Wall Street bate recordes e ouro volta a superar 2.000 dólares

S&P 500 e Nasdaq voltam a fazer história, atingindo máximos de sempre. Também o ouro valoriza e volta a superar a marca dos 2.000 dólares.

Wall Street abriu a sessão em força, com dois dos principais índices a baterem recordes. Também o ouro, considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza, está a brilhar: voltou a superar a fasquia dos 2.000 dólares por onça.

O bom desempenho dos mercados bolsistas do outro lado de Atlântico surgem numa semana em que as maiores retalhistas do país apresentam as contas do último trimestre. Embora tenha apresentado vendas acima das expectativas, as ações da Home Depot deslizam 0,85%. Também a retalhista Walmart reportou vendas online recorde e as ações estão a avançam 0,58% para 136,38 dólares. A Lowe’s e a Target, que também apresentam os resultados esta semana, seguem tendências divergentes: a primeira sobe 0,03%, a segunda cai 0,87%.

Os resultados das retalhistas são aguardados com enorme expectativa pelos investidores, na medida em que dão pistas avançadas sobre o estado da economia, que sofreu um forte impacto com a pandemia e ainda não deu sinais de recuperação. Para esta semana aguarda-se ainda as atas da última reunião da Reserva Federal, que também poderá trazer informação sobre como o banco central norte-americano avalia a situação económica.

É neste cenário que o S&P 50 avança 0,34% para 3.394.99 pontos, superando a anterior marca histórica atingida antes da pandemia (3.393.52 pontos a 19 de fevereiro). Também o tecnológico Nasdaq volta a apresentar-se em boa forma, registando uma subida de 0,37% para um novo máximo intradiário nos 11.170,75 pontos. O industrial Dow Jones soma 0,12%.

Em relação ao ouro, o metal precioso costuma apresentar maiores valorizações em tempos de incerteza e quando os investidores “fogem” das ações, o que não é o caso na sessão desta terça-feira. Ainda assim, a onça valoriza mais de 1% para 2.007,8 dólares.

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Mais cinco mortes e 214 novos casos de Covid-19, a maioria na região de Lisboa

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

Aumentou para 54.448 o número de casos de infetados com coronavírus no país. Até ao momento, registam-se 1.784 mortes e 39.936 pessoas recuperadas da doença.

Foram confirmados 214 novos casos de coronavírus em Portugal, elevando para 54.448 o número total de pessoas infetadas com a doença. Nas últimas 24 horas morreram cinco pessoas. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 59,8% do total.

Entre os casos de infeção, são atualmente 12.728 aqueles que se encontram ativos, mais 73 do que o dia anterior. Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.784 pessoas. Já quanto ao número de recuperados, situa-se nos 39.936 (mais 136 nas últimas 24 horas).

Tal como se tem observado nos últimos dias, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 214 novos casos registados nas últimas 24 horas, 128 foram nesta região: 59,8% do total do país.

Boletim epidemiológico de 18 de agosto

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 336 pessoas estão internadas, das quais 38 nos cuidados intensivos (menos uma face a ontem). Há mais de 35 mil contactos sob vigilância das autoridades de saúde.

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (28.125 casos de infeção e 637 mortes), à frente do Norte (19.572 casos e 840 mortes), do Centro (4.603 casos e 253 mortes), do Algarve (983 casos e 17 mortes) e do Alentejo (844 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 187 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 134 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 15h00)

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França obriga a uso de máscara em espaços fechados das empresas

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

O Governo francês determinou que, até ao fim de agosto, é obrigatório usar máscara em espaços fechados e partilhados nas empresas, tais como salas de reuniões, corredores ou ‘open spaces’.

O uso da máscara de proteção contra infeções por covid-19 vai ser obrigatório até ao final de agosto em “todos os espaços fechados e partilhados” das empresas em França, disse esta terça-feira a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne.

“É necessário sistematizar, conforme preconiza o Conselho Superior de Saúde Pública, o uso de máscaras em todos os espaços de trabalho que sejam fechados e partilhados” por várias pessoas, tais como “salas de reuniões, corredores, vestiários ou ‘open spaces’”, sublinhou a ministra, após uma reunião com os parceiros sociais.

