App da Covid tem adeptos entre os ministros de Costa. Mas todos têm?

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Dos 19 ministros questionados, 13 revelaram ao ECO que têm a app, enquanto cinco não responderam. Alexandra Leitão não revela se tem ou não, mostrando-se contra a obrigatoriedade.

Lançada no final de agosto, a Stayaway Covid, desenvolvida pelo INESC TEC, conquistou algumas centenas de milhares de portugueses, mas foi quando António Costa anunciou que pretendia torná-la obrigatória que os downloads dispararam. A polémica com o autoritarismo do primeiro-ministro fez disparar as críticas por parte de vários partidos, da esquerda à direita, mas também gerou alguma discórdia no seio do Executivo. Nem todos os ministros de Costa revelam se a têm ou não nos seus smartphones.

Foi perante o agudizar da pandemia, com o país, tal como tantos outros países europeus, a enfrentar uma segunda vaga, que o Governo avançou com uma série de novas medidas para controlar a crise sanitária. Portugal passou ao estado de contingência, ficando o Estado com mais poderes para controlar comportamentos, mas Costa quis mais. De uma assentada, propôs à Assembleia da República a utilização de máscaras na rua e a instalação da app contra a Covid.

Se as máscaras foram bem acolhidas, a app nem por isso. Rapidamente se levantaram questões de constitucionalidade — que Marcelo Rebelo de Sousa se ofereceu para resolver com a fiscalização preventiva da medida pelo Tribunal Constitucional –, mesmo dentro do PS. Ana Catarina Mendes foi das primeiras a levantar a dúvida.

No Governo, a app foi bem recebida… por quase todos. Muitos ministros de Costa revelaram-se como early adopters, caso do próprio primeiro-ministro. “É um dever cívico de todos nós e é um dever cívico de que eu serei o primeiro a dar o exemplo”, disse à data do seu lançamento, fazendo uso da app diariamente: “É com muita satisfação que, todos os dias de manhã, tenho verificado até agora que ainda não estive próximo de alguém que era um contacto de risco”, disse semanas depois.

Costa não é o único. “O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital tem a app desde o primeiro dia”, diz o gabinete de Siza Vieira em resposta ao ECO. Também o ministro da Educação revela que “tem a app instalada por ter entendido, desde o primeiro momento, a importância da mesma”.

Esta aplicação foi mais importante para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o único governante que até agora foi infetado pelo novo coronavírus. Heitor esteve num Conselho de Ministros já infetado, o que levantou suspeitas sobre a propagação do vírus ao restante Executivo, algo que não veio a confirmar-se. Contudo, os ministros do Planeamento e da Segurança Social ficaram em isolamento.

Mendes Godinho tem a app e, à data, até recorreu às redes sociais para mostrar que funciona. “App Stayaway Covid a funcionar e alertar que estive em contacto com uma pessoa com teste positivo“, disse no Twitter. Nelson de Souza, questionado pelo ECO, não respondeu.

Quem também está em isolamento profilático por ter tido contacto próximo com Manuel Heitor é Matos Fernandes. O ministro do Ambiente, que tem participado em eventos via online, a partir de sua casa, escusou-se, contudo, a responder à questão sobre se tem a aplicação.

Dos 19 ministros questionados, 13 revelaram ao ECO que têm a app, enquanto cinco não responderam: Nelson de Souza, Matos Fernandes, mas também Eduardo Cabrita, João Leão e Graça Fonseca.

Francisca Van Dunem tem a aplicação instalada, mas quando questionada sobre se concorda ou não com a obrigatoriedade da instalação da mesma, fonte oficial do gabinete optou por não responder. Já Pedro Nuno Santos tem a aplicação do INESC TEC, não lhe choca a possibilidade de ser obrigatório, mas prefere que seja uma escolha de cada um.

Mais audível na sua oposição à imposição da aplicação aos portugueses foi a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, isto numa altura em que Costa revelou que vai adiar a discussão da medida no Parlamento.

Em entrevista à Conversa Capital, da Antena 1/Jornal de Negócios, disse preferir, pessoalmente, que a utilização de tal ferramenta continue a ser facultativa. E não revela se já a descarregou. Trata-se de uma questão do “foro pessoal e que não deve ser escrutinada publicamente por ninguém”, atirou.

