Vai contratar? Apoios dados pelo IEFP vão subir à boleia do IAS

O Governo publicou, esta sexta-feira, os valores atualizados das bolsas dos estágios profissionais e das comparticipações no Contrato Emprego - Inserção e Inserção+. Apoios sobem em linha com IAS.

Os apoios financeiros concedidos pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) às empresas que aderirem aos diversos programas disponibilizados subiram, em linha com a atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que este ano está fixado nos 435,76 euros. Os valores revistos, que foram publicados, esta sexta-feira, em Diário da República pelo secretário de Estado do Emprego, dizem respeito ao Contrato Emprego – Inserção, ao Contrato Emprego – Inserção +, ao Emprego Jovem Ativo e aos Estágios Profissionais.

Este despacho publicado esta sexta-feira produz efeitos a 1 de janeiro de 2019 e aplica-se a candidaturas em execução. “No âmbito dos programas e medidas ativas de emprego executadas pelo IEFP, o IAS constitui-se, em geral como o referencial dos apoios financeiros a conceder. Aquele valor determina os montantes a pagar às entidades, bem como os apoios a pagar aos destinatários pelas entidades promotoras dos projetos, nomeadamente, as bolsas”, lê-se no diploma.

Quanto à comparticipação dada pelo IEFP pelo Contrato Emprego – Inserção (destinado a desempregados inscritos nos serviços de emprego), o custo unitário para os beneficiários sem deficiência passou de 42,89 euros para 43,58 euros. Isto para as entidades privadas sem fins lucrativos. As demais entidades públicas ou privadas não recebem qualquer apoio. Para beneficiários com deficiência, o apoio passa de 238,77 euros para 241 euros (para empregadores públicos, privados e privados sem fins lucrativos).

No que diz respeito ao programa Contrato Emprego – Inserção+, a comparticipação também cresceu este ano. As entidades públicas e privadas passam a receber 348,61 euros e as entidades privadas sem fins lucrativos 392,18 euros (valores que comparam respetivamente com 343,12 euros e 386,01 euros registados em 2018). Para os beneficiários com deficiência, o apoio passa para 546,03 euros e 589,61 euros para entidades públicas e privadas e entidades privadas sem fins lucrativos, respetivamente.

Além destes programas, também as bolsas de estágio profissionais cresceram este ano em linha com a atualização do IAS. De notar que, além dessa revisão, as bolsas para os destinatários com mestrado e doutoramento sofreram um acréscimo extra com a Portaria nº70/2019, publicada em Diário da República a 27 de fevereiro.

Assim, por exemplo, o apoio concedido a uma entidade empregadora que integre um estágio sem majoração com o grau seis de qualificação (licenciatura) passa de 679,67 euros para 688,94 euros. Já a bolsa para um estágio para um doutorado sobe de 713,98 euros para 758,66 euros.

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Clientes da Nos estiveram sem comunicações durante a tarde. Serviço já voltou

  • ECO e Lusa
  • 24 Março 2019

“Houve a meio da tarde uma falha de rede que afetou alguns clientes com intermitências no serviço de voz, mas está a ser ultrapassado", disse à Lusa fonte oficial da Nos.

O serviço de voz da operadora nacional de telecomunicações NOS teve falhas durante a tarde de domingo, problema que, segundo fonte oficial da empresa, “estará completamente resolvido” cerca das 21h00. Mas ainda subsistem problemas ao nível das comunicações móveis.

“Houve a meio da tarde uma falha de rede que afetou alguns clientes com intermitências no serviço de voz, mas está a ser ultrapassado e estará completamente resolvido dentro de sensivelmente 45 minutos”, disse à Lusa a fonte da Nos. Em causa estiveram os clientes um pouco por todo o país.

De acordo com o Expresso, o apoio técnico da operadora avisou os clientes que foi detetada uma avaria com impacto nas chamadas e mensagens escritas. Apesar de a operadora garantir que ao nível da rede fixa o problema estar solucionado, nas comunicações móveis mantêm-se as dificuldades.

Mais tarde a operadora liderada por Miguel Almeida emitiu um novo comunicado, citado pelo Expresso e pela TSF, no qual garante que os serviços foram totalmente repostos às 22h30 deste domingo, mas sem avançar os motivos da quebra do serviços da rede móvel, dados e rede fixa. No entanto, a empresa revelou que “levará a cabo uma averiguação, no sentido de aferir as causas que estiveram na origem deste grave incidente”.

A NOS indicou que “a falha de rede se fez sentir em algumas zonas do país, em particular no Porto e em Lisboa” e lamentou “o transtorno que esta situação possa ter causado aos clientes afetados”, refere a empresa no mesmo comunicado citado pela Lusa. A operadora explicou ainda que as suas equipas “trabalharam ininterruptamente com os seus parceiros, para recuperar com a rapidez possível todas as funcionalidades de modo a minimizar o impacto nos clientes”.

Dos cerca de quatro milhões de utilizadores da rede telefónica fixa, cerca de 37% são clientes da NOS e dos 12,3 milhões de clientes de serviços móveis, 24,7 % são da NOS, segundo um relatório da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacon) divulgado em janeiro.

