Trabalho flexível pode impulsionar candidaturas femininas a cargos de topo

  • Trabalho
  • 20 Novembro 2020

A Zurich anunciou os cargos de topo com opções de part-time ou trabalho flexível e as candidaturas femininas aumentaram 20%. A flexibilidade também acabou por atrair mais homens, revela a seguradora.

A flexibilidade laboral causada pela pandemia e pelo trabalho remoto podem ser a solução para a desigualdade de género nos cargos de topo, revela a experiência Zurich Insurance Group. Depois de a seguradora anunciar os cargos na empresa com opções de part-time ou trabalho flexível, as candidaturas de mulheres para cargos de gestão aumentaram 20%.

Depois de a Zurich anunciar os cargos de trabalho flexíveis, o número de mulheres contratadas para posições de sénior aumentou em um terço, avança a Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

Mostra, de forma clara, que não são só as mulheres que têm outras responsabilidades, sejam elas uma atividade desportiva ou responsabilidades domésticas, e que todos procuram a possibilidade de um trabalho um pouco mais flexível“, sublinhou Alison Martin, CEO da Zurich para a Europa, Médio Oriente e África, numa entrevista à Bloomberg.

Esta experiência da seguradora teve efeitos também para os trabalhadores do sexo masculino. As candidaturas mais do que duplicaram, tanto por parte de mulheres como de homens, revela a Zurich.

A participação das mulheres tem aumentado nos últimos anos, contudo são ainda as mulheres que dedicam mais tempo à responsabilidade de cuidar da família, e dos filhos, e a tarefas domésticas.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) já afirmou que quer atingir uma quota de mulheres em cargos diretivos e em diferentes níveis entre 40% e 51% até 2026, mas os dados do Índice da Igualdade de Género 2020 alerta que a este ritmo, a União Europeia vai demorar 60 anos a atingir a igualdade de género. Por cá, os dados do Boletim Económico do Banco de Portugal de maio, apontavam que as mulheres representam cerca de 30% dos gestores de topo em Portugal.

Há, no entanto, outra face da mesma moeda. Se a pandemia trouxe maior flexibilidade laboral, dando mais possibilidades às mulheres de chegarem a cargos de chefia, também aumentou as desigualdades salariais, especialmente entre profissionais menos qualificados.

De acordo com um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) intitulado “The Covid-19 Gender Gap”, a pandemia está a aumentar, entre outros fatores, a desigualdade salarial com base no género. As mulheres sofrem mais o impacto da pandemia na situação laboral e económica do que os homens, devido às características das suas profissões e aumento do trabalho não pago durante o confinamento.

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Compras com cartão caem em novembro. Uso de MB Way dispara

Consumidores procuram menos ir às lojas e mais fazer compras a partir de casa. É em supermercado e farmácias que mais gastam.

O teletrabalho e as medidas mais restritivas implementadas desde o início do mês levaram os consumidores em Portugal a fazerem menos compras com cartão e mais online. O MB Way disparou nas formas de pagamento em novembro, revelam dados da SIBS.

“Depois de uma ligeira recuperação nos níveis de consumo em Portugal nos meses de verão e no último mês de outubro, a primeira quinzena de novembro volta a registar uma quebra nas compras físicas na rede Multibanco”, explica. A diminuição foi de 12% face aos primeiros 15 dias do mês de novembro de 2019. Já no que se refere às compras online, para o mesmo período, verifica-se, em comparação com o ano passado, um crescimento de 32%.

Mas foi o MB Way a destacar-se tanto nas compras online quer nas compras físicas, “assumindo-se como um dos métodos de pagamento preferidos dos portugueses, pela sua conveniência e segurança”, diz a SIBS. Considerando tanto compras online como físicas, o aumento da utilização deste serviço foi superior a 300%.

Fonte: SIBS Analytics

Consumidores gastam metade do dinheiro em comida e medicamentos

Os estados de emergência têm determinado os hábitos de consumo. Março e abril assistiram a uma quebra do consumo em loja superior a 30%, seguida de uma recuperação em maio e junho. Em novembro, com o regresso de medidas restritivas, houve uma nova descida, de 10%. As compras online seguiram a tendência inversa. O valor médio das compras registado nas duas primeiras semanas de novembro foi de 36,20 euros em loja e de 34,40 euros online.

