Ricardo Salgado recusa depor no processo de insolvência do BES

  • ECO
  • 18 Novembro 2019

Salgado classifica o pedido da comissão liquidatária de "manifestamente inadmissível", argumentando que não irá prestar depoimento porque é arguido no processo Universo Espírito Santo.

Ricardo Salgado não quer depor no processo de insolvência do Banco Espírito Santo (BES). O antigo presidente executivo do banco que foi alvo de resolução em 2014 é uma das mais de 100 testemunhas que a comissão liquidatária da instituição financeira pretende ouvir, mas recusa-se a prestar depoimento.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), a comissão liquidatária entende que a queda do BES foi provocada por 13 antigos gestores do banco, entre eles Salgado. E quer esclarecer os atos de gestão nos anos que antecederam o colapso do banco, considerando, por isso, essencial a audição do gestor.

Salgado classifica o pedido da comissão liquidatária de “manifestamente inadmissível”, argumentando que não o fará já que é arguido no processo Universo Espírito Santo.

O antigo gestor “é arguido no processo-crime [Universo Espírito Santo], que se encontra em fase de inquérito, estando em investigação alegados factos relativos à gestão do BES e GES, incluindo a matéria que é objeto do presente incidente de qualificação”. E conclui lembrando que o Código do Processo Civil determina que “não é admissível o depoimento sobre factos criminosos ou torpes, de que a parte seja arguida”.

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CIP cria programa de formação executiva para mulheres

"Promova" é apresentado esta segunda-feira. CIP junta-se à Nova SBE para incentivar mulheres na progressão na carreira.

A CIP apresenta esta segunda-feira o projeto Promova que tem como objetivo apoiar e formar mulheres para ocuparem cargos de liderança e, com isso, aumentar a competitividade das empresas. “A CIP tem como principal preocupação a competitividade e o crescimento das empresas. E consideramos que a identificação e o desenvolvimento de talentos femininos é parte dessa missão”, explica Carla Sequeira, secretária-geral da CIP, ao ECO.

As candidaturas ao programa arrancam já esta semana e prolongam-se por cerca de dois meses. A ideia é possibilitar às mulheres escolhidas para ingressar no programa fazerem formação executiva, exigindo o envolvimento das empresas em que trabalham. “A candidatura é feita em duo – a mulher em causa e a empresa. É a mulher que se candidata, mas a candidatura tem sempre de contar com um envolvimento e um compromisso por parte da empresa” onde trabalha, sublinha a responsável.

Em desenvolvimento há cerca de um ano e meio — e com uma parceria com a Nova SBE –, o programa contou “desde o primeiro momento, com uma grande vantagem: o apadrinhamento do presidente da CIP”, António Saraiva.

A primeira edição do Promova pretende formar 30 mulheres. As escolhidas deverão ser anunciadas em fevereiro. O curso de um ano inclui seis meses de formação em sala (96 horas) e o acompanhamento de coaching em paralelo, “no início do projeto e no final de cada módulo”, detalha a diretora-geral. “A ideia é trazer para o desenvolvimento pessoal o que aprendem em sala”, acrescenta. Segue-se novo momento de avaliação 360º feito pela participante e pelos coordenadores e, finalmente, um programa de mentoria cruzada (quatro sessões de hora e meia) que será dada pelas restantes empresas às participantes.

“Para a CIP é muito claro que o mérito é fundamental para aumentar a competitividade e contribuir para o desenvolvimento de cada empresa”, explica Carla Sequeira.

Inspirado num programa espanhol com o mesmo objetivo, no país vizinho o projeto já formou 612 mulheres de entre 370 empresas e obteve uma taxa de sucesso de 45% em matéria de promoção na carreira das mulheres participantes após o programa.

No caso de Portugal, são elegíveis a participar no programa mulheres de todas as idades mas que contem com, pelo menos, 15 anos de experiência profissional e que tenham já responsabilidades de liderança nas empresas em que trabalham, assim como um nível elevado de inglês. O custo do curso, que terá a duração total de um ano, rondará os 4.500 euros, cerca de metade do preço total.

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Hoje nas notícias: Função Pública, BES e Galp

  • ECO
  • 18 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No próximo ano, os funcionários públicos vão ver as suas remunerações aumentar mas apenas em linha com a inflação registada este ano. O dia fica ainda marcado pela nota de que Ricardo Salgado se recusa a testemunhar no processo de insolvência do BES, pelo impacto das rendas elevadas no arranque do ano letivo e pelo papel de Carlos Costa Pina na batalha jurídica entre a Galp e a ERSE. Fisco exige 2,7 milhões de euros à Liga dos Clubes.

