Conselho das Finanças Públicas diz que défice está no bom caminho, mas ainda há perigos: Novo Banco, BPP e progressões na saúde e educação

O Conselho das Finanças Públicas considera que o défice está no bom caminho. Mas a entidade liderada por Teodora Cardoso afirma que ainda há obstáculos por ultrapassar.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) está otimista quanto à trajetória do défice. Mas considera que ainda há vários obstáculos pelo caminho, nomeadamente a despesa relacionada com a recapitalização do Novo Banco, a incerteza em torno da recuperação da garantia do BP, mas também os encargos associados com os setores da saúde e educação.

“O défice das Administrações Públicas foi de 434 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, o equivalente a 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) gerado no trimestre, dos quais 0,1 pontos percentuais refletem já parte do impacto da despesa extraordinária com indemnizações decorrentes dos incêndios florestais de 2017”, de acordo com o relatório do CFP sobre a evolução orçamental até ao final do primeiro trimestre do ano. Excluindo a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, “o défice orçamental registou uma redução homóloga de 471 milhões de euros”, refere.

De acordo com o relatório publicado esta quinta-feira, e excetuando a despesa com juros, “as administrações públicas registaram um excedente orçamental de 1.264 milhões de euros, correspondendo a 2,7% do PIB, o que configura o melhor resultado no primeiro trimestre dos últimos três anos. Esta evolução favorável do saldo primário no primeiro trimestre é uma indicação positiva para o cumprimento da meta fixada pelo Governo”

"Esta evolução favorável do saldo primário no primeiro trimestre é uma indicação positiva para o cumprimento da meta fixada pelo Governo (…) No entanto, persistem desafios que podem comprometer este objetivo. ”

Conselho de Finanças Públicas

Contudo, a entidade liderada por Teodora Cardoso alerta que ainda há obstáculos pela frente. “Persistem desafios que podem comprometer este objetivo. Entre os fatores que podem comprometer a meta orçamental estão a despesa relativa à recapitalização do Novo Banco (a registar no segundo trimestre), mas também a incerteza relativa à recuperação integral da garantia do BPP.

No caso do Novo Banco, foi considerado, na previsão do Programa de Estabilidade para 2018, “um impacto orçamental de 792 milhões de euros” decorrente da recapitalização da instituição financeira por parte do Fundo de Resolução. Em sentido contrário, e que ainda causa algumas dúvidas, “a receita resultante da recuperação, em 2018, da parte remanescente da garantia concedida pelo Estado ao BPP”, de 377 milhões de euros.

O CFP aponta, além da banca, mais desafios. Nomeadamente o pagamento integral do subsídio de Natal (no quarto trimestre) e os resultados das medidas de revisão da despesa, “bem como as pressões orçamentais na despesa dos setores da saúde e educação“. Teodora Cardoso alerta para o risco que o “descongelamento de carreiras não contemplados no Orçamento do Estado para 2018” pode representar para alcançar as metas do défice.

(Notícia atualizada às 12h49)

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Penalistas em conferência hoje na Ordem dos Advogados

"Nulidades da Prova na Fase de Inquérito" é o tema da conferência organizada pelo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.

“Nulidades da Prova na Fase de Inquérito” é o tema da conferência organizada pelo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.

O sócio da Cuatrecasas que coordena a área de Direito Penal e das Contra-Ordenações, Paulo de Sá e Cunha, será orador, versando a matéria de “Apreensões de correspondência eletrónica”.

Tal como João Medeiros, sócio coordenador da equipa de Contencioso Penal da PLMJ falará sobre “Sindicância das nulidades da prova da fase de inquérito” e a moderação do debate estará a cargo de Pedro Duro, sócio da área de Penal, Contra-Ordenações e Compliance da CS Associados.

A sessão de abertura contará com a participação de António Jaime Martins e João Massano, presidente e vice-presidente do Conselho Regional de Lisboa, respetivamente. O evento terá lugar na próxima quinta-feira, dia 12 de Julho, pelas 15:00, no Anfiteatro 10 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

A entrada é gratuita para advogados e advogados estagiários, mediante inscrição prévia, através do site.

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CCA nomeia Rita Trabulo na Startinnovation Team

A CCA ONTIER acaba de nomear Rita Trabulo, advogada da CCA ONTIER, como a nova associada coordenadora da Startinnovation Team.

