Alargamento do período experimental “é claramente inconstitucional”, dizem especialistas

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

Três especialistas em Lei Laboral concordam que o alargamento do período experimental para trabalhadores à procura do primeiro emprego e para desempregados de longa duração é inconstitucional.

O alargamento do período experimental de 90 para 180 dias para trabalhadores à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração “é claramente inconstitucional” e a norma deve ser suscitada ao Tribunal Constitucional, afirmaram vários especialistas, esta quinta-feira.

Esta foi uma das principais conclusões apresentadas por quatro especialistas em direito do trabalho durante um encontro sindical promovido pela CGTP, na sede da intersindical, em Lisboa, que serão depois enviadas para o Tribunal Constitucional.

Para o advogado Fausto Leite, não há dúvida de que o alargamento do período experimental previsto na nova lei laboral, já publicada, enfrenta “inconstitucionalidade material” ao violar os princípios da proporcionalidade, segurança no emprego e igualdade.

Os jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração “são precisamente os mais fragilizados” sustentou, defendendo que “impunha-se que o Presidente da República tivesse pedido a fiscalização preventiva” do diploma.

Também para José João Abrantes, o novo período experimental previsto no Código do Trabalho é “claramente inconstitucional”, destacando a “dupla discriminação” existente para os jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

O especialista considerou ainda que um trabalhador em período experimental “acaba por ser mais precário do que um contratado a termo” já que na primeira situação pode ser despedido sem justificação e sem receber indemnização.

Já João Reis, professor de direito do trabalho na Universidade de Coimbra, sublinhou que a medida constitui “uma restrição à estabilidade do emprego” e viola o princípio da igualdade previsto na Constituição, já que estabelece a mesma duração do período experimental, de 180 dias, para cargos de complexidade técnica e trabalhadores indiferenciados.

Segundo defendeu João Reis, a lei devia definir em concreto o conceito de trabalhador à procura do primeiro emprego e também o que são desempregados de muito longa duração, “mas deixa tudo em aberto”. “Um trabalhador à procura do primeiro emprego pode ser um trabalhador indiferenciado ou não” e se for, então devia pelo menos manter-se o prazo de 90 dias, frisou o especialista.

Sobre o conceito de trabalhador à procura do primeiro emprego, Fausto Leite disse que a legislação não integra uma definição atualmente. Porém, uma interpretação literal à lei, permite concluir que “a antiguidade se conta desde o período experimental” e por isso um trabalhador deixará de ser considerado trabalhador à procura do primeiro emprego mesmo que cesse o seu contrato durante os 180 dias. Ou seja, mesmo que não complete o período experimental, na próxima contratação, o trabalhador não terá de passar novamente pelo período de experiência, explicou Fausto Leite.

Por sua vez, João Leal Amado, professor de direito laboral da Universidade de Coimbra, admitiu a existência de “muitas normas positivas” nas alterações à lei laboral, como é o caso dos limites da duração na contratação a prazo.

Porém, considerou o diploma laboral “pobrezinho” e “uma desilusão”, sublinhando que o mesmo “é extremamente contraditório” ao limitar a duração dos contratos a prazo, por um lado, e ao alargar o período experimental, por outro.

Segundo defendeu Leal Amado, “uma lei a sério de combate à precariedade teria reduzido e não alargado o período experimental”.

PCP, Bloco de Esquerda e Verdes já anunciaram que vão juntar-se para submeter algumas das novas normas à fiscalização sucessiva do Tribunal Constitucional.

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É oficial. Airbnb vai entrar em bolsa no próximo ano

A plataforma de alojamento anunciou o que há muito era esperado pelos investidores: a entrada em bolsa. Esse passo, espera o Airbnb, deverá acontecer já no próximo ano.

A Airbnb vai dar o passo que faltava. A plataforma de alojamento anunciou que vai entrar para a bolsa já no próximo ano, uma notícia já há muito aguardada pelos investidores.

Num comunicado publicado esta quinta-feira, sem adiantar mais detalhes sobre a operação, o Airbnb referiu apenas que pretende entrar para a bolsa em 2020. Este anúncio vem animar os investidores, que aguardam há meses pela chegada da empresa aos mercados.