A medida foi decidida devido ao risco de disseminação da covid-19 através dos aerossóis (gotículas finas suspensas no ar), sendo que, até agora, o uso da máscara no trabalho era apenas recomendado quando era tecnicamente impossível cumprir o distanciamento de um metro entre cada pessoa.

O custo deste “equipamento de segurança pessoal”, cirúrgico ou de tecido, será suportado pelo empregador, acrescentou a ministra.

Outras medidas deverão ser definidas para os trabalhadores sazonais e as empresas que trabalham com frigoríficos, que se revelaram fontes de contaminação, disse o sindicalista Yvan Ricordeau, da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, também presente na reunião.

O sindicalista admitiu ter ficado satisfeito com a obrigação de uso generalizado de máscara nas empresas. “Para manter a produção, devem ser fornecidos elementos de segurança aos funcionários”, afirmou.

Esta medida ficará registada “nos próximos dias” num “protocolo nacional para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores durante o período da covid-19”, referiu a ministra, admitindo que poderá haver “isenções” para algumas empresas em função do desenvolvimento da crise sanitária, do tipo de instalações comerciais e do conselho das autoridades de saúde.

No que se refere ao teletrabalho, Elisabeth Borne assegurou que as regras irão manter-se.

“O teletrabalho deve ser recomendado nas zonas onde o vírus circula ativamente”, afirmou, instando os parceiros a acelerar negociações para que seja possível trabalhar remotamente onde for necessário com a maior rapidez possível.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

França é o terceiro país da Europa com número de vítimas mortais, contabilizando 30.429 mortos em cerca de 331 mil casos, atrás apenas do Reino Unido (41.369 mortos, mais de 319 mil casos) e da Itália (35.400 mortos, mais de 254 mil casos).

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Bruxelas aprova ajuda de 133 milhões de euros à SATA

A Comissão Europeia deu "luz verde" ao apoio estatal de 133 milhões de euros de Portugal à SATA, um valor inferior ao pedido pela empresa. Abre investigação a outras medidas.

A Comissão Europeia aprovou a ajuda estatal de 133 milhões de euros de Portugal à SATA. O montante aprovado é inferior aos 163 milhões de euros que foram pedidos pela empresa, mas corresponde à estimativa feita pelas “autoridades portuguesas” das necessidades de capital da companhia aérea nos próximos seis meses, ou seja, até ao “final de janeiro de 2021”.

“A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo das regras europeias das ajudas de Estado, 133 milhões de euros em apoio à liquidez à SATA. A ajuda vai permitir à empresa cumprir as suas obrigações de serviço público, fornecer serviços essenciais e assegurar a conectividade da região ultraperiférica dos Açores”, informa Bruxelas em comunicado.

De acordo com a Comissão, “a SATA tem enfrentado dificuldades financeiras mesmo antes do surto de coronavírus”. “Pelo menos desde 2014 que a empresa tem registado prejuízos operacionais e tem reportado capitais negativos nos últimos anos, o que é agravado pelos efeitos” da pandemia, explica na referida nota. “A empresa está a enfrentar atualmente necessidades urgentes de liquidez”, sublinha.

Assim, a injeção de 133 milhões de euros de Portugal à SATA foi desbloqueada ao abrigo das recomendações de 2014 sobre as ajudas estatais para o resgate e reestruturação, e não da flexibilização temporária das regras na sequência da pandemia. Segundo a Comissão, “as autoridades portuguesas estimaram as necessidades de liquidez da SATA para os próximos seis meses em relação às obrigações de serviço público e aos serviços essenciais em cerca de 133 milhões”. Olhando para o processo, Bruxelas concluiu que “esta ajuda é necessária para a empresa continuar a providenciar estes serviços”.

Comissão abre investigação a outras ajudas de Portugal à SATA

Em simultâneo, Bruxelas informa que “abriu uma investigação” para apurar se Portugal respeitou as regras europeias em “certas medidas públicas de suporte” à companhia aérea dos Açores.