Ao longo de todo o ano, os setores de Super & Hipermercados, Pequena distribuição alimentar, Farmácias e Parafarmácias têm tido um forte peso nas despesas: chegaram a representar, no período de maior confinamento, 60% do total das compras. Situam-se agora em 49% do total das compras, ainda 5 pontos percentuais acima de janeiro e fevereiro.

Já nas compras online, os setores do Entretenimento, Cultura e Subscrições, Comércio Alimentar & Retalho, Restauração, Food Delivery e Take Away representaram uma grande fatia das transações, correspondendo neste momento a 40% do total de compras. Esta significa um crescimento de 12 pontos percentuais face ao início do ano.

Fonte: SIBS Analytics

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Horta Osório defende apoios públicos “extraordinários e pontuais”

O CEO do Lloyds defende que os apoios públicos à economia devem ter um carácter "extraordinário". Depois Governo deve corrigir contas públicas e tratar-se de baixar a dívida.

António Horta Osório defende que os apoios públicos às empresas e famílias na crise da pandemia devem ser “absolutamente extraordinários” e não devem ser permanentes.

“É importante que os apoios corretos à economia e os próximos apoios sejam o mais possível apoios extraordinários, sejam apoios pontuais“, disse o banqueiro na conferência “A banca pós-Covid”, organizada pelo Dinheiro Vivo e TSF.

“A um efeito extraordinário da Covid deve haver resposta extraordinária”, defendeu o CEO do britânico Lloyds.

Horta Osório disse ser “absolutamente necessário” que o Governo continue com apoios públicos, mesmo que isso signifique um aumento do défice e a dívida pública. Mas tais apoios devem ter em vista “o curto prazo”, salientou.

“Com tempo e a longo prazo”, o Governo deve preocupar-se com a correção das contas públicas e voltar à trajetória de descida da sua dívida. Algo que será agora mais facilitado pelo facto de Portugal estar a observar os juros perto de zero.

“Isso torna o esforço de ajustamento menos pesado porque o peso dos juros é menor do que há três ou quatro anos”, disse.

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CPAS: Solicitadores e agentes de execução querem a demissão do presidente Carlos Pinto Abreu

Face aos "riscos que gerou" para a continuidade da CPAS, solicitadores e agentes de execução querem a demissão de Carlos Pinto de Abreu, presidente da instituição.

Os solicitadores e agentes de execução querem a demissão do presidente da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), Carlos Pinto de Abreu, um ano depois de ter sido eleito. Através de votação secreta, o voto de censura ao dirigente foi aprovado com 125 votos a favor, um contra e uma abstenção. Caso Carlos Pinto de Abreu não o faça por iniciativa própria, solicitadores e agentes de execução pretendem fazê-lo através de Conselho Geral.

Em causa da decisão estão os “danos à fidúcia causados à instituição e os riscos que gerou para a sua continuidade, com as opções assumidas nos últimos meses, que ameaçam esvaziar a Caixa de contribuintes”, referem em comunicado.

Os beneficiários da CPAS mostram-se ainda contra a proposta da direção da CPAS em aumentar, em cerca de seis euros, a contribuição mínima mensal para 2021.

“Aprovada ficou também a recomendação para a constituição de um grupo de trabalho destinado a analisar as problemáticas originárias de uma eventual transferência de beneficiários da CPAS para a Segurança Social (SS)“, explicam.

Entre os objetivos do grupo de trabalho está o estudo da transferência das contribuições efetuadas na CPAS e dos montantes necessários a garantir, junto da SS, os valores já expectáveis de pensões futuras e os valores das já atribuídas, e a preparação de medidas excecionais para os beneficiários com dívidas à CPAS, para que não percam os valores das contribuições pagas e para que possam assegurar a sua transferência para o cálculo das suas futuras pensões.

Entre os objetivos consta ainda a análise da possibilidade de assegurar a subsistência da CPAS com o objetivo de colmatar falhas no apoio aos beneficiários mais carenciados e de capitalizar os descontos que sejam efetuados de forma voluntária, como complemento à SS.

No passado dia 21 de outubro, uma Assembleia-Geral extraordinária da OSAE aprovou a possibilidade de os associados poderem escolher o regime de contribuições entre a CPAS e a SS.

A decisão foi tomada em assembleia extraordinária dos associados da OSAE beneficiários da CPAS, decorrendo simultaneamente em Lisboa, Porto e Coimbra. Foram ainda cumpridas “todas as normas legais e respeitando as regras de distanciamento social impostas pela pandemia, referem.

