Foi só um susto. Wall Street recupera à espera das negociações com a China

Depois das fortes quedas, Wall Street voltou aos ganhos. A retaliação da China às tarifas dos EUA assustou os investidores, mas a abertura às negociações aliviou a tensão nas bolsas norte-americanas.

Depois de um arranque em queda, que atirou os índices para mínimos do ano, a sessão acabou por ser positiva para os três índices bolsistas norte-americanos. Se a primeira reação à retaliação da China às tarifas de Trump foi de pânico, os ânimos acalmaram durante a sessão com os investidores a centrarem atenções à abertura para a negociação em vez de uma guerra comercial.

Wall Street arrancou a sessão com quedas de mais de 1%, mas durante o dia foi corrigindo das perdas. A correção deu lugar à recuperação, permitindo aos índices fecharem, os três, em terreno positivo. O S&P 500 somou 1,16%, ligeiramente mais do que os 0,96% do Dow Jones. O Nasdaq, que chegou a apresentar perdas no acumulado do ano, terminou a sessão a ganhar 1,43%.

A China anunciou, esta quarta-feira, que vai impor tarifas de 25% em 106 bens norte-americanos em retaliação à guerra comercial lançada por Donald Trump. A medida deverá atingir 50 mil milhões de dólares de importações norte-americanas e terá como principais alvos as industrias automóvel, da aviação, química e da soja.

A retaliação pesou em empresas destes setores, nomeadamente a Boeing, que não evitou a queda na sessão. No entanto, grande maioria das cotadas acabou por recuperar fôlego, puxando pelos índices, depois de Larry Kudlow, conselheiro económico de Donald Trump ter vindo afirmar que os EUA estão a “negociar” com a China.

Omar Aquilar, responsável de investimento da Charles Schwab, à Reuters, diz que os investidores se precipitaram ao venderem os títulos, o que levou a fortes quedas das bolsas dos EUA. Uma reação excessiva àquilo que inicialmente parecia ser uma guerra comercial, cenário que a administração de Trump procura agora afastar.

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Não foram 50 milhões. Cambridge Analytica acedeu a dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook

  • Lusa
  • 4 Abril 2018

"Cremos que a informação do Facebook de 87 milhões de pessoas, a maioria nos Estados Unidos, pode ter sido partilhada indevidamente com a Cambridge Analytica", referiu o Facebook.

O número de utilizadores do Facebook com dados que foram acedidos pela sociedade de consultoria britânica Cambridge Analytica aumentou para 87 milhões, segundo a empresa que detém a rede social.

“No total, cremos que a informação do Facebook de 87 milhões de pessoas, a maioria nos Estados Unidos, pode ter sido partilhada indevidamente com a Cambridge Analytica”, escreveu o responsável tecnológico da empresa, citado pelas agências internacionais de notícias.

Até ao momento, a informação disponível apontava para que a Cambridge Analytica teria acedido a dados de 50 milhões de utilizadores do Facebook.

O responsável tecnológico do Facebook escreveu um texto a detalhar algumas mudanças que a rede social fará para restringir a informação a que podem aceder as aplicações, como já tinha adiantado o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.

O Facebook já anunciou que pretende lançar medidas para dar mais privacidade aos utilizadores, afirmando que “percebeu claramente” que as ferramentas disponíveis “são difíceis” de encontrar e que “tem de fazer mais” para informar os utilizadores da rede social.

A rede social Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

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Descentralização: Educação paga 16% do pessoal das câmaras

O Governo e o PSD negoceiam um pacote de transferência de competências para as autarquias. Mas este processo não começou agora. Quase 20 mil trabalhadores municipais são pagos pelo Estado central.

As autarquias tinham no final do ano passado 120.371 trabalhadores, 16% dos quais trabalham nas escolas e são pagos pelo Ministério da Educação. Este é um indicador do processo de descentralização que já está em curso e que o Governo quer agora reforçar com a transferência de novas competências para as autarquias.

