitida ao primeiro-ministro, António Costa, numa reunião tida recentemente.

A operadora francesa Orange poderá estar interessada em comprar a PT Portugal à Altice, avançou esta quinta-feira o Le Monde. De acordo com o jornal, a empresa poderá avançar com uma proposta de compra se o grupo de Patrick Drahi colocar a operadora portuguesa à venda. O interesse já foi, entretanto, desmentido pela Orange.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Segurança Social disponível para rever critérios de atribuição dos apoios às creches

  • Margarida Peixoto
  • 25 Janeiro 2018

Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social, admite mexer no limite mínimo para disponibilizar o apoio complementar às creches para que estas abram portas ao fim de semana.

O Governo não está a desenhar um apoio adicional às creches só para a Autoeuropa, mas o caso desta empresa está a abrir caminho para inovar nos termos dos acordos com as instituições de solidariedade social. Em declarações no Fórum TSF, a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, admitiu que os complementos atribuídos às creches por horário alargado só estão a ser aplicados durante os cinco dias úteis da semana. Por isso, o Executivo está a estudar os critérios da concessão de apoios, admitindo mudá-los, para casos em que haja necessidade de resposta ao fim de semana.

Neste momento, as creches têm direito a um complemento no financiamento por parte da Segurança Social quando alargam o seu horário de funcionamento para além das 11 horas diárias, na sequência de necessidade comprovada por parte das famílias de pelo menos 30% das suas crianças. Tal como consta no protocolo para o biénio, as creches recebem um complemento de 503,59 euros por mês, nestes casos.

Contudo, no caso da Autoeuropa coloca-se uma questão em que alargar os horários de funcionamento apenas durante os dias úteis não é suficiente: com várias famílias em que pai e mãe são ambos trabalhadores da empresa sujeitos a turnos e escalas de fim de semana, são precisas soluções para as crianças também ao sábado e ao domingo.

“Os complementos que existem em 51% das creches são durante os cinco dias da semana. Porque foram sempre essas as necessidades, ou foram sendo as principais necessidades reportadas”, assumiu esta quinta-feira a secretária de Estado Cláudia Joaquim, no Fórum TSF — uma ideia que já tinha sido deixada pelo próprio ministro Vieira da Silva. “O que está aqui é em causa é algo que já tínhamos equacionado avaliar: que a mesma figura de complemento possa alargar-se ao fim de semana se, comprovadamente, tivermos necessidades por parte dos pais para que estas creches possam ter um apoio adicional para estar a funcionar não só nos cinco dias úteis, mas também no fim de semana”, somou.

E como este é um caso diferente do que já está a ser aplicado, também os critérios estão todos em estudo, assume a governante. “Estamos a estudar os moldes. Os 30% têm uma lógica que é a realidade da resposta neste momento,” diz a secretária de Estado. No caso que se coloca com a Autoeuropa, “o que está em causa é ter uma creche ou mais que possam funcionar durante o fim de semana que terá de ser sustentável para a instituição”. Ou seja, trata-se de avaliar se há instituições com “disponibilidade para abrir as portas nestes dias para um número de crianças equilibrado face ao apoio da Segurança Social”, continua Cláudia Joaquim. “Não vou dizer se é 30, 50 ou 100%; será estudado com cada instituição em concreto”, garantiu.

Ao ECO, fonte oficial da Segurança Social também já tinha confirmado que “tudo isso [critério de 30%] está em estudo”. E lembrou que “a Comissão de Trabalhadores pediu ao Governo para ajudar a arranjar uma solução” e que o Executivo está “a tentar arranjar essa solução.”

Mas será um apoio específico para servir a Autoeuropa? “A Segurança Social não está a negociar o caso da Autoeuropa em concreto”, recusa Cláudia Joaquim. Trata-se de “avaliar” primeiro a procura e as possibilidades de disponibilização dessa oferta por parte das creches “para depois alargar” a outras instituições do país que cumpram os mesmos critérios, assegurou.

"A Autoeuropa vai mudar o regime de trabalho, não é só a questão dos sábados, vai ter turnos. Isso pode gerar a necessidade de respostas mais completas e mais alargadas.”