Esta entrada em bolsa pode acontecer através da emissão de novas ações, recorrendo a um aumento de capital, mas também poderá ser feita apenas com a colocação no mercado de títulos já existentes, podendo os interessados em entrar no capital comprar, depois, em mercado, esses títulos.

A última ronda de financiamento do Airbnb, em setembro de 2017, avaliou a plataforma em 31 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros). Atualmente, é a maior plataforma de alojamento entre particulares do mundo, presente em mais de 65 mil cidades, em 191 países (100 mil cidades em todo o mundo)

Esta semana, o Airbnb anunciou receitas superiores a 1.000 milhões de dólares (904,7 milhões de euros) no segundo trimestre, sem especificar se esse período foi ou não rentável. Esta foi a segunda vez que a plataforma superou esse valor em dez anos de existência.

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BEM inicia ciclo de Conferências com encontro dedicado à sucessão nas empresas familiares

  • ECO
  • 19 Setembro 2019

O BEM - Banco de Empresas do Montepio inicia um ciclo de Conferências no próximo dia 25 de Setembro, no Porto.

As Conferências do BEM começam com um primeiro encontro destinado a empresários, organizado com o apoio da AEP – Associação Empresarial de Portugal, com o tema “Sucessão nas empresas: uma oportunidade de crescimento” e que conta com a presença do Presidente do IAPMEI, Nuno Mangas.

A sucessão na liderança é um dos momentos-chave na vida das empresas e este encontro permitirá conhecer a experiência de casos paradigmáticos do tecido empresarial português, bem como o papel que as políticas públicas podem desempenhar. Será, igualmente, uma oportunidade para discutir as melhores práticas de um processo de sucessão bem preparado e rebater alguns mitos e receios.

As Conferências do BEM vão correr o país de Norte a Sul, nas cidades onde o BEM tem presença, através dos seus Espaços Empresa: Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Viseu, Leiria e Faro. O programa de cada Conferência vai ao encontro dos temas que mais mobilizam o tecido empresarial nacional.

O BEM nasceu em 2019 pela mão do Grupo Banco Montepio e é um projeto original na banca de empresas que junta, num mesmo banco, serviços de banca comercial e de banca de investimento e que vem responder às necessidades de crescimento e sofisticação das empresas, com uma proposta de valor assente num modelo de negócio integrado em todo o Grupo – one stop shop – e adaptado ao perfil de cada empresa.

A missão do BEM é a de ajudar a resolver algumas falhas há muito identificadas no sistema financeiro português, designadamente o acesso a financiamento e necessidades de capitalização através de fontes alternativas, a prestação de serviços de assessoria ou informação de negócio.

Mais informações sobre as Conferências do BEM através do e-mail [email protected]

Faça a sua inscrição AQUI

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Tecnologia e as relações laborais. Estará a sociedade preparada para mudar o paradigma?

184 oradores de todo o mundo estão reunidos no Labour2030 para discutir o futuro do trabalho.

Está a decorrer no Porto, entre quinta e sexta-feira, um dos maiores encontros mundiais de reflexão sobre o mercado laboral. O objetivo do Labour2030 “é fazer uma prognose sobre o futuro do trabalho e projetar aquilo que serão as relações laborais para 2030″, segundo Eduardo Castro Marques, advogado e membro da Law Academy.

Neste II Congresso Internacional mais de 184 oradores de vários países do mundo estão a abordar temas como relações laborais, plataformas digitais vs direito de trabalho, trabalho flexível, whistleblowing, inteligência artificial, proteção de dados, entre outros. O conceito de trabalho no campo do empreendedorismo tecnológico e startups foi um dos motes que estiveram em destaque neste primeiro dia.