A CCA ONTIER acaba de nomear Rita Trabulo, advogada da CCA ONTIER, como a nova Associada Coordenadora da Startinnovation Team. A advogada exercia, até agora, o cargo de associada coordenadora do departamento de Corporate.

Para Domingos Cruz, Managing Partner, “esta nomeação é um reconhecimento do excelente trabalho que a Rita tem prestado aos nossos clientes, nomeadamente Startups e PME, uma realidade que tem vindo a crescer nos últimos anos. Justamente porque temos em mãos operações cada vez mais complexas e dada a experiência acumulada na Rita nestas áreas, autonomizamos a área de M&A nas startups. O nosso objetivo é construir uma equipa de referência, com capacidade para dar uma resposta de excelência aos desafios que todos os dias nos são lançados pelo ecossistema empreendedor”.

Rita Trabulo tem uma comprovada experiência de 13 anos na assessoria jurídica a empresas na área de corporate e M&A com enfoque na representação de investidores institucionais e fundos de investimento, nomeadamente na assistência em diversas operações corporativas, investimentos estrangeiros, operações de financiamento, operações de compra e venda.Presta ainda consultoria jurídica tributária com foco corporativo e internacional, acompanhando e gerindo diversos projetos com clientes e investidores portugueses e estrangeiros.

Criada em 2015, a Startinnovation Team tem acompanhado de perto o nascimento e evolução de diversas empresas, das mais variadas áreas (agritech, biotech, fintech, IoT, mobilidade, turismo e lazer, bigdata, edtech, legaltech, AI, e-commerce e social media) desde o início do seu projeto até à sua expansão internacional. A Startinnovation Team reúne advogados internacionais experientes e especializados em áreas-chave para o desenvolvimento de um negócio: Private Equity & Venture Capital, Corporate/M&A, Tecnologias e Telecomunicações, Dados Pessoais, Propriedade Intelectual, Laboral, Fiscal e Internacional.

A nomeação da Rita como coordenadora da Startinnovation Team reflete “a estratégia da CCA ONTIER de aposta crescente na proximidade com o ecossistema empreendedor, ao mesmo tempo que continua a apostar numa geração mais jovem, investindo na sua carreira e procurando sempre a captação e retenção de talento”, explica fonte oficial do escritório.

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Trump ameaçou sair da NATO mas garante que “não será necessário”

Trump terá ameaçado sair da NATO se os aliados não aceitarem aumentar as metas da despesa. Em declarações aos jornalistas, o presidente confirmou que o poderia fazer, mas que "não será necessário".

Donald Trump terá ameaçado sair da NATO se os aliados não aceitarem aumentar as metas da despesa da Defesa, adianta o Politico, que cita oficiais e diplomatas da NATO.

O presidente norte-americano terá ameaçado “graves consequências”, se os aliados não se comprometerem imediatamente a aumentar o investimento. Fontes citadas pela Reuters garantem, no entanto, que Donald Trump não colocou em cima da mesa a saída dos EUA da aliança em causa, tendo apenas atacado duramente os parceiros.

Em reação a este duro ataque do líder norte-americano, foi convocada uma reunião de emergência dos líderes da NATO para discutir que decisão tomar. Fora da sala ficou, contudo, Donald Trump, que decidiu aproveitar esta manhã para fazer uma conferência de imprensa.

“Não estou a negociar, só quero o que é justo para os Estados Unidos”, disse o político, em declarações aos jornalistas, sublinhando que, a certo momento, o seu país chegou a financiar 90% da NATO. Sobre a possibilidade dos EUA abandonarem a aliança em causa, Donald Trump confirmou que o poderia fazer, mesmo sem o apoio do Senado, mas notou que tal “não será necessário”, porque os parceiros entretanto concordaram em aumentar as suas contribuições em 33 mil milhões de dólares.

Questionado ainda sobre a eficácia diplomática destes confrontos tão diretos, especialmente com a Alemanha, Trump salientou que é uma “forma muito efetiva” de conduzir as relações com os restantes parceiros e adiantou: “Eles aumentarão [as sua contribuições] e chegarão aos 4%, num período relativamente curto”.

Donald Trump acusou, no início da semana, os parceiros da NATO de estarem em incumprimento no que diz respeito às despesas militares e sugeriu que os EUA deveriam ser reembolsados.

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Trabalhadores da Autoeuropa reclamam aumentos de 4%, 25 dias de férias e integração de 400 precários

  • ECO
  • 12 Julho 2018

Aumento salarial de 4%, 25 dias de férias e integração de 400 precários são algumas das reivindicações que a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa vai apresentar à administração.

