Cisco põe Wall Street na linha de água mas S&P 500 atinge máximos

As previsões desanimadoras da Cisco pesaram em Wall Street, com os índices de referência a fechar próximo da linha de água. Ainda assim, o S&P 500 conseguiu atingir um recorde.

Os pratos da balança em Wall Street estiveram equilibrados nesta sessão. Se, por um lado, receios de um abrandamento da economia global e previsões pessimistas da Cisco pesaram no sentimento dos investidores, ganhos da Walmart e as perspetivas da Fed fizeram subir a moral. Os índices de referência fecharam próximo da linha de água, mas o S&P 500 atingiu um recorde.

O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, disse que o risco de a economia dos EUA enfrentar uma quebra dramático é uma probabilidade remota, o que animou os investidores. Para além destas palavras, as contas da cadeia de lojas Walmart, que reviu em alta as estimativas do ano e apresentou resultados mais altos do que o esperado, contribuíram para o sentimento positivo.

O S&P 500 fechou a sessão com um novo máximo, ao subir 0,09% para os 3.096,76 pontos, enquanto o industrial Dow Jones ficou na linha de água, totalizando os 27.783,12 pontos.

Por outro lado, o aviso da Cisco de que a receita do trimestre atual iria cair entre 3% a 5% devido à queda nos gastos globais com os produtos que oferece, alguns dos quais fabricados na China pesou no sentimento. Depois de anunciar estas previsões, os títulos da tecnológica afundaram 7,33% para os 44,91 dólares.

Com este desempenho, a Cisco arrastou consigo o índice do setor, o Nasdaq, que caiu 0,04% para os 8.479,02 pontos. As cotadas tecnológicas foram também penalizadas pela contínua incerteza comercial face às tensões com a China, sendo que muitas delas estão expostas a esse mercado.

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Fnac investe sete milhões de euros até 2022 para chegar às 40 lojas em Portugal

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

A Fnac está a planear abrir entre duas a quatro lojas em Portugal, em 2020. O objetivo da marca é atingir as 40 lojas no país em 2022.

O grupo FNAC vai investir cerca de sete milhões de euros até 2022 para atingir as 40 lojas no país, disse esta quinta-feira à Lusa o diretor-geral da FNAC Portugal, na abertura do 32.º espaço, em Viana do Castelo. “Temos a ambição de chegar às 40 lojas até 2022, num investimento de cerca de sete milhões de euros”, afirmou Nuno Luz.

O diretor-geral acrescentou que “na primeira semana de dezembro abrirá a 33.ª loja, no Arena Shopping, em Torres Vedras“, adiantando que esta “será a quarta loja de 2019, num investimento global de quatro milhões de euros”, tendo sido criados “mais de uma centena de postos de trabalhos diretos”.

Em 2020 estimamos abrir entre duas a quatro lojas, prevendo-se o mesmo investimento e a criação do mesmo número de postos de trabalho deste ano. Para nós é significativo, uma vez que em 21 anos estamos hoje a abrir a 32.ª loja. Abrir quatro lojas num ano é um passo grande”, considerou Nuno Luz.

O diretor-geral da FNAC explicou que a insígnia francesa está a “apontar muito no conceito de proximidade, abrindo lojas com espaços mais reduzidos e maximizando a ‘omnicanalidade’, com as referências disponíveis em loja e os artigos do catálogo ‘on-line'”.

“É um conceito diferenciador porque vemos hoje o retalho a apostar muito no ‘on-line’, a reduzir espaços e a fechar lojas, e a FNAC continua a apostar em espaços físicos porque quer estar mais perto de todos os portugueses que estão longe dos grandes centros urbanos”, referiu.

A loja em Viana do Castelo representou um investimento de cerca de meio milhão de euros e a criação de 18 postos de trabalho diretos. Na inauguração da nova loja de bens culturais, tecnológicos e de lazer, Nuno Luz explicou que o espaço pretende “servir os 85 mil habitantes do concelho de Viana do Castelo e das zonas limítrofes, abrangendo, no total, cerca de 200 mil habitantes”.

“As previsões apontam para uma faturação anual a rondar os 3,2 milhões de euros”, salientou. A inauguração da loja, com uma área comercial de 500 metros quadrados, incluiu uma breve atuação de Pedro Abrunhosa, padrinho do espaço.