Rosário Palma Ramalho, professora catedrática da Faculdade Direito de Lisboa e presidente da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho, abordou algumas conclusões do estudo “A Economia Digital e a Negociação Coletiva”, do Centro de Relações Laborais (CRL), que visa essencialmente avaliar o impacto da economia digital na contratação coletiva. Rosário Palma Ramalho recorre a dados de 2016 para dizer que em Portugal mais de 75% dos colaboradores estão em regime de tempo de trabalho flexível. Considera que o futuro passa pelo trabalho em regime flexível, o que significa que deve existir uma maior atenção ao cumprimento dos mecanismos legais.

Fabiano Zavanella, presidente da Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Ciências Políticas e Jurídicas (IPOJUR), referiu no mesmo evento que 70% das startups brasileiras foram fundadas entre 2016 e 2017 e que 45% de um universo de 315 empresas adotam o teletrabalho. Apesar de toda esta sinergia entre tecnologia e trabalho, Fabiano Zavanella espera que “a tecnologia não se sobreponha à Humanidade”.

A prestação de serviços através das plataformas digitais é outro dos temas que levantou várias questões no Labour2030, nomeadamente qual a natureza do vínculo entre o prestador de serviço e a entidade que gere a plataforma. Joana Vicente, professora da Universidade de Coimbra, focou a sua apresentação neste tema e refere que “o universo das plataformas digitais não corresponde a um modelo único” e que existe a necessidade de delinear um modelo uniforme.

Rodrigo Serra Lourenço, advogado, trouxe à discussão o tema whistleblowing, ou seja, alguém que denuncia irregularidades das quais tomou conhecimento em virtude das suas funções, sejam trabalhadores, prestadores de serviços, acionistas, entre outros. Explicou ao ECO que a Lei Anticorrupção estimula a existência desses canais de denúncia, que atuam como medidas preventivas ou reparatórias de condutas irregulares dentro das empresas.

Refere que anteriormente esses colaboradores podiam ter consequências com essas denúncias, mas atualmente tem vindo a ser aprovadas algumas leis que vêm estabelecer medidas de proteção para estas pessoas. Considera que é um passo para “democratizar o direito à denuncia”.

A presidente da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, alerta que as novas tecnologias estão a alterar o paradigma do trabalho e deixa uma questão no ar: Estará a formação profissional adequada a estas tecnologias?

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Huawei lança primeiro smartphone sem aplicações Google

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

O Mate 30 e o Mate 30 Pro não terão motor de busca da Google integrado, mas um "Huawei Browse" e um "Huawei Music video".

O grupo chinês de telecomunicações Huawei lançou esta quinta-feira em Munique o seu novo smartphone de gama alta, o primeiro a ser afetado pelas sanções norte-americanas e sem ter aplicações da Google.

O Mate 30 e o Mate 30 Pro não terão motor de busca da Google integrado, mas um “Huawei Browse” e um “Huawei Music video”.

O grupo chinês foi sancionado pelos Estados Unidos, atualmente envolvidos num conflito comercial com a China, e colocado em maio numa ‘lista negra’ de Washington, que proibiu as empresas norte-americanas de serviços e de componentes de negociarem com a Huawei, acusada de espionagem.

“Devido à interdição norte-americana, o GMS (Google Mobile Services, uma série de aplicações desenvolvida pela Google) não pode ser pré-instalada, pelo que propomos o HMS” (Huawei Mobile Service), uma série de aplicações desenvolvidas pela Huawei, afirmou no lançamento internacional do aparelho Richard Yu, um dos dirigentes da Huawei.

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Altice e Universidade de Coimbra criam centro de investigação

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

O centro de investigação que será gerido pela Universidade de Coimbra e pela Altice Labs disporá de instalações próprias que deverão ficar concluídas no prazo de nove a 12 meses.

A Universidade de Coimbra (UC) e o grupo Altice formalizaram esta quinta-feira uma parceria para a criação de um laboratório científico-tecnológico na cidade.

O centro de investigação, que será gerido pela Universidade e pela Altice Labs, sediado provisoriamente no Polo II da Universidade, disporá de instalações próprias, igualmente nesta área da UC, que deverão ficar concluídas no prazo de nove a 12 meses, foi adiantado na sessão.

O protocolo hoje assinado, que surge na sequência da cooperação que tem vindo a ser desenvolvida entre as duas entidades, é “apenas o primeiro passo”.

