Greve a 10 de maio. Ministérios definem serviços mínimos para as Misericórdias

Os trabalhadores de instituições de solidariedade social vão fazer greve, e terão de ser assegurados serviços como a alimentação e prestação de cuidados de higiene para os utentes.

O dia 10 de maio será marcado por uma greve dos trabalhadores em funções públicas e sociais, e da administração local e regional. Mas as instituições particulares de solidariedade social, nomeadamente os estabelecimentos afetos à União das Misericórdias Portuguesas (UMP), terão de cumprir serviços mínimos relativos ao bem-estar dos utentes.

“A alimentação dos utentes e a prestação de cuidados de saúde e higiene constituem necessidades sociais impreteríveis que devem ser satisfeitas durante a greve”, esclarece um despacho conjunto dos Ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde, de forma a “salvaguardar outros direitos constitucionalmente protegidos”, para além do da greve.

Em causa estão os estabelecimentos afetos à UMP, às Santas Casas da Misericórdia mandatadas pela UMP, em Alcácer do Sal, Azambuja, Boliqueime, Entroncamento, Estarreja, Guimarães, Lamego, Madalena, Maia, Mealhada, Mértola, Mogadouro, Montemor-o-Novo, Sabrosa, Salvaterra de Magos, Santarém, Seia, Sobral de Monte Agraço, Viana do Castelo, Vila Real de Santo António e Viseu, e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A greve, que ocorre durante todo o período de trabalho, irá permitir aos trabalhadores participar na manifestação nacional promovida pela Frente Comum. As reivindicações prendem-se com o aumento dos salários, a reposição e valorização das carreiras, a contagem de todo o tempo de serviço e pela revogação do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública.

A UMP adianta ao ECO que, “como principal parceiro do Estado na execução das suas políticas sociais, tem alertado para a problemática da sustentabilidade das Misericórdias”. Para a UMP, o problema deve colocar-se na tríade instituição-trabalhador-comparticipação pública”, tendo em conta que esta comparticipação “se situa na faixa inferior dos 40% do custo dessa mesma resposta”.

A UMP está em diálogo permanente com o Estado no sentido de reverter este desajustamento para viabilizar a sustentabilidade das Misericórdias, e, consequentemente, permitir a correção das tabelas salariais”, acrescenta ainda a união que orienta, coordena e representa as Santas Casas de Misericórdia.

No pré-aviso de greve, assinado pela direção nacional da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), é assumido o compromisso de que “os serviços mínimos serão assegurados“, nomeadamente para os serviços que funcionem ininterruptamente 24 horas por dia, nos sete dias da semana.

“Nos serviços que não funcionem ininterruptamente ou que não correspondam a necessidades sociais impreteríveis a segurança e manutenção do equipamento e instalações serão asseguradas nos mesmos moldes em que o são nos períodos de interrupção ou de encerramento“, assegura ainda o FNSTFPS.

(Notícia atualizada às 16h00 com a resposta da UMP)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco já pagou 1,26 mil milhões de euros em reembolsos do IRS

No primeiro mês foram entregues perto de 2,7 milhões de declarações de IRS, quase metade do total. O número de reembolsos é já de quase 1,19 milhões, com a devolução de 1,26 mil milhões de euros

O Fisco já devolveu aos contribuintes cerca de 1,26 mil milhões de euros em reembolsos de IRS só no primeiro mês do período para a entrega das declarações. Este é o resultado dos quase 1,19 milhões de reembolsos já efetuados, divulgou nesta segunda-feira, o Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais em comunicado.

De acordo com os dados hoje conhecidos, até ao último dia de abril fora validadas 2.669.993 declarações de IRS, “cerca de metade do universo potencial”.

Do total de declarações entregues até ao final do último mês, foram liquidadas 2.583.366, havendo lugar a um total de 1.187.716 reembolsos que corresponderam a uma devolução de 1,26 mil milhões de euros aos contribuintes.

