Movimento 5.7, a unir as direitas e os não socialistas

A plataforma liderada pelo deputado do PSD, Miguel Morgado, quer unir liberais e conservadores, democratas-cristãos e os social democratas... os não socialistas.

O que une Miguel Morgado, deputado do PSD, Cecília Meireles, vice-presidente do CDS-PP, e Carlos Guimarães Pinto, presidente da Iniciativa Liberal? São “não socialistas” e, agora, membros do Movimento 5.7. O novo movimento já tem manifesto publicado, é uma plataforma que quer federar as direitas que estão contra a ditadura ideológica imposta pela esquerda, e ficou a perceber-se logo nesta iniciativa – se fossem precisas mais evidências – que o Movimento 5.7 viverá (ou não) da sua diversidade e da diferença. Dos liberais aos conservadores, dos democratas-cristãos aos social-democratas (os não socialistas, talvez na única referência velada a Rui Rio).

A sessão da apresentação desta plataforma foi diferente desde logo na forma. Miguel Morgado, o rosto do Movimento 5.7, escolheu um espaço aberto ao rio, junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa. E tentou, ele próprio, na intervenção de encerramento da sessão – descontraída q.b, sem lugares sentados, como se um encontro de amigos se tratasse – descobrir o que juntava pessoas que não pensam exatamente da mesma forma. Porque Portugal precisa de todos eles, e enunciou-os. Dos liberais e da sua cultura de responsabilidade, dos conservadores e da consciência do legado civilizacional, dos democratas-cristãos e da sua ética social, dos social-democratas “não socialistas” e da sua atenção aos mais desfavorecidos. Pelo meio, alguém gritou “e dos monárquicos”. Contra a estagnação económica dos últimos 20 anos, ouviu-se várias vezes.

Quem estava presente? Jovens, muitos, algumas figuras públicas como Zita Seabra, antigos membros do governo de Passos Coelho como Pedro Lomba, e anónimos, provavelmente alertados para a sessão de apresentação da plataforma graça sà (má) publicidade de políticos e opinion makers da esquerda nas redes sociais à nova plataforma. A lista de fundadores, essa, é longa, e integra pessoas como Rui Ramos, Maria João Avillez, Jorge Bleck, António Nogueira Leite e Sofia Galvão, entre outros.

A sessão, essa, começou de forma surpreendente. Foi Carlos Guimarães Pinto a lançar o mote que, por momentos, ‘assustou’ os presentes. O presidente da Iniciativa Liberal começou por fazer uma pergunta, para depois, dar a sua própria resposta. O Movimento 5.7 é uma frente de direita ou um espaço “não socialista”? “Prefiro esta segunda designação”, disse. “Tenho algum pejo em dizer que sou de direita porque a direita em Portugal sempre foi socialista”, disse, perante o olhar surpreendido e expectante dos presentes. Por onde iria? Carlos Guimarães Pinto aproveitou a sessão para dar a conhecer o Iniciativa Liberal, um partido recente que vai disputar, nas europeias, as suas primeiras eleições, com o economista Ricardo Arroja como cabeça-de-lista. E desfiou críticas duras à direita que permitiu que Portugal tivesse “o pior primeiro-ministro de sempre”, referindo-se a José Sócrates. E que entregou uma geração inteira ao Bloco de Esquerda. Guimarães Pinto falou das novas causas, do crescimento, da descentralização, da concorrência e do direito “à liberdade de escolha” na saúde e na educação.

Cecília Mireles, ela própria a revelar alguma surpresa pela agressividade política do seu antecessor, logo aproveitou para assinalar as diferenças de quem participa neste movimento. “Há várias direitas no espaço da direita”. E, numa resposta aos que criticam os membros do CDS de pertencerem a um movimento liderado por Miguel Morgado (PSD), a deputada e vice-presidente de Assunção Cristas justificou a necessidade de intervenção “além do plano partidário” (…) E não estamos aqui para apagar as diferenças partidárias”. Voltou, logo a seguir, ao que une os não socialistas: A defesa do “pensamento crítico” como alternativa à “agenda ideológica”. O mérito e o trabalho como mola social, e a iniciativa privada em primeiro lugar.

Foi Miguel Morgado, depois, a unir as diferenças que se perceberam no palco. Mas, como garantiu no final aos jornalistas, esta plataforma não quer ser partido, nem sequer uma base para suportar a sua própria candidatura à liderança do PSD. O Movimento 5.7 não vai realizar iniciativas no período de campanha eleitoral das europeias, em maio, nem em setembro e outubro, antes das legislativas.