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António Costa quer dar “primeiro passo” para diminuir peso do IRS na classe média

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

O primeiro-ministro considerou a hipótese de se assistir a um aumento da carga fiscal em 2020 "uma ideia bastante prematura".

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que o objetivo do Governo no próximo Orçamento é dar “um primeiro passo” para conferir uma maior progressividade no IRS e diminuir o peso deste imposto sobre os vencimentos da classe média.

António Costa assumiu esta posição depois de interrogado pelos jornalistas sobre a possibilidade de haver um aumento da carga fiscal no próximo ano e momentos antes de ter um jantar de trabalho com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, em Estocolmo, onde permanecerá até sexta-feira.

O primeiro-ministro considerou a hipótese de se assistir a um aumento da carga fiscal em 2020 “uma ideia bastante prematura”.

“Não é isso que está previsto que aconteça. Pelo contrário, espero que já neste primeiro Orçamento se possa dar um primeiro passo para cumprir um dos principais objetivos orçamentais do Governo. Queremos iniciar uma maior progressividade do IRS, procurando diminuir o peso do IRS sobre os vencimentos da classe média”, respondeu o líder do executivo português.

Perante os jornalistas, António Costa reforçou essa ideia de um desagravamento do IRS para alguns escalões, acrescentando: “Espero que já neste primeiro Orçamento possamos começar a concretizar esse objetivo que temos para a legislatura”.

Tanto o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio, como o deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, consideram que haverá um aumento de impostos para muitos portugueses caso o Governo caminhe no sentido do englobamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS, eliminando as diferenças entre taxas.

O Governo ainda não clarificou se alguns tipos de rendimentos passarão a ser englobados, tal como defende o Bloco de Esquerda. Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal, António Costa respondeu que uma proposta nesse sentido pode surgir, mas não no próximo Orçamento do Estado.

O primeiro-ministro precisou que “o programa de governo prevê, como o programa eleitoral do PS já previa, que haja um progressivo englobamento de rendimentos”, mas ressalvou que nunca foi dito que “neste Orçamento para 2020 haveria qualquer medida em matéria de englobamento, e muito menos foi dito que tipo de rendimentos seriam englobados, e em que medida”.

“Portanto, qualquer especulação ou exercício de figuração como aquele que aqui fez [João Cotrim de Figueiredo] não assenta em mais nada, a não ser na pura imaginação”, criticou António Costa. “Não vale a pensa especularmos e, quando tivermos de fazer o debate, façamos o debate com base na proposta concreta, e essa proposta há de surgir”, acrescentou.

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“Somos rentáveis e disto não abdicamos”, diz Pedro Soares dos Santos. Mas só lucro “não chega”

Apesar de o lucro ser essencial, os fatores ambientais e sociais assumem hoje em dia um peso maior nas decisões de negócio da Jerónimo Martins, assegura o CEO.

30 anos, 19 aumentos de capital, 9,4 mil milhões de euros de capitalização. Foi a 14 de novembro de 1989 que a Jerónimo Martins entrou na bolsa, e, apesar de algumas coisas se manterem na mesma, muito mudou. O lucro continua a ser um dos focos imprescindíveis da empresa, mas entram novos fatores na fórmula: ambientais e sociais.

“Somos rentáveis e disto não abdicamos”, disse Pedro Soares dos Santos, “Chairman” e CEO da Jerónimo Martins, na celebração do 30º aniversário da entrada da empresa na bolsa, na Euronext Lisboa. Mas hoje, “o lucro não chega”, porque “o mundo está cada vez mais incerto e complexo”, continuou.

Apesar de os resultados financeiros serem essenciais para “se merecer a confiança do mercado, estão longe se ser suficientes”, reitera Pedro Soares dos Santos. “A forma como chegamos aos resultados que entregamos é fundamental e é por isso que o respeito por critérios ambientais e sociais pesa nas nossas decisões de negócio”, explicou o CEO.

Esta é uma das coisas que mudou no grupo que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce, ao longo dos anos que já passaram desde que entrou no mercado de capitais. A capitalização bolsista multiplicou por mais de 30 vezes, e as vendas aumentaram em 18 mil milhões de euros.