Aumentos na Função Pública vão ter em conta inflação de 2019

Ao contrário do que era prática antes do congelamento das remunerações na Função Pública, os aumentos previstos para o próximo ano terão em conta não a inflação de 2020, mas a variação de preços deste ano. Esta escolha é determinante já que a inflação neste momento é bastante baixa e as previsões para o próximo ano apontam para valores mais elevados. O Governo só prevê aumentos salariais mais expressivos no Estado em 2021.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Ricardo Salgado recusa-se a testemunhar no processo de insolvência do BES

A comissão liquidatária do Banco Espírito Santo (BES) quer ouvir mais de 100 testemunhas, entre as quais os antigos administradores do banco. Ricardo Salgado considera o pedido “inadmissível” e não quer depor, justificando que já é arguido no processo Universo Espírito Santo, que se encontra em fase de inquérito. O banqueiro é o único dos antigos gestores acusados de levarem o BES à falência que se recusa a testemunhar no processo de insolvência, mas não é o único a contestar os pedidos, já que os liquidatários pedem que sejam ouvidas 104 testemunhas, um número que ultrapassa o máximo permitido.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Custo das rendas deixa 20 mil alunos sem professores

Dois meses depois do arranque do ano letivo de 2019/2020, ainda há 244 horários por preencher. Uma das razões que ajudam a explicar tal situação é o custo elevados das rendas, tendo várias câmaras municipais pedido mesmo ao Executivo de António Costa imóveis a custos controlados para os docentes que não conseguem suportar tais montantes.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Galp contratou ex-governante que tomou decisão sobre a empresa

Carlos Costa Pina, antigo secretário de Estado do Tesouro, é desde 2012 administrador executivo da Galp, mas em 2008 foi responsável pela aprovação, enquanto governante, das reavaliações das redes de gás natural dessa mesma empresa e que acabaram por dar origem a uma batalha jurídica entre a Galp e o regulador dos serviços energéticos. Este processo já se arrasta desde 2010 em tribunal e ainda não tem data de julgamento marcada.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Finanças exigem 2,7 milhões à Liga por IVA em atraso

A Autoridade Tributária exige o pagamento de 2,7 milhões de euros à Liga dos Clubes por atrasos no pagamento do IVA relativo às inscrições dos jogadores na Liga, assim como, para poderem participar nas competições. O entendimento da entidade que tem a responsabilidade de organizar as principais competições de futebol profissional é bem diferente e, por isso, tem recorrido sistematicamente para tribunal para evitar o pagamento. As contas da entidade já foram fiscalizadas seis vezes e em causa estão as presidências de Mário Figueiredo, Luís Duque e Pedro Proença.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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As grandes tendências que marcam 2019

A plataforma TrendWatching acaba de anunciar as 70 melhores inovações e as marcas que lançaram as tendências do ano.

São 70 as inovações identificadas pela plataforma TrendWatching ao longo de 2019 e agora compiladas numa lista que mostra que marcas lançaram produtos ou serviços e lançaram novas tendências, acompanhado o comportamento e as expectativas dos consumidores atuais.

Inovação em 14 setores — automóvel, beleza, eletrónica de consumo, moda, transportes, serviços financeiros, alimentação e bebidas, saúde, imobiliário, luxo, media e entretenimento, responsabilidade social, retalho e turismo — onde estão marcas como a Volvo, a Starbucks, a Sony e a Ikea.

Casos que vale a pena conhecer aqui no TrendWaching,

 

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Conquistaram a estrela Michelin. Um ano depois, o que mudou?

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

Mais postos de trabalho, equipas mais coesas, maior confiança para inovar e aumento da procura são algumas das mudanças nos três restaurantes portugueses que há um ano receberam a primeira estrela.

Mais postos de trabalho, equipas mais coesas, maior confiança para inovar e aumento da procura são algumas das mudanças relatadas pelos “chefs” dos três restaurantes portugueses que há um ano receberam a primeira estrela do Guia Michelin.

No “G Pousada”, projeto que os irmãos Óscar e António Gonçalves abraçaram em 2014 na Pousada de São Bartolomeu, em Bragança, as brigadas da cozinha e da sala duplicaram no último ano para responder à procura.

Os telefones da pousada não pararam na noite de 21 de novembro do ano passado, quando o G Pousada recebeu a primeira estrela do Guia Michelin Espanha e Portugal, relataram à Lusa, afirmando que passaram a receber clientes de todo o mundo.

A quem os visita fazem questão de mostrar produtos regionais, como o cuscuz de Vinhais, dos azeites aos vinhos ou às facas, cujos cabos são feitos das hastes de veado que caem todos os anos.

“Temos sempre elementos sazonais da nossa região. Não faria sentido de outra forma porque quem vem a Trás-os-Montes quer provar Trás-os-Montes”, comentou Óscar Gonçalves.

O “chef” compara o sentimento de receber a distinção do “guia vermelho” com a de ser pai: “Uma sensação de alegria e ao mesmo tempo de impotência. Quando nasce um filho pensamos, ‘será que nós vamos conseguir ser bons pais e criá-lo’? E aqui foi a mesma coisa, ‘será que eu vou conseguir manter’?”.

Uma sensação que rapidamente ultrapassou: “Continuámos e mudámos cartas e estamos a avançar e a aprender todos os dias (…). Conseguimos, agora temos que manter e lutar para mais”, descreveu.

