Wall Street recupera após estabilização da moeda chinesa

Os principais índices bolsistas dos EUA recuperam de um tombo de 3%, perante a estabilização do valor da moeda chinesa, numa sessão marcada pela subida das tecnológicas.

Após a pior sessão do ano, Wall Street ganha fôlego. Os principais índice bolsistas norte-americanos estão em alta, a recuperarem do tombo de 3% na sessão anterior, perante a estabilização do valor da moeda chinesa, e apesar dos sinais de alerta relativamente à guerra comercial entre os EUA e a China se manterem em máximos.

O S&P 500 valoriza 0,62%, recuperando após seis sessões de perdas, rumo que é acompanhado pelo Dow Jones (+0,54%) e pelo Nasdaq (+0,98%), índice que foi o mais penalizado pela subida de tom da guerra de palavras entre a administração Trump e o governo de Xi Jinping.

A Casa Branca declarou oficialmente a China de “manipulador cambial”, depois de o yuan ter desvalorizado para a fasquia mais baixa em mais de uma década. A madrugada foi, no entanto, de estabilização para a moeda chinesa, depois de o Banco Popular da China ter permitido que esta negociasse a um nível mais alto contra o dólar, o que aliviou o sentimento dos investidores e puxou pelas bolsas, incluindo agora Wall Street.

Esta disputa comercial não vai desaparecer tão cedo, mas devemos ver apostas de flexibilização pelos bancos centrais a aumentarem globalmente e isso ajudará a limitar parte da carnificina do mercado nas próximas semanas”, dizia Edward Moya, analista de mercado da Oanda, citado pela Reuters.

As ações das tecnológicas que foram as mais afetadas na sessão anterior pela degradação das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, estão a recuperar.

A Apple é um desses exemplos. Depois de as suas ações terem derrapado 5% na primeira sessão da semana, hoje estão a somar perto de 2%. No mesmos sentido segue a Intel (+1,4%) ou a Nvidia (+1,88%).

Em alta, destacam-se ainda a Caterpillar, que avança 1% em bolsa, e a Walt Disney, que soma 1% antes de apresentar o balanço das contas trimestrais após o fecho do mercado norte-americano.

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Elsa Roncon Santos deixa vice-presidência da assembleia-geral da CGD por reforma

  • ECO
  • 6 Agosto 2019

Antiga diretora-geral do Tesouro e das Finanças renunciou ao cargo de vice-presidente da mesa da assembleia-geral da CGD devido a reforma.

A vice-presidente da mesa da assembleia-geral da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Elsa Roncon Santos, renunciou ao cargo devido a reforma, revelou o banco à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD, S.A.) informa que a Senhora Dra. Elsa Maria Roncon Santos, vice-presidente da mesa da assembleia-geral da CGD, eleita para o mandato de 2016-2019, apresentou pedido de renúncia ao cargo com efeitos a 31 de agosto de 2019, data da sua passagem à reforma”, pode ler-se no comunicado enviado pelo banco público à CMVM.

A mesa da assembleia-geral da CGD é presidida por Paulo Mota Pinto e tem José Lourenço Soares como secretário, ficando agora vago o lugar de vice-presidente.

Elsa Roncon Santos foi diretora-geral do Tesouro e das Finanças entre 2011 e 2017, membro do Conselho de Administração do Banco Europeu de Investimentos (BEI), da Comissão Diretiva do Fundo de Resolução de 2012 a 2017 e presidente da mesa da assembleia-geral da Parpública de 2013 a 2017.

A CGD registou lucros de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que compara com os 194 milhões de euros registados no mesmo período de 2018.

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Despedimentos na banca não param. Já superam os 30 mil

O HSBC é a mais recente instituição do setor bancário a anunciar cortes nos postos de trabalho neste ano. No global, bancos europeus já reduziram o número de trabalhadores em mais de 30 mil.

Depois de anunciar a saída do CEO John Flint, 18 meses depois de este assumir o cargo, o HSBC revela um plano de redução que prevê cortes em mais de quatro mil postos de trabalho, nomeadamente nos funcionários seniores. O banco junta-se assim à longa lista de instituições do setor que avançaram com corte de empregos este ano. São mais de 30 mil.

Esta é uma tendência global, que já atingiu bancos como o italiano UniCredit, o francês Societe Generale e o alemão Deutsche Bank, aponta a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Por cá também é sentida. A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Novo Banco, o Santander e o BPI cortaram 413 empregos no primeiro semestre deste ano.