Para a Jerónimo Martins, a entrada na bolsa “representou muito mais que uma operação de financiamento”, indicou Pedro Soares dos Santos. Permitiu, por exemplo, desenhar uma estratégia de internacionalização, apontou, sendo que o grupo poderá abrir “este ano, possivelmente, a loja 3.000 da Biedronka”, cadeia de supermercados na Polónia.

Tornou também possível a “sucessão de aquisições que marcaram os anos 90 e o crescimento orgânico com que fomos construindo a posição de liderança na distribuição alimentar em Portugal”, completou o CEO da Jerónimo Martins. Por todas estas razões, apesar de também terem existido pontos baixos na trajetória, Pedro Soares dos Santos reitera que o tempo da empresa na bolsa foram “30 anos de um casamento muito exigente mas bem-sucedido”.

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UTAO diz que são precisas novas medidas de consolidação no valor de 245 milhões

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

"Serão necessárias novas medidas de consolidação orçamental para que Portugal possa continuar numa trajetória de ajustamento estrutural e cumprir as regras de disciplina orçamental", diz a UTAO.

A UTAO estima que o Governo terá de avançar no próximo Orçamento do Estado com novas medidas de consolidação orçamental, além das previstas no Programa de Estabilidade, no valor de 245 milhões de euros para cumprir as regras europeias.

A conclusão consta do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre o Projeto de Plano Orçamental para 2020 (PPO/2020) do Governo, enviado em 15 de outubro à Comissão Europeia, a que a Lusa teve acesso.

“Com as projeções orçamentais apresentadas para 2020 no PPO, o Ministério das Finanças deixa uma mensagem muito clara a ter em conta na elaboração do próximo Orçamento do Estado: serão necessárias novas medidas de consolidação orçamental para que Portugal possa continuar numa trajetória de ajustamento estrutural e cumprir as regras de disciplina orçamental definidas no plano europeu e na legislação nacional”, afirma a UTAO.

De acordo com os peritos, em causa está a necessidade de cumprir o ajustamento em direção ao Objetivo de Médio Prazo (OMP), que para ser concretizado obrigará a “implementar novas medidas, para além das já previstas [no Programa de Estabilidade] de montante equivalente a 0,11% do PIB, o equivalente a cerca de 245 milhões de euros”.

O OMP para Portugal, definido em termos do respetivo saldo estrutural, para o triénio 2020–2022 corresponde a um saldo estrutural de 0,0% do PIB potencial depois de em 2019, a Comissão Europeia ter revisto este valor que em 2019 era de 0,25% do PIB potencial.

No PPO/2020, o Governo reviu em alta o saldo orçamental em 2019, estimando um défice de 0,1% contra a anterior previsão de 0,2%, e previu um saldo próximo do equilíbrio para 2020, tendo em conta um cenário de políticas invariantes, ou seja, tendo apenas em consideração medidas já implementadas e não medidas novas.

“A revisão do saldo orçamental de 2019 face à meta inicialmente estabelecida para o conjunto do ano, que apontava para um objetivo de –0,2% do PIB, reflete, essencialmente, uma avaliação mais positiva por parte do Ministério das Finanças quanto à execução orçamental em curso”, sublinham os peritos do parlamento.

Porém, continuam os técnicos, para 2020, o Governo projeta uma deterioração do saldo estrutural, “o que seria uma evolução contrária às recomendações do Conselho da UE para a trajetória de ajustamento em direção ao Objetivo de Médio Prazo e que levaria a que o saldo estrutural permanecesse aquém do mesmo até 2020”.

O Governo enviou o PPO/2020 a Bruxelas em 15 de outubro, estando a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2020 no parlamento prevista para 15 de dezembro.

Em 22 de outubro, a Comissão Europeia solicitou ao Governo português uma versão atualizada do PPO/2020 “tão cedo quanto possível”, observando que o “esboço” recebido apontava para o risco de um desvio das metas fixadas.

Na carta enviada ao ministro das Finanças, a Comissão Europeia pediu um documento atualizado que garantisse “o cumprimento” das regras europeias a nível de saldo estrutural e dívida pública, advertindo que o PPO/2020 apontava no sentido oposto projetando “uma deterioração do saldo estrutural em 0,2% do PIB”.

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 5ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 14 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker

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Ex-administrador da TAP Luís Rodrigues é o novo presidente da SATA

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

Luís Rodrigues vai substituir António Luís Gusmão Teixeira, que se demitiu em novembro por motivos de "ordem pessoal" e pelo atraso na "implementação de medidas de reestruturação" da SATA.