No que respeita ao número de declarações entregues, o Fisco denotam um pequeno decréscimo — 380 mil — face ao verificado no ano passado, situação que justifica com o facto de o prazo de entrega do IRS decorrer, este ano, até 30 de junho. Ou seja, mais um mês do que no ano passado.

Contrária, foi a tendência registada no que respeita ao número de declarações liquidadas que cresceram em 167 mil face a abril de 2018, o que de acordo com o ministério das Finanças revela “uma assinalável melhoria na capacidade de liquidação e processamento das declarações”.

Os dados conhecidos nesta segunda-feira indicam ainda que das declarações entregues, 1.108.518 foram confirmadas através do IRS Automático. Este número corresponde a 41,5% do total de declarações (no final da campanha do IRS 2017 haviam sido entregues 31% das declarações através do IRS Automático), o que “demonstra a cada vez mais adesão e fiabilidade do IRS Automático”, indica a nota enviada às redações.

(Notícia atualizada às 13h05 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Treinar a inteligência emocional para aumentar a produtividade

  • Ricardo Vieira
  • 6 Maio 2019

Formação é pensada para melhorar o desempenho profissional, ensinando a desbloquear emoções. Treino já foi usado numa pós-graduação e em várias formações para empresas.

Desenvolver novas competências, trabalhar o campo emocional, compreender e aprender a lidar com as emoções de uma forma saudável e construtiva são os objetivos do workshop sobre inteligência emocional (IE) e relacional, promovido por Raul de Orofino, ator-orador e professor de inteligência emocional.

A inteligência emocional é há muito uma skill valorizada pelos recrutadores. Aliás, com base num inquérito realizado nos EUA, a maioria das empresas afirma não contratar colaboradores com um QI alto, mas com baixa IE. E na hora de serem considerados para uma promoção, a IE é mais valorizada do que um QI alto.

Profissionais que conhecem melhor as suas emoções e que estão preparados para lidar com os outros respondem de uma forma mais eficaz aos desafios do mundo laboral. A importância da inteligência emocional, nomeadamente para o stress, para a saúde e para a performance, foi comprovada há vários anos. Um estudo britânico, de 2003, mostrou, por exemplo, mostrou que managers que receberam formação em inteligência emocional registaram melhorias na moral da equipa e uma redução do stress relacionado com o trabalho.

Na formação, que decorre a 23 de maio, em Lisboa, “são aplicados exercícios psicofísicos que desbloqueiam as emoções, muitas vezes travadas, que impedem um funcionamento mais produtivo da vida profissional”, explica a organização. O que se pretende é que cada participante “revolucione a sua forma de agir e de se relacionar com os outros” e “durante a formação são aplicados exercícios psicofísicos que desbloqueiam as emoções, muitas vezes travadas, que impedem um funcionamento mais produtivo da vida profissional. No fim de cada exercício, o orador conversa com os formandos e faz a ligação entre o que cada indivíduo sentiu e a realidade do seu mundo profissional”, acrescentam.

Depois de o método ter feito parte do plano curricular de uma pós-graduação, há dez anos que Raul de Orofino promove este treino em empresas. E para assinalar este aniversário, o formador lança agora esta iniciativa aberta ao público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tem um Qashqai? Nissan vai recolher modelos produzidos em 2017 para substituir… uma etiqueta

  • Lusa
  • 6 Maio 2019

A Nissan vai recolher mais de uma centena de veículos de passageiros do modelo Qashqai, produzidos entre junho e outubro de 2017.

O representante da marca Nissan em Portugal lançou uma campanha de recolha de mais de uma centena de veículos de passageiros do modelo Qashqai, produzidos entre junho e outubro de 2017, revela um alerta da Direção-Geral de Consumidor (DGC).

A razão da recolha dos veículos é a substituição de uma etiqueta que contém informações incorretas do peso máximo combinado (GCW) para veículos com transmissão manual e CVT, dado que, “nesta condição, o veículo pode registar uma perda de capacidade do reboque (veículos com transmissão manual) ou exceder a capacidade do reboque (veículos com transmissão CVT)”.

