Sindicato e Antram chegam a acordo para serviços mínimos. Greve persiste, mas bombas vão ter 30% do abastecimento

Antram e sindicato definem termos de serviços mínimos, que prevêem entrega de 30% do abastecimento de combustíveis às bombas, além de abastecimento a aeroportos, hospitais e grandes centros de consumo

A reunião entre a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) terminou esta terça-feira perto das 23h00 e serviu para as partes chegarem a um consenso em relação aos serviços mínimos. A greve vai continuar, mas durante a paralisação será assegurado 30% do abastecimento das bombas de gasolina na região de Lisboa e Porto, isto além do abastecimento de hospitais ou aeroportos, avançou Antram à saída da reunião.

“A reunião não servia para haver acordo. Servia para se definir serviços mínimos para a população não sofrer como tem sofrido nos últimos dias. Queríamos clarificar os serviços mínimos e parece que temos uma clarificação“, referiu Gustavo Paulo Duarte, da Antram, à saída do encontro mediado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

“Os serviços mínimos são os que estão claramente descritos na requisição civil, ou seja, aeroportos, hospitais e grandes centros de consumo”, detalhou o líder da Antram. Em relação às bombas de gasolina, que sofreram esta terça-feira de uma explosão na procura por parte dos portugueses, Gustavo Paulo Duarte clarificou que a requisição civil prevê que estas recebam pelo menos “30% do abastecimento previsto”, sendo que a distribuição e a escolha de que bombas serão abastecidas deverá ser “gerida com as próprias petrolíferas”, que indicarão quais os “pontos mais críticos”.

Apesar da definição dos serviços mínimos, certo é que enquanto a greve durar, os constrangimentos no acesso a combustível se deverão manter, acrescentou o responsável da Antram. Opinião secundada um pouco mais tarde por Pedro Pardal Henriques, do SNMMP, que à saída da reunião afirmou que o cumprimento dos serviços mínimos através da requisição civil “não resolverá os problemas”.

Já em relação à greve e aos seus motivos, o responsável da Antram voltou a referir que a Associação quer lidera rejeita negociar enquanto o SNMMP estiver em greve. “A Antram sempre esteve disposta a negociar, mas fora do contexto de greve. Não negociamos sobre pressão”, disse Gustavo Paulo Duarte.

Do lado do SNMMP, os responsáveis do sindicato apontaram à saída da reunião desta noite que este encontro “serviu para terem a promessa, à frente do ministro, de que a Antram está disponível para conversar connosco”, algo que veem como um passo importante, já que “ninguém quer este estado de calamidade a que estamos a chegar, referiu, sobre as falhas no abastecimento que já se começam a sentir na sequência da paralisação iniciada na segunda-feira. “Explicámos à Antram que não estamos contra eles, antes estamos a defender os trabalhadores”, referiram.

(Notícia atualizada às 23h20)

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Governo quer assegurar que abastecimento seja retomado “o mais rapidamente possível”

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

"Temos de assegurar que as condições de abastecimento se retomam da forma mais prudente possível”, declarou Pedro Siza Vieira, mas que a retoma seja feita "o mais rapidamente possível"

O Governo quer assegurar que as operações de abastecimento de combustível sejam retomadas “o mais rapidamente possível” e apela para a colaboração dos motoristas de matérias perigosas que se encontram em greve, disse hoje o ministro da Economia.

“Neste momento, pode haver alguma comoção e alguma intranquilidade, mas temos de assegurar que as condições de abastecimento se retomam da forma mais prudente possível”, declarou Pedro Siza Vieira, à margem de uma audição na Assembleia da República, em Lisboa.

Assegurando que o direito à greve “é integralmente respeitado”, o titular da pasta da Economia disse que os trabalhadores em greve, “nos termos da lei, estão obrigados ao cumprimento dos serviços mínimos, ao cumprimento da requisição civil e, agora, às obrigações que decorrem da declaração de alerta”.

Tentamos acompanhar esta situação e desencadear os mecanismos necessários para que, na ausência de respeito pela requisição civil, pudéssemos ter respostas adequadas à reposição de uma situação que, ainda que não seja de normalidade, permita assegurar os serviços mínimos”, adiantou Siza Vieira.

Por isso, acrescentou, o ministro da Administração Interna e o ministro do Ambiente e da Transição Energética assinaram uma declaração de alerta, no âmbito da Lei de Bases da Proteção Civil, que determina uma situação de crise energética.