O antigo administrador da TAP Luís Rodrigues é o novo presidente da transportadora aérea açoriana SATA, informou esta quinta-feira o executivo regional.

“O presidente do Governo [Regional], Vasco Cordeiro, comunicou à Assembleia Legislativa o nome de Luís Manuel da Silva Rodrigues como novo presidente do conselho de administração da SATA, a fim de, nos termos legais, ser ouvido antes da tomada de posse para essas funções“, referiu o executivo em nota de imprensa.

Luís Rodrigues, precisou o Governo dos Açores, foi entre junho de 2009 e dezembro de 2014 administrador executivo na ‘holding’ TAP SGPS e da TAP S.A (negócio da aviação), e foi também presidente do conselho de administração da TAP Manutenção e Engenharia Brasil e administrador executivo na empresa SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A.

“Como administrador executivo da TAP, liderou a gestão de escalas em mais de 90 destinos para onde a companhia voava, criou e implementou um programa de redução global de custos da companhia e, em abril de 2014, assumiu as funções de ‘chief financial officer’ [CFO, equivalente a responsável financeiro], tendo liderado, igualmente, as áreas de Recursos Humanos, Relações Laborais, T&I, Compras, Legal, Auditoria e Serviços de Saúde”, explica a nota.

Luís Rodrigues é licenciado em Economia pela então Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa, Nova SBE.

Recentemente, desde abril de 2015, foi presidente executivo (CEO) da Nova School of Business and Economics Executive Education, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa), e professor em Estratégia, Corporate Governance e Liderança Aplicada na mesma instituição.

O até agora presidente do conselho de administração da transportadora aérea SATA, António Teixeira, apresentou no início de novembro a sua demissão por motivos de “ordem pessoal” e pelo atraso na “implementação de medidas de reestruturação”, anunciou a empresa.

“Além de razões de ordem pessoal, por entre as principais razões que motivaram a sua decisão, encontram-se o atraso verificado na implementação de medidas de reestruturação, que considerou urgentes e necessárias, bem como a impossibilidade de reduzir, até ao final do ano 2019, os prejuízos do Grupo SATA, para metade do valor registado em 2018”, declarou então a SATA em nota enviada à imprensa.

Segundo a transportadora, “não obstante alguma melhoria dos resultados operacionais alcançados na SATA Azores Airlines no corrente ano, bem como a restruturação operacional efetuada nas transportadoras do Grupo SATA”, António Teixeira “considerou não terem sido alcançados os objetivos a que se propôs” quando entrou em funções, em 2018.

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa, que agora abandona a função, manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que foi já assumido como um “compromisso comprometido”, após prejuízos nos primeiros seis meses de mais de 32 milhões de euros.

António Luís Gusmão Teixeira foi indicado em julho de 2018 pelo Governo dos Açores para a presidência do conselho de administração da SATA, substituindo Paulo Meneses, que ocupava o cargo desde o final de 2015.

A empresa prepara atualmente um novo concurso para privatizar 49% da Azores Airlines – ramo da SATA que opera de e para fora do arquipélago -, após o primeiro ter sido cancelado devido à divulgação de informação tida por sensível.

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António Gomes Mota: “Houve uma evolução no tecido empresarial português”

  • Ana Baptista
  • 14 Novembro 2019

O gestor volta a ser, pela segunda vez consecutiva, o presidente do júri do prémio EY Entrepreneur of the Year.

O prémio Entrepreneur of the Year (EY) 2020 já está a aguardar as candidaturas de empresários e gestores das mais variadas áreas da economia, e as expectativas para este ano são grandes. “A filosofia do prémio é a mesma”, ou seja, reconhecer a figura que se destacou como empreendedor do ano em Portugal, disse ao ECO o presidente do júri, António Gomes da Mota. Mas “a minha expectativa é de que, nesta 8ª edição, haja mais empresas e mais gestores de negócios diferentes e interessantes. Felizmente, em Portugal, tem havido uma grande dinâmica de empreendedorismo e, há dois anos, olhámos para alguns projetos que ainda estavam numa fase inicial e agora já devem estar mais desenvolvidos”, considera.