“Os proprietários dos cerca de 115 veículos existentes no mercado nacional são contactados através de carta, registada com aviso de receção”, lê-se no aviso publicado na sexta-feira na página de internet daquela direção-geral.

A DGC no desempenho das suas funções, enquanto Ponto de Contacto nacional do Sistema RAPEX (Sistema Europeu de Alerta Rápido para produtos perigosos, não alimentares), transmitiu estas informações às autoridades nacionais de fiscalização do mercado e à Comissão Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FNAC compra PC Clinic. Mas tem mais negócios em mira

  • ECO
  • 6 Maio 2019

A FNAC comprou a PC Clinic, que está atualmente presente em quase todas as suas lojas. Em negociações está ainda a compra de uma empresa de produtos naturais e bem-estar.

A FNAC Portugal comprou a PC Clinic, especialista na reparação de equipamentos eletrónicos, naquela que é a primeira aquisição da empresa no país. A relação entre ambas não é novidade, uma vez que a PC Clinic já existe em 27 das 30 lojas Fnac. O valor do investimento não é conhecido.

A notícia foi avançada pela própria FNAC esta segunda-feira que, em comunicado, sublinha o objetivo de “completar a extensa oferta de produtos”, “permitindo dar o suporte necessário à descoberta da tecnologia”, e aumentar o portefólio.

“Esta aquisição surge na prossecução do nosso plano estratégico Confiança+, que o Grupo FNAC Darty tem vindo a implementar desde dezembro de 2017, e visa o desenvolvimento e reforço da nossa oferta de serviços aos nossos clientes com o intuito de lhes suportar e facilitar a experiência produto num mundo cada vez mais tecnológico“, refere Nuno Luz, diretor-geral da FNAC Portugal, citado no documento.

A PC Clinic, fundada em 2004, foi pioneira na assistência informática no país e, atualmente, oferece assistência em 27 das 30 lojas FNAC, para além das 12 lojas próprias. No total são mais de 250 colaboradores especializados em marcas como Apple, Microsoft ou Samsung.

Esta operação faz parte da forte expansão que o grupo francês está a levar a cabo. Recentemente assinou um acordo para a aquisição de uma participação maioritária na WeFix, líder francesa em reparações express de smartphones.

A estratégia passa ainda por diversificar a oferta do produto, estando em negociações exclusivas para a aquisição da Nature & Découvertes, líder retalhista do setor de produtos naturais e de bem-estar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Checkmarx abre novos escritórios em Braga. Está a recrutar

  • Ricardo Vieira
  • 6 Maio 2019

Novos escritórios em Braga respondem ao crescimento da tecnológica em Portugal, que até ao fim de junho vai aumentar a equipa.

A Checkmarx, uma consultora de soluções de segurança de software, inaugurou novos escritórios em Braga, uma mudança que surge no âmbito da estratégia de crescimento da empresa e que pretende dar resposta ao reforço da equipa que vai passar de 60 para 90 colaboradores até ao final do primeiro semestre do ano.

Presente em Portugal desde 2016, o novo espaço com cerca de 1.000 metros quadrados, representa um investimento de cerca de um milhão de euros.

“Esta é uma região com uma clara cultura de inovação, que juntamente com os quadros qualificados disponíveis nesta área fazem desta uma aposta que acreditamos que é segura, e que se traduzirá num importante contributo para o crescimento da empresa”, afirma Emmanuel Benzaquen, CEO da Checkmarx.

Nas novas instalações, os colaboradores contam com zonas de trabalho e salas de reuniões maiores, e ainda com um fun room, “um espaço que tem como objetivo promover o convívio e a descontração, e que servirá também para a realização de alguns eventos internos que pretendem reforçar o espírito de equipa entre os colaboradores”, com explica a empresa em informação à imprensa.

