Jerónimo diz que escolha é entre partidos que se submetem à UE e alternativa CDU

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Líder do PCP desvaloriza sondagens pouco favoráveis à CDU divulgadas nos últimos dias, argumentando com o "reconhecimento" de muitos portugueses pelo trabalho do partido.

O secretário-geral do PCP afirmou, na terça-feira à noite, que a escolha dos portugueses nas eleições europeias de domingo é entre os partidos que sempre se submeteram às imposições da União Europeia e uma alternativa progressista da CDU.

“Está cada vez mais clara a opção que está colocada aos portugueses no próximo domingo: saber se vamos ter no Parlamento Europeu deputados que vão defender os trabalhadores e o povo, como farão os deputados da CDU, ou deputados que aceitam submeter o país às imposições da União Europeia, como fizeram no passado e farão no futuro, os deputados do PS, PSD e CDS”, disse Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP, que falava num jantar com cerca de duas centenas de apoiantes da CDU, em Setúbal, acrescentou que os portugueses vão ter de decidir se aceitam “o aprofundamento do projeto supra nacional de domínio económico e político” que submete o país “aos ditames dos grandes interesses e das grandes potências, como têm aceite PS, PSD e CDS”, ou se afirmam “a soberania nacional como elemento fundamental de uma alternativa progressista como defendem a CDU e os seus eleitos”.

“A verdadeira escolha reside na necessidade de concretizar uma política alternativa com um claro compromisso, como é o da CDU, com o povo e com o país, um claro compromisso em defesa dos direitos laborais e sociais, visando a promoção do emprego com direitos e a defesa dos serviços públicos eficientes e de qualidade”, disse.

Numa intervenção em que também desvalorizou algumas sondagens pouco favoráveis à CDU divulgadas nos últimos dias, Jerónimo de Sousa argumentou com o “reconhecimento” de muitos portugueses pelo trabalho desenvolvido a nível nacional pelo PCP na reposição de direitos e nas conquistas alcançadas nos últimos quatro anos.

“O que se avançou – e é bom que os trabalhadores e o povo tenham disso consciência – foi porque o PS não tinha votos para, sozinho, impor a política que sempre, ao longo de quatro décadas, fez sozinho ou com o PSD e CDS”, disse.

“Ninguém duvide. Muito do que se conseguiu de avanços não existiria hoje se não fosse a iniciativa e a proposta das forças da CDU. Hoje está mais clara a importância do papel da CDU, mais claro que é reforçando a CDU que é possível não só assegurar que aquilo que foi conquistado não é retirado, como abrir perspetivas para outra politica alternativa para avançar nas resposta aos problemas do país”, acrescentou Jerónimo de Sousa, assegurando que os eleitos da CDU no Parlamento Europeu, também constituem uma garantia de defesa dos interesses nacionais.

Na ação de campanha para as eleições europeias de domingo, Jerónimo de Sousa defendeu que “são muitas as razões para votar na CDU” e apelou a uma mobilização dos apoiantes para o voto na coligação nas eleições do próximo domingo.

O líder comunista elogiou ainda o cabeça de lista da CDU às eleições europeias, João Ferreira, (que na noite de terça-feira esteve num comício na Marinha Grande) e prometeu o empenho dos eleitos da CDU no Parlamento Europeu na defesa de um programa que proteja os “setores produtivos dirigidos aos países mais prejudicados pela união económica e monetária, pelo mercado comum e pelas políticas comuns”.

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Rio “chocado” por RTP dizer que “o PS ganha eleições” com base em sondagem

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

O presidente do PSD crítica estação pública por um título que dizia "PS ganha eleições", quase uma semana antes de os portugueses irem às urnas.

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta terça-feira estar “chocado” com a forma como a RTP apresentou uma sondagem divulgada na véspera, acusando a estação pública de dizer que “o PS ganha as eleições europeias”.

“Fiquei chocado quanto tive oportunidade de ver no canal público de televisão o Telejornal da próxima segunda-feira por antecipação. Dizia a notícia: o PS ganha as eleições europeias. Como é possível um canal de televisão dizer hoje, quando as eleições ainda não se realizaram, que o PS ganha porque uma sondagem diz que o PS vai à frente?”, questionou, num comício ao ar livre, na Praça da República, em Aveiro, que juntou centenas de pessoas.