Além disso, continua, “nos últimos anos houve uma evolução no tecido empresarial português, com mais inovação e internacionalização”. E estes dois fatores serão relevantes. Segundo Gomes da Mota, a capacidade de inovar dentro de uma empresa – não só na parte de processo, mas também nos recursos humanos, na sustentabilidade, e na própria forma de gestão – é um dos fatores que o júri terá em conta na análise dos candidatos e, por isso, espera que haja exemplos nesse sentido.

A internacionalização é também “um critério importante”, até porque “tem uma dimensão de inovação”. “Queremos projetos que tenham ambição global. Só se podem ter projetos grandes se se olhar para o estrangeiro”, disse ao ECO.

Por fim, procuram projetos “que se diferenciem, que tenham impacto social ou criação de valor, com o arrastamento de outras empresas” e um empreendedor que tenha estado à altura de tudo isto, ou seja, “que tenha sido um líder, atento à sustentabilidade e aos aspetos sociais dentro da empresa”, conclui.

Esta é a segunda vez consecutiva que António Gomes da Mota assume o papel de júri deste prémio da EY. O gestor foi também o júri da a 7ª edição que premiou o presidente da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim.

Presidente não executivo do Conselho de Administração dos CTT, desde 2017, António Gomes da Mota, é também presidente da Direção do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) e professor catedrático de Finanças no ISCTE.

No júri do prémio EY juntam-se a ele mais sete elementos. São eles Clara Raposo, reitora do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Steven Braekeveldt, presidente executivo (CEO) da seguradora Ageas, Isabel Ucha, CEO da Euronext; Vera Pinto Pereira, membro do conselho de administração da EDP e CEO da EDP Comercial; Vasco Pereira, presidente e CEO do grupo Lusíadas; Dionísia Ferreira, gestora que saiu dos CTT; e ainda António Rios de Amorim, CEO da Corticeira Amorim e o vencedor do ano passado. Note-se que é tradição neste prémio da EY alterar os nomes do júri a cada edição, podendo ou não manter-se o presidente, e ainda convidar o vencedor do ano anterior a integrar o painel da edição seguinte.

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António Rios de Amorim, o empreendedor do ano em Portugal

  • ECO
  • 14 Novembro 2019

O prémio EY Entrepeneur of the Year regressa em 2021 e o júri já seleccionou cinco finalistas. Em abril será divulgado o novo empreendedor do ano.

Um homem simples e ‘low profile’, mas extremamente determinado e apaixonado pelo que faz e pelo setor onde trabalha. Aliás, é o próprio que diz que foi preparado para este cargo a vida toda, não por imposição familiar, mas por gosto genuíno. Assim se pode descrever, sumariamente, António Rios de Amorim, o presidente do conselho de administração da Corticeira Amorim e o vencedor do prémio Entrepreneur of the Year de 2018 em Portugal.

Rios de Amorim junta-se, assim, a uma lista de destacados nomes da economia nacional como Belmiro de Azevedo, da Sonae; Carlos e Jorge Martins, da Martifer; Carlos Moreira da Silva, da BA Glass; Dionísio Pestana, do grupo Pestana; Manuel Alfredo de Mello, da Nutrinveste; e Bento Correia e Miguel Leitmann, da tecnológica Vision-Box.

Todos eles foram agraciados com este prémio que, como o nome indica, reconhece, de dois em dois anos, os melhores empreendedores do país tendo em conta o desempenho das empresas que gerem e a inovação com que esse sucesso foi conseguido. E, de facto, uma das razões para Rios de Amorim se sagrar vencedor foi, precisamente, a capacidade que teve de inovar e, consequentemente, alcançar o reconhecimento que a Corticeira – e a própria cortiça – têm hoje no mercado nacional e internacional. “É preciso manter uma visão de futuro”, disse na gala de entrega dos prémios, em abril do ano passado.

Valeu-lhe também “a dimensão internacional da empresa, que ganhou mais força nos últimos anos e está agora em mais mercados”, disse ao ECO o presidente do júri António Gomes da Mota.

Um trabalho que tem feito carregando nos ombros o peso de continuar o trabalho do seu tio, Américo Amorim, fundador do grupo onde se insere a Corticeira. Para Rios de Amorim não se trata de substituir o ‘homem mais rico de Portugal’, porque “seriam precisas 10 ou 15 pessoas para fazer o trabalho que ele fazia sozinho”, disse ao Expresso o ano passado. Para o gestor, o importante é colocar em prática tudo o que aprendeu com ele, não só desde 2001 quando assumiu o cargo de CEO na Corticeira, mas já desde que entrou no grupo, há 30 anos.

