Há 4.044 novos casos de Covid-19 e morreram mais 74 pessoas

A DGS encontrou 4.044 novos casos de Covid-19 e registou mais 74 mortes pela infeção em Portugal. Números dos internados continuam em alta e há novos dados sobre a incidência da doença nos concelhos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 4.044 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, o que eleva para 264.802 o total de casos registados no país desde o início da pandemia. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 1,55%.

84.004 pessoas lutam atualmente contra a doença, sendo o saldo de mais 62 pessoas face à contabilização anterior. Isto acontece depois de 3.908 pessoas terem sido dadas como recuperadas nas últimas 24 horas, num total de 176.827 portugueses que sobreviveram à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, mais 74 pessoas morreram de complicações resultantes da doença. No total, já foram registados 3.971 óbitos por Covid-19 em Portugal desde o início desta crise sanitária.

Os números dos internamentos continuam em alta, exercendo pressão sobre o sistema nacional de saúde português, sobretudo o Serviço Nacional de Saúde. Enquanto a esmagadora maioria das pessoas estão a ser medicamente seguidas a partir do domicílio, há 3.241 internados, mais 90 do que no balanço anterior, dos quais 498 internadas em unidades de cuidados intensivos, um acréscimo de sete.

Por regiões, o Norte continua a registar a maioria dos novos casos, mais 2.258 novas infeções e 35 mortes a lamentar. Já a região de Lisboa e Vale do Tejo ultrapassou a barreira dos 90 mil casos desde o início do surto, com mais 1.052 novos casos e 26 óbitos a lamentar nas últimas 24 horas. Há também 490 novos casos no Centro e uma dezena de óbitos.

Os dados divulgados esta segunda-feira atualizam também a incidência da Covid-19 em cada um dos concelhos portugueses, medida pelo número de casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. A lista completa pode ser consultada diretamente neste documento (a partir da terceira página):

A DGS dá ainda conta da existência de 82.025 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

DGS prepara plano de vacinação

Com os primeiros resultados dos ensaios clínicos a serem conhecidos nas semanas recentes, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, disse esta segunda-feira que “o plano de vacinação tem vindo a ser feito desde que as vacinas começaram a ser fabricadas e testadas”. “Toda a logística, do transporte, rede de frio, administração, formação e planos de comunicação, está a ser pensada”, reiterou.

“Portugal está nos mecanismos europeus para a aquisição da vacina”, lembrou Graça Freitas, que indicou ainda que nenhuma foi, ainda, aprovada pela agência europeia que regula esta área. Ainda assim, quis deixar uma “palavra de tranquilidade” aos portugueses: “Acompanhamos os mecanismos europeus e, a nível nacional, temos instituições robustas”, apontou.

Graça Freitas aproveitou a conferência de imprensa da DGS para fazer referência a “uma boa notícia”: “Alguns concelhos que já estiveram bem piores há umas semanas estão a mostrar tendência de abrandamento”, apontou.

Revelou também que já 1,5 milhões de pessoas em Portugal foram vacinadas contra a gripe, mas a DGS não conhece quantas destas pessoas fazem parte de grupos de risco. Contudo, está a ser feito um estudo, chamado “Vacinómetro”, por “amostragem”, que permitirá aferir quantas destas pessoas fazem parte de grupos de risco.

Por fim, sobre a intenção do PCP de manter a realização do congresso, a diretora-geral disse que “teve conhecimento da documentação e do que foi pedido através da rede de autoridades de saúde”. “Neste momento, a proposta está em análise”, rematou.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h59)

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EDP integra Coligação para o Hidrogénio Renovável. Há oportunidades de investimento até 700 mil milhões de euros

Estudos revelam que o hidrogénio apresenta oportunidades de investimento entre os 550 e os 700 mil milhões de euros. A Coligação é apresentada hoje, no arranque da Semana Europeia do Hidrogénio.

A Europa vai ter a partir desta segunda-feira, 23 de novembro, uma nova Coligação para o Hidrogénio Renovável, no mesmo dia em que arranca a primeira edição da Semana Europeia do Hidrogénio. Lançada pela WindEurope e SolarPower Europe, principais organizações de energia renovável da Europa, e apoiada pela Breakthrough Energy, o objetivo desta coligação é posicionar a União Europeia como líder mundial neste gás descarbonizado do futuro (produzido por eletrólise a partir de eletricidade 100% renovável), peça-chave da transição energética. A portuguesa EDP integra a Coligação para o Hidrogénio Renovável.