“As eleições não se decidem em canais de televisão, em sondagens, mas em eleições”, afirmou, apelando a todos para que votem no próximo domingo para mostrar que as eleições “se decidem nas urnas com a vontade do povo e não de uma qualquer outra forma que queiram inventar”.

Uma sondagem da Universidade Católica realizada para a RTP e jornal Público coloca o PS como o partido mais votado nas eleições europeias de domingo, com 33% dos votos, seguido do PSD, com 23%, do BE, com 9%, da CDU e do CDS-PP, ambos com 8%, e do PAN e do Aliança, ambos com 3%.

Correção: Rui Rio é presidente do PSD e não secretário-geral, como indicava uma versão anterior deste artigo. As nossas desculpas aos leitores e ao visado.

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Quercus queixa-se à UNESCO de projeto para mais um parque eólico no Marão

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Quercus defende que novo parque é “atentado à Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade”. Está em causa parque com capacidade de 20 megawatts.

A associação ambientalista Quercus vai queixar-se à UNESCO da construção de mais um parque eólico no Marão, na zona de Amarante, por ser um “atentado à Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade”.

“A Quercus vai iniciar um processo de queixa formal à UNESCO face a mais este atentado à Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade”, lê-se num comunicado enviado à Lusa.

No documento refere-se também a intenção de serem iniciados “procedimentos adequados na justiça portuguesa como último meio para tentar proteger o património natural, paisagístico e cultural mais uma vez ameaçado”.

A associação ambientalista refere que participará com um parecer negativo na consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que decorre até 29 de maio.

De acordo com o EIA consultado pela Lusa, a proposta encontra-se em fase de anteprojeto e é apresentada por uma empresa com sede em Estarreja.

O empreendimento situar-se-á nas freguesias de Ansiães, no concelho de Amarante, e União de Freguesias de Teixeira e Teixeiró, a menos de dois quilómetros do Penedo Ruivo, um dos pontos com maior altitude da serra do Marão, onde já existe outro parque eólico. Seis das oito torres ficarão do lado de Amarante.

Caso avance, o empreendimento terá a capacidade de 20 megawatts, para distribuir energia elétrica pela EDP, numa zona onde, numa envolvente de seis quilómetros, já existem 60 aerogeradores.

O período de exploração é de 20 a 25 anos, de acordo com o EIA e a construção deverá demorar cerca de 10 meses.

Na data em que se assinala o Dia Internacional da Biodiversidade, a Quercus insiste esta quarta-feira que o Parque Eólico do Marão “coloca em risco a paisagem do Alto Douro Vinhateiro – Património Mundial e o habitat do lobo ibérico e da águia real”.

Os ambientalistas referem que está prevista a instalação de oito aerogeradores com 93 metros de altura e com rotores com 114 metros de diâmetro.

Para a Quercus, aquelas dimensões são também incompatíveis “com os objetivos de conservação da biodiversidade que levaram à classificação do Marão como rede Natura 2000”.

“Estes monstros artificiais irão descaracterizar de modo irreversível o alto da serra do Marão que tem escapado ao longo dos anos à febre da instalação de parque eólicos”, alerta-se no comunicado, criticando-se o “tamanho desmesurado dos aerogeradores” e o impacto negativo na paisagem do Alto Douro Vinhateiro.

“Estamos a falar de equipamentos com altura superior a prédios de 30 andares, já para não falar nas acessibilidades e rede elétrica também necessárias à conclusão do empreendimento. Apesar de já serem visíveis aerogeradores na região, os que se pretendem instalar no Parque Eólico do Marão são de dimensão muito superior aos existentes”, insiste a Quercus.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Banco de Portugal revela quão endividada está a economia nacional, mas também a aposta das famílias na dívida. E o IGCP vai ao mercado realizar uma operação de troca de obrigações.