“O nosso objetivo com esta mudança de escritórios é disponibilizar as melhores condições aos nossos colaboradores de modo a que se sintam motivados e inspirados para criação de soluções inovadoras. Acreditamos que uma estratégia de crescimento que inclui o aumento dos recursos humanos implica também apostar na melhoria do espaço de trabalho que deve estar em conformidade com as nossas necessidades e ambições. Só assim conseguiremos ter uma equipa motivada e consequentemente oferecer a melhor e a mais eficiente resposta aos nossos clientes e parceiros”, afirma Erez Geva, vice-presidente do Research&Development da Checkmarx.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo cai abaixo dos 70 dólares em Londres

Renovadas tensões na guerra comercial aumentam receios sobre o impacto que o travão na economia chinesa terá na procura mundial pela matéria-prima.

O preço do petróleo está em queda, a refletir os receios de que a procura mundial pela matéria-prima seja afetada pela economia chinesa. Após o presidente norte-americano Donald Trump ter renovado as tensões na guerra comercial, o petróleo negoceia abaixo dos 70 dólares em Londres. Está próximo dos 60 dólares nos EUA.

O presidente dos EUA anunciou este domingo uma subida nas tarifas de alguns produtos chineses para 25%. Os novos preços entram em vigor na sexta-feira e significam um agravamento face aos 10% suportados até agora. A decisão vem deitar por terra a perspetiva de um acordo, dizem os analistas, levando a quedas expressivas nos mercados acionistas, mas também no petróleo.

Em Londres, o Brent desvaloriza 1,4% para 69,87 dólares por barril, para mínimos de 25 de março. Já em Nova Iorque, o crude WTI recua 1,68% para 60,90 dólares.

“O endurecimento repentino da posição de Trump sobre as tarifas à China assustou os investidores, que se estão a mexer para reduzir os níveis de risco nos mercados. A perspetiva de meses de negociações comerciais a descarrilarem por causa de Trump aumentou as preocupações sobre o futuro da procura por petróleo“, explicou Jasper Lawler, head of research de futuros da corretora britânica London Capital Group, à Reuters.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo, ações e moedas em queda. Bastaram dois tweets de Trump para lançar o pânico nos mercados mundiais

O presidente norte-americano voltou a usar o Twitter para falar da guerra comercial. Confiantes que o conflito estava próximo de ser resolvido, os mercados reagiram em queda.

Desde o início do ano que o medo nas bolsas não era tão elevado. O presidente dos EUA, Donald Trump usou o Twitter para anunciar o reforço das taxas aduaneiras à importação de produtos chineses e para se queixar de que as negociações entre os dois países estão a demorar demasiado. Petróleo, ações e moedas afundam em reação, enquanto os investidores fogem para ativos refúgio.

“O mercado estava a assumir que nada de mau poderia acontecer nem no Brexit nem na guerra comercial portanto qualquer desenvolvimento negativo causa um choque nas ações, especialmente após o rally deste ano”, afirmou o chief investment officer da gestora de ativos Dunas Capital, Alfonso Benito, à Bloomberg.

O presidente dos EUA anunciou este domingo uma subida nas tarifas de alguns produtos chineses para 25%. Os novos preços entram em vigor na sexta-feira e significam um agravamento face aos 10% suportados até agora. A decisão vem deitar por terra a perspetiva de um acordo, dizem os analistas, levando a quedas expressivas nos mercados acionistas, a começar pelas praças chinesas. O índice de Xangai tombou 5,6%, no maior tombo diário em três anos.

O sentimento negativo estendeu-se à Europa, com o índice pan-europeu Stoxx 50 a registar uma queda de 2,2% — para mínimos de um mês e a caminho da pior performance diária desde finais de dezembro –, e o Stoxx 600 a perder 1,4%. Tanto os automóveis (que afundam 3,8%) como a banca (que desvaloriza 1,7%) estão a ser especialmente penalizados.

Bolsa portuguesa acompanha quedas da Europa

A bolsa de Lisboa não é exceção e afunda 1,4% para 5.301,41 pontos e com todas as cotadas no vermelho, duas horas após a abertura. A liderar as perdas do PSI-20 está a Mota-Engil — uma das cotadas portuguesas mais vulneráveis ao sentimento externo e às flutuações no mercado cambial –, que desvaloriza 3,2% para 2,238 euros por ação. Também o BCP tomba 2,7% para 0,249 euros por ação, em linha com o setor bancário europeu.