Foi em 1989 que Rios de Amorim começou a sua carreira profissional, na Amorim-Investimentos e Participações, uma das empresas do grupo. Durante esse período foi nomeado administrador executivo da Amorim Hotéis. Foi depois para a Corticeira, porque sempre teve um gosto especial por esse setor, passou pela direção da Unidade de Negócios Rolhas, em 1996, e em 2001 chegou então a CEO da empresa, já lá vão 18 anos.

A preparação para estes cargos obteve-a no estrangeiro, primeiro no curso de Comércio Internacional na Universidade de Birmingham (no Reino Unido), e depois nas pós-graduações em Gestão de Empresas no INSEAD (em França), na Universidade de Columbia e na Universidade de Stanford (ambas nos EUA).

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Bruxelas abre processo de infração contra Reino Unido por não nomear comissário europeu

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

A União Europeia abriu um procedimento de infração contra o Reino Unido por este Estado-membro, que está em processo de saída da União Europeia (UE), não ter nomeado um comissário.

A Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira a abertura de um procedimento de infração contra o Reino Unido por este Estado-membro, que está em processo de saída da União Europeia (UE), não ter nomeado um comissário.

“Enquanto guardiã dos tratados, a Comissão Europeia enviou esta quinta-feira uma notificação formal ao Reino Unido por este ter violado as obrigações do Tratado da UE ao não sugerir um candidato para comissário europeu” representante do país, indica o executivo comunitário em comunicado.

Bruxelas adianta que as autoridades britânicas dispõem agora de cerca de uma semana, até 22 de novembro, para responder à notificação formal, e justificou que “o curto prazo se deve ao facto de a nova Comissão ter de entrar em funções o mais rapidamente possível”.

Também hoje, a porta-voz adjunta do novo executivo comunitário, Dana Spinant, indicou que a presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mantém o objetivo de que o seu executivo assuma funções em 01 de dezembro, mesmo sem comissário do Reino Unido.

Na conferência de imprensa diário do executivo comunitário, em Bruxelas, Dana Spinant confirmou que as autoridades britânicas responderam na quarta-feira à noite aos pedidos da presidente eleita da Comissão para que designassem um candidato a comissário – em virtude de o Brexit ter sofrido novo adiamento –, e informaram que não o farão antes das eleições nacionais de 12 de dezembro.

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Avalie o seu Best Public Leader

  • ECO + Tema Central
  • 14 Novembro 2019

O estudo Best Team Leaders terá, uma versão para avaliação de figuras públicas, líderes de referência nas suas áreas de atividade, que se chamará Best Public Leaders.

Este ano, o estudo Best Team Leaders terá, além da sua avaliação habitual junto das lideranças organizacionais, uma versão para avaliação de figuras públicas, líderes de referência nas suas áreas de atividade, que se chamará Best Public Leaders. Para o efeito, a metodologia foi adaptada e simplificada tendo em conta as particularidades desta avaliação, que pode ser feita pelo público em geral.

Para chegar à shortlist das três figuras públicas por cada área de atividade, foi divulgada, durante o evento Leading People – International HR Conference realizado na Nova SBE para um público de 500 gestores e líderes, uma lista de 90 figuras públicas, divididas por nove áreas distintas: liderança artística, liderança de comunicação e marketing, liderança desportiva, liderança digital, liderança feminina, liderança jovem, liderança organizacional, liderança política e liderança social. Essa lista de 90 figuras públicas resultou de um inquérito feito pela Qmetrics junto de um público de cerca de dez mil portugueses.

No final do evento, ficaram nomeadas 27 figuras públicas, três para cada área de liderança que estão agora a ser avaliadas.

Apesar de já terem terminado as inscrições para as avaliações Best Team Leaders deste ano, ainda poderá avaliar os seus líderes públicos de referência.

As votações estão abertas aqui até ao dia 30 de novembro.

No dia 12 de dezembro, no jantar de gala de entrega de prémios Best Team Leaders 2019, que irá decorrer no Casino Estoril, serão conhecidos os grandes vencedores: os Best Public Leaders 2019.

