FMI pede a França para não aliviar esforço de reformas

  • ECO
  • 4 Junho 2018

FMI pede que o Governo francês para detalhar como vai cortar a dívida pública e pede mais reformas nomeadamente ao nível do peso do Estado.

O Fundo Monetário Internacional elogiou o ritmo ambicioso das reformas francesas, mas pediu ao Governo de Emmanuel Macron para detalhar como vai cortar nos gastos públicos.

Na sua avaliação anual à economia francesa, o FMI considera que “o ambicioso ritmo de reformas” levado a cabo por França torna o país “o líder europeu” neste capítulo, mas pede mais, aliás, um pedido que também foi feito a Portugal aquando da apresentação do artigo IV. A flexibilização do Código de Trabalho deverá impulsionar o investimento, o emprego e o crescimento, defendeu o Fundo.

No entanto, a instituição liderada por Christine Lagarde quer mais detalhes sobre a forma como Macron pretende reduzir os elevados níveis de dívida pública. De acordo com as previsões do Fundo deverá estar em 89% do PIB em 2023. Emmanuel Macron, que chegou à presidência há cerca de um ano, vai receber os contributos de um grupo de trabalho sobre como reduzir os gastos públicos, uma redução no rácio face ao PIB, que terá de ser de, pelo menos 4% no médio prazo, segundo a avaliação do Fundo.

O modelo francês de Estado Social que oferece educação e saúde gratuitas para todos ajudou a manter um baixo nível de desigualdades, mas à custa de uma subida da despesa pública e dos impostos, que estão entre os mais elevados no mundo desenvolvido. “Reformas específicas ao nível da despesa a todos os níveis da Administração Pública, a começar com o Orçamento de 2019, são fundamentais para a credibilidade da estratégia apresentada”, sublinha o FMI no seu Artigo IV sobre França.

Reformas específicas ao nível da despesa a todos os níveis da Administração Pública, a começar com o Orçamento de 2019, são fundamentais para a credibilidade da estratégia apresentada.

Artigo IV do FMI

O FMI incentiva o Executivo a prosseguir a implementação das reformas, nomeadamente para fomentar oportunidades de emprego para grupos desfavorecidos, e também uma abertura à concorrência no setor ferroviário.

“O pacote fiscal apresentado o ano passado reduziu o peso dos impostos sobre o trabalho, reduziu os impostos sobre as empresas e redefiniu a tributação do capital. Esperamos que estas reformas facilitem um melhor alinhamento dos salários com a produtividade, encoraje o investimento privado e impulsione a competitividade”, diz o comunicado.

Segundo o FMI, a economia francesa deverá crescer 2,1,% beneficiando de uma recuperação ampla, com um crescimento do PIB suportado pelas reformas internas e um ambiente global favorável.

As medidas sugeridas pelo FMI incluem uma subida progressiva da idade da reforma, em linha com o aumento da longevidade e aproximando-se dos restantes países europeus, no âmbito da reforma do sistema de pensões, que pretende unificar e e simplificar os vários sistemas existentes.

O Fundo sugere ainda um corte no número de funcionários públicos, não substituindo os que saem, incentivar o uso de contrato a prazo e os planos de saídas voluntárias na Função Pública. A reforma do Estado deve ainda passar, segundo o FMI, pela redução do número de municípios e evitar as sobreposições entre as funções do Governo central e local, porque isso pode gerar ganhos de eficiência adicionais.

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Chineses mantêm preço. EDP afasta-se cada vez mais da OPA

A EDP, mas também a EDP Renováveis, estão a brilhar em bolsa. Apesar de a China Three Gorges ter mantido o preço, as ações das duas empresas valorizam, afastando-se cada vez mais da contrapartida.

A China Three Gorges deu mais um passo na oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a EDP e a EDP Renováveis. Entregou o pedido de registo das duas ofertas ao regulador, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas não fez qualquer alteração à contrapartida que tinha apresentado. Ainda assim, em bolsa, ambas estão a disparar em bolsa, afastando-se cada vez mais do preço oferecido.