Medo dispara. Ativos refúgio brilham

Após meses a negociar flat face ao dólar (com os investidores à espera da resolução do impasse entre EUA e China), a moeda chinesa, o renmimbi, regista uma queda de mais de 1%. Igualmente, o euro deprecia-se face à moeda dos EUA, recuando 0,12% para 1,186 dólares, enquanto a libra esterlina perde 0,45% e o iene japonês recua 0,32%. O dólar é um dos ativos de refúgio dos investidores.

A tendência não é exclusiva das ações e, além das moedas, afeta também o petróleo. “A perspetiva de meses de negociações comerciais a descarrilarem por causa de Trump aumentou as preocupações sobre o futuro da procura por petróleo”, explicou Jasper Lawler, head of research de futuros da corretora britânica London Capital Group, à Reuters. O brent londrino perde 1,4% para 69,87 dólares por barril e o crude WTI recua 1,68% para 60,90 dólares.

“O endurecimento repentino da posição de Trump sobre as tarifas à China assustou os investidores, que se estão a mexer para reduzir os níveis de risco nos mercados”, acrescentou Lawler. O reflexo é claro: o índice de medo CBOE Volatility Index (VIX) dispara 45% para os níveis para elevados desde final de janeiro, com os futuros de Wall Street a perderem 1,7%.

Em sentido contrário, os ativos refúgio brilham. O sell-off acionista está a levar o ouro a valorizar 0,25% para 1.282,20 dólares por onça, enquanto a yield das Bunds alemãs a 10 anos recua 1,5 pontos base para apenas 0,01%, aproximando-se novamente de terreno negativo.

Os analistas antecipam que a sessão seja negativa por as declarações terem sido inesperadas, mas também desvalorizam a situação, considerando que poderá ser uma manobra. “Os tweets de Trump são uma estratégia de negociação”, referiu Raoul Leering, head of international trade analysis do ING, numa nota. “Apesar de a estratégia ser arriscada porque a China poderá recusar negociar com uma arma apontada e decidir abandonar as conversações, ambos os lados investiram muito capital político nas negociações para deixar que isso aconteça”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo cria grupo de trabalho para a cibersegurança. Equipa tem de apresentar relatório até 31 de julho

Foi criada uma equipa com representantes de seis entidades que deverá apresentar um relatório final das atividades e resultados até ao final de julho.

Já foi criado o grupo de trabalho para a cibersegurança, cujo principal objetivo é definir as boas práticas nesta área destinadas às empresas e aos consumidores. A equipa, constituída por representantes de seis entidades, terá de apresentar um relatório final das suas atividades e resultados até ao final de julho.

O Governo criou o Grupo de Trabalho para a Cibersegurança (GTCS), destinado a “avaliar, propor e desenvolver iniciativas destinadas a disseminar soluções e boas práticas de cibersegurança junto do tecido empresarial” e a “explorar as oportunidades que a cibersegurança oferece enquanto setor económico”, lê-se no anúncio publicado esta segunda-feira em Diário da República.

Para o Governo, o uso crescente das tecnologias “apresenta um conjunto de riscos relacionados com a segurança”, “implicando desafios ao nível da cibersegurança que podem ter associados elevados impactos económicos”.

O GTCS vai ser constituído por representantes de seis entidades: Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE), Direção-Geral do Consumidor (DGC), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Agência para a Competitividade e Inovação, I. P. (IAPMEI), Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e Agência Nacional de Inovação, S. A. (ANI).

Além disso, esta equipa terá ainda de consultar e envolver nesta missão outras 19 entidades, tais como associações empresariais e de defesa dos consumidores, instituições de ensino superior e entidades do setor empresarial (Euronext, Siemens, Sonae, etc.). “O GTCS pode ainda proceder à consulta ou solicitar a participação e audição de outras entidades, públicas e privadas, bem como de personalidades de reconhecido mérito”.

