ByteDance prepara entrada da TikTok na bolsa norte-americana

TikTok Global poderá ir para Wall Street se Donald Trump aceitar. Investidores americanos, incluindo a Oracle e a Walmart, ficarão com maioria do capital da nova companhia.

A chinesa ByteDance está a preparar a entrada em bolsa da TikTok Global, a nova companhia que irá operar a popular rede social de vídeos, se a proposta tiver “luz verde” da Casa Branca, avança a agência Reuters citando duas fontes próximas do assunto.

A ByteDance pretende obter um acordo com a Administração Trump para evitar a proibição do TikTok nos EUA, uma ameaça que o presidente americano disse poder concretizar-se na próxima semana.

Trump tinha ordenado à ByteDance para vender as operações do TikTok nos EUA ou abandonar o país, devido às preocupações em relação aos dados pessoais de mais de 100 milhões de americanos que são utilizadores da aplicação e que poderão ser transferidos para o governo chinês. Esta quarta-feira, o Trump voltou a manifestar a sua oposição à permanência da ByteDance como principal proprietário da TikTok.

Entretanto, a Casa Branca e a ByteDance chegaram a um compromisso em torno de alguns aspetos do negócio, embora Trump ainda não tenha aprovado. Investidores e empresas americanas, incluindo a Oracle, deverão passar a deter pelo menos 60% das operações da TikTok nos EUA, disse uma fonte.

Com o IPO em Wall Street, a nova TikTok Global terá uma maioria de diretores americanos, um CEO americano e um expert em segurança no conselho de administração. A Oracle poderá deter 20% da companhia e a retalhista Walmart também poderá deter uma participação e assento na administração.

A entrada em bolsa, a acontecer, só deverá concretizar-se dentro de um ano.

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Novo rombo nas tecnológicas arrasta Wall Street para perdas

Apple e Amazon perderam mais de 1% e arrastaram as bolsas americanas para terreno negativo. Analistas falam em correção racional no setor tecnológico perante tomada de mais-valias.

Wall Street fechou a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, pressionado por novo deslize no setor tecnológico e pelos dados desfavoráveis do mercado de trabalho.

A Apple e a Amazon caíram 1,60% e 2,25% e foram as tecnológicas que mais pressionaram o S&P 500 e o Nasdaq, que entraram em território de correção este mês. Os dois índices caíram esta quinta-feira 0,84% e 1,27%, respetivamente. O industrial Dow Jones também cedeu 0,47%.

Desde os mínimos de março, “tem sido uma recuperação extraordinária protagonizada por grandes tecnológicas”, disse Jake Dollarhide, da Longbow Asset, citado pela Reuters. “As grandes tecnológicas tiveram uma última semana de agosto incrível, e penso que estamos perante um cenário de tomada de mais-valias racional“, acrescentou.

No plano macroeconómico, as notícias também não ajudaram a criar um sentimento positivo. Depois de a Reserva Federal norte-americana ter sublinhado o longo caminho para recuperar os níveis de “pleno emprego”, o Departamento do Trabalho revelou que que 860 mil americanos pediram subsídio de desemprego na semana que terminou a 12 de setembro, ligeiramente abaixo dos 893 mil pedidos da semana anterior, mas acima do esperado pelos analistas (850 mil pedidos iniciais).

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Gallagher acusa Alliant de aliciar empregados e roubar-lhe clientes

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2020

Numa ação judicial movida nos EUA, a queixosa alega que a Alliant anda a “caçar” empregados de numerosos corretores rivais ao longo dos últimos anos e que a Gallagher é o novo alvo do esquema ilegal.

A Arthur J. Gallagher & Co (AJG) acaba de mover uma ação judicial contra a Alliant Insurance Services e a private equity Stone Point (acionista maioritária da Alliant) num processo de envergadura e impacto reputacional, alegando que a visada abordou quase 40 funcionários da Gallagher, conseguindo desviar mais de 80 dos seus clientes num esquema de aliciamento ilegal que, segundo a queixosa, decorre há meses.