Os números sobre o universo de trabalhadores nas autarquias constam do relatório sobre Execução Orçamental da Administração Local de 2017, que o Conselho de Finanças Públicas (CFP) publicou esta quarta-feira.

Do conjunto de trabalhadores nas autarquias no final do ano passado, 24.971 são afetos à área da Educação e destes 19.071 são pagos pelo Ministério da Educação. Estes são 16% do total. Em causa estão, principalmente, auxiliares das escolas.

A verba para pagar os salários sai dos orçamentos das câmaras, mas é a tutela de Tiago Brandão Rodrigues que financia esta despesa.

O Governo quer acelerar o processo de descentralização de competências para as autarquias, mas este caminhou já começou a ser feito há uns anos. Atualmente, existem autarquias que, em matéria de educação, têm responsabilidades sobre o pessoal não docente no pré-escolar e primeiro ciclo, bem como as refeições escolares ou mesmo a ação social escolar.

No entanto, quando as competências foram transferidas os municípios viram a administração central passar também verbas para financiar despesas novas que as câmaras se preparavam para assumir.

No processo legislativo sobre o novo processo de descentralização, os municípios também vão ter direito a um envelope financeiro para financiar novos gastos. O Governo calcula em 1,2 mil milhões de euros o montante a passar para as câmaras.

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Concursos para novas linhas do Metro do Porto avançam até ao final do ano

  • Lusa
  • 4 Abril 2018

Ministro do Ambiente adiantou que os concursos para a construção das novas linhas do Metro do Porto devem lançados até ao final deste ano. Está previsto um investimento de 300 milhões de euros.

O ministro do Ambiente apontou, esta quarta-feira, que os concursos para a construção das novas linhas do Metro do Porto “devem avançar até ao final do ano” para que estas estejam prontas “no final de 2022 ou início de 2023”.

Em causa a construção da chamada Linha Rosa, entre a Casa da Música e S. Bento, no Porto, bem como o prolongamento da Linha Amarela até Vila d´Este, em Vila Nova de Gaia.

João Pedro Matos Fernandes, que falava na cerimónia que marcou o início da subconcessão para a operação e manutenção do Metro do Porto para o período 2018-2025, recordou que “foram feitos concursos para os projetos”, os quais foram “adjudicados em janeiro e estão em curso”, seguindo-se uma fase de análise sobre o impacto ambiental.

“[O processo deve] entrar na Agência Portuguesa [do Ambiente] em maio, com o objetivo de ter uma declaração sobre o impacto ambiental lá para novembro e, nessa mesma altura, lançaremos os concursos para as duas empreitadas. Quero acreditar que um belo dia para fazer a consignação da Linha Rosa é o 23 de junho do próximo ano [referindo-se à véspera do feriado municipal do Porto, o São João]. Até ao final do ano de 2022, início de 2023, estarão em pleno funcionamento”, afirmou o governante.

O investimento em novas linhas está orçado em cerca de 300 milhões de euros, conforme disse esta tarde o presidente do conselho de administração da Metro do Porto, Jorge Moreira Delgado que também avançou com a estimativa de “aumento de mais de 10 milhões de clientes por ano”.

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Na reabilitação urbana, Norte lidera mas maior “fatia” do bolo dos apoios fica em Lisboa

O IFRRU está a analisar ao todo 373 projetos de reabilitação em todo o país, que correspondem a um investimento que ronda os mil milhões de euros. Este valor compara com os 211 do final de janeiro.

Em menos de um mês as intenções de investimento em reabilitação com apoio do Instrumento Financeiro de Reabilitação Urbana (IFRRU 2020) aumentaram mais de 75%. Em causa está um investimento potencial de mil milhões de euros de norte a sul do país (ilhas incluídas), maioritariamente da responsabilidade de privados.

Ao todo estão 373 projetos sob análise que comparam com os 211 que existiam no final de janeiro. Em Lisboa, os bancos estão a analisar 117 projetos no valor de 570 milhões de euros, mas é no norte que se concentra o maior número de intenções de investimentos (154), num montante de 378 milhões de euros.