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Rui Amendoeira representa associação industrial angolana

  • ECO + AIA
  • 24 Março 2019

A Associação Industrial Angolana (AIA), a maior associação empresarial angolana, estabeleceu uma representação oficial em Portugal e nomeou como seu representante Rui Amendoeira.

O advogado luso-angolano Rui Amendoeira desenvolve a sua actividade profissional em ambos os países há quase 30 anos e por isso é conhecedor da realidade empresarial e económica de Angola e Portugal. Tem ampla experiência na assessoria ao sector petrolífero, área em que se tem especializado e em que a sua intervenção é reconhecida nacional e internacionalmente.

Com esta iniciativa, a AIA passa a ter uma presença mais efectiva junto do mercado português, dispondo de uma plataforma de contacto em Portugal junto das empresas e empresários portugueses que tenham relações económicas e financeiras naquele país e invistam ou pretendam investir no mercado angolano.

Esta representação visa igualmente apoiar as empresas e empresários angolanos que invistam e desenvolvam actividade no mercado português e que pretendam encontrar apoios institucionais, financeiros e outros que contribuam para o seu desenvolvimento.

Num momento em que existe um aprofundamento das relações empresariais e económicas entre Portugal e Angola, a AIA dá mais um passo no sentido de concretizar a sua missão de apoiar o empresariado angolano no investimento exterior, e promover o investimento estrangeiro em Angola.

No seu dinamismo a AIA lançou agora um Centro de Resolução de Conflitos em apoio ao sistema judicial para que contribua para um melhor Ambiente de Negócios, o que importa muito aos empresários portugueses e angolanos e desenvolvimento de Angola

A representação da AIA está sedeada em Lisboa, na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, Torre 1, 2º Piso, Sala 5 (Complexo Amoreiras).

Com esta iniciativa, a AIA passa a ter uma presença mais efectiva junto do mercado português

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Professores na rua. Pressão alta sobre o PSD

Sindicatos dos professores satisfeitos com a adesão à manifestação. FNE fala em 80 mil docentes na manifestação. Bloco e PCP sobem pressão sobre o PSD de Rui Rio.

Os líderes dos maiores sindicatos dos professores mostraram-se este sábado satisfeitos com a adesão dos docentes à manifestação contra a não contagem do tempo integral de serviço que esteve congelado. Catarina Martins e Jerónimo de Sousa marcaram presença para pressionar o PSD para que do Parlamento saia uma solução que vá ao encontro das pretensões dos professores.

O Governo aprovou um decreto-lei que considera na carreira dos professores dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço que esteve congelado. Mas as professores não aceitam um apagão na carreira de cerca de 6 anos e meio e exigem a contagem de nove anos, quatro meses e dois dias.

“Para quem tinha dúvidas sobre se era possível voltar a encher o Terreiro do Paço, o sinal está dado aqui”, disse João Dias da Silva, o dirigente máximo da FNE, sindicato afeto à UGT, em declarações à RTP 3. O sindicalista antecipa que seja possível atingir “de certeza 80 mil manifestantes”. Os números foram avançados quando a totalidade dos professores ainda não tinha chegado ao Terreiro do Paço para onde estava marcada a concentração.

“Nesta legislatura é a maior manifestação”, acrescentou o líder da Fenprof, Mário Nogueira, em declarações à mesma estação de televisão. “Quando chegávamos ao Terreiro do Paço, a manifestação ainda vinha além do meio da Avenida da Liberdade”.

No início do protesto, que começou no Marquês de Pombal, Mário Nogueira tinha lembrado que a manifestação deste sábado não poderia ser diretamente comparável com a de 2008, quando os professores protestaram contra o sistema de avaliação que Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação do Governo de José Sócrates. “Hoje há menos 50 mil professores do que em 2008”, disse então à Sic Notícias, acrescentando que “aquela manifestação é irrepetível porque já não temos aqueles professores”.

BE e PCP na manif pressionam PSD

Apesar da decisão do Governo, Bloco, PCP e PSD entregaram pedidos de apreciação parlamentar para forçar o debate deste tema no Parlamento. O objetivo é conseguir aprovar uma solução que garanta a contagem do tempo integral de serviço. Mas os partidos parecem divergir na forma de o fazer, o que pode dificultar uma solução que vingue.