O Banco de Portugal vai revelar quão endividada está a economia portuguesa, isto ao mesmo tempo que dá a conhecer o valor investido pelas famílias em dívida pública, através dos certificados de aforro. Portugal volta aos mercados, desta vez para fazer uma operação de troca de obrigações, para tentar reembolsar a dívida mais tarde. Ainda nos mercados, mas desta vez o de ações, destaque para a assembleia geral do BCP. Lá fora, e num momento de tensão entre Estados Unidos e a China, será importante perceber o que disseram os membros da Fed na última reunião em que mantiveram a taxa diretora inalterada.

Como evoluiu o endividamento da economia?

O Banco de Portugal dá a conhecer, esta quarta-feira, a evolução do endividamento da economia — endividamento das empresas do setor público, privado e dos particulares, excluindo o setor financeiro. Depois de o endividamento da economia portuguesa ter aumentado 2.000 milhões de euros em fevereiro, atingindo os 723 mil milhões de euros, devido ao agravamento do endividamento das administrações públicas e das PME, vai ficar a saber-se como evoluiu em março.

Famílias continuam a apostar nos certificados de aforro?

Serão também conhecidos, por divulgação do Banco de Portugal, os dados relativos ao investimento nos certificados em abril. Em março, o investimento das famílias nos produtos de poupança do Estado cresceu para um total de 28.605 milhões de euros. As aplicações em certificados de aforro e do Tesouro aumentaram em 105 milhões de euros.

Portugal avança com troca de obrigações

Portugal avança esta quarta-feira com uma operação de troca de dívida, procurando ganhar mais cinco anos para reembolsar os títulos, mas também conseguir um custo de financiamento mais baixo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai estar no mercado para tentar comprar aos investidores obrigações do Tesouro que vencem em 2021, procurando vender-lhes títulos com maturidade em 2026 e com um cupão mais reduzido. O IGCP vai estar a comprar obrigações do Tesouro com cupão de 3,85% e que vencem no dia 15 de abril de 2021. Em troca, vende obrigações do Tesouro a sete anos que apresentam um cupão de 2,875%.

Acionistas do BCP em assembleia geral

Está marcada para esta tarde a assembleia geral do BCP, no Taguspark, onde os acionistas vão aprovar as contas do ano passado, mas também a distribuição de dividendos. Ao mesmo tempo, deverá ser validada a intenção do banco de devolver na totalidade os cortes salariais aos trabalhadores com remunerações até 1.500 euros já este ano. Para as remunerações que variam entre 1.500 euros e 2.500 euros, a restituição das verbas retidas entre 2014 e 2017 situar-se-á entre os 33% e os 50%. O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários vai participar na assembleia-geral em representação de mais de 100 acionistas com 0,008% do capital do banco, mas marcará também presença na manifestação de trabalhadores que acontecerá à porta.

Fed divulga minutas da última reunião

Num momento de tensão entre os EUA a China, em plena guerra comercial, os investidores estarão atentos às minutas da reunião de abril/maio da Reserva Federal norte-americana. Nesta reunião, a Fed manteve a taxa de juro inalterada e reiterou a sua atitude “paciente”, aguardando por um crescimento “sólido” da economia dos Estados Unidos, com uma inflação “em declínio”. As atas da reunião vão fornecer um contexto adicional para a decisão da Fed, e também para as declarações do presidente da reserva federal, Jerome Powell, que mencionou alguns fatores “transitórios” que poderiam estar a afetar a inflação.

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Não tem nome, mas quer ser líder no eólico offshore. Que empresa é esta criada pela EDP e a Engie?

Ainda não tem nome, mas já tem ambição. A joint-venture criada pela portuguesa EDP com a francesa Engie nasce com nove projetos, quer duplicar a atividade e crescer em novos mercados.

A EDP lançou uma joint-venture com a energética francesa Engie, que para o setor do eólico offshore. Ainda está a dar os primeiros passos e nem nome tem — “é como os bebés”, justificou António Mexia sobre a escolha ainda estar em aberto –, mas já tem grandes ambições: quer ser líder mundial.

Mas, afinal, o que nova entidade é esta?

  • Nova empresa quer arrancar ainda este ano

A nova empresa está ainda a dar os primeiros passos. “A execução do projeto está sujeita aos respetivos processos de aprovação social, corporativo, legal, regulatório e contratual”, dizem a EDP e a Engie. Mas o objetivo é que a joint-venture esteja operacional até ao final de 2019“, acrescentam.