A operadora de comunicações NOS resulta da fusão, em 2013, das empresas ZON Multimédia e OPTIMUS Telecomunicações.

(Notícia atualizada às 23h50)

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Governo trava barragem do Fridão. EDP vai ter de ser indemnizada

Governo tinha de decidir até 18 de abril sobre eventual construção da barragem do Fridão no rio Tâmega. A resposta será negativa, diz Marques Mendes. A EDP pode vir a receber 200 milhões de euros.

A barragem do Fridão, a construir em Amarante, não vai avançar, revelou Marques Mendes no seu comentário semanal da Sic Notícias. A decisão deverá ser tomada até 18 de abril. Esta decisão vai implicar, no entanto, uma indemnização à EDP.

“O Governo tem de decidir até 18 de abril” se avança ou não com a barragem do Fridão. “Apurei que a intenção do Governo é que ela não avance“, disse Marques Mendes. “Um boa notícia para os ambientalistas e para as populações locais. Resta saber como a EDP será indemnizada”, acrescentou.

De acordo com o ministro do Ambiente, esta indemnização pode ser superior a 200 milhões de euros. Em janeiro, no Parlamento, quando questionado pelos deputados, Matos Fernandes, citado pela Lusa, explicou que “a razão principal de fazer ou não fazer a barragem de Fridão tem a ver com o compromisso de atingir determinadas metas de energia renovável até 2030”. Na mesma audição adiantou que, se a decisão for negativa, está em causa um pagamento à EDP, empresa à qual o complexo hidroelétrico foi concessionado, superior a 200 milhões de euros, disse o responsável. Esse valor corresponde ao montante que a EDP já investiu no projeto, confirmou o ECO junto de fonte oficial da elétrica.

A construção da barragem do Fridão no rio Tâmega, juntou à zona de Amarante, está prevista há mais de uma década, no âmbito do Plano Nacional de Barragens, mas a EDP, empresa à qual o complexo hidroelétrico foi concessionado, e o Governo têm adiado a sua concretização. Em abril de 2016, o Governo anunciou que decidiu suspender por três anos a barragem do Fridão. A albufeira da barragem de Fridão afetaria os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e uma pequena parcela do território de Ribeira de Pena.

(Notícia corrigida com o valor correto da possível indemnização)

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Filho de José Eduardo dos Santos foi libertado

  • Lusa
  • 24 Março 2019

José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente da República de Angola estava detido sob a acusação de má gestão do Fundo Soberano de Angola.

O antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, que se encontrava em prisão preventiva desde 24 de setembro de 2018, encontra-se já em liberdade, disse este domingo à agência Lusa fonte oficial.

A informação foi confirmada à Lusa por fonte da Procuradoria-Geral da República de Angola e dos Serviços Penitenciários, mas ambas não souberam avançar as condições da sua restituição à liberdade.

José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente da República de Angola estava detido sob a acusação de má gestão do Fundo Soberano de Angola, que dirigiu entre 2012, nomeado para o cargo pelo seu pai, e 2018, altura em que foi exonerado das funções pelo atual chefe de Estado angolano, João Lourenço.

A gestão do fundo, no valor de cinco mil milhões de dólares (4,35 mil milhões de euros), encontrava-se sob gestão da Quantum Global, dirigida pelo sócio de José Filomeno dos Santos, o empresário suíço-angolano, Jean-Claude Bastos de Morais, que se encontrava igualmente detido, em Luanda, desde 24 de setembro de 2018, e que foi libertado na passada sexta-feira.

Nesse dia, a PGR angolana indicou em comunicado que “o Ministério Público angolano decidiu não mais prosseguir criminalmente contra o senhor Jean-Claude de Morais Bastos, tendo-lhe sido restituída a liberdade”, depois de o Estado angolano ter recuperado parte dos cinco mil milhões de dólares daquele fundo constituído por receitas petrolíferas para investimentos em projetos sociais e infraestruturas.

Na nota, a PGR avançou que conseguiu recuperar ativos financeiros no valor de 2,35 mil milhões de dólares (2,04 mil milhões de euros), que se encontravam domiciliados em bancos do Reino Unido e das Maurícias.

Paralelamente, foi passado para o Estado angolano todo o património imobiliário de Jean-Claude Bastos de Morais em Angola e no exterior, como empreendimentos hoteleiros, minas de ouro, fazendas e estâncias turísticas.

Também sexta-feira, o grupo Quantum anunciou ter chegado a um acordo com o Fundo Soberano de Angola para colocar fim às disputas existentes, resultando na libertação do seu presidente e fundador, Jean-Claude Bastos de Morais.

“O Grupo Quantum Global anunciou hoje que foi celebrado um acordo de confidencialidade entre o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) e o Sr. Jean-Claude Bastos de Morais, Presidente e Fundador do Grupo, e as partes da Quantum”, adiantou, num comunicado enviado à agência Lusa, o grupo do empresário suíço-angolano.

Bastos de Morais, que aguardava em prisão preventiva desde setembro, foi libertado na sexta-feira e as autoridades angolanas retiraram as acusações de vários crimes, nomeadamente o de associação criminosa, de recebimento indevido de vantagem, corrupção e participação económica em negócios.