O grupo chinês tinha até ao final desta sexta-feira para entregar o pedido junto do regulador português, isto depois de ter lançado a oferta preliminar no dia 11 de maio. Esse prazo foi cumprido, faltando agora a autorização do regulador, que vai analisar e apreciar os documentos que foram entregues esta sexta-feira, para que o registo e o subsequente lançamento da oferta seja concretizado.

Foi mais um passo em frente na OPA, mas sem qualquer alteração ao valor da contrapartida de 3,26 euros por cada ação da EDP, nem aos 7,33 euros oferecidos pela EDP Renováveis. Mesmo assim, os investidores acreditam que há mais valor em ambas as empresas, levando os títulos a registarem fortes valorizações no arranque desta semana.

No caso da EDP, as ações valorizaram 1,54% para os 3,419 euros, acumulando um ganho de 4,65% face à contrapartida chinesa. A elétrica liderada por António Mexia apresenta-se atualmente com um valor em bolsa de 12,27 mil milhões de euros. Também a EDP Renováveis fechou em alta de 2,77% para os 8,17 euros, cotando-se já 10,28% acima do que está em cima da mesa com a OPA. Está avaliada em 6,95 mil milhões de euros.

EDP ganha luz com OPA

Com base nos valores de mercado, os investidores pedem mais 1,31 mil milhões por ambas as cotadas do que aquilo que a China Three Gorges está disposta a oferecer. Em concreto, o mercado quer mais 578 milhões pela EDP e mais 733 milhões de euros pela EDP Renováveis face às propostas chinesas.

Um pedido que acompanha aquilo que é a análise de Mexia, que já disse que a oferta chinesa sobre a EDP é baixa e não reflete o valor da empresa, enquanto o prémio oferecido aos investidores fica aquém do que tem sido a prática no setor das utilities europeias em situações de aquisição para assumir o controlo.

Depois do registo da OPA na passada sexta-feira, a CMVM dispõe de oito dias para aprovar ou rejeitar a operação a partir do momento em que considerar que possui as informações completas para avaliar o registo, incluindo autorizações regulatórias e autorização das assembleias gerais das empresas visadas, além da entrega do depósito da contrapartida ou garantia bancária.

Ao mesmo tempo, as administrações das duas empresas alvo da OPA chinesa terão oito dias para elaborar um relatório sobre a oportunidade e condições da oferta, nomeadamente sobre os projetos do prospeto e do anúncio de lançamento.

(Notícia atualizada às 17h46 com valores que têm em conta a cotação de fecho da EDP e da EDP Renováveis esta segunda-feira)

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CMVM: Ainda há “margem para melhoria na qualidade” da auditoria

  • ECO
  • 4 Junho 2018

A presidente da CMVM considera que foram feitos, nos últimos anos, progressos no que respeita ao trabalho das auditoras. Mas deixa um alerta: ainda há margem para melhorar a qualidade.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considera que “parecem definitivamente diluídas” as tensões em torno da mudança do supervisor das auditoras. Gabriela Figueiredo Dias, a presidente do regulador, diz que o seu objetivoé o de promover a melhoria da qualidade da auditoria”, sendo que apesar dos progressos feitos, ainda há margem de melhoria da qualidade do trabalho dos auditores.

“Dois anos e meio após a entrada em vigor de um novo regime jurídico da auditoria e do início de funções da CMVM como supervisor dos auditores, parecem definitivamente diluídas algumas dúvidas” relativamente à mudança na supervisão do setor, afirmou Gabriela Figueiredo Dias na sessão pública de apresentação do Relatório Anual de Controlo de Qualidade 2017 da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC).

"Dois anos e meio após a entrada em vigor de um novo regime jurídico da auditoria e do início de funções da CMVM como supervisor dos auditores, parecem definitivamente diluídas algumas dúvidas e tensões que a mudança de paradigma ao tempo gerou.”

Gabriela Figueiredo Dias

Presidente da CMVM

A presidente da CMVM referiu que o principal objetivo da entidade que lidera é o de “promover a melhoria da qualidade da auditoria, monitorizando e incentivando o cumprimento, pelos auditores, das normas profissionais e das disposições legais e regulamentares e, em particular, pela emissão de relatórios de auditoria relevantes e adequados, que acrescentem efetivo valor e credibilidade à informação financeira e emitidos em condições de independência e rigor profissional que reforcem a confiança no reporte das entidades auditadas e na profissão de auditoria”.

