Crédito para a compra de casa volta a acelerar. Foram quase 10 mil milhões em 2018

A concessão de crédito para a compra de casa atingiu 9.835 milhões de euros no ano passado, revela o Banco de Portugal. Trata-se de um novo máximo desde 2010.

A concessão de crédito à habitação atingiu um novo recorde no ano passado. Os bancos disponibilizaram quase dez mil milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, revela o Banco de Portugal. Trata-se de um novo máximo desde 2010.

De acordo com a entidade liderada por Carlos Costa, em dezembro, a banca concedeu 903 milhões de euros em crédito à habitação. Trata-se do valor mais elevado dos últimos cinco meses, e que permite elevar para 9.835 milhões de euros o total do crédito para a compra de casa disponibilizado na totalidade do ano passado.

Este montante representa um novo máximo desde 2010, ano anterior ao pedido de ajuda financeira de Portugal, e sinaliza a persistência de subida dos empréstimos para a compra de casa. O total do crédito à habitação concedido em 2018 corresponde a um aumento de 19% face ao disponibilizado no ano anterior.

Esta subida sinaliza ainda que o travão do Banco de Portugal à disponibilização de crédito pode não estar a surtir os efeitos desejados. Desde o início de julho está em vigor um conjunto de recomendações por parte da entidade liderada por Carlos Costa que tem como objetivo garantir que o crédito disponibilizado às famílias tem em conta critérios que permitem prevenir situações de sobrendividamento.

Crédito da casa acelera até novo máximo

Fonte: Banco de Portugal

À semelhança da habitação, os empréstimos para consumo também voltaram a crescer no ano passado. Os bancos disponibilizaram 4.660 milhões de euros em créditos com esse fim, em 2018. Ou seja, 10% acima do verificado no ano anterior e o montante mais elevado desde em 14 anos. Seria necessário recuar até 2004 para ver um montante mais elevado.

No que respeita aos empréstimos com outros fins, a tendência é distinta. Foram disponibilizados aos portugueses 1.823 milhões de euros em empréstimos com esse fim, em 2018, menos 7% do que em 2017, e o montante anual mais baixo do histórico do Banco de Portugal que tem início em janeiro de 2003.

Em termos globais, as famílias foram buscar à banca mais de 16 mil milhões de euros no ano passado. Mais especificamente, 16.318 milhões de euros, valor que é o mais elevado desde 2010. Face a 2017 representa um aumento de 13%.

Crédito às empresas também sobe

Relativamente ao setor empresarial, o ano passado também foi marcado por uma aceleração da concessão de empréstimos. Os bancos concederam 31.590 milhões de euros em crédito às empresas, 9,5% acima do verificado em 2017, ano em que a concessão a este setor tinha sido a mais baixa desde pelo menos o ano de 2003.

Em termos de dimensão, em 2018, a maior parcela de empréstimos foi disponibilizada às empresas de menor dimensão (até um milhão de euros): 17.661 milhões de euros. Já às grandes empresas foram disponibilizados 13.929 milhões de euros.

Somando famílias e empresas, em 2018, os bancos concederam perto de 48 mil milhões de euros em crédito. Mais em específico, 47.908 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h57 com mais informação)

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RFF distinguida pelo World Tax

Sociedade ficou colocada na 'Tier 1', na categoria de “General Coporate Tax”. Rogério Fernandes Ferreira, sócio fundador do escritório, também foi distinguido.

A RFF & Associados foi distinguida pelo World Tax como ‘Tier 1’ na categoria de “General Coporate Tax”. Os sócios da RFF Rogério Fernandes Ferreira, sócio fundador, e Marta Machado de Almeida foram também distinguidos, em todas as categorias previstas de “Tax Controversy”, “Indirect Tax”, e “Women in Tax”, e foram ainda identificados como “Highly Regarded”.

O World Tax é um ranking produzido em parceria com a International Tax Review de Londres. Analisa mais de 50 jurisdições e distingue, anualmente, as firmas e os advogados líderes mundiais da área de fiscal, em resultado do reconhecimento dos seus clientes.

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Ambiente gera 7,5% das receitas fiscais em Portugal

Impostos ambientais valeram aos cofres do Estado, em 2017, 5,04 mil milhões, o valor mais elevado desde 1995 e que representa 7,5% do total das receitas fiscais. Portugal está acima da média da UE.