Vieira da Silva

Ministro do Trabalho e da Segurança Social

Já esta quarta-feira Vieira da Silva, ministro do Trabalho, tinha admitido a possibilidade de mexer na lei para que esta passe a responder melhor às necessidades dos trabalhadores. “A lei que está em vigor pode ser aplicada aos trabalhadores da Autoeuropa”, começou por dizer o ministro, reconhecendo que ainda não se conhece “completamente e com rigor qual é o tipo de necessidades que vão existir”. E até alertou para outros potenciais problemas, para além dos sábados: “A Autoeuropa vai mudar o regime de trabalho, não é só a questão dos sábados, vai ter turnos. Isso pode gerar a necessidade de respostas mais completas e mais alargadas” disse, admitindo de seguida mexer na lei caso seja necessário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo espanhol vai recorrer da candidatura de Puigdemont

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Janeiro 2018

O Governo afirma que o antigo presidente catalão, asilado em Bruxelas, não pode ser investido no cargo, mesmo que viesse a ganhar as eleições, porque não pode entrar no país.

O Governo espanhol vai recorrer da candidatura de Carles Puigdemont à presidência do Governo catalão, visto que este não goza de liberdade de circulação em território espanhol. A decisão do Governo foi anunciada esta quinta-feira por Soraya Sáenz de Santamaría, vice-presidente espanhola, e aponta para o Tribunal Constitucional o apuramento da legalidade da candidatura.

“Se a candidatura fosse aceite, pressuporia paralisar os efeitos da decisão porque o estado atual do senhor Puigdemont é incompatível com a sua comparência na Câmara. Não goza do direito à liberdade de circulação por isso, logo que entre em território nacional deve ser posto à disposição da justiça“, apontou Sáenz.

O Governo afirma assim que o antigo presidente catalão, asilado em Bruxelas, não pode ser investido, mesmo que viesse a ganhar as eleições, porque não pode entrar no país. O Executivo liderado por Mariano Rajoy pretende também que o Conselho de Ministros defina concretamente as condições da investidura, ou seja, se tem de ser presencialmente ou, por exemplo, por Skype.

O nome de Puigdemont para a liderança da Generalitat partiu de Roger Torrent, presidente do parlamento catalão, e foi conhecida na mesma altura em que Torrent anunciou que enviou uma carta ao presidente do Governo, Mariano Rajoy, para dialogar sobre “a situação anómala que vive o Parlamento”.

Espanha retirou, em dezembro, o mandato de captura internacional a Carles Puigdemont, mas o antigo presidente continua proibido de entrar em território espanhol.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vai ser vizinha da Chanel e da Gucci em Paris. E tem mão portuguesa

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Pela mão dos empreendedores Carlos Sereno e Luís Filipe Neto, abre a 8 de fevereiro, no exclusivo bairro de Marais, em Paris, a primeira Phygital Concept.

A primeira Phygital Concept a nível mundial — que reúne mais de 80 marcas de luxo — tem mão portuguesa. O showroom, uma concept store de luxo, abre em fevereiro, em Paris, no bairro Marais, e foi pensado e criado pela dupla Carlos Sereno e Luís Filipe Neto, ambos residentes na capital francesa.

No bairro, por onde passam mais de 32 milhões de visitantes, a Pygital Concept terá como vizinhas lojas como a Gucci, Chanel, Louis Vuitton, entre outras.

O espaço, com mais de 120 metros quadrados, pretende ser o pontapé de saída da internacionalização da marca eNeNe-Novos Navegadores e reúne mais de 80 marcas luxo, premium luxo e moda 100% portuguesas. Repartido por diferentes espaços dedicados à tecnologia e à música, inclui ainda nomes de criadores de moda portugueses como Luís Buchinho, Anabela Baldaque, Luís Carvalho, entre outros. Haverá ainda lugar para marcas gourmet, joalharia e outras áreas de negócio. De acordo com o comunicado enviado às redações, o espaço promete ser uma experiência cultural única que propõe unir o espaço físico ao meio digital.

Como exemplo dessa experiência, a loja não terá preço visíveis nem caixas registadoras: os produtos irão estar identificados com QR codes de cinco cores, correspondentes a cinco gamas de preços diferentes, e será o cliente a digitalizar esse código no seu smartphone para saber mais detalhes, podendo a compra ser finalizada no telemóvel a qualquer hora e em qualquer lugar.

Os criadores desta primeira “Phygital Concept” estabeleceram também uma parceria com a Vista Alegre, tendo esta cedido duas peças únicas e exclusivas da coleção de 2018, que só poderão ser compradas neste espaço. A inauguração está prevista para o próximo dia 8 de fevereiro e conta com a participação do DJ Vibe.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice vai abrir contact center na Covilhã. Cria 200 postos de trabalho

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

A Altice já tem um data center na zona, tendo criado 1.500 postos nos últimos dois anos e meio. Agora quer acrescentar mais 200.

