Dirigentes da ANPC passam a ser designados “em regra” por concurso

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

Passará a vigorar um "sistema, em regra, de concurso na designação dos dirigentes" e uma evolução do atual "modelo distrital para modelo de base metropolitano ou intermunicipal", disse Cabrita.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que define a orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil, com um sistema de concurso para dirigentes e um modelo de base metropolitana ou intermunicipal.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, explicou que, mediante a orgânica aprovada, passará a vigorar um “sistema, em regra, de concurso na designação dos dirigentes“, e uma evolução do atual “modelo distrital para modelo de base metropolitano ou intermunicipal”.

Eduardo Cabrita falava durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros dedicada à temática dos incêndios e da floresta realizada na Tapada de Mafra.

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Marcelo reafirma exigência de que se apurem todas as responsabilidades “doa a quem doer”

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

"Eu desde o ano passado exijo o mesmo. Quero saber o mesmo e digo aliás com a mesma expressão: doa a quem doer, que é suficientemente ampla para cobrir todos os poderes envolvidos", disse Marcelo.

O Presidente da República reafirmou esta quinta-feira que “não sabia” e não sabe o que se passou no furto e recuperação das armas de Tancos, mantendo a exigência de que se apure todas as responsabilidades “doa a quem doer”.

Eu desde o ano passado exijo o mesmo. Quero saber o mesmo e digo aliás com a mesma expressão — doa a quem doer –, que é uma expressão suficientemente ampla para cobrir todos os poderes envolvidos e todas as responsabilidades”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à saída de uma visita ao DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal), em Lisboa, quando questionado sobre os novos desenvolvimentos do caso de Tancos.

Sobre se reafirma “que não sabia” o que aconteceu, quer no desaparecimento quer no reaparecimento das armas, o Presidente da República foi perentório: “Eu fui o primeiro, logo em Tancos, a querer todo o esclarecimento de alto a baixo e depois fi-lo todas as semanas, permanentemente. É óbvio que o fiz porque não sabia”. “Não sabia e não sei quem é que furtou, não sabia e não sei como foi, o que foi, qual o destino. Não sabia e não sei exatamente como é que se passou depois a recuperação das armas“, detalhou.

O chefe de Estado foi claro ao afirmar que “se tivesse sabido de algum desses factos ao longo deste ano e meio” teria comunicado à Procuradora Geral da República e teria tido a oportunidade “de falar ao Governo nessa matéria”. “Eu tenho o legítimo desejo — para não dizer exigência –, que é de todos os portugueses, de vir a saber um dia como é que foi o desaparecimento das armas e como é que foi a recuperação das armas. Temos de saber todos”, insistiu.

À pergunta se sabia que existia uma investigação criminal durante este último ano ao processo de recuperação das armas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder ser “muito simples”. “O que é que eu sabia e todos os portugueses sabiam? Nós sabíamos, um dia, dois dias depois do desaparecimento das armas, que tinha sido aberto um inquérito criminal ao eventual furto de armas. Sabíamos. Não só sabíamos como eu apoiei e fui apoiando ao longo do tempo“, recordou.

A partir de determinado momento, prosseguiu o Presidente da República, “quando foram recuperadas as armas, não houve naquela altura nenhuma especulação específica sobre matéria”. “Mas, volvidos uns meses, mais adiante, eu próprio fui incluindo na minha exigência pública a exigência de se apurar como é que se passou o desaparecimento das armas e depois qual o eventual destino e como é que se passou a questão da recuperação, sempre no âmbito da investigação criminal”, assegurou.

Assim, “é evidente” que o Presidente foi sempre “apoiando a investigação criminal para chegar às últimas consequências”, esperando que estas cheguem. “Sabe que um dos princípios fundamentais, eu tenho dito, é que não é só em termos de memórias que eu não tenciono estar a contar as conversas com o primeiro-ministro. Em termos de dia a dia também não conto“, respondeu, com um sorriso, quando interrogado pelos jornalistas sobre se tinha falado com o primeiro-ministro, António Costa, sobre as revelações mais recentes deste caso.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que, sobre este caso, tem “falado a um ritmo de duas vezes por semana”, sendo até acusado de ser “insistente e cansativo”. “Quando houver matéria para me pronunciar, aí isso eu não perco oportunidade pois se estou há um ano e meio a exigir para me pronunciar logo que possa, pronuncio-me“, garantiu.