No processo apresentado num tribunal do Delaware (EUA), é alegado que a Alliant embarcou numa campanha, iniciada em dezembro de 2019, para atrair alguns dos principais profissionais da Gallagher e seus colegas animando-os a romper vínculo de exclusividade para se juntarem à Newport Beach, outra corretora sediada na Califórnia, aliciando-os com incentivos financeiros para trazerem com eles clientes pertencentes à carteira Gallagher.

A queixa junto do tribunal de Delaware surge um mês depois de a AJG ter iniciado outro processo contra a Alliant, no tribunal federal da Califórnia, por causa de movimentações ilícitas envolvendo um grupo de 10 ex-funcionários referenciados também na nova ação judicial.

A Gallagher acusa a Alliant de andar a “caçar” empregados de numerosos corretores rivais ao longo dos últimos anos e que a Gallagher é o seu último alvo.

O esquema de “caça furtiva” de profissionais de companhias concorrentes, em particular os da AJG, começou depois de a Gallagher ter rejeitado propostas da Alliant para aquisição de carteira de negócios da queixosa, fundamenta a vítima de alegado desvio ilegal de recursos.

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Tony Carreira fica com participação de 1% na dona da TVI

 António Manuel Mateus Antunes, mais conhecido no mundo do espectáculo por Tony Carreira, junta-se a Pedro Abrunhosa e Cristina Ferreira entre os novos donos da Media Capital.

Há mais um cantor entre os novos donos da TVI. Depois de Pedro Abrunhosa, agora foi a vez de Tony Carreira comunicar ao mercado que ficou com uma participação indireta de 1% na Media Capital.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Biz Partners informa que fechou no início do mês um contrato de compra e venda relativo a uma participação de 11,9725% da Media Capital.

Entre os acionistas da Biz Partners está António Manuel Mateus Antunes, mais conhecido no mundo do espetáculo por Tony Carreira. Através da sociedade Regimidia, Unipessoal, Tony Carreira detém diretamente 8,35% do capital Biz Partners, o que corresponde a uma participação indireta de 1% na dona da TVI.

O maior acionista da Biz Partners é Manuel João Preto, detendo, através da sua Tensai, 25,056% da sociedade, o equivalente a 3% da Media Capital. Seguem-se a IBG, a Hiper GO e Castro Group, cada uma destas sociedades detendo 16,706% da Biz Partners ou, por via indireta, 2% da empresa de media que detém ainda a Rádio Comercial.

Há mais dois acionistas da Biz Partners: a Pelican Score e a Palpitevalor, com 8,352% e 8,122% da sociedade. Corresponde, indiretamente, a 1% e 0,972% da Media Capital, respetivamente.

A Media Capital passou a ter novos donos recentemente, com a entrada, entre outros, de Mário Ferreira e da apresentadora Cristina Ferreira no capital.

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Insurance Europe apoia princípio da ética voluntária na adopção de IA

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2020

Regulação “horizontal, proporcional, baseada em princípios e riscos”, sem carga regulamentar desnecessária, ajudará ao desenvolvimento e adopção de Inteligência Artificial na indústria de seguros.

A Insurance Europe (IE), federação europeia de associações nacionais de seguros, acaba de assumir posição no âmbito de consulta da Comissão Europeia (CE) sobre “Requisitos Éticos e Legais para uma inteligência artificial (IA) de confiança na UE.” A IE sugere que, prevenindo excesso de carga regulatória, deve ser dado espaço a algum voluntarismo no campo da ética.

As seguradoras já estão a utilizar a IA para melhorar o serviço ao cliente, aumentar a eficiência, fornecer uma maior perceção das necessidades dos clientes e prevenir transações fraudulentas. Os clientes estão a abraçar a inovação em seguros, uma vez que ela responde às suas necessidades e torna as suas interaccões com as seguradoras mais convenientes, contextualiza o organismo europeu de interesse setorial em comunicado.

O quadro de regulação sobre a utilização de Inteligência Artificial (IA) existente na União Europeia já é “suficientemente vasto”, nomeadamente em relação aos direitos fundamentais, privacidade e proteção de dados, bem como nas vertentes de segurança e responsabilidade de produto,” assume a IE, acrescentando ainda que a legislação comunitária (diretivas e regulamentos) também é complementada por quadros regulamentares nacionais e setoriais.