“A partir de 2017, a Região Autónoma dos Açores, que detém a totalidade da SATA, aprovou três aumentos de capital para resolver parcialmente os défices de capital da empresa. A maioria dos montantes aparentam já terem sido pagos. As autoridades portuguesas argumentam que os aumentos de capital em questão não constituem ajudas de Estado ao abrigo das regras europeias tendo em conta que os Açores, enquanto único acionista da SATA, agiram como um investidor privado em condições de mercado”, justifica a Comissão.

Bruxelas vai agora investigar se estes pagamentos “constituem ajudas de Estado” que deveriam ter sido notificadas à Comissão e, se assim for, se respeitaram as orientações europeias. “A abertura de uma investigação aprofundada dá a Portugal e a outras partes interessadas a oportunidade de submeterem comentários”, reforça.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h19)

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População está longe de alcançar imunidade de grupo, diz OMS

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

O planeta ainda está longe de alcançar a imunidade coletiva ao novo coronavírus que permita que um grande número de pessoas com anticorpos impeça a propagação da doença.

O planeta ainda está longe de alcançar a imunidade coletiva ao novo coronavírus que permita que um grande número de pessoas com anticorpos impeça a propagação da doença Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A imunidade de grupo a um vírus é normalmente alcançada com a vacinação e a maioria dos cientistas estima que pelo menos 70% da população deve ter anticorpos para prevenir um surto. “Não devemos viver na esperança de alcançar a imunidade coletiva”, afirmou o diretor de emergência sanitária da OMS Michael Ryan, na conferência de imprensa desta terça-feira em Genebra.

“Como população global, não estamos nem perto dos níveis de imunidade necessários para impedir a transmissão desta doença. Esta não é uma solução e não é uma solução que devemos procurar”, acrescentou. A maioria dos estudos indicam que apenas cerca de 10% a 20% das pessoas têm anticorpos ao novo coronavírus.

Para Bruce Aylward, conselheiro do diretor-geral da OMS, qualquer campanha de imunização em massa com uma vacina para o coronavírus teria como objetivo cobrir muito mais de 50% da população mundial. “Queremos alcançar uma alta cobertura [de anticorpos] e não nos iludirmos por uma sugestão perigosamente sedutora de que a imunidade de grupo pode ser baixa”, sustentou.

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 774.832 pessoas e infetou mais de 21,9 milhões em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11h00 de hoje, de Lisboa, já morreram pelo menos 774.832 pessoas e há mais de 21.936.820 casos infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 13.623.700 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

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UGT considera “inaceitável” que Governo permita rescisões por mútuo acordo após lay-off

A central sindical considera que é "inaceitável" e "irresponsável" permitir às empresas em lay-off que façam rescisões por mútuo acordo. São despedimentos "encapotados", diz.

A UGT reage com duras críticas à possibilidade de as empresas abrangidas por apoios como o lay-off, que proíbem despedimentos coletivos ou por extinção de posto de trabalho durante os 60 dias seguintes, conseguirem avançar com rescisões por acordo pelos mesmos motivos. Em comunicado, em reação à notícia do Jornal de Negócios desta terça-feira, a central sindical classifica essa hipótese de “inaceitável” e “irresponsável”.

“Esta é uma possibilidade que a UGT considera inaceitável, irresponsável e que, na prática, coloca em causa o emprego de muitos milhares de trabalhadores“, afirma a UGT em comunicado divulgado esta terça-feira em que revela que transmitiu esta posição ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social e ao primeiro-ministro. A central sindical argumenta que esta hipótese, a concretizar-se, “contribuiria para contrariar os objetivos que o Governo sempre afirmou presidirem ao lay-off simplificado”.

Assim, a UGT, “a quem cabe emitir parecer prévio sobre os pedidos realizados”, irá formular uma opinião negativa, com base na resolução que foi aprovada no secretariado nacional a 17 de julho. “Não aceitaremos que empresas que beneficiaram de apoios públicos para a manutenção do emprego venham, após os 60 dias que a lei exige, realizar despedimentos encapotados e ainda esperarem que, caso excedam as quotas de acesso ao subsídio de desemprego nas rescisões por acordo, seja a Segurança Social a pagar mais uma vez”, avisa a central sindicada liderada por Carlos Silva.