Impostos sobre os combustíveis, taxas sobre os sacos plásticos, taxas sobre a recolha e tratamento de resíduos sólidos. Os exemplos de taxas e impostos ambientais são inúmeros e valeram, em 2017, aos cofres do Estado 5,04 mil milhões de euros — o valor mais elevado desde 1995 e que representa 7,5% do total das receitas fiscais e contribuições sociais do país. Portugal está ligeiramente acima da média europeia. Os extremos são ocupados pela Letónia com 11,2% e dos 4,4% do Luxemburgo, revela o Eurostat esta terça-feira.

O organismo europeu de estatística publica a percentagem dos impostos ambientais nos países europeus que ascenderam a 369 mil milhões de euros, em 2017, no conjunto da União Europeia, que compara com os 264 mil milhões de euros arrecadados em 2002. No entanto, no mesmo período de tempo, revela o Eurostat, a percentagem de impostos ambientais no total da receita fiscal e das contribuições sociais (excluindo as contribuições sociais imputadas) desceu de 6,8% em 2002 para 6,1% em 2017.

Percentagem dos impostos ambientais nos Estados membros em 2017

Fonte: Eurostat; Valores em % das receitas totais de impostos e contribuições sociais

 

Os impostos sobre a energia respondem por mais de três quartos do total das receitas com impostos ambientais (77% do total), muito acima dos impostos cobrados sobre os transportes (20%) ou sobre a emissão de gazes ou sobre a uso de recursos (3%). Portugal segue a tendência europeia, tal como o INE já tinha divulgado em outubro.

Em 2017, o Imposto Sobre os Produtos petrolíferos e energéticos (ISP) representou a maior fatia dos impostos ambientais (69,3% do total) com um total de 3,5 mil milhões de euros, o Imposto sobre Veículos (ISV) representou 15,3% com uma receita de 775 milhões de euros e o Imposto Único de Circulação (IUC) 11,9% ao arrecadar 598 milhões de euros. Estes três impostos representaram 97% do total dos impostos com relevância ambiental.

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Revista de imprensa internacional

O Deutsche Bank está com dificuldades no financiamento, ao pagar taxas muito altas. Na Nissan, as previsões foram revistas em baixa com uma queda nas vendas e também com os encargos com Ghosn.

O Deutsche Bank está com dificuldades em financiar-se, pagando as taxas mais altas entre os bancos europeus. O grupo Dia também está à procura de capital e, para isso, o seu CEO vai fazer-se à estrada para apresentar o plano aos investidores. Nos Estados Unidos já há um plano para evitar outro shutdown do Governo, que inclui financiamento para o muro na fronteira com o México, apesar de ser um valor mais baixo do que Trump queria. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes internacionais.

Financial Times

Deutsche Bank com custos de financiamento mais altos da banca europeia

Este ano trouxe para o alemão Deutsche Bank as maiores taxas de financiamento de grandes bancos internacionais no mercado de dívida do euro, o que é mais um sinal da dificuldade da instituição financeira em reduzir os custos de financiamento. Depois de colocar milhões de euros em dívida, pagou acima do valor de referência, e os custos ficaram também acima dos do banco italiano UniCredit. Leia a notícia completa na Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

Democratas e republicanos chegam a acordo para evitar shutdown

Os negociadores democratas e republicanos conseguiram alcançar um acordo para financiar o muro na fronteira com o México, de forma a evitar outro shutdown do Governo norte-americano. O montante determinado no acordo para o financiamento do muro é de 1,4 mil milhões de dólares, abaixo dos 5,7 mil milhões que Trump queria. O documento segue agora para o Congresso, onde tem de ser aprovado, e depois assinado por Trump. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Nissan revê em baixa previsões para 2019

Os encargos com o processo que envolve Carlos Ghosn, por ocultar rendimentos, em conjunto com uma queda nas vendas globais levou a fabricante japonesa Nissan a cortar as projeções de resultados para este ano. Terão sido cerca de 84 milhões de dólares de custos adicionais com Ghosn. Apesar do último trimestre do ano ter trazido mais vendas, quando se olha para os resultados entre abril e dezembro os lucros caíram aproximadamente 45% face ao mesmo período do ano anterior. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