A Altice/Randstad vai inaugurar em fevereiro, na Covilhã um novo centro de apoio telefónico que criará cerca de 200 postos de trabalho na região, 150 dos quais ainda durante o ano de 2018, disse esta quinta-feira a Altice Portugal em comunicado.

“O contact center está instalado no Parkurbis (Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã), trata-se de um equipamento novo e moderno, com open space para 128 postos de atendimento, ladeados por salas de formação, reunião e de convívio para os colaboradores”, aponta a nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, salientou a importância deste investimento e frisou que surge “na senda do trabalho que a autarquia tem feito no sentido de fixar novas empresas no concelho e proporcionar condições às que já estão instaladas para que possam aumentar os postos de trabalho e contribuir para o grande desígnio da fixação de pessoas”.

O autarca sublinhou ainda o “esforço e empenho” deste município do distrito de Castelo Branco para que fossem criadas “todas as condições técnicas e logísticas necessárias para a concretização do projeto” e especificou que o investimento municipal foi de cerca de 100 mil euros, o que, lembra, se traduzirá num retorno muito maior para o concelho.

"Estima-se que, entre ordenados base e prémios de produção, a média salarial ronde os 750 euros, pelo que, por cada 100 postos de trabalho, teremos cerca de 75 mil euros/mês injetados na economia local.”

Vítor Pereira

Presidente da Câmara Municipal da Covilhã

“Estima-se que, entre ordenados base e prémios de produção, a média salarial ronde os 750 euros, pelo que, por cada 100 postos de trabalho, teremos cerca de 75 mil euros/mês injetados na economia local, ou seja, quando chegarmos aos 200 trabalhadores, serão 150 mil euros, o que não é de todo displicente”, referiu.

Vítor Pereira destacou ainda que esta aposta vem contribuir para afirmar o “cluster tecnológico” da Covilhã, onde a Altice já tem um “Data Center”, e mostrou-se confiante de que em breve possam surgir novos investimentos, quer nessa infraestrutura, quer relativo a outras empresas.

Na informação da Altice é também referido que “este é o 13.º centro de contacto que a parceria Altice/Randstad abre em Portugal” e que os 200 novos postos de trabalho se juntam aos mais de 1.500 criados nos últimos dois anos e meio.

A localização destes centros de contacto são uma opção estratégica da Altice, sendo instalados em zonas de baixa densidade populacional para procurar dar resposta à preocupação da desertificação.

Alexandre Figueiredo

CEO da Altice

Citado na nota de imprensa, o presidente executivo da Randstad em Portugal, José Miguel Leonardo, destaca o “orgulho no trabalho de parceria desenvolvido com a Altice, um trabalho desenhado a três anos e que muitos frutos tem dado essencialmente ao país”. “Este é mais um resultado do empenho e dedicação da Randstad em projeto que conotamos de excelência”, acrescenta.

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca esclarece que a “localização destes centros de contacto são uma opção estratégica da Altice, sendo instalados em zonas de baixa densidade populacional para procurar dar resposta à preocupação da desertificação” e sublinha que a ambição da empresa passa por criar quatro mil postos de trabalho em “call centers”.

Este responsável congratula-se pelos excelentes resultados que esta área de projeto Altice/Randstad tem produzido em Portugal: “Esta é mais uma prova clara da Altice de investir no nosso país, criando emprego, construindo e modernizando infraestruturas e garantido suporte para o funcionamento pleno da tecnologia e inovação em qualquer parte do território, nunca esquecendo a vertente da responsabilidade social e aposta na cultura”.

Segundo o referido comunicado, há, neste momento, mais de 1.500 pessoas em funções nos centros de atendimento da Altice, na maioria mulheres, sendo que 78% são provenientes de situações de desemprego e 30% são licenciados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE ainda não começou a discutir fim dos estímulos. “Ainda não podemos declarar vitória”, diz Draghi

Banco Central Europeu prepara terreno para apertar a política monetária. É a primeira reunião do ano em Frankfurt para acompanhar aqui em direto.

Primeira reunião do ano em Frankfurt será decisiva. Há cada vez mais sinais de impaciência com os estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE) e Mario Draghi poderá começar a preparar o terreno para desligar as máquinas de imprimir dinheiro. Depois do comunicado do Conselho de Governadores às 12h45, seguiu-se a conferência de imprensa com o presidente do banco central.

Acompanhe aqui o que foi dito por Draghi.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google vai ter um hub tecnológico ou um call center em Oeiras?

O Governo anunciou um investimento da Google para instalar em Portugal um centro de serviços e pólo tecnológico. Mas Mike Butcher, jornalista de tecnologia, garante que será apenas um "call center".