“Na sequência da decisão das autoridades angolanas de não apresentarem acusações, as autoridades mauricianas [onde corre outro processo] retiraram a decisão de congelamento das contas bancárias da Quantum Global e do Sr. Bastos. Além disso, a Comissão de Serviços Financeiros restabeleceu as licenças do Grupo”, adiantou aquele grupo, no mesmo comunicado.

Jean-Claude Bastos de Morais, sócio de José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, estava em prisão preventiva no âmbito da investigação à gestão do Fundo Soberano de Angola.

O acordo divulgado estabelece que nenhuma das partes continue qualquer processo nos tribunais contra a outra, abrangendo desde o processo do FSDEA em jurisdições internacionais, incluindo Angola, Maurícias, Suíça e no Reino Unido.

Assim, também a Quantum Global e Jean-Claude Bastos de Morais assumem o compromisso de desistir dos processos por danos contra o FSDEA no Reino Unido, e vão suspender as disputas comerciais contra o FSDEA nas Maurícias.

“Estamos muito satisfeitos por ter chegado a este acordo amigável que resolve todas as disputas nos tribunais”, disse uma fonte do grupo à Lusa.

A libertação de José Filomeno dos Santos, conhecido localmente por “Zenu”, ocorre cerca de mês e meio depois de o Tribunal Constitucional angolano ter negado provimento a um recurso.

Em causa está a investigação da Justiça angolana à transferência ilícita de 500 milhões de dólares de dinheiros públicos para um banco no exterior do país, que levou, em setembro passado, à prisão preventiva de José Filomeno dos Santos em setembro.

Num recurso anterior para o Tribunal Supremo, José Filomeno dos Santos viu negado o pedido de libertação imediata por ‘habeas corpus’, do qual recorreu para o Tribunal Constitucional, alegando a inconstitucionalidade da decisão.

Num acórdão, datado de 22 de janeiro e a que a agência Lusa teve acesso, os sete juízes do Tribunal Constitucional decidiram “negar provimento ao recurso”, considerando não ter o acórdão do Tribunal Supremo “violado nenhum princípio ou direito consagrado na Constituição da República de Angola”.

José Filomeno dos Santos foi presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), cargo do qual foi exonerado pelo Presidente angolano em janeiro de 2018, tendo sido constituído, nessa qualidade, arguido em maio do mesmo ano, devido à gestão daquele fundo, criado com 5.000 milhões de dólares do Estado, proveniente das receitas do petróleo, para a promoção de projetos de desenvolvimento económico e social.

Na sequência desse primeiro processo, foram-lhe aplicadas como medidas de coação apresentações periódicas às autoridades e a retenção de passaporte, medidas alteradas para prisão preventiva em setembro de 2018 no decurso da investigação ao segundo caso.

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São as futuras cotadas da Europa. E passaram por Lisboa

São tecnológicas e piscam o olho à bolsa. O programa TechShare trouxe a Portugal 135 de oito países diferentes, que já resultou em quatro IPO. Há nove portugueses entre as potenciais cotadas.

A bolsa é uma realidade longínqua para a maioria das empresas e, nalguns casos, uma espécie de “bicho papão”. É este o mito com que a Euronext quer acabar através do programa TechShare, direcionado para tecnológicas europeias. O último encontro da edição deste ano aconteceu em Lisboa e, apesar de esse não ser o grande objetivo, até há a quem seduza a ideia de ter o capital representado por ações que sobem e descem na bolsa.

“A bolsa não está próxima, mas também não queria uma experiência de capital de risco, portanto a Euronext contactou-nos na Web Summit e convidou-nos para participar”, explicou Eduardo Dias, co-fundador e CEO da Viva Superstars. Esta é uma nove empresas portuguesas que participaram na edição de 2018 – 2019 do TechShare. Ao todo, são 135 de oito países diferentes: Portugal, Bélgica, França e Holanda (cujas bolsas são geridas pela Euronext), bem como Alemanha, Espanha, Itália e Suíça (TechHubs).

O desagrado de João Mota com o capital de risco prende-se com o papel do investidor. “Não queremos quem interfira na gestão. O mercado [acionista] é interessante porque o investidor também não quer interferir na gestão”, explicou o empresário, cuja atividade se baseia na interatividade digital dos consumidores com conteúdos televisivos. O forte é o desporto, mas também há outros conteúdos de entretenimento. A meta é a internacionalização e duplicar o volume de negócio este ano, face ao anterior, para 800 mil euros.

A posição sobre o capital de risco não é, no entanto, consensual. Francisco Rodrigues, CEO da startup de desenvolvimento e consultadoria no campo da fotónica integrada, a PICadvanced, conta que ainda está a escolher entre venture capital ou dispersão em bolsa, depois de terem chegado a um patamar de autossustentação. A maior parte do negócio é nos EUA, mas precisam de financiamento para a produção de novos componentes e aumentar o volume de negócios. “Viemos ver, aprender e ter as perspetivas abertas”, afirmou Francisco Rodrigues.