Para a UGT “aceitar tal situação colocaria a Segurança Social a financiar, primeiro, a viabilização económica das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, para depois financiar novamente essas empresas para destruir esses mesmos postos de trabalho”. Mais: a central sindical diz que “continuará fiel ao princípio de que não pode ser a Segurança Social a suportar os custos de opções empresariais, salvo quando esteja em causa a preservação de postos de trabalho”.

A possibilidade das empresas em lay-off conseguirem fazer rescisões por mútuo acordo foi confirmada pelo Ministério de Ana Mendes Godinho ao Negócios: “Os acordos pressupõem vontade de ambas as partes, pelo que não se tratam de despedimentos”, explicou fonte oficial, ressalvando que “os trabalhadores têm sempre direito ao subsídio de desemprego”, ainda que haja limites nas chamadas “quotas” das empresas.

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EDP pede 546 milhões de euros em nova ação judicial contra o Estado português

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

O jornal Expresso avança que a ação da elétrica contra o Estado português e contra o instituto que gere a dívida nacional deu entrada esta segunda-feira no Tribunal Administrativo de Lisboa.

A EDP voltou a processar o Estado português, numa ação judicial que deu entrada esta segunda-feira no Tribunal Administrativo de Lisboa. A notícia foi avançada pelo Expresso (acesso livre) esta terça-feira, que explica que a elétrica pede uma indemnização de 546,4 milhões de euros por um alegado erro na avaliação da empresa enquanto esta era ainda pública.

O semanário indica que a razão é o fundo de hidraulicidade. Este é um fundo que, no passado, serviu para amortizar o impacto das secas no sistema elétrico nacional e que já motivou uma outra ação judicial da EDP contra o Estado em dezembro do ano passado. Em causa, está um instrumento chamado “conta de correção de hidraulicidade”, para o qual a EDP terá contribuído desde 1986. O fundo existiu porque os anos mais secos têm um impacto negativo nas barragens, o que faz aumentar o recurso a energia termoelétrica, subindo os preços da energia.

Em 2010 foi tomada a decisão política de extinguir o mecanismo até 2016 e de avaliar o que fazer com o saldo final. A EDP queixa-se de uma sobreavaliação feita pelo Estado que terá prejudicado os novos acionistas que entraram no capital após a reprivatização. A empresa interinamente liderada por Miguel Stilwell d’Andrade pede, por isso, para ser ressarcida em 546.384.057,77 euros no processo que, segundo o Expresso, tem como réus o Estado, o Ministério das Finanças e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

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PSD exige conhecer “todos os relatórios” sobre o lar de Reguengos de Monsaraz

Além de ouvir Ana Mendes Godinho e Marta Temido, o PSD quer que o Governo e a Ordem dos Médicos entreguem "todos os relatórios" sobre o lar de Reguengos de Monsaraz.

O PSD pediu, através das comissões parlamentares da saúde e a do trabalho e segurança social, ao Governo e à Ordem dos Médicos “todos os relatórios” sobre a situação do lar de Reguengos de Monsaraz. Os social-democratas querem que “toda a verdade seja apurada”.

“A par do requerimento para que a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e a Ministra da Saúde sejam ouvidas no Parlamento para ‘ser apurada a atuação dos respetivos Ministérios no que respeita aos estabelecimentos destinados aos cidadãos mais idosos’, o PSD quer conhecer todos os relatórios sobre a situação do lar de Reguengos de Monsaraz“, anuncia o grupo parlamentar em comunicado esta terça-feira.

Esse pedido foi feito ao Governo e à Ordem dos Médicos, através das comissões parlamentares da saúde e a do trabalho e segurança social, “para que os relatórios sejam divulgados e toda a verdade seja apurada”. Na segunda-feira, o partido liderado por Rui Rio tinha entregado um requerimento para que Marta Temido e Ana Mendes Godinho sejam ouvidas no Parlamento.

No requerimento, o PSD considera ser preciso esclarecer “a atuação dos Ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde, nas respetivas áreas de atuação, relativamente aos lares de idosos, bem como dar a conhecer as medidas e ações para este setor, quer a nível de recursos humanos, especialmente em termos de pessoal clínico, quer de financiamento e regras de conduta, neste último caso particularmente em termos de planos de contingência, com vista a minimizar ou evitar o aparecimento de novos surtos de Covid-19 nas referidas instituições”.