A evolução da automação, a persistência de taxas de juro negativas na Europa e o Brexit são algumas das razões que poderão estar na base destes cortes. Do lado do HSBC, tensões comerciais e geopolíticas foram fatores que motivaram uma reestruturação na empresa.

A lista de instituições financeiras na Europa, Médio Oriente e África que anunciaram cortes nos postos de trabalho desde 1 de janeiro desde ano, compilada pela agência de notícias, já é longa. Tudo somado, o número de funcionários que vai deixar o banco onde trabalha ultrapassa os 30 mil, sendo que este montante não inclui os bancos que indicaram os cortes em percentagem.

Entre os bancos que vão reduzir mais pessoal encontra-se o Deutsche Bank, que prevê cerca de 18 mil postos eliminados, e o Barclays, que diz que vai cortar três mil trabalhos no segundo trimestre deste ano. Na lista figuram também os espanhóis CaixaBank e Banco Santander.

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Greve. Há reservas de combustíveis para Proteção Civil para mais de dois meses, garante Governo

  • Lusa
  • 6 Agosto 2019

À saída da reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, Eduardo Cabrita garantiu que estão garantidas reservas de combustível para mais de dois meses, em caso de greve.

O ministro da Administração Interna revelou, esta terça-feira, que “há reservas de combustível acumulados para mais de dois meses” e que está a ser preparado o planeamento para salvaguardar o abastecimento, em caso de greve dos motoristas.

“Não há nenhum problema de reservas de combustível. A entidade nacional do setor energético diz-nos que temos reservas de combustíveis acumuladas para mais de dois meses. O que temos de garantir é que numa circunstância de dificuldade de distribuição, as prioridades sejam asseguradas” afirmou Eduardo Cabrita após a reunião semanal do Centro de Coordenação Operacional Nacional, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.

O ministro disse que a ANEPC é a responsável pela coordenação do planeamento civil de emergência e acrescentou que esta terça-feira de manhã decorreu uma reunião em Carnaxide com todas as entidades para preparar, na área do planeamento civil de emergência, “acautelar o que seja necessário para acautelar aquilo que possa ser necessário relativamente à salvaguarda de abastecimento de combustíveis.

No encontro de segunda-feira entre o Governo e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) foi colocada a possibilidade de ser acionado pelo Governo o mecanismo legal de mediação, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve possa ser desconvocada.

Eduardo Cabrita mostrou-se confiante no sucesso do diálogo social entre Governo, sindicatos e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM). “Tenho as melhores expectativas que nos meus colegas de Governo sejam bem sucedidos na promoção do diálogo social”, disse.

O Ministério das Infraestruturas anunciou que propôs a possibilidade de ser desencadeado “um mecanismo legal de mediação”, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada. Esta greve ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

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Pedro Nuno Santos apela para sindicatos voltarem à negociação, mas promete: governo não hesitará na requisição civil

Governo apela a sindicatos para retomar diálogo, mas sublinha: Executivo não vai hesitar na requisição civil. Antram lembra que motoristas dos sindicatos independentes não vão ter aumentos em 2020.

Na sequência da reunião desta terça-feira entre o Governo, a Fectrans e a Antram, Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas, mostrou-se esperançoso que até dia 12 a greve dos motoristas de matérias perigosas ainda possa ser cancelada. O governante realçou os ganhos da negociação entre a federação de sindicatos e a Antram e apelou aos dois sindicatos independentes, responsáveis pelo aviso prévio de greve, que abdiquem da paralisação e voltem às negociações. Caso não voltem, assegurou, o Executivo não hesitará em responder à altura.

“Os serviços mínimos serão decretados pelos ministérios já que as partes não chegam a acordo dentro dos prazos. Esse trabalho está feito e os serviços mínimos tentarão acautelar as questões mais fundamentais. Embora não anulem a greve, teremos serviços mínimos e faremos tudo para que sejam cumpridos, não haverá muita hesitação, caso não sejam, para que se aprove uma requisição civil“, avançou o ministro. “Temos tudo programado para estar a à altura das dificuldades que uma greve como esta representa.”