No position paper que responde à consulta promovida por Bruxelas, a Insurance Europe diz acreditar que a opção da CE – baseada numa abordagem regulatória leve (soft law, non legislative approach) – “de facilitar e estimular a intervenção liderada pela indústria seria, portanto, a opção preferível e mais relevante.”

A entidade recorda que as certificações voluntárias têm-se revelado tradicionalmente “um meio eficaz de assegurar padrões elevados e transparentes (por exemplo, na área da segurança das TI)”. Da mesma forma, para promover a adoção da IA e evitar que tecnologias inovadoras sejam asfixiadas por regulamentação prematura, a utilização ética da IA deve, portanto, ser “o mais possível” apoiada por, e reforçada através de, “instrumentos voluntários e/ou não legislativos,” limitando-se a produção de nova regulação apenas ao necessário, para enquadrar risco elevado de aplicações concretas de IA.

Assim, um quadro (regulatório) “horizontal, proporcional, baseado em princípios e riscos”, resolvendo potenciais lacunas sempre que necessário, “ajudará a apoiar o desenvolvimento e a adoção de Inteligência Artificial “e evitar qualquer carga regulamentar desnecessária,” lê-se no formulário de resposta à consulta pública europeia.

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Fusão entre CaixaBank e Bankia está aprovada. É o novo gigante da banca em Espanha

  • Lusa
  • 17 Setembro 2020

Fusão entre as duas instituições permite criar o maior banco em termos de ativos em Espanha, à frente do Santander ou do BBVA.

Os conselhos de administração dos espanhóis CaixaBank e Bankia deram “luz verde” à fusão entre as duas instituições para criar o maior banco em Espanha que terá ativos de mais de 650 mil milhões de euros.

De acordo com fontes financeiras, assim como estava previsto, os conselhos de administração, reunidos esta tarde, aprovaram o início do processo de fusão entre o terceiro e o quarto maiores bancos espanhóis, criando uma entidade que se deve chamar CaixaBank e deverá manter a sua sede em Valência.

A decisão vai alterar o panorama bancário espanhol, dando origem a um gigante financeiro.

A fusão permite criar o maior banco em termos de ativos em Espanha, à frente do Santander ou do BBVA, que têm uma importante percentagem do seu negócio a nível internacional.

O CaixaBank, que a nível internacional é dono do português BPI, é o terceiro maior banco em Espanha, se forem contabilizados os ativos que o Santander e o BBVA têm fora do país, enquanto o Bankia é a quarta maior entidade bancária, conhecido por ser o maior credor hipotecário espanhol.

A fusão entre os dois vai dar origem a um grupo financeiro com ativos de mais de 650 mil milhões de euros, segundo os analistas.

Os acionistas do CaixaBank devem passar a deter cerca de 75% da nova entidade e os do Bankia os restantes 25%, de acordo com relatos da imprensa.

Por outro lado, o maior acionista da Bankia, o Estado, com quase 62%, deverá ficar com uma quota de 14% do novo grupo.

Em 2012, o Estado salvou a Bankia da falência ao injetar 22 mil milhões de euros, mais de metade dos fundos europeus concedidos a Espanha para evitar o colapso do setor bancário devastado pelo “rebentamento” de uma bolha imobiliária durante a crise financeira global.

Esta fusão surge num contexto económico muito negativo para Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia de Covid-19, cujo Produto Interno Bruto sofreu um colapso de 18,5% no segundo trimestre deste ano.

A decisão anunciada deixa antever outros passos no sentido da consolidação do setor financeiro na Europa, como é defendido pelo Banco Central Europeu.

Os bancos na Europa estão a passar por uma crise, com baixas taxas de juro que diminuem significativamente a sua margem de benefício dos empréstimos, uma acentuada recessão económica e incerteza sobre o futuro, devido à pandemia do novo coronavírus e à saída do Reino Unido da União Europeia.

O Governo espanhol já se congratulou com a fusão, afirmando que o setor precisa de se consolidar, apesar de ser esperada a perda de postos de trabalho entre os mais de 50.000 empregados dos dois bancos.

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Tribunal da Relação de Lisboa vai decidir divulgação do relatório sobre atuação de Carlos Costa no BES

Banco de Portugal diz estar à espera de decisão do Tribunal da Relação de Lisboa para saber se divulga ou não o relatório "secreto" sobre a atuação do ex-governador Carlos Costa na queda do BES.

