Aprender a poupar. Já

  • ECO + Livros Horizonte
  • 11 Fevereiro 2019

O livro “Aprenda a poupar já!” é um guia prático que visa apoiar os leitores no caminho para a independência financeira e no seu plano de reforma.

Começando no diagnóstico das suas finanças pessoais, passando por um conjunto de estratégias para adaptar o seu orçamento mensal ao objetivo da poupança e, finalmente, como acelerar o seu crescimento através do investimento, esta publicação cobre as várias vertentes de poupança.

O objetivo é contribuir para uma melhor perceção do papel essencial que o investimento desempenha nas nossas poupanças, desmistificar alguns conceitos e mitos, bem como despertar a consciência para uma gestão criteriosa das nossas despesas.

O livro já está disponível em livrarias por todo o país e no site da editora.

Sobre os autores

Alexandra Ferreira

Foi jornalista de economia nos jornais O Independente, Semanário Económico, Diário Económico, no Rádio Clube Português e na Económico TV. Dedica-se particularmente à área dos mercados financeiros, investimento e poupança.

Nuno Serafim

Tem uma carreira na área de gestão de investimentos, e é atualmente administrador da IM Gestão de Ativos, tendo anteriormente desempenhado funções de diretor de Novos Produtos da Intermoney Valores (Grupo CIMD).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

A economia britânica mostra sinais de abrandamento, à medida que a antecipação do Brexit começa a produzir efeitos. Itália pede à NATO que altere os cálculos da despesa com a Defesa.

Enquanto continua o impasse da saída do Reino Unido da União Europeia, as precauções tomadas tendo em conta as possibilidades do Brexit fazem a economia arrefecer. As áreas mais afetadas são a produção industrial, e os gastos dos consumidores. Itália, para eliminar os obstáculos aos planos de medidas sociais, pede à NATO que repense a fórmula de calcular os gastos com a Defesa. Já em França, a Airbnb enfrenta um processo, por ter alguns anúncios que podem violar a lei do país que limita o tempo anual de arrendamento. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

The Guardian

Crescimento da economia britânica arrefece com antecipação do Brexit

Já se começam a notar efeitos do Brexit na economia britânica. O PIB do Reino Unido cresceu 0,2% no quarto trimestre de 2018, com a produção industrial e os gastos dos consumidores a caírem, à medida que as precauções com a saída da União Europeia aumentam. Quando se olha para o crescimento anual, este fixou-se nos 1,4%, o ritmo mais baixo de expansão desde 2012. As previsões do Banco de Inglaterra apontam para que a economia abrande ainda mais na primeira metade deste ano. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Roma pede à NATO para alterar cálculo dos gastos com Defesa

O Governo italiano quer que a NATO mude a forma como calcula os contributos de cada país para o orçamento da instituição. A ministra da Defesa, Elisabetta Trenta, defende que os investimentos não militares que têm em vista aumentar a segurança dos cidadãos deveriam contar para os gastos com a defesa. A organização tem uma regra que define que a despesa nesta área deve corresponder a 2% do PIB. Este pedido surge numa altura em que Itália tem nos planos um aumento nos gastos sociais para cumprir com as promessas eleitorais. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Les Echos

Paris processa Airbnb por anúncios ilegais

O alegado incumprimento de uma lei francesa, que impede os proprietários de arrendar uma casa por mais de 120 dias por ano, levou a cidade de Paris a processar a Airbnb. Em causa estão cerca de mil anúncios que podem estar a violar a lei, e cada um enfrenta uma multa de 12.500 euros. O valor total que a plataforma de aluguer de casas pode vir a ter de pagar ascende assim aos 12,5 milhões de euros, se todos os anúncios forem de facto ilegais. Leia a notícia completa no Les Echos (acesso condicionado/conteúdo em francês).