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FH acolhe lançamento do Portugal Fintech Report 2020

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2020

A edição de 2020 do Portugal Fintech Report tem lançamento agendado para a última semana de outubro. O evento pode ser acompanhado online e o registo é gratuito.

A Portugal Fintech, non-profit dedicada à capacitação do ecossistema, anunciou o lançamento do relatório anual do setor. A apresentação oficial do Portugal Fintech Report 2020, agendado para dia 29 de outubro, vai ser realizada na Fintech House (FH), em Lisboa, num evento com transmissão online.

 

Reunindo as “30 melhores fintech” portuguesas (incluindo insurtech e outros segmentos), a quarta edição do relatório traça o panorama do setor, fornece estatísticas da indústria e, reafirmando o objetivo de ligar os stakeholders da indústria, contribuir com reflexões sobre as melhores práticas nas colaborações com incumbentes, acrescentando ainda indicações sobre principais tendências no ecossistema.

Os organizadores divulgaram o programa do evento que ocupará parte da manhã de quinta-feira (dia 29), incluindo debate com empreendedores de algumas das principais fintech portuguesas. Os interessados podem fazer registo gratuito para acompanharem a transmissão em direto (live streaming) do evento.

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Mais de 10 mil milhões de euros em capital fresco reforçam resseguro

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2020

O montante de dinheiro fresco angariado em 2020 pela indústria de seguros e resseguros sediada nas Bermudas e em Londres rondou 12 mil milhões de dólares, calcula o presidente da Arch Worldwide.

A estimativa de capital fresco captado em 2020 foi adiantada por Maamoun Rajeh, presidente e CEO da Arch Worldwide Reinsurance, sediada no hub de seguros das Bermudas. Falando num evento virtual promovido pela organização Women in Reinsurance, Rajeh referiu que vários grupos de seguros e resseguro, sediados nas Bermudas e em Londres, levantaram montantes significativos de capital, quer através de emissão de dívida como em operações de aumento de capital, por emissão e colocação de novas ações.

“Pelos meus cálculos, a indústria angariou cerca de 12 mil milhões de dólares” (cerca de 10,2 mil milhões de euros ao câmbio corrente), disse Rajeh. Uma parte pequena desse montante “está ainda por confirmar, sendo que aproximadamente 2 mil milhões corresponde a capital levantado por novas empresas”. Grande parte desse novo capital reforçou empresas que já existiam, explicou o responsável da Arch.

Entre as companhias sediadas nas Bermudas e que atraíram somas avultadas de financiamento contam-se Arch Capital, RenaissanceRe, Fidelis, Hiscox e o Lancashire Group. Ainda, segundo a página eletrónica do Royal Gazette, a start-up Vantage, liderada por um antigo presidente da Arch (Dinos Iordanou) e pelo antigo CEO da AXA XL (Greg Hendrick) também beneficiou do pipeline de financiamentos.

De acordo com a mesma fonte, enquanto a maioria do dinheiro fresco será alocado ao reforço de capacidade de subscrição de risco, outra parte servirá para reforçar o balanço por forma a enfrentar o atual contexto de incerteza (devido à pandemia), cuja duração é ainda improvável.

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Rio prepara-se para anunciar chumbo ao Orçamento do Estado 2021

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Segundo o Expresso, o líder do PSD já decidiu chumbar a proposta de OE 2021 e vai oficializar publicamente a decisão no encerramento das jornadas parlamentares.

Rui Rio prepara-se para anunciar aos social-democratas que o PSD vai chumbar a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que o Governo entregou no Parlamento na semana passada. De acordo com o Expresso (acesso pago), a oposição ao documento será comunicada ainda durante as jornadas parlamentares do PSD que estão a decorrer.

Os deputados vão reunir-se, esta quarta-feira, na Sala do Senado da Assembleia da República, para a jornadas parlamentares em que vão discutir o OE e nessa altura já saberão o sentido de voto da bancada parlamentar. Segundo apurou o semanário, Rio já decidiu chumbar a proposta e vai oficializar publicamente a decisão no encerramento dos trabalhos. Recorde-se que o Observador já tinha avançado que Rio ia votar contra para obrigar António Costa a ter apoio à esquerda.

A decisão coloca pressão sobre as negociações entre António Costa e os partidos à esquerda. Para já, só o Iniciativa Liberal e o CDS anunciaram que vão votar contra, enquanto nenhum partido (além do PS do Governo) decidiu ainda aprovar a proposta na votação na generalidade que vai acontecer a 28 de outubro.