Será o Tribunal da Relação de Lisboa a decidir se o Banco de Portugal pode divulgar o relatório “secreto” sobre a atuação do ex-governador Carlos Costa na resolução do BES, esclareceu esta quinta-feira o supervisor.

O Banco de Portugal diz ter sido notificado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa que confirma que o “Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e atuação do Banco de Portugal na Supervisão do BES está sujeito ao dever de sigilo bancário a que está legalmente vinculado” o supervisor.

O despacho deste tribunal determina ainda que “o eventual levantamento do dever de segredo, que permitirá a divulgação deste documento, deverá ser ordenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa”.

O Banco de Portugal, agora liderado por Mário Centeno, diz que, se assim for determinado judicialmente, entregará o documento no Tribunal do Comércio de Lisboa, onde decorre o processo de insolvência do BES e no âmbito do qual o relatório foi solicitado.

Em causa está o chamado relatório Costa Pinto, que avaliou a atuação de Carlos Costa e do Banco de Portugal em relação ao BES, que foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014. Este documento é pedido pelo Bloco de Esquerda.

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Prémio João Vasconcelos tem 10 finalistas na 2.ª edição

Prémio que homenageia o primeiro diretor executivo da Startup Lisboa distingue o empreendedor do ano desde 2019. Segunda edição conta com 10 finalistas.

São 10 os finalistas do Prémio João Vasconcelos, criado pela Startup Lisboa em homenagem ao seu antigo diretor executivo, que distingue o empreendedor do ano.

A incubadora anunciou esta tarde os 10 finalistas ao prémio que, na sua primeira edição, em 2019, distinguiu Daniela Braga, fundadora e CEO da DefinedCrowd.

Na segunda edição, o prémio será atribuído a um dos 10 empreendedores finalistas. André Jordão (Barkyn), António Trincão (Youcanevent), a dupla Fabiana Clemente e Gonçalo Martins Ribeiro (YData), Hélder Silva (Newton.ai), Hugo Venâncio (REATIA), Marcelo Lebre (Remote), Nuno Brito Jorge (GoParity), Nuno Fonseca (Sound Particles), Ricardo Costa (LOQR) e Sebastião Queiroz e Mello (The Code Venture Group) são os candidatos que farão o pitch na final do prémio. Pode conhecer melhor os empreendedores finalistas aqui.

O vencedor da segunda edição do Prémio João Vasconcelos – Empreendedor do ano é conhecido a 25 de setembro, data em que João Vasconcelos comemorava o seu aniversário.

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João Ferreira candidato de Abril e não a “percentagens eleitorais”

  • Lusa
  • 17 Setembro 2020

"Sou candidato a Presidente da República, não sou candidato a percentagens eleitorais”, disse João Ferreira, na apresentação da sua candidatura a Belém.

O eurodeputado João Ferreira apresentou, esta quinta-feira, a sua candidatura a Presidente da República pelo PCP em nome dos “valores de Abril” como um “espaço de convergência” e recusou fixar metas ou percentagens para as eleições.

“Sou candidato a Presidente da República, não sou candidato a percentagens eleitorais”, afirmou o deputado ao Parlamento Europeu que o PCP apresentou e apoia às presidenciais de 2021, questionado pelos jornalistas sobre qual a meta a atingir ou se consideraria uma derrota ficar atrás de André Ventura, o pré-candidato mais à direita.

João Ferreira, que é também vereador da Câmara de Lisboa, eleito pela CDU, afirmou-se como um candidato “da convergência”, contra a resignação e o medo.

A apresentação da candidatura comunista aconteceu na Voz do Operário, em Lisboa, perante cerca de duas centenas de simpatizantes, militantes e dirigentes, entre eles dois ex-candidatos presidenciais que chegaram à liderança do partido, Carlos Carvalhas e Jerónimo de Sousa, o atual secretário-geral.

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Banco de Portugal aplica nova coima a Salgado no valor de 4 milhões no caso Eurofin

  • ECO
  • 17 Setembro 2020

Ricardo Salgado foi alvo de nova coima no valor de 4 milhões de euros no processo da Eurofin e às operações que lesaram o BES. Amílcar Morais Pires e José Manuel Espírito Santo também foram visados.