Apesar de considerar que a imagem dos auditores melhorou, Gabriela Figueiredo Dias afirma que ainda há trabalho a fazer. “Não obstante o caminho que já percorremos, o trabalho de supervisão realizado até agora pela CMVM permite-nos concluir que há ainda uma margem de melhoria da qualidade de auditoria e que todos os agentes envolvidos — auditores em primeiro lugar, certamente, mas também a OROC, órgãos de fiscalização, outros supervisores, a academia e, obviamente, a CMVM — são convocados a prosseguir”, notou.

(Notícia atualizada às 21h37)

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Juros dos depósitos em mínimos de 18 anos. Taxa está nos 0,18%

O mês de abril fica marcado por um novo mínimo histórico da remuneração oferecida pelos bancos nas novas aplicações a prazo. Há pelo menos 18 anos que os depósitos não pagavam tão pouco.

A queda da remuneração dos depósitos a prazo não parece ter um fim. A taxa de juro deste tipo de aplicações sofreu mais um corte, em abril, para um novo mínimo histórico, indica o Banco Central Europeu (BCE).

Dados divulgados, nesta segunda-feira, pela entidade liderada por Mario Draghi mostram que a taxa de juro média oferecida pelos bancos nacionais nas novas aplicações em depósitos a prazo situou-se nos 0,18%, em abril. Trata-se do valor mais baixo do histórico do BCE, cujo início remonta a janeiro de 2000. Este valor fica aquém dos 0,19% registados em março, que era até agora a remuneração mais baixa de sempre.

Juros dos depósitos em novos mínimos

Fonte: BCE

A remuneração das aplicações a prazo continua assim a ser condicionada pelos níveis historicamente baixos das Euribor, que se mantêm em valores negativos. Mas também pelo desinteresse dos bancos em captarem recursos. A sua prioridade passa agora por maximizar os seus proveitos pela via da subida das comissões, ao mesmo tempo em que apostam em força na concessão de crédito.

O atual nível de remuneração oferecido pelos bancos portugueses continua assim a manter-se bastante aquém face à média europeia. Os dados do BCE mostram que, em abril, a taxa de juro média dos depósitos a prazo se situou na Zona Euro nos 0,37%. Ou seja, mais do dobro daquilo que os bancos nacionais pagam, em média.

A quebra dos juros disponibilizados pelos bancos nas novas aplicações foi transversal a quase todas as diferentes maturidades dos depósitos. Nos novos depósitos até um ano a taxa média baixou para 0,16%, face aos 0,17% verificados em março. Já no caso dos depósitos com maturidades acima de dois anos, a taxa de juro média recuou dos 0,22% para os 0,21%, entre março e abril.

Apenas nos depósitos entre um e dois anos ocorreu um acréscimo da remuneração disponibilizada pelas instituições financeiras: dos 0,28%, em março, para os 0,30%, em abril.

IRS “engorda” contas à ordem em quase 760 milhões

A fraca atratividade da remuneração dos depósitos a prazo é comprovada pela continua quebra dos valores aplicados. Em abril, os portugueses tinham um total de 93.592 milhões de euros aplicados a prazo. Trata-se do montante mais baixo desde maio de 2011, com as famílias a preferirem ter o dinheiro imediatamente disponível na conta à ordem.

Em abril, o valor depositado neste tipo de contas ascendeu a 49.401 milhões de euros. Trata-se da quantia mais elevada do histórico de mais de 18 anos do BCE, com esta a “engordar” em 759 milhões de euros em abril face ao mês anterior. Grande parte da responsabilidade por esse aumento mensal que é o mais elevado desde novembro do ano passado, estará na devolução de IRS.

No início de abril arrancou o período para a entrega das declarações de impostos relativas ao ano passado, sendo que naquele mês, mais de 3,2 milhões de declarações de IRS foram entregues. A 12 de abril, já tinham começado os reembolsos às primeiras declarações que entraram nas Finanças, uma rapidez que foi justificada pela entrega das declarações automáticas que não necessitavam de validação.

