Trump promulga por decreto novo plano de ajuda económica

  • Lusa
  • 9 Agosto 2020

O Presidente dos EUA anunciou vários decretos executivos com ajudas económicas em resposta à crise do coronavírus, após republicanos e democratas não terem conseguido um acordo no Congresso.

Entre as medidas inclui-se uma prestação adicional de 400 dólares (338 euros) semanais para os desempregados (face aos 600 dólares iniciais, cerca de 507 euros), uma suspensão dos impostos sobre as folhas de pagamento ou uma prorrogação da moratória sobre os despejos de habitações.

Trump anunciou as medidas durante uma conferência de imprensa no seu clube de golfe em Bedminster, New Jersey, antes da assinatura dos documentos.

O Presidente dos EUA justificou estas medidas devido ao bloqueio das negociações entre republicanos e democratas no Congresso, que até ao momento não garantiram um acordo para prolongar as diversas medidas de apoio em resposta à pandemia da covid-19.

Entre outras, tinha já expirado o subsídio adicional de desemprego, que fornecia 600 dólares semanais (507 euros) extra a desempregados e que foi decisivo para muitas famílias, e um programa de proteção para as empresas através de cortes nos encargos salariais, e que ajudaram mais de cinco milhões de empresas a manter alguma atividade durante a crise.

Face a esta situação, Trump tinha já admitido nos últimos dias que poderia recorrer ao seu poder executivo, apesar da base legal em que atua ser contestada pelos democratas, que ameaçaram colocar a questão perante a justiça caso o Congresso fosse ignorado, enquanto instituição que determina as despesas federais.

No âmbito deste novo plano de ajuda, Trump assinou quatro decretos, incluindo 400 dólares (338 euros) semanais extra aos norte-americanos que recebem subsídio de desemprego.

A administração federal assumirá 75% do custo, enquanto os estados deverão contribuir com os restantes 25%, podendo disponibilizar verbas mais avultadas caso o entendam.

Outro dos decretos executivos suspende até ao final de 2020 cortes nos encargos salariais para quem tenha um salário anual inferior a 100.000 dólares (84,6 mil euros), e numa alusão direta às presidenciais de novembro assegurou que, caso seja reeleito, serão aplicadas reduções permanente neste imposto, utilizado para financiar a segurança social e programas de saúde.

Trump assinou ainda dois decretos para prolongar a moratória que protege os inquilinos ameaçados de expulsão e um adiamento do reembolso dos empréstimos estudantis.

O Presidente dos EUA responsabilizou os democratas pelo bloqueio das conversações e acusou-os de insistirem em incluir neste pacote de medidas questões que não estão diretamente relacionadas com a crise do coronavírus, e de tentarem impulsionar medidas de “extrema-esquerda”.

A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 722 mil mortos e infetou mais de 19,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (161.358) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 4,9 milhões).

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Twitter e TikTok discutem possível “combinação”

  • Lusa
  • 9 Agosto 2020

As redes sociais Twitter e TikTok tiveram discussões preliminares com vista a uma eventual “combinação” entre as duas, segundo uma notícia revelada no sábado pelo Wall Street Journal.

Das informações obtidas pelo jornal não foi possível concluir se a negociação incluiria uma aquisição do TikTok, algo que, nesta fase, estaria repleto de obstáculos, tendo em conta o decreto presidencial da Casa Branca que impede a empresa chinesa proprietária da rede social de vídeos virais de realizar transações com companhias norte-americanas.

Questionadas pela AFP, ambas as empresas recusaram comentar a notícia.

O decreto foi assinado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quinta-feira, proibindo todas as transações com a empresa ByteDance, no prazo de 45 dias.

Na segunda-feira, Trump tinha aceitado a possibilidade de um grupo norte-americano comprar o TikTok, mas antes de 15 de setembro, sob pena de proibir a plataforma. A Microsoft está em negociações com a ByteDance para negociar uma compra.

No entanto, o cofundador da Microsoft Bill Gates disse, numa entrevista à Wired publicada no sábado, que o TikTok seria “um cálice envenenado” para a empresa.

O Senado norte-americano também aprovou por unanimidade na quinta-feira um projeto de lei que proíbe o descarregamento e a utilização do TikTok em qualquer dispositivo emitido pelo Governo aos seus funcionários ou membros do Congresso.

“O TikTok é um grande risco de segurança e não tem lugar nos dispositivos governamentais”, escreveu o serviço de imprensa do senador republicano Josh Hawley, coautor do projeto de lei.

Após a sua passagem pelo Senado controlado pelos Republicanos, o projeto de lei terá ainda de ser aprovado pela Câmara dos Representantes da maioria Democrata antes de Trump o poder promulgar.

Na quarta-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, avisou que os Estados Unidos queriam proibir não só o TikTok mas também outras aplicações chinesas consideradas como um risco para a segurança nacional.

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Um Mercedes carregado de energia. Este é o EQC

São já vários os modelos da marca da estrela que recorrem a eletrificação, mas o EQC é o primeiro de uma nova estirpe totalmente elétrica. É um SUV de peso, mas acelera... que nem uma pena.

 

Fotoreportagem ensaio Mercedes EQC - 28FE20

A eletrificação está na moda. Praticamente todos os fabricantes de automóveis recorrem a pequenos motores elétricos para adicionarem potência aos convencionais, mas também para baixarem emissões de gases nocivos para o ambiente, mas automóveis totalmente elétricos continuam a ser poucos. E em marcas premium, ainda menos. Mas também estas estão a render-se à crescente procura por estas “motorizações”. Prova disso é a Mercedes-Benz que lançou o seu primeiro 100% elétrico. E em grande.