“O hidrogénio tem atraído interesse a nível europeu pelo seu contributo decisivo nos esforços de descarbonização. Comparando com outras formas de produção, o hidrogénio renovável deverá ser reconhecido como o único que está alinhado com as metas de neutralidade de carbono. Além disso, representa uma oportunidade para o desenvolvimento industrial na Europa, sendo um dos possíveis catalisadores da recuperação económica. A EDP revê-se nestes compromissos, pelo que o apoio ao lançamento desta coligação é natural“, disse fonte oficial da elétrica ao ECO/Capital Verde.

A ambição da coligação de colocar a UE na liderança, no que ao hidrogénio diz respeito, é sustentada pelas conclusões de um novo relatório da Material Economics, consultora especializada em inovação no setor da energia limpa e transição energética, que revela que os países europeus poderiam produzir e comercializar hidrogénio verde ainda mais rápido do que as atuais estratégias nacionais sugerem, através de colaborações entre a cadeia de valor e os produtores finais, semelhante ao que a European Battery Alliance fez para os veículos elétricos.

O estudo da Material Economics revela ainda que o hidrogénio renovável apresenta uma oportunidade significativa de investimento entre os 550 e os 700 mil milhões de euros, com um potencial de redução de emissões poluentes de 450 a 550 milhões de toneladas de CO2 (ou 10% das emissões anuais da Europa).

Ao nível da criação de um mercado para este gás renovável, a consultora estima que existe uma “procura oculta” significativa na economia europeia de hidrogénio verde na ordem de com 540 TWh a curto prazo e de 1200 a 1400 TWh no médio prazo, desde que haja reduções de custos, investimentos e apoio político.

“Para concretizar este potencial, a Europa precisa de agir com rapidez e escala em quatro áreas: estabelecer mercados-piloto (por exemplo, fertilizantes verdes e aço), mobilizar investimentos maciços (especialmente em energias renováveis, uma vez que provavelmente são necessários mais de 280 GW de capacidade renovável dedicada) e acelerar a inovação”, refere a WindEurope em comunicado.

Neste contexto, a nova coligação hoje apresentada oficialmente no primeiro dia da Semana Europeia do Hidrogénio apoiará e acelerará a adoção de soluções de hidrogénio renovável na Europa, ao mesmo tempo que dará voz às empresas do setor e construirá uma rede interdisciplinar. A iniciativa conta com o apoio da comissária Europeia de Energia, Kadri Simson, sob cuja autoridade a Comissão Europeia apresentou uma estratégia de hidrogénio em julho que estabeleceu a meta de produzir 10 milhões de toneladas deste gás até 2030.

A participação nesta aliança irá permitir à EDP partilhar e aumentar o seu conhecimento sobre o hidrogénio renovável, reforçando assim os seus compromissos com a transição energética e os objetivos de descarbonização. A integração neste grupo de empresas é, por isso, um passo importante para a promoção do papel fundamental que o hidrogénio verde poderá vir a ter no futuro sistema energético europeu, bem como em geografias onde esta tecnologia represente uma oportunidade e exista procura e apoio para o seu desenvolvimento. Sendo a EDP uma empresa global presente em múltiplos países, esta é naturalmente uma tecnologia com potencial que será avaliada sempre que se justificar”, acrescentou fonte oficial da EDP.

A Coligação sublinha a importância do hidrogénio renovável para atingir os objetivos do Green Deal e para alcançar a neutralidade climática da UE em 2050. Também ajudará a desbloquear todo o potencial de descarbonização das economias europeias, incluindo mercados de uso final, como aviação, transporte marítimo e indústria pesada.

Para descarbonizar totalmente a energia na Europa, precisamos de hidrogénio renovável. E tem de ser feito na Europa. A WindEurope tem o prazer de fazer parte desta Coligação. Queremos ajudar a construir uma indústria de hidrogénio forte, baseada nas energias renováveis”, disse Giles Dickson, CEO da WindEurope. O objetivo é criar uma indústria de eletrolisadores e desenvolver os modelos de negócios e mercados que tornarão o hidrogénio predominante.

Por seu lado, Walburga Hemetsberger, CEO da SolarPower Europe, disse: “A Europa é líder mundial em muitas tecnologias de energia renovável, incluindo as mais recentes aplicações inovadoras de energia solar. Agora é uma oportunidade de ouro para a Europa desenvolver uma indústria de hidrogénio robusta e competitiva, para que possa liderar o mundo nesta solução de descarbonização. Para garantir que as ambiciosas metas climáticas da Comissão Europeia sejam cumpridas e que todos os setores sejam descarbonizados antes de 2050, o hidrogénio verde fornece o elo que faltava, e Coligação está pronta para ampliar a posição da Europa sobre esta tecnologia e fornecer a rede necessária e entrada”.