Também beneficiários da CPAS, os advogados também se encontram revoltados contra o atual sistema de previdência. Tanto é, que têm agendada para dia 30 de novembro, caso não venha a ser desconvocada devido à pandemia, uma Assembleia Geral Extraordinária que servirá para a marcação de um referendo, de forma a permitir que os advogados possam (ou não) escolher o regime de previdência a que ficam sujeitos.

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Oposição já se uniu para formar mais de dez maiorias negativas na votação do OE

Os deputados vão começar a debater e votar o Orçamento do Estado, proposta a proposta. São mais de 1.500 as alterações que os partidos querem fazer ao documento.

Arranca esta sexta-feira o primeiro de quatro dias de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, que culmina na votação final global dia 26 de novembro. A aprovação do documento ainda não está garantida, já que as bancadas que viabilizaram o documento na generalidade ainda não asseguraram que vão repetir o sentido de voto.

Os deputados vão debater e votar as mais de 1.500 propostas de alteração ao documento que foram entregues, um novo recorde. Para este dia, o guião de votações compilado pelos serviços do Parlamento tem mais de 700 páginas. Entre as propostas em análise encontra-se o novo apoio social e o subsídio de desemprego.

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Estado de emergência renovado. Haverá 200 concelhos em risco elevado

Depois de o Presidente da República ter proposto um novo estado de emergência até 8 de dezembro, o PS, PSD e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues viabilizaram a proposta do Chefe de Estado.

O Parlamento deu “luz verde” à renovação do estado de emergência por mais 15 dias, depois de o Presidente da República o ter proposto. As medidas exatas deste novo estado de emergência só serão conhecidas este sábado, mas Marcelo Rebelo de Sousa já adiantou que serão aplicadas “medidas calibradas em função do grau de risco” dos concelhos, pelo menos até dia 8 de dezembro.

A renovação do estado de emergência foi aprovada esta sexta-feira com os votos a favor do PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, a abstenção do Bloco de Esquerda, PAN e CDS e os votos contra do PCP, PEV, Iniciativa Liberal, Chega e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

“Esta renovação do estado de emergência cria o quadro legal indispensável, exclusivamente, relativamente àquilo que são medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias”, disse o ministro da Administração Interna, no Parlamento, afirmando que “o esforço tem de continuar”, uma vez que os dados mostram que, “nos próximos dias, serão atingidos níveis extremamente elevados”, tanto de casos de infeção como de óbitos.

“A única certeza que temos é que, infelizmente, daqui a duas semanas cá estaremos novamente para discutir a prorrogação para um terceiro período do estado de emergência“, continuou Eduardo Cabrita, referindo que o número de concelhos mais afetados pela pandemia, que está atualmente em 191, “irá quase certamente ultrapassar as duas centenas” nos próximos dias.

O Governo vai reunir esta tarde em Conselho de Ministros, mas só amanhã anunciará ao país as medidas concretas. Apesar de estas ainda não serem conhecidas, Marcelo já adiantou que iriam ser “medidas calibradas em função do grau de risco” de cada concelho.

Conheça os argumentos — e condições impostas — apresentados esta sexta-feira no Parlamento para justificar o sentido de voto a esta renovação.

PS não está a “suspender a democracia”, mas sim a “equilibrar a liberdade”

“Há 15 dias este Parlamento autorizou o estado de emergência, que permitiu medidas de geometria variável, consoante níveis de risco diferenciado, mas também restrições mais limitadas às liberdades e direitos dos cidadãos”, começou por dizer a deputada Constança Urbano de Sousa. “Com esta renovação não é muito diferente, embora o agravar da situação possa justificar medidas mais restritivas, como confinamentos compulsivos ou encerramento de determinados estabelecimentos“, acrescentou.

A socialista afirmou ainda que o PS “não está a suspender a democracia, mas apenas a equilibrar liberdade, segurança e bem-estar de todos”. “É o Governo que tem de tomar as decisões que se impõe num contexto muito difícil que nos deve unir e dispensa exercícios populistas e inúteis de treinadores de bancada”, concluiu.