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Volkswagen/Autoeuropa tem uma longa lista de reivindicações para apresentar durante as negociações com a administração da empresa. Quer aumentos de 4%, sábados e domingos pagos a duplicar, mas também mais dias de férias. E defende que seja feita a integração de 400 precários.

De acordo com o caderno reivindicativo para o próximo ano, a que o ECO teve acesso, os trabalhadores da fábrica de Palmela defende um aumento salarial de 4% “com um mínimo de 36 euros”. No âmbito do pacote remuneratório, e tendo em conta a laboração contínua, defendem o pagamento a duplicar aos sábados e domingos. Atualmente, os sábados são pagos como dia normal, salvo algumas exceções.

É defendida também a atualização dos prémios de desempenho, mas também a atribuição de um prémio de reconhecimento aos funcionários de “500 euros, pago em janeiro de 2019”.

Ao mesmo tempo, a CT pretende que a empresa aumente o número de dias de férias. Atualmente são 22 dias, como acontece na generalidade das empresas, mas os trabalhadores defendem 25 dias. Querem que todos os funcionários tenham direito a dois dias extra, sendo atribuído um terceiro no caso dos funcionários que não apresentem faltas.

Não há despedimentos. Querem 400 precários integrados

Ao mesmo tempo que pedem mais salários, prémios e férias, os trabalhadores querem garantir junto da administração da empresa que não haverá qualquer despedimento coletivo durante a vigência deste acordo que agora vai ser discutido, ou seja, durante o próximo ano. E pedem que mais trabalhadores sejam integrados nos quadros.

A proposta de caderno reivindicativo, que deverá ser discutida na próxima quinta-feira, dia 19 de julho, com os trabalhadores em plenário, prevê que a Autoeuropa se comprometa a converter “até setembro de 2019 a passagem de 400 contratos a prazo em contratos sem termo”.

Estas reivindicações acontecem numa altura em que a produção de automóveis na fábrica de Palmela está a acelerar à boleia do T-Roc. O SUV compacto da Volkswagen está a puxar pela produção de automóveis em Portugal que praticamente duplicou nos primeiros seis meses deste ano para um total de 154 mil unidades.

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Moscovici: “Ainda estamos no ciclo de expansão”

Bruxelas reviu em baixa previsão de crescimento para a UE e a Zona Euro este ano. Tensões comerciais estão na origem desta alteração. Comissário europeu garante que crescimento é sólido.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros defendeu esta quinta-feira que a economia do bloco europeu continua numa fase de “expansão”, apesar da escalada das tensões comerciais que levou o executivo comunitário a rever em baixa a previsão de crescimento para este ano.

Ainda estamos num ciclo de expansão”, afirmou Pierre Moscovici, em resposta aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação das Previsões de verão que a Comissão Europeia publicou esta quinta-feira.

A Comissão Europeia reviu em 0,2 pontos percentuais a projeção de crescimento do PIB para este ano para 2,1%. Esta é a previsão para a Zona Euro e para a UE. Para 2019, a previsão mantém-se em 2%. A escalada de medidas protecionistas explica esta a alteração.

“O crescimento na Europa permanece resiliente, já que a política monetária se mantém acomodatícia e o desemprego continua a cair. A ligeira revisão em baixa, quando comparado com as previsões de primavera, reflete o impacto na confiança das tensões comerciais e da incerteza nas políticas, bem como do do aumento dos preços do petróleo”, disse ainda o comissário europeu na sua intervenção inicial.

“As nossas previsões são de uma continuação da expansão em 2018 e 2019, apesar da escalada das medidas de protecionismo ser um risco claro em baixa. A guerra comercial não produz vencedores, só perdas”.

Moscovici reforçou que as tensões comerciais até agora não abalar os motivos que estão por detrás do crescimento das economias que formam o bloco europeu, mas admitiu que a Comissão está cautelosa.

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AIE alerta para limites na capacidade de produção. Petróleo sobe 2%

O aumento da oferta da OPEP não vai compensar as interrupções da produção de petróleo em vários países, afirma a AIE. Um alerta que está a animar os preços do "ouro negro". O Brent sobe mais de 2%.