Os parceiros de negociação BE, PCP, PAN e PEV deixaram ainda em aberto o sentido de voto, sendo que Catarina Martins tem sido a líder partidária em maior conflito com o primeiro-ministro. Ainda esta manhã, disse que são precisas três mudanças no novo apoio social — o valor mínimo, a condição de recurso e o tempo — para o BE dar o seu aval.

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Duas portuguesas nomeadas para prémio europeu de inovação

Joana Isabel dos Santos e Ana Machado Silva estão entre os nomeados para os Prémios EIT 2020 com os projetos iLoF e Zero Defeitos 4.0, respetivamente.

As portuguesas Joana Isabel dos Santos e Ana Machado Silva fazem parte da lista dos 28 empreendedores nomeados para o prémio de inovação europeu pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT).

Joana Isabel dos Santos está nomeada para o prémio “EIT Woman”, que premeia mulheres empreendedoras, pela solução que está a desenvolver na iLoF (intelligent Lab on Fiber). A tecnologia deteta biomarcadores de várias doenças neurodegenerativas, criando ‘impressões digitais’ óticas representativas do fenótipo de um paciente e fase da doença. De acordo com a sinopse do projeto, “ao melhorar a eficácia do rastreio e a estratificação de doentes de Alzheimer para ensaios clínicos, o iLoF contribui para encontrar uma cura para a doença”.

Ana Machado Silva é outra das portuguesas que está entre os nomeados para o prémio “EIT Innovators” com o projeto Zero Defeitos 4.0. O projeto que está a desenvolver em conjunto com a Sonae Arauco consiste num sistema de apoio à decisão que conduz a um melhor nível de qualidade do produto (tendencialmente para zero defeitos) enquanto aumenta a eficiência da produção e torna o desenvolvimento da produção mais ágil e eficiente em termos de custos.

Até ao momento, o projeto iLoF já angariou dois milhões de euros e venceu alguns prémios entre eles o Global Deep-Tech do Female Founders Competition 2020, o Future Unicorn Award no Digital Freedom Festival & Rockstart 2019, o Altice International Innovation Award 2019 e o EIT HealthKIC Jumpstarter Programme Winner 2019. Já o projeto Zero Defeitos 4.0 angariou mais de meio milhão de euros.

Os candidatos selecionados irão concorrer em quatro categorias: o prémio “EIT Venture”, que premeia empresas startup e scale-up excelentes, o prémio “EIT Change” que reconhece os melhores diplomados dos programas de educação empresarial do EIT, o prémio “EIT Innovators” para indivíduos e equipas que desenvolveram produtos inovadores de elevado impacto, e por fim, o prémio “EIT Woman”, que coloca a tónica nas mulheres empresárias e líderes inspiradoras.

O primeiro lugar de cada categoria recebe um prémio monetário no valor de 500 mil euros, o segundo lugar recebe 20 mil euros e o terceiro dez mil euros. Os candidatos vão apresentar as suas inovações no dia 8 de dezembro e os vencedores serão anunciados numa cerimónia de entrega de prémios a 9 de dezembro.

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Mundo supera os 40,5 milhões de infetados. OMS apela a medidas governamentais

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Numa altura em que se contam mais de 40,5 milhões de infetados em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apelas aos governos para apertarem as medidas de isolamento.

Continua a aumentar o número de pessoas infetadas com coronavírus e, esta terça-feira, aumentou para 40,5 milhões o número mundial de infeções. A contribuir para esta escalada dos números estão, sobretudo, a Europa e os Estados Unidos, diz o MarketWatch (conteúdo em inglês). A Organização Mundial de Saúde (OMS) apela aos governos para reforçarem as medidas de isolamento e prevenção de contágios.

Somadas a estas infeções estão ainda 1,1 milhões de mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Estes números fizeram Michael Ryan, responsável da OMS, a apelar aos países, dando como exemplo países como Singapura, Tailândia, Japão e Austrália, que conseguiram conter a propagação da doença de várias maneiras, desde logo pelo isolamento e quarentena.

“Se pensarmos que, em algum momento no ambiente de transmissão da comunidade, uma em cada 400 a 500 pessoas pode estar infetada, isso pode ser altamente positivo para Covid”, disse Michel Ryan, numa conferência de imprensa, citado pelo Market Watch. “Imaginemos aquela pessoa como um caso que tem dez contactos. Se colocar esses contactos em quarentena, 11 pessoas serão afetadas pelas medidas, ao contrário de um isolamento, que afeta 400 a 500 pessoas”.