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Wall Street arrefece e fecha com ganhos ligeiros

Entusiasmo com setor da saúde que marcou arranque positivo na negociação do dia foi invertido com aumento da incerteza regulatória. Acordo entre Qualcomm e Apple leva a valorização de 24% da primeira.

As bolsas norte-americanas fecharam em alta esta terça-feira, com o índice tecnológico Nasdaq a fechar com uma subida de 0,31%, o Dow Jones encerrou em alta de 0,26% e o S&P 500 valorizou 0,05%, depois de no início da sessão ter ‘ameaçado’ atingir máximos de sempre, graças à valorização inicial de 0,23%.

Os resultados do setor da saúde animaram as primeiras horas de negociação, graças aos resultados e previsões comunicadas pela UnitedHealth e pela Johnson & Johnson. Contudo, e apesar da animação inicial provocada pelas empresas de saúde, o entusiasmo acabou por esfriar ao longo da sessão, já que a incerteza regulatória acabou por inverter o entusiasmo com o setor da saúde — culpa das notícias que dão conta da intenção da Casa Branca em cortar nos benefícios para fabricantes de medicamentos.

A inversão no sentido das cotações do setor da saúde acabou por ser compensada pelo setor financeiro, da energia e pelos industriais, que registaram ganhos sólidos ao longo da sessão. Também o setor tecnológico esteve em foco na sessão de esta terça-feira, depois ter sido anunciado que a Qualcomm e a Apple chegaram a um acordo na disputa sobre patentes que mantinham há anos. A Qualcomm disparou na sequência das notícias, fechando a ganhar 23%.

 

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Vara enviou dossiê preparado sobre Vale de Lobo. “Não tenho memória de outro caso”, diz ex-diretor

Foi Armando Vara quem introduziu o projeto de Vale do Lobo ao antigo diretor de Empresas Sul da CGD. "Com o dossiê já preparado, não tenho memória de outro caso", confessou Alexandre Santos.

O resort de luxo Vale do Lobo entrou no radar da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na sequência de um e-mail enviado pelo administrador Armando Vara, em junho de 2006, ao então diretor de Empresas Sul, Alexandre Santos, que reconheceu esta terça-feira no Parlamento que “não era habitual” receber propostas de crédito através dos administradores do banco.

Poucos meses mais tarde, em outubro de 2006, a CGD estava a aprovar um financiamento a Vale do Lobo no valor de 170 milhões de euros, mais suprimentos de 50 milhões, isto além de ter entrado com 30 milhões na sociedade Wolfpart que serviu para compor a parte dos capitais próprios que eram exigidos na estrutura de financiamento do projeto. De acordo com a EY, este resort de luxo veio a dar perdas de 75 milhões de euros à CGD. Está na lista dos maiores devedores da CGD.

Alexandre Santos contou na comissão de inquérito à recapitalização da CGD que não tem “memória de ter recebido mais nenhum dossiê preparado“. “Não tenho memória de outro caso”, disse. Aliás, era “ínfimo” o número de propostas de crédito que vinham diretamente da administração, admitiu o antigo diretor.

Quando recebeu o e-mail de Armando Vara, que tinha o pelouro de crédito às empresas na altura, Alexandre Santos ficou com a incumbência de estudar o dossiê com “alguma urgência” para obter uma “resposta rápida”.

Depois, o banco colocou várias “equipas a trabalhar em conjunto para não haver atrasos em relação à decisão”, relatou o antigo diretor de Empresas Sul da CGD, que garantiu que nunca recebeu instruções para a formulação de propostas, nem de Armando Vara.

A 27 de julho de 2016 chegou a conselho de crédito da CGD a primeira proposta de financiamento a Vale do Lobo. “Foi tudo aprovado nas condições da direção geral de risco, nomeadamente a condição de haver capitais próprios e sindicação. Mas o cliente não aceitou”, lembrou Alexandre Santos. Era Diogo Gaspar Ferreira o “interface” entre Vale do Lobo e o banco.

Uma nova proposta de financiamento do resort de luxo vai ao conselho de crédito no dia 25 de outubro de 2006, já depois de a administração da CGD ter decidido entrar no capital da Wolfpart com 30 milhões, enquanto outros seis milhões vieram dos promotores. Foi esta sociedade que substituiu o aval pedido aos promotores que constava na proposta inicial.