Mas o foco do governante está ainda virado para evitar a greve, conforme explicou esta tarde aos jornalistas, à saída da reunião com a Antram e a Fectrans. Pedro Nuno Santos lembrou que a Fectrans não é conhecida “por fazer fretes a Governos ou empregadores” e que os avanços que estão a ser conseguidos entre esta federação e a associação de empresas devia ser olhada pelos dois sindicatos independentes. “Se temos a Fectrans a conseguir resultados, não percebemos porque os outros não possam também conseguir.”

O responsável abordou de seguida a proposta apresentada na segunda-feira aos sindicatos de motoristas de matérias perigosas e independente que, apesar de toda a retórica destas duas estruturas, assegurou, se mantém disponível para ser ativado até ao dia da greve.

“Há dois [sindicatos] que mantêm o pré-aviso de greve e sugerimos o recurso a um mecanismo legal previsto no Código do Trabalho que permitiria explorar todas as hipóteses de diálogo. Sobre este ponto só digo que até 12 de agosto, os dois sindicados ainda podem recorrer a este mecanismo e continuar a explorar a via do diálogo”, salientou Pedro Nuno Santos. E apontou então para o caminho que vem sendo trilhado entre Antram e Fectrans para os restantes motoristas de mercadorias algo que, diz, prova que não é preciso estar sempre a ameaçar com greves para obter ganhos.

“Fica provado que é possível, com diálogo e negociação, conseguir-se resultados e vitórias sem ter que se recorrer sistematicamente à greve”, destacou o ministro. Que insistiu na ideia: “Há uma forma de fazer sindicalismo que passa pela negociação, pelo diálogo aberto entre as partes, que permite que os trabalhadores tenham vitórias. Se podemos dizer que há aumentos de 10% a 18% em 2020 é só porque a Fectrans se mostrou disponível para continuar a trabalhar e negociar, isto além de outras matérias em que já há acordo, como a questão das cargas e descargas”, apontou.

Sobre a posição já assumida pelo sindicato das matérias perigosas, de que não aceitará a proposta de mediação ontem colocada em cima da mesa pelo Governo, Pedro Nuno Santos referiu apenas que essa é uma hipótese que continuará em cima da mesa até dia 12 de agosto. Mas depois olhou para o cenário que parece atualmente inevitável, a greve avança. “Se não for desconvocada, o Governo está preparado para minorar os impactos negativos de uma greve como esta”, assegurou.

Antram: “Sindicatos enganam os trabalhadores. Assim não vão ter aumentos em 2020”

Do lado da Antram, André Matias de Almeida voltou a lamentar a postura dos sindicatos independentes em todo o processo negocial dos últimos meses. “Lamentamos que o sindicato não tenha dito que o que apresentou ao Governo, e que hoje nos seria transmitido, não tem uma única cedência. Voltamos a falar precisamente das mesmas coisas”, disse, à saída do encontro. Segundo explicou, as propostas entregues pelos sindicatos na reunião de ontem com o Ministério não são mais do que as exigências originais.

“Não há uma única cedência, voltam a falar de 100 euros em 2021 e em 2022. Já chega desta tentativa de lavar a cara e de dizerem que querem ceder e negociar, estão a enganar os seus trabalhadores. O acordo que sai daqui hoje, com a Fectrans, não beneficiará os associados destes dois sindicatos”, sublinhou Matias de Almeida. “Falamos de mais de 250 euros de aumento para 2020 que os trabalhadores do sindicato das matérias perigosas não vão ter.” O responsável da Antram foi mesmo mais longe e questionou se os motoristas destes sindicatos estarão a ser bem informados pelos próprios.

“Estes motoristas não vão ter nenhuma portaria de extensão”, detalhou. O acordo “só se aplicará aos trabalhadores filiados na Fectrans e é por isso que não compreendemos se os trabalhadores deste sindicato, que eventualmente formam hoje a sua decisão de aderir ou não à greve, se não estão em erro quando os representantes lhes dizem que vão ter aumentos em 2020. É falso. Não vai ocorrer devido a esta postura negocial”, apontou Matias de Almeida.

O representante da Antram criticou ainda o facto de o SNMMP ter optado por divulgar enquanto decorria a reunião entre Governo, Antram e Fectrans a sua recusa em participar no mecanismo de mediação proposto pelo Executivo na segunda-feira, uma recusa que, diz, “mostra que não têm qualquer vontade de negociar”.