CEO do grupo Dia faz-se à estrada para aumentar capital

O líder do grupo espanhol Dia, Borja de la Cierva, vai fazer um roadshow para apresentar aos investidores as contas e o plano de negócio para reestruturar a empresa, que culmina no aumento de capital de 600 milhões de euros. Passando por Nova Iorque e Londres, vai explicar como está a planear recuperar das perdas de 352,6 milhões de euros. Leia a notícia aqui no Expansión (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Valor Económico

Governo de Bolsonaro modifica reforma em antecipação a críticas

Para se preparar para as principais críticas apontadas à reforma na providência social, que fizeram falhar o projeto de Michel Temer, o Governo de Jair Bolsonaro decidiu reformular a proposta. Na nova estratégia está prevista a redução da contribuição daqueles com rendimentos mais baixos, de 8% para 7,5% do salário. As forças armadas, um elemento que ficou de fora da proposta de Temer, ganha também um lugar no plano de Bolsonaro, por exemplo com um aumento do tempo de serviço de 30 para 35 anos. Leia a notícia aqui no Valor Económico (acesso pago).

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Praça de Espanha vai ficar mais verde. Veja o que muda

O Parque Urbano da Praça de Espanha vai nascer em 2020 com cinco hectares e vai ligar a Praça de Espanha e a Fundação Gulbenkian através de uma ponte pedonal.

O Parque Urbano da Praça de Espanha, em Lisboa, deverá estar concluído em 2020, pelo menos é essa a vontade da Câmara de Lisboa (CML). Com acesso direto aos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, o futuro espaço verde dos lisboetas contribuirá para uma “cidade mais verde e sustentável”, nas palavras de Fernando Medina, durante a apresentação da proposta vencedora do concurso público internacional, esta segunda-feira.

“Nós contamos que as obras estejam concluídas no próximo ano, em 2020, iniciando-se já este ano na rede viária, depois no parque verde, e nessa altura estará concluída aquilo que é verdadeiramente uma marca da Lisboa do futuro, uma cidade mais verde, mais sustentável, com mais espaço público e com mais ciclovias“, disse o presidente da CML.

O Parque Urbano da Praça de Espanha, com cerca de cinco hectares e “de tamanho semelhante ao Jardim da Estrela”, vai contar, assim, com mais de 600 árvores plantadas, zonas de “clareiras de fruição”, parques infantis, esplanadas, quiosques, e onde a água será um “elemento central”, descreveu Medina, durante o evento que decorreu na Gulbenkian.

Em termos de acessibilidades, o parque vai ter uma “ponte pedonal” que fará a ligação entre a Praça de Espanha e a Fundação Gulbenkian, revolucionando uma “zona hoje inacessível às pessoas”, referiu Medina.

No que diz respeito à circulação rodoviária, o presidente da CML explicou que haverá uma ligação direta da Avenida de Berna à Avenida Calouste Gulbenkian. Uma melhoria direcionada a “quem pretender sair da cidade de Lisboa, em direção a Monsanto ou à ponte”, porque “vai direto e escusa de circundar toda a Praça de Espanha”.

“Também para quem quer fazer a ligação entre a Avenida dos Combatentes e a Avenida António Augusto Aguiar [ela] será direta nos dois sentidos. Isto é, quem pretende entrar na cidade de Lisboa via norte, descendo a Avenida dos Combatentes, prosseguirá em frente naturalmente para a Avenida António augusto Aguiar”, completou.

Durante o evento, Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, referiu ainda que em breve será lançado um “concurso de ideias para a extensão do Parque Gulbenkian para o seu vértice sul”, um projeto que deverá estar concluído “pouco tempo depois do Parque Urbano da Praça de Espanha”.

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Advogada da Morais Leitão coordena pós-graduação em M&A

Catarina Monteiro Pires, sócia do escritório, vai estar na coordenação do primeiro curso pós-graduado em M&A e corporate litigation, da Universidade de Lisboa. Decorre entre 12 de março e 2 de julho.