Os planos da tecnológica vinícola Wine With Spirit já têm forma mais definida e é a única empresa que arrisca um horizonte temporal para a abertura do capital: dois a cinco anos. Até lá, vai continuar no private equity.

“Começámos por ser uma empresa exportadora porque Portugal é um mercado muito conservador”, afirmou Clara Niza, acionista e CFO. Após terem chegado ao mercado português em 2014 e presentes agora em 10 países, a winetech quer expandir para os países do Benelux — Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo — e no Reino Unido e procuram atualmente financiamento entre 1,5 e 2 milhões de euros.

No caso da Void, a entrada em bolsa “não faz sentido”, como explicaram os advisors ao business developer da empresa, João Mota. “Temos participações em quatro startups, em troca de equity, e o nosso objetivo é continuar a desenvolver o ecossistema”, disse o responsável da empresa cujo volume de negócios atingiu um milhão de euros em 2018. Mas mesmo sem intenção de lançar alguma vez uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), as empresas são bem-vindas.

O CEO da Euronext Paris e head of listing do grupo, Anthony Attia, explicou que há muito trabalho a fazer antes de um IPO e a maior parte dos participantes ainda não está pronto para esse passo. “O TechShare não serve para convencer ninguém a abrir o capital, mas sim para que tenham sucesso caso o decidam fazer”, afirmou, acrescendo que, apesar disso, houve quatro empresas (todas estrangeiras) que fizeram IPO depois o curso.

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Neste bar de Lisboa só há águas. É o único da Europa

Em plena internacionalização, a Lev lançou em Portugal um negócio para um novo nicho. As lojas da marca portuguesa vão passar a ter bares de águas que contam já com 50 referências diferentes.

Este é o primeiro bar de águas da Europa.D.R.

Inodora, incolor, insípida? Esqueça tudo o que aprendeu sobre a água. A portuguesa Lev, até agora focada em programas de dieta de emagrecimento, decidiu inaugurar em Lisboa o primeiro bar de águas da Europa, uma aposta num novo nicho de negócio que alarga a oferta da marca e representa para a empresa um investimento de dois milhões de euros (na renovação das lojas que já têm ou terão este serviço).

A ideia surgiu da paixão de Cycil Decoret por águas diferentes. E não foi preciso muito para convencer o sócio, Luís Vazão, a confiar. O entusiasmo serve muitas vezes de catalisador. E, claro, da inovação que a empresa, lançada em 2000, queria dar aos mais de 100 mil clientes que tem em Portugal.

“O nosso conceito inicial era ‘comer para emagrecer’ e, portanto, muito limitado à clínica de emagrecimento. Este bar surge para humanizar o nosso conceito, alargar o espetro e trazer mais pessoas. Quisemos criar um conceito mais abrangente, que inclui não só alimentos mas também bebidas”, conta Decoret ao ECO. Vazão acrescenta que alargando o conceito de emagrecimento a nutrição, o foco é ampliado. “Nutrição não é só manter o peso. Pode ser nutrição desportiva, por exemplo. E quem quiser explorar a fundo o conceito de nutrição, não se trata só de alimentos mas também de bebidas”, detalha.

Luís Vazão e Cycil Decoret, sócios e fundadores da Lev.D.R.

Com uma centena de pessoas a trabalhar na equipa e 22 lojas em Portugal, a empresa começou a expandir o conceito para outros países da Europa, contando já com seis lojas em Espanha (Madrid, Málaga, Barcelona e Valência) e uma na Suíça. E a ideia é continuar a crescer.

No arranque do bar — que já existe em sete clínicas portuguesas, nas seis em Espanha e na da Suíça –, estão disponíveis 50 referências de águas diferentes que vão desde a água glaciar mais antiga do mundo, com 6.000 anos, a algumas das mais puras águas do planeta ou águas com gás de rosmaninho, proveniente de uma vila em Itália que conta com o maior número de pessoas com mais de 100 anos da Europa: chamam ao rosmaninho o “elixir da longevidade”. Outras das referências disponíveis são águas enriquecidas de oxigénio, ideais para desportistas no pré e no pós-treino.

Nutrição não é só manter o peso. Pode ser nutrição desportiva, por exemplo. E quem quiser explorar a fundo o conceito de nutrição, não se trata só de alimentos mas também de bebidas.

Luís Vazão

Cofundador e sócio da Lev

“Quisemos ter o máximo de águas possível em função do sabor. As nossas águas são águas ao natural, o bem mais natural que existe na terra, águas com aromas e sem açúcares nem adoçantes, e águas terapêuticas”, conta Decoret. Por isso, são aconselhadas e receitadas pelos nutricionistas, consoante as necessidades e o estilo de vida dos diferentes clientes. “Beber água de um glaciar milenar com 6.000 anos, a água mais antiga do mundo, da Gronelândia, é uma experiência. Tanto é que, se comparar a cor desta água e de outras, é diferente. Por exemplo, uma água russa do maior lago do mundo, uma água glaciar, não têm terapêuticas mas, a nível gustativo, é diferente porque pode beber-se quente mas ela sabe sempre como se estivesse fria”, descreve. A ideia é que a lista seja, até ao final do ano, alargada até às 70 referências.