No mesmo comunicado, Miguel Stilwell de Andrade, CFO e CEO interino da EDP (empresa portuguesa que faz parte desta Coligação), afirmou: “O hidrogénio renovável tem vindo a ganhar ímpeto impulsionado por ambiciosos objetivos de descarbonização e pela necessidade de complementar a eletrificação para permitir a utilização de fontes de energia renováveis. Na EDP, vemos o hidrogénio renovável como parte dos nossos compromissos para um futuro sustentável”.

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Wall Street injeta vacina contra o pessimismo e valoriza

Mesmo com o agravar da pandemia nos EUA e na Europa, os índices norte-americanos sobem com a chegada de mais notícias positivas sobre uma potencial vacina contra a Covid-19.

Os índices norte-americanos estão a valorizar no início da sessão desta segunda-feira após a AstraZeneca e a Universidade de Oxford terem anunciado que a vacina contra o novo coronavírus tem uma eficácia de até 90%. Esta é a terceira vacina que revelou este mês os resultados dos ensaios clínicos.

O Dow Jones sobe 0,73% para os 29.476,14 pontos, o Nasdaq valoriza 0,6% para os 11.926,29 pontos e o S&P 500 avança 0,65% para os 3.580,5 pontos. Apesar do aumento do número de infeções tanto na Europa como nos EUA, o Dow Jones acumula uma valorização de 10% em novembro e o S&P 500 uma subida de 8%.

De acordo com a empresa britânica e sueca AstraZeneca, os resultados interinos da sua vacina mostra uma eficácia média de 70% com uma dose específica a mostrar uma eficácia de até 90% enquanto outra revelou uma eficácia de 62%.

Nas últimas semanas, os dados revelados pela norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech assim como pela norte-americana Moderna indicaram que as duas vacinas desenvolvidas apresentaram uma eficácia à volta de 95%.

Estas notícias aparentemente positivas relativamente à vacina contra a Covid-19 deram uma nova onda de otimismo em Wall Street, principalmente nos setores que têm sido mais afetados pela pandemia como é o caso dos setores do turismo, como o dos cruzeiros e da aviação. Isto porque a expectativa de que a economia possa abrir mais e mais cedo está a dar um impulso a estas cotadas.

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Costa admite solução de “geometrias variáveis” para futuro da União Europeia

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

O primeiro-ministro afirmou que há uma divisão sobre o futuro da Europa entre Estados-membros que querem "valores comuns" e outros com uma ideia meramente económica.

O primeiro-ministro afirmou que há uma divisão sobre o futuro da Europa entre Estados-membros que querem “valores comuns” e outros com uma ideia meramente económica, admitindo que a solução passará por “geometrias varáveis” de integração.

Esta posição foi transmitida por António Costa durante uma conferência na Universidade Católica, em Lisboa, sobre o plano da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia no primeiro semestre no próximo ano.

De acordo com o líder do executivo, na presidência portuguesa da União Europeia, terá início um momento que se irá desenvolver até ao fim de 2022: A conferência sobre o futuro da Europa. Neste ponto, o líder do executivo português considerou que o caminho mais complexo e menos eficaz seria optar por uma reforma profunda do Tratado de Lisboa de 2007, já que “continua a ser uma base suficientemente versátil”.

“No entanto, há hoje um debate de fundo na União Europeia que temos de travar, não em torno de uma visão regionalizada como no passado se fez entre Norte e Sul, ou Leste e Oeste, mas em relação à verdadeira dicotomia que existe na União Europeia, que se expressa em debates como o Estado de Direito, política de migrações ou sobre a forma como se traduz a solidariedade em momentos de crise económica e social como o atual”, disse.

De acordo com António Costa, “há duas visões que hoje perpassam nos diferentes países da União Europeia”. “No fundo, é saber se a União Europeia é uma união de valores, ou se, pelo contrário, é sobretudo um instrumento económico para gerar valor económico. Esta distinção é muito importante, porque a incompreensão desta distinção levou seguramente à saída do Reino Unido, que via na União Europeia uma plataforma de geração de valor, mas não algo que resultasse de partilha de valores fundamentais”, apontou.

Ora, de acordo com o primeiro-ministro, acontece que, atualmente, outros países “também se interrogam sobre qual é esse futuro e alguns são até fundadores do projeto europeu, mas eram menos visíveis e vocais porque seguiam na onda do Reino Unido e agora estão maios expostos”, referiu, numa alusão indireta à Holanda.

Para o líder do executivo português, com a saída do Reino Unido da União Europeia, “deixou de haver um Estado-membro a defender as posições [mais economicistas] e passaram a existir vários países a defender as posições que só o Reino Unido defendia aparentemente isoladamente”.