Em todas as zonas do país houve aumentos nas intenções de investimento que graças a este instrumento são apoiadas pelos fundos do Portugal 2020, do Banco Europeu de Investimento, do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa. Um apoio que é conjugado com fundos da banca comercial.

Norte lidera intenções de investimento

Fonte IFRRU

Desde o seu arranque a 30 de outubro de 2017, já foram “formalizadas 43 candidaturas no valor de 128 milhões de euros”. E já foram celebrados quatro contratos de financiamento. O primeiro foi a reabilitação integral de um edifício na freguesia de Santa Maria Maior, no Funchal. Sendo que a Madeira acolhe também um outro contrato já celebrado.

Mas o mais avultado é o projeto de reabilitação do edifício da Rua do Ouro, em Lisboa, maioritariamente para habitação (T0 e T1) que prevê um financiamento global de 2,35 milhões de euros. O quarto projeto é do Porto. Um investimento de dois milhões de euros para reabilitar um imóvel devoluto na baixa da Invicta, próximo da estação de São Bento, que vai ser transformado em 16 apartamentos turísticos, com tipologias T0, T1 e T2.

O IFRRU 2020 tem uma capacidade de financiamento de 1.400 milhões de euros, gerando um investimento de cerca de 2.000 milhões de euros. Os apoios financeiros são concedidos através de empréstimos, com maturidades até 20 anos, períodos de carência mais longos e taxas de juro abaixo das praticadas no mercado. Ou então através de garantias associadas a empréstimos concedidos pelas entidades financeiras selecionadas, destinando-se a projetos e empresas que não dispõem de garantias suficientes.

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Carta da Ryanair ameaça tripulantes: “Se recusarem operar voos, a sanção normal é a demissão”

A companhia lowcost enviou uma carta aos tripulantes de várias bases onde ameaça despedir aqueles que recusarem voar. Admite também processar os sindicatos por "falsas alegações".

As denúncias já tinham sido feitas por vários trabalhadores da Ryanair: a companhia aérea está a ameaçar os tripulantes em greve de despedimento. A carta enviada pela companhia aérea irlandesa às tripulações de várias bases onde opera, a que o ECO teve acesso, confirma isso mesmo. A empresa não só ameaça despedir os grevistas, como apela aos tripulantes das bases fora de Portugal que não se deixem “intimidar” pelas “falsas alegações” dos sindicatos. E admite também processar os sindicatos.

“Têm de cumprir as vossas obrigações contratuais e operar os voos planeados pela companhia, de acordo com o vosso contrato de trabalho — não podem escolher que voos operar”, pode ler-se na carta enviada aos tripulantes, datada de 3 de abril e assinada por Andrea Doolan, responsável pelas operações de planeamento de voos. “Se abandonarem o vosso dever ao recusar operar voos como ordenado pela companhia, isso será visto como uma transgressão grave e sujeita a processo disciplinar, para a qual a sanção normal é a demissão”, acrescenta a responsável.

A carta enviada pela administração da Ryanair aos trabalhadores.D.R.

Ao mesmo tempo, a companhia lowcost acusa tripulantes e sindicatos de fazerem “falsas alegações” de que os tripulantes de bases não portuguesas que substituam os grevistas serão sujeitos a “processos legais” e perderão a sua licença. “Estas alegações são completamente falsas e estão a ser feitas por indivíduos para intimidar-vos e causar a máxima disrupção aos nossos clientes”, sublinha a empresa.

A Ryanair reitera que “não há risco de serem interpostas ações” contra os tripulantes que substituam os trabalhadores em greve e promete proteção aos tripulantes que o fizerem. “Há zero risco de qualquer dos nossos tripulantes perder a sua licença de voo ou identificação aeroportuária — estas alegações são falsas”, acrescenta.

"Se abandonarem o vosso dever ao recusar operar voos como ordenado pela companhia, isso será visto como uma transgressão grave e sujeita a processo disciplinar, para a qual a sanção normal é a demissão.”