PSD vota a favor, mas faz “duas exigências” ao Governo

“Mais uma vez, como fizemos desde março, o PSD coopera com o Presidente da República e com o Governo para salvar vidas e garantir o futuro dos portugueses”, disse o deputado Adão Silva. “Fazemos a nossa parte, por isso estamos em condições de exigir que o Governo faça o que tem de ser feito nestes tempos excecionais”, acrescentou, exigindo duas condições ao Executivo de António Costa.

A primeira é “que o Governo seja claro, coerente e politicamente honesto”, disse, acusando a comunicação das medidas de ser “defeituosa e incompreensível”. Adão Silva aproveitou este ponto para deixar uma crítica à realização do congresso do PCP. “Esperemos que o Governo não deixe o PCP ficar com o seu congresso. Seria o cúmulo do ridículo”, disse.

A segunda condição é “que o Governo pare com a sua cegueira ideológica”. O social-democrata questionou: “De que é que está o Governo à espera para mobilizar todos os recursos públicos, privados e cooperativos para curar as pessoas doentes, com e sem coronavírus?”.

Cristina Rodrigues apela à “igualdade” e “livre concorrência”

O terceiro voto a favor desta renovação do estado de emergência veio da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, que apelou para que “qualquer restrição aos direitos de liberdades e garantias acautele os princípios da igualdade, proporcionalidade, adequação e livre concorrência“.

A ex-deputada do PAN defendeu que “as restrições impostas à circulação na via pública e ao abastecimento de bens podem comportar exceções, não podendo, no entanto, criar vantagens competitivas entre empresas“.

Bloco de Esquerda viu “mais anúncios do que concretizações”

O Bloco de Esquerda não parece estar muito satisfeito com o desempenho do Governo no combate à pandemia. O líder parlamentar do partido começou por dizer que “a discussão de direitos e liberdades para fazer face à pandemia não deve fazer esquecer a economia” e que, por isso, devem ser tomadas medidas que garantam que “as consequências económicas e sociais do estado de emergência são acauteladas na ação governativa”.

Deixando críticas à forma como o Executivo tem atuado, Pedro Filipe Soares afirmou: “Infelizmente vimos mais anúncios do que concretizações e mais atrasos do que rapidez na resposta. É uma urgência também que estes atrasos e limitações nas respostas sejam supridos no novo estado de emergência”. “Esperemos que o Governo esteja à altura desse desafio”, disse, antecipando uma abstenção na votação.

CDS diz que Governo “falhou redondamente” na preparação a esta segunda vaga

Ainda do lado das abstenções, o CDS também deixou críticas à forma como o Governo tem atuado. “Se na primeira vaga o Governo se atrasou ligeiramente na resposta, nesta segunda vaga falhou redondamente na sua preparação”, disse o deputado Telmo Correia, afirmando que o Executivo “foi incapaz de se prever e preparar”, tendo adotado “medidas avulsas e muitas vezes contraditórias”.

“Há 15 dias dissemos que medidas tinham de ser equilibradas e percetíveis. Foi tudo o que não aconteceu”, disse, referindo ter visto “medidas confusas, impercetíveis ou injustificadas”, acusando o Governo de ter respondido “com tostões a prejuízos de milhões”. Afirmando que as medidas que serão anunciadas amanhã já deviam ser conhecidas hoje, Telmo Correia anunciou a abstenção dos centristas.

PAN fala em “medidas contraditórias e mesmo incompreensíveis”

Inês de Sousa Real afirmou que “desde o verão que não se anteciparam as dificuldades que aí vinham” e que, por isso, foram adotadas “medidas contraditórias e mesmo incompreensíveis que em nada contribuíram para promover comportamentos individuais de maior responsabilidade“.

A deputada do PAN sublinhou a necessidade de se alterar comportamento e, por isso, defendeu “medidas claras, consistentes e pró-ativas na sensibilização de todos”. “É fundamental conjugar segurança com liberdade”, disse, referindo que renovar o estado de emergência “só vai resolver os problemas se sairmos deles com diferentes posturas e políticas”. Assim, afirmou que o partido não iria “obstaculizar a renovação do estado de emergência com a sua abstenção”.

PCP alerta para “setores económicos inteiros perto do colapso”

O PCP decidiu votar contra esta renovação do estado de emergência. “Com muitas dificuldades e prejuízos, o país aguentou em março e abril o embate das medidas que foram tomadas. Agora o país não aguenta porque não consegue“, disse João Oliveira, afirmando que, a par das medidas que têm sido decretadas pelo Governo, contam-se já “mais 100.000 desempregados do que em 2019”.