Fectrans, Antram e Governo criam Grupo de Trabalho

Sobre os avanços obtidos na reunião de esta terça-feira, a Antram não teve grandes dúvidas em rotulá-los de históricos. “Será porventura a reunião mais importante em toda a história do setor. Em 90 dias teremos um conjunto de medidas para melhorar a vida de trabalhadores“, apontou André Almeida. O responsável referia-se ao acordo entre as partes para a criação de um grupo de trabalho para melhor regulamentar o trabalho de motorista de mercadorias — cujo desenho será finalizado nas próximas 48 horas.

Graças à abertura negocial da Fectrans, da Antram e do Governo, explicou, este Grupo de Trabalho irá resultar “e num prazo curto” numa melhoria das regras a gerir as cargas e descargas, que não são obrigação do motoristas, mas também ao nível das horas suplementares e dos tempos de espera dos motoristas, um grupo de trabalho que contará não apenas com trabalhadores e empresas do setor, mas também dos maiores contratantes deste tipo de serviços, como as empresas de distribuição, explicou.

Também José Manuel Oliveira, da Fectrans, se mostrou otimista com o andamento das negociações entre Antram e motoristas. “Mesmo que não negociássemos mais matérias, já temos garantido aumentos de 10% a 18% para 2020 e para as diversas categorias de motoristas”, explicou à saída da reunião.

Há um pressuposto de negociação que passa pelo aumento da retribuição base para 700 euros, ou seja, 120 a 140 euros por trabalhador, mais o subsídio de operações de 125 euros, que ainda discutimos da sua abrangência, mas há matérias onde ainda é preciso fechar alguns detalhes”, explicou ainda.

A Fectrans e a Antram prosseguem negociações na próxima quinta-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h44)

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Bruxelas dá 4,5 milhões de euros a Lisboa melhorar sistema de transportes

  • Lusa
  • 6 Agosto 2019

A ideia é criar um sistema de partilha de dados que permita converter a informação deixada pelos utilizadores em medidas concretas para melhorar o sistema de transportes em Lisboa.

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira a atribuição de cerca de 4,5 milhões de euros ao município de Lisboa para desenvolver um projeto digital que facilite a realização de comentários pelos utilizadores sobre o sistema de transportes, visando melhorá-lo.

Em causa estão verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) que serão atribuídas ao município após a cidade ter concorrido à quarta edição do concurso “Ações Urbanas Inovadoras”, uma iniciativa promovida pela região francesa de Hauts-de-France, em colaboração com a Comissão Europeia.

Lisboa foi, assim, uma das cidades escolhidas na categoria de transição digital, com um projeto da empresa VoxPop, que visa “facilitar a apresentação de comentários dos utilizadores para melhorar o sistema de mobilidade da cidade”, assinala o executivo comunitário em comunicado.

A ideia é, então, criar um sistema de partilha de dados que permita, através de métodos de inteligência acionável, converter a informação deixada pelos utilizadores em medidas concretas para melhorar o sistema de transportes, ao nível do planeamento, operação e manutenção.

Isto significa que o município terá acesso direto aos comentários e poderá basear-se neles para criar “serviços avançados de mobilidade centrados no utilizador”, segundo a descrição remetida ao concurso.

“A cidade de Lisboa acredita que a transição digital é uma jornada que combina pessoas, processos e tecnologia e, por essa razão, o [projeto] VoxPop também irá olhar para os desafios não tecnológicos, nomeadamente de governação, modelos de negócio, foco no utilizador e consequências não intencionais da inovação digital”, lê-se ainda na mesma informação. Estão, assim, em causa 4.479.202 euros para este projeto, sem que sejam, contudo, indicados prazos para a sua implementação.

Ao todo, nesta edição da iniciativa “Ações Urbanas Inovadoras”, serão alocados 82 milhões de euros em fundos do FEDER a um total de 20 projetos urbanos a desenvolver em Portugal, Grécia, Finlândia, Itália, Espanha, Holanda, França, Suécia, Áustria, Roménia, Reino Unido, Bélgica e Alemanha.

Além da área da transição digital, são abrangidos projetos de outros setores, nomeadamente relativos à segurança urbana, à utilização sustentável dos terrenos e à pobreza urbana. A iniciativa visa financiar aqueles que são considerados projetos inovadores nas cidades, tendo uma verba total de 372 milhões de euros através do FEDER.

Em todas as três edições anteriores, foram selecionados 55 projetos de 17 Estados-membros. Em setembro será lançado o quinto e último convite à apresentação de propostas no âmbito da iniciativa.