A sócia da Morais Leitão Catarina Monteiro Pires, autora da recente obra “Aquisição de Empresas e de Participações Acionistas”, vai integrar o núcleo de coordenação da primeira edição do curso de pós-graduação em M&A e corporate litigation, da faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

O curso, que decorre sob a organização do Centro de Investigação de Direito Privado desta faculdade — o CIDP — entre os dias 12 de março e 2 de julho deste ano, procura oferecer uma formação intensiva em direito de aquisição de empresas e em contencioso societário.

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Já pensou empregar alguém com paralisia cerebral? Conheça o trabalho da FAPPC

  • ECO + FAPPC
  • 12 Fevereiro 2019

Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral presta apoio e serviços a cerca de 20.000 cidadãos com paralisia cerebral.

A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, que tem por missão promover (a nível nacional e internacional) a qualidade, desenvolvimento, sustentabilidade e inovação científica, tecnológica e organizacional das Associações de Paralisia Cerebral no território nacional, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, através das suas 18 associadas – que prestam apoio e serviços a cerca de 20.000 cidadãos com paralisia cerebral.

E são esses 20.000 cidadãos, a sua realidade e os seus problemas, que levam a FAPPC a destacar a importância da Responsabilidade Social das empresas – uma área que tem vindo a observar uma dinâmica crescente em Portugal, envolvendo atores, públicos e privados, assim como organizações não governamentais.

Este movimento [de Responsabilidade Social] encontra-se em estreita sintonia com a consciência da sociedade da necessidade de um maior equilíbrio entre as atuações humanas (individualmente consideradas) e as iniciativas empresariais (num quadro de progressiva evolução para novos modelos de cidadania individual e empresarial, em sintonia com o desiderato do desenvolvimento sustentável).

A missão da FAPPC enquadra-se neste desenvolvimento sustentável. E a ação da FAPPC contribuirá – arrisco – para a melhoria das políticas de Reabilitação, Educação, Saúde, Formação e Emprego da pessoa com paralisia cerebral, situações neurológicas afins e com comprometimento motor. Melhoria que, sendo conseguida, garantirá as condições de intervenção aos/às seus/suas representantes.

Será “só” assim que se observará uma sociedade participativa e inclusiva – onde todos e cada um podem contribuir e colaborar para o bem comum.

Reconhecendo a pertinência do Decreto-Lei n.º 106/2013, de 30 de julho – que veio definir o estatuto das Organizações Não-Governamentais das Pessoas com Deficiência –, bem como os apoios a conceder pelo Estado a tais organizações, há que destacar que tais apoios ficam aquém do minimamente necessário. E tal é notório quando, por exemplo, temos que recrutar recursos especializados para emitir pareceres, recomendações ou, até, na colaboração na recolha e análise dos dados para elaborar relatórios sobre Políticas, Normas, Dados ou Estudos.

Só com tal tipo de intervenção e atuação é que a FAPPC pode cumprir a sua missão. E só com a efetivação de tais apoios é que a FAPPC conseguirá, na plenitude – e com um sentimento de dever cumprido! –, defender os direitos das pessoas com paralisia cerebral, estreitar sinergias entre as associações de Paralisia Cerebral e colaborar na efetiva e diária aplicação da Convenção dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência.

Mas há sempre muito mais para fazer. Muito mais que se quer fazer. Que queremos fazer… Queremos apostar no desenvolvimento de projetos, fortalecer as linhas orientadoras em torno dos temas da vida das pessoas com paralisia cerebral, intensificar a representação da FAPPC nos organismos para a deficiência, manter a liderança e acompanhamento ao “Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos 5 anos”, incentivar ainda mais os eventos nacionais, e, de forma constante e assumida, sensibilizar as empresas nacionais e multinacionais para as inúmeras questões e problemas relacionados com a paralisia cerebral. Relacionados, mais especificamente, com as pessoas com paralisia cerebral.