Andrea Doolan

Responsável pelas operações de planeamento de voos da Ryanair

E apela aos tripulantes que oiçam estas “falsas ameaças” que as denunciem à empresa por email — “para que possamos avançar com a ação legal apropriada contra os indivíduos ou sindicatos que estão a fazer estas falsas alegações“.

A empresa dá ainda conta de casos de “cyber bullying” feito contra os seus tripulantes, para que adiram à greve ou recusem operar a partir de outras bases. “Os tripulantes devem reportar quaisquer situações de intimidação ou assédio, que também serão tratadas com processos disciplinares, incluindo sanções que poderão chegar a demissões. Dois tripulantes foram recentemente demitidos por publicarem mensagens abusivas e ameaçadoras sobre colegas seus no Facebook e no WhatsApp”, ilustra a Ryanair.

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Controlo do BNI Europa muda de mãos. Chineses do KWG podem ser os compradores

  • ECO
  • 4 Abril 2018

O BNI anunciou a venda da maioria da unidade portuguesa BNI Europa. Os chineses do KWG poderão ter sido os compradores dessa posição. Negócio ainda está sujeito à aprovação do regulador.

O controlo do banco BNI Europa está próximo de mudar de mãos. O banco de capitais angolanos emitiu um comunicado nesta quarta-feira em que dá conta de que assinou um contrato para a venda da maioria do seu capital. O novo acionista maioritário do BNI Europa poderá ser o KWG, avança o Público (acesso condicionado).

“Consequência da estratégia de negócio arrojada e do crescimento alcançado, o Banco BNI Europa despertou o interesse de variados investidores de capital, tendo o Banco de Negócios Internacional, S.A., seu acionista de referência, assinado um contrato com um investidor estrangeiro para venda da maioria do capital detido no Banco BNI Europa”, refere o comunicado da instituição financeira.

A mesma entidade refere que a concretização desta alienação está, contudo, ainda dependente da aprovação da regulação. “A concretização da alienação, encontra-se sujeita à verificação de um conjunto de condições habituais neste tipo de transação, envolvendo designadamente a respetiva aprovação pelo Banco de Portugal”, precisa o documento.

Confrontado pelo Público, o BNI Europa não confirmou a possível identidade da entidade compradora. Segundo o jornal diário desde 2016 que a venda da posição do BNI em Portugal estava em cima da mesa.

A notícia desta alienação surge no mesmo dia em que o BNI Europa apresentou as suas contas relativas a 2017. O banco de capitais angolano registou no ano passado lucros de 2,3 milhões de euros, tendo beneficiado de um incremento de 41% nos seus ativos e um crescimento de 16% na sua base de depósitos.

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Intermarché e Grupo Dia põem fim a central de compras conjunta

A marca francesa anunciou o fim da central de compras criada em conjunto com o Grupo Dia em Portugal para fazer face à concorrência. A atividade da central vai cessar nos próximos meses.

Os supermercados Intermarché e Grupo Dia anunciaram o fim da central de compras que tinham criado em 2015 para fazer face à concorrência. A marca francesa adiantou que a atividade da central vai “cessar nos próximos meses” e que esta decisão se deve à redefinição de “objetivos estratégicos em termos de compras”.

Em maio de 2015 as duas empresas retalhistas anunciavam a criação de uma central de compras conjunta, com o nome de CINDIA. No entanto, passados três anos, essa parceria — criada para “negociar em exclusivo com os maiores fornecedores de produtos de marcas nacionais e internacionais”, lia-se na altura em comunicado –, chegou ao fim. “Após ter tomado a iniciativa de cessar, por mútuo acordo, a sua aliança de compras com o Grupo Casino, o Intermarché cessa a sua aliança de compras com o Grupo Dia em Portugal”, de acordo com a nota enviada às redações.