  • Atividade em alto-mar

“A nova entidade será o veículo exclusivo de investimento da EDP, através da sua subsidiária EDP Renováveis, e da Engie para oportunidades eólicas offshore em todo o mundo”, explicou a empresa ao mercado. A atividade desta joint-venture irá assim focar-se apenas na geração de eletricidade a partir de parques eólicos em alto-mar.

  • Muitos projetos de olho na liderança

À data do nascimento, “passará a ser um dos cinco maiores operadores a nível global na área” e o objetivo é ser “líder mundial”. A posição atual deve-se ao facto de nove projetos e ativos das duas empresas passarem para a joint-venture. A maior parte, cinco dos ativos distribuídos entre Reino Unido, França e Portugal, já são partilhados pela EDP Renováveis e pela Engie. A portuguesa contribui ainda com três projetos exclusivos (nos EUA e no Canadá), enquanto a francesa põe ainda um outro (na Bélgica).

Fonte: EDP

  • Quer duplicar a capacidade…

A joint-venture quer crescer tanto em capacidade como em geografia. A nova entidade pretende ser um dos cinco maiores operadores de offshore a nível global nesta área da energia renovável, defendem as empresas que têm como objetivo atingir entre cinco e sete gigawatts (GW) de projetos em operação ou construção (face aos atuais 1,5 GW) e entre cinco e dez GW em desenvolvimento avançado (dos atuais quatro GW) até 2025.

  • …e chegar a novos mercados

“Os mercados atuais da EDP e a Engie mostram forte potencial para o offshore e há outros mercados promissores identificados”, nota a elétrica. Além da criação de novos projetos, a joint-venture — que opera no Reino Unido, EUA, França, Bélgica, Canadá e Portugal — quer entrar em novas geografias. A Holanda, a Coreia do Sul, o Japão, a Índia e a Irlanda são os mercados identificados como atrativos.

Fonte: EDP

  • Liderança partilhada

Neste projeto, tanto a Engie como a EDP vão partilhar o controlo em partes iguais. Quanto à liderança, será escolhida de forma rotativa por períodos de três anos, sendo que a portuguesa começou por escolher o CEO e a francesa o chairman e o COO. Os nomes dos líderes são: Spyridon Martinis (atualmente membro do board da EDP) para CEO, Paulo Almirante (atual COO da Engie) para chairman e Greg Gorski para COO.

(A jornalista viajou para Londres a convite da EDP)

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Lei do RGPD pronta a ser votada em plenário “no início de junho”

Os diplomas que adaptam o RGPD à jurisdição portuguesa deverão ser votados em plenário "no início de junho", ou seja, mais de um ano depois da entrada em vigor do regulamento.

O grupo de trabalho responsável pelas leis que vão aplicar o Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) em Portugal está prestes a concluir o processo legislativo. Ficam assim reunidas as condições para que a votação final global dos diplomas seja levada a cabo “no início de junho”.

“Falta-nos um diploma que tem a ver com a execução do RGPD nos tribunais [tratamento de dados para o fim judicial] para levarmos o pacote todo a votação no plenário no início de junho”, garantiu ao ECO a deputada social-democrata Andreia Neto, coordenadora do grupo de trabalho do RGPD. Consensualizadas estão já as alterações à principal proposta de lei do Governo e à lei orgânica da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que supervisiona estas matérias.

Por ser um regulamento, o RGPD entrou automaticamente em vigor em todos os países da União Europeia (UE) a 25 de maio de 2018, depois de um período de dois anos de transição. Mas o documento prevê que os Estados-membros adequem à sua realidade algumas especificações e é esse o trabalho que tem sido feito ao longo destes últimos meses pelo grupo de trabalho, inserido na Comissão de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias da Assembleia da República (AR).

Procurámos ouvir toda a gente, mas o diploma que resultou deste grupo de trabalho é consensual dentro do grupo de trabalho.