“Temos de nos interrogar se a melhor forma é a rigidez da sua implementação, ou se devemos olhar para a União Europeia com um espírito de maior flexibilidade, assumindo que, tal como Schengen ou o euro não é para todos, temos de ter aqui geometrias variáveis no futuro da União Europeia”, admitiu o primeiro-ministro.

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2 de dezembro às 9h00 arranca Webconference “Portugal na vanguarda do hidrogénio verde”

  • Capital Verde
  • 23 Novembro 2020

Em formato webconference, não é necessário fazer inscrição para assistir e todos os painéis serão difundidos ao longo da manhã nos sites do ECO e do Capital Verde.

Como criar de raiz uma cadeia de valor para o hidrogénio verde enquanto gás renovável do futuro? Que modelos de negócio estão hoje em desenvolvimento? Quer oportunidades de investimento há para as empresas? Será o hidrogénio verde rentável? Como vai ser financiado para não onerar os consumidores? Estes são alguns dos pontos que estarão em debate na primeira conferência do Capital Verde, inteiramente dedicada ao hidrogénio verde, que arranca esta quarta-feira, 2 de dezembro, às 9h

Tanto em Portugal como na Europa, o hidrogénio limpo, sem emissões de carbono, é um dos assuntos mais quentes do momento no contexto de uma transição energética obrigatória. Quando se assinala neste momento em Bruxelas a primeira edição da Semana Europeia do Hidrogénio, este será o tópico central da conferência “Portugal na Vanguarda do Hidrogénio Verde na Europa”, organizada pelo Capital Verde e difundida online.

Em formato webconference, não é necessário fazer inscrição para assistir e todos os painéis serão difundidos ao longo da manhã nos sites do ECO e do Capital Verde. Pode assistir aqui.

Criada com o objetivo de debater os contornos económicos deste gás renovável do futuro, com Portugal a anunciar a sua produção (ainda que em pequena escala) ainda este ano, a conferência contará com a participação de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, e vários oradores nacionais e internacionais de referência na área.

Christian Weinberger, responsável da Direção Geral para o Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME da Comissão Europeia, será um dos keynote speakers da sessão, que será dividida em dois painéis.

No primeiro painel vamos ouvir algumas das empresas que já estão a desenvolver projetos de hidrogénio em Portugal, como a Bondalti, a Caetano Bus e a Fusion Fuel, entre outras, num debate sobre os desafios e as oportunidades, a avaliação dos custos, investimentos e retorno do hidrogénio. Será rentável?

O segundo painel leva a debate a questão “Como lançar a economia do hidrogénio?” e espera responder a perguntas tais como: como viabilizar a descarbonização da economia portuguesa e europeia, através da utilização de hidrogénio limpo? Que meios temos ao dispor para implementar esta descarbonização de forma sustentável para a economia e a sociedade? O que a sociedade, nas várias vertentes – ambiente, cultura, educação, inovação, retenção de talento – tem a ganhar com esta nova tecnologia? Como o hidrogénio limpo é visto pelas forças vivas da sociedade?

A conferência “Portugal na Vanguarda do Hidrogénio Verde na Europa” é organizada pelo ECO/Capital Verde e conta com o apoio da EDP, REN, Martifer, Vestas, Galp e PLMJ.

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Os números que fazem da Finerge uma empresa sustentável

  • ECO + Finerge
  • 23 Novembro 2020

Fundada em 1996, a Finerge é a segunda maior produtora de energia renovável em Portugal e a sexta maior operadora eólica da Península Ibérica.

Uma presença sustentável é a forma que a Finerge concebe para estar no mundo, o que levanta a questão: qual é o impacto que a empresa tem no planeta? Nem tudo são números, mas há alguns que permitem colocar os temas em contexto. Eis alguns números que mostram o impacto da Finerge no mundo.

Com 1339 MW de capacidade instalada, a empresa produz anualmente cerca de 3.200 GWh de eletricidade exclusivamente a partir de fontes renováveis. Até ao final de 2020, a Finerge estima evitar a emissão de mais de 1700 quilotoneladas de CO2-equivalente (dióxido de carbono) para a atmosfera e permitir que mais de 650 mil pessoas consumam energia totalmente limpa. Contribuindo ativamente para o combate à crise climática, a Finerge é uma força motriz na prossecução das metas ambientais que Portugal e a União Europeia estabeleceram para 2050: atingir a neutralidade carbónica da economia, a fim de limitar o aumento da temperatura média global abaixo dos 1,50C.