Para o chefe de Estado, “a investigação tem de se fazer, independentemente de juízos pessoais ou juízos conjunturais”. Porque “quem investiga, investiga de forma autónoma”. “Quem é que apura quem está envolvido, como é que está envolvido e qual o grau de responsabilidade, quem tem de cortar, corta a direito. Isso é a justiça. Não há uma justiça de primeira, de segunda e de terceira”, defendeu, considerando que, neste caso, “o problema é saber, para cortar a direito, quais os factos, quais os envolvidos e quais as responsabilidades”.

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Governo das Sociedades é arma para “regular” novas realidades

A auto-regulação foi o tema central na conferência dos 15 anos do Instituto Português de Corporate Governance, que reuniu reguladores da banca e do mercado de capitais e outros responsáveis.

Faz quase um ano desde que o Código do Governo das Sociedades em Portugal passou a ser assente no modelo da auto-regulação, com este a passar da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para a responsabilidade do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG). Na celebração dos seus 15 anos, o IPCG reuniu reguladores e outros responsáveis numa conferência que procurou avaliar a criação de valor para a sociedade resultante da aplicação do governo das sociedades. E um das conclusões que salta à vista é o papel facilitador que esta auto-regulação poderá ter na regulação de novas realidades.

Essa posição foi defendida por Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM. “A particular maleabilidade das regras de teor recomendatório tornam este um instrumento particularmente apto a ‘regular’ novas realidades e a moldar determinados comportamentos”, disse a responsável do regulador do mercado de capitais.

Uma expectativa para a qual considera que é também “fundamental que cada um dos intervenientes cumpra adequadamente o seu papel e, em particular, que a monitorização da adesão às recomendações existentes seja exigente e estruturada, promovendo o necessário acompanhamento do tema”, algo que considera ser “especialmente relevante em momentos disruptivos ou de transição de paradigma como o recente movimento de transição para a auto-regulação”.

Um dos focos principais da apresentação da presidente da CMVM, mas que também foi abordado por outros oradores, incidiu sobre a responsabilidade social. Gabriela Figueiredo Dias salienta que “é inegável a atualidade e relevância que o tema conhece nos nossos dias”. Mas não deixa de deixar uma crítica ao referir-se ao “risco de superficialidade” que a abordagem dos temas relacionados com a responsabilidade social pode ter nas empresas.

Gabriela Figueiredo Dias diz assim que a inclusão da responsabilidade social no figurino de investimento “é a resposta a um imperativo de sustentabilidade da economia através de instrumentos que simultaneamente remunerem o investidor”.

Retorno das ações em empresas com “governance forte” é superior

Do regulador para o mercado de capitais, a responsabilidade social também foi focada em especial pelo presidente da Euronext Lisboa. Paulo Rodrigues da Silva considera que a responsabilidade social das empresas é um dos elementos que ganha relevância crescente, considerando que “a Corporate Governance terá que refletir sobre esses aspetos e construir um conceito mais abrangente dos stakeholders”.

Mas o presidente da Bolsa de Lisboa focou o seu discurso sobretudo na avaliação do impacto que o Corporate Governance pode ter sobre a rentabilidade das empresas considerando diferentes contextos de mercado. Apesar de salientar os resultados por vezes discrepantes dos estudos que procuram fazer essa avaliação, Paulo Rodrigues da Silva tem uma opinião própria.

O presidente da bolsa começa por dizer que há uma correlação entre empresas com modelos de governo das sociedades fortes e retornos acionistas. “As minhas conclusões parecem indicar que no longo prazo, o return on equity em empresas com um governance forte parece ser superior“, disse Paulo Rodrigues da Silva. Contudo, alerta que quanto ao retorno acionista existem mais dúvidas. Diz ainda que “exceto em fases de queda de mercado, os investidores preferem empresas com Corporate Governance mais forte”, diz Paulo Rodrigues da Silva.