Andreia Neto

Coordenadora do grupo de trabalho do RGPD e deputada do PSD

Os trabalhos entram assim na reta final um ano depois da entrada em vigor das novas regras europeias, mas a própria proposta de lei do Governo, que serviu de base a este trabalho, surgiu ainda antes de 25 de maio de 2018. Segundo o site do Parlamento, o documento deu entrada a 26 de março. A próxima reunião para discutir o que falta está agendada para 28 de maio, terça-feira da próxima semana. Estes encontros têm acontecido, na generalidade, à porta fechada.

“Era complexo, tivemos de ouvir muita gente, ouvir várias entidades. E a par deste grupo de trabalho, ocorreram variados grupos”, disse Andreia Neto. “Este diploma em concreto resultou em diversas preocupações e pedidos de reuniões. Procurámos ouvir toda a gente, mas o diploma que resultou deste grupo de trabalho é consensual dentro do grupo”, indicou a deputada do PSD.

Andreia Neto, deputada do PSD e coordenadora do grupo de trabalho do RGPD.MIGUEL A. LOPES/LUSA

A mesma informação foi transmitida ao ECO por José Manuel Pureza, deputado do BE, que também integra o grupo de trabalho do RGPD. “Tudo o que tinha de passar pelo grupo de trabalho já aconteceu. Há apenas dois diplomas autónomos que têm a ver com o tratamento de dados para investigação criminal e [tratamento de dados para o fim] judicial. Essas outras ainda precisam de ser analisadas”, indicou o deputado.

À luz da informação atual, é pouco provável que os diplomas venham a merecer resistência na votação final global no Parlamento. Mas há pelo menos um ponto que poderá ser polémico. Os deputados decidiram manter no texto final um prazo adicional de seis meses para as empresas se adaptarem ao RGPD, que vinha na proposta do Governo apresentada antes da entrada em vigor do regulamento.

Ora, nesta altura, já foram aplicada quatro multas à luz das regras europeias por inconformidades com o regulamento, pelo que é uma incógnita o que poderá acontecer caso seja aprovada esta “borla”.

Como noticiou o ECO, a própria CNPD rejeita essa possibilidade, com a presidente, Filipa Calvão, a confirmar que é “difícil que essa norma se mantenha até ao fim do procedimento legislativo”. Uma hipótese recusada pela coordenadora da comissão, Andreia Neto, que atirou que “o que está na lei é o que está na lei e é para cumprir”.

Outro ponto que a lei portuguesa vai alterar face às regras padrão é que as entidades públicas poderão pedir à CNPD uma moratória de três anos, período durante o qual ficarão isentas de coimas e da aplicação do RGPD no geral. Além disso, só as freguesias com mais de 750 habitantes é que estarão obrigadas a nomear um encarregado de proteção de dados, uma figura responsável pela proteção dos dados pessoais dos cidadãos. Este critério, no entanto, é preenchido por 1.977 freguesias portuguesas, 64% do total.

Por fim, enquanto o RGPD prevê coimas de 20 milhões de euros ou 4% das receitas anuais da empresa em inconformidade, consoante seja o valor mais alto, a aplicação do regulamento em Portugal vai diferenciar as grandes das pequenas e médias empresas (PME). As coimas também serão divididas em graves e muito graves, mudando a moldura penal em cada um dos casos.

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Metade dos depósitos dos portugueses nos grandes bancos não paga nada

De todo o dinheiro depositado nas cinco maiores instituições financeiras nacionais, praticamente metade não gera qualquer juro. Em todo o sistema, 38% das poupanças rende zero.

Tidos tradicionalmente como o produto de poupança preferidos dos portugueses, os depósitos perderam a quase totalidade do brilho não só na carteira dos portugueses como dos próprios bancos. Cenário que é particularmente notório entre as instituições financeiras de maior dimensão. O “desinteresse” nas poupanças dos portugueses é de tal ordem que quase metade do dinheiro depositado nos cinco maiores bancos nacionais não rende nada.

No final de 2018, os portugueses tinham depositados à guarda da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco, Santander e BPI cerca de 171 mil milhões de euros, mostram os respetivos relatórios e contas. Desse montante global, 89,4 mil milhões de euros estavam em depósitos a prazo e produtos de poupança, enquanto 81,6 mil milhões de euros estavam à ordem e não apresentavam qualquer remuneração. Ou seja, cerca de 48% do total.