 

Produção nacional

Sem excluir a abertura de novas lojas em Portugal, a empresa está, por agora, mais focada na expansão internacional. Com três lojas em Madrid e outras em Barcelona, Málaga e Valência, as próximas aberturas deverão acontecer, provavelmente, no Luxemburgo. “O objetivo é estarmos em diversas capitais europeias”, explica Vazão, acrescentando que a Lev é dona de quase todas as lojas sendo, em alguns dos casos, abertas em parceria com trabalhadores da empresa.

Por Portugal passará, por enquanto, a aposta na produção própria: a nova linha de congelados e de pastelaria não açucarada deverá ser alargada e todas as referências são produzidas em Portugal. Quanto aos restantes produtos, a sua produção é garantida por fábricas em Espanha, França e Canadá.

 

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Salário de Mexia foi de quase 2,2 milhões em 2018. Baixou face ao ano anterior

  • ECO
  • 24 Março 2019

O presidente do conselho de administração executivo viu a remuneração baixar face a 2017.

O presidente executivo da EDP, António Mexia, recebeu no ano passado quase 2,2 milhões de euros em remunerações fixa e variável, um valor abaixo do verificado no ano anterior, indica o Negócios. As remunerações pagas pela elétrica constam do relatório e contas da empresa.

O documento publicado pela Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM) revela as parcelas de remuneração a que cada um dos membros dos órgãos sociais da empresa tiveram direito em 2018. No caso de António Mexia os valores foram os seguintes:

  • Remuneração fixa: 970.213 euros
  • Remuneração variável anual: 601.715 euros
  • Remuneração variável plurianual: 626.928 euros

Tudo somado são 2.198.992 de rendimento bruto, montante sobre o qual recaem depois impostos e contribuições sociais.

No ano anterior, o valor era superior, indica o Negócios, que calcula em 3,9% a quebra de rendimento do CEO da EDP.

A redução de rendimento está em linha com o que aconteceu na totalidade do conselho de administração executivo, onde se observou uma quebra de 4,8% nas remunerações pagas.

As empresas cotadas incluem nos seus relatórios e contas os valores pagos aos membros dos órgãos sociais, uma prática que resulta das regras de transparência observadas pelas empresas.

O salário de António Mexia mereceu uma atenção especial no ano passado quando o primeiro-ministro, António Costa, criticou a disparidade salarial dentro das empresas, entre o cargo de topo e a remuneração mais baixa, tendo dado como exemplo o que se passa na EDP.

“Se for a uma empresa tipo EDP vai ver que o salário de topo é 210 vezes o salário mínimo. Não é aceitável esta disparidade”, disse o chefe do Executivo.

 

 

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Anacom ainda não tem data fechada para modelo de atribuição de licenças 5G

  • Lusa
  • 24 Março 2019

O regulador das comunicações lembra que "Portugal definiu como objetivo cumprir o calendário da União Europeia", que é 2020.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) está a trabalhar no modelo de atribuição de licenças 5G (quinta geração móvel) e ainda não tem “data fechada para a sua conclusão”, disse à Lusa fonte oficial do regulador.

Questionada pela Lusa sobre quando é que se saberá o modelo de atribuição de licenças 5G, fonte oficial afirmou que é “um dossiê que está a ser trabalhado”.

“Ainda não existe data fechada para a sua conclusão”, adiantou a mesma fonte, recordando que “Portugal definiu como objetivo cumprir o calendário da União Europeia”, que é 2020.

A libertação da faixa (700 MhZ) necessária para o desenvolvimento do 5G deverá começar no último trimestre deste ano e decorrer até 30 de junho de 2020, o que vai implicar uma migração da televisão digital terrestre (TDT) para uma nova faixa de frequências, de acordo com roteiro nacional proposto pela Anacom e que teve o acordo do Governo.

Nos termos da Lei das Comunicações Eletrónicas, compete à Anacom definir o procedimento de atribuição das licenças 5G.

Ainda este mês, a Anacom divulgou o regulamento que define as regras de segurança que devem ser cumpridas pelas empresas que oferecem redes de comunicações eletrónicas ou serviços acessíveis ao público e que inclui testes.

As operadoras vão passar a ser obrigadas a implementar um programa de exercícios para avaliar a segurança das redes e serviços, “para um período máximo de dois anos”.

Em comunicado, o regulador deu conta da aprovação de um regulamento que define as regras de segurança que devem ser cumpridas pelas empresas que oferecem redes de comunicações eletrónicas ou serviços acessíveis ao público e que inclui estes testes, cujos resultados devem levar a “eventuais melhorias”, considera.

O novo regulamento salienta “a obrigação de se proceder à identificação dos ativos das empresas cujo funcionamento é crítico, que devem ser objeto de classificação e inventariação“, e fica ainda determinado “o reforço da capacidade de articulação entre a Anacom e as empresas do setor, seja nos tempos de resposta ou nos conteúdos da mesma, bem como com outros setores que dependem das comunicações eletrónicas”, segundo o regulamento.

Prevê-se ainda a criação de uma comissão de acompanhamento para a aplicação das novas regras, coordenada pela Anacom, que integrará representantes das empresas de comunicações eletrónicas. As medidas deverão ser aplicadas de forma faseada.