“Para a seguir, sermos capazes de produzir efetivamente valor, projetos, iniciativas que sejam disruptivas do ponto de vista tecnológico”, disse aos jornalistas, à margem da sessão de assinatura do acordo, hoje, na Sala do Senado da UC, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.

“Iremos selecionar criteriosamente quais os projetos e áreas de atuação [em telecomunicações e sistemas de informação] que serão focadas aqui”, em Coimbra, adiantou Alexandre Fonseca, recordando que a Altice Labs, além do centro de inovação em Aveiro, “já está em Viseu e na Madeira” e que “vai estar em breve no Algarve [em Olhão] e nos Açores”.

O laboratório em Coimbra “terá também algumas áreas específicas de trabalho em que se irá focar”, referiu.

Numa primeira fase, o investimento da empresa no laboratório da UC, será, naturalmente, “indexado aos projetos”, acrescentou o presidente da Altice Portugal, destacando que áreas como as dos sistemas cognitivos, da inteligência artificial ou do estudo de algoritmos e modelos estatísticos são “muito complexas” e às quais é necessário “alocar muitos recursos, nomeadamente computacionais”.

De acordo com “dados oficiais”, a Altice investiu “em Portugal, no último ano, 86 milhões de euros em inovação” e “nos últimos nove anos consecutivos” aplicou cerca de “meio milhão de euros, por ano, na relação com a academia, com as universidades”, para “montar laboratórios como este” em Coimbra, destacou Alexandre Fonseca.

De todo o modo, “o investimento [em Coimbra] será muito indexado à capacidade produtiva que se conseguir alocar de parte a parte”, reforçou o responsável, assegurando que da parte da Altice “existe o empenho de dotar o laboratório com as condições necessárias, de trazer para cá os seus investigadores”, designadamente do centro de Aveiro.

“Quantos mais projetos, quantos mais resultados, maior será o investimento, mas estaremos sempre a falar de valores que se medem na casa das centenas de milhares de euros anualmente”, concluiu Alexandre Fonseca, salientando que “a ciência e a tecnologia implicam investimentos avultados”.

O novo laboratório também faz parte da estratégia da UC, que está empenhada em desenvolver a relação da academia com o tecido empresarial, sublinhou, por seu lado, o reitor, Amílcar Falcão, reconhecendo que “há um défice entre o que a investigação faz em Coimbra e aquilo que transfere para as empresas”.

Para o reitor da UC, esse desfasamento resulta de diversas circunstâncias, desde logo porque “normalmente a noção de tempo da universidade é diferente da das empresas”, sendo, por isso, necessário “criar laços de maior proximidade, de ajustamento das noções de tempo”.

Na sessão também intervieram o diretor-geral da Altice Labs, Alcino Lavrador, e responsáveis da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, diretamente envolvida neste protocolo, que, entretanto, poderá ser alargado a outras faculdades da Universidade de Coimbra.

Com mais de 700 profissionais “altamente qualificados” no seu centro de inovação em Aveiro, a Altice Labs trabalha na investigação e desenvolvimento de soluções avançadas de telecomunicações e de sistemas de informação, tendo clientes em 35 países.

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Costa admite intervenção pública caso mercado imobiliário seja incapaz de se autorregular

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

O primeiro-ministro está confiante que o mercado imobiliário vai ser capaz de se reajustar. Caso isso não aconteça, "teremos de ajudar o mercado a ajustar-se", disse.

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira esperar que o mercado imobiliário seja capaz de se autorregular e que os proprietários moderem as suas ambições rentistas, mas se isso não acontecer admitiu uma intervenção pública para garantir o equilíbrio.

António Costa assumiu esta posição no final de um almoço com membros da Confederação do Comércio e Serviços, depois de confrontado com uma questão sobre a forma como a especulação imobiliária, designadamente nas maiores cidades, está a afetar muitos comerciantes. O primeiro-ministro mostrou-se confiante que o mercado seja capaz de se ajustar e que se regresse a uma situação de equilíbrio e de alguma estabilidade contratual.