O Banco de Portugal voltou a condenar Ricardo Salgado e outros ex-gestores, desta vez no processo ligado à Eurofin e às operações que lesaram o BES. O ex-presidente do banco foi alvo de uma coima de 4 milhões de euros.

A condenação de Salgado é explicada pelo supervisor, segundo o Expresso (acesso livre), por, entre outros, a “prática de atos de gestão ruinosa praticados em detrimento de depositantes, investidores e demais credores”, violação das regras de prevenção de conflitos de interesse e ainda desobediência a determinações do supervisor.

Além do ex-banqueiro, há mais duas condenações no âmbito do processo Eurofin, numa decisão tomada pelo conselho de administração do Banco de Portugal a 8 de setembro de 2020. O supervisor aplicou uma coima de 3,5 milhões ao ex-administrador financeiro do banco Amílcar Morais Pires e outra coima de 1,25 milhões a José Manuel Espírito Santo.

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Munich Re pondera rejeitar cobertura de pandemia em linhas comerciais

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2020

A resseguradora pondera retirar cobertura de pandemia em novos contratos de seguro e resseguro de linhas comerciais, ou P&C. Francesa FFA quer solução público-privada para pandemia.

A Munich Re, cujo balanço intercalar apresentou elevado montante de perdas associadas a contratos que confirmaram risco de exposição à Covid-19 (como cancelamento de eventos e, em menor medida, interrupção de negócios), pondera agora deixar de oferecer cobertura de resseguro em determinadas linhas comerciais, nomeadamente propriedade e danos (P&C), suscetíveis de apresentar perdas relacionadas com a pandemia.

Segundo a Bloomberg, que entrevistou Torsten Jeworrek, responsável do departamento de resseguro da Münchener Rück, a companhia está a avaliar se, no futuro, nos novos contratos, inclui (ou não) proteção contra pandemias no seguro de propriedade e de acidentes.

Depois da forte quebra nos resultados do primeiro trimestre, as contas do período abril a junho já mostraram efeito (da pandemia) menos acentuado do que a média do mercado, reforçadas também pelo desempenho da ERGO (subsidiária de seguro) que ajudou a compor o resultado líquido do 2º trimestre.

Supostamente, notam fontes na imprensa, a Munich Re continuará a cobrir o risco de pandemia nos contratos de vida e de saúde. Na entrevista, Jeworrek mostrou-se cauteloso, escusando adiantar estimativa de potenciais perdas na segunda metade do ano, dada a incerteza sobre o que irá acontecer no outono. “Poderíamos deparar-nos novamente com um momento crítico, por exemplo, se houver novos encerramentos e confinamento”, justificou.

No comunicado que reportou os números do primeiro trimestre de 2020, a companhia adiantou que a estimativa de perdas associadas à pandemia para o conjunto do ano rondaria 1000 milhões de euros. Em comunicação mais recente (7 de setembro), a Munich Re refere que, desde 30 de junho, o nível de perdas ligadas à pandemia abrandou face aos montantes quantificados na primeira metade do exercício.


Indústria insiste na criação de solução público-privada

Nessa comunicação virtual (“RE|Think complexity – Be better prepared fo systemic risks”) para a cimeira de Monte Carlo (Mónaco), este ano remediada com contribuições online de diversos players (evento presencial foi cancelado por causa de pandemia), Jeworrek, também membro do conselho de administração da Munich Re, salientou: “A pandemia do coronavírus tem de ser uma lição para todos nós: Temos de tomar medidas mais rápidas e vigorosas para garantir que não estamos tão impreparados como estávamos com a COVID-19 para riscos tais como ciberataques ou alterações climáticas”.

Reiterando ideia que parece consolidar-se na indústria, Torsten Jeworrek acrescentou: “É possível uma melhor salvaguarda contra as consequências financeiras de tais riscos para o benefício da humanidade. Tem de ficar claro que riscos sistémicos como pandemias também exigem contramedidas sistémicas – por exemplo, a criação de pools de risco apoiados pelo Estado para tornar os riscos não seguráveis suportáveis”.