Portugal “suportou quase dois meses de paralisação forçada” e “hoje está fustigado pela ameaça de falência de micro, pequenas e médias empresas, com setores económicos inteiros perto do colapso”, continuou, questionando: “Que racionalidade é esta de medidas que procuram garantir a saúde, incutindo o medo e insegurança às pessoas?”. João Oliveira afirmou que “o povo e os países precisam de medidas de proteção sanitária, mas sobretudo de medidas de apoio para que a vida nacional possa ser desenvolvida em condições de segurança sanitária, em vez de ser proibida ou suspensa”.

PEV diz ser “escandaloso” que pandemia “engorde” lucros dos privados da saúde

Cerca de meio ano depois de ter sido decretado o primeiro estado de emergência, no final de março, Os Verdes não conseguem “identificar qualquer contributo substancial do estado de emergência da última primavera”. “Sabemos que é imperioso reforçar medidas de contenção, mas uma coisa são medidas de contenção e outra bem diferente é o estado de emergência”, disse o deputado José Luís Ferreira, dando vários exemplos de como o “Governo não precisa do estado de emergência para nada”.

“O PEV considera absolutamente escandaloso e imoral que pandemia possa servir para engordar os lucros dos privados na área da saúde”, disse, defendendo que o “Governo deve procurar formas de, excecionalmente, fazer regressar ao Estado os lucros que os privados de saúde tiveram com esta pandemia e canalizá-los para a pobreza“.

“Partidos, assim como os portugueses, sentem-se enganados”, diz André Ventura

O líder do Chega começou por dizer que Portugal tem “o primeiro-ministro mais vidente da Europa”, porque “antecipou uma segunda vaga” da pandemia. Contudo, afirma que “os partidos, assim como os portugueses, sentem-se enganados pelas medidas que foram tomadas no último estado de emergência”. E explica: “Foi-nos dito que teríamos um chapéu legal que permitiria tomar medidas no controlo da pandemia e o que tivemos foram restrições absurdas. Ninguém compreende estas medidas”, disse.

André Ventura afirmou que “este é o estado de emergência da cegueira ideológica, da total desorientação e desorganização e do engano aos portugueses, que o Chega não vai participar nem viabilizar”. E acabou mesmo por votar contra a renovação.

IL afirma que decreto do estado de emergência “consegue ser pior que o anterior”

João Cotrim de Figueiredo começou a sua intervenção afirmando que a Iniciativa Liberal “não passa cheques em branco a este Governo”. “Neste momento pode dizer-se que Governo tomou decisões que vão destruir um setor com base em coisa nenhuma“, disse o deputado liberal, referindo que “é este tipo de incompetência que está a transformar o suposto milagre português numa tragédia com custos para milhares de portugueses”.

“Este decreto [do estado de emergência] consegue ser ainda pior que o anterior: a mesma ligeireza, o mesmo cheque em branco mas com um requinte adicional de malvadez“, disse João Cotrim de Figueiredo, antecipando o voto contra do partido.

Joacine Katar Moreira apela à democracia

A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira concentrou o seu discurso à volta daquilo que, na sua opinião, é o verdadeiro estado de emergência: o racismo e o feminismo. “Não se pode falar de estado, seja de emergência, calamidade ou contingência, se não se falar de democracia”, disse.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Blip dá bónus de 650 euros a colaboradores em teletrabalho

A tecnológica reforçou o apoio aos colaboradores em teletrabalho. Ao bónus de 250 euros, para material de escritório, acrescentou 400 euros para despesas de luz e gás durante os meses de inverno.

Com o regresso ao teletrabalho, anunciado a 4 de novembro, as empresas estão a reforçar o apoio aos trabalhadores e a antecipar os próximos meses. A empresa portuense Blip, que se dedica ao desenvolvimento de software de apostas desportivas para web e mobile, vai oferecer a cada um dos 330 colaboradores em teletrabalho um bónus de 650 euros. Além de 250 euros, que já estavam a ser concedidos para apoiar a aquisição de material de escritório, a empresa vai adicionar agora 400 euros para fazer face às despesas de eletricidade e gás durante os meses de inverno.