Caso contrário, “teremos de ajudar o mercado a ajustar-se assim — e essa é uma das funções do poder público, do Estado e do poder político, que é ter uma função reguladora do mercado. Espero que o mercado se possa autorregular. Acho que além do mais há um dado fundamental, porque a elasticidade da procura é bastante inferior à elasticidade da especulação“, alegou.

Ou seja, segundo António Costa, “ou proprietários moderam a sua ambição rentista, ou o problema não será só dos comerciantes, como também dos proprietários, que começarão a não ter procura para os preços que estão a solicitar”. “Temos de trabalhar para evitar que esses riscos se venham a consumar e, por outro lado, garantir que estamos nas melhores condições para os enfrentar”, disse.

Na perspetiva do primeiro-ministro, no que respeita ao mercado imobiliário, “é altura do pêndulo começar a estabilizar num ponto de equilíbrio, que remunere o investimento imobiliário, mas sem destruir a atividade comercial ou comprometer a existência de uma cidade com habitantes”. “Uma cidade só com turistas é um parque de diversões e queremos uma cidade com vida”, declarou.

Neste ponto relativo ao arrendamento comercial, perante os membros da Confederação do Comércio e Serviços, o líder do executivo demonstrou “abertura para prosseguir a análise das políticas de arrendamento”. “Mas acho que temos de fazer tudo com muita prudência, porque as mudanças no imobiliário alteram-se com enorme rapidez”.

António Costa invocou a este propósito que, quando iniciou o seu mandato como presidente da Câmara de Lisboa, em 2007, a queixa era de que a baixa da cidade estava abandonada e que as pessoas tinham medo de sair à rua naquela zona. “Oito anos depois a conversa era já que havia gente a mais e como se poderia gerir tanta gente. Das casas vazias, passou-se à multiplicação de despejos, numa conjuntura especulativa. Temos de regular com inteligência, evitando soluções fáceis”, advertiu.

O primeiro-ministro elogiou também o trabalho realizado pela Assembleia da República nesta legislatura, mas considerou que “tem de se olhar para o tema do arrendamento comercial”, identificando uma questão “crítica que tem a ver com a estabilidade dos contratos”. “Com grande probabilidade, a instabilidade contratual que existiu nestes últimos anos correspondeu a um pico de mercado que, felizmente, não será duradouro e que voltaremos a ter estabilidade”, admitiu, aqui numa nota de otimismo.

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BCP volta aos ganhos. Dá força à bolsa de Lisboa

Dia de ganhos nas praças europeias, mas também em Lisboa. PSI-20 subiu com quase todas as cotadas em alta, destacando-se o regresso do BCP às subidas.

Foi uma sessão positiva nas bolsas europeias e a praça portuguesa não escapou ao otimismo dos investidores. Lisboa valorizou-se quase 1% com a maioria das cotadas em alta, destacando-se as ações do BCP, que regressaram aos ganhos depois de três dias a cair.

O PSI-20 somou 0,97% para 5.039,92 pontos, à boleia dos ganhos de 14 cotadas. O banco liderado por Miguel Maya provou os primeiros ganhos na bolsa esta semana, depois de fechar a sessão desta quinta-feira em alta de 2,20% para 0,2044 euros — no mesmo dia em que anunciou que está a prepara uma nova emissão de dívida de alto risco.

Aparentemente indiferente à coima da 50 milhões de euros aplicada pela Autoridade da Concorrência, a EDP também valorizou: os títulos da elétrica avançaram 0,31% para 3,5 euros, depois de terem iniciado o dia a cair 1%.

Os melhores desempenhos pertenceram, ainda assim, à Sonae e aos CTT. A retalhista dona do Continente avançou 2,49% para 0,866 euros, isto num dia em que esteve no centro do debate em Bruxelas por causa de um eventual conflito de interesse de Elisa Ferreira, que era acionista da Sonae, no desempenho do seu novo cargo como comissária europeia. Já os CTT ganharam 2,41% para 2,21 euros, depois de anunciaram a reabertura de uma loja em Vila Flor, em Bragança, dando início a um processo restabelecimento dos balcões que foram encerrados no ano passado.