Logo no sábado, o deputado do PSD dedicado à área da saúde, Ricardo Baptista Leite, criticou duramente a ministra no Twitter, com o apoio de Rui Rio, ao acusar Mendes Godinho de desvalorizar o problema e de descartar responsabilidades. “Como é possível?! Os mais velhos não podem ser vítimas dos jogos e irresponsabilidade do Governo“, alertou.

Os social-democratas reagiam assim às declarações de Mendes Godinho em entrevista publicada pelo Expresso no sábado onde admitiu que não leu o relatório da Ordem dos Médicos sobre o caso do lar em Reguengos. Entretanto, esta terça-feira, a ministra garantiu já ter lido todos os relatórios sobre o caso em particular. “Logo no dia 12 de julho, pedi à Segurança Social que fizesse uma avaliação e desencadeasse toda uma análise do que se passava em Reguengos. E no dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação, que foi enviado para o Ministério Público”, acrescentou hoje.

Também esta terça-feira, o primeiro-ministro saiu em defesa da Ministra do Trabalho e da Segurança Social, recusando alimentar “polémicas artificiais”. “Tem toda a minha confiança, está a fazer um excelente trabalho”, disse, sobre Ana Mendes Godinho, assinalando que “numa fase de crise como a que estamos a viver, do ponto de vista sanitário, económico e social, com tanta gente a sofrer com receio de perder emprego, pessoas que têm menos procura do que tinham dos serviços que prestam, temos de ter respeito pelos cidadãos e não alimentar polémicas“.

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Costa sobre novas regras dos debates na AR: “Dançamos conforme a pauta da música que nos for traçada”

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

"Se os debates forem diários, lá estaremos diariamente. Se forem anuais, lá estaremos anualmente", disse o primeiro-ministro, reforçando que não comenta os vetos de Marcelo.

O Presidente da República chumbou a redução dos debates parlamentares sobre a Europa com a participação do primeiro-ministro, uma decisão que António Costa disse não querer comentar, mas atirou: “Nessa matéria, dançamos conforme a pauta da música que nos for traçada“. “Se os debates forem diários, lá estaremos diariamente. Se forem anuais, lá estaremos anualmente”, assegurou o chefe do Executivo, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas.

Depois de ter deixado claro que não comenta as decisões de Marcelo Rebelo de Sousa sobre os atos da Assembleia da República, António Costa sublinhou que não compete ao Governo dizer “como é que o Parlamento se organiza” e garantiu que estará disponível para os debates que forem fixados.

Na semana passada, o Presidente da República vetou o decreto da Assembleia da República que reduzia o número de debates sobre a União Europeia no plenário, por considerar que a “solução encontrada não se afigurava feliz”. A alteração tinha sido acertada entre o PS e o PSD e determinava a redução para um terço do valor atual de debates sobre esta matéria.

Além deste diploma, o Parlamento aprovou também o fim dos debates quinzenais, mas esta é uma matéria sobre a qual o Presidente da República não tem poder de veto.

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Crianças portuguesas já podem candidatar-se para ilustrar novo livro de J. K. Rowling

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A partir de hoje, as crianças portugueses podem candidatar-se para verem as suas ilustrações incluídas no novo livro de J. K. Rowling, que sai em Portugal em novembro.

O novo livro infantil da autora da saga de Harry Potter, J. K. Rowling, intitulado “O Ickabog”, chega a Portugal em novembro e incluirá os desenhos das crianças que vencerem um concurso de ilustração lançado esta terça-feira para esse efeito.

“O Ickabog” é um original infantojuvenil de J. K. Rowling escrito há mais de dez anos e que foi publicado online em maio para ajudar a entreter crianças, pais e cuidadores confinados em casa durante a pandemia. A Editorial Presença, que edita a obra da autora em Portugal, anunciou hoje que a versão impressa chega às livrarias portuguesas em novembro e traz “uma grande novidade”.