O Bloco quer que o tempo seja pago até 2023, o PCP admite que o faseamento implique o pagamento até 2025, mas o PSD não quer entrar em detalhes apesar de ir avançar com uma proposta própria.

“Determinar que o tempo conta todo é competência da Assembleia da República; determinar de que forma vai ser recuperado, não é”, disse a deputada do PSD, Margarida Mano, ao Expresso.

Na rua, ao lado dos professores, Jerómimo de Sousa, secretário-geral do PCP, optou por pressionar o PSD. “Talvez [o Governo] aguarde mais um favor do PSD”, disse o líder comunista, acreditando que ninguém admitiria que “um terço do seu tempo de serviço se esfumasse”.

Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, afirmou esperar que o PSD cumpra o que defendeu no Parlamento e concretize uma proposta que permita contar todo o tempo de serviço.

Nogueira diz que há tempo para solução até fim da legislatura

Se a 16 de abril, no Parlamento, não ficar visível uma solução final para os professores, os sindicatos admitem fazer greve às avaliações de final de ano a partir de 6 de junho e fazer uma manifestação a 6 de outubro.

“Até ao final da legislatura o tempo é mais do que suficiente para uma solução”, disse Mário Nogueira, apesar de o Parlamento fechar por cerca de duas semanas para a campanha das europeias.

O secretário-geral da Fenprof falava no final da manifestação, já no Terreiro do Paço, num discurso transmitido pela Sic Notícias.

Nogueira rejeitou que a solução ponha em causa as contas públicas e lembrou que os professores “aceitam o faseamento”.

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Mário Nogueira baixa expectativas: “Hoje há menos 50 mil professores do que em 2008”

Professores manifestam-se esta tarde em Lisboa. Governo pode ter de novo professores na rua um dia antes das eleições legislativas, marcadas para 6 de outubro.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, lembrou este sábado que “hoje há menos 50 mil professores do que em 2008”, desvalorizando assim as comparações entre a manifestação que acontece este sábado em Lisboa e a que aconteceu em 2008, quando Maria de Lurdes Rodrigues era ministra da Educação, também de um Governo PS, um protesto que pela dimensão que teve serve como referência para o de hoje.

Mário Nogueira deixava esta nota em declarações à Sic Notícias no início da concentração dos professores, que se vão concentrar no Terreiro do Paço, que está a ser vista como um teste à força desta classe profissional.

O próximo passo é estar presente no Parlamento a 16 de abril quando forem discutidas as apreciações parlamentares de PSD, Bloco de Esquerda e PCP sobre a contagem do tempo de serviço na carreira dos professores.

Se os professores não conseguirem o que querem através do Parlamento, então marcarão uma manifestação para 5 de outubro, o dia do professor e véspera das eleições legislativas, marcadas para 6 de outubro.

O Governo aprovou a contagem de dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço na carreira dos professores. Mas os docentes querem que lhes seja contado todo o tempo em que a carreira esteve congelada e que corresponde a um total de nove anos, quatro meses e dois dias.

Em declarações à Sic Notícias, Mário Nogueira afirmou que a manifestação deste sábado serve como um “grande protesto, um voto de repúdio” pela solução que o Governo aprovou.

Os professores têm agora a expectativa que no dia de 16 de abril o Parlamento aprove uma solução que nasça dos partidos. O que os professores querem “não é aumentar salários, criar uma nova carreira. É que seja pago o tempo de trabalho cumprido”. O Governo “não tinha o direito de roubar” este tempo aos professores, disse.

O que os professores querem não é aumentar salários, [não é] criar uma nova carreira. É que seja pago o tempo de trabalho cumprido.

Mário Nogueira

Questionado sobre a comparação desta manifestação com a de 2008 quando os docentes contestavam alterações na avaliação, Nogueira defendeu que é preciso ter em conta que “hoje há menos 50 mil professores do que em 2008”. Na altura “tínhamos perto de 160 mil professores”.

“Aquela manifestação é irrepetível porque já não temos aqueles professores”, argumentou. No entanto, disse que a manifestação desta tarde será “uma manifestação proporcionalmente” forte.

Nogueira diz que as próximas formas de luta vão depender do resultado do debate no Parlamento a 16 de abril. Os professores estarão na Assembleia nesse dia e em cima da mesa está, caso o resultado não seja o que pretendem, começar greves às avaliações no início de junho e ir para a rua a 5 de outubro.