A FAPPC é a única organização não-governamental de âmbito nacional da área da paralisia cerebral. A ação, participação e intervenção da FAPPC passa pela presença e relacionamento com inúmeras instituições e entidades. Citando apenas algumas, Instituto Nacional para a Reabilitação, International Cerebral Palsy Society, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Comissão de Acompanhamento aos CRI (Direção Geral da Educação), Fórum para a Integração Profissional das Pessoas com Deficiência, Comissão Nacional para os Direitos Humanos (Ministério dos Negócios Estrangeiros), Surveillance Cerebral Palsy Europe, Comissão Técnica do Prémio “Concelho Mais Acessível”, Intervenção Precoce na Infância, Mecanismo de Monitorização da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, Comissão de Políticas de Inclusão das Pessoas com Deficiência, Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, Comissão de Trabalho e Segurança Social e, ainda, o Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência. Mas, adicionalmente, a FAPPC tem participação constante em inúmeras conferências e grupos de trabalho.

E é esse o nosso futuro. De participação constante. De maior presença. E de mais resultados, práticos, para as nossas 18 associadas e, naturalmente, para os milhares de cidadãos referidos no início deste texto.

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Banco de Portugal tem até 23 de maio para entregar lista extraordinária dos grandes devedores à banca no Parlamento

A entidade liderada por Carlos Costa dispõe de um prazo de 100 dias para divulgar os grandes devedores dos bancos que recorreram a ajuda estatal, prazo que a instituição já disse não ser "exequível".

A lei que obriga à divulgação dos grandes devedores dos bancos que beneficiem de apoio estatal foi publicada esta terça-feira em Diário da República. A nova lei que entra em vigor nesta quarta-feira determina que o Banco de Portugal entregue até ao dia 23 de maio um relatório sobre as ajudas públicas dadas aos bancos nos últimos 12 anos. Prazo que a entidade liderada por Carlos Costa já tinha dito não ser “exequível”.

“No prazo de 100 dias corridos da publicação da presente a lei, o Banco de Portugal entrega à Assembleia da República um relatório extraordinário com a informação relevante relativa às instituições de crédito abrangidas em que, nos 12 anos anteriores à publicação da presente lei, se tenha verificado qualquer das situações de aplicação ou disponibilização de fundos públicos”, determina o diploma hoje publicado em Diário da República.

Em causa estão Caixa Geral de Depósitos (CGD), BES/Novo Banco, Banif, BPN, mas também BCP e BPI, que recorreram a instrumentos de capital do Estado para atingir rácios de capital mínimos na altura da intervenção da troika.

Com a entrada em vigor do diploma nesta quarta-feira, arranca também a contagem dos 100 dias, que termina a 23 de maio. Este prazo foi contestado pelo Banco de Portugal que considerou que “não era exequível” para a apresentação desse relatório extraordinário nos termos pretendidos.

Sempre que houver ajuda estatal, BdP tem 120 dias para fazer relatório

Para além desse relatório extraordinário, ao abrigo da nova lei dos grandes devedores, o Banco de Portugal é obrigado a recolher e enviar para a Assembleia da República informação relevante sempre que um banco seja ajudado com fundos públicos.

Essa informação inclui em relação a cada posição financeira o valor do crédito, financiamento ou garantia concedido, o valor do capital reembolsado, a data da concessão e de eventuais reestruturações de crédito e a identificação do devedor da grande posição financeira (que se caracteriza por ter um montante superior a cinco milhões de euros, que se encontre registo no balanço do banco ou que tenha sido eliminado do balanço nos últimos cinco anos por perdão e quando haja um incumprimento de mais de três prestações), entre outros. Esta informação tem de ser enviada para o Parlamento em 120 dias depois da decisão de ajuda ao banco e atualizada no prazo de um ano depois.

Isto é o que o Banco de Portugal tem de revelar aos deputados sobre os devedores:

  • Valor do crédito, financiamento ou garantia concedido originariamente ou da participação societária adquirida;
  • Data da concessão e de eventuais reestruturações do crédito, financiamento ou garantia, ou da aquisição da participação societária;
  • Valor do capital que foi reembolsado à instituição de crédito abrangida;
  • Valor das perdas de capital e juros verificadas após eventual execução ou reestruturação;
  • Valor das perdas de capital e juros estimadas;
  • Existência e tipo de garantia ou qualquer forma de colateral;
  • Identificação do devedor da grande posição financeira, assim como, no caso de pessoas coletivas, dos respetivos sócios;
  • Identificação dos membros da administração e dirigentes da instituição de crédito abrangida que participaram na decisão de concessão da grande posição financeira ou na decisão da sua eventual renovação ou reestruturação, bem como na avaliação das garantias prestadas;
  • Identificação das ações e medidas para recuperação da grande posição financeira realizadas ou em curso, pela instituição de crédito abrangida.