Cinco Días

Auditoria ao grupo Dia revela práticas irregulares

O grupo espanhol Dia apresentou as contas de 2018, que permitiram descobrir vários aspetos das práticas da empresa. Foi realizada uma auditoria forense, que encontrou emails com indícios de práticas irregulares, nomeadamente a intenção de ocultar informações do Conselho de Administração e dos auditores e acionistas. Os resultados do grupo mostram ainda que as oito maiores filiais registaram perdas de quase 200 milhões de euros. Leia a notícia aqui no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Reuters

Orbán anuncia incentivos financeiros para aumentar a natalidade

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, aproveitou o discurso do Estado da União para apresentar medidas que visam aumentar a natalidade, ao mesmo tempo que defende uma posição contra a emigração. Entre os benefícios fiscais e para empréstimos para as famílias que o líder anunciou, inclui-se a isenção de impostos para as mulheres que tenham quatro ou mais filhos, para o resto da vida. Orbán indicou ainda que quer manter o crescimento da economia dois pontos acima da média da União Europeia. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia do Reino Unido cresceu ao ritmo mais baixo desde 2012

  • Lusa e Guilherme Monteiro
  • 11 Fevereiro 2019

O Produto Interno Bruto do Reino Unido cresceu 1,4% em 2018, no que é um abrandamento em relação ao ano anterior. No último trimestre do ano expandiu-se apenas 0,2%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,4% em 2018, contra 1,8% em 2017, o ritmo mais baixo desde 2012, informou esta segunda-feira a agência nacional de estatística britânica (ONS nas siglas em inglês).

A ONS (Office for National Statistics) indicou que o PIB se expandiu apenas 0,2% no último trimestre de 2018, menos que o esperado devido ao recuo na construção e da produção industrial, como consequência do processo do Brexit.

Apesar dos números, o ministro britânico do Comércio, Liam Fox, descartou o Brexit como a única justificação para o abrandamento da economia do país. O responsável lembrou, por exemplo, que muitas economias europeias foram também afetadas pela desaceleração do crescimento da economia chinesa.

As declarações foram feitas em Berna, na capital da Suíça, onde o ministro britânico esteve reunido com o ministro suíço da Economia para assinar um acordo comercial de continuidade e garantir, dessa forma, que as relações comerciais entre os dois países se vão manter caso o Reino Unido abandone a União Europeia a 29 de março sem um acordo.

Liam Fox lembrou que cerca de 12% do comércio britânico se faz ao abrigo de acordos de livre comércio estabelecidos pela União Europeia, sendo que a Suíça representa um quinto dessa percentagem.

O ministro britânico do Comércio já anteriormente havia dito que Londres conseguia reverter todos os acordos comerciais atuais que se estabelecem através da União Europeia. No entanto, até agora, conseguiu apenas concluir acordos com o Chile, as Ilhas Faroé e a Suíça.

“Estamos confiantes de que poderemos manter uma proporção muito alta dessa continuidade do comércio. É claro que também é sempre dependente dos outros parceiros que queiram manter essa continuidade”, salientou.

Face aos dados esta segunda-feira conhecidos de desaceleração económica, a libra esterlina depreciou-se 0,4% face ao dólar, para 1,28 dólares, e 0,1% face ao euro, para 1,14 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Voi disponibiliza 100 trotinetas elétricas em Faro. Fenómeno chega ao Algarve

Depois de Lisboa, Faro torna-se a segunda cidade portuguesa a ver o fenómeno das trotinetas elétricas florescer. A Voi foi a primeira e já tem 100 trotinetas para usar na cidade.

O fenómeno das trotinetas elétricas rumou ao sul do país. A Voi, que lançou recentemente as operações na cidade de Lisboa, anunciou esta segunda-feira que passou a disponibilizar estes veículos também na cidade de Faro. Para já, foram postas 100 trotinetas nas ruas, sendo que o Algarve torna-se, assim, a segunda região em Portugal a receber as trotinetas elétricas, apurou o ECO junto de fonte oficial da Voi.

A empresa sueca já terá autorização da autarquia para operar: “O presidente da Câmara Municipal de Faro mostrou grande entusiasmo” pelo “lançamento da mobilidade partilhada” naquela cidade algarvia, garante a Voi, num comunicado em que cita Rogério Bacalhau. “Os habitantes e visitantes da cidade de Faro poderão usufruir de trotinetas elétricas, as quais poderão ser desbloqueadas através da app”, sublinha a Voi.

“O apoio da Câmara Municipal de Faro foi fundamental para que assegurar que as [trotinetas da] Voi são colocadas nos locais onde são mais necessárias. Esta colaboração resulta na oferta de uma mobilidade mais eficiente não apenas para os residentes mas também para os estudantes da Universidade do Algarve e para os milhares de turistas que a cidade recebe todos os anos”, indica o diretor-geral da Voi, Frederico Venâncio.