O Bloco de Esquerda e o PCP apresentaram propostas que preveem o faseamento por vários do pagamento do tempo que falta. Na proposta do Bloco a contagem termina em 2023, no último ano da próxima legislatura, enquanto na proposta comunista vai além disso – até 2025.

(Notícia atualizada)

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Governo anuncia aumento salarial de pelo menos 80 euros por mês para bombeiros

  • Lusa
  • 23 Março 2019

Os bombeiros das Equipas de Intervenção Permanentes vão passar a receber pelo menos 700 euros. Presidente da Liga fala em aumentos de mais de 120 euros.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou este sábado aumentos salariais para os bombeiros que integram as Equipas de Intervenção Permanente (EIP), que passarão dos atuais 617 euros para um valor superior a 700 euros mensais.

Durante a sessão de abertura do 21.º Congresso Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que decorre durante todo o dia, em Aveiro, Eduardo Cabrita, referiu que dentro de poucos dias será celebrado um acordo que prevê uma alteração “muito significativa” no nível de remuneração das EIP.

De acordo com o governante este aumento “irá corrigir aquilo que há quase uma década não tem sido corrigido”, passando dos atuais 617 euros para “um valor que se colocará certamente acima dos 700 euros”.

O presidente da LBP, Jaime Marta Soares, que não usou da palavra na sessão de abertura, viria a confirmar aos jornalistas que o aumento será para os 740 euros, pagos em 14 meses, a que acresce o subsídio de alimentação.

No seu discurso, Eduardo Cabrita anunciou ainda a constituição daqui a duas semanas de mais 40 EIP, constituídas por cinco elementos que estão permanências dos quartéis de bombeiros para ocorrer a qualquer situação de urgência e emergência registada no concelho.

No total, de acordo com o ministro, o país terá 165 equipas constituídas nestes 18 meses, todas “em articulação com as prioridades que foram identificadas pela LBP e com a disponibilidade das autarquias para serem parceiros esta intervenção”.

“Isto permite-nos hoje já não estar a discutir ter uma equipa em todos os concelhos, mas estarmos a aproximar da circunstância de ter uma equipa em todas as corporações que a queiram ter e começar a discutir prioridades para criação de segundas ou terceiras equipas em áreas de intervenção prioritária”, afirmou.

O ministro da Administração Interna realçou ainda a necessidade de reforçar o papel de profissionalização do sistema, face às alterações climáticas, ao modelo de desenvolvimento do país e ao adiamento da reforma da floresta.

“Nada será como dantes depois de junho e outubro de 2017 nesta matéria”, afirmou, adiantando que as “lições dramáticas” das ocorrências de 2017 “mudaram totalmente a relação da sociedade com as questões de segurança coletiva e de proteção civil”.

O 21.º Congresso Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que decorre à porta fechada, tem como único ponto a análise do ponto de situação das matérias em negociação com o Governo, tendo como matriz as propostas de compromisso aprovadas no Conselho Nacional de Santarém.

Os bombeiros reclamam uma direção nacional de bombeiros autónoma e com orçamento próprio, um comando autónomo de bombeiros e o cartão social do bombeiro.

Em dezembro passado, a maioria das corporações de bombeiros deixaram de comunicar informação operacional aos comandos distritais de operações de socorro (CDOS), num protesto que durou dez dias.

A 29 de dezembro, o líder da LBP, Jaime Marta Soares, anunciou a suspensão da contestação até ao congresso de Aveiro já que notou abertura do Governo para negociar.

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Ex-auditora no Novo Banco assessora venda de imóveis

  • ECO
  • 23 Março 2019

A PwC foi a empresa que auditou os activos que passaram para o balanço do NB aquando da venda ao Lone Star. Agora assessora a venda de parte deles.

A PricewaterouseCoopers (PwC), que em 2017 auditou as contas do Novo Banco, foi a escolhida para assessorar a venda de imóveis avaliados em 500 milhões de euros, avança o Expresso, confirmando uma notícia do ECO Insider (newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes). Em curso estão duas operações de venda de imóveis. A Viriato 2, com uma carteira composta por imobiliário comercial e ativos industriais – é esta que está a ser trabalhada pela consultora – e a Nata 2, em em que estão a ser vendidos 3,3 mil milhões de euros em crédito malparado, notícia também avançada em primeira mão pelo ECO.