A empresa tem deixado uma marca inegável na aposta nas energias renováveis. Numa primeira fase, em Portugal e, depois, no conjunto da Península Ibérica. Tem experiência a vários níveis da cadeia de valor, desde a fase de conceção e desenvolvimento de projeto, passando pela construção, até à exploração de centrais. Conta, atualmente, com 53 centrais eólicas e 16 centrais solares, em Portugal e Espanha, 739 aerogeradores e milhares de módulos fotovoltaicos com tecnologia de ponta, que recolhem a energia do vento e captam a energia do sol, transformando estas fontes de energia em eletricidade limpa.

E porque a sustentabilidade não se esgota na dimensão ambiental, a Finerge é também uma variável relevante na equação de crescimento do País, através da criação de empregos verdes e do fomento ao desenvolvimento socioeconómico das áreas rurais, da geração e distribuição de valor económico e da redução da dependência energética do País. Emprega, atualmente, mais de 200 colaboradores diretos e indiretos, em 46 concelhos do Norte, Centro e Sul de Portugal, bem como em três províncias de Espanha. Em Portugal, 2,5% da faturação da Finerge é entregue aos municípios onde opera e, até ao final de 2020, a empresa estima evitar a importação de combustíveis fósseis no valor de 82,7 milhões de euros.

O alinhamento da estratégia de crescimento da Finerge e do seu modelo de gestão com o Pacto Ecológico Europeu, o Plano Nacional Energia e Clima 2030 ou o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, é incontornável.

Com o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável através da produção diversificada de eletricidade limpa e da adoção de práticas internas sustentáveis, a estratégia de sustentabilidade da Finerge centra-se na promoção do bem-estar e crescimento dos seus colaboradores, na ação climática e na proteção da natureza. Em particular, a empresa tem como missão:

  • Ser um empregador de referência, garantindo a inclusão e segurança no local de trabalho e assegurando a formação contínua dos seus colaboradores;
  • Contribuir para a mitigação das alterações climáticas através da produção de energia renovável, do fomento de soluções de eficiência energética e do apoio à inovação tecnológica;
  • Apoiar a proteção da natureza através de ações de conservação e proteção dos ecossistemas naturais e da biodiversidade, e da compra, uso e consumo responsável dos recursos.

Coerente com os princípios propostos pela Agenda Global 2030, a empresa subscreve 7 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribuído ativamente para 22 metas estipuladas pelas Nações Unidas, através de atividades internas ou em articulação com os seus stakeholders.

Com uma gestão rigorosa dos seus impactes nas pessoas e no ambiente e com uma estratégia de crescimento assente na produção de energias limpas, a Finerge procura ser parte ativa de um modelo económico neutro no clima, gerador de riqueza e bem-estar, e capaz de salvaguardar a resiliência dos ecossistemas naturais.

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Albuquerque & Almeida na entrada da Triun na Media Capital

A equipa da Albuquerque & Almeida foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e contou com a participação dos associados Pedro Sousa Gonçalves e Miguel Almeida Simões.

A Albuquerque & Almeida assessorou a Triun SGPS SA, liderada por Paulo Gaspar, na aquisição de 23% da Media Capital, dona da TVI, Rádio Comercial ou da M80, à Vertix SGPS SA detida pela espanhola Prisa que detém, entre outros periódicos, o El País.

A operação envolveu um investimento superior a 13 milhões de euros, garantindo à Triun uma participação qualificada e conferindo-lhe o estatuto de segundo maior acionista da Media Capital.

A equipa da Albuquerque & Almeida foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e contou com a participação dos associados Pedro Sousa Gonçalves e Miguel Almeida Simões.

“Este investimento revestiu-se de uma especial complexidade em virtude da participação de diversos assessores financeiros e jurídicos mas também pelo envolvimento de entidades reguladoras, como a CMVM ou a ERC”, explicou o sócio André Matias de Almeida.

“Foi a primeira vez que em Portugal se realizou uma operação no setor dos media com estas características e com este envolvimento o que elevou a transação para um grau de rigor e exigência muito particulares”, acrescentou o advogado.

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Vacina ainda vai demorar e Biden tem um conflito à espera. Estão as bolsas demasiado otimistas?

Investidores europeus e norte-americanos têm reagido em forte alta às notícias dos desenvolvimentos da vacina contra a Covid-19 e das presidenciais nos EUA.

O resultado eleitoral nos EUA e as investigações para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 têm sido os dois grandes fatores a alimentar o otimismo das bolsas europeias e norte-americanas. Mas ambos estão envoltos em incerteza pelo que tem sido mais a volatilidade a marcar as negociações do que o otimismo.