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ASF mantém ramos Não Vida em risco máximo

  • ECO Seguros
  • 6 Agosto 2019

O regulador confirma a tendência de nos ramos Não Vida se manterem elevados valores de indemnizações e custos, classificando-os com risco Alto, o pior da escala.

No seu Painel de Riscos do Setor Segurador, agora publicado e relativo ao primeiro trimestre do ano, a ASF afirma que “permanece como risco alto apenas a categoria de riscos específicos de seguros Não Vida, refletindo a persistência de rácios combinados elevados, embora reportados ao final de 2018, traduzindo a dependência dos resultados financeiros para a formação de resultados técnicos positivos”.

Na sua análise de oito classes de risco o ramo Não Vida é o mais preocupante, mas também o ramo Vida, as interligações entre setores de maior e menor ameaça e a próprios conjuntura macroeconómica a nível europeu e nacional são considerados de Médio Alto Risco.

Apenas a liquidez mantém um baixo nível de risco, segundo a ASF.

O painel de riscos do setor segurador português, de publicação trimestral, é uma das ferramentas utilizadas pela ASF para a identificação e mensuração dos riscos e vulnerabilidades do setor na perspetiva da preservação da estabilidade financeira, tendo por base um conjunto de indicadores, e considerando oito categorias de risco: macroeconómico, crédito, mercado, liquidez, rendibilidade e solvabilidade, interligações, específicos de seguros vida e específicos de seguros não vida.

Em síntese, a ASF considera que em final de Julho as tendências mantêm-se como desde há um ano.

As conclusões retiradas pela ASF para o último trimestre analisado são:

Risco Macroeconómico: Médio Alto

  • Confirmação da tendência de abrandamento económico a nível europeu e nacional;
  • Manutenção das expectativas de inflação baixa, acompanhada da queda de uma queda das taxas de juro de longo prazo;
  • Ligeiro aumento da taxa de desemprego e da dívida pública face ao PIB em Portugal;
  • Redução do endividamento dos particulares face ao PIB.

Risco de Crédito: Médio Baixo

  • Diminuição dos prémios de risco dos soberanos;
  • Ligeiro aumento do valor dos prémios de risco dos emitentes do setor financeiro e não financeiro;
  • Ligeira melhoria da qualidade creditícia das obrigações detidas pela maioria dos operadores.

Risco de Mercado: Médio Baixo

  • Manutenção dos níveis de volatilidade no mercado obrigacionista em paralelo com um ligeiro aumento da volatilidade no mercado acionista;
  • Manutenção dos níveis de rentabilidade no mercado imobiliário nacional.

Risco de Liquidez: Baixo

  • Ligeira melhoria do grau de liquidez dos ativos em carteira;
  • Manutenção em níveis confortáveis do rácio de entradas sobre saídas.

Risco de Rendibilidade e Solvabilidade: Médio Baixo

  • Manutenção do rácio de solvência, conjugando decréscimos nos fundo próprios elegíveis e nos requisitos de capital de solvência;
  • Redução da dependência da utilização da media transitória relativa às provisões técnicas, em resultado da decisão da ASF de recálculo dessa medida.

Risco de Interligações: Médio Alto

  • Ligeira diminuição de exposição a títulos de dívida soberana portuguesa, acompanhada pelo incremento da exposição a ativos emitidos pelo setor bancário, apenas visível nos operadores de maior dimensão;
  • Ligeira diminuição de concentração de ativos no mesmo grupo económico;
  • Ligeiro aumento dos níveis de concentração em ativos do mesmo setor de atividade económica.

Riscos Específicos de Seguros de Vida: Médio Alto

  • Aumento da produção do ramo Vida, em termos homólogos, na maioria dos operadores;
  • Redução da sinistralidade nos seguros de Vida risco e ligeiro aumento da taxa dos resgates dos produtos financeiros;
  • Deterioração do diferencial entre a rentabilidade dos investimentos e as taxas de juro garantidas;
  • Ligeira melhoria da diferença entre a duração dos ativos e das responsabilidades na maioria dos operadores, registando-se, no entanto, o comportamento inverso em alguns operadores de maior dimensão.

Riscos Específicos de Seguros Não Vida: Alto

  • Continuidade da tendência de aumento da produção dos ramos Não Vida;
  • Aumento da taxa de sinistralidade;
  • Aumento ligeiro do rácio combinado e em nível acima dos 100%;
  • Redução do Índice de provisionamento, ficando pouco acima de 90%.