A PwC foi a empresa responsável pela avaliação de ativos que passaram para o balanço do Novo Banco, no âmbito da criação do mecanismo de capital contingente, aquando da venda do Novo Banco ao Lone Star.

A empresa não comenta os trabalhos feitos para os clientes “por questões de confidencialidade”. “No entanto, podemos afirmar que todas as regras profissionais e deontológicas, incluindo as dos procedimentos de independência, bem como as normas internacionais da PwC, foram estritamente cumpridas”, disse ao Expresso.

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Banco de Portugal pediu esclarecimentos adicionais ao Montepio

  • ECO
  • 23 Março 2019

A troca de correspondência entre o regulador e o Banco de Montepio sobre o pagamento de custas de Tomás Correia continua.

O Banco de Portugal pediu esclarecimentos adicionais ao Banco Montepio por causa das custas que o banco poderá pagar no processo da multa da Tomás Correia, atualmente presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), avança o semanário Expresso.

Em causa está o facto de a AMMG ter aprovado há um ano uma proposta que coloca o Banco Montepio a suportar os custos processuais que possam ter atuais ou antigos administradores do banco, como Tomás Correia, que está a ser investigado pelo Ministério Público e se prepara agora para apresentar recurso contra uma coima do Banco de Portugal no valor de 1,25 milhões de euros.

O semanário do grupo Impresa escreve que o Montepio respondeu ao Banco de Portugal, mas a instituição liderada por Carlos Costa não ficou satisfeita e pediu esclarecimentos adicionais.

 

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Rangel: Marcelo devia alertar Costa contra “promiscuidades familiares” no Governo

  • Lusa
  • 23 Março 2019

O candidato do PSD às eleições europeias de 26 de maio refere que se se aplicasse o Código de Procedimento Administrativo nas reuniões de Governo levaria a impedimentos sistemáticos de votações.

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, defende que o Presidente da República já devia ter avisado o primeiro-ministro para não repetir o que chama de “promiscuidades familiares” no Governo.

Em entrevista à agência Lusa, Rangel considerou que a existência de vários casos de ligações familiares em gabinetes de governantes de António Costa “não é normal e constitui um atentado gravíssimo ao princípio republicano”.

“No Conselho de Ministros, tem um marido e mulher, um pai e filha. Tem agora uma chefe de gabinete do sucessor do marido, cuja mulher também gere um fundo…”, criticou, referindo-se respetivamente aos ministros Eduardo Cabrita e Ana Paula Vitorino, José Vieira da Silva e Mariana Vieira da Silva, Pedro Nuno Santos e ao secretário de Estado Duarte Cordeiro.

Rangel elencou ainda a recente eleição de Francisco César para liderar a bancada socialista nos Açores, filho de Carlos César, que dirige o grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, ou o facto de o irmão da secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, também integrar o Governo, como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, entre outros casos “de primos e cunhados”.

“Que as pessoas em Portugal não rasguem as vestes e não se escandalizem com isto é sinal de uma certa doença e de um adormecimento da democracia”, afirmou, criticando o papel da comunicação social, mas também o do chefe de Estado.

“Eu acho que aqui o próprio Presidente da República, que desvalorizou o caso, não devia desvalorizar, não é salutar para a democracia”, defendeu.

Questionado qual poderia ser o papel de Marcelo Rebelo de Sousa, Rangel começou por lembrar que foi o Presidente da República quem os nomeou, no caso dos ministros.

Interrogado se poderia ter recusado a proposta do Governo, o eurodeputado respondeu: “Devia ter advertido o primeiro-ministro de que não deveria fazer isso”.

Depois de no discurso de 25 de Abril de 2007, quando era líder parlamentar do PSD, ter denunciado o ambiente de “claustrofobia democrática” que considerava viver-se no país no tempo do Governo de José Sócrates, Paulo Rangel defendeu que este tema merecia outra intervenção do género na sessão solene.

“Isto merece um discurso do 25 de Abril, nós fizemos o 25 de Abril para termos os titulares de cargos políticos a serem todos familiares uns dos outros? É essa a sociedade democrática e a República que queremos?”, questionou, apontando que tal nunca seria permitido ao anterior executivo de Passos Coelho.

No entanto, o eurodeputado social-democrata considerou que a solução não passa pela legislação, salientando que “não há nenhum Governo na Europa que tenha esta situação”.