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Alívio da tensão política em Itália dá ganhos em Lisboa. BCP e EDP sobem mais de 1%

A nomeação de um Governo em Itália deu tranquilidade aos investidores europeus. Lisboa também beneficiou, numa sessão em que nove cotadas fecharam com ganhos superiores a 1%.

A bolsa de Lisboa fechou em alta esta segunda-feira, com o principal índice nacional a acompanhar a tendência das congéneres europeias face ao aliviar da tensão política em Itália. Os setores da banca, construção e energia foram os que mais contribuíram para os ganhos e apenas três empresas encerraram a sessão no vermelho.

Num dia em que o Stoxx 600 avançou 0,32% para 388,08 pontos, o português PSI-20 somou 1,21% para 5.584,2 pontos. No setor financeiro, a subida de 1,37% do BCP foi a que mais ajudou aos ganhos, com os títulos do banco a valerem agora 26,72 cêntimos. Mas não foi a única empresa a brilhar.

Nove empresas do PSI-20 fecharam o dia com ganhos acima de 1%. As bolsas europeias beneficiam assim do alívio da tensão política em Itália, com a nomeação de um Governo encabeçado por Guiseppe Conte. O destaque vai para a Mota-Engil, que viu as suas ações valorizarem 4,95% para 3,39 euros, recuperando das perdas registadas na semana passada. Analistas ouvidos pela Reuters apontam para uma mera “recuperação técnica”.

Também os ventos da EDP Renováveis sopraram favoravelmente, com as ações da empresa de João Manso Neto a somarem 2,77% para 8,17 euros, em pleno processo da OPA dos chineses ao grupo EDP. A empresa-mãe, liderada por António Mexia, valorizou 1,54% para 3,41 euros, dando igualmente um contributo significativo para os ganhos registados no índice nacional.

Ainda no setor energético, a Galp Energia somou 0,60% para 16,05 euros. A desvalorização expressiva do petróleo acabou por não penalizar a petrolífera portuguesa, num dia em que o preço do Brent, referência para as importações nacionais, recua 1,54%. Cada barril negoceia em Londres a 75,63 euros.

Destaque negativo para as ações dos CTT. Os títulos dos correios recuaram 0,42% para 2,842 euros. A companhia gerida por Francisco de Lacerda encontra-se a implementar um plano de reestruturação face à queda acentuada do negócio da entrega de cartas e, desde o início do ano, a empresa já perdeu 18,62% do seu valor.

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Governo aprova proposta de lei para alterar Código de Trabalho

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

O Governo aprovou hoje, por via eletrónica, a proposta de lei que visa fazer alterações ao Código de Trabalho, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo aprovou esta segunda-feira, por via eletrónica, a proposta de lei que visa fazer alterações ao Código de Trabalho, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

“O Governo aprovou hoje, por via eletrónica, as versões finais da resolução que concretiza o ‘Programa de ação para combater a precariedade e promover a negociação coletiva’ e da proposta de lei que altera o Código de Trabalho”, lê-se na informação divulgada, que acrescenta que os documentos hoje aprovados tinham sido já apreciados na reunião de 30 de maio (passada quarta-feira).

As alterações ao Código de Trabalho, diz o Governo, foram negociadas na Comissão Permanente da Concertação Social, com o acordo da maioria dos parceiros sociais, e vão ao encontro do programa do executivo de “combate à precariedade, de reforço da dignificação do trabalho e de relançamento do diálogo social e da negociação coletiva”.

Em 30 de maio, o Governo, as quatro confederações patronais – CIP, CCP, CAP e CTP – e a central sindical UGT assinaram um acordo na Concertação Social sobre as alterações à legislação laboral, tendo a CGTP ficado de fora.

Entre as alterações está o fim do banco de horas individual, sendo que será fixado o prazo de um ano após a entrada em vigor da nova lei para que as empresas acabem com esta possibilidade.

Já o limite dos contratos a prazo passa a ter a duração máxima de dois anos, face ao três atuais.

As alterações aprovadas alargam ainda o período experimental de 90 para 180 dias para contratos sem termo com trabalhadores à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

A proposta do Governo segue agora para o Parlamento.

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FC Porto levanta 35 milhões em obrigações. Investidores queriam 65 milhões

Depois da conquista do campeonato, o FC Porto continua a somar êxitos... fora de campo. A SAD portista obteve 35 milhões de euros através de um empréstimo obrigacionista.