 

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Inquérito/CGD: Audições arrancam na terça-feira com auditora EY

  • Lusa
  • 24 Março 2019

Depois da auditora, o Parlamento ouve Carlos Costa e Vítor Constâncio. Deputados receberam "mais de 19 mil páginas" de documentação para analisar.

As audições da comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrancam na terça-feira, com a auditora EY, seguindo-se Carlos Costa e Vítor Constâncio nos dias seguintes.

Na terça-feira, pelas 15:00, a auditora EY, que fez uma auditoria à CGD que abrange o período 2000-2015, será a primeira entidade a responder aos deputados no âmbito da segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco público.

Nos dois dias seguintes, pelas 17:00, serão ouvidos, respetivamente, o atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o anterior, Vítor Constâncio.

O arranque das audições foi sendo sucessivamente adiado durante o último mês, devido ao elevado volume de informação enviado aos deputados, especialmente pela Caixa Geral de Depósitos, de acordo com o presidente da comissão, Luís Leite Ramos (PSD).

Falando em “mais de 19 mil páginas” e na necessidade de existir tempo para analisar, o deputado referiu que a informação que faltava processar por parte dos deputados era relativa a atas de reuniões da Caixa Geral de Depósitos que se encontravam rasuradas.

O deputado eleito pelo círculo de Vila Real explicou que, da parte da Caixa, “não se trata de esconder informação”, mas sim de fazer com que a comissão “avalie se é relevante ou não”, já que parte dela dizia respeito a “atas e certidões do Conselho de Crédito” do banco público que não têm relevância direta para o objetivo da comissão.

Eventuais assuntos sigilosos poderão fazer com que partes da comissão decorram à porta fechada, uma vez que o presidente da comissão aceitou a proposta para que, quando for requerido quer pelos deputados, quer pelos responsáveis ouvidos, seja avaliado pela comissão se a questão é digna de ser sigilosa ou não.

Além das audições à EY, a Carlos Costa e a Vítor Constâncio, foram já aprovadas outras ao anterior Revisor Oficial de Contas da Caixa, a Oliveira Rego & Associados, ao anterior responsável pelo departamento de auditoria da Caixa, Eduardo Paz Ferreira, ao anterior presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal, João da Costa Pinto, e ainda a João Dias Garcia, antigo secretário da mesa da assembleia geral da CGD.

O relator da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco, como é oficialmente designada, será o deputado João Almeida, do CDS-PP.

EY concluiu que 14 operações de concessão inicial de crédito receberam parecer de risco favorável num total de 170

Na sequência da polémica em torno de uma auditoria sobre a concessão de crédito da CGD entre 2000 e 2015, o CDS-PP avançou inicialmente sozinho com a iniciativa, mas depois consensualizou com PSD, PS e Bloco de Esquerda (BE) o texto do projeto de resolução que foi aprovado.

O PCP considerou desnecessária uma nova comissão de inquérito ao banco público, mas assegurou que não iria criar nenhum obstáculo à sua constituição, abstendo-se, sem apresentar propostas de alteração ao objeto dos trabalhos.

No dia 20 de janeiro, a antiga dirigente e deputada do Bloco de Esquerda Joana Amaral Dias, comentadora da CMTV, divulgou neste canal um documento com dados da concessão de crédito da CGD entre 2000 e 2015 apurados numa auditoria realizada pela EY, antes designada Ernst & Young.

Nesta versão do relatório da auditoria da EY, com data de dezembro de 2017, conclui-se que houve concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e ineficiências na gestão de risco.

Dois dias depois, o Ministério das Finanças referiu que foi o Governo quem “solicitou a realização de uma auditoria independente a atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015 e, no âmbito do exercício da sua função acionista, deu instruções à CGD para que o relatório fosse remetido ao Banco de Portugal e ao Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu, bem como a outras autoridades judiciais, de inspeção, de supervisão ou em matéria tributária, caso os elementos do relatório se afigurassem relevantes para o exercício das suas atribuições”.

Em 1 de fevereiro, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, entregou na Assembleia da República, à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, a versão final da auditoria.

A versão final do relatório entregue aos deputados omite o nome dos devedores, os valores dos créditos concedidos e a exposição do banco público a estes empréstimos, devido ao sigilo bancário.

Na versão final, está patente que apenas 14 operações de concessão inicial de crédito receberam parecer de risco favorável, num total de 170, e que dentro dos 25 créditos mais problemáticos, quatro eram autoestradas.

A auditoria também refere que a falta de atuação do órgão responsável pela ‘compliance’ na CGD contribuiu para a intervenção externa na gestão do banco durante o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal.

As duas comissões de inquérito sobre o banco público constituídas anteriormente nesta legislatura foram propostas por PSD e CDS-PP, de forma potestativa, subscritas por um quinto dos deputados.

A primeira foi a Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco, a mesma designação agora utilizada, e foi proposta em junho de 2016.

Menos de um ano mais tarde, em fevereiro de 2017, PSD e CDS-PP avançaram com outra comissão de inquérito sobre a CGD, mas de âmbito mais específico, sobre a atuação do atual Governo no que se relaciona com a nomeação e a demissão da administração de António Domingues.