O primeiro-ministro António Costa e o editor do TechCrunch, Mike Butcher (à direita).Fotomontagem, Web Summit e Wikimedia Commons

A notícia da vinda do hub da Google para Portugal partiu do primeiro-ministro, em Davos esta quarta-feira. António Costa afirmou que “Portugal vai em breve acolher um investimento da Google” e que “havia vários países a disputar este investimento”. A informação foi recebida no país com pompa e circunstância. No entanto, de acordo com o jornalista Mike Butcher, é preciso um pouco mais de calma. Deverá ser “apenas um call center.

Quem é Mike Butcher? É editor sénior do Tech Crunch, um dos mais antigos jornais especializados em tecnologia e um jornalista reconhecido na área. Esta quarta-feira, Mike Butcher começou por partilhar uma notícia da Reuters no Twitter, onde se lê: “Google vai abrir centro de tecnologia perto de Lisboa, criando 500 empregos.” Mas não tardou a voltar atrás. Horas depois, em resposta ao seu próprio tweet, o jornalista escreveu: “Ok, acalmem-se todos. É apenas um call center.” Ao ECO, Mike Butcher refere que apurou a informação junto de “fontes portuguesas”.

A informação parece ir contra a avançada pelo Governo e pela Google: os mais de 500 empregos serão trabalho qualificado. Como especificou Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, até já estará fechada a “contratação do espaço”, na ordem dos 7.000 m2, que arrancará, “segundo informação da própria Google”, com 535 postos de trabalho. O secretário de Estado foi ainda mais além: estes empregos serão baseados na área das tecnologias de informação e de comunicação, “desde a gestão da informação às engenharias, num leque alargado de competências”, garantiu Eurico Brilhante Dias.

Nas redes sociais, são evidentes as dúvidas em relação à verdadeira natureza do centro de serviços que a Google. Será mesmo um polo tecnológico? Ou será, afinal, um call center? O ECO pediu alguns esclarecimentos ao Governo, mas não obteve qualquer resposta a tempo de publicação deste artigo. Já do lado da empresa, a Google recusou a tecer mais comentários para além daquele que fez quando se soube da notícia: o centro será “totalmente dedicado aos fornecedores”.

Contudo, fonte próxima do Governo disse ao ECO que o centro da Google em Portugal abrangerá “serviços centrais”. Deverá ser uma espécie de “backoffice europeu”, como é a sede da Google em Dublin (Irlanda), mas que, apesar de também estar “ligado à tecnologia”, terá um foco diferente: albergará, entre outras coisas, o “departamento financeiro” da multinacional que poderá “chegar até 2.000 pessoas” e lançado com “zero apoios públicos”.

Call center ou não, o certo é que a Google vai mesmo expandir operações em Portugal, sob a batuta de Bernardo Correia, o country manager em Portugal. Por explicar fica o que será o novo hub da Google em Portugal e qual a real dimensão deste investimento no âmbito das operações da multinacional na Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS Advogados assessora Ynvisible

  • ADVOCATUS
  • 25 Janeiro 2018

A SRS Advogados assessorou a YD Ynvisible, S.A. em operação de RTO (reverse takeover), adquirindo assim 94,19% das ações da empresa.

A SRS Advogados assessorou a YD Ynvisible, S.A. em RTO — fusão inversa — com a empresa canadiana Ynvisible Interactive INC. (antiga Network Exploration Ltd.), que adquiriu 94,19% das ações da Ynvisible.

Alexandra Valente, sócia da SRS Advogados, liderou a equipa de advogados portugueses nesta RTO, que contou ainda com as advogadas Neuza Pereira de Campos e Kathleen Hoffmann Barley.

Esta operação resultou numa oferta pública e admissão à cotação na bolsa de Toronto — a TSX Venture Exchange — de 24,6 milhões de ações ordinárias da Ynvisible Interactive INC., tendo sido também emitidas 1,3 milhões de ações para pagamento de um finder’s fee.

"A RTO, bem como a oferta pública na TSX Venture Exchange, foram muito bem-sucedidas com a subscrição total das ações oferecidas pela Ynvisible Interactive INC.”

SRS Advogados

A RTO e a oferta pública na TSX Venture Exchange foram, segundo comunicado desta sociedade enviado à Advocatus, “muito bem-sucedidas com a subscrição total das ações oferecidas pela Ynvisible Interactive INC.”.

A Ynvisible é uma empresa portuguesa, pioneira no desenvolvimento de rótulos inteligentes, com foco no desenvolvimento e comercialização de ecrãs electrocrómicos flexíveis, tendo resultado de um spin-off da empresa Portuguesa YDreams – Informática, S.A..

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.