Pinto da Costa, presidente do FC Porto, oferece a camisola dos campeões nacionais ao presidente da Euronext Lisbon, Paulo Rodrigues da Silva.Paula Nunes/ECO

Depois de conquistado o campeonato nacional, o FC Porto continua a somar êxitos… fora de campo. Os portistas conseguiram levantar 35 milhões de euros através de um novo empréstimo obrigacionista. Mas os investidores queriam mais. As ordens colocadas no sistema praticamente duplicaram o total pretendido.

De acordo com os dados apurados pela Euronext, foram registadas ordens num valor total de 65 milhões de euros no final do prazo de subscrição. Ou seja, a procura ficou 1,87 vezes acima do que os dragões pretendiam levantar neste empréstimo obrigacionista. Só no primeiro dia, por estas obrigações em que SAD portista paga um juro anual de 4,75%, as ordens de subscrição ascenderam a 28 milhões.

Mais de 3.000 mil investidores acorreram a esta operação. A maior parte deles investiu entre 100 euros e 1.000 euros: 1.864 obrigacionistas, correspondentes a 58% do total dos investidores. E 133 investidores colocaram ordens superiores a 50 mil euros.

“Que fique claro que os investidores que acorrem às emissões do FC Porto são sempre pequenos aforradores, são pequenas poupanças que aqui são investidas”, declarou Fernando Gomes, administrador financeiro da SAD. “Não se pense que seja por causa da militância e simpatia pelo FC Porto. No país todo há procura pelas obrigações. Isso tem a ver com a qualidade do produto e a segurança do produto. O FC Porto tem um bom nome, basta ver a facilidade com que colocámos esta operação”, disse ainda.

"No país todo há procura pelas obrigações. Isso tem a ver com a qualidade do produto e a segurança do produto. O FC Porto tem um bom nome, basta ver a facilidade com que colocámos esta operação.”

Fernando Gomes

Administrador financeiro da SAD do FC Porto

Os responsáveis portistas ainda deixaram em aberto a possibilidade de aumentar a oferta. Porém, depois de terem cedido créditos do contrato televisivo com a Altice como colateral numa emissão de obrigações titularizadas, um negócio que permitiu um encaixe de 100 milhões de euros, a SAD dos dragões abdicou de aumentar o valor da emissão obrigacionista que estava a decorrer.

O dinheiro agora amealhado servirá sobretudo para refinanciar operações que vencerão em breve, em concreto, o reembolso do empréstimo obrigacionista denominado FC Porto SAD 2015-2018, no montante de 45 milhões. Além disso, vai ajudar a financiar a atividade corrente da sociedade, nomeadamente o pagamento a fornecedores.

(Notícia em atualização)

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É oficial: Microsoft compra GitHub por 6,4 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

A Microsoft confirmou as informações avançadas pela imprensa internacional. Acaba de comprar a plataforma de software GitHub, numa operação avaliada em 6,4 mil milhões de euros.

A Microsoft vai comprar a plataforma de desenvolvimento de software GitHub, numa operação avaliada em 7.500 milhões de dólares (6.400 milhões de euros), anunciou a empresa esta segunda-feira, depois de a imprensa internacional ter avançado a notícia.

Em comunicado, a Microsoft explicou que a GitHub, uma das maiores plataformas de desenvolvimento de software do mundo, conta com mais de 28 milhões participantes que “aprendem, partilham e colaboram para criar o futuro”.

O presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, disse que a fusão entre as duas empresas vai fortalecer o compromisso da Microsoft com “a inovação e a liberdade de desenvolvimento de programas informáticos”.

A operação de compra deverá estar concluída no final deste ano.

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Frank Carlucci, antigo embaixador dos EUA em Portugal, morre aos 87 anos

  • ECO
  • 4 Junho 2018

Carlucci morreu na sequência de complicações com a doença de Parkinson. Nasceu a 18 de outubro de 1930, em Scranton, Pensilvânia.

Frank C. Carlucci III, antigo secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, ex-embaixador norte-americano em Portugal e antigo vice-diretor da CIA, morreu este domingo, dia 3 de junho, aos 87 anos, na sua casa no estado da Virgínia. A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Washington Post.