“Se se aplicasse o Código de Procedimento Administrativo nas reuniões de Governo levaria a impedimentos sistemáticos de votações no Conselho de Ministros”, defendeu, frisando que “se se tratasse de um caso isolado, não haveria qualquer problema”.

Se se aplicasse o Código de Procedimento Administrativo nas reuniões de Governo levaria a impedimentos sistemáticos de votações no Conselho de Ministros.

Paulo Rangel

Depois de no último Conselho Nacional do PSD ter dito que, “em certos aspetos, António Costa era pior que José Sócrates”, Paulo Rangel apontou como outro exemplo “a operação de propaganda” com que o Governo apresentou a redução de preços dos passes sociais.

“Não ponho em causa que haja benefícios, mas há uma grande discriminação do interior”, afirmou, considerando que, com uma verba inferior à que foi anunciada, “era possível eliminar todas as portagens das autoestradas do interior”.

Para Paulo Rangel, “não é de espantar que a estratégia seja a mesma”, já que se repetem no atual Governo rostos do núcleo duro do executivo de Sócrates, como Vieira da Silva ou Santos Silva, além do próprio primeiro-ministro.

“A manobra de propaganda que António Costa e Pedro Marques andaram a fazer, com inaugurações em janeiro para depois lançar o ministro-candidato, candidato-comissário, insere-se também nesta perspetiva socrática”, acusou.

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Portugal está “francamente mal” preparado para o Brexit, diz Paulo Rangel

  • Lusa
  • 23 Março 2019

O candidato do PSD às europeias de 26 de maio defende que o mais importante é estar atento aos 400 mil portugueses que vivem no Reino Unido e às empresas que têm trocas comerciais com aquele país.

O cabeça de lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, acusa o governo de “falhar” na preparação para o ‘Brexit’ e estar “francamente mal” quanto à proteção de cidadãos e empresas e à salvaguarda dos interesses geopolíticos.

“O ‘Brexit’ em Portugal tem sido muito maltratado. Não podemos falar no ‘Brexit’ sem olharmos para o que o governo português tem feito e há duas dimensões em que acho que estamos francamente mal”, afirmou em entrevista à Lusa o eurodeputado, candidato a um terceiro mandato no Parlamento Europeu (PE) nas eleições de 26 de maio.

Para Rangel, a dimensão “mais importante” do impacto da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) envolve os cerca de 400.000 portugueses residentes no Reino Unido e as muitas empresas que exportam para ou importam do país.

“O referendo foi a 23 de junho de 2016, já lá vão quase três anos. Será que os portugueses têm noção de que não há um estudo do governo português, oficial, sobre o impacto do ‘Brexit’ nos cidadãos portugueses no Reino Unido, nas empresas que estão no Reino Unido, nas empresas que exportam ou importam do Reino Unido, no estatuto dos cidadãos britânicos?”, questionou.

“Não há um estudo oficial sobre isto. E o plano de contingência ainda não foi aprovado”, apontou, desvalorizando o alcance do plano de contingência, “sobretudo centrado nos cidadãos britânicos” e na expectativa “de reciprocidade” por parte de Londres.

Paulo Rangel deu como exemplo a assistência consular, em que o governo anunciou um aumento das permanências consulares, que envolvem a deslocação de funcionários a localidades distantes dos consulados, de 31 para 35 no Reino Unido, mas o resultado foi “tempos de espera maiores”.

“Num momento de ansiedade, de incerteza, de instabilidade, Portugal está a falhar no apoio aos cidadãos”, lamentou, defendendo que devia haver “um plano de emergência”, ativo desde “dezembro ou janeiro”, “com uma deslocação de funcionários extra” para tranquilizar as pessoas.

Também em relação às empresas, o eurodeputado assegurou que “o resultado é zero”.

“[O primeiro-ministro] António Costa anunciou a estratégia do PortugalIn, para trazer para Portugal oportunidades, especialmente empresariais, com interesses no Reino Unido. Onde é que estão os resultados?”, questionou.

“A única coisa que conhecemos foi o desastre da questão da Agência Europeia do Medicamento e o folhetim do Infarmed que veio a seguir”, apontou.

Em matéria de defesa dos interesses geopolíticos de Portugal, Paulo Rangel acusou o governo de ter ignorado a necessidade de fazer uma aliança com os outros países atlânticos da UE, o que, a médio-longo prazo, “vai ter grandes consequências”.