A decisão de financiamento ao projeto de Vale de Lobo foi tomada contrariando os alertas das direções comerciais e de risco. Mas Alexandre Santos diz que essa situação não violou as normas internas da altura.

Na altura, a exposição da CGD a Vale do Lobo era de 206 milhões de euros, para um ativo que tinha sido avaliado pelos serviços do banco em 322 milhões de euros, revelou ainda o antigo diretor da CGD.

(Notícia atualizada às 21h07)

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Governo declara “situação de alerta” e avança com medidas excecionais para garantir abastecimentos de combustíveis

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Governo declarou “situação de alerta” devido à greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.

Os ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética declararam hoje a “situação de alerta” devido à greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.

Esta situação de alerta para o período compreendido entre hoje e até às 23:59 do dia 21 de abril, segundo uma nota do Governo enviada à Lusa, determina a “elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte das forças e serviços de segurança e de todos os agentes de proteção civil, com reforço de meios para operações de patrulhamento e escolta que permitam garantir a concretização das operações de abastecimento de combustíveis, bem como a respetiva segurança de pessoas e bens”.

A nota refere que o Governo também determina a “declaração de reconhecimento de crise energética, que acautele de imediato níveis mínimos nos postos de abastecimento, de forma a garantir o abastecimento de serviços essenciais, designadamente para forças e serviços de segurança, assim como emergência médica, proteção e socorro”.

Segundo o documento, a situação de alerta é válida para todo o território de Portugal continental, na sequência da “constatação do incumprimento da Portaria nº117-A/2019, de 16 de abril, que efetiva a requisição civil dos trabalhadores motoristas em situação de greve”.

O despacho conjunto dos dois ministros determina ainda a “convocação dos trabalhadores dos setores público e privado que estejam habilitados com carta de condução de veículos pesados com averbamento de todas as classes de ADR, designadamente os trabalhadores que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário, bem como os demais agentes de proteção civil habilitados à condução de veículos pesados, salvaguardadas que estejam as condições de segurança das operação de trasfega”.

Outra das medidas excecionais é a convocação das empresas e dos trabalhadores dos setores público e privado que estejam “habilitados a apoiar as operações de abastecimento de combustíveis necessárias”.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica. Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

Gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis provocando congestionamento nas vias de trânsito.

A greve deixou o aeroporto de Faro sem ser abastecido desde segunda-feira e o de Lisboa desde hoje, com a ANA a admitir “disrupções operacionais”.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) apelou aos cidadãos para que deem prioridade aos veículos de emergência médica nos postos de abastecimento, explicando que todas as viaturas foram atestadas de manhã.

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Victor Ribeiro demite-se de presidente executivo da Global Media

O CEO do grupo Global Media apresentou a demissão no meio do processo de reestruturação do grupo de comunicação que tem o JN, DN, TSF e O Jogo.

Victor Ribeiro, presidente executivo da Global Media, pediu a demissão e vai sair já no final do mês, apurou o ECO junto de fonte do grupo. Esta informação foi, depois, confirmada diretamente junto de Daniel Proença de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do grupo de comunicação social que controla o JN, DN, TSF e O Jogo, exatamente às 15h24 desta terça-feira. Já depois deste contacto telefónico, os trabalhadores da Global Media receberam um comunicado a anunciar oficialmente a informação, às 19h35.

A saída de Victor Ribeiro ocorre precisamente no meio de um processo de reestruturação em curso – em breve deverá ser anunciado mais um plano de rescisões amigáveis, que já terá o apoio da banca. “O Conselho de Administração e os acionistas têm em curso a restruturação financeira do Grupo, que vai fortalecer a sua estratégia e, nesse âmbito, muito em breve se procederá à recomposição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Global Media Group”, refere o comunicado enviado aos trabalhadores.

O gestor entrou na Global Media em 2014, na sequência da entrada de novos acionistas. Logo aí, o grupo fez um processo de reestruturação que se revelou, mais tarde, insuficiente para dar a volta ao negócio operacional. Mais recentemente, com a entrada de um novo acionista, o empresário macaense Kevin Ho, com 30% do capital, foram criadas as condições para um novo investimento. Apesar disso, os resultados foram negativos e terão sido superiores a oito milhões de euros.