O jornal norte-americano refere, citando uma amiga da família, que Carlucci morreu na sequência de complicações com a doença de Parkinson. Nasceu a 18 de outubro de 1930, em Scranton, Pensilvânia.

Descrito como um especialista em gestão de crises, Frank Carlucci foi o número dois da CIA no final da década de 1970. Alguns anos mais tarde, chegou a conselheiro do Governo norte-americano para assuntos de segurança, assumindo posteriormente vários cargos no Departamento de Defesa.

O Washington Post lembra ainda o papel importante que Carlucci desempenhou relativamente a Portugal. Em 1974, depois do 25 de Abril, o Governo norte-americano despediu o embaixador do país em Portugal e substituiu-o por Carlucci, incumbindo-o de impedir Portugal de se tornar no primeiro país comunista da Europa Ocidental.

O Governo dos EUA queria mesmo isolar Portugal dentro da NATO e cortar apoios que os EUA davam ao país, medidas a que Carlucci se opôs, argumentando que a democracia seria restabelecida em Portugal graças aos laços com a Europa Ocidental e à forte presença da Igreja Católica.

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Anacom facilita acesso dos concorrentes às condutas e postes da Meo

O regulador aprovou um pacote de medidas que visa cortar "alguns preços" e simplificar os procedimentos para que as operadoras tenham melhor acesso às condutas e postes da Meo.

A Anacom aprovou medidas que vão facilitar o acesso das várias operadoras às condutas e aos postes da Meo, a operadora líder em quota de mercado. O regulador deu conhecimento do processo esta segunda-feira e explicou que as medidas visam simplificar os procedimentos e reduzir “alguns preços” grossistas.

A entidade liderada por João Cadete de Matos garante que estas alterações vão traduzir-se numa “melhoria da concorrência no mercado”, pois tornam mais rápido e flexível o “processo de instalação do serviço” por parte das empresas de telecomunicações concorrentes da operadora detida pela Altice.

As críticas mais recentes à forma de acesso às condutas e postes da Meo partiram de Miguel Almeida, presidente executivo da concorrente Nos, quando esteve no Parlamento em abril. O gestor criticou aquilo que chamou de “pequenas ‘chico-espertices'” da Meo, acusando-a de “impedir o acesso” dos concorrentes a essas infraestruturas.

Concretamente, Miguel Almeida disse que quando a Nos pede acesso às condutas, o acesso é vedado sob o argumento de que estas “não têm mais espaço”. Perante este cenário, as operadoras veem-se obrigadas a recorrer ao regulador, mas, “enquanto o tempo passa, a Altice, se tiver lá rede, vai bater esse mercado”, indicou o líder da Nos. João Cadete de Matos, líder da Anacom, intervém assim para facilitar o acesso de operadoras como a Nos e a Vodafone à rede de condutas e postes da Meo.

Instalação do serviço nos postes da Meo feito com mera notificação prévia

Uma das medidas destacadas pela Anacom no âmbito deste pacote de alterações às ofertas da Meo é a que tem que ver com os postes da operadora detida pela Atice.

“É de destacar, no caso dos postes, que a instalação do troço final da rede até à casa do cliente passa a ser feita mediante notificação prévia: o operador beneficiário notifica e instala, enquanto até aqui tinha que ser feito agendamento prévio junto da Meo”, aponta a Anacom numa nota enviada à comunicação social.

O ECO contactou a Meo, Nos, Vodafone e Nowo no sentido de obter comentários a esta decisão da Anacom. No entanto, ainda não obteve resposta.

Penalidades impostas pela Meo “não eram razoáveis”. Anacom elimina 20

Num comunicado enviado às redações esta segunda-feira, a Anacom recorda que a Meo impunha uma série de penalidades nestas ofertas grossistas para “promover uma maior responsabilização dos operadores que as utilizam”. Este princípio “foi aceite pela Anacom no pressuposto de que seria dada uma maior flexibilidade aos operadores no acesso às infraestruturas da Meo”, aponta a entidade.