“O governo português não fez uma aliança com os pequenos e médios Estados atlânticos – Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Irlanda – para uma estratégia comum. Se o Reino Unido sair da UE, como provavelmente sairá, vamos perder o grande parceiro atlântico, com uma visão extrovertida da Europa, e vamos ficar muito mais centrados no eixo franco-alemão”, explicou.

E, enquanto Portugal falava noutros fóruns, “a Dinamarca, Noruega e Finlândia fizeram cimeiras várias sobre a questão do ‘Brexit’ para acertarem posições.

Quanto ao processo de saída do Reino Unido da União, Paulo Rangel considerou que a decisão tomada no Conselho Europeu desta semana foi a correta no atual contexto, porque ela “é objetiva”, ao apontar duas datas – 12 de abril e 22 de maio – que “têm uma lógica” definida pelo processo das eleições europeias, e “não é formalista”, ao aceitar o adiamento da saída, marcado há dois anos para 29 de março, de acordo com os prazos previsto nos tratados.

“Sou favorável a que fôssemos um bocadinho mais abertos ao Reino Unido (…), mas concordo que com este tipo de decisão introduzimos objetividade, quer dizer, não se pode dizer que há um ressentimento ou uma má vontade ou vontade de dificultar”, explicou.

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Metro de Lisboa vai andar mais rápido se redução dos preços dos passes aumentar procura. Linha verde fica de fora

  • Lusa
  • 23 Março 2019

As empresas de transportes públicos estão a preparar reforços para o caso de a redução das tarifas nos passes provocar um aumento da procura. Novas tarifas entram em vigor a 1 de abril.

A CP – Comboios de Portugal e o Metropolitano de Lisboa informaram este sábado que vão ajustar a sua oferta de meios circulantes caso a procura aumente com a entrada em funcionamento do passe único municipal e metropolitano. No metro de Lisboa a velocidade pode aumentar em todas as linhas, exceto na verde.

Fonte de ambas as empresas avançaram à Lusa estarem a “monitorizar em permanência a afluência” dos utentes aos transportes públicos, sendo que a sua oferta “será reajustada em conformidade com a evolução da procura que se venha a registar, designadamente nas horas de ponta e/ou de maior afluência”.

“Este conjunto de medidas irá possibilitar o aumento da velocidade de circulação dos comboios até 60 quilómetros, velocidade que vai ser implementada nas linhas Azul, Amarela e Vermelha”, refere a nota do Metropolitano de Lisboa.

Por seu turno, a CP indica que “monitoriza em permanência a evolução da procura dos seus serviços, no sentido de efetuar eventuais ajustamentos da oferta, sempre que pertinente e possível, no contexto dos recursos humanos e materiais disponíveis”.

“Eventuais incrementos significativos da procura ficarão, naturalmente, condicionados à capacidade de resposta da CP”, indica a empresa.

Em termos de reforço do número de autocarros a circular, a Carris, gerida pela Câmara de Lisboa, anunciou que prevê “um aumento da oferta dos 8% a 10% em 2019”.

Numa resposta à Lusa, a Metro do Porto tinha também assegurado que, dentro daquilo que é a capacidade da rede, a oferta será reforçada se a procura assim o justificar. A empresa reconheceu, contudo, que há linhas onde esta capacidade está praticamente esgotada, como é o caso da Amarela.

Já a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) revelou que, embora esteja atenta à evolução de passageiros por linhas e horários, neste momento não está previsto o aumento de frequência. Contudo, caso se verifique uma maior procura, “a empresa reúne valências para efetuar reajustamentos na oferta que disponibiliza aos clientes, respondendo às necessidades identificadas”.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética afirmou na segunda-feira que os utentes vão ter transportes públicos em número suficiente com a criação do passe único, salientando não estar preocupado com o aumento da procura.

“Estamos a cuidar do reforço da oferta em todo o país, particularmente nas empresas que dependem de nós. No dia 01 de abril, sendo necessário para fazer o serviço ideal da Soflusa seis navios, vão estar sete disponíveis; sendo necessário sete da Transtejo, vão estar nove disponíveis”, acrescentou João Matos Fernandes, referindo-se às ligações fluviais na região de Lisboa.