O custo do serviço é equivalente aos preços praticados em Lisboa. O desbloqueio de uma trotinete com o scan ao código QR (com a câmara do telemóvel) custa um euro. Os utilizadores pagam depois 15 cêntimos por cada minuto de utilização. No final, as trotinetas devem voltar a ser bloqueadas através da aplicação. O custo final é automaticamente debitado no cartão de crédito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica ganha 10 a 0 em campo. Em bolsa avança 8%

As ações da SAD do Benfica valorizam 8%, para máximos de mais de quatro meses, depois de o clube liderado por Bruno Lages ter derrotado o Nacional da Madeira por 10-0.

O Benfica celebrou em campo neste domingo, e os investidores fazem a festa em bolsa. As ações do clube das Águias aceleram 8% na bolsa nacional, nesta segunda-feira, depois da vitória por 10-0 em casa. Há 55 anos que os encarnados não tinham uma vitória tão expressiva no campeonato nacional.

As ações da SAD liderada por Luís Filipe Viera arrancaram a sessão a valorizar 5%, tendo entretanto acelerado os ganhos para 8%. As ações do clube da Luz negoceiam nos 2,16 euros, nível a que não se assistia há mais de quatro meses. Mais em concreto desde 2 de outubro de 2018.

SAD do Benfica acelera em bolsa

A subida das ações é acompanhada por um aumento do volume de transações. Em cerca de duas horas de sessão já trocaram de mãos 4.599 ações, o que compara com uma média diária de 4.123 nos últimos 12 meses.

Os ganhos registados nesta sessão pelas ações da SAD acontecem depois de neste domingo o Benfica ter imposto uma derrota por 10-0 ao Nacional da Madeira. Para além da dilatada vitória, o clube da Luz encurtou ainda a distância para o líder do campeonato nacional: o FC Porto. Passa a ter 50 pontos, um ponto a menos do que os 51 do que os dragões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cuatrecasas na assessoria à Artá Capital

A sociedade esteve por trás da venda da Gascan à UBS Asset Management Funds, assessorada pela CMS Rui Pena & Arnaut. A transação chegou aos 118 milhões de euros.

A Cuatrecasas prestou assessoria ao fundo espanhol de private equity Artá Capital na venda da Energyco II (Gascan) à UBS Asset Management Funds, que, por sua vez, contou com a assessoria do escritório CMS Rui Pena & Arnaut. Esta é mais uma transação transfronteiriça de M&A da Cuatrecasas, sendo um dos escritórios com maior quota de mercado nas fusões e aquisições na Península Ibérica. O valor da transação, incluindo capital e dívida, chegou aos 118 milhões de euros.

A equipa de advogados que esteve envolvida na operação foi liderada por José Diogo Horta Osório, sócio coordenador da área de societário e M&A, e contou ainda com os associados Marta da Costa Martins, Catarina Lins Aguiar, Rui Bello da Silva e Filipe Valentim Ramos.

A Artá Capital é detida pelo Grupo March, o único banco familiar espanhol, e investe em empresas ibéricas não cotadas que são líderes nos seus setores, podendo atuar como sócio minoritário ou maioritário. A Energyco II, participada pela Artá Capital, é uma empresa ibérica que se dedica ao fornecimento de água quente ou de vapor a clientes empresariais.

A Gascan tinha sido adquirida em 2017 pela Artá Capital à Explorer Investments por 70 milhões de euros, também com assessoria jurídica da Cuatrecasas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

São estas as carreiras da Função Pública com mais candidatos elegíveis à pré-reforma

Os funcionários públicos com pelo menos 55 anos já podem pedir a pré-reforma. O ECO foi procurar as carreiras onde há mais trabalhadores com idade para aderir a este novo regime.

As regras da pré-reforma por suspensão da prestação de trabalho entraram em vigor esta quarta-feira, com cerca de 180 mil funcionários públicos a reunirem as condições necessárias (isto é, têm pelo menos 55 anos) para aderir a este novo regime. No topo das carreiras mais envelhecidas está a da Administração Tributária e Aduaneira: quase metade destes trabalhadores (44,78%) já pode pedir este tipo de pré-reforma.

A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP) sempre previu duas modalidades de pré-reforma: por redução da carga horária e por suspensão da prestação de trabalho. Até agora apenas a primeira estava regulada — não tendo, ainda assim, sido feito até ao momento nenhum pedido nesse sentido, segundo adiantou o Ministério das Finanças ao ECO. Já as regras da segunda modalidade acabaram por ser fixadas, na terça-feira, através de um Decreto Regulamentar publicado pelo Governo em Diário da República.