O próximo painel será publicado em outubro deste ano.

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Vai encomendar Uber Eats? Cuidado que as taxas de entrega podem surpreender

Restaurantes que têm estafetas próprios estão também incluídos na oferta da Uber Eats, mas podem praticar valores diferentes para a taxa de entrega, alerta a plataforma.

A lista de restaurantes da Uber Eats de onde pode encomendar comida continua a crescer, mas agora é preciso estar mais atento. A plataforma de entrega de comida ao domicílio passou a ter também restaurantes com estafetas próprios, que podem ter taxas de entrega diferentes.

O alerta vem da própria Uber, que avisa os utilizadores para identificar estes restaurantes, que aparecem acompanhados de um ícone a roxo. “Como estes restaurantes tratam da entrega da sua encomenda, a taxa de entrega poderá ser diferente dos 2,90 euros normalmente cobrados e não poderá visualizar em tempo real a localização do estafeta com o seu pedido“, explica a plataforma.

Mas mesmo se não reparar no ícone, ao selecionar o restaurante irá aparecer uma mensagem a informar que o estabelecimento tem um serviço de entrega próprio e que não pode acompanhar o percurso. A explicação é simples. Como “não utilizam a Uber, não é possível fazer track“, diz a empresa. A Uber acrescenta ainda que o seu nome, número e morada serão partilhados com o estafeta.

Escolher um restaurante com estafetas próprios pode assim sair mais caro, ou até mais barato do que outro registado na Uber Eats, já que a taxa é escolhida pelo restaurante. O montante a pagar estará discriminado, como habitual, quando fizer o pedido na app.

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Governo abre programa de estágios profissionais para jovens “nem-nem”

Este ano, o beneficiário destes programas é a secretaria-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Vão estar disponíveis 85 vagas de estágios profissionais para jovens até aos 29 anos.

O Governo abriu candidaturas para estágios profissionais que integrem jovens que não estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”, através do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), e com o objetivo de apoiar a integração no mercado de trabalho. As 85 vagas estão disponíveis para jovens até aos 29 anos e incluem ainda participantes em risco de exclusão social e de comunidades marginalizadas.

A instituições interessadas deverão fazer as candidaturas online até 30 de setembro, através da submissão de um formulário eletrónico no Balcão do Portugal 2020. Este programa é cofinanciado pelo Portugal 2020 e pela União Europeia.

Em Portugal, em junho havia 220,3 mil jovens NEETnotinemployment, educationortraining, segundo dados do INE. Este número representa um aumento relativamente aos 197,2 mil registados pelo Instituto Nacional de Estatística em agosto do ano passado.

São elegíveis para os estágios profissionais na administração central do Estado, em particular os estágios que aconteçam em serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Os estágios têm a duração máxima de um ano.

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Motoristas de matérias perigosas recusam proposta do Governo e mantêm greve

Sindicato recusa cancelar a greve “em troca de uma promessa de desencadear um processo que já antes aconteceu e que não teve resultados”.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) recusa cancelar a greve marcada para dia 12 e por tempo indeterminado. Em declarações ao Público, Pedro Pardal Henriques recusou recuar com a paralisação “em troca de uma promessa de desencadear um processo que já antes aconteceu e que não teve resultados”.

Em causa está a proposta de ontem à noite do ministro das Infraestruturas e Habitação (MIH), em avançar com um processo de mediação. O representante dos motoristas diz que vai colocar a proposta aos sócios do sindicato, em plenário marcado para sábado, mas avisa que a greve só será levantada depois de a Antram responder aos sindicatos.

As declarações de Pardal Henriques confirmam as interrogações de Luís Gonçalves Silva, advogado especialista em direito laboral e consultor na Abreu Advogados: “Mas isto não é o que estão [Governo, motoristas e patrões] a fazer há não sei quanto tempo?” Questionado sobre qual será o objetivo do Executivo com esta proposta, Gonçalves Silva admite que “o Governo possa ter alguma na manga, nomeadamente para tentar recorrer à arbitragem obrigatória”.

Para o advogado, o anúncio feito segunda-feira à noite pelo Ministério das Infraestruturas “não deixa de ser surpreendente quando a informação que se torna púbica é limitada”. Colocando ênfase no que se discute ser o cerne das divergências — saber se o protocolo de maio, que previa aumentos salariais para 2021 e 2022 é ou não vinculativo — Gonçalves Silva questiona “porque é que as partes não recorrem à arbitragem voluntária ou porque é que o sindicato não recorre a tribunal?”. Há aqui muitas coisas que ultrapassam os comuns dos mortais”, sublinha.

