3 desejos de Vieira Lopes: “Mais investimento, em particular público, que tem sido exageradamente baixo”
As milhares de pequenas, médias e microempresas "têm de procurar formas colaborativas para responder" aos desafios do digital, "sob pena de ficarem fora do mercado", diz Vieira Lopes.
Mais investimento. Privado, estrangeiro e público. Este é um dos desejos de João Vieira Lopes, o presidente da Confederação de Comércio e Serviços para o próximo ano. O responsável lamenta que esta componente do PIB, tão importante para o desenvolvimento da economia, tenha sido “exageradamente baixa” no ano que agora termina.
Em resposta ao desafio lançado pelo ECO, Vieira Lopes defende que “o grande o grande objetivo” para 2020 é transformar o país numa “economia de maior valor acrescentado capaz de colocar Portugal a competir na economia 4.0”. E, para isso, é necessária uma “maior produtividade” que exige “investir na melhoria da qualificação dos trabalhadores, mas também da capacidade de gestão, e motivar as PME para se fundirem, associarem ou trabalharem em rede”. Pontos que estão também a ser negociados na concertação social, no âmbito do acordo de médio prazo sobre competitividade e rendimentos, que visa também aumentar os trabalhadores do privado em 2,7%.
Vieira Lopes deixa ainda uma nota relativamente às negociações do próximo quadro comunitário de apoio, que vai vigorar entre 2021 e 2027. Os setores do comércio e serviços “foram muito maltratados nos dois quadros anteriores, apesar do peso que têm no PIB e no emprego”, lamentou o responsável. Por isso, gostaria que, “na negociação das prioridades” do Portugal 2030, estes setores não fossem esquecidos.
Um desejo para o país
Mais investimento, estrangeiro, privado e, em particular público, que tem sido exageradamente baixo. Maior produtividade e, para isso, investir na melhoria da qualificação dos trabalhadores mas também da capacidade de gestão. E motivar as PME para se fundirem, associarem ou trabalharem em rede. Tudo isto para um grande objetivo: uma economia de maior valor acrescentado capaz de colocar Portugal a competir na economia 4.0..
Um desejo para o seu setor
O setor alimentar no seu todo tem de encontrar os meios de responder aos desafios do digital e da combinação dos diversos canais, físicos e eletrónicos, que correspondam às expectativas dos consumidores. Em particular os milhares de pequenas médias e microempresas têm de procurar formas colaborativas para responder a estes desafios, sob pena de ficarem fora do mercado.
Um desejo para a sua empresa
São dois. Para a empresa, central de compras de PME do setor alimentar, que dê um passo decisivo na consolidação do uso das novas tecnologias e do digital. Para a CCP, que continue a crescer e a consolidar-se na valorização dos setores do Comércio e Serviços, em particular na negociação das prioridades do próximo quadro de apoio europeu, o Portugal 2030. Estes setores foram muito maltratados nos dois quadros anteriores, apesar do peso que têm no PIB e no emprego.
3 desejos para 2020 é uma série de artigos a antecipar o que vai acontecer no próximo ano, nos mais variados domínios. Desafiámos políticos, empresários, gestores, advogados, reguladores, sindicatos e patrões a revelarem três desejos para o próximo ano: 1) Um desejo para o país, 2) Um desejo para o seu setor e, finalmente, 3) Um desejo para a empresa / entidade que gerem. Todos os dias, até ao final do ano, não faltarão desejos aqui no ECO.
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