Lá fora o dia também foi positivo. “As bolsas europeias negociaram com alguns ganhos, que se deveram ao bom desempenho do setor bancário. Depois de ter beneficiado do facto da reunião do BCE ter dissipado algumas incertezas em relação ao futuro da política monetária na Zona Euro, o DJStoxx Banks refletiu hoje a decisão da reunião de ontem da Fed”, explicam os analistas do BPI no comentário de fecho da bolsa.

“A estas duas razões, adiciona-se a subida das yields soberanas em quase todos os países da região”, notaram os analistas.

Foi neste cenário que o Stoxx 600 Banks, que inclui os principais bancos europeus, ganhou 1,8% para 132,55 pontos. O índice de referência europeu, Stoxx 600, valorizou 0,61%. Frankfurt somou 0,5% e os ganhos em Madrid superaram os 1%. Wall Street também está em alta de 0,6%.

(Notícia atualizada às 17h00)

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Unicórnios OutSystems e Talkdesk no Business Transformation Summit

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  • 19 Setembro 2019

Rui Pereira, Co-fundador e Vice-Presidente da OutSystems, e Marco Costa, General Manager EMEA da Talkdesk, no Business Transformation Summit.

As mais recentes confirmações para o Business Transformation Summit são Rui Pereira, Co-fundador e Vice-Presidente da OutSystems, e Marco Costa, General Manager EMEA da Talkdesk, que farão parte do painel “Demystifying Unicorns – What it takes to become one while shaping the future”.

Inspirado no tema “Acceleration” e com data marcada para 31 de outubro, na Lx Factory, o Business Transformation apresenta este ano um programa completamente renovado. Este programa inclui o painel “Demystifying Unicorns – What it takes to become one while shaping the future”, que irá partilhar o percurso e as histórias por detrás do sucesso destas empresas que, desafiando os modelos de negócio tradicionais, conseguem atingir avaliações superiores a mil milhões de dólares em tempo record e assim granjear o estatuto de empresas unicórnio.

Este momento de debate e partilha que promete inspirar-nos para a reflexão e oferecer a todos os presentes, lições importantes sobre como colocar em prática alguns destes ensinamentos nos seus próprios negócios, vai ser moderado por Sophie Devonshire, autora do bestseller “Superfast- How to Lead at Speed” e contará, entre outros, com a presença de Rui Pereira, da OutSystems e Marco Costa, da Talkdesk.

Para além deste painel sobre como se constroem empresas unicórnio, esta que é a 4ª edição do Business Transformation Summit apresenta uma agenda repleta de keynote speakers nacionais e internacionais, Acceleration Workshops e vários momentos surpresa de aceleração e networking, que incluem até festas – uma House Warming Party e uma Summ…set Party.

Conheça os temas que vão “acelerar” o Business Transformation Summit

Entre os oradores que vão acelerar a edição deste ano com apresentações em palco, destacam-se, no período da manhã, Jeremy Gustche, o Fundador e CEO da TrendHunter.com – o observatório de tendências Nº1 no mundo, que vai explorar o tema “Better and Faster – The Proven Path to Unstoppable Ideas”; e, no período da tarde, Zoltan Istvan, o transumanista que defende a evolução da condição humana através da tecnologia e da ciência para uma dimensão “super humana”, e que vai explorar o tema “Superhuman: How Converging Transhumanist Technologies will Change Everything”.

O Business Transformation Summit conta também com vários Acceleration Workshops onde os participantes poderão explorar um dos vários temas subordinados ao grande tema da Aceleração:

Sophie Devonshire, autora do livro “Superfast: Lead at Speed” e especialista em aceleração de negócios, vai liderar o Acceleration Workshop “Superfast – How to Set the Pace and Lead in a World of Speed”;

Gary T. Judd, Practice Leader na Franklin Covey e especialista global no desenvolvimento de culturas movidas pela Velocidade da Confiança, vai liderar o Acceleration Workshop “The SPEED of TRUST: The One Thing That Changes Everything”;

Jack Korsten, especialista em estratégia e aceleração de negócios e autor do bestseller “De Groeispiraal” (editado em holandês), vai mostrar como acelerar os negócios até 4 vezes mais rápido no Acceleration Workshop “Business Strategy and Growth Acceleration”;

Maria João Ceitil, HR Consulting Coordinator da CEGOC, e Bruno Horta Soares, Leading Executive Senior Advisor da IDC, juntam-se para identificar e explorar os 4 valores dos Recursos Humanos Agile no Acceleration Workshop “How Agile is your HR?”