“Estas ações têm como objetivo não só suportar os custos de eletricidade e gás, que aumentam durante os meses de inverno nas casas dos trabalhadores, como também facilitar as condições de trabalho em casa, através da compra de secretárias, cadeiras ergonómicas, entre outros“, refere a empresa em comunicado.

Além disso, a empresa implementou uma nova política que permitirá aos seus colaboradores gozar até 30 dias de férias por ano de acordo com a sua antiguidade. Para apoiar os trabalhadores à distância, a tecnológica manteve o programa Employee Assistance Programme, que oferece assistência psicológica e social, aos colaboradores e às suas famílias.

“Estamos a passar por um período desafiante. Mais do que nunca a promoção do equilíbrio saudável entre trabalho e família é essencial. A Blip tem redobrado esforços para oferecer aos colaboradores condições para que se sintam bem e acompanhados, e essa é uma das razões por trás das novas medidas adotadas. Continuaremos a trabalhar para minimizar o impacto desta situação na vida dos colaboradores”, sublinha Mariana Ferreira, employee assistance manager da Blip, citada em comunicado.

Atualmente, a Blip tem 330 colaboradores nas áreas de engenharia informática e programação e menos de 5% encontra-se a trabalhar presencialmente.

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Advocatus Summit: Setor imobiliário mantém-se resiliente apesar da pandemia

  • ADVOCATUS
  • 20 Novembro 2020

Francisco Lino Dias, sócio da PLMJ, Rita Alarcão Júdice, sócia da PLMJ, e Gonçalo Cadete, managing partner da Solyd, são os participantes da quarta talk da Advocatus Summit.

Sobre o tema “Imobiliário: como atrair e manter o investimento estrangeiro em Portugal?, Francisco Lino Dias, sócio da PLMJ, Rita Alarcão Júdice, sócia da PLMJ, e Gonçalo Cadete, managing partner da Solyd, apresentam-se na quarta talk da 3.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Em debate esteve a análise do panorama do setor imobiliário antes e após a pandemia, os desafios das imobiliárias e dos clientes, as sucessivas alterações legislativas, e ainda a posição do mercado português em comparação com o mundial.

A conversa entre os três convidados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 26 de novembro, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, um novo painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou, nas duas edições em Lisboa de 2018 e 2019, com a participação das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Os escritórios patrocinadores são Abreu Advogados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

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Grupo de conselheiros do Montepio acusa administração de “silenciar vozes incómodas”

Um grupo de conselheiros da associação mutualista acusa a administração de Virgílio Lima de querem silenciar "vozes incómodas" ao extinguir o conselho geral.

Um grupo de conselheiros da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) acusa a administração de Virgílio Lima de “tentativa de silenciamento de vozes incómodas”, depois de a instituição ter extinguido — “tudo no interesse da opacidade” — o conselho geral na sequência do registo dos novos estatutos.

João Costa Pinto, Manuel Dias Ferreira, Carlos Areal, Viriato da Silva e Gonçalo Caetano Alves, eleitos para o conselho geral em listas da oposição à atual administração, dizem que o fim daquele órgão de supervisão “foi meticulosamente preparado” através de “truques e malabarismos” que permitem que o Montepio “funcione sem qualquer tipo de controlo, aconselhamento e supervisão”.

Numa carta que ia ser entregue na sessão de despedida agendada para esta sexta-feira, mas que foi entretanto cancelada à última hora, estes conselheiros consideram que a extinção do conselho geral “contraria quer a letra da lei, quer o espírito do legislador, tudo no interesse da opacidade”, ainda que os novos estatutos determinem a substituição deste órgão pela nova assembleia de representantes.

Dizem, por isso, que o conselho de administração, a mesa da assembleia geral e a comissão de revisão dos estatutos, “secundada pelos organismos oficiais”, tentaram “silenciar a voz que conseguiu, durante décadas, apontar erros e deficiências, assim como apresentar sugestões e soluções”.

Na sequência da aprovação dos novos estatutos, a AMMG extinguiu o conselho geral, que tem por missão acompanhar e supervisionar a atuação da administração da instituição. A instituição adianta que tal ocorreu porque o este órgão deixou de ter previsão estatutária e não por decisão interna.

Por causa disso, a reunião do conselho geral que ia ter lugar esta quinta-feira para discutir o plano e orçamento para 2021 já não se realizou. Para esta sexta-feira estava agendada uma sessão de despedida com os conselheiro, seguida de um almoço, na sede. Foram cancelados devido à atual situação da pandemia, segundo uma carta de Virgílio Lima aos convidados.