Mas não terá sido isso o que aconteceu. A Anacom analisou essas penalidades e “concluiu que muitas não eram razoáveis”. Agora, propõe “que se eliminem 20 penalidades e se reduza o valor de 11 penalidades propostas” pela Meo. Este é ainda um sentido provável de decisão, pelo que vai ser aberta a fase de consulta pública.

(Notícia atualizada às 15h50 com mais informações)

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BCE comprou menos dívida portuguesa em maio. Foram 568 milhões

Autoridade liderada por Mario Draghi reduziu as compras de dívida portuguesa no mês passado. Comprou 568 milhões de euros em títulos nacionais.

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu as compras de dívida portuguesa em maio. No mês passado, a autoridade monetária adquiriu 568 milhões de euros em obrigações portuguesas.

Trata-se de uma redução de quase 9% face ao mês de abril, quando investiu 623 milhões de euros para comprar obrigações de Portugal no âmbito do chamado Public Sector Purchase Programme (PSPP), lançado em março de 2015, para conter o risco na Zona Euro.

Desde então, o banco central liderado por Mario Draghi já comprou mais de 33,7 mil milhões de euros em obrigações portuguesas, sendo o principal credor da República portuguesa.

Atualmente, o ritmo de compras mensais em toda a região da moeda única ascende a 30 mil milhões de euros. Este programa tem fim previsto para setembro. Depois desta data, o BCE vai continuar a adquirir dívida pública com o dinheiro dos títulos que entretanto forem vencendo.

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O Facebook já era? Pelo menos para os adolescentes

  • ECO
  • 4 Junho 2018

Apenas 10% dos jovem americanos elege o Facebook como a rede social mais utilizada, revela um estudo do Pew Research Center. As preferência recaem agora no Youtube, Instagram e Snapchat.

Depois do escândalo da Cambridge Analytica, veio a acusação de que o Facebook terá partilhado deliberadamente informações pessoais dos utilizadores com 60 empresas. Agora está a braços com a perda de utilizadores mais jovens.

O Facebook está a perder utilizadores adolescentes, entre os 13 e os 17 anos, segundo o mais recente estudo do Pew Research Center. Este grupo de jovens está agora a aderir em massa a outras plataformas online, como o Youtube, o Instagram e o Snapchat.

Entre os adolescentes americanos inquiridos, 51% diz que ainda utiliza o Facebook, uma descida de vinte pontos percentuais quando comparado com o inquérito anterior, realizado em 2015. Mas quando questionados sobre qual a rede social que mais usam, os números são mais preocupantes para Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, já que apenas 10% elege o Facebook como a rede mais utilizada.

Apesar de a diferença ser pequena, quanto ao género, são os rapazes que lideram as saídas do Facebook. Quanto à faixa etária, os adolescentes entre os 13 e os 14 anos também fazem login menos vezes do que os jovens entre 15 e 17 anos. O estudo revela ainda que o nível de educação dos pais pode ter alguma influência: os jovens que têm pais com licenciaturas são os que mais abandonam a rede social, por oposição aos jovens com pais menos instruídos.

Sair do Facebook não significa que estes jovens deixam de estar conectados. De facto, a maior rede social do mundo está a ficar para trás na corrida. Plataformas como o YouTube vão ganham as preferências dos mais jovens: 85% dos jovens inquiridos preferem esta plataforma de vídeos. Já o Instagram e o Snapchat recebem, respetivamente, 72% e 69% das preferências dos jovens. No inquérito passado, o Instagram — detido pelo Facebook desde 2012 — era apenas utilizado por 52% dos adolescentes e o Snapchat por 41%. O YouTube, o mais popular entre os adolescentes, não foi incluído no estudo anterior.

Pior que o Facebook está o Twitter, com 32% de adolescentes norte-americanos a utilizá-lo, e o Tumblr, com 14%.

A mudança demográfica junta-se assim ao escândalo da Cambridge Analytica, a empresa que recolheu informações pessoais dos utilizadores da rede social para o uso em campanhas políticas, e que entretanto já declarou falência nos Estados Unidos. Esta segunda-feira foi revelado mais um capítulo desta novela. O The New York Times avançou que a empresa liderada por Mark Zuckerberg terá partilhado as informações de utilizadores com 60 empresas, fabricantes de telemóveis, com as quais estabeleceu acordos.

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