Tudo isto e muito mais na Lx Factory – a antiga fábrica que é hoje o maior Hub criativo de Lisboa, onde é possível acelerar ideias e negócios.

Mais informação sobre o Business Transformation Summit disponível no site:
https://btsummit-cegos.com/

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Ações do Zmar Eco Camping Resort estão a ser vendidas em leilão

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

As ações correspondentes a 56,6% do parque Zmar Eco Camping, na Zambujeira do Mar, estão à venda num leilão eletrónico que decorre até dia 26 de setembro.

A Cravex S.A, que tem 56,6% de participação no parque Zmar Eco Camping, na Zambujeira do Mar, em Odemira (Beja), colocou as suas ações à venda num leilão eletrónico que decorre até dia 26 de setembro.

A participação social da empresa de importação e exportação (Cravex S.A), correspondente a 56,60%, na “Multiparques a Céu Aberto, Campismo e Caravanismo em Parques, S.A.“, que explora o parque de campismo e caravanismo ‘Zmar Eco Camping Resort’, está à venda por um valor base de 3.249.326 euros.

Desde que teve início, a 8 de agosto, o leilão, que termina dentro de sete dias, recebeu três licitações abaixo do valor base, a última no valor de 2,6 milhões de euros.

De acordo com informações publicadas no site de leilões eletrónicos, ‘Leilosoc’, estão disponíveis “cinco milhões, oitocentos e um mil, quinhentos e uma ações emitidas pela Multiparques a Céu Aberto, SA, com o valor nominal de um euro cada, representadas por um título” e “depositadas numa conta de títulos no Novo Banco”.

Segundo a leiloeira, a empresa Cravex S.A tem a decorrer um processo de insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal.

Fonte do Zmar confirmou à agência Lusa, a realização do leilão devido “a uma possível mudança de um acionista” da sociedade Multiparques a Céu Aberto, Campismo e Caravanismo em Parques, S.A., esclarecendo, no entanto, que o processo não está relacionado com uma possível insolvência daquele parque.

O leilão eletrónico, “refere-se a uma possível mudança de um acionista, o que não afeta o atual funcionamento do Zmar”, esclareceu a mesma fonte.

O complexo turístico, inaugurado em junho de 2009, na costa alentejana, foi construído numa área de 81 hectares, inclui um Eco- Hotel com tipologias T1 a T3, espaços para tenda e caravana, parque aquático com piscinas descoberta e coberta, zona desportiva, restaurante e bar.

Localizado na Herdade A-de-Mateus, em Odemira, no litoral alentejano, o Zmar, construído com materiais 100% recicláveis, tem capacidade para mais de 1.500 pessoas e dispõe de um espaço que congrega restaurante, cozinha e supermercado e as crianças têm à sua disposição um parque infantil de cinco hectares, uma quinta pedagógica com animais e um observatório.

O parque de campismo, distinguido com mais de uma dezena de prémios nas áreas do turismo e sustentabilidade, foi classificado como projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) e implicou um investimento de “cerca de 25 milhões de euros”.

O leilão termina às 18h00 da próxima quinta-feira, dia 26.

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Costa diz-se “capitão de equipa feliz” com dois pontas-de-lança e um armador de jogo

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

O primeiro-ministro definiu-se "capitão de equipa feliz", dizendo que contou com 2 pontas-de-lança nas finanças e economia, Centeno e Siza Vieira, e com "excelente armador de jogo", Vieira da Silva.