Trata-se de “um desafio inédito lançado por J. K. Rowling, em todo o mundo”: um convite às crianças para participar num concurso de ilustração, através do envio de um desenho, para ganharem a oportunidade de terem a sua ilustração na edição impressa dos respetivos países. Em Portugal, o concurso de ilustração abre hoje e pode ser consultado no site português oficial, em www.presenca.pt/ickabogconcurso.

“O Ickabog” é um conto de fadas que J. K. Rowling escreveu para ler aos seus filhos mais novos quando os ia deitar. Escrita para ser lida em voz alta, a história passa-se numa terra imaginária e é uma história autónoma, sem relação com outros trabalhos da autora, não estando assim relacionada com o universo Harry Potter, mas contendo temas frequentemente explorados na escrita de J. K. Rowling.

Conta a história do reino de Cornucópia, governado pelo Rei Fred, o Destemido, que aproveita o Dia da Petição para agradar a todos os súbditos que o procuraram com os seus pedidos. O último a chegar, um pastor das Terras Pantanosas, queixa-se do temível monstro Ickabog, uma personagem dos contos infantis usada para aterrorizar as crianças do reino caso não se portassem bem, mas o rei decide levar a sério a história do pastor e partir com o exército para as Terras Pantanosas, no extremo norte do reino, com o intuito de caçar o monstro.

“O Ickabog” será publicado gratuitamente no site português, de forma parcelar, durante as próximas sete semanas. Diariamente, quando forem lançados novos capítulos, a Presença divulgará também sugestões de temas que as crianças poderão desenhar, a partir da leitura dos capítulos.

Os novos capítulos da história vão estar disponíveis na página de Internet da editora todos os dias úteis de 18 de agosto até 2 de outubro de 2020, altura em que a história acaba. O concurso, destinado a crianças dos 7 aos 12 anos, termina a 9 de outubro e serão selecionados 34 vencedores, cujos desenhos serão publicados na edição impressa do livro.

Cada vencedor do concurso de ilustração receberá ainda um prémio. Os direitos de autor da venda desde livro será destinado a projetos de auxílio a grupos particularmente afetados pela pandemia, no Reino Unido e internacionalmente, anunciou a escritora.

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China acusa EUA de prejudicar comércio mundial com sanções à Huawei

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A China acusou Washington de prejudicar o comércio mundial com sanções que ameaçam paralisar a gigante de tecnologia Huawei.

A China acusou esta terça-feira Washington de prejudicar o comércio mundial com sanções que ameaçam paralisar a gigante de tecnologia Huawei, tendo garantido que irá proteger as empresas chinesas embora não tenha avançado com quaisquer retaliações.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que vai endurecer as sanções contra a chinesa Huawei e as suas 38 subsidiárias para impedir que tenham acesso a tecnologias norte-americanas para produzir ‘chips’ de processador e outros componentes dos telemóveis.

A administração dos Estados Unidos acusou a Huawei de usar as suas subsidiárias internacionais para contornar as sanções, referindo que o grupo representa um risco de segurança para o país devido aos seus laços com o Governo chinês, o que a Huawei nega. Os Estados Unidos estão “a violar as regras do comércio internacional e a minar a cadeia industrial global, a cadeia de fornecimentos e a cadeia de valores”, acusou o Governo chinês através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian.

Pequim “tomará as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, disse Zhao, sem adiantar que ações serão adotadas. A Huawei escusou-se a comentar a decisão dos EUA.

O presidente de unidade de consumo da empresa, Richard Yu, admitiu este mês que a Huawei está a ficar sem ‘chips’ de processador para os seus ‘smartphones’. A Huawei projeta seus próprios ‘chips’, mas os mais avançados, a série Kirin, será interrompida em 15 de setembro porque a empresa depende de fabricantes externos que usam tecnologia norte-americana, anunciou Richard Zu.

A Huawei removeu vários componentes produzidos pelos Estados Unidos dos seus principais produtos quando o Presidente, Donald Trump, resolveu impor algumas sanções que impediam o acesso à tecnologia norte-americana. As sanções anunciadas na segunda-feira visam alargar o controlo a componentes asiáticos e europeus desde que o processo de fabrico use tecnologia dos Estados Unidos, o que é comum.

As sanções anteriores já tinham impedido a Huawei de carregar músicas populares e outros serviços do Google nos seus ‘smartphones’, prejudicando a sua capacidade de competir em mercados fora da China.