Crise? Uma clamorosa falha do modelo de governo dos bancos

Luís Máximo dos Santos, vice-Governador do Banco e Portugal centrou a sua apresentação na relação entre a banca e Corporate Governance, começando por referir a “clamorosa falha dos modelos de governo interno das instituições financeiras” como um dos principais fatores que conduziram à crise.

Mas destaca os passos que se seguiram no sentido de corrigir essas falhas. Começando pelos “incentivos desalinhados com uma gestão de risco sustentável e prudente”, referindo-se à “prática de esquemas regulatórios assentes em componentes variáveis indexadas a expansões rápidas do volume de transações que levou a uma cultura de risco excessivo“, e que entretanto são áreas em que já há intervenção. Mas seguiram-se outras.

E diz que “garantir que a estrutura organizativa do governo societário das instituições é sólida e a gestão e a fiscalização adequadas passou a ser, pois, uma preocupação central da regulação bancária”.

Mas também acrescentou que garantir a efetividade do bom governo societário não é apenas tarefa das empresas, dos reguladores e supervisores. “A efetividade do bom governo societário depende também da nossa capacidade coletiva para criarmos uma sociedade que valorize devidamente a ética“, concluiu.

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Instrução da Operação Marquês só em janeiro

A fase de instrução do processo da Operação Marquês - que envolve José Sócrates em suspeitas de corrupção - arranca na última semana de janeiro.

A fase de instrução do processo da Operação Marquês só deverá avançar na última semana de janeiro, segundo avança o Observador.

Esta quinta-feira o juiz Ivo Rosa recebeu no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, um representante do Ministério Público e os advogados dos arguidos para decidir o calendário das diligências a realizar no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês. Em causa está o prazo estipulado para esta fase (quatro meses), e que o juiz diz não chegar para a concluir, tendo em conta a complexidade e a dimensão do processo.

Ivo Rosa enviou na altura um despacho às várias defesas dos arguidos deste processo a dar conta de que os quatro meses definidos por lei para finalizar esta fase não vão ser suficientes. O juiz justifica o atraso com o facto de ter em mãos outro processo, também de grande complexidade — o caso dos “Colégios GPS”.

O magistrado pediu, entretanto, a exclusividade nestes dois casos ao Conselho Superior de Magistratura, tendo perdido a instrução do processo dos CMEC, que envolve a EDP, e o do e-Toupeira, que envolve a SAD do Benfica.

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Presidente do Turismo do Porto e Norte fica em prisão preventiva

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

De acordo com um dos advogados do processo, Melchior Moreira vai permanecer em prisão preventiva, no âmbito da Operação Éter, que envolve mais quatro suspeitos.

O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, um dos cinco suspeitos na alegada viciação de procedimentos de contratação pública, vai ficar em prisão preventiva, disse esta quinta-feira um advogado do processo.

Dos restantes quatro arguidos, Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, ficou suspensa de funções e com proibição de contactos e Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, ficou sujeita a proibição de contactos. A Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana), foi aplicada proibição de contactos e uma caução económica de 40 mil euros, enquanto José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, ficou sujeito a proibição de contacto e uma caução económica de 50 mil euros.

Os interrogatórios no TIC do Porto começaram na sexta-feira e prolongaram-se até segunda-feira. As cinco pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) na quinta-feira, na operação com o nome de código Éter, que incluiu buscas em entidades públicas e sedes de empresas. Em causa estarão ajustes diretos realizados nos últimos dois a três anos que ultrapassam um total de cinco milhões de euros. Segundo fonte policial, os ajustes diretos eram concedidos por valores muito acima do mercado e, por vezes, sem que o serviço fosse prestado.

A investigação centrada no Turismo do Porto e Norte “determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto”, avançou a PJ na quinta-feira. Com esse esquema, pretendia-se “favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular“, referiu a polícia.

À Lusa, fonte policial disse que em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no norte do país.

Na operação policial realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo, e estiveram envolvidos 50 elementos da PJ, incluindo inspetores e peritos informáticos, financeiros e contabilísticos.