Seja por via de mediação, arbitragem voluntária ou arbitragem obrigatória há uma questão incontornável, alerta o consultor da Abreu Advogados: “que as partes estejam de boa-fé e efetivamente disponíveis para um acordo”, acreditando que a mediação proposta pelo Executivo pode ser meio caminho para chegar à arbitragem prevista no artigo n.º 508 do Código do Trabalho.

Este determina que a arbitragem pode ser requerida pelo ministro com tutela da área laboral se estiverem em “causa serviços essenciais destinados a proteger a vida, a saúde e a segurança das pessoas”, o que Gonçalves Silva acredita ser o caso. Além disso, também estão reunidas outras das condições estipuladas na lei, nomeadamente a que se refere à existência “de negociações prolongadas e infrutíferas, conciliação ou mediação frustrada e não tenha sido possível dirimir o conflito por meio de arbitragem voluntária, em virtude de má-fé negocial da outra parte, ouvida a Comissão Permanente de Concertação Social”.

No caso da arbitragem obrigatória que leve à elaboração de um novo contrato coletivo de trabalho, as partes são obrigadas a aceitar as conclusões.

“Agradecemos o empenho do Sr. ministro e aceitamos levar aos sócios, mas a greve só será desconvocada quando a Antram aceitar (ou pelo menos contrapropor de forma séria e honesta) relativamente aos temas que para estas pessoas são imprescindíveis e que foram ontem entregues ao Ministério”, esclarece o advogado.

Para os membros do SNMMP está tudo na mesma: “A greve só depende da Antram”. “Têm até sexta-feira para dizer se querem ou não que se faça greve”, termina.

(Notícia atualizada às 12h27 com mais informação)

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No Alma só há espaço para negócios do corpo. Cabeça incluída

O Alma é um espaço de cowork exclusivo para profissionais de saúde mental. Este conceito foi criado a pensar no bem-estar dos pacientes e promete desmistificar a "ida ao psicólogo".

Se já se sentiu envergonhado por procurar um psicólogo ou um psiquiatra, os espaços de cowork Alma prometem ajudá-lo a quebrar preconceitos. O Alma é um espaço pensado exclusivamente para profissionais de saúde mental e abriu as portas em outubro do ano passado, em Manhattan, nos Estados Unidos. O conceito promete continuar a crescer no futuro. Esta semana, fechou uma ronda de investimento Série A de mais de sete milhões de euros.

Segundo a Business Insider, o espaço tem capacidade para 115 profissionais de saúde, e pode acolher consultas individuais ou para sessões de terapia em grupo. O design simples, pouco invasivo, com cores escolhidas por especialistas, as plantas e as paredes de madeira pretendem criar um espaço seguro para os pacientes e para os profissionais de saúde. Estes são os “consultórios” do futuro, refere o CEO e fundador do Alma, Harry Ritter.

Esta comunidade de profissionais de saúde inclui psicólogos, psiquiatras, terapeutas, nutricionistas, que podem utilizar o espaço através de uma avença mensal.

O Alma quer facilitar a “ida ao psicólogo”, através da tecnologia e com a ajuda da arquitetura do espaço. Aos pacientes é dado um cartão do Alma, que lhes dá acesso direito ao 21º andar do edifício, onde se encontra o espaço de cowork, evitando momentos embaraçosos. Para fazer o check-in, basta utilizar um dos iPads disponíveis à entrada do espaço. Assim que é feito o registo, o profissional de saúde é imediatamente avisado e o paciente saberá a que sala se deve dirigir.

Neste cowork, a disposição da mobília não é feita ao acaso. Os sofás estão posicionados numa única direção, para evitar encontros indesejados na “sala de espera”. No espaço há ainda duas salas onde os médicos podem comunicar por videochamada com os seus pacientes.

Enquanto esperam, os pacientes podem relaxar no sofá ou na área de meditação, beber um chá, ou encontrar um dos seus livros favoritos — a oferta é baseada nas escolhas dos clientes — nas prateleiras das estantes disponíveis. “O objetivo é criar uma comunidade nacional de terapeutas, apoiados pela nossa plataforma e que fazem parte da tendência de combater a estigmatização do acesso à saúde mental”, refere Harry Ritter.

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