O petróleo está a recuperar das perdas acentuadas de quarta-feira, provocadas pelo anúncio da Líbia de que vai retomar a produção da matéria-prima. O “ouro negro” está a subir mais de 2%, animado pelos alertas da Agência Internacional de Energia (AIE) de que os problemas de produção em vários países não vão ser compensados pelos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus parceiros para aumentar a oferta e responder à procura que não para de crescer.

Neste contexto, o Brent, negociado em Londres, está a valorizar 2,18% para 75 dólares, depois de ter caído 7% na sessão anterior. E sobe mais do que o West Texas Intermediate (WTI), numa altura em que os trabalhadores das plataformas petrolíferas na Noruega continuam em greve. Em Nova Iorque, a cotação valoriza 1,02% para 71,1 dólares em Nova Iorque.

Brent regressa aos 75 dólares

“O mercado foi surpreendido na quarta-feira” com o anúncio da Líbia de que vai retomar a produção de petróleo, afirma Robin Bieber, analista técnico da corretora britânica PVM Oil Associates, à CNBC. “Por isso, é normal que se registem recuperações acentuadas“, acrescenta.

Mas o que está a impulsionar as cotações da matéria-prima são os alertas da AIE. A agência afirma que “o grande número de interrupções de produção relembra-nos da pressão que está a ser alvo a oferta global de petróleo”. E estes problemas a nível da oferta, que estão a acontecer sobretudo na Venezuela, Líbia e Canadá, não vão ser compensados pelos esforços da OPEP e dos outros países para aumentar a produção, numa altura em que a oferta não para de crescer, explica a entidade.

De acordo com as estimativas da OPEP, a procura de petróleo mundial em média vai ultrapassar 100 milhões de barris por dia em 2019. Ou seja, mais 1,47% do que a média prevista para este ano (98,85 milhões de barris por dia).

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Justiça alemã decide extraditar Puigdemont para Espanha

A Justiça alemã decidiu, esta quinta-feira, extraditar Carles Puigdemont para Espanha por suspeitas de peculato. O antigo presidente catalão mantém-se por agora em liberdade.

A Justiça alemã decidiu, esta quinta-feira, extraditar Carles Puigdemont para Espanha por suspeitas de peculato, avança o El País. O ex-presidente da Catalunha mantém-se por agora em liberdade e, uma vez em Espanha, poderá apenas ser julgado pelo crime que justifica a sua extradição, isto é, apesar da Justiça espanhola acusar este político de rebelião não poderá avaliar o caso.

“A acusação de peculato é aceitável, a extradição pela acusação de rebelião não é”, lê-se na nota divulgada pela Audiência Regional de Schleswig Holstein. De acordo com os responsáveis alemães, a “magnitude da violência” implicada num ato de alta traição “não foi alcançada” durante as manifestações a favor do referendo à independência da Catalunha, em outubro do ano passado. “Puigdemont queria apenas que um referendo, não incitou à violência”, sublinha ainda o comunicado referido.

No início de abril, a Audiência Regional de Schleswig Holsetin já tinha decidido descartar as acusações do crime de rebelião, que Espanha usara para justificar o pedido de extradição. Nessa ocasião, Puigdemont foi libertado sob uma fiança de 75 mil euros, enquanto as suspeitas de peculato estavam a ser analisadas pelo tribunal. O ex-líder do Generalitat estava na prisão de Neumünster desde 24 de março, data em que foi detido pela polícia alemã pouco depois de ter entrado no país pela fronteira dinamarquesa.

Carles Puigdemont foi acusado de rebelião pela realização do referendo à independência da Catalunha, em outubro do ano passado, assim como outros 14 separatistas. No mês passado, o Supremo Tribunal espanhol confirmou ainda as acusações de peculato e desobediência.

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Há 20 países da União Europeia a crescer mais do que Portugal este ano e em 2019

A Comissão Europeia prevê que Portugal cresça 2,2% este ano, uma décima abaixo daquilo que prevê o Governo. Dos 28 países da União, há 20 que vão crescer mais do que Portugal este ano.

As Previsões Económicas de Verão da Comissão Europeia apontam para que a riqueza criada em Portugal este ano cresça 2,2%, uma revisão em baixa de uma décima face às últimas previsões de Bruxelas. O valor também fica uma décima aquém das previsões do Governo, que apontam para 2,3% este ano e no próximo.

Quando comparado com os restantes países da União Europeia, Portugal fica na parte de baixo da tabela. Segundo os dados da Comissão, dos 28 países da região, existem 20 que apresentam taxas de crescimento mais elevadas, com a Irlanda a ocupar o lugar cimeiro com um crescimento previsto para este ano de 5,6%. Mesmo assim, em abrandamento face aos 7,8% conseguidos pelos “tigres celtas” em 2017.