Óscar Gonçalves não esconde que um dos principais motivos de satisfação é o de ter conquistado a estrela para Bragança, pela primeira vez.

“Neste cantinho do país, tão perto da Europa e tão longe de Lisboa, conseguimos mostrar que somos capazes e que temos produtos de qualidade”, afirmou.

Outro “chef” que se orgulha de um feito inédito é Pedro Almeida, que alcançou a primeira estrela em Portugal para um restaurante asiático, o “Midori”, em Sintra.

“É um marco na história. Já ninguém nos tira”, disse.

No “Midori”, o restaurante japonês mais antigo em Portugal, Pedro Almeida aprofundou o conceito dos menus de degustação de cozinha japonesa, para o qual percebia que havia um público cada vez mais interessado.

“Nós não queremos fazer aqui um misto de cozinha japonesa com cozinha portuguesa. Nós queremos fazer cozinha japonesa, mas onde nós contamos as histórias da nossa infância, explicamos os nossos produtos, aquilo que nós fazemos cá em Portugal e, portanto, tem aqui muito de nós, de Portugal, neste menu”, explicou à Lusa.

Sobre as principais mudanças que notou no último ano, Pedro Almeida disse que “a equipa ficou mais forte”, por terem conseguido “alcançar todos juntos um objetivo”, e ganhou “mais confiança para fazer menus novos, para criar pratos novos e (…) ainda mais arrojados e interessantes”.

Mas Pedro Almeida garante que não sentiu mais pressão: “Nós tínhamos a mesma pressão antes de ganhar uma estrela que temos hoje em dia. (…) Para nós, [os clientes] são todos inspetores [do guia]”.

Os clientes duplicaram e a novidade é que agora há “muitos, muitos mais portugueses”.

Foi também o mercado interno que, inicialmente, mais aumentou no restaurante “A Cozinha”, em Guimarães, afirmou à Lusa António Loureiro.

“A Michelin é uma marca muito forte, que chega a todos os cantos do mundo e há pessoas que vêm diretamente da Dinamarca, Suécia, Bruxelas ou Taiwan”, exemplificou o “chef”, há pouco mais de três anos à frente do projeto.

Um ano depois, António Loureiro considera que aumentou a pressão, até pela consciência de que há visitantes que só se deslocam a Guimarães por causa do restaurante.

“Passámos a sentir que realmente as pessoas lá fora têm uma expectativa muito grande em relação ao que é o restaurante e ao que é isto das estrelas Michelin”, admitiu.

De resto, garantiu, não houve grandes alterações na sua cozinha: “Não mudámos muita coisa. Tínhamos consciência do trabalho que tínhamos a fazer, ganhámos uma estrela porque estávamos a fazer bem”.

“A Cozinha” oferece uma gastronomia tipicamente portuguesa, “não só no produto, como no receituário e na própria tradição”.

“Temos sempre em todos os pratos muita ligação à terra, àquilo que é a nossa cultura gastronómica”, descreveu, explicando que há uma preocupação em “equilibrar” alguns dos “pecados” da cozinha portuguesa e torná-la “mais atrativa e mais moderna, mas também mais moderada”.

“A nossa cozinha tem muita gordura, muito sal, muito açúcar, muitos hidratos, muita proteína. Aquilo que as pessoas procuram, mais do que se alimentarem em quantidade, é alimentarem-se em qualidade e ter uma experiência diferente”, defendeu.

Sobre a edição ibérica do Guia Michelin de 2020, que será conhecida esta quarta-feira, nenhum “chef” arrisca grandes prognósticos.

Todos esperam manter a distinção no próximo ano e afastam a possibilidade de receber a segunda estrela para já. Por enquanto, dizem, há que consolidar o trabalho.

Óscar Gonçalves resume bem o sentimento da classe: “Só peço que o Guia seja generoso para Portugal, porque quantos mais formos mais peso temos, mais capacidade temos e o roteiro maior se torna neste pequeno canto na Europa”.

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Schroders: Lagarde vai apoiar tanto ações como dívida, mas retornos serão limitados

A aliança entre política monetária e orçamental será o segredo para o sucesso da Europa nos próximos anos. A gestora de ativos alerta, no entanto, não se podem esperar ganhos como antes da crise.

Quem preferiu Estados Unidos à Zona Euro nos últimos meses conseguiu melhores retornos dos seus investimentos. Mas a tendência pode estar próxima do fim. É esta a convicção da gestora de ativos Schroders, que vê maior potencial de “surpresas positivas” nos mercados da moeda única. E o Banco Central Europeu (BCE), sob a liderança da nova presidente Christine Lagarde, vai ajudar.

“A Europa tem sido preterida pelos investidores. Não é surpresa que tenha vivido tempos difíceis”, diz Nicholette MacDonald-Brown, líder da equipa de ações europeias da Schroders, que tem atualmente 496,6 mil milhões de euros sob gestão, numa conferência com jornalistas, em Londres. “Os mercados têm-se focado no curto prazo. Não querem saber o que vai acontecer nos próximos dois anos, mas apenas na próxima época de resultados. Tem sido difícil tirar daí valor”.