“E o sucesso que os países da Ásia tiveram foi a capacidade de encontrar essas 11 pessoas, os casos e os respetivos contactos, e fazer o suficiente para começar a partir as cadeias de transmissão”, acrescentou.

O responsável da OMS reconheceu que os países asiáticos têm níveis mais altos de confiança nos seus Governos, mas notou que também têm um “acompanhamento sério”. Eles não reduziram os centros de teste nem a capacidade clínica quando os números começaram a diminuir. Pelo contrário, disse, aumentaram os esforços. “Muitos países estabeleceram uma linha de chegada imaginária e, quando a cruzaram, desaceleraram os esforços”.

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Estratégia contra corrupção pode incluir financiamento de partidos, diz Van Dunem

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, abriu a possibilidade de o financiamento dos partidos políticos poder vir a constar da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, abriu esta terça-feira a hipótese de o financiamento dos partidos vir a constar na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção. Apesar de a proposta do Governo não constar a fiscalização deste financiamento, Van Dunem referiu que a mesma já se encontra prevista na lei, avançou o jornal Observador.

A ministra da Justiça admitiu ainda que o documento da Estratégia não tem nenhuma referência a este tema, mas deixou em aberto que “pode vir a haver“. O documento pretende “indicar caminhos para aqueles que são os aspetos fundamentais, mais críticos, em que há mais défice ao nível da integridade e transparência”, referiu aos jornalistas na cerimónia dos 75 anos da Polícia Judiciária.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses já tinha criticado a omissão desta questão, bem como a falta de medidas para o seio das autarquias e a omissão de medidas de prevenção, detenção e repressão da corrupção no nível das direções políticas de topo.

O programa da “Estratégia Nacional de Combate à Corrupção” para os anos de 2020 a 2024“ foi apresentado no passado mês de setembro. Uma das prioridades apresentadas pela ministra Francisca Van Dunem é a área da contratação pública. “Uma das áreas em que se justificam alterações ao quadro legal, para tornar os procedimentos mais transparentes e assim reduzir os contextos facilitadores da corrupção”, explica o documento, consultado pelo ECO.

O regime do whistleblowers (denunciantes) é também outra das medidas que integra este pacote de medidas, ou seja, abre a possibilidade de qualquer arguido de crimes económicos e financeiros não ter de cumprir pena caso confesse ou ajude a Justiça a encontrar provas, tal como a hipótese de as empresas privadas serem obrigadas a pagar coimas caso não adotem os planos de combate à corrupção.

Em entrevista à Advocatus, a ministra sublinhou que a delação premiada não vai passar a existir nos tribunais nacionais, esclareceu que os megaprocessos podem passar a ser mais pequenos — se os arguidos assim o quiserem — e avança que será criada uma agência que controlará o setor público e privado no que toca a este tipo de criminalidade. Assume ainda que a formação nas escolas, a começar logo no ensino básico, vai ser uma prioridade, para que determinados comportamentos deixem de ser considerados normais.

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Câmara de Lisboa quer prolongar isenção de taxas para esplanadas até final de 2021

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

Autarquia quer prolongar a isenção de taxas para esplanadas até ao final de 2021 e vai criar uma ‘bolsa’ de 100 mil euros para apoiar a adaptação dos espaços existentes.

A Câmara de Lisboa quer prolongar a isenção de taxas para esplanadas até ao final de 2021 e vai criar uma ‘bolsa’ de 100 mil euros para apoiar a adaptação dos espaços existentes ao funcionamento durante todo o ano.

As medidas foram anunciadas esta terça-feira pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), durante o “debate anual sobre o estado da cidade” na Assembleia Municipal, em que o autarca prometeu continuar em 2021 “o esforço de apoio aos mais necessitados, às famílias com maior necessidade” e ao “músculo económico da cidade de Lisboa, num momento tão difícil e tão exigente” que se atravessa devido à pandemia da Covid-19.

Nesse sentido, referiu, a Câmara vai encetar um diálogo com as Juntas de Freguesia para chegar a um entendimento até ao Orçamento da cidade para 2021, que assegure “três aspetos fundamentais”, entre os quais o prolongamento da isenção de todas as taxas para as esplanadas até ao final do próximo ano.