Relativamente a esse reporte de informação, o Banco de Portugal também apresentou reservas. “Atualmente as instituições não reportam ao Banco de Portugal a totalidade da informação relevante prevista no projeto”, pelo que para cumprir essa obrigação com os detalhes pedidos teria de ser criado “um novo reporte para as instituições”, deu nota o regulador da banca, referindo ainda que o diploma não lhe confere habilitação regulamentar para tal.

A entidade liderada por Carlos Costa alertou ainda para outro problema. Designadamente que não tem competências de pedir esse reporte de informação aos maiores bancos que operam em Portugal, uma vez que a sua supervisão é feita pelo Banco Central Europeu (BCE) e é essa entidade que pode criar novos reportes para instituições significativas.

Os bancos designados como instituições significativas são aqueles que, por serem de grande dimensão, são supervisionados diretamente pelo BCE e não pelos bancos centrais nacionais. Em Portugal, Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco estão sob supervisão direta de Frankfurt.

(Notícia atualizada às 10h18 com mais informação)

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Enfermeiros: Plataforma de crowdfunding adia entrega de dados à ASAE

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2019

A plataforma que aloja o crowdfunding que está angariar verbas para financiar a greve dos enfermeiros decidiu pedir primeiro um parecer à Comissão Nacional de Proteção de Dados.

A PPL, a plataforma que aloja o crowdfunding que está angariar verbas para financiar a greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, já foi notificada pela ASAE para fornecer todos os dados sobre os financiadores, no prazo de cinco dias úteis. No entanto, apesar de a ASAE ser uma polícia, a plataforma, para se proteger, decidiu pedir primeiro um parecer à Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), dá conta o Diário de Notícias, nesta terça-feira.

A PPL tem acesso a todos os dados que os meios de pagamento usados para fazer o donativo proporcionam — e esse pagamento pode ser feito por MB Way, PayPal, transferência bancária ou multibanco, tendo até ao momento já reunido 784 mil euros.

Yioann Nesme, sócio-gerente da PPL, disse ao Diário de Notícias ter sido notificada pela ASAE na passada sexta-feira, tendo-lhe sido dado nessa ocasião um prazo de cinco dias úteis para responder. É nesse espaço de tempo que espera receber a resposta da CNPD quanto à legalidade de fornecer as informações, tendo esta entidade confirmado a receção do pedido da plataforma digital.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros que tinha mostrado a sua concordância na identificação e divulgação dos contribuintes para o crowfunding, já tinha alertado para a necessidade de pedir um parecer à CNPD, de forma a evitar que os enfermeiros fossem “acusados de ter divulgado ilegalmente dados pessoais”.

Entretanto, o Público (acesso condicionado) dá ainda conta de que o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) pediu ao Supremo Tribunal Administrativo (STA) que considere inválida a requisição civil decretada na semana passada pelo Conselho de Ministros e obrigue os membros do Governo a pagar dez mil euros por dia se estes se recusarem a cumprir uma decisão judicial.

Na intimação, a que o jornal teve acesso, o Sindepor acusa o Governo de ter lançado “uma gigante campanha de manipulação da opinião pública” para virar os cidadãos contra a greve dos enfermeiros e enumera uma série de estratagemas usados para se responsabilizar os enfermeiros por várias das cirurgias adiadas.

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Banqueiro compra quintas do antigo líder da Casa do Douro

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2019

Fernando Teles, sócio de Isabel dos Santos no banco BIC, adquiriu propriedades de Manuel António Santos, que incluem duas quintas, por 1,9 milhões de euros.

As quintas do último presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, que foi à falência e deixou uma dívida de 160 milhões ao Estado, foram compradas pelo banqueiro Fernando Teles. O sócio de Isabel dos Santos no banco BIC adquiriu as propriedades por 1,9 milhões de euros.

O pacote que o banqueiro detém agora inclui as quintas da Boa Vista e da Ponte, em Vilarinho dos Freires, em Peso da Régua, e ainda quatro terrenos, o mais caro dos quais avaliado em 34 mil euros, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). Fernando Teles conseguiu fechar o negócio antes do leilão dos ativos, que estava marcado para a passada sexta-feira, e que era já a segunda tentativa de alienação dos bens.