(Notícia atualizada às 19h06 com mais informação)

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Amadeu Guerra fica no DCIAP

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu à saída do DCIAP que Amadeu Guerra vai manter-se à frente do departamento do Ministério Público. O seu mandato terminaria em março.

O presidente da República admitiu, à saída do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que Amadeu Guerra vai ficar à frente deste departamento do Ministério Público. “Se a PGR disse claramente que entendia que Amadeu Guerra devia continuar com a obra em curso, é porque é para continuar”.

Já na tomada de posse da nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, a 12 de outubro, admitia que mantinha a confiança no diretor do DCIAP. Lucília Gago apelidou o trabalho do DCIAP no caso que envolve José Sócrates “bem ilustrativo dos níveis de exigência e qualidade do trabalho desenvolvido”, sendo plena “a confiança que deposito em Amadeu Guerra”. O mandato do líder do DCIAP terminaria em março de 2019 e falava-se na hipótese de não recondução dessa mandato, à semelhança do que aconteceu com Joana Marques Vidal.

Numa clara mensagem subliminar, a nova chefe do Ministério Público admite que “o perfil do Procurador-Geral da República suscita na sociedade uma enorme expectativa, que, não raras vezes, o encara como único responsável pelos sucessos e insucessos do Ministério Público e mesmo da própria Justiça”.

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DCIAP prefere não chamar já Azeredo Lopes a depor

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

O DCIAP não tenciona ouvir tão cedo o ex-ministro Azeredo Lopes, no âmbito da investigação que apura em que circunstâncias se deu o reaparecimento do material militar furtado em Tancos.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) não tenciona chamar já o ex-ministro da Defesa Nacional a prestar depoimento no âmbito do caso da recuperação do material militar roubado em Tancos. Antes de ouvir Azeredo Lopes, os investigadores querem apurar de forma mais detalhada as circunstâncias do reaparecimento do armamento furtado, avançou o Público (acesso condicionado), sem indicar como obteve a informação.

Esta quinta-feira, soube-se que Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do antigo governante, assumiu em tribunal ter dado conhecimento a Azeredo Lopes do memorando onde estava descrita a operação clandestina da Polícia Judiciária Militar, que resultou na recuperação do armamento, mas à margem da lei. Enquanto ministro, Azeredo Lopes sempre negou ter conhecimento da operação consumada na Chamusca.

Na sequência da notícia, o ex-ministro disse, numa nota enviada à Lusa, ter contactado o DCIAP para manifestar “completa disponibilidade e interesse” em ser ouvido acerca do caso de Tancos. O ex-ministro também disse reiterar tudo o que afirmou “até à data” no âmbito deste caso. Mas a Procuradoria-Geral da República informou, depois, que não há “qualquer diligência agendada” no âmbito da Operação Húbris, como foi apelidada a investigação à alegada operação clandestina.

O Público reitera que já é certo que dois dos arguidos da GNR que tinham optado por não falar perante o juiz de instrução criminal mudaram recentemente de ideias. O advogado de defesa já terá requerido que possam voltar a ser ouvidos pelo juiz João Bártolo. Os depoimentos deverão fornecer mais detalhes aos investigadores acerca do que terá sucedido na noite em que o material foi recuperado, sendo que as autoridades ainda estão a tentar apurar a identidade de todos os responsáveis envolvidos no furto do material que estava depositado nos Paióis Nacionais de Tancos.

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Inapa vai emitir 15 milhões em dívida para comprar empresa alemã

Oferta de obrigações convertíveis em ações será dirigida à Papyrus, à qual a Inapa pretende adquirir a Papyrus Deutschland.

A Inapa vai emitir 15 milhões de euros em obrigações convertíveis em ações no âmbito da compra da Papyrus Deutschland, sendo esta uma das propostas que vai à assembleia geral de acionistas que está agendada para 15 de novembro. No final, a Papyrus pode ficar com quase um quarto do capital da empresa portuguesa.