Esta proporção é bastante distinta face à realidade do setor como um todo. No final de 2018, apenas 38% do dinheiro depositado pelos portugueses nos bancos nacionais estava disponível na conta à ordem e sem qualquer remuneração associada.

Esta diferença acontece num contexto em que os pequenos bancos lutam por fazer crescer a sua base de clientes e por isso se mostram mais disponíveis a remunerar as respetivas poupanças. Cenário bastante distinto é o que vivem as instituições financeiras de maior dimensão.

Para estas, a captação de depósitos deixou há muito de ser uma prioridade. O nível historicamente baixo dos juros de referência tornou, até certo ponto, o dinheiro dos clientes num “fardo”. Ainda recentemente, Paulo Macedo, presidente da CGD, salientou isso mesmo. “No passado [um banco] punha imediatamente a render juros e era remunerado. Hoje, quando tem mais liquidez é penalizado”, afirmou, referindo-se ao custo que os bancos têm por “estacionarem” o dinheiro junto do Banco Central Europeu. Mario Draghi cobra uma taxa de 0,4%.

Por isso não será de estranhar que o banco público ofereça remunerações que na maior parte dos seus depósitos a prazo rondam os 0,05%, em termos brutos. Já o BPI apresenta taxas de juro brutas nulas na grande maioria dos produtos de poupança. Nos restantes maiores bancos o cenário não é muito melhor.

A prioridade dos bancos passou sim a ser dar crédito, segmento onde vão buscar grande parte da sua rentabilidade a par do que acontece com as comissões bancárias.

No caso concreto do banco público, a sua margem financeira (diferença entre os juros cobrados e os juros pagos) cresceu no ano passado 2% à boleia dos juros amealhados no crédito, ajudando a CGD a apresentar lucros que permitem voltar a remunerar o Estado através de dividendos. No caso do BCP, a subida da margem financeira foi semelhante: 2,3%.

Dos 4,53% aos 0,13% nos juros dos depósitos

Certo é que para os portugueses ter o dinheiro depositado no banco nunca rendeu tão pouco. A taxa de juro média oferecida nas novas aplicações a prazo fixou-se em março nos 0,13%, um mínimo histórico, o que leva a que, atualmente, cada vez mais famílias optem por manter o dinheiro à ordem.

Essa situação é bastante distinta face ao que se passava há pouco menos de uma década, altura em que os grandes bancos digladiavam entre si com vista a captar o máximo de poupanças possíveis, acenando com rentabilidades muito atrativas.

A braços com a necessidade de reequilibrar os seus rácios, os bancos não se imiscuíam de pagar a “peso de ouro” para engordar os cofres com as poupanças dos portugueses. Os juros dos depósitos a prazo chegaram a tocar os 4,53% em outubro de 2011. Houve mesmo depósitos a oferecerem juros de 5%, 6% e 7%, euforia que colocou quase em xeque a sustentabilidade dos bancos e obrigou o Banco de Portugal a colocar um pé no travão e a castigar os que pagassem remunerações acima de um determinado prémio face à taxa de referência de mercado.

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Seguradoras asiáticas crescem

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2019

Ásia Insurance Review revela que os investimentos crescentes e as arrecadações de prémios colocam as seguradoras da região em alta.

Os investimentos crescentes e as arrecadações de prémios fazem crescer as principais seguradoras (Ásia Insurance Review). Os relatórios divulgados recentemente sobre cinco das principais seguradoras listadas (China Life Insurance, Ping An Insurance, China Pacific Insurance, Xinhua Insurance e People’s Insurance Company of China (PICC), revelaram uma evolução muito positiva.
De referir que na Índia, o regulador cancelou a licença da ITI Reinsurance por não ter iniciado atividade. Assim, a Autoridade de Regulamentação e Desenvolvimento de Seguros da Índia (IRDAI) cancelou a licença da ITI Reinsurance.

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Allianz segura primeiro carro autónomo em Portugal

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2019

A seguradora tem a cobertura de riscos do primeiro veículo autónomo a circular numa municipalidade portuguesa, Cascais.