 

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Costa pede voto no PS nas europeias a pensar nas legislativas de outubro

O líder socialista apresentou este domingo motivos internos e europeus para votar no PS nas eleições de 26 de maio. Há quem queira "enfraquecer o Governo", alertou.

António Costa defendeu este domingo o voto no PS nas eleições europeias de 26 de maio por motivos internos, ao alertar que há quem queira “enfraquecer o Governo do PS” já na próxima ida às urnas, mas também por razões externas – porque “não é indiferente o que defendemos na Europa”.

“Há quem sonhe com uma má votação nas europeias para enfraquecer o Governo do PS”, disse o líder socialista em Leiria, num encontro organizado pela Juventude Socialista. O Executivo vai a votos a 6 de outubro, nas eleições legislativas. As eleições para o Parlamento Europeu são em maio, sendo vistas como uma espécie de primárias das legislativas. Daí a necessidade de Costa alertar para a necessidade de votar PS já em maio.

Uma má votação do PS serve para “enfraquecer as políticas que têm permitido mais rendimentos”, acrescentou, dando exemplos de medidas do atual Executivo, entre elas a redução dos passes sociais e o plano para construir residências universitárias.

“É para combater a direita que queremos dar força ao PS nestas eleições europeias”, afirmou o secretário-geral.

No entanto, acrescentou que existem também motivações relacionadas com o programa que cada candidato defende para a Europa. “Não é indiferente o que defendemos na Europa”, disse, salientando que “não é a mesma coisa estarmos na Europa a defender mais recursos para uma habitação acessível ou estar calado” sobre este tema que considerou estruturante, tanto para a classe média como para os jovens que querem construir uma família.

Paulo Rangel e Nuno Melo são “residentes não habituais”

Perante uma plateia maioritariamente formada por jovens, Costa defendeu que os candidatos da direita (Paulo Rangel pelo PSD e Nuno Melo pelo CDS) pertencem ao “passado”, e “sendo residentes não habituais e não percebem nada do que se passa hoje” em Portugal, numa alusão ao facto de ambos já serem eurodeputados.

De seguida apelou ao voto dos novos eleitores, ao referir que estas eleições são “as primeiras onde pela primeira vez vão votar os que já nasceram no século XXI. São as primeiras eleições de um novo século”.

Antes de Costa, Pedro Marques tinha falado no encontro da JS defendendo que o PS defende para a Europa o que tem feito em Portugal, desde 2015, referindo-se com mais detalhe à redução das tarifas dos passes sociais.

“Há cerca de um milhão de utilizadores dos transportes públicos e a esmagadora beneficia da redução das tarifas dos passes. Uma maioria vai ter uma melhoria nos seus rendimentos e vai estar a contribuir ativamente para a melhoria do ambiente”, disse o candidato socialista às eleições europeias, que antes tinha defendido que esta é uma medida “estruturante”.

(Notícia atualizada)

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Eletrificação da PSA começa pela DS. Com o DS 3 Crossback

Novo modelo da DS será o primeiro do Grupo PSA com versão 100% elétrica. SUV compacto estreia a plataforma "multi-energias" que servirá de base às restantes marcas.

O Grupo PSA vai acelerar rumo aos elétricos. Acompanhando a tendência das restantes fabricantes, também a dona da Peugeot, Citroën e Opel passará a apresentar veículos carregados de baterias, mas a estreia neste novo mundo não será feita através de nenhuma das marcas mais conhecidas. Caberá à DS, a marca de luxo do grupo francês, carregar no acelerador da mobilidade elétrica. E a estrela será o novíssimo DS 3 Crossback, mas não já.

Yves Bonnefont, presidente da DS, revelou que a proposta inédita 100% elétrica do Grupo PSA será disponibilizada no final do ano, no mercado nacional. Com a assinatura E-Tense, a DS será porta-estandarte, sendo seguida, depois, pelas restantes marcas, nomeadamente a Peugeot, após “algumas semanas ou poucos meses”. Dá o primeiro passo, sendo a primeira do grupo a assumir que a eletrificação vai expandir-se a todos os modelos.

Nos próximos modelos que colocar no mercado — sendo que o compromisso é de lançar um a cada ano que passa –, a DS promete oferecer sempre uma versão híbrida ou elétrica, um dos dois ou mesmo as duas. E a partir de 2025, acabam-se os DS puramente a gasolina e a gasóleo. A marca vai passar a vender apenas híbridos ou totalmente elétricos. E os híbridos “terão por base motores térmicos a gasolina”, salientou o líder da marca.

DS 3 Crossback é a base para o futuro

O compromisso da DS de lançar um automóvel novo a cada ano até 2023 está a ser cumprido. Depois do DS 7 Crossback, o primeiro modelo da nova geração DS, vem agora o DS 3 Crossback, que tem a particularidade de estrear uma plataforma que vai ser utilizada em futuros modelos de todo o grupo.