A guerra comercial e o Brexit têm sido — e continuarão a ser — os grandes temas a influenciar os mercados na Europa. Em simultâneo, os investidores parecem ignorar cada vez mais os ciclos eleitorais, enquanto a política monetária reforçou, desde a crise, o impacto que tem tido nos investimentos.

Fevereiro de 2019 foi o pior mês desde janeiro de 2008

Fonte: Schroders

Além destes fatores, os últimos meses foram pautados por receios de uma recessão global. “O mercado já praticamente incorporou uma recessão europeia pelo que não temos de nos preocupar tanto“, afirmou MacDonald-Brown, que considera que “é um risco maior para a Europa que haja uma recessão nos EUA do que na própria Europa”.

Do lado dos EUA — que vivem o maior ciclo de crescimento económico de sempre –, há menos espaço para atuar, tendo em conta que o presidente Donald Trump implementou um mega programa de estímulos fiscais para manter a economia a expandir. Apesar de alertar que “não se deve subestimar a vontade de Trump de ter um mercado acionista forte”, a gestora sublinha: “Quando se olha para o potencial de surpresas positivas, está a transitar mais para a Europa. A Europa está a parecer cada vez mais interessante”.

Finanças ajudam o BCE?

Foi neste cenário, de incerteza externa, que Lagarde chegou ao BCE, no início de novembro. O caminho já estava traçado: taxas de juro em mínimos históricos e o relançamento do programa de compra de ativos. A expectativa é, assim, que não tenha grande margem para mudanças nestes instrumentos. Mas a Schroders espera mudanças.

“Estamos num claro momento de mudança e vai ser interessante ver como ela [Lagarde] responde a isso”, afirmou a gestora. A francesa abraçou o discurso do antecessor Mario Draghi sobre a necessidade de os países da Zona Euro colaborarem com a política monetária e, ainda antes de assumir o cargo, já dizia a Estados-membros com excedente orçamental que é preciso usá-los para estimular a economia.

Claramente há muito debate sobre cooperação entre política monetária e orçamental e penso que haverá algum tipo de trabalho em parceria“, explicou MacDonald-Brown, que acredita que será este o segredo para o sucesso de Lagarde: não ter de fazer nada ela própria, mas sim usar as suas armas políticas para incentivar os Estados a fazê-lo. “Não quer dizer que a política monetária perca destaque. A política monetária vai manter-se substancialmente acomodatícia e apoiar tanto o mercado acionista como obrigacionista“, sublinhou.

Menos otimista quanto à cooperação entre BCE e ministérios das Finanças do euro está Azad Zangana, economista e estratega sénior para a Europa da Schroders. “O BCE já não tem instrumentos para impulsionar o crescimento e a inflação e agora precisa que a política orçamental tome o controlo, mas os ministros das Finanças têm outras preocupações de longo prazo como a degradação da demografia”, alertou.

"Em terreno acionista, temos de trabalhar muito para ter retornos. No mercado obrigacionista, é ainda mais dramático. Não seria um problema se os investidores não estivessem a imaginar que esse nível de retornos ainda existe.”

Charles Prideaux

Diretor global de investimentos da Schroders

Retornos não são o que eram

Com maior ou menor impulso orçamental, certo é que o BCE irá manter uma mão forte no mercados. Por um lado, enquanto grande comprador de dívida pública, o que tem levado a uma forte quebra nas yields (incluindo em Portugal, cuja dívida a dez anos tem um juro próximo de 0,2%). Cerca de 30% da dívida global (ou 17 biliões de euros) tem mesmo juro negativo. Por outro, o baixo custo do dinheiro pressiona os retornos de todos os ativos, com os investidores a serem atirados para maior risco.

As projeções da Schroders é que as obrigações soberanas da Zona Euro gerem um retorno de apenas 0,2% nos próximos dez anos, em comparação com os 5,8% da década anterior. Já no caso dos EUA, a estimativa é que o juro da dívida se situe em 1,9% até 2028, contra os anteriores 4,2%.

Juros das dívidas não recuperam na próxima década

Fonte: Schroders

Já no que diz respeito ao mercado acionista, a dificuldade em conseguir ganhos não é tão grande, mas a expectativa também é de descidas nas taxas. Para a Zona Euro, a Schroders antecipa que as ações gerem 4,1% na próxima década (face a 10,8% na última) e nos EUA que rendam 6% (abaixo dos 14,7% até 2019). A exceção são os mercados emergentes, onde a gestora espera retornos de 9%, acima dos 8,2% da década anterior.

Em terreno acionista, temos de trabalhar muito para ter retornos. No mercado obrigacionista, é ainda mais dramático“, explicou Charles Prideaux, diretor global de investimentos da Schroders. “Não seria um problema se os investidores não estivessem a imaginar que esse nível de retornos ainda existe. Teremos todos de trabalhar mais para cumprir essas expectativas”, afirmou, admitindo que “ninguém pode esperar um retorno igual ao anterior à crise“.