Para negociar o acesso a qualquer uma dessas modalidades, os trabalhadores têm de ter, pelo menos, 55 anos de idade e um vínculo de emprego público. Esses pedidos têm, depois, de ser aprovados por membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública, ficando a fixação da prestação a ser auferida pelo funcionário a depender do período de trabalho mantido (no caso da redução do tempo de trabalho) ou do acordo feito com o empregador público (no caso da suspensão da prestação de trabalho).

De notar que, nesta última situação, não existem critérios estanques para a fixação do valor, podendo variar entre 25% e 100% da remuneração base do trabalhador à data do acordo. Os sindicatos criticaram fortemente essa amplitude, considerando abrir um caminho “perigoso” para a arbitrariedade.

Regras fixadas, a partir de agora, cerca de 180 mil funcionários públicos já podem pedir a suspensão ou redução do seu tempo de trabalho. Isto de acordo com os dados divulgados no Boletim Estatístico do Emprego Público mais recente.

Carreira dos assistentes operacionais é a que tem mais funcionários com 55 ou mais anos de idade

Fonte: BOEP

Segundo esse relatório, as carreiras dos assistentes operacionais / operários / auxiliares, a dos educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário e a dos assistentes técnicos e administrativos são as que mais têm potenciais pré-reformados com, respetivamente, 58.837, 39.748 e 27.680 trabalhadores com 55 e mais anos.

Por outro lado, são as carreiras na Administração Tributária e Aduaneira (44,78%), dos dirigentes superiores (43,35%) e dos oficiais dos registos e do notariado (42,75%) as mais envelhecidas, isto é, as que têm uma maior percentagem de funcionários acima do patamar etário referido em relação ao seu universo total.

Carreira na Administração Tributária e Aduaneira é a mais envelhecida

Fonte: BOEP

Em declarações ao ECO, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos — estrutura que representa o capital humano da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) — sublinha que esse envelhecimento não se sente “de forma premente”, mas já é possível adivinhá-lo como ameaça ao futuro da AT. “Dentro de 10 anos, teremos o futuro da AT hipotecado”, frisa Paulo Ralha, referindo que, nessa altura, uma parte significativa dos funcionários já estarão prontos para a reforma.

Questionado sobre o novo regime da pré-reforma, o sindicalista reforça que “há uma grande apetência” para tal, mas apenas se tal acontecer sem penalizações e se as regras forem claras. “Há uma grande fatia dos trabalhadores que vai ficar na ‘casa’ até poder sair sem penalização”, remata Ralha.

Do lado dos assistentes operacionais, o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) diz recear que com a pré-reforma se “percam os melhores funcionários” numa carreira onde já há “dificuldade em recrutar”.

Em conversa com o ECO, José Abraão considera que o amplo intervalo da prestação a ser auferida pelos trabalhadores (de 25% a 100%) não desincentiva a procura por este tipo de regime, mas sublinha que é necessário definir alguns critérios — como o da antiguidade — para evitar que o processo se torne arbitrário e motivo de “frustração” junto dos trabalhadores interessados em aderir.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Encomendas de iPhones para a China tombam 20%. Concorrência da Huawei aperta

Estudo aponta o abrandamento da economia, aumento do tempo de reposição e o elevado preço do iPhone entre os principais fatores para a quebra de encomendas do maior mercado de smartphones do mundo.

A Apple está a perder terreno no maior mercado de smartphones do mundo. As encomendas de iPhones para a China tombaram 20% no último trimestre do ano passado, quase o dobro da quebra registada naquele mercado como um todo. A gigante tecnológica norte-americana perde terreno para a Huawei que viu as encomendas dispararem 23% naquele mercado.

Os dados constam de um estudo da IDC, citado pela Bloomberg. De acordo com essa análise, o mercado chinês de smartphones contraiu 9,7% no último trimestre do ano passado, tendo a Apple perdido quase o dobro dessa percentagem. No estudo divulgado nesta segunda-feira é apontado o abrandamento da economia, a subida do tempo de reposição e o elevado preço dos iPhones como os principais fatores que suportam a quebra de encomendas registada pela Apple no mercado chinês naquele período.

“A Apple não tem uma boa estratégia de mercado que se encaixe num mercado chinês que está em rápida mudança”, disse Nicole Peng, diretora da Canalys, citada pela Bloomberg. “Também pareceu ter sido lenta em reagir à desaceleração económica da China e às mudanças na estrutura de consumo”, acrescentou a mesma especialista.