Há cinco anos, o grupo combinou rescisões amigáveis com um despedimento coletivo para cortar 150 empregos, procedendo dois anos depois a uma reorganização acionista que conduziu à entrada do empresário macaense Kevin Ho (30%). Apesar da injeção de capital, que terá sido da ordem dos 15 milhões de euros, os resultados operacionais em 2018 foram novamente negativos, e pioraram em relação ao ano anterior.

Neste momento, como admite o próprio comunicado enviado por Daniel Proença de Carvalho, a Global Media está a negociar uma nova reestruturação com os bancos credores/acionistas, o BCP e o Novo Banco, para avançar com rescisões e um novo plano de investimento.

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Lucro da Ibersol encolhe. Dividendo mantém-se em 10 cêntimos

  • ECO
  • 16 Abril 2019

A Ibersol ganhou menos no ano passado. Os lucros encolheram, mas a empresa não vai mexer nos dividendos. Vai entregar 10 cêntimos por ação.

A Ibersol apresentou uma redução nos resultados líquidos. Depois de ter lucrado 31,2 milhões de euros em 2017, fechou 2018 com lucros de 25,1 milhões, traduzindo uma quebra no negócio, nomeadamente em Barcelona, Espanha, e em Angola.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a dona da Pizza Hut, entre outras insígnias de restauração, revelou que os lucros encolheram em 19,7% face ao ano anterior.

O EBITDA consolidado ascendeu a 61 milhões de euros, uma quebra de 6,5%, enquanto o volume de negócios registou um ligeiro acréscimo para 450,1 milhões de euros.

Por seu lado, o “volume de vendas de restauração reduziu 8 milhões de euros, o que determinou uma redução da margem bruta de 5,5 milhões de euros, apesar de percentualmente se ter mantido a níveis idênticos ao ano anterior”, diz a Ibersol.

A empresa explica a deterioração das contas com dois dos três mercados em que opera. Diz que foi “penalizada pelas reduções de atividade em Angola e no aeroporto de Barcelona [em Espanha]”.

Mesmo perante a quebra dos resultados, a proposta da empresa é a de manter o dividendo. Tal como o fez com base nas contas de 2017, a Ibersol vai pagar 10 cêntimos por ação em resultado dos lucros de 2018.

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Combustíveis: Sindicato disponível para cumprir serviços mínimos após notificação pelas empresas

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Sindicato diz que empresas "têm estado a ameaçar os trabalhadores com despedimento", tanto que "acho que já devem estar todos os trabalhadores despedidos", o que dificultaria cumprir os mínimos.

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) afirmou que está disponível para cumprir os serviços mínimos decretados pelo Governo após notificação pelas empresas sobre quantos trabalhadores são necessários para esse efeito.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, disse que falou por telefone “já várias vezes” com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre a greve que começou na segunda-feira e que está a afetar o abastecimento de combustíveis no país.

“Nós dissemos ao senhor ministro aquilo que já tínhamos dito antes, que parte dos serviços mínimos estão a ser assegurados, ou seja, os serviços de saúde e da proteção civil estão a ser assegurados e dissemos que estávamos disponíveis para cumprir a lei no que respeita à requisição civil”, afirmou o sindicalista.

Por isso, segundo acrescentou, “logo após a notificação que as empresas fizerem ao sindicato para que determinemos quais são os trabalhadores que irão fazer os serviços mínimos, nas 24 horas seguintes, que não serão necessárias serem esgotadas provavelmente, determinaremos quais os motoristas que vão fazer isso”.

Até ao momento, apenas uma empresa notificou o sindicato, disse a mesma fonte. “As outras [empresas] têm estado a ameaçar os trabalhadores com despedimento. Aliás, acho que já devem estar todos os trabalhadores despedidos e até vejo com alguma dificuldade que sejam feitos serviços mínimos”, considerou o dirigente do SNMMP.

De acordo com Pedro Pardal Henriques, o ministro das Infraestruturas comprometeu-se a falar com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), que continua a recusar sentar-se à mesa com o sindicato para negociar. “Estamos neste impasse: o senhor ministro a fazer pressão à ANTRAM e nós a aguardar por essa reunião”, afirmou o sindicalista.