Depois da eletrificação dos grandes familiares, a fabricante germânica começou, recentemente, a exportar a lógica para gamas inferiores. Até o A já está quase a sentir o impulso extra do sistema híbrido. Nós 100% elétricos, a lógica é a mesma, mas em vez das famosas berlinas, a Mercedes decidiu ligar as baterias num SUV. E que SUV! Recorrendo ao EQ, a marca para esta geração que se liga a corrente, nasceu o EQC, um pequeno “tanque” familiar que tem por base o GLC. É imponente. E muito vistoso. Não há quem não pare um pouco para lhe tirar as medidas, mas também para apreciar o look tech que a marca conseguiu criar.

“Ah… é da Mercedes!”. Quantas vezes ouvimos esta exclamação… Apesar de a tradicional estrela estar bem destacada na frente, há detalhes estéticos que o diferenciam dos demais modelos da marca, confundindo os mais desatentos. A enorme grelha, rodeada por uma aplicação em preto gloss que vai de um lado ao outro da parte dianteira do EQC, abraçando os faróis em LED, dá-lhe um look distintivo — quase como acontece nos Maybach. E na traseira, é mais uma vez a assinatura de luz a diferenciar este modelo. A linha vermelha que cruza a bagageira que revela que este não é um Mercedes normal.

Que grande mot… bateria!

A mala deste EQC é gigante, assim como é o espaço a bordo para os cinco ocupantes que podem fazer uma viagem descansada em belas poltronas em pele, fazendo uso de todo o sistema de infoentretenimento que só pode encontrar nos modelos da fabricante germânica: o MBUX, com o seu ecrã gigante, não podia faltar. Mas se atrás há espaço que sobre para bagagem, a frente, onde deveria haver mais um espaço de carga já que “não há” motor a combustão, não há onde por nada. Abrindo o capot está um módulo de controlo dianteiro, a que se junta um dos motores elétricos e a transmissão.

Este é apenas um dos dois motores elétricos que a Mercedes aplicou no EQC. Cada um deles com 150 kW, que em conjunto permitem a marca anunciar uma potência de 408 cv. É muita potência transmitida às quatro rodas — este é um 4Matic — que tem de ser alimentada por uma bateria gigante colocada sob o chassis. Só a bateria pesa uns impressionantes 652 kg, elevando o peso total deste “tanque” para duas toneladas e meia. É muito peso, mas não se sente em condução.

Suave, mas potente. E as patilhas?

ligado ou desligado, o barulho que se ouve no EQC é o mesmo: nada. Mas depois de se carregar no “on”, mexe-se. É bem. Mesmo tendo em conta todo o peso que carrega, é um automóvel suave, suave. Responde sempre sem hesitação, permitindo uma utilização normalíssima no dia-a-dia. Com o “Confort” selecionado, o modo predefinido, mas mesmo com o “Eco”, o EQC tem sempre a potência suficiente disponível debaixo do pé direito para qualquer obstáculo que se lhe coloque a frente.

Em modo “Sport”, o EQC mostra mais atributos, suficientes para competir com outros modelos concorrentes que trazem mais cavalos. O binário de 760 Nm pode não dizer muito, mas ganha maior expressão se se disser que está ao nível de muitas “bombas” que se vê na estrada. Parado num qualquer sinal luminoso, se solicitado, o EQC dispara que nem um foguete assim que cai o verde. Dos 0 aos 100 km/h bastam 5,1 segundos!

É avassaladora a sensação de ter as mãos no volante de um automóvel de duas toneladas e meia que parece uma pena. O único problema é que exagerar no acelerador sai caro na autonomia de 400 km que a marca anuncia. É ver os quilómetros acumulados de carga a desaparecerem a um ritmo bem mais rápido do que aqueles que efetivamente se percorrem. Mas para ajudar a compensar, há sempre regeneração. E para fazer essa gestão, a Mercedes teve a brilhante ideia de colocar umas pastilhas no volante que não mudam de caixa – não dá —, mas permitem ajustar a regeneração de energia: mais forte ou nenhuma. Uma boa utilização destas pastilhas permite muitas vezes evitar o pedal do travão e ganhar uns quilómetros extra.

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Quanto ganham os dois juízes de instrução Carlos Alexandre e Ivo Rosa?

No Tribunal Central de Instrução Criminal apenas existem dois juízes em funções: Carlos Alexandre e Ivo Rosa. Os magistrados têm nas suas mãos os casos mais mediáticos. Mas quanto recebem mensalmente?

Carlos Alexandre e Ivo Rosa são os únicos juízes em funções no Tribunal Central de Instrução Criminal, tendo nos seus currículos os casos mais mediáticos da justiça portuguesa.

Entre os processos está a Operação Marquês, onde coube a Carlos Alexandre conduzir a fase de inquérito do processo, sendo que acabou por ser o seu colega de profissão, Ivo Rosa, a ser sorteado eletronicamente para assumir a fase de instrução. E desde então está em exclusividade. Já no caso BES, o juiz Carlos Alexandre liderou o inquérito com uma equipa mista de procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal e de investigadores da Policia Judiciária.

Mas qual é o valor mensal de um juiz de instrução criminal? Segundo o Conselho Superior de Magistratura (CSM), o valor mensal bruto é de 5.526,63 euros.

“Os juízes colocados no TCIC ganham enquanto juízes de juízo central, ou seja pelo índice 220, nos termos do artigo 184.º n.º 1 da Lei Orgânica do Sistema Judiciário, aprovada pela Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto e alterada pela Lei n.º 40-A/2016, de 22 de dezembro. O referido índice é de 5.626,63 euros brutos”, refere ao ECO/Advocatus o CSM.

Mas os valores auferidos não ficam por aqui. Devido à exclusividade na Operação Marquês dada a Ivo Rosa, a 3 de novembro