As recentes notícias da eficácia das vacinas contra a Covid foram sem dúvidas bem recebidas, mas sabemos de programas de inoculação ainda estão a meses de distância. Com o número de medidas a subir rapidamente e os sistemas de saúde a enfrentarem desafios crescentes, há uma perspetiva muito real de os estados terem de reintroduzir individualmente medidas de confinamento”, alerta James Knightley, chief international economist do ING.

As farmacêuticas têm anunciado resultados preliminares encorajadores. A vacina experimental desenvolvida pela Pfizer e Biontech apresentou uma eficácia de 95% nos resultados da fase três do ensaio clínico. Com os dados finais a apontarem para maior segurança da vacina, as duas empresas preparam-se para pedir a aprovação junto dos reguladores dentro de dias.

"Com o número de medidas a subir rapidamente e os sistemas de saúde a enfrentarem desafios crescentes, há uma perspetiva muito real de os estados terem de reintroduzir individualmente medidas de confinamento.”

James Knightley

Economista-chefe internacional do ING

O novo resultado (conhecido após dados preliminares divulgados a 9 de novembro) é superior a eficácia de 94,5% da vacina da Moderna anunciada esta semana. Também esta farmacêutica planeia pedir ao regulador dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), uma autorização de uso de emergência nas próximas semanas.

As bolsas têm valorizado de forma expressiva, com o europeu Stoxx 600 ganha 14% desde o início de novembro, o que coloca o índice no caminho do seu melhor mês de sempre. No caso do português PSI-20, a valorização atual é de 11%, a mais elevada desde 2002. Nos EUA, a recuperação em abril, após o sell-off do mês anterior, ainda é superior, mas ainda assim o S&P 500 acumula uma subida de 10% graças às perspetiva de retoma da economia.

A vacina é a grande esperança para acabar com a pandemia e levar à recuperação da economia, mas — para já — essa ainda não é uma realidade e multiplicam-se os alertas que refreiam o otimismo. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já disse que uma vacina “por si só não será suficiente” para derrotar a pandemia. E a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, avisou que “a recuperação poderá não ser linear, mas sim instável, num pára-arranca dependente do desenvolvimento da vacina“.

"Tal como a economia global recuperou rapidamente (apesar de parcialmente) do confinamento durante a primavera, esperamos que a atual fraqueza dê lugar a uma forte recuperação quando terminarem os confinamentos na Europa e a vacina ficar disponível.”

Jan Hatzius

Economista-chefe do Goldman Sachs

O Goldman Sachs reviu recentemente em baixa as projeções para economia global no último trimestre de 2020 e no primeiro de 2021 exatamente devido ao agravamento do número de casos tanto na Europa como nos EUA. O banco de investimento espera uma recessão mundial de 3,9% no total do ano, o que compara com 4% do consenso dos analistas consultados pela Bloomberg e com 4,4% do Fundo Monetário Internacional. Para 2021, o Goldman Sachs espera um crescimento de 6% (em comparação com 5,2% esperado pelos economistas e 5,2% pelo FMI.

“Tal como a economia global recuperou rapidamente (apesar de parcialmente) do confinamento durante a primavera, esperamos que a atual fraqueza dê lugar a uma forte recuperação quando terminarem os confinamentos na Europa e a vacina ficar disponível“, explica a equipa de economistas liderada por Jan Hatzius. “Assumindo que a FDA aprova pelo menos uma vacina em janeiro e que a imunização generalizada da população começa logo a seguir, como esperamos que aconteça, o crescimento deverá recuperar rapidamente no segundo trimestre”.

É esta expectativa de retoma que tem influenciado o otimismo dos investidores. No entanto, o cenário não é garantido e, até lá, os países continuam a braços com a pandemia. “A questão chave é como irão os políticos responder”, questiona Knightley sobre a segunda vaga do vírus, sublinhando a forte incerteza nas eleições dos EUA.

"A maioria dos investidores tem consciência do quão limitada fica a agenda de Biden em termos de trnasofrmações de políticas em vários setores se os democratas perderem controlo do Congresso.”

John Normand

Head of Cross-Asset Fundamental Strategy da J.P. Morgan

Dados oficiais dão a vitória a Joe Biden, mas o atual presidente norte-americano Donald Trump está a contestar o resultado. O magnata republicano diz que o processo foi “manipulado”, que observadores de voto não foram permitidos junto das urnas e que os votos foram tabulados por uma “empresa privada da esquerda radical, Dominion, com uma má reputação e equipamento mau que nem se qualificou para o Texas”.

A campanha de Trump avançou com ações judiciais para anular os resultados em vários estados, embora sem sucesso, até agora. Especialistas jurídicos consideram que o litígio tem poucas probabilidades de alterar o resultado da eleição, mas poderá criar um impasse no país até à tomada de posse marcada para dia 20 de janeiro. Além desta contestação, os democratas perderam representação no Congresso e ainda não são conhecidos os resultados finais do Senado que poderá ficar empatado entre os dois partidos.