“Iniciaremos esse diálogo com a compreensão clara de que a Câmara tem mecanismos de financiamento que as Juntas não dispõem, mas com a convicção que Câmara e Juntas de Freguesia, nesta partilha de responsabilidades que têm, saberão chegar a essa solução que é solução que melhor apoia o músculo económico da cidade e tão importante vai ser na manutenção de dezenas de milhares de postos de trabalho”, salientou Fernando Medina.

Em meados de maio, a autarquia tinha aprovado a isenção de taxas para as esplanadas e áreas expositivas exteriores já existentes, assim como para a ampliação ou criação de novas, até ao final de 2020, devido à pandemia da Covid-19.

A isenção atualmente em vigor abrange as taxas de ocupação do espaço público e/ou publicidade e, no caso das ampliações ou da criação de novas áreas, as taxas referentes ao seu pedido.

A este apoio para 2021, a autarquia adicionará uma “bolsa de 100 mil euros para todos aqueles que pretendam e possam adaptar as suas esplanadas ao funcionamento durante todo o ano”, acrescentou.

“Em Lisboa, a utilização do espaço para esplanada é hoje felizmente uma realidade efetiva durante a primavera, durante o verão, menos durante o outono e ainda menos durante o inverno. A razão para assim ser é o facto de muitas não disporem ainda das condições para que isso possa acontecer, o que nós queremos é criar as condições para que isso possa acontecer”, disse Fernando Medina.

No diálogo que a Câmara quer encetar com as Juntas de Freguesia até ao Orçamento da cidade para o próximo ano, acrescentou o autarca, o município pretende ainda assegurar “o licenciamento de todas as esplanadas em espaço público até ao final do ano de 2021 para que todos possam saber com o que vão contar durante o próximo ano, para que todos possam ter a segurança para realizar os investimentos que muitas vezes significam a sua sobrevivência”.

Lembrando que muitos comerciantes dizem que foi a esplanada que “salvou o negócio”, Fernando Medina reforçou que estas são medidas “de grande importância para apoiar a preservação de milhares de postos de trabalho”.

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PCP condiciona sentido de voto no OE ao salário mínimo e aos CTT

O líder parlamentar do PCP condiciona o sentido de voto do partido a outras outras questões que não estão ligadas ao Orçamento do Estado, como é o salário mínimo nacional e o futuro dos CTT. 

O PCP não descarta a possibilidade de vir a chegar a um acordo com o Governo com vista a viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano. Ainda assim, o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, condiciona o sentido de voto do partido a outras questões que não estão ligadas ao Orçamento do Estado, como o salário mínimo nacional ou o futuro dos CTT, que os comunistas gostariam de ver nacionalizados.

O nosso posicionamento e o nosso sentido de voto em relação ao Orçamento do Estado serão determinados em função da resposta global que seja dada aos problemas do país e que o Governo tem o dever de assumir“, começa por explicar João Oliveira, líder parlamentar do PCP, em declarações transmitidas pela RTP3. Para os comunistas existem “muitas outras questões que é preciso que o Governo assuma e que não estão propriamente condicionadas ou limitadas à discussão do Orçamento do Estado“.

Entre os exemplos “flagrantes” mencionados pelo líder parlamentar dos comunistas está a decisão do Governo relativamente ao que “vai fazer em relação os serviço público postal”, na sequência “da privatização que foi feita pelo anterior Governo”, bem como a decisão sobre “o salário mínimo nacional” e os salários da Administração Pública.

Além disso, para os comunistas, o Governo tem a responsabilidade de encontrar “opções claras e inequívocas” relativamente à “resposta que é preciso dar aos problemas económicos e sociais” do país, nomeadamente ao nível do desemprego, dos rendimentos das famílias, “de investimento público com medidas de eficácia”, sinalizou João Oliveira.

Os comunistas criticam ainda a proposta de Orçamento do Estado apresentado pelo Executivo, referindo que é “um conjunto de intenções vagas com eficácia e concretização duvidosa”, criticando ainda o facto de o Executivo ter uma “consideração parcial e limitada” das propostas apresentadas “nos últimos meses” pelo PCP. “Houve um conjunto muito largo de problemas que atingiu o país que ficaram de fora sem ter qualquer tipo de consideração”, lamentou João Oliveira.