Esta oferta particular de subscrição dirige-se à Papyrus, dona da Papyrus Deutschland que a Inapa está a comprar. Vão, neste âmbito, ser emitidos títulos que correspondem a 23% de todo o capital da Inapa em caso de conversão total. Ou seja, a empresa alemã poderá tornar num dos maiores acionistas da cotada nacional. A Parpública tem, atualmente, 32,7% do capital, mas esta posição será diluída com a conversão da dívida em capital.

Por causa da emissão, a administração da Inapa vai propor um “aumento de capital da sociedade no montante e nas condições que vierem a ser necessários para satisfazer os pedidos de conversão”. Ou seja, a proposta prevê um aumento de capital dos 180 milhões para os 195 milhões, realizado em várias fases, consoante a transformação da dívida em capital.

Por estas obrigações a Inapa pretende pagar uma taxa de juro de 5%, prevendo-se um plano de amortização anual desde o terceiro ano até ao sétimo ano.

A Inapa anunciou esta quarta-feira a aquisição da Papyrus Deutschland, “que teve um volume de negócios de 561 milhões de euros em 2017”. O objetivo passa por juntar o negócio da Papyrus Deutschland com o negócio da sua subsidiária alemã, a Papier Union, que “teve um volume de negócios de 389 milhões de euros no mesmo período”.

A operação encontra-se sujeita à aprovação da Concorrência alemã, devendo ficar concluída em dezembro.

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Portugal informa UE que quer manter mudança da hora

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

O primeiro-ministro, António Costa, já tinha indicado a inclinação de Portugal para continuar com a mudança da hora. A decisão foi baseada no parecer da entidade competente, o Observatório Astronómico

Portugal já decidiu: quer continuar a mudar a hora. A escolha foi comunicada a Bruxelas, que apresentou em setembro uma proposta para acabar com as mudanças de hora sazonais na Europa em 2019.

O Governo também “manifestou discordância” para com a proposta da Comissão Europeia, segundo indica o Ministério do Planeamento ao Público (acesso condicionado). António Costa tinha já defendido que Portugal deve manter o atual regime bi-horário e ter uma hora de verão e uma hora de inverno, considerando que “o bom critério e único é o critério da ciência”, referindo-se ao parecer do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), a entidade competente na matéria.

O relatório, escrito pelo diretor do OAL, Rui Agostinho, aponta que “o cerne da escolha está na dependência humana no ciclo diário das ‘horas com luz’ para atividade, seguido do período das ‘horas escuras’ para o repouso”. Se o horário de verão se mantivesse sempre, ia amanhecer mais tarde, em alguns casos por volta das 9h.

“A melhor argumentação para não acabar com a mudança da hora é que já passámos por isto e as pessoas não gostaram”, disse Rui Agostinho ao Público. Entre 1992 e 1996 Portugal acertou os relógios com Bruxelas, com o objetivo de favorecer os negócios com os parceiros europeus. Nessa altura, as pessoas estranharam o desfasamento com a luz solar.

O diretor do OAL defende ainda que a mudança para o horário de inverno, que acontece no último domingo de outubro, devia ser antecipada para setembro.

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Governo isenta de IMI proprietários que façam cadastro de terrenos

  • Lusa
  • 25 Outubro 2018

Esta medida, de isenção de IMI por dez anos, tem como objetivo incentivar os donos dos terrenos que não estão cadastrados a tratar dos processos. O regime de cadastro simplificado é gratuito.

O Conselho de Ministros decidiu esta quinta-feira isentar do pagamento de IMI, durante dez anos, os proprietários de terrenos não cadastrados que tratem do processo e criou um novo processo para regularização de terrenos sem dono.

Estas são duas das novidades do pacote de medidas sobre a floresta e prevenção de incêndios que está a ser aprovado esta quinta-feira na reunião de Conselho de Ministros, a decorrer na Tapada de Mafra. O Governo quer que os donos dos terrenos que não estão cadastrados tratem dos processos, caso contrário, essas propriedades passam para o Estado, uma ação que está prevista na legislação desde 1967, mas precisava ser clarificada.

O ministro adjunto e da Economia, Siza Vieira, afirmou esta quinta-feira que o regime de cadastro simplificado é gratuito para os proprietários e “quem tomar a iniciativa ficará isento de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) durante dez anos”.