Hoje, o ministro da Economia, Siza Vieira, frisou que com a requisição civil “todos os motoristas de escala” estão obrigados a cumprir os serviços mínimos. Porém, o sindicalista defendeu que “não existem escalas”, uma vez que elas são determinadas na véspera, tendo a greve começado nesse dia, ou seja, às 00:00 de segunda-feira.

“Estas pessoas estão desde domingo à meia-noite em greve e o contrato de trabalho suspendeu-se nessa altura”, reforçou Pedro Pardal Henriques, considerando que o Governo está a “tentar tapar o sol com a peneira”.

“Em vez de andarem a tentar passar por cima de um problema como se ele não existisse, deviam era pressionar a ANTRAM a sentar-se com o sindicato e resolver esta situação antes que entremos num estado de calamidade pública”, frisou o dirigente sindical.

Segundo o sindicalista, dificilmente os trabalhadores irão desmobilizar “porque foram ignorados durante 20 anos e estão a aguardar que alguém os ouça”. O sindicato foi criado “há cerca de cinco meses” e representa perto de 800 trabalhadores, de um universo de quase 900, disse Pedro Pardal Henriques.

A estrutura sindical começou por ser uma associação mas, segundo a mesma fonte, a ANTRAM entendeu que a mesma não tinha legitimidade para negociar, tendo a associação se convertido em sindicato, explicou. “Somos totalmente independentes e não aceitamos ligar-nos a nenhuma entidade sindical nem a nenhum partido político”, acrescentou Pardal Henriques.

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Greve dos motoristas é “braço de ferro privado”. Governo só pode “interferir diplomaticamente”, diz Rio

O "caos" nas bombas de combustível é culpa do Governo? Rui Rio diz que não. O presidente do PSD salienta que este é um "braço de ferro" no setor privado, no qual o Executivo pode apenas "intermediar".

Ao contrário de Assunção Cristas, Rui Rio não culpa o Executivo de António Costa pelo “caos” nas bombas de combustível resultante da greve dos motoristas de matérias perigosas. Em declarações aos jornalistas, o presidente do PSD sublinhou que o “braço de ferro” por detrás desta paralisação diz respeito ao setor privado, cabendo ao Governo agir apenas “como um diplomata” ao interferir e intermediar entre as partes de modo a que se chegue a um acordo.

Não vou atacar o Governo naquilo que o Governo não tem responsabilidades, porque não estaria a ser sério. Portanto, o que compete ao Governo fazer é intermediar no sentido de se chegar a um acordo e fazer a requisição civil que já fez para garantir os serviços mínimos”, salientou Rui Rio, esta terça-feira.

O social-democrata frisou que espera que o Executivo tenha a “capacidade de intermediação” para que a greve termine o mais rapidamente possível, mas deixou claro que este “braço de ferro” não “depende do setor público.

Estas declarações de Rui Rio seguiram-se às do deputado Emídio Guerreiro, que disse que a “causa deste tipo de situações” é o facto de o Governo “gostar de tudo prometer e a todos prometer”, o que cria “um sentimento de desilusão por parte dos diferentes grupos profissionais”.

“O PSD insta ao Governo para que se sente rapidamente e que, em diálogo, resolva este problema. Os portugueses não podem continuar a padecer por força das incompetências do Governo”, disse o parlamentar social-democrata.

Rio choca com a opinião da líder do CDS-PP, que culpou esta tarde o Governo pelo “caos” instalado nos postos de abastecimento um pouco por todo o país. “O Governo não sabe governar, não é capaz de prevenir problemas como este e, de repente, toda a gente se surpreende como é que o caos se instala em tão poucas horas no nosso país, por todo o lado”, afirmou Assunção Cristas, em declarações aos jornalistas.

Entretanto o Governo já marcou uma reunião com Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) para esta noite, de modo a tentar terminar esta paralisação.

Recorde-se que a greve nacional dos motoristas de matérias perigosas começou às 00h00 de segunda-feira, tendo sido convocada pelo SNMMP por tempo indeterminado. Os profissionais lutam pelo reconhecimento da categoria profissional específica.

Esta manhã, o Executivo de António Costa aprovou em Conselho de Ministros Extraordinário uma requisição civil para garantir os serviços mínimos definidos pelo Governo e que, dizem os governantes, foram violados no primeiro dia de greve.