A falta de inovação tecnológica tem suscitado um menor interesse por parte dos consumidores chineses em substituir os respetivos equipamentos. A par disso, a Apple tem enfrentado ainda a forte concorrência da Huawei que, pelo contrário, viu as suas encomendas dispararem cerca de 23% no mesmo período no mercado chinês. Isto apesar das polémicas em que a empresa se tem visto envolvida. Nomeadamente, a detenção da diretora financeira e filha do fundador da Huawei nos Estados Unidos acusada de fraude bancária. A Huawei lidera o número de encomendas na China, a Apple está em quarto lugar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chineses fora da corrida para comboios da CP

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2019

Ainda não existem comboios de fabricantes chineses a circular pela Europa, o que faz com que as empresas do país falhem uma das exigências para o concurso da CP.

O concurso para a compra de novos comboios para a CP é internacional, mas deixa os chineses de fora. A exigência de que as empresas tenham experiência no fornecimento de automotoras, nos últimos cinco anos, em pelo menos um país da União Europeia, impede a participação dos fabricantes que não têm comboios a circular no Velho Continente.

Os candidatos têm ainda de possuir “instalações de fabrico e sistemas de qualidade certificado conforme o normativo ISO 9001”, de acordo com o Público (acesso condicionado). Entre as empresas chinesas que ficam de fora do concurso encontra-se a estatal China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC), que está, em conjunto com a Thales, na corrida para as novas composições do Metro de Lisboa.

“Não temos dúvidas que as especificações do caderno de encargos foram feitas para afastar propositadamente qualquer concorrente da China, cuja tecnologia na indústria ferroviária está atualmente ao nível do que melhor se faz na Europa, mas com preços mais baratos”, aponta um consultor da CRRC, em declarações ao Público. Acrescenta ainda que “o lobby de alguma indústria ferroviária europeia é muito forte junto dos decisores do setor em Portugal”.

Será na República Checa que a CRRC, a maior fabricante de comboios do mundo, vai circular pela primeira vez nos caminhos-de-ferro europeus, depois de vencer o concurso à Alstom. A chinesa está a tentar entrar no continente europeu, e já fornece serviços ao Metro de Londres e à Deutsche Bahn.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deloitte vai ter novo presidente em Portugal

António Lagartixo vai ser o novo presidente da Deloitte em Portugal, substituindo o histórico Luís Magalhães.

A Deloitte vai ter um novo presidente já em maio. O histórico Luís Magalhães vai dar lugar a um nome que será, para alguns, uma surpresa: António Lagartixo. O gestor é partner na Deloitte Portugal & Angola, e faz já parte do seu comité executivo. Agora, é o responsável pela coordenação global da Business Unit que engloba todos os serviços prestados aos clientes das indústrias de ‘Products, Services, Utilities and Resources’.

A nomeação de António Lagartixo já está decidida há meses, e foi revelada no ECO Insider, a newsletter semanal reservada a subscritores, que é publicada à sexta-feira às 15h30. O gestor começou na antiga Arthur Andersen, passou pela Deloitte e pela GSM Consulting. Em 2010, assumiu a direção geral da Maksen em Portugal, e regressou à Deloitte em junho de 2015.

António Lagartixo

António Lagartixo vai ter já um tema sensível para gerir: a Deloitte foi a auditora da Caixa Geral de Depósitos durante o período de 2000 a 2015. E agora, a CMVM está avaliar se a Deloitte fez o seu trabalho de acordo com as regras que estavam então em vigor (agora são diferentes, leia-se mais exigentes). Aliás, à data, nem era a CMVM que tinha a responsabilidade de supervisionar as auditoras. Houve um momento em que as auditoras não respondiam a nenhum tipo de supervisão e, depois, passou a ser o Conselho Nacional de Supervisores a fazê-lo. Desde o início de 2016, a CMVM ficou como a entidade responsável por essa função.