A Allianz segura o primeiro veículo autónomo que circulará numa municipalidade portuguesa, Cascais, mais precisamente Carcavelos.
O veículo foi apresentado ao público durante a World Shopper Conference Iberian 2019, que decorreu entre 17 e 19 de Maio.
O “Easy Mile 10” um veículo autónomo de classe 4 (pode ir até 5), que está agora em fase de testes e em breve irá cumprir carreiras regulares entre o novo campus universitário de Carcavelos e a estação de comboio de Carcavelos.

Trata-se de um veículo de transporte bidirecional sem condutor, onde a direção e a travagem são realizadas sem intervenção humana. É equipado com uma gama completa de sensores – como LIDARS, câmaras, GPS, IMU, odometria e contador de passageiros – permitindo uma circulação segura e confiável numa área pré-mapeada e sem a necessidade de infraestrutura muito específica.

Sem necessidade de condutor, o veículo irá percorrer nesta primeira fase de teste um percurso com 1,4 quilómetros, mas ainda com monitorização por parte de uma equipa humana para confirmação de todos os parâmetros de adequação à utilização. Numa primeira fase é possível viajar sem qualquer custo associado.

O “Easy Mile 10” foi inscrita a fase: “Cascais abriu caminho”.

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Mais-valias das ferramentas digitais

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2019

A Liberty Seguros dá alguns exemplos de ferramentas digitais que facilitam a vida aos clientes e agilizam as operações.

A Liberty Seguros chama a atenção para cinco ferramentas que se encaixam na tendência de digitalização, que facilita a vida dos clientes e conta no momento de este tomar uma decisão.
A primeira é a apólice digital, enviada através de correio eletrónico e com certificação digital. Permite reduzir custos e agilizar os processos de expedição das apólices.
Já o aplicativo é, frequentemente, uma escolha do segurado. Um aplicativo completo, como o desenvolvido pela Liberty no Brasil, tornam a vida mais fácil aos segurados, podendo consultar os detalhes das suas apólices, tirar dúvidas e avisar de um sinistro de forma prática e rápida em menos de três minutos. O aplicativo permite ainda aos segurados pagar as suas apólices, através de cartão de crédito. Por outro lado, o investimento em telemetria permite a medição e comunicação de informações de interesse do operador ou desenvolvedor de sistemas, a tendência é que a definição do preço se torne mais justa e personalizada, de acordo com o comportamento do cliente no que toca à utilização que faz do veículo. A utilização da telemetria, ao avaliar como cada motorista existe, possibilita preço mais especializados a fazer incidir sobre o cliente e facilita a atribuição de descontos.

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Lesados do Banif têm mais 15 dias para reclamarem investimentos perdidos

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

A comissão do Banif decidiu a prorrogação do prazo de reclamação por mais 15 dias. A comissão do BES irá decidir se faz o mesmo esta quarta-feira.

O prazo para os lesados do Banif apresentarem reclamações às comissões de peritos da Ordem dos Advogados e serem eventualmente incluídos numa solução que os compense foi prorrogado em 15 dias, disse fonte próxima do processo à Lusa.

“Na sequência de pedido das associações de lesados, a comissão do Banif decidiu a prorrogação do prazo por mais 15 dias. A comissão do BES deliberará amanhã [quarta-feira]”, indicou a mesma fonte à Lusa.

O prazo inicialmente previsto era até quinta-feira, dia 22, prolongando-se agora por mais 15 dias corridos, ou seja, até dia 07 de junho no caso do Banif, sabendo-se na quarta-feira se no caso do BES o prazo também será alargado.

Até ao último sábado, dia 18 de maio, tinham apresentado reclamações 717 lesados do Banif e 288 do Banco Espírito Santo (BES).

Em causa estão cerca de 3.500 lesados (cerca de 2.000 a 3.000 do Banif e mais 500 relacionados com o BES) que perderam um valor aproximado de 410 milhões de euros em investimentos em títulos de dívida no BES e Banif, segundo informações avançadas em 22 de abril na tomada de posse na Ordem dos Advogados, em Lisboa, das duas comissões de peritos que vão decidir os lesados elegíveis para serem integrados numa solução.

O objetivo da referida ação é que, depois desta fase, seja constituído um fundo de recuperação de créditos e que os lesados elegíveis pelas comissões de peritos sejam indemnizados.