Já os terrenos não reclamados seguem outro processo: “No desconhecimento da propriedade do terreno, inicia-se um procedimento conduzido pelo Instituto de Registos e Notariado que publicita a circunstância de este terreno estar a ser identificado”, explicou. Os donos têm, então, 180 dias para reclamar a restituição do terreno. “Se isso não ocorrer, regista-se o prédio provisoriamente a favor do Estado”, sendo que os donos têm 15 anos para reclamar, acrescentou.

“É importante podermos conhecer quem são os donos para podemos exigir o cumprimento das suas obrigações de gestão de combustíveis”, sublinhou.

Neste âmbito, o Conselho de Ministros aprovou também uma proposta de lei que alarga a todo o território nacional o regime de cadastro simplificado, o que também permitirá responsabilizar os donos dos terrenos “e conseguir melhor prevenção e combate aos incêndios”, sublinhou por seu turno a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Há cerca de um ano, o parlamento decidiu avançar com uma experiência piloto aos concelhos afetados pelos incêndios em junho, assim como a outros dois concelhos (Caminha e Alfandega da Fé). No total, dez concelhos passaram a estar abrangidos pelo regime de cadastro simplificado, que foi alvo de um relatório de avaliação que foi esta quinta-feira apreciado pelos ministros reunidos na Tapada de Mafra.

“Em função destes resultados iremos propor o alargamento a todo o território nacional desta experiência piloto”, anunciou a ministra da Justiça, acrescentando que aquele trabalho permitiu conhecer a fundo a realidade daquelas regiões.

De acordo com a secretária de Estado da Justiça, os dez municípios que estiveram envolvidos no projeto piloto de cadastro simplificado representam 243 mil hectares de território e 741 mil matrizes.

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Há pré-acordo na Autoeuropa. Salários vão aumentar 5,8% nos próximos dois anos

  • ECO
  • 25 Outubro 2018

Administração chegou a um pré-acordo com os trabalhadores para aumentar os salários 2,9% por ano até 2020. Para além disso, pretende passar a efetivos 300 trabalhadores. Fábrica volta a parar 8 dias.

A Autoeuropa chegou a um pré-acordo com a comissão de trabalhadores para realizar aumentos salariais nos próximos dois anos, de acordo com as notícias avançadas pelo Dinheiro Vivo e pelo Jornal de Negócios. Assim, os funcionários vão ser aumentados 2,9% por ano e vão receber 100% dos salários por cada dia de fim de semana de produção.

Este acordo não é definitivo e terá ainda de ser votado por todos os funcionários da Autoeuropa. A votação deverá acontecer entre 5 e 9 de novembro, tendo em conta que a fábrica vai parar a produção este sábado, sendo retomada apenas a 3 de novembro. Uma interrupção que, de acordo com Fausto Dionísio, coordenador da comissão de trabalhadores, se deve à “falta de motores”.

Esta será a quarta paragem da Autoeuropa este ano (fevereiro, março, agosto e setembro) o que pode pôr em risco a meta da empresa de produzir 240 mil unidades em 2018.

“O pré-acordo já foi fechado e prevê o pagamento de um prémio de 100% ao domingo, aumentos salariais de 2,9% em cada um dos próximos dois anos e a passagem a efetivos, até julho de 2019, de 300 trabalhadores com contratos a prazo“, adiantou, ao Negócios, Fausto Dionísio.

Com este novo acordo, os trabalhadores da fábrica de Palmela passam a ser remunerados em 100% do valor do salário se trabalharem aos domingos, uma nova conquista, tendo em conta que isso já acontecia com os sábados. Relativamente aos aumentos salariais, estas subidas continuam abaixo dos 4% que estavam a ser exigidos pelos trabalhadores, com um valor mínimo de 36 euros, diz o Negócios.

Outro ponto alcançado foi a passagem de 300 trabalhadores com contratos a prazo para efetivos, um número que também fica abaixo dos 400 reivindicados. Contudo, essa data de mudança foi antecipada de setembro para julho do próximo ano.

(Notícia atualizada às 17h44 com mais informação)

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