Como justificação, a empresa francesa adianta: “O Intermarché toma esta decisão, porque a insígnia pretende redefinir os seus objetivos estratégicos em termos de compras. Deste modo, a atividade da central de compras do Intermarché e do Grupo Dia irá cessar nos próximos meses“.

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Álvaro Amaro sobre descentralização: “Temos uma notícia no jornal”

O negociador de Rio para a descentralização avisa que ainda não recebeu cálculos sobre quanto cada autarquia pode receber para pagar novas competências. A disponibilidade para um acordo mantém-se.

Sem saber quanto cada município pode receber para pagar as novas competências, não pode haver acordo com o Governo. Esta é a posição assumida por Álvaro Amaro, o negociador de Rui Rio para a descentralização, que desvaloriza o significado dos 1,2 mil milhões de euros de envelope financeiro anual revelado pelo Governo ao Público. “Temos uma notícia no jornal”, afirmou ao ECO.

Na edição desta quarta-feira o Público avança que o acordo iminente entre o Governo e o PSD para a descentralização dá uma verba de “1,2 mil milhões de euros” às autarquias, citando o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que tem a pasta da descentralização.

Cabrita e Amaro estiveram reunidos esta quarta-feira, mas o PSD continua sem a informação suficiente para fechar um acordo com o Executivo.

“Não pode haver acordo sem se saber quanto se paga a cada município”, disse ao ECO Álvaro Amaro, explicando que este dado é tão ou mais relevante quanto tinha ficado consensualizada a possibilidade de cada câmara poder decidir se quer aceitar logo no primeiro ano as novas competências. Para isso, precisa de conhecer o montante que está previsto receber e que o PSD acredita ser diferente conforme a dimensão do município.

Questionado sobre o valor dos 1,2 mil milhões de euros assumido pelo ministro, Álvaro Amaro desvaloriza a importância do número – “o bolo tem de resultar de um somatório” – e prefere falar da falta de dados relevantes para uma tomada de decisão. “Temos uma notícia no jornal”, resumiu, dando assim a entender que as negociações ainda pouco avançaram apesar das reuniões entre as duas partes.

Álvaro Amaro fez ainda questão de sublinhar que o PSD mantém linha aberta com o Governo neste dossiê e que espera agora que o Governo envie “simulações por município”.

Ao ECO, fonte oficial do Governo explicou que os 1,2 mil milhões do envelope financeiro servem para financiar as “novas competências” que decorrem da lei-quadro da descentralização que está no Parlamento, sinalizando assim que este valor deve ser visto com um acréscimo de verbas.

O Governo e o PSD querem fechar este dossiê no Parlamento até junho.

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As jogadas de Trump e Xi Jinping até à guerra comercial

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Abril 2018

As ameaças de guerra entre EUA e China têm vindo dos dois lados da barricada, mas até agora a estratégia tem sido mover uma peça de cada vez.

Fotomontagem de Ana Raquel Moreira

Peão a peão, cavalo a cavalo, Donald Trump e Xi Jinping estão a preparar o tabuleiro para uma derradeira batalha. No início do mês passado, o tiro de partida para o começo de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China foi dado pelos ocidentais: a aplicação de taxas alfandegárias às importações de alumínio e aço.

A partir daí, as acusações e as respostas concretas começaram a navegar livremente no Oceano Pacífico. Nos Estados Unidos, Trump afirmava que, ainda que os chineses fossem aliados em certos aspetos, estava na hora de proteger os setores “pela primeira vez em muitos anos”. A China mostrou-se disposta a retaliar, tendo acabado por o fazer.

Assim, semana a semana, a quantidade de produtos e o valor total da retaliação têm vindo a escalar, com Trump a penalizar a China em 50 mil milhões de dólares, e Jinping a responder com um pacote do mesmo valor. Mas quais foram as jogadas feitas até chegar a este clima bélico?

Trump começa com o peão, segue logo para o rei

A princípio era só o aço e o alumínio, com taxas de 25% e 10%, respetivamente, com Trump a justificar que tal teria de ser feito para proteger a indústria nacional e até a segurança do país. Mas as penalizações aduaneiras não se ficaram por estes dois metais.