(Notícia atualizada às 13h44)

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Novo pacote de apoios às empresas já é oficial. Há dinheiro a fundo perdido

  • ECO
  • 20 Novembro 2020

Apoios aprovados no início do mês já foram publicados em Diário da República, mas ainda não estão disponíveis. Parte do dinheiro será cedido a fundo perdido para ajudar empresas a superarem a crise.

Aprovados no início do mês, os novos apoios às empresas que o Governo lançou perante o agravamento da pandemia e o consequente endurecimento das medidas de luta contra a Covid-19 estão já disponíveis. Foram publicados em Diário da República, mas o dinheiro, parte dele a fundo perdido, não está ainda ao dispor do tecido empresarial.

“O Governo procede, pela presente resolução, ao lançamento de novos instrumentos de apoio à situação de tesouraria das empresas”, lê-se no Diário da República, onde é referido que a “resolução produz efeitos no dia da sua aprovação”. Ou seja, os apoios que “são suportados por fundos europeus”, vão estar disponíveis a partir de 25 de novembro quando forem lançados os avisos de candidatura ao apoiar.pt. No entanto, as empresas elegíveis já podem ir fazendo o registo no Balcão 2020 para depois agilizar o processo de candidatura. Já ao nível das linhas de crédito, que vão ser operacionalizadas já através do Banco Português de Fomento, ainda não há data para o seu lançamento.

Para aceder a estas verbas, as empresas têm de cumprir “determinadas condições de elegibilidade, como a de as empresas beneficiárias terem situação líquida positiva a 31 de dezembro de 2019, e a determinadas obrigações, como a de não distribuição de fundos aos sócios ou a restrição à promoção de efetuar despedimentos coletivos e de extinguir postos de trabalho por motivos económicos”.

Conheça os três apoios:

750 milhões em subsídios para micro e pequenas empresas

Existe uma verba de 750 milhões para pagar subsídios a fundo perdido às micro e pequenas empresas dos setores mais afetados pela crise pandémica, no âmbito do apoiar.pt. Em causa estão os setores do comércio e serviços abertos ao consumidor, cujo encerramento foi forçado em março, do alojamento, da restauração e das atividades da cultura.

Para terem acesso a este apoio, as empresas têm de ter registado quebras de, pelo menos, 25%, nos primeiros nove meses de 2020, face ao ano anterior, e de ter fechado o ano passado com capitais próprios positivos. Têm, além disso, de ter a situação regularizada tanto na Autoridade Tributária, como na Segurança Social, na Sociedade de Garantia Mútua e na banca.

A cada empresa será dado um apoio correspondente a uma percentagem da quebra de faturação — cerca de 20%, esclareceu o ministro da Economia –, até aos seguintes limites: 7.500 euros para as micro empresas e 40 mil euros para as pequenas empresas.

As empresas que aderirem ao apoiar.pt devem manter os postos de trabalho — isto é, não podem fazer despedimentos por razões económicas, durante o período em que durar o apoio — e não podem distribuir lucros ou outros fundos a sócios.

Estes subsídios serão pagos em duas tranches. O Governo espera pagar a primeira prestação ainda este ano, estando a concretização dessa perspetiva dependente de Bruxelas. A segunda chegará dois meses depois. Com esta medida, o Executivo espera apoiar 100 mil empresas, que podem utilizar estes subsídios inclusivamente para pagar salários, garantiu o ministro da Economia.

Empresas de apoio a eventos com crédito

Há também uma nova linha de crédito destinada às empresas de apoio a eventos no valor de 50 milhões de euros. Em causa estão as empresas que prestam serviços de apoio a eventos culturais, festivos, desportivos e corporativos.

Conforme reclamavam os patrões, uma parte desta ajuda poderá ser convertida em crédito a fundo perdido. Segundo o ministro da Economia, se mantiverem os postos de trabalho, as empresas poderão ver convertida uma fatia de 20% do crédito em subsídio a fundo perdido.

Esta linha de crédito tem garantia de Estado, tal como já acontecia com as restantes que foram lançadas para ajudar a mitigar os efeitos da pandemia.