A CMP “Multi-energias” será utilizada para motorizações a gasolina, a gasóleo e elétricos, daí caber a este SUV compacto a abertura das hostilidades na mobilidade elétrica. Enquanto não chega o elétrico que, promete a DS, terá uma autonomia de 320 quilómetros, este novo modelo pretende atrair consumidores com motores 1.2 Purtech e nos 1.5 BlueHDi.

No caso da gasolina, o 1.2 terá potências de 100 cv (com caixa manual) e de 130 cv (com caixa automática de oito velocidades), havendo um novo motor com 155 cv. Já no diesel, a potência é, para já, de 100 cv. O motor de 130 cv (com caixa automática) só chegará no final do verão. Enquanto os preços a gasolina começam nos 27.800 euros, o diesel terá um custo de 30.735 euros, ficando a faltar o valor de venda do E-Tense.

Estilo condensado, DS em expansão

O DS 3 Crossback, que vai estar disponível com cinco níveis de equipamento, com destaque para a edição limitada de lançamento “La Première”, quer ser a referência no segmento dos SUV compactos premium — os concorrentes são o Audi Q2 e o Mini Countryman, assume a própria DS.

Esse objetivo, acredita, poderá ser alcançado com este novo modelo. O DS 3 Crossback “concentra todo o savoir-faire da marca” em termos de conforto, tecnologia, serenidade de condução e requinte. Tudo num formato ultracompacto. E, de facto, esteticamente, encontram-se várias semelhanças entre o 3 e o 7, especialmente na traseira, onde brilham os farolins esguios, mas também as saídas de escape. A lateral com os vincos “barbatana de tubarão”, sem puxadores visíveis, confere um ar mais musculado ao SUV que se torna imponente na frente com os rasgos verticais por baixo dos faróis LED Matrix.

A atenção ao detalhe percetível no exterior atinge o seu auge no interior. Materiais de elevada qualidade (alcântara e pele), muita tecnologia e uma sensação de requinte. É o que se sente ao volante do DS 3 Crossback, mas também é o que transpiram as Stores da marca. São três, por agora, mas vêm aí mais duas para dar resposta ao esperado aumento da procura. Além de Lisboa, Porto e Braga, vai abrir uma DS Stores em Coimbra, ainda este semestre, e um ponto de venda da marca em Faro até ao final do ano.

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Costa sobre impostos europeus: “Não se pode estar na vida política sem correr riscos”

  • ECO
  • 24 Março 2019

Em entrevista ao Público, o primeiro-ministro explica por que defende impostos europeus e admite que seja difícil para um cidadão comum perceber a injeção de capital no Novo Banco.

O primeiro-ministro assume em entrevista ao jornal Público que defender impostos europeus não é popular e admite que para um cidadão comum é difícil entender as injeções de capital no sistema financeiro, como acontece no caso do Novo Banco.

“Não se pode estar na vida política sem correr riscos”, diz António Costa, que alerta para os riscos da não decisão, numa altura em que a União Europeia se confronta com uma redução de verbas com a saída do Reino Unido.

Na mesma entrevista, o líder socialista acrescenta que “a questão é saber que impostos europeus podemos criar” e argumenta que o que está em cima da mesa neste momento constitui até uma forma de proteção para alguma indústria em Portugal. “Uma tributação sobre os gigantes tecnológicos americanos não incide sobre nenhum português e repõe igualdade fiscal, por exemplo entre a Amazon e os distribuidores de livros portugueses.”

António Costa explica que considera “essencial” que em matéria fiscal a UE deixe cair a regra de votação por unanimidade, passando a vigorar a maioria qualificada. “Essa ideia de que vamos perder a nossa soberania pelo facto de abdicarmos da regra da unanimidade é desconhecer que a nossa soberania é afetada por aqueles que, por razões geográficas ou económicas, se oferecem como porto de refúgio fiscal, limitando a nossa capacidade de poder jogar com as mesmas armas”, argumenta.

Este tem sido um dos temas principais da campanha interna para as europeias de 26 de maio, principalmente por causa da contestação do candidato do CDS, Nuno Melo, a esta medida.

Sobre a aplicação em Portugal do Mecanismo de Capital Contingente – um instrumento criado a nível europeu que foi criado no âmbito da venda do Novo Banco em 2017 ao Lone Star -, o primeiro-ministro explica que “o problema hoje é que estamos numa fase de transição em que o Fundo de Resolução ainda não tem capital, em que os bancos não têm condições para antecipar o financiamento do Fundo de Resolução”.

O Novo Banco teve prejuízos de 1412 milhões de euros no ano passado, pedindo ao Fundo de Resolução uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros.

“Não tenho qualquer dúvida de que é difícil” para um cidadão comum compreender, diz Costa, assinalando, porém, que “há uma coisa que penso que todas as pessoas percebem: todos vimos, em 2008, como a falência de um banco, o Lehman Brothers, teve consequências brutais para a economia global. A estabilização do sistema financeiro é uma condição essencial”.

Na entrevista ao Público, e numa altura em que a União Europeia debate regras para os investimentos chineses, o chefe do Executivo destaca que foram estes os investidores que apostaram em Portugal, lembra a relação antiga entre Portugal e China, mas salienta que “o que temos de exigir aos investidores chineses é que cumpram as regras europeias”.

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