“Se, em janeiro, se tornar claro que o eleitorado dos EUA despediu o presidente Trump, mas não o Partido Republicano, há uma grande importância histórica: nos últimos 50 anos, o controlo da Casa Branca só mudou uma vez sem ser acompanhado pelo controlo do Congresso (Reagan em 1980). E até agora, a maioria dos investidores tem consciência do quão limitada fica a agenda de Biden em termos de transformações de políticas em vários setores se os democratas perderem controlo do Congresso“, sublinha John Normand, head of Cross-Asset Fundamental Strategy da J.P. Morgan.

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Agência Europeia de Medicamentos poderá aprovar vacinas até ao final do ano

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

EMA "pode de facto conseguir concluir a avaliação dos candidatos mais avançados no final deste ano ou início do próximo".

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que analisa os pedidos de autorização de três requerentes, declarou que poderá aprovar as primeiras vacinas contra a Covid-19 até ao final do ano ou início de 2021.

“É difícil neste ponto prever com precisão os prazos para a autorização da vacina, pois ainda não temos todos os dados e os testes que atualmente estão em andamento”, disse a EMA num e-mail enviado à agência de notícias AFP.

“Dependendo do andamento da avaliação, a EMA pode de facto conseguir concluir a avaliação dos candidatos mais avançados no final deste ano ou início do próximo”, referiu a Agência.

A EMA estabeleceu um procedimento acelerado, que permite examinar os dados de segurança e eficácia da vacina à medida que se tornam disponíveis, mesmo antes de um pedido formal de autorização ser apresentado pelos fabricantes.

As vacinas da Oxford/AstraZeneca, da Pfizer/BioNTech e da Moderna são os três projetos a ser sujeitos a esta “revisão contínua”.

Com sede em Amsterdão, nos Países Baixos, a missão da EMA é autorizar e controlar medicamentos na União Europeia (UE).

A luz verde final, dada pela Comissão Europeia, permite aos laboratórios comercializarem os seus medicamentos em toda a UE.

Esta declaração da EMA ocorre depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, dizer na semana passada que a agência poderia aprovar vacinas testadas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna “na segunda quinzena de dezembro”.

O laboratório britânico AstraZeneca, associado à Universidade de Oxford, anunciou na segunda-feira que desenvolveu uma vacina eficaz a 70% em média, ou até 90% em alguns casos, segundo resultados intermediários.

Esses resultados parecem, por enquanto, menos convincentes que os dos seus concorrentes da Pfizer/BioNTech ou Moderna, cuja eficácia ultrapassa 90%, mas a fórmula britânica tem a vantagem de usar uma tecnologia mais tradicional, tornando a sua futura vacina menos cara e mais fácil de armazenar.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.381.915 mortos resultantes de mais de 58,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.897 pessoas dos 260.758 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Pedro Gouveia e Melo eleito Presidente da União dos Advogados Europeus

Pedro Gouveia e Melo é sócio da Morais Leitão e membro da equipa de direito europeu e da concorrência.

Pedro de Gouveia e Melo foi eleito presidente da UAE – União dos Advogados Europeus para o biénio 2020-2022 na Assembleia Geral do passado dia 13 de novembro, que este ano se realizou por videoconferência devido à pandemia COVID-19.

Pedro Gouveia e Melo é sócio da Morais Leitão e membro da equipa de direito europeu e da concorrência.

A UAE, fundada em 1986 no Luxemburgo, é uma associação sem fins lucrativos que congrega os advogados dos Estados-Membros da União Europeia com vista a promover o exercício da advocacia na Europa, bem como para fomentar a prática do direito da União Europeia e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem. A UAE e as suas comissões e delegações regionais organizam numerosas conferências e outros eventos em toda a Europa e promovem a publicação das contribuições mais relevantes, atribuindo ainda anualmente a UAE Scholarship for Young Lawyers.

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CP conclui remoção de amianto das carruagens compradas a Espanha

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

Primeiras três carruagens estarão prontas a circular no final de janeiro, assim que estiverem concluídos os trabalhos de reparação, remodelação de interiores e pintura.

A CP – Comboios de Portugal concluiu a operação de remoção do amianto nas 36 carruagens compradas à espanhola Renfe que precisavam daquele tipo de intervenção, antes do inicialmente previsto.

“A CP – Comboios de Portugal concluiu, na passada semana, a operação de remoção do amianto das 36 carruagens (do total de 51 unidades) compradas a Espanha, antes da data inicialmente prevista, que era a primeira semana de dezembro”, anunciou a CP, em comunicado.