O grupo de trabalho vai reunir-se nas instalações do Ministério da Economia, “sob acompanhamento dos Gabinetes dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da indústria, comércio, serviços e defesa do consumidor” e deve apresentar “um relatório intercalar das suas atividades até 15 de maio de 2019 e um relatório final das suas atividades e resultados até 31 de julho de 2019”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio quer voltar à bolsa ainda este ano. Vai criar instrumento para financiar PME

Chairman Carlos Tavares pretende constituir pelo menos uma sociedade de investimento para o fomento da economia. Regresso à bolsa poderá acontecer dois anos após a saída das unidades de participação.

O Montepio poderá voltar à bolsa de Lisboa ainda este ano. No âmbito do novo Banco Empresas Montepio, o chairman Carlos Tavares explicou que pretende criar, pelo menos, uma Sociedade de Investimento Mobiliário para o Fomento da Economia (SIMFE) ainda este ano, para dar a pequenas e médias empresas (PME) acesso ao mercado de capitais.

“As empresas não se podem financiar somente com mais dívida. Viu-se as consequências disso na crise financeira, em que muitas empresas eram viáveis e deixaram de o ser por estarem excessivamente endividadas. Este banco quer ajudar as empresas a financiarem-se de forma alternativa e viável”, afirmou Carlos Tavares, que assume agora funções de chairman também da nova instituição financeira.

Na inauguração do Banco Empresas Montepio, que vê um universo potencial de clientes de cinco mil PME, admitiu que o objetivo é também dar acesso ao mercado de capitais. “Não necessariamente todas porque não podemos pensar que as PME podem ir todas para a bolsa diretamente, mas podem ir de forma indireta. Podem vender ações a instrumentos como os que existem no âmbito do programa capitalizar, as SIMFE, que por sua vez vão para a bolsa”, explicou.

As SIMFE são veículos de investimento criados no âmbito do programa Capitalizar, do Governo, sendo que a lei obriga a que participações em PME, mid caps e small mid caps representem representem um mínimo de 50% do património, bem como que sejam cotados em bolsa e distribuam 30% dos lucros na forma de dividendos.

É nossa intenção constituir uma sociedade, pelo menos, desse tipo para que as empresas possam ter um veículo de acesso ao mercado de capitais de forma indireta. Admito que até ao final do ano possamos avançar nesse sentido”, sublinhou Carlos Tavares.

Neste momento, existe apenas uma SIMFE em Portugal, a Flexdeal. Questionada pelo ECO sobre a possibilidade de uma nova SIMFE criada pelo Montepio, a head of listing da Euronext Lisbon, Filipa Franco, afirmou que “qualquer iniciativa por parte de empresas para levantar capital é sempre razão para grande entusiasmo”.

O Montepio poderá assim voltar à bolsa de Lisboa dois anos depois de ter saído. Em setembro de 2017, as unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), que negociavam no PSI-20, foram compradas pela Associação Mutualista e foram excluídas da negociação, antes do registo comercial da transformação em sociedade anónima da CEMG, que passou assim a ter o capital representado por ações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal com 2.ª maior subida mensal nas vendas a retalho em março

  • Lusa
  • 6 Maio 2019

De acordo com o Eurostat, Portugal registou a segunda maior subida mensal das rendas a retalho entre os países europeus. Isto em março e em termos homólogos.

As vendas a retalho aumentaram em março 1,9% na zona euro e 2,9% na União Europeia (UE) face ao mês homólogo, com Portugal a registar a segunda maior subida mensal (1,2%), segundo o Eurostat. Na comparação com fevereiro, o volume de vendas a retalho manteve-se estável na zona euro e avançou 0,3% na UE.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, as maiores subidas homólogas das vendas a retalho registaram-se na Irlanda (10,8%), na Roménia (9,3%), na Croácia e Luxemburgo (8,6% cada). A Eslováquia (-2,0%), a Áustria (-1,0%) e a Bélgica (-0,9%) apresentaram recuos homólogos no indicador, em março.