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Estados Unidos processam Google por monopólio ilegal e anticoncorrência

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

Justiça norte-americana entra com ação judicial contra o Google por violar leis da concorrência. Considera que há abusos de posição dominante na publicidade digital e nas pesquisas.

O Departamento de Justiça norte-americano entrou esta terça-feira com uma ação judicial contra o Google por violar leis antitrust, alegando monopólio ilegal dos mercados de publicidade e de buscas na internet, prejudicando consumidores e concorrência.

“O Google é a porta de entrada para a internet e um gigante da publicidade em buscas”, disse o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Jeffrey Rosen, numa conferência de imprensa, citado pela agência AP.

Segundo Jeffrey Rosen, o Google “manteve seu poder de monopólio através de práticas excludentes que são prejudiciais à concorrência”.

Os casos antitrust (relacionados com práticas de monopólio) na indústria de tecnologia precisam de avançar rapidamente, defendeu o procurador-geral adjunto, acrescentando que se isso não acontecer, há risco de se perder “a próxima onda de inovação”.

Esta ação antitrust contra a Google é a mais significativa em pelo menos duas décadas.

O procurador-geral adjunto do Departamento de Justiça explicou que o processo indica que o Google apoia o seu papel de “principal guardião do acesso” à internet através de “uma rede ilegal de acordos exclusivos que prejudica concorrentes”, avança a agência EFE.

Entre eles, o responsável citou o pagamento de milhões de dólares à Apple para colocar o motor de busca do Google como o básico nos iPhones e a proibição de integrar motores de concorrentes através de contratos especiais.

O Google respondeu na rede social Twitter, afirmando que “o processo judicial do Departamento de Justiça é profundamente fraco”.

“As pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”, afirmou a empresa.

O gigante da tecnologia com sede em Mountain View, Califórnia, uma subsidiária da Alphabet, controla cerca de 80% das pesquisas na internet nos Estados Unidos.

Nos últimos anos, os gigantes da tecnologia têm enfrentado críticas de diferentes governos e blocos, como a União Europeia (UE), devido ao grande poder que acumulam, aos benefícios exorbitantes que obtêm e aos baixos impostos que pagam.

Outros grandes conglomerados digitais como Facebook, Apple ou Amazon estão sob investigação de reguladores e legisladores, preocupados com possíveis casos de abuso de poder.

Com a transformação do Google num dos gigantes da tecnologia, a empresa tem sido seguida de perto pelas autoridades dos Estados Unidos, e a Comissão Federal de Comércio do país, que também tem autoridade para investigar casos de monopólio, já realizou investigações em torno da Google, embora tenha encerrado em 2013 sem provas suficientes.

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Comprou os bilhetes mais baratos para a F1? Ou paga mais ou é reembolsado

Tendo em conta a pandemia, a AIA teve de reduzir os lugares para ver a F1. E fechou a bancada Peão, a mais barata. Quem os tem, ou paga um extra para ir para outra ou recebe o dinheiro de volta.

O Autódromo Internacional do Algarve tem capacidade para 92 mil espetadores, mas pretendia vender pouco mais de um terço desses bilhetes para o regresso da Fórmula 1 a Portugal. Acabou por ter de reduzir ainda mais a capacidade por indicação das autoridades de saúde, mas também a encerrar o acesso à bancada Peão, a que oferecia os bilhetes mais baratos. Agora, em vésperas do evento, está a informar os detentores destes bilhetes que ou pagam um extra para irem para outra bancada ou serão ressarcidos do valor já gasto.

“Portugal viu as medidas de combate à pandemia Covid-19 serem incrementadas na passada semana, por determinação governamental”, diz o AIA num e-mail enviado aos portadores de bilhetes para o GP de F1 que se realiza de 23 a 25 de outubro. “Como consequência dessas novas medidas, as autoridades sanitárias e administrativas determinaram também novas limitações e proibições relativamente à presença de público” no recinto.

Essas medidas passam por “uma diminuição adicional do número total de espetadores permitidos, e também a proibição total de espetadores na zona de Peão”. Os bilhetes para esta bancada esgotaram já que eram a opção mais barata para ver o regresso da “prova rainha” do desporto automóvel ao país: custavam 85 euros, só para o dia da corrida, no domingo.

Assim, perante este constrangimento, o AIA decidiu que os detentores dos bilhetes podem solicitar a devolução do valor já pago para estar presente no recinto.Perante este cenário, ao qual somos alheios, caso assim o deseje, faremos a devolução na íntegra do valor do bilhete e do custo dos portes”, refere o e-mail.