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Combustíveis: Governo vai reunir-se com sindicatos para acabar com a greve dos motoristas

Motoristas de materiais perigosos estão em greve. O Governo avançou com uma requisição civil, mas o combustível está a faltar nos postos. Vai reunir-se com os sindicatos para acabar com a paralisação.

Os motoristas de materiais perigosos estão em greve. O Governo avançou com uma requisição civil, mas o combustível está a faltar nos postos de abastecimento um pouco por todo o país. Para tentar evitar o agravamento da situação, vai sentar-se à mesa com os sindicatos e a ANTRAM já esta noite.

“O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e o Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, reúnem hoje pelas 21 horas, com a ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP)”, adianta o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

O Governo tenta, assim, evitar que os efeitos da paralisação dos motoristas de matérias perigosas, que começou às zero horas de segunda-feira, convocada pelo SNMMP, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Pouco mais de 24 horas desde o arranque da greve, os aeroportos de Lisboa e Faro ficaram sem combustível. Entretanto, foi preparada uma escolta policial para cinco camiões cisterna levarem combustível de Aveiras para garantir a operacionalidade do Humberto Delgado.

Enquanto para o aeroporto de Lisboa houve uma solução, o mesmo não está a acontecer com os postos de abastecimento de combustível, que estão mesmo a esgotar tanto a gasolina como o gasóleo.

Há relatos de longas filas nos postos que ainda têm combustível. Muitos automobilistas estão a acorrer aos postos com medo de ficarem sem gasolina ou gasóleo, isto antes de um fim de semana que se prevê de grande movimentação já que se celebra a Páscoa.

(Notícia atualizada às 19h22 com mais informação)

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Marcelo acompanha esforço para “normalizar situação” provocada por greve de camionistas

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

O Presidente diz que o problema laboral decorrente da greve dos motoristas de matérias perigosas é entre privados, e espera que exista diálogo para resolver a situação.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira estar a acompanhar o esforço do Governo para “normalizar a situação” provocada pela greve nacional dos motoristas de matérias perigosas.

“Tenho acompanhado o esforço que está a ser feito para normalizar essa situação, independentemente depois do problema laboral, que é um problema entre privados e também do exercício do direito constitucional à greve, que espero que venha a ter um diálogo que permita também uma evolução”, disse o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas após uma viagem de elétrico em Lisboa com a sua homóloga da Estónia, que se encontra em visita de Estado a Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa disse acompanhar a “preocupação do Governo” e as tentativas de “estabilizar a situação”, recordando a tradição seguida por muitas famílias, que aproveitam o período da Páscoa para se deslocarem às suas terras para passar uma parte desta semana com os familiares.

O Presidente da República lembrou que muitas dessas famílias programaram a sua vida para partir na quarta ou na quinta-feira, de modo a passarem o período da Páscoa com as famílias.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado,para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária. Em Aveiras de Cima, avançou a mesma fonte, quando os camionistas de substâncias perigosas começaram a ocupar a estrada foi necessário um reforço dos elementos da Unidade de Intervenção que já estavam de prevenção no local.

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A campanha #Brelcome já impactou mais de 8 milhões de pessoas

Lançada há cerca de um mês, a campanha criada pela Partners para o Turismo de Portugal até já impactou o Governo escocês que endereçou, no Twitter, uma mensagem a Portugal.

Desta vez é a Escócia que tem uma mensagem para Portugal, chega via Twitter e é um agradecimento pela campanha #Brelcome.

#Brelcome– Portugal will never leave you foi o conceito criativo desenvolvido pela agência Partners para o Turismo de Portugal. Com Brexit ou sem Brexit, num momento de incerteza, a campanha diz aos cidadãos britânicos que serão sempre bem-vindos ao nosso país e que nunca deixaremos de estar com quem partilhamos a mais antiga aliança do mundo.

A forma inovadora de comunicar o destino turístico e o humor com que procura criar afinidade com o mercado britânico, num momento particular da sua história, já impactou mais de 8 milhões de pessoas, segundo números agora divulgados pelo Turismo de Portugal. Sendo que a campanha integra um plano de contingência pioneiro para esse mercado, incluindo uma linha de atendimento online e uma área informativa específica no portal VisitPortugal.

Um investimento de 200 mil euros que até junho recorda que, apesar de possíveis mudança, há outras coisas que não mudam, como as praias portuguesas, os nossos sabores ou até os festivais de música populares entre os visitantes do Reino Unido.

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