A primeira tentativa de vender os imóveis não teve sucesso por ter recebido propostas abaixo dos valores fixados pelos credores. Se tivesse sido realizado o segundo leilão, o valor base da quinta da Boa Vista seria 1,4 milhões de euros, enquanto a licitação da quinta da Ponte começaria nos 773 mil euros.

Os credores de Manuel António Santos recuperam assim cerca de metade dos créditos de 3,6 milhões de euros, devidos a nove entidades. A sociedade estatal Parvalorem, que ficou com os ativos tóxicos do BPN, que foi por sua vez comprado pelo BIC, é o principal credor. A encabeçar os acionistas do BIC, tanto em Portugal como em Angola, estão Isabel dos Santos e Fernando Teles.

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Famílias chinesas gastaram mais de 130 mil milhões de euros durante Ano Novo Lunar

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2019

As compras das famílias chinesas, durante a semana de férias do Ano Novo Lunar, cresceram 8,5% face ao ano anterior, mas foi a menor subida homóloga desde 2011.

As famílias chinesas gastaram 1,01 bilião de yuan (130.642 milhões de euros) em compras, durante a semana de férias do Ano Novo Lunar, mais 8,5% do que no anterior, mas a menor subida homóloga desde 2011.

Os dados avançados esta terça-feira pelo ministério chinês do Comércio incluem gastos em lojas, viagens e restauração, entre 3 e 8 de fevereiro.

O comércio eletrónico foi, mais uma vez, um dos principais beneficiados da principal festa das famílias chinesas. Só o Jingdong (JD), uma das maiores plataformas de comércio online da China, registou um aumento homólogo de ordens de 42,7%.

Utensílios de cozinha foi a categoria de produto cujas vendas mais cresceram naquela plataforma, em relação a 2018, com um aumento de 399%, seguida por móveis (185%) e bagagens (148%).

Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas da China, o consumo contribuiu para 76,2% do crescimento económico da China, no ano passado, com um aumento de 18,6%, face a 2017.

“A julgar pelos principais indicadores económicos, a procura doméstica tornou-se numa força decisiva do crescimento económico da China”, afirmou Wang Bin, vice-diretor geral do Departamento de operações de mercado e promoção do consumo, do ministério do Comércio, citado pelo jornal oficial China Daily.

No entanto, o ritmo de crescimento homólogo do consumo durante o Ano Novo Lunar foi o mais lento dos últimos nove anos, ilustrando a tendência de abrandamento na economia chinesa.

Em 2018, por exemplo, os gastos durante a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, aumentaram 10,2%, face ao ano anterior, para 926.000 milhões de yuan (120.982 milhões de euros).

A economia da China, a segunda maior do mundo, cresceu 6,6%, em 2018, ou seja, ao ritmo mais lento dos últimos 28 anos.

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Governo alarga prazo para pagamento do IVA às Finanças

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2019

Contribuintes que tenham de entregar ao Estado o IVA mensal ou trimestral vão ter mais cinco dias para proceder a esse pagamento.

Os contribuintes vão ter mais cinco dias para efetuar o pagamento do IVA mensal e trimestral às Finanças. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago) que cita uma proposta de lei apresentada pelo Governo no Parlamento. Essa extensão não mexe contudo no prazo para a entrega das declarações periódicas do IVA que se mantêm inalteradas.

Essa proposta foi bem acolhida pelos contabilistas, que assim ganham tempo no cumprimento das obrigações fiscais dos seus clientes.

Presentemente, o prazo de entrega das declarações mensais e trimestrais de IVA e o prazo de pagamento é o mesmo. As declarações mensais devem ser entregues, por via eletrónica, até ao dia 10 do segundo mês seguinte ao que respeitam as operações. No regime trimestral, que se aplica aos contribuintes que têm um volume de negócios inferior a 650 mil euros no ano anterior, a declaração deve ser entregue até ao dia 15 do segundo mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações.

Ora, estes prazos mantêm-se, mas o pagamento do imposto apurado pode ser feito cinco dias mais tarde, face a estas datas.

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