De acordo com a empresa, as primeiras três carruagens estarão prontas a circular no final de janeiro, assim que estiverem concluídos os trabalhos de reparação, remodelação de interiores e pintura que prosseguem na oficina da CP de Guifões, em Matosinhos, no distrito do Porto.

A previsão é de que a totalidade do parque de carruagens, da série ARCO, esteja disponível até ao final do ano de 2022.

Estas carruagens compradas à ferroviária espanhola vão circular na linha do Minho, após a conclusão das obras em curso, pela Infraestruturas de Portugal, no troço Viana do Castelo – Valença.

Para assegurar a realização destes comboios, a CP está também a recuperar locomotivas da série 2600, nas suas oficinas de Contumil, acrescentou.

Segundo a CP, das sete locomotivas necessárias para a futura operação da linha do Minho, quatro estão já totalmente recuperadas e três encontram-se, de momento, na fase final de recuperação.

“O restante calendário de reparação do parque de 21 locomotivas 2600, necessárias para tracionar as carruagens, prevê a disponibilidade de cinco locomotivas por ano em 2021 e 2022. A reparação das restantes quatro locomotivas será realizada em 2023”, acrescentou a empresa portuguesa de transporte ferroviário.

Em 15 de setembro, a Renfe revelou que o contrato de venda de 51 carruagens à CP por 1,61 milhões de euros estipula que cabe à companhia portuguesa retirar o amianto que existe nalgumas delas, depois do Jornal Económico ter avançado, com base numa notícia do La Voz de Galicia, que o conjunto de comboios usados “envolvem um risco acrescido devido ao facto de entre os seus materiais se contar o amianto”, tendo sido essa a razão que levou a Renfe a abandonar a operação daquelas composições, entre a Galiza e o País Basco.

A CP esclareceu nesse mesmo dia que a remoção do amianto em 36 das carruagens compradas à Renfe estava prevista no plano de recuperação daquele material e que todas elas estariam descontaminadas até à primeira semana de dezembro.

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Governo já deu um milhão de euros em cheques para tornar casas mais eficientes

Isto significa que cerca de um quarto do valor total do apoio -- 4,5 milhões de euros -- foi atribuída em menos de três meses, desde desde 7 de setembro, quando abriram as candidaturas.

O Ministério do Ambiente e Ação Climática informou esta segunda-feira que o “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis”, operacionalizado pelo Fundo Ambiental e com o apoio técnico da ADENE, já atingiu 1 milhão de euros em pagamentos.

Isto significa que cerca de um quarto do valor total do apoio (4,5 milhões de euros) foi atribuída em menos de três meses. As candidaturas arrancaram a 7 de setembro e terminam a 31 de dezembro de 2021, ou quando esgotar a dotação prevista, sendo que este segundo cenário será o mais provável.

 

A verba já destinada de 1 milhão de euros corresponde a 521 candidaturas validadas pela comissão de avaliação, sendo o valor médio do incentivo atribuído por candidatura de 1.900 euros. Foram já submetidos 2961 formulários, tendo sido avaliados 1004. A análise destes pedidos indica que a preferência dos proponentes tem sido pela instalação de painéis fotovoltaicos (50%), bombas de calor e painéis solares (38%), seguindo-se as janelas eficientes (10%).

Há apenas um mês, o Governo dava conta de 1500 candidaturas recebidas e os primeiros 100 cheques pagos, no valor de 200 mil euros, sendo que a “preferência dos proponentes tem sido pela instalação de painéis fotovoltaicos, seguido de aparelhos de climatização e bombas de calor, e ainda janelas eficientes”.

“Recorde-se que o incentivo às candidaturas elegíveis é atribuído por ordem de submissão, após verificação das candidaturas e a conformidade dos critérios de elegibilidade”, sublinha o MAAC.

A taxa de comparticipação das intervenções é de 70%, até ao valor limite estabelecido para cada tipologia de projeto. Cada candidato está limitado a um incentivo total máximo de 15.000 euros, sendo o limite máximo por edifício unifamiliar ou fração autónoma de 7.500 euros.

O apoio da ADENE – Agência para a Energia, além da análise técnica das candidaturas, deu resposta a perto de três mil e-mails e quase seis mil chamadas telefónicas.

Criado no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), o “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis” é dirigido a pessoas singulares proprietárias de frações ou edifícios de habitação, construídos até ao final de 2006, apoiando medidas e intervenções que promovam a reabilitação, a descarbonização, a eficiência energética, a eficiência hídrica e a economia circular em edifícios.

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