A Huawei ultrapassou, no segundo trimestre deste ano, a Samsung e a Apple e tornou-se a marca de ‘smartphones’ mais vendida do mundo, graças a um forte aumento das vendas no populoso mercado da China, de acordo com a analista de mercados Canalys. As vendas no estrangeiro caíram 27% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, durante o mesmo período, a Huawei vendeu mais 8% na China, onde já controla mais de 70% do mercado de ‘smartphones’.

Fundada em 1987 por um ex-engenheiro militar, a Huawei nega as acusações de ajudar a espionagem chinesa, enquanto as autoridades chinesas acusam Washington de usar a segurança nacional como desculpa para impedir o sucesso de um concorrente da indústria de tecnologia. “Quanto mais exagerados são os obstáculos criados pelos Estados Unidos à Huawei e a outras empresas chinesas, mais se prova o sucesso dessas empresas e a hipocrisia e arrogância dos Estados Unidos”, defendeu Zhao Lijian.

“Pedimos aos Estados Unidos que corrijam imediatamente os seus erros, parem de caluniar a China e parem de abolir as empresas chinesas”, apelou, acrescentando que “o Governo chinês continuará a tomar as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”. O conflito entre a China e os Estados Unidos tem aumentado desde que os dois países assinaram um acordo comercial histórico, em janeiro, para acalmar as relações.

“A China fez-nos coisas terríveis. Eles [responsáveis chineses] poderiam ter parado. Travaram essa doença, que eu chamo vírus chinês. Impediram que se propagasse na China, mas não nos Estados Unidos e no resto do mundo”, afirmou na segunda-feira Donald Trump, referindo-se, numa entrevista dada à Fox News, à Huawei como “espiões”.

A administração Trump tem também pressionado os seus aliados para banirem os equipamentos da Huawei, acusando o grupo de partilhar dados com os serviços secretos do regime chinês e de colocar a sua tecnologia ao serviço da vigilância dos dissidentes e da repressão de um milhão de uigures. O Reino Unido já proibiu a compra de novos equipamentos Huawei a partir de 31 de dezembro.

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Costa: “Não vale a pena pedir demissão da ministra. Está a fazer um excelente trabalho”

Costa diz que Ana Mendes Godinho instaurou um inquérito ao caso do lar de Reguengos logo no dia 12 de julho e comunicou ao Ministério Público no dia 16.

Reagindo à polémica sobre o caso do lar de Reguengos de Monsaraz, o primeiro-ministro defende a ministra do Trabalho, apontando que Ana Mendes Godinho instaurou um inquérito ao lar logo no dia 12 de julho e comunicou ao Ministério Público no dia 16 desse mês. “Não nos devemos distrair do essencial nem estar com polémicas artificiais”, reiterou António Costa.

O primeiro-ministro defende ainda que “não vale a pena pedir demissão da ministra”, respondendo aos pedidos de demissão de alguns partidos da direita, após uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, em declarações transmitidas pelas televisões. “Tem toda a minha confiança, está a fazer um excelente trabalho”, garantiu Costa.

“Numa fase de crise como a que estamos a viver, do ponto de vista sanitário, económico e social, com tanta gente a sofrer com receio de perder emprego, pessoas que têm menos procura do que tinham dos serviços que prestam, temos de ter respeito pelos cidadãos e não alimentar polémicas”, acrescentou ainda o primeiro-ministro.

A polémica surgiu este fim de semana, depois de, numa entrevista ao Expresso, Ana Mendes Godinho ter admitido que não leu o relatório da Ordem dos Médicos sobre o caso do lar em Reguengos. Entretanto, esta terça-feira, a ministra garantiu já ter lido todos os relatórios sobre o caso em particular.

Surgiram também críticas de que a ministra estava a desvalorizar a situação nos lares, por ter dito, na mesma entrevista, que a “dimensão dos surtos não é demasiado grande em termos de proporção”, referindo que são 3% do total dos lares e 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença. Costa defende que “não houve das palavras da ministra nenhuma tentativa de desvalorização da gravidade”.

(Notícia atualizada às 13h15)

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