Samsung não dobra, mas desdobra Note. Veja os topo de gama
A Samsung atualizou o segmento mais musculado da gama Galaxy e apresentou os Note 10 e Note 10+. Não têm entrada para auscultadores nem botão para desligar, mas meia hora de carga dá para um dia.
Seis meses depois de ter apresentado o primeiro telemóvel dobrável do mercado, a Samsung volta a dobrar telemóveis. Só que, desta vez, fê-lo de outra forma: ao invés de um único modelo da gama Galaxy Note, a marca decidiu fazer diferente e desdobrar o modelo em dois. Chegaram os novos Note 10 e Note 10+.
São dois telemóveis topo de gama que, como é habitual, foram desenhados a pensar num segmento mais empresarial. A empresa sul-coreana também pensou nos “influenciadores”, desenhando dois modelos mais adaptados não só para o trabalho como ainda para o entretenimento e a criação de conteúdo. A marca pretende, deste modo, captar de uma só vez estes dois nichos de mercado tendencialmente mais exigentes.
A principal diferença entre as duas versões do novo Note é mesmo o tamanho. O Note 10 conta com um ecrã de 6,3 polegadas, enquanto o do Note 10+ tem 6,8 polegadas. Ambos são ecrãs com margens muito finas e tecnologia AMOLED, o que lhes confere cores mais garridas, brilhantes e fiéis ao original. Em termos comparativos, o Note 10 é ligeiramente menor do que o parente próximo Galaxy S10+, mas é maior do que o S10, ambos já no mercado.
Para os menos entendidos no universo mobile da Samsung, as gamas S e Note podem ser facilmente confundidas. A grande diferença prende-se na caneta integrada nos smartphones Note, que não existe na gama S. Na apresentação aos jornalistas em Amesterdão, na Holanda, a marca admitiu isso mesmo: a existência da caneta é a principal razão invocada pelos clientes que preferem a gama Note à gama S. Por isso, os Note costumam ser telemóveis que, além de maiores, tendem a ser mais caros.
Meia hora de carga, um dia de utilização
Como são telemóveis maiores, os Note também carregam em si baterias com maior capacidade do que o normal. A do Note 10 tem 3.500 mAh, enquanto a do Note 10+ conta com uma bateria de 4.300 mAh, melhor até do que a do Galaxy S10+. A Samsung aprimorou o software para obter uma gestão mais inteligente da energia, pelo que a empresa promete que os novos Note aprendem com a utilização. Por outras palavras, mantêm-se “vivos” durante mais tempo.
Outra melhoria reside na velocidade de carregamento. Esqueceu-se de ligar o telemóvel à tomada durante a noite? Não é um problema: basta meia hora de carregamento para obter um dia inteiro de utilização, promete a Samsung. Claro que a estimativa depende da utilização que der ao smartphone.
Em termos comparativos com o anterior Note 9, o Note 10 tem algumas melhorias incrementais: uma capacidade de processamento 33% superior e uma unidade gráfica com 42% mais capacidade, de acordo com cálculos da empresa. Em termos de memória RAM, o Note 10 tem 8 GB, enquanto a versão mais musculada conta com 12 GB.
Mais leves e com suporte ao 5G
O ECO já experimentou os novos Note e uma das características que se destaca logo é a leveza destes novos smartphones. Outra é a “pinta” preta no topo do ecrã, mesmo a meio — num primeiro olhar menos atento, pode dar a ideia de que o ecrã está danificado. Mas não é mais do que a câmara das selfies. No breve teste que fizemos, constatámos que qualidade do sensor é muito satisfatória.
Quanto às câmaras traseiras, depende do aparelho. O Note 10 tem três câmaras muito versáteis, que servem praticamente todas as ocasiões: uma é a lente dita “normal”, mas há também uma grande-angular e uma teleobjetiva. O Note 10+ conta igualmente com estas três câmaras, mas tem ainda um quarto sensor que usa lasers para gerar imagens com maior profundidade.
É por isso que um dos enfoques da Samsung na promoção dos Note são os vídeos com profundidade, uma funcionalidade a que a marca chamou de Live Focus, ou seja, foco em tempo real. E boas câmaras pedem boas capacidades de edição de vídeo. É por isso que os Note integram um editor de vídeo avançado, desenvolvido pela marca sul-coreana, mas também o Adobe Rush, uma app de edição de vídeo que deriva do Adobe Premiere, o conhecido software profissional de edição audiovisual.
Em termos de conectividade, a marca considerou importante lançar uma versão do Note 10+ com suporte ao 5G. Trata-se de uma terceira versão do Note, com conectividade de quinta geração, mas que só estará disponível em alguns mercados, entre os quais, para já, não se encontra o português.
Sem botão para desligar nem entrada para auscultadores
A par das novas funcionalidades, os Note ficam marcados por duas ausências de peso. Uma é o chamado power button, isto é, o botão para desligar: agora, se pressionar o botão de desbloqueio, invocará a Bixby, que é a alternativa da Samsung à assistente virtual Siri presente nos iPhones. A marca passa uma mensagem de que desligar é cada vez menos necessário, pelo que, se quiser adormecer os novos Note, terá de carregar no botão de desbloqueio e no do volume ao mesmo tempo.
A segunda ausência inesperada é a entrada para auscultadores. Numa era em que os headphones sem fios são cada vez mais comuns, a Samsung disse “basta” e removeu, finalmente, a tradicional entrada para auscultadores, seguindo uma tendência lançada pela Apple há alguns anos. A opção, como se sabe, não é consensual e poderá não agradar a alguns utilizadores.
Em contrapartida, os novos telemóveis têm Bluetooth 5.0, que é mais fiável e permite manter a ligação por uma distância superior, o que representa uma melhoria num telemóvel que privilegia o wireless em detrimento dos fios. Quanto aos altifalantes, os Note integram duas colunas estéreo, desenvolvidas pela conceituada marca AKG.
Tanto o Note 10 como o Note 10+ (lê-se plus) estão disponíveis em três cores. Duas delas são o branco e o preto. A terceira cor é a rosa no caso da versão menos musculada… e uma versão glow, que brilha em vários tons consoante o ângulo em que se olha, no caso da versão maior. Há uma semana, o ECO questionou a Samsung acerca dos preços destes novos aparelhos. No entanto, a empresa não forneceu essa informação a tempo de fecho deste artigo.
O ECO viajou para Amesterdão a convite da Samsung Portugal.
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