Neste momento, questiona-se o papel da Deloitte na CGD ao longo dos anos em que, sabe-se agora com o relatório da EY, foram realizadas operações com inúmeras falhas nas regras, desde a ausência de garantias à aprovação de créditos e posterior reestruturação que resultaram em perdas de mais de 1600 milhões de euros. Uma fonte contactada pelo ECO admite que é surpreendente não haver ênfases ou reservas às contas da CGD no período entre 2000 e 2015. “Não deixa de ser surpreendente. Não é uma questão de números, tudo indica que as perdas estão registadas nas contas, mas não há uma reserva, uma ênfase às contas”, afirma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Verba para descer passes em Lisboa pode não ser suficiente

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2019

Os municípios de Lisboa já fizeram as contas, e apontam para um impacto de 90 milhões de euros da medida de redução do preço dos transportes públicos. Mas a verba da capital é de 75 milhões.

A fatia atribuída à Área Metropolitana de Lisboa (AML), para diminuir o preço dos títulos nos transportes públicos, não deverá ser suficiente para suportar os custos da medida. A capital vai receber quase 75 milhões de euros do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), do bolo de 104 milhões de euros, mas o impacto da redução nos passes pode atingir os 90 milhões de euros.

Segundo as contas dos municípios, que têm como base a procura e custos atuais, a capital vai precisar de mais do que os 74,8 milhões de euros do PART para cobrir o défice causado pela iniciativa, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). Aos fatores já conhecidos acresce o facto, reconhecido pelo ministro João Pedro Matos Fernandes, de que a procura vai aumentar.

Contudo, a AML veio esclarecer que “dispõe de todas as verbas necessárias para executar a redução do valor dos passes de transporte”. Em comunicado enviado às redações esta manhã, a entidade garante que “o Governo fez aprovar em sede de OE exatamente o valor necessário à redução proposta”, e indica que a AML “está a trabalhar com as entidades envolvidas tendo em vista a entrada dos novos tarifários no início de abril.”

Será a partir de 1 de abril que vai ser introduzido um passe único de transporte que custará, no máximo, 40 euros mensais. O utilizador passa a desembolsar 30 euros mensais para andar de transportes públicos dentro do município e 40 euros para as deslocações entre os concelhos, e as famílias terão uma despesa máxima de 80 euros com passes. As crianças até aos 12 anos poderão viajar gratuitamente.

A AML contabiliza mais de 464 mil utentes dos transportes públicos, e leva a maior fatia do PART. São 73 milhões de euros do Orçamento do Estado, e 1,8 milhões de comparticipação mínima dos municípios. O plano de aplicação deste montante tem de ser comunicado ao Fundo Ambiental até 15 de março.

(Notícia atualizada às 9h45 com a reação da AML)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP e Energia ditam ganhos em Lisboa

A bolsa nacional arrancou em queda, mas rapidamente inverteu de sentido. A Galp Energia passou de perdas a ganhos e com a ajuda das restantes energéticas e do BCP, mantém Lisboa acima da linha de água

A bolsa nacional entrou na sessão em terreno ligeiramente negativo, mas rapidamente inverteu de sentido, apoiada na recuperação da galp Energia. As ações da petrolífera que iniciaram a semana a perder mais de 1%, já estão no verde, contribuindo a par das cotadas do universo EDP e do BCP para os ganhos do PSI-20.

O PSI-20 iniciou a sessão a recuar 0,05%, para os 5.087,1 pontos, estando agora a somar 0,16%.

Em Lisboa, a Galp Energia é o destaque da sessão. Começou a desvalorizar 1,27%,para os 13,22 euros, destacando-se pela negativa na praça bolsista nacional, mas agora já valoriza 0,19%, para os 13,415 euros, constituindo um dos suportes da bolsa nacional.

A empresa liderada por Gomes da Silva anunciou esta segunda-feira, antes da abertura do mercado, o balanço das suas contas do ano passado. A empresa registou um aumento de 23% nos seus lucros de 2018, para 707 milhões de euros e anunciou que pretende aumentar em 15% o dividendo a distribuir pelos acionistas, para 63 cêntimos. Ainda assim no último trimestre do ano registou uma quebra de 42% no seu resultado homólogo, que ascendeu naquele período a 109 milhões de euros.

Em alta, destaque ainda para as cotadas do universo EDP. As ações da EDP somam 0,19%, para os 3,415 euros, enquanto as da sua participada EDP Renováveis avançam 0,25%, para os 7,88 euros.

Por sua vez, o BCP vê os seus títulos somarem 0,7%, para os 23,17 cêntimos por ação.

Nota negativa para a Nos, cujas ações recuam 0,36%, para os 5,55 euros, enquanto as da Jerónimo Martins perdem 0,31%, para os 13,03 euros.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação e novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.