750 milhões de euros em crédito para exportadoras

Existe ainda uma nova linha de crédito para a indústria exportadora no valor de 750 milhões de euros. Em causa estão as empresas industriais com elevado volume de negócios proveniente da exportação de bens, atividade que está particularmente exposta aos efeitos nefastos da crise pandémica.

Também neste caso as empresas poderão ver convertida uma fatia de 20% dos créditos em subsídios a fundo perdido, se mantiverem os postos de trabalho.

(Artigo atualizado com mais informação às 13h51)

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Perdem-se 427 mil milhões em impostos por ano para paraísos fiscais

Só nas Ilhas Caimão estão concentrados 70 mil milhões de dólares, o equivalente a mais de 16,5% de todos os impostos perdidos. Dados de paraísos fiscais são conhecidos pela primeira vez.

Apesar de a União Europeia (UE) tentar lutar contra os paraísos fiscais, a verdade é que são difíceis de controlar. Um relatório da Tax Justice Network, citado pelo The Guardian (conteúdo em inglês), mostra que as fraudes fiscais cometidas por multinacionais e indivíduos ricos estão a custar aos países 427 mil milhões de dólares (360,4 mil milhões de euros) por ano em receitas perdidas.

Deste montante total, mais de metade — cerca de 245 mil milhões de dólares (206,8 mil milhões de euros) — resulta de empresas que transferiram 1,38 biliões de dólares (1,16 biliões de euros) em lucros para fora dos países onde estes foram gerados, nomeadamente para paraísos fiscais, onde as taxas de imposto sobre as sociedades são baixas e quase inexistente.

Por sua vez, os privados pagaram 182 mil milhões de dólares (153,6 mil milhões de euros) a menos em impostos do que seria esperado, acumulando mais de dez biliões (8,44 biliões de euros) em ativos financeiros no estrangeiro, mostra o mesmo relatório.

A Tax Justice Network ressalva que estes dados, publicados pela primeira vez, só foram possíveis de apurar depois de terem sido publicados por multinacionais e pela OCDE, mas apenas com a garantia de que nenhuma empresa poderia ser identificada.

A entidade alertou para que este fosse um dos temas em cima da mesa na cimeira virtual do G20 deste fim de semana, pressionando para que as regras sejam mais apertadas. A Tax Justice Network defende que está na altura de o G20 exigir a publicação dos lucros obtidos pelas multinacionais, de modo a que “empresas que recorram ao planeamento fiscal e as jurisdições que o permitam possam ser identificadas e responsabilizadas”.

O relatório detalha ainda que a jurisdição responsável pela maioria dos prejuízos fiscais foi território britânico das Ilhas Caimão, concentrando 70 mil milhões de dólares (59 mil milhões de euros) das perdas, o equivalente a mais de 16,5% do total. Destaque ainda para o Reino Unido (42 mil milhões de dólares, 10% do total), Holanda (36 mil milhões, 8,5%), Luxemburgo (27 mil milhões, 6,5%) e os Estados Unidos (23 mil milhões, 5,5%).

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UE vai pagar mais de dez mil milhões pelas vacinas da Pfizer e da CureVac

UE vai pagar 15,50 euros por cada dose da vacina da Pfizer, menos que os EUA. No caso da CureVac, o bloco conseguiu um desconto face aos 12 euros definidos pela empresa.

A União Europeia (UE) tem vindo a assinar contratos com várias farmacêuticas para comprar vacinas contra o coronavírus. Já firmou cinco, tendo o da Pfizer-BioNTech sido o mais recente. Por esta vacina, mas também pela da CureVac, poderá vir a pagar cerca de dez mil milhões de euros, de acordo com fonte europeia da Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Não têm sido revelados os valores envolvidos nos contratos assinados pela UE, mas no caso da vacina da Pfizer-BioNTech, o valor acordado será de 15,50 euros por dose. A confirmar-se, a UE pode paga menos que os EUA por esta vacina cujo pedido de aprovação por parte da FDA será realizado esta sexta-feira, 20 de novembro.

Tendo em conta as 200 milhões de doses contratadas, são 3,1 mil milhões de euros, valor que pode aumentar para 4,65 mil milhões caso seja adquirido o lote adicional de 100 milhões de doses.

No caso da CureVac, a UE conseguiu um desconto face aos 12 euros que a empresa definiu como preço de venda. Fechou um acordo por um valor de 10 euros por dose, podendo gastar 4,05 mil milhões de euros pelos 405 milhões de doses contratados.

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