EDP quer 850 milhões de dólares através das green bonds
Elétrica portuguesa está no mercado para obter 850 milhões num financiamento através de green bonds, a primeira operação a ser realizada em dólares pela EDP.
A EDP quer obter 850 milhões de dólares através de green bonds. A operação está no mercado e a atrair o apetite dos investidores, o que está a permitir que os juros da emissão de dívida “verde” encolham.
Depois de ter contratado o Barclays, o BBVA, o Citigroup, o Commerzbank, o Credit Agricole, o Deutsche Bank, o HSBC, o ING, o Mizuho e o MUFG, a Reuters revela que a operação está a decorrer. E que o montante que a empresa pretende captar ascende a 850 milhões.
A Reuters aponta ainda para um prémio de 125 pontos base acima da taxa de referência para o prazo da emissão, de sete anos. Esse prémio foi já superior, mas com o interesse que a emissão está a gerar, o “spread” está a encolher.
Esta operação, que deverá ficar fechada em breve, é mais uma entre as várias que a empresa liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade tem vindo a realizar com recurso a green bonds.
A elétrica é mesmo o emitente português mais ativo no segmento de dívida verde e tem usado o encaixe para financiar o investimento em projetos renováveis. Desde 2018, quando se tornou a primeira cotada no país a entrar neste mercado, a EDP já fez cinco colocações de green bonds.
O total de obrigações verdes emitidas pela EDP situa-se em 3,7 mil milhões de euros, dos quais 1.750 milhões de emissões de dívida subordinada (híbrida) e 1.950 milhões de dívida sénior. Este montante representa 27% do total de dívida que a elétrica tem: 13,8 mil milhões.
A última emissão aconteceu em abril, quando a EDP colocou 750 milhões de euros em green bonds. Na altura, pagou uma taxa de juro de 1,72%, mas este valor não é comparável com a operação que está a ser preparada já que todas as emissões anteriores foram realizadas em euros.
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