Os lesados elegíveis para apresentar reclamações são investidores não qualificados (investidores não profissionais), tanto particulares como pequenas empresas, que investiram no Banif em títulos de dívida do próprio banco e da holding Rentipar (que detinha parte do Banif) e ainda clientes que investiram em títulos de dívida do grupo do BES através das sucursais exteriores (que são sobretudo emigrantes da Venezuela e África do Sul) e através do Banque Privée (pertencia ao BES).

Podem apresentar reclamações todos os clientes abrangidos pelas condições, sejam ou não associados de associações de lesados.

No caso dos lesados do BES apenas podem reclamar aqueles que não foram abrangidos pela solução para o papel comercial. Aqueles lesados que podiam ter sido abrangidos por aquela solução mas decidiram não o fazer, muitos dos quais por a considerarem injusta, não podem concorrer agora a esta solução.

Devem ainda apresentar a cópia da reclamação de créditos feita junto do BES ou alguma entidade do grupo ou Banif, uma vez que lesados que não tenham a reclamação de créditos feita não podem ser abrangidos por este mecanismo.

As reclamações podem ainda ser acompanhadas de até três depoimentos escritos. Estes depoimentos devem dar conta da forma como foram feitas as vendas e podem ser decisivos para se provar a tese dos lesados de que foram vítimas de vendas ilícitas.

As comissões de peritos para os casos Banif e BES vão decidir os lesados que terão direito a ser compensados com base em se foram vítimas ou não de práticas ilícitas na comercialização de instrumentos de dívida (obrigações, papel comercial, eventualmente ações preferenciais).

O regulamento das reclamações (que podem ser feitas em suporte informático ou em papel) está disponível no site da Ordem dos Advogados (www.oa.pt), assim como um formulário que facilita a apresentação da reclamação, ainda que cada lesado possa ter a ajuda de um advogado.

Cada lesado tem de pagar um encargo de 30,75 euros por processo.

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Acordo de empresa do Banco de Portugal já prevê direito à desconexão

  • Lusa
  • 21 Maio 2019

Convenção do Banco de Portugal contempla a garantia de proibição de o empregador “exigir que o trabalhador se mantenha conectado durante os seus períodos de descanso”.

O direito do trabalhador a poder desligar os seus meios de comunicação eletrónica fora do horário laboral está previsto em duas novas convenções coletivas, uma delas do Banco de Portugal.

De acordo com o relatório anual do Centro de Relações Laborais (CRL) sobre a evolução da contratação coletiva em 2018, a garantia do direito do trabalhador à reserva da sua vida privada, “projetado no respeito pela separação entre tempo de trabalho e os tempos de não trabalho, usualmente designado de direito à desconexão”, encontra-se consagrado em duas convenções.

O relatório do CRL mostra que um dos casos diz respeito aos acordos assinados entre o Banco de Portugal (BdP) e o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos e Bancários e a Federação do Setor Financeiro.

Nas duas convenções paralelas do BdP, que entraram em vigor este ano, há a garantia de proibição de o empregador “exigir que o trabalhador se mantenha conectado durante os seus períodos de descanso”.

O relatório dá conta que também o contrato coletivo de trabalho (CCT) assinado entre a Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros e o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora prevê uma norma no mesmo sentido.

“A utilização da ferramenta digital, cedida pela empresa, não pode impedir o direito ao descanso consignado neste CCT e na lei, nomeadamente nos períodos de descanso entre jornadas, descanso semanal obrigatório, férias e dias feriados”, refere o documento.

O chamado “direito do trabalhador à desconexão” foi implementado em França, para assegurar o direito ao repouso do trabalhador.

Em Portugal, o PS avançou na semana passada com um projeto de lei que contempla o direito dos trabalhadores a poderem desligar os seus dispositivos eletrónicos fora do horário laboral e a impedir a monitorização dos seus ‘emails’ profissionais pela entidade patronal.

O projeto de lei, designado por Carta de Direitos Fundamentais na Era Digital, foi entregue no parlamento na quarta-feira e abrange um conjunto de outros direitos que pretendem responder aos desafios colocados pela utilização da internet e das tecnologias de informação, segundo explicou à Lusa o deputado socialista José Magalhães, um dos relatores do documento.

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