Dias depois de anunciar estas primeiras taxas, os Estados Unidos isentaram o Canadá, o México e a União Europeia, definindo assim como alvo principal a China. Seguiu-se então a confirmação de que as importações chinesas iam sofrer. A fatura seria de 60 mil milhões e a lista chegaria semanas depois.

Esta quarta-feira, soube-se que eram 1.300 produtos a serem afetados por este castigo, de vários setores como aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas. Ainda assim, o impacto nos bolsos do Estado chinês não será assim tão forte como se pensava, com o pacote de produtos a rondar os 50 mil milhões de dólares.

China responde com três mil milhões…

A primeira retaliação da China não tardou a chegar, mas pecou pela dimensão. Depois de anunciada a imposição de tarifas a produtos chineses num total de 60 mil milhões de dólares, os norte-americanos receberam em troca tarifas de três mil milhões.

Incluídos neste pacote de produtos taxados estavam a carne de porco e os vinhos e outros 100 bens produzidos em território norte-americano. Nessa altura, os investidores respiraram de alívio sendo que parecia que a ameaça de guerra não seria assim tão concreta.

… e depois com 50 mil milhões

Para ficar em pé de igualdade, a China avançou esta quarta-feira para uma lista de 120 produtos alimentares, desde a carne de porco, à fruta desidratada, aos frutos secos, tudo no valor de 50 mil milhões de euros. E se antes da lista final os chineses tinham deixado de foram um produto chave para a agricultura norte-americana, a soja.

Ainda assim, a taxação das remessas de soja que vêm dos Estados Unidos fica assim a prejudicar os dois lados: as regiões mais interiores dos Estados Unidos — e muitos dos eleitores que escolheram Trump em 2016 –, que aposta na cultura deste produtos e os criadores de gado chineses, que dependem da matéria-prima norte-americana para alimentarem os seus animais.

A lista de produtos a serem taxados a 25% na entrada do país engloba desde a soja, aos carros, aos químicos, a alguns tipos de aeronaves, a produtos com milho, entre outros produtos agrícolas. Existirão ainda tarifas extra para produtos como o uísque, cigarros, tabaco, alguns tipos de bifes, lubrificantes, produtos de plástico, sumo de laranja norte-americano, algodão e alguns tipos de trigo.

Trump serena os mercados

Já esta quarta-feira, através do seu meio de comunicação favorito, Donald Trump veio afirmar que o que se está a passar não é o princípio de uma guerra comercial, mas sim o resolver o que foi causado pelos “tolos ou incompetentes” que têm representado os Estados Unidos.

“Não estamos numa guerra comercial com a China, essa guerra já foi perdida há muitos anos pelos tolos ou incompetentes que representaram os Estados Unidos. Agora temos um défice comercial de 500 mil milhões de euros anuais, com roubos de propriedade intelectual de mais 300 mil milhões. Não podemos deixar que isto continue”, escreveu o Presidente.

Os mercados têm olhado para todas as jogadas desta partida com muita atenção, sendo que esta quarta-feira estão especialmente receosos. As principais bolsas mundiais, tanto do lado de lá como de cá do Oceano Atlântico, seguem a negociar em terreno negativo. O petróleo também cai mais de 2%, tanto em Londres como em Nova Iorque.

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ACT retém tripulantes da Ryanair que substituíram grevistas

A Ryanair está a recorrer a tripulantes de outras bases para substituir os trabalhadores em greve. Deu ordens a uma tripulação para não abandonar o avião e, dessa forma, não ser interpelada pela ACT.

Os inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) em ação no aeroporto do Porto para assegurar os direitos dos tripulantes de cabine da Ryanair que estão em greve retiveram 12 tripulantes chamados pela companhia aérea para substituir os grevistas. A denúncia foi feita ao ECO pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que indica ainda que, em Lisboa, a Ryanair deu ordem a uma tripulação para que não saísse do avião, evitando, desta forma, que fosse interpelada pela ACT.