(A jornalista viajou a convite da Schroders)

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📹 O que é o 5G? Perguntou ao Google, nós respondemos

Portugal caminha em direção à tecnologia 5G, mas o que significa isso? Este vídeo responde às principais questões: o que é o 5G, para que serve, qual o potencial e que desafios existem.

A Comissão Europeia quer que haja uma cidade em cada país da União Europeia com 5G em 2020. Mas o que é isso do 5G? Para que serve? Como é que vai afetar as nossas vidas? Estas são questões cuja resposta ainda não é clara para muitos portugueses. Se já ouviu falar do 5G mas não tem a certeza do que é esta tecnologia, este vídeo pode ser uma boa ajuda.

http://videos.sapo.pt/iupMhsViMKu31M9gYTms

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5 coisas que vão marcar o dia

Será conhecida a análise do Banco Central Europeu dos riscos para a estabilidade financeira da Zona Euro. E Mário Centeno vai à Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, no Parlamento Europeu.

Nesta segunda-feira será conhecida a análise do Banco Central Europeu dos riscos para a estabilidade financeira da Zona Euro. Já no Parlamento Europeu, Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, vai à Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários para o que é apelidado de “Diálogo Económico”. Serão também conhecidos dados do Eurostat relativamente à esperança média de vida dos homens, e sobre a produção e comércio de antibióticos nos Estados-membros da União Europeia.

Revisão de estabilidade financeira do BCE

Será conhecida esta segunda-feira a revisão de estabilidade financeira do Banco Central Europeu (BCE). Neste documento, que é publicado duas vezes por ano, a instituição que agora é liderada por Christine Lagarde compila os riscos potenciais para a estabilidade financeira na Zona Euro.

Centeno vai à Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários

Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, vai participar na conversa apelidada de “Diálogo Económico” na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, no Parlamento Europeu. Serão discutidos temas como os trabalhos em curso desenvolvidos pelo Eurogrupo, nomeadamente no que diz respeito às recomendações do Conselho Europeu.

Gasolina fica mais barata. Diesel não mexe

O preço da gasolina desce 1,5 cêntimos por litro, a partir desta segunda-feira, enquanto o preço do gasóleo não registará qualquer alteração. Sendo assim, a gasolina deverá baixar para os 1,4865 euros por litro na próxima semana, tendo em conta o preço registado na passada segunda-feira em Portugal Continental, segundo a Direção-Geral de Energia. Quanto ao gasóleo, o principal combustível usado pelos portugueses, vai permanecer nos 1,365 euros por litro.

Quantos anos vivem os homens na UE?

O gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) divulga esta segunda-feira os dados referentes à esperança média de vida dos homens nas regiões da UE. A expectativa de vida à nascença na UE foi estimada em 80,9 anos em 2017, atingindo 83,5 anos para mulheres e 78,3 anos para homens. Em todos os Estados-Membros, a esperança de vida ao nascer é mais elevada para as mulheres do que para os homens.

Onde se produzem mais antibióticos?

No dia europeu dos antibióticos, o gabinete de estatísticas da União Europeia revela os números da produção e comércio de antibióticos dos Estados-membros. A Alemanha foi o maior exportador de medicamentos e produtos farmacêuticos entre os Estados-Membros da UE, em 2018, de acordo com o Eurostat.

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Um spread de 1% é melhor que o de 1,5%? Não se deixe enganar

Nem sempre ir atrás do banco que oferece a margem mínima mais baixa é a melhor alternativa para quem quer crédito à habitação. Há casos em que a solução mais "à medida" passa por um spread mais alto.

Este ano está a ser marcado por uma “chuva” de revisões em baixa dos spreads do crédito à habitação. Em nove meses, até setembro, sete bancos cortaram o preço mínimo que se dispõem a cobrar para financiar a compra de casa. São boas notícias para quem pretende pedir um empréstimo. Mas nem sempre ir atrás do banco que oferece a margem mínima mais baixa é a melhor alternativa para quem procura crédito à habitação. Há casos em que a solução “à medida” passa por um spread mais alto.

A vontade de dar crédito tem levado os bancos a apostar em força em campanhas de promoção das suas soluções de crédito à habitação, onde a revisão em baixa dos spreads são a principal montra. No universo dos dez bancos mais representativos do mercado de crédito à habitação em Portugal, são sete os que desde o início do ano reviram em baixa a margem mínima que se dispõem a cobrar aos clientes. Especificamente, a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander, BPI, Banco Montepio, Crédito Agrícola e o Eurobic.

Essas revisões em baixa levaram a que os spreads mínimos disponibilizados pelos bancos caibam atualmente no intervalo curto entre o mínimo de 1%, em vigor no Bankinter, e o máximo de 1,25% disponibilizado pelo Novo Banco. Estão assim na fasquia mais baixa da década.