No mesmo sentido, Florence Lustmam, presidente da federação francesa de seguros (FFA), em artigo institucional sob o título “Um dever de transparência”, afirma que as resseguradoras excluíram dos seus contratos a cobertura da pandemia. Sem a possibilidade de transferir riscos desta amplitude, as seguradoras “sozinhas” são incapazes de suportar o fardo e não têm soluções para acudir às empresas vítimas deste tipo de catástrofes.

“As seguradoras estão prontas para assumir a sua parte (…), a proteção financeira contra estes macro danos não pode ser assegurada senão através de uma parceria público-privada.”, lê-se na tribuna.

Desde a emergência da crise sanitária, o setor tem reafirmado que a pandemia é “insegurável,” em particular pelos custos que a indústria teria de enfrentar – até ao esgotamento dos recursos das seguradoras – para indemnizar, por exemplo, a interrupção de negócios. Por isso, recorda ainda Lustman, a FFA dirigiu (em junho) ao Governo francês propostas para construir (em conjunto) um mecanismo de proteção contra catástrofes excecionais.

 

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Tech é o caminho do cluster do calçado, mas são poucas as empresas que têm loja online

Apenas 18% das empresas portuguesas de calçado têm loja online. O setor está certo que o caminho é digital, mas ainda existem alguns desafios.

A pandemia de coronavírus veio alterar os hábitos de consumo. O setor do calçado está certo, por isso, que o futuro será digital, mas existam vários desafios pelo caminho. De acordo com a Associação Portuguesa de Calçado Componentes Artigos Pele Sucedâneos (Apicapps), apenas 18% das empresas portuguesas têm loja online.

“Das 400 empresas associadas, conseguimos identificar 277 empresas que têm sites corporativos. Dessas empresas, 73 têm lojas online e 60 estão presentes em marketplaces nacionais e internacionais. Como é óbvio, não são números que nos deixam confortáveis”, destacou João Maia, diretor geral da associação do calçado.

O diretor geral da Apicapps está certo que o futuro passa pela transição digital e que a estratégia assenta nos marketplaces, apesar de estar consciente que ainda existe um longo caminho a percorrer. “Os números mostram que temos muito que investir no futuro, muito que melhorar e muito caminho a percorrer para pôr as nossas marcas nos mercados internacionais“, afirmou João Maia, na conferência “Transição Digital na Indústria da Moda”, que decorreu esta quinta-feira, no Porto.

A Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) corroborou a ideia da associação portuguesa de calçado e defendeu que “o caminho é digital”. Apesar disso, a secretária geral da AORP, Fátima Santos, lembrou que 91% dos inquiridos num estudo não domina as ferramentas de tecnologia, ainda que 84% esteja consciente que a criação de canais digitais facilitaria a venda internacional.

A secretária geral da AORP destacou que, “nos últimos três anos, o registo de marcas com licença para comércio eletrónico aumentou exponencialmente, representando um somatório de mais de 600 empresas a pedir licenças no digital”. “Isto é prova que as empresas perceberam que este é o caminho”, afirmou a responsável. Na Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, estão associadas cerca de quatro mil empresas, sendo que o e-commerce representa 15% desta fatia.

Portugal é o terceiro país da Europa que mais cresce em registos de domínio nacional

A pandemia da Covid-19 veio acelerar todo o processo da transição digital e o secretário de Estado para a transição digital, André de Aragão Azevedo, lembrou que, no primeiro semestre do ano, contabilizaram-se quase 50 mil novos registos no domínio .pt, mais 10.423 que no primeiro semestre de 2019. Tal corresponde a um aumento de 26,35%. “Abril foi o mês que registou o maior crescimento (67%) face ao período homólogo. As empresas perceberam a urgência de uma adaptação e de uma presença digital num curto prazo”, refereu.

O secretário de Estado para a transição digital recordou ainda que Portugal é o terceiro país da Europa que mais cresce em registos de domínio nacional. “O domínio .pt é indutor de confiança entre os consumidores, cria uma aproximação à marca portugalidade”, explicou.

André de Aragão Azevedo acrescentou também que, dos novos domínios nacionais, mais de 50% são de empresas e serviços do setor da restauração, serviços domésticos, ginásios e projetos de solidariedade social. “Ficar fora desta corrida é condenar o futuro mais próximo“, concluiu o secretário de Estado para a transição digital.

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