O primeiro-ministro definiu-se esta quinta-feira como “um capitão de equipa feliz” no Governo, dizendo que contou com dois pontas-de-lança nas finanças e economia, Mário Centeno e Siza Vieira, e com “um excelente armador de jogo”, Vieira da Silva.

António Costa deixou esta nota futebolística no final de um almoço promovido pela Confederação do Comércio e Serviços, depois de o presidente desta entidade, João Vieira Lopes, lhe ter pedido para a próxima legislatura uma política com “menos Centeno e mais Siza Vieira”, ou seja, mais menos ministro das Finanças e mais ministro da Economia.

As primeiras palavras do líder do executivo foram precisamente para responder a este desafio que lhe deixara o presidente da Confederação do Comércio e Serviços.

“Considero-me um capitão de equipa feliz, porque posso contar não só com dois pontas de lança – um nas finanças e outro na economia – mas também com um excelente armador de jogo no Ministério do Trabalho”, declarou, numa alusão direita a Vieira da Silva, que, tal como Pedro Siza Vieira, também se encontrava presente no almoço.

De acordo com o primeiro-ministro, Mário Centeno, Pedro Siza Vieira e Vieira da Silva, nesta legislatura, “formaram um triângulo virtuoso”.

“Esse triângulo virtuoso permitiu estabilidade política, recuperação da credibilidade internacional do país – condições fundamentais para Portugal ter mais e melhor emprego, crescimento e redução das desigualdades“, sustentou António Costa.

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Novas matrículas dos carros aprovadas. Vão ser assim

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

As novas matrículas dos carros serão constituídas por dois grupos de letras e outro central de dois algarismos. Começam a circular na estrada no final deste ano.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o diploma que altera o modelo de chapas de matrícula, introduzindo novas combinações de carateres e um formato que harmoniza o modelo português com o da generalidade dos Estados da União Europeia.

Assim, foi aprovado o decreto-lei que altera o regulamento do número e chapa de matrícula, o código da estrada e o regulamento da habilitação legal para conduzir, introduzindo-se alguns ajustamentos de natureza técnica nos modelos de chapas de matrícula, adotando ainda um formato que simplifica a sua produção.

Adicionalmente – adianta uma nota do Conselho de Ministros – alterou-se o regime de emissão, revalidação, substituição, segundas vias e trocas de títulos de condução nacionais e estrangeiros, que passam a poder ser prestados nos Espaços Cidadão, pelos trabalhadores que prestam o atendimento do serviço.

 

Simultaneamente, o prazo de troca dos títulos de condução não comunitários é alterado de 90 dias para dois anos, alinhando-se com o regime previsto para a revalidação por caducidade das cartas de condução portuguesas.

Em dezembro último foi anunciada a passagem à nova série de matrículas, constituída por dois grupos de letras e outro central de dois algarismos, com previsão para o final de 2019.

De acordo com dados então disponibilizados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) à agência Lusa, ainda faltavam sensivelmente 500.000 matrículas, para a passagem à nova série, que está prevista para o final de 2019.

A nova série passará a ser constituída por dois grupos de duas letras e um grupo central de dois algarismos, mantendo-se a separação entre si por traços: AA-01-AA.

Segundo o IMT, a nova série permite atribuir cerca de 28 milhões de matrículas.

O Instituto adiantou na altura que no futuro passariam a ser utilizadas as letras Y,K e W (que até agora não eram utilizadas), na sequência do Acordo Ortográfico.

Atualmente, o número de matrícula dos automóveis, motociclos, triciclos, quadriciclos e ciclomotores é constituído por dois grupos de dois algarismos e um grupo de duas letras, separados entre si por traços.

A primeira matrícula foi registada a 01 de janeiro de 1937 e até 29 de fevereiro de 1992 foi usado o modelo “AA-00-00”. A partir de 01 de março de 1992 foi usado o modelo “00-00-AA”.

Depois desse, começou a utilizar-se a série “00-AA-00”, que permanece até hoje.

O IMT esclareceu que o novo número de matrículas tem efeito unicamente para viaturas novas.

A atribuição de matrículas é da responsabilidade do IMT, não sendo necessária qualquer ação por parte dos proprietários dos veículos.

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