Spread mínimo em cada banco

Fonte: Preçários dos bancos

Ir atrás de um banco só porque oferece um spread mínimo mais baixo na casa face à concorrência pode, no entanto, não resultar na maior poupança de encargos.

Chegar ao spread mínimo não é garantido

Uma das principais razões para tal relaciona-se com as características do cliente e do próprio crédito que pretende. Nomeadamente, o montante de financiamento ou o rácio entre esse valor e o da avaliação do imóvel (rácio loan-to-value, LTV). Há bancos em que, mesmo cumprindo todos os outros critérios que permitem baixar o spread, o cliente apenas consegue chegar à margem mínima disponibilizada pelo banco caso o rácio entre o empréstimo pretendido e a avaliação do imóvel assuma valores relativamente baixos. Ou seja, um cenário que exige valores de entrada maiores, o que não está acessível ao “bolso” de todos.

Assumindo alguém que pretenda um crédito de 120 mil euros para adquirir uma casa avaliada em 150 mil euros. No BPI, por exemplo, mesmo que subscreva todos os produtos necessários para atingir a bonificação máxima, apenas consegue um spread de 1,5%. Para chegar aos 1,2%, o limite mínimo no banco liderado por Pablo Forero, o rácio LTV teria de ser no limite de 70%. Ou seja, era necessário que o imóvel estivesse avaliado em 170 mil euros. Isto é, uma diferença de 50 mil euros que nem todas as pessoas podem desembolsar do próprio bolso para comprar casa. A exigência de rácios LTV relativamente baixos é algo que acontece também em outros bancos.

Outro aspeto que deve ser tido em conta na escolha do banco onde fazer um empréstimo para a aquisição de casa são as vendas de produtos associadas que fazem baixar o spread da casa. Subscrever o mesmo conjunto de produtos não significa que o cliente vá beneficiar da mesma bonificação no spread, independentemente do banco.

Assumindo o BCP, por exemplo, que é um dos bancos com a margem mínima de spreads mais competitiva do mercado: 1,1%. Considerando o cenário de financiamento acima referido, com a domiciliação de ordenado, de dois pagamentos na conta, cartão de crédito e a subscrição de seguros de vida e multirriscos, é possível fazer baixar o spread base de 2% para 1,4%.

A mesma simulação feita no Santander parte de um spread base de 1,9% que com a subscrição dos mesmos conjunto de produtos permite baixar o spread até aos 1,2%. Ou seja, igualando o spread mínimo disponibilizado pelo banco liderado por Pedro Castro e Almeida.

Ou seja, neste caso, o cliente que opte pelo banco Santander consegue um spread mais baixo do que no BCP, apesar de este último banco disponibilizar uma margem mínima mais baixa.

Custos totais podem ir muito além do spread

Conseguir o empréstimo da casa “mais barato” vai, contudo, muito além do spread contratado. É necessário considerar todos os custos que lhe estão associados. Nomeadamente, dos produtos que foram contratados para fazer baixar o valor do spread da casa, mas também todas as comissões, taxas e seguros associados.

A TAEG é a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (que veio substituir a TAER – Taxa efetiva Anual Revista) e a taxa para a qual é necessário o cliente olhar de modo a comparar e encontra a melhor proposta de financiamento comparar os custos totais de um crédito. Essa taxa engloba todos os custos de um crédito e tem obrigatoriamente de ser apresentada na FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia) sempre que um cliente solicitar ao banco um empréstimo.

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Fundo de Resolução impede Novo Banco de vender créditos da Ongoing e Prebuild

Novo Banco estava a vender créditos da Ongoing e Prebuild no Nata II, mas quando a operação passou pelo Fundo de Resolução estes contratos foram excluídos da carteira alienada aos americanos.

O Fundo de Resolução autorizou o Novo Banco a vender a carteira de malparado Nata II, mas impôs várias condições para dar “luz verde” à operação. Segundo apurou o ECO, o Fundo de Resolução exigiu que fossem retirados alguns créditos problemáticos como o da Ongoing, de Nuno Vasconcellos, ou da construtora Prebuild, de João Gama Leão, justificando que o valor oferecido pelo comprador da carteira era baixo.

O ECO sabe que, além dos milionários financiamentos da Ongoing (350 milhões mais 240 milhões em papel comercial) e da Prebuild (252 milhões), o Fundo de Resolução também exigiu a retirada do perímetro do Nata II dos créditos do Grupo Tiner (169 milhões), Grupo Tricos (82 milhões) e Fundo de Investimento Tavira (nove milhões). Quem ficou com esta carteira foi o fundo norte-americano Davidson Kempner, que, como outros fundos internacionais, vêm a Portugal com equipas especializadas na recuperação de créditos em incumprimento.

Ao ECO, o Fundo de Resolução, a autoridade de resolução bancária que funciona junto do Banco de Portugal e é dirigida pelo vice-governador Luís Máximo dos Santos, afirma que “as operações em causa foram submetidas pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução uma vez que a sua concretização depende do acordo do Fundo, no que respeita aos ativos que integram o mecanismo de capitalização contingente”.