Na cauda da Europa e a crescer menos do que Portugal estão sete países, sendo que Itália e Reino Unido estão, ex aequo, em último lugar, com uma taxa de crescimento do PIB de 1,3%.

Previsões da Comissão Europeia para 2018 e 2019

Fonte: Previsões Económicas de Verão da Comissão Europeia | Valores em percentagem
Entre os países que crescem menos do que Portugal estão os “pesos pesados”. Além do Reino Unido e da Itália, Alemanha e França também apresentam taxas de crescimento do PIB inferiores a Portugal, o que faz baixar a média do crescimento da Zona Euro e da União Europeia para 2,1%, e coloca a economia portuguesa com um comportamento uma décima acima do valor médio.

Fazendo o ranking dos países segundo o crescimento estimado para 2019, a conclusão repete-se: 20 países a crescer mais do que Portugal, agora com a Malta a liderar, e 7 países a crescer menos, com Itália a ocupar o pior lugar na classificação. Em termos de média, que pondera a dimensão das economias, o crescimento previsto para Portugal de 2%, iguala quer a média da União a 28, quer a média da Zona Euro.

Nas Previsões Económicas de Verão da Comissão Europeia, Bruxelas diz que embora o consumo privado “continue a beneficiar das melhores condições do mercado de trabalho”, este deverá desacelerar na segunda metade deste ano, já que o ritmo de criação de emprego está a abrandar. Também o aumento do preço do petróleo deverá ter um impacto no poder de compra.

Os especialistas de Bruxelas consideram que, embora as exportações e importações devam continuar a aumentar a ritmos elevados, terão uma “contribuição geral um pouco menor [para a economia] devido a um ambiente externo menos favorável”.

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Revista de imprensa internacional

Donald Trump quer que a NATO duplique o objetivo de despesas em Defesa, May desiste de manter a City perto da UE, as vendas mundiais da PSA batem recordes, e outras notícias da atualidade no mundo.

Donald Trump quer que os países da NATO dupliquem a meta para a despesa militar, numa cimeira que vai ser marcada por vários temas quentes, nomeadamente a questão migratória. No Reino Unido, o Governo de Theresa May admite vir a perder o acesso que tem atualmente aos serviços financeiros da União Europeia, e vice-versa. Entre as empresas, as vendas da fabricante automóvel PSA atingiram um novo recorde, enquanto o dono da Zara se prepara para comprar um edifício em Londres por 680 milhões de euros.

The Wall Street Journal

Trump quer que países da NATO dupliquem meta para despesa militar

O presidente dos EUA, Donald Trump, propôs que os membros da NATO consagrem 4% do Produto Interno Bruto (PIB) a despesas em Defesa até 2024, ao contrário dos 2% acordados na cimeira de Gales de 2014. “Durante a sessão de hoje da cimeira da NATO, o presidente sugeriu que os países não só cumpram o compromisso de destinar 2% do seu PIB a gastos com Defesa, mas que o elevem a 4%”, indicou aos jornalistas em Bruxelas a porta-voz da Casa Branca. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Financial Times

May conclui que não vai conseguir manter City na UE

A primeira-ministra britânica deixou cair os planos para manter uma relação próxima com a União Europeia em termos dos serviços financeiros, depois da saída do Reino Unido do bloco. O Governo aceitou que o novo quadro de cooperação, incluindo serviços financeiros, significa que o “Reino Unido e a UE não terão o acesso que têm agora aos mercados uns dos outros”. Leia a notícia completa no Financial Times (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado).

Les Échos

Vendas mundiais da PSA atingem nível histórico

A fabricante francesa vendeu 2,18 milhões de veículos a nível mundial nos primeiros seis meses do ano. Um máximo histórico para a PSA e que representa um aumento de 38,1%. Este crescimento deve-se sobretudo às marcas Opel e Vauxhall, cujas vendas aumentaram em 571.832 carros no primeiro semestre. Leia a notícia completa no Les Échos (Conteúdo em francês / Acesso condicionado).