Os tripulantes cumprem, esta quarta-feira, o último dos três dias da greve convocada pelo SNPVAC, para obrigar a lowcost a aplicar a legislação nacional aos trabalhadores baseados em Portugal. A greve levou ao cancelamento de vários voos, mas a companhia aérea irlandesa evitou alguns cancelamentos recorrendo a tripulantes baseados em outras bases para substituir os trabalhadores em greve.

Nos casos detetados pela ACT, os tripulantes que substituíram os grevistas foram retidos. “Estão 12 tripulantes na sala da Ryanair no aeroporto do Porto, retidos pela ACT, porque fizeram os voos em substituição dos trabalhadores em greve”, explica César Alves, dirigente do SNPVAC, ao ECO.

O sindicalista refere ainda que, em Lisboa, uma tripulação teve “ordem expressa” da Ryanair para não abandonar o avião quando este aterrou no Aeroporto Humberto Delgado, “para não serem interpelados pela ACT”.

15 voos cancelados em Lisboa, Faro e Porto

Segundo os dados do sindicato, foram cancelados 15 voos dos 38 que estavam planeados partir de Lisboa, Faro e Porto. Ao mesmo tempo, dos voos que foram realizados, vários foram feitos com recurso a tripulantes que a Ryanair foi buscar a outras bases. Foi o caso de três voos que partiram de Faro e outros cinco que partiram do Porto.

A Ryanair apresenta números diferentes. Em comunicado enviado esta tarde às redações, a companhia aérea refere que “a grande maioria” dos tripulantes esteve a trabalhar “dentro da normalidade” e contabiliza apenas oito voos cancelados, “de entre os primeiros voos do dia”. A empresa está, contudo, a contabilizar todos os 170 voos agendados de e para Portugal, e não apenas os que partiriam de Lisboa, Porto e Faro, onde se concentra a greve.

Os clientes afetados “já estão a ser recolocados em outros voos ao longo do dia de hoje ou voos extra que operaremos amanhã”, indica ainda a empresa, sem especificar quantos são os passageiros em causa.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Fez em março três anos de vida do programa de compra que terá salvado o projeto do euro. Desde 2015, o BCE já investiu dois biliões de euros em dívida da região. Menos de 2% foi aplicado em Portugal. O período que vai entre o pedido e o deferimento da pensão atinge “alguns meses”, afirmou Vieira da Silva, sem concretizar. A culpa é da redução de quadros.

Desde março de 2015, o Banco Central Europeu (BCE) já adquiriu dois biliões de euros em obrigações dos governos da Zona Euro. Mas menos de 2% das aquisições foram feitas em Portugal, segundo os dados publicados esta quarta-feira pela instituição liderada por Mario Draghi.

O Governo admite atrasos no deferimento das pensões e diz que os instrumentos criados para resolver a situação ainda vão “demorar alguns meses” a produzir efeitos.

As câmaras municipais arrecadaram 852 milhões de euros com a cobrança do Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) no ano passado. Este montante representa um crescimento de 30% face a 2016 e reflete o bom momento do mercado imobiliário.

A União Sindical dos Trabalhadores de Espanha vai juntar-se à European Cabin Crews Association (Associação Europeia dos Tripulantes de Cabine) para denunciar as últimas ações da companhia área, que recorreu a tripulação de cabine de bases estrangeiras para compensar a greve dos trabalhadores portugueses. Numa carta enviada à Ryanair, este sindicato espanhol disse ainda que vai solicitar o apoio dos vários partidos políticos, bem como da Autoridade de Aviação Espanhola e do Ministério do Trabalho espanhol.

A China foi o investidor estrangeiro que mais engordou as fusões e aquisições em Portugal nos primeiros três meses de 2018 — foi responsável por quase metade do montante total. Contudo, o negócio do trimestre partiu de França, com a aquisição de três centros comerciais por parte da Immochan, aponta o relatório da Transational Track Record.

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