É através deste mecanismo que o Lone Star, dono de 75% do capital do Novo Banco, pode cobrir perdas relacionadas com um conjunto de ativos problemáticos do banco. O jornal Expresso adiantou este fim de semana que o dinheiro que o Fundo de Resolução ainda tem para injetar no Novo Banco, que pode ir até dois mil milhões de euros, pode ser antecipado e colocado de uma só vez no banco liderado por António Ramalho.

Segundo a autoridade de resolução, determinou-se que aqueles créditos fossem excluídos por “entender que o preço oferecido não era aquele que oferecia as melhores perspetivas de maximização do valor”. O ECO sabe que a Davidson Kempner oferecia menos de 20 milhões por estes ativos tóxicos que tinham um valor original superior a 1.500 milhões, mas que estão registados no balanço do banco a um valor muito reduzido.

“Relativamente a esses casos, o Fundo de Resolução solicitou ao Novo Banco a apresentação de uma estratégia de recuperação mais condizente com o objetivo de maximização do valor“, indicou ainda a entidade liderada por Máximo dos Santos ao ECO, sem comentar devedores particulares.

O ECO também questionou o banco liderado por António Ramalho sobre as razões que levaram à retirada destes créditos e outros do designado Projeto Nata II. “O Novo Banco não faz comentários sobre eventuais clientes”, disse fonte oficial da instituição, sem querer comentar a lista de créditos que saíram do Nata II. Apenas lembrou que “o banco esteve a negociar com o Fundo de Resolução a saída de um grupo de devedores, e também com o comprador”. Assim foi.

"No caso da operação “Nata II”, o Fundo de Resolução manifestou a sua não oposição à concretização da operação, mas determinou que fossem excluídos da operação de venda um conjunto de ativos, por entender que o preço oferecido não era aquele que oferecia as melhores perspectivas de maximização do valor. Relativamente a esses casos, o Fundo de Resolução solicitou ao Novo Banco a apresentação de uma estratégia de recuperação mais condizente com o objetivo de maximização do valor.”

Fundo de Resolução

Créditos de 1.500 milhões só valem 20 milhões

Num comunicado à imprensa divulgado na sexta-feira, o Novo Banco revelou ter recebido a autorização do Fundo de Resolução para vender esta carteira de malparado, tendo sido utilizada “a prerrogativa negociada pelo banco para excluir alguns créditos da carteira inicial”. Isto é, seguindo orientações do Fundo de Resolução, o banco procedeu à retirada de vários créditos problemáticos do portefólio antes de ser formalmente vendido ao fundo americano.

Os créditos excluídos “continuarão a ser seguidos pelas equipas de recuperação do Novo Banco, com implementação de estratégias alternativas de recuperação, por via negocial ou judicial, que maximizem o valor recuperado dos ativos“, disse ainda o banco.

Segundo apurou o ECO, o valor original destes contratos retirados “à última hora” ascende a mais de 1.500 milhões de euros, sendo que o seu valor contabilístico bruto — isto é, excluindo compromissos, garantias e writeoffs — será apenas de cerca de 350 milhões de euros. Vão continuar a pesar no balanço do Novo Banco. Os fundos que estavam na corrida por este portefólio — a Davidson Kempner e a Bain Capital — pagavam menos de 20 milhões por estes ativos, quase nada face ao seu valor original, o que reflete a fraca qualidade dos ativos e as baixíssimas hipóteses de recuperação de algum do dinheiro emprestado àqueles clientes.

Quando anunciou a venda da carteira à Davidson Kempner em setembro, o Novo Banco dizia que o Nata II tinha um valor contabilístico bruto de 1.713 milhões de euros. Após o crivo do Fundo de Resolução, o valor contabilístico final da carteira passou para 1.365 milhões, menos 348 milhões de euros. Fonte do mercado disse ao ECO que o closing da venda deverá acontecer no primeiro trimestre do próximo ano.

O Fundo de Resolução deu “luz verde” à operação Nata II no final de outubro. Foi duas semanas antes antes de o Novo Banco ter apresentados os resultados relativos aos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por António Ramalho agravou os prejuízos para 575 milhões de euros e o impacto do Nata II já foi refletido nas contas.

A boa notícia da venda do Nata II: “A concretização da operação Nata II permite que, pela primeira vez na sua história, o rácio de NPL do Novo Banco possa descer para menos de 15%”, disse o banco no comunicado na sexta-feira. É um nível ainda elevado face às exigências dos reguladores. E por isso o banco terá de continuar a reduzir o malparado.

(Notícia atualizada para retificar que o crédito da Sogema, grupo de Moniz da Maia, não foi retirado da carteira)

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Marcelo, Costa e a Altice felicitam seleção

  • ECO
  • 17 Novembro 2019

Portugal apurou-se para a oitava fase final de um Europeu de Futebol, que decorrerá dentro de seis meses em várias cidades europeias. Marcelo, Costa e a Altice enviaram felicitações.