Le Monde

União Europeia discute questão migratória

Os 28 países da NATO vão estar hoje reunidos. Em cima da mesa estarão temas menos fraturantes, como a adaptação da estrutura de comandos da NATO, a luta contra o terrorismo, a defesa cibernética, ou a adesão à Aliança da República da Macedónia do Norte. E outros mais polémicos, como a questão da partilha de custos e responsabilidades entre os Aliados e a questão migratória. Leia a notícia completa no Le Monde (Conteúdo em francês / Acesso condicionado).

El Economista

Dono da Zara compra edifício em Londres por 680 milhões

Amancio Ortega, fundador de Inditex, continua a apostar no mercado imobiliário. Comprou à Blackstone um edifício no centro de Londres, conhecido por ser a sede de várias empresas como é o caso da revista The Economist e do Spotify. A operação vai custar 680 milhões de euros ao dono da Zara. Leia a notícia completa no El Economista (Conteúdo em espanhol / Acesso condicionado).

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Produção industrial recua em maio. Zona Euro floresce

  • Lusa
  • 12 Julho 2018

Em maio, a produção industrial nacional recuou 2,6% em termos homólogos e 2% em cadeia, o que contrariou a tendência de crescimento registada na Zona Euro.

A produção industrial aumentou, em maio, 2,4% na Zona Euro e na União Europeia (UE) face ao mesmo mês de 2017, com Portugal a registar o terceiro recuo homólogo e o segundo em cadeia, divulga o Eurostat.

Em maio, a produção industrial cresceu 2,4% tanto na Zona Euro quanto na UE face ao mês homólogo, tendo o avanço sido de 1,3% nos 19 países do euro e de 1,2% nos 28 Estados-membros, na comparação com abril.

Face a maio de 2017, os maiores aumentos na produção industrial registaram-se na Polónia (7,8%), na Irlanda (7,3%) e na Eslovénia (5,9%), enquanto as principais quebras foram observadas em Malta (-6,3%), na Dinamarca (-3,3%) e em Portugal (-2,6%).

Já na variação em cadeia, os principais avanços assinalaram-se na Lituânia (11,6%), na Suécia (3,4%) e na Irlanda (3,2%) e os recuos na Dinamarca (-2,8%), em Portugal (-2,0%), Estónia, Roménia e Reino Unido (-0,4% cada).

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Comissão Europeia prevê que Portugal cresça 2,2% este ano. Revê previsão em uma décima

  • Marta Santos Silva
  • 12 Julho 2018

Nas Previsões Económicas Europeias deste verão, Bruxelas permanece mais pessimista do que o Governo português sobre o crescimento da economia em 2018 e 2019.

A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento que antecipa para a economia portuguesa este ano, com a publicação esta quinta-feira das suas Previsões Económicas Europeias deste verão. Se as previsões anteriores de Bruxelas estavam em linha com as do Governo — nos 2,3% para 2018 — agora a Comissão Europeia desce essas previsões para 2,2%. Para 2019, mantém-se a previsão anterior de 2%, abaixo da do Governo, que é também de 2,3% para o ano que vem.

Os especialistas de Bruxelas consideram que, embora as exportações e importações devam continuar a aumentar a ritmos elevados, terão uma “contribuição geral um pouco menor devido a um ambiente externo menos favorável”. Assim, anteveem um crescimento do PIB de 2,2% em 2018 e 2% em 2019.

As autoridades europeias acrescentam ainda que, embora o consumo privado “continue a beneficiar das melhores condições do mercado de trabalho”, este deverá desacelerar na segunda metade do ano, já que o ritmo de criação de emprego está a abrandar. Também o aumento do preço do petróleo deverá ter um impacto no poder de compra, acrescenta a Comissão.

Em geral, porém, a Comissão Europeia tem uma visão otimista da evolução da economia portuguesa, referindo positivamente que o investimento em equipamentos permanece forte com previsões de que se mantenha assim, o que reflete “a saúde financeira melhorada do setor empresarial”, assim como o investimento no setor da construção que deverá recuperar de acordo com o que indicam as vendas de cimento.

Bruxelas também assinala que a inflação portuguesa está a recuperar, antecipando 1,4% em 2018 e 1,6% em 2019. Os salários têm aumentado menos, mas prevê-se que “comecem gradualmente a recuperar”.

No campo do imobiliário, os preços das casas aumentaram 12,2% no primeiro trimestre de 2018, assinala Bruxelas, reconhecendo que este valor está muito acima do da inflação geral, e deverá manter-se assim durante os próximos anos. “A recuperação na construção civil residencial deverá gradualmente controlar os preços da habitação”, lê-se nas previsões divulgadas.

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