Face a fevereiro, Portugal teve a segunda maior subida nas vendas a retalho (1,2%), depois da Lituânia (1,7%) e seguido pelo Reino Unido (1,1%), com as principais baixas em cadeia a serem observadas na Eslovénia (-3,1%), na Croácia (-1,9%) e na Áustria (-0,8%). Em Portugal, as vendas a retalho subiram 4,3% na variação homóloga.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5G: Governo avalia riscos que “não são novos” e quer “responsabilidade clara” de empresas

  • Lusa
  • 6 Maio 2019

O Governo português vai analisar as ameaças nas redes móveis de quinta geração (5G) à cibersegurança nacional, tal como foi recomendado pela Comissão Europeia.

O Governo português vai analisar as ameaças nas redes móveis de quinta geração (5G) à cibersegurança nacional, como recomendado por Bruxelas, apesar de não as ver como “novas”, e defende uma “responsabilidade clara” das empresas nesta questão.

“Na sequência da recomendação europeia, […] estão a ser desenvolvidos os trabalhos preparatórios que permitam a cada Estado-membro fazer a sua análise de risco de uma forma harmonizada. Ao nível nacional, a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] está a trabalhar em conjunto com o Gabinete Nacional de Segurança/Centro Nacional de Cibersegurança, entre outras entidades, sobre este assunto”, informa o Ministério das Infraestruturas e da Habitação em resposta escrita enviada à agência Lusa.

Após ter sido questionada pela Lusa, a tutela aponta que “os riscos de que se está a falar não são novos nem somente relacionados com o 5G”, numa altura marcada por polémicas suspeitas de espionagem que recaem, principalmente, sobre a fabricante chinesa Huawei. O executivo assinala que “o tema da segurança das redes é central para assegurar o desenvolvimento e a segurança do país e a defesa dos interesses dos cidadãos”, pelo que defende “uma responsabilidade clara das empresas e dos fornecedores de ‘hardware’ e software nesta matéria”.

A fabricante chinesa Huawei é acusada de espionagem industrial pelos Estados Unidos, mas tem vindo refutar as acusações. A administração norte-americana tem, por isso, pressionado países como Portugal a rejeitarem a Huawei na tecnologia 5G, mas o Governo português tem vindo a desvalorizar a polémica.

No final de março, a Comissão Europeia fez várias recomendações aos Estados-membros sobre as redes 5G, entre as quais a da avaliação dos riscos, dando-lhes ainda permissão para excluírem dos seus mercados empresas “por razões de segurança nacional”.

Questionado pela Lusa sobre esta possibilidade, o Ministério das Infraestruturas indica que, “neste momento, é prematura a questão, pois a matéria está essencialmente a ser conduzida a nível europeu de uma forma que se pretende que seja harmonizada”. A tutela dá ainda conta de que, em abril deste ano, a Anacom adotou um regulamento relativo à segurança dos serviços de comunicações eletrónicas, estipulando regras para que as empresas que disponibilizam redes públicas cumpram de forma a proteger os utilizadores.

Questão que, para o executivo, é “uma matéria fundamental, que não pode ser descurada”. “Como em qualquer outro caso de introdução de novas tecnologias, o 5G trará incertezas e riscos que têm de ser acautelados”, nota a tutela.

Já questionado relativamente à implementação do 5G em Portugal, o Governo explica que a libertação da faixa eletromagnética dos 700 mega-hertz (MHz) para esse uso deverá “começar no último trimestre de 2019 e decorrer até ao final de maio de 2020”, implicando uma migração da televisão digital terrestre (TDT) para outra frequência.

No que toca à atribuição do espetro para comercialização do 5G, a tutela refere que a Anacom ainda se encontra a “ponderar diversos cenários”. “A implementação do 5G exige a instalação de um número elevado de antenas mais próximas do utilizador, interligadas com fibra ótica, o que requer igualmente investimento em redes fixas”, assinala o executivo, apontando a necessidade de existir “partilha de infraestruturas e coinvestimento”.

O objetivo de Bruxelas é que o 5G seja comercializado em pelo menos uma cidade por Estado-membro até 2020, devendo ser alargado a outros centros urbanos até 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.