Novos preços a partir de 1 de abril

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) anunciou, a partir de abril, uma “revolução na mobilidade urbana”, que se inicia com a simplificação do tarifário e a criação de um passe único nos transportes públicos dos 18 concelhos que a compõem.

As medidas previstas para a AML a partir de 1 de abril preveem um passe único metropolitano e um passe municipal para cada um dos 18 concelhos, que custam, respetivamente 40 e 30 euros.

Esta iniciativa está inserida no Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), que prevê que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e as 21 Comunidades Intermunicipais recebam um total de 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado.

A Área Metropolitana de Porto tem, a partir de abril, um passe único válido para viagens dentro dos seus 17 concelhos, por um valor máximo de 40 euros.

É também criado um passe municipal, válido para os 17 concelhos, com o custo de 30 euros para viagens dentro do concelho ou até três zonas contíguas.

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Marcelo vai falar com Marta Temido e António Costa sobre reivindicações dos enfermeiros

No Porto, o Presidente da República disse que vai tentar ajudar os lesados do BES que ficaram fora do acordo e garantiu aos enfermeiros que vai falar com o chefe do Governo e a ministra da Saúde.

O Presidente da República vai falar com o primeiro-ministro e com a ministra da Saúde sobre as reivindicações dos enfermeiros, que mantêm um braço-de-ferro com o Governo. Marcelo Rebelo de Sousa falava no Porto, à entrada para uma conferência sobre saúde, onde era esperado por enfermeiros, mas também por lesados do BES que o chefe de Estado quer tentar ajudar.

“Vou falar à senhora ministra [da Saúde] e ao primeiro-ministro”, disse Marcelo aos enfermeiros que lhe falavam sobre as condições em que trabalham, uma conversa que foi transmitida pela Sic Notícias. O chefe de Estado não adiantou, porém, que tipo de posição assumirá. Marcelo tem mostrado preocupação com a greve dos enfermeiros, que tem levado ao adiamento de consultas e cirurgias.

Até 28 de março decorre o processo de auscultação pública relativamente à publicação da nova carreira de enfermagem. Para abril está já marcada nova greve dos enfermeiros.

A saúde poderá aliás transformar-se num foco de tensão entre o Presidente e o Governo. O Público avança este sábado que o Governo deverá fechar acordo à esquerda para aprovar no Parlamento a nova Lei de Bases da Saúde. Marcelo tinha defendido que esta lei – vista como estrutural – devia ter o apoio do PSD. Mesmo que chumbe a lei que for do Parlamento para Belém, o Presidente pode ser obrigado a promulgá-la numa segunda fase.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se ainda disponível para intervir no caso dos lesados do BES. “Vou tentar perceber se ainda é possível chegar a acordo com aqueles [lesados do BES] que ainda não chegaram”, disse o chefe de Estado, acrescentando que uma grande percentagem dos lesados do BES fecharam acordo com o Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa assume, a sete meses das eleições, o papel de pacificador, numa altura em que a contestação social tem subido, com os grupos profissionais a recorrer ao Presidente para tentarem alcançar os seus objetivos.

Para este sábado está marcada uma manifestação de professores em Lisboa que querem ver o tempo de serviço completo considerado para efeitos de carreira.

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Tribunal Constitucional pode subir pensões do Estado atribuídas depois de 2013

  • ECO
  • 23 Março 2019

Uma decisão dos juízes do Palácio Ratton pode obrigar a subir pensões atribuídas aos funcionários públicos desde 2013, avança o jornal Público.

Os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) que se reformaram depois de 2013 podem ver a sua pensão aumentar em resultado de uma decisão do Tribunal Constitucional (TC) conhecida esta semana, avança o jornal Público.

Os juízes do Palácio Ratton consideram que em causa está o facto de as pensões terem sido calculadas com base na regra em vigor no momento do despacho que autoriza a pensão e não com base nas regras em vigor no momento em que a pensão é pedida pelo funcionário publico.

Esta decisão, conta o jornal, poderá levar à melhoria de algumas pensões atribuídas depois de 2013, se houver pedido para que a pensão seja recalculada.

A fórmula de cálculo com base nas regras em vigor no momento da decisão da CGA foi introduzida pelo Orçamento do Estado para 2013 quando Passos Coelho era primeiro-ministro.

O TC já tinha declarado a norma inconstitucional mas em processos particulares de pensionistas que recorreram à justiça por se considerarem prejudicados. Agora, pronuncia-se a pedido do Ministério Público.

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