Depois do apuramento de Portugal parta a oitava fase final de um Campeonato Europeu de Futebol, chegaram as felicitações, do Presidente da República, do primeiro-ministro e da Altice, o principal patrocinador da equipa das quinas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou a seleção portuguesa de futebol pela vitória frente ao Luxemburgo. “Muitos parabéns, em nome de Portugal! Lá estaremos, daqui a seis meses, a defender o nosso título europeu”, afirmou o chefe de Estado, numa declaração transmitida à Lusa.

O primeiro-ministro, António Costa, também felicitou a seleção portuguesa e mostrou-se convicto de que Portugal mostrará força para tentar revalidar o título europeu. “Parabéns a todos os jogadores e equipa técnica da seleção de Portugal pelo apuramento direto para o Euro2020. Acredito que a nossa seleção mostrará mais uma vez a sua força e determinação para tentar revalidar o título europeu”, escreveu o primeiro-ministro, no Twitter.

A Altice Portugal, principal patrocinador da Seleção Nacional, também se juntou a Marcelo e a Costa nas felicitações à Federação Portuguesa de Futebol pelo apuramento para mais um Campeonato da Europa de Futebol, que decorrerá em 2020 em várias cidades europeias. Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, destaca “o trabalho e empenho dos dirigentes e entidades que tanto de si têm dedicado a esta modalidade e tanto trabalho têm feito em prol do Futebol, do Desporto, do desportivismo e do orgulho nacional”.

“O nome de Portugal corre também hoje o mundo graças às conquistas, prestações e vitórias nas mais diversas provas. Não podemos deixar de sublinhar que Portugal tem hoje motivos mais do que suficientes para sentir um orgulho profundo nos seus atletas. Fazemos questão de destacar o papel do nosso capitão, Cristiano Ronaldo, embaixador da Altice Portugal, fundamental em mais esta conquista”, assinala o gestor,

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João Cotrim Figueiredo confirma candidatura à liderança da Iniciativa Liberal

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

“No final da discussão sobre o que deve ser o futuro do partido, confirmei ao Conselho Nacional a minha disponibilidade para apresentar uma candidatura”, disse João Cotrim Figueiredo.

O deputado único da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, confirmou este domingo que vai candidatar-se à presidência do partido na Convenção Nacional marcada hoje para “7 ou 8 de dezembro, algures na região centro”.

“No final da discussão sobre o que deve ser o futuro do partido, confirmei ao Conselho Nacional a minha disponibilidade para apresentar uma candidatura”, disse à Lusa João Cotrim Figueiredo. O deputado e agora candidato à presidência do partido Iniciativa Liberal falava à Lusa no final do Conselho Nacional do partido que se realizou em Espinho.

A candidatura de João Cotrim Figueiredo surge na sequência da decisão do presidente da iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, anunciada no final de outubro, de abandonar a liderança do partido. Guimarães Pinto alegou que a sua missão foi cumprida no “dia histórico” em que a IL se estreou com uma intervenção no parlamento.

Segundo João Cotrim Figueiredo, “o objetivo agora é que o partido seja o mais rapidamente preparado para as batalhas políticas”, nomeadamente para denunciar “as variadíssimas circunstâncias em que o Estado vai ganhando poder à conta dos cidadãos comuns”. “Isso não se consegue sem ter as questões formais e regulamentares devidamente arrumadas, portanto, temos de o fazer, faz parte da vida partidária, mas não é o mais importante, é uma pré-condição para fazer o verdadeiro trabalho que é politica e uma oposição ao PS”, considerou.

“No Conselho Nacional foi discutida a situação criada com a demissão do Carlos Guimarães Pinto, mas sobretudo aquilo que resultou da eleição de um deputado da Iniciativa Liberal para o Parlamento, o que altera muitíssimo as circunstâncias em que o partido opera. Altera desde logo a liderança, mas também as suas responsabilidades e a organização”, acrescentou João Cotrim Figueiredo.

O deputado e candidato à liderança do partido irá agora constituir a equipa que integrará a sua candidatura “para responder a esses desafios”.

“Irei fazer nos próximos dias os convites formais para Comissão Executiva e também ouvi-los para enriquecer a moção estratégica com os seus contributos”, referiu, sublinhando que o seu “grande objetivo” é colocar “as ideias liberais no centro do debate político e fazer à volta dessas ideias verdadeira oposição àquilo que tem sido um credo, uma doutrina, sem oposição em Portugal, que é esta doutrina que o Estado tudo pode, tudo controla”.

A IL elegeu João Cotrim Figueiredo para a Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, nas eleições legislativas de 06 de outubro passado, nas quais Guimarães Pinto liderou a lista do partido pelo Porto. O dia e localidade exatos para a realização da Convenção Nacional para eleger a Comissão Executiva serão conhecidos “em breve”, logo que seja confirmado um espaço com capacidade para acolher os participantes.

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