Em alternativa, o espaço permite aos donos destes lugares na bancada Peão fazerem um “upgrade” para outras bancadas, estas com lugares marcados, o que garante o distanciamento social necessário neste contexto de pandemia — além disso, os espetadores terão obrigatoriamente de utilizar máscara dentro do recinto.

Este “upgrade” tem um custo substancialmente inferior ao valor dos bilhetes originais. O AIA propõe que os espetadores possam estar presentes em Portimão por valores extra de 20 a 120 euros, isto no caso dos bilhetes comprados apenas para o dia da prova. Em qualquer dos casos, este “upgrade” está limitado aos primeiros que o solicitarem.

Estas são as seis opções apresentadas pelo AIA:

  • Devolução na íntegra do valor do bilhete e do custo dos portes;
  • Alocação de bilhetes para uma nova extensão da bancada Sul (PVP: 190 euros), com um pagamento adicional de apenas mais 20 euros face ao valor que já pagou, limitada às primeiras 400 confirmações;
  • Alocação de bilhetes para a bancada Norte (PVP: 310 euros), com um pagamento adicional de apenas mais 50 euros face ao valor que já pagou, limitada às primeiras 400 confirmações;
  • Alocação de bilhetes para a bancada Oeste (PVP: 325 euros), com um pagamento adicional de apenas mais 60 euros face ao valor que já pagou, limitada às primeiras 400 confirmações;
  • Alocação de bilhetes para a bancada Principal Inferior (PVP: 390 euros), com um pagamento adicional de apenas mais 80 euros face ao valor que já pagou, limitada às primeiras 400 confirmações;
  • Alocação de bilhetes para a bancada Principal superior (PVP: 585 euros), com um pagamento adicional de apenas mais 120 euros face ao valor que já pagou, limitada às primeiras 400 confirmações.

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Quedas de 1% da energia e do BCP arrastam Lisboa para o vermelho

O PSI-20 destacou-se pela negativa numa sessão em que os pares europeus se dividiram entre ganhos e perdas numa altura em que a pandemia não dá tréguas no Velho Continente.

A bolsa nacional encerrou em queda pela segunda sessão consecutiva, destacando-se com o pior registo na Europa. O vermelho imperou entre a maioria dos títulos do PSI-20, mas o índice bolsista nacional cedeu sobretudo à pressão dos títulos da energia — EDP e Galp Energia — e do BCP que deslizaram mais de 1%.

O PSI-20 desvalorizou 1,02% para os 4.171,15 pontos, com apenas duas cotadas a escapar às quedas. Tratou-se do pior registo a nível europeu, que superou a queda de 0,8% do DAX alemão e de 0,3% do Stoxx 600, índice que agrega as principais capitalizações bolsistas do Velho Continente. Pela positiva destaque para o ganho de 1,1% tanto do CAC francês como do IBEX espanhol. Já o britânico FTSE somou 0,3%.

O sentimento dos investidores europeus acusa por um lado o crescendo no número de novos contágios pelo novo coronavírus que está a levar vários países da Europa a assumirem medidas de contenção mais duras. Por outro lado, os investidores revelam alguma confiança relativamente a um desfecho positivo nas negociações com vista a um novo pacote de ajuda económica nos EUA.

Em Lisboa, foram sobretudo as cotadas do setor da energia, mas também o BCP que mais pesaram no rumo negativo do PSI-20. As ações da EDP recuaram 1,17%, para os 3,032 euros, enquanto as da participada EDP Renováveis cedeu 0,24%, para os 10,7 euros. Por sua vez, as ações da Galp Energia perderam 1,08%, para os 8,092 euros.

Para o único banco cotado na bolsa nacional — o BCP — a sessão foi selada com uma queda de 1,03%, para os 7,7 cêntimos por ações. Mais dilatadas foram as desvalorizações das papeleiras Altri e Navigator, que registaram quedas de 3,2% e 2,71%, respetivamente, para os 3,628 e 2,08 euros. Já os CTT recuaram 3,03%, para os 2,4 euros.

A impedir perdas maiores, estiveram a Jerónimo Martins e a Mota-Engil. Os títulos da retalhista avançaram 0,51%, para os 14,66 euros, enquanto os da construtora avançaram 2,54%, para os 1,132 euros.

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