Os resultados serão publicados na revista Líder, no jornal online Eco e no website Link to Leaders, entre outros meios de comunicação social.

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Tribunal da Relação trava recurso do BCP contra Autoridade da Concorrência no caso do cartel da banca

  • Lusa
  • 14 Novembro 2019

Tribunal da Relação negou provimento ao recurso do BCP contra a atuação da Autoridade da Concorrência no processo relativo a concertação de informação no crédito.

O Tribunal da Relação negou provimento ao recurso do BCP contra a atuação da Autoridade da Concorrência no processo relativo a concertação de informação no crédito, em que o banco considerava que foi violado o seu direito de defesa.

“Em face do exposto, acordam os juízes que compõem a secção de propriedade intelectual, concorrência, regulação e supervisão do Tribunal da Relação de Lisboa em negar provimento ao recurso, mantendo a decisão recorrida”, lê-se na sentença datada de 12 de novembro, a que a Lusa teve acesso.

Esta decisão relaciona-se com o processo da Autoridade da Concorrência contra o BCP, em conjunto com outros 13 bancos, por prática concertada de informação sensível no crédito, pelo qual o banco foi condenado a pagar 60 milhões de euros.

Esta sentença tem que ver com a parte processual, nomeadamente com o facto de o BCP considerar que foi violado o seu direito de defesa pela Autoridade da Concorrência, pois tinha direito a estar presente nas inquirições a testemunhas. Uma vez que isso não aconteceu, o banco considerava que tal revogava a condenação.

Em julho deste ano, a impugnação judicial pelo BCP foi considerada improcedente pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão.

Contudo, o banco recorreu por estar inconformado, considerando que tinha direito às garantias do contraditório e que, não havendo na lei da concorrência definição do regime aplicável à inquirição de testemunhas, então se aplicava o Código de Processo Penal, sob pena de haver inconstitucionalidade, lê-se na sentença a que a Lusa teve acesso.

O Tribunal da Relação considerou que, apesar de haver ligação entre direito penal e da concorrência, até “na justa medida em que constitui uma das incumbências do Estado garantir a livre concorrência”, não podem ser esquecidas as especificidades do processo contraordenacional em que uma única entidade (Autoridade da Concorrência) concentra poderes de regulação, investigação, acusação e sancionatório, pelo que o Tribunal Constitucional tem decidido não aplicar diretamente a processos contraordenacionais princípios do processo criminal.

Assim, considera a Relação que “não assiste razão” ao BCP quando pretende na inquirição de testemunhas a aplicação de normas do processo penal, pelo que “nenhuma censura merece, pois, a decisão recorrida”.

Em setembro, a AdC anunciou que condenou 14 bancos ao pagamento de coimas no valor global de 225 milhões de euros por prática concertada de informação sensível no crédito ao longo de mais de 10 anos, entre 2002 e 2013.

“Neste esquema, cada banco facultava aos demais, informação sensível sobre as suas ofertas comerciais, indicando, por exemplo, os ‘spreads’ a aplicar num futuro próximo no crédito à habitação ou os valores do crédito concedido no mês anterior, dados que, de outro modo, não seriam acessíveis aos concorrentes”, informou o regulador da concorrência.

A CGD foi o banco condenado à coima mais elevada, de 82 milhões de euros, seguindo-se o BCP, condenado a pagar 60 milhões de euros.

O Santander Totta foi condenado a 35 milhões de euros, além de assumir a multa de 600 mil euros ao Banco Popular (que comprou), e o BPI a 30 milhões de euros.

O Montepio foi condenado a pagar 13 milhões de euros, metade dos 26 milhões a que foi inicialmente condenado, por ter aderido ao programa de clemência.

O Barclays ficou isento de multa por ter sido o banco que denunciou a concertação de informação.

Já o BES foi multado em 700 mil euros, ficando a responsabilidade de pagar o valor no ‘BES mau’.

O Crédito Agrícola foi condenado em 350 mil euros.

Quanto a outros bancos, segundo informação divulgada pelo Expresso, o BBVA é condenado a 2,5 milhões de euros, o BIC (devido ao BPN, que adquiriu) a 500 mil, o Deutsche Bank em 350 mil euros, a UCI a uma coima de 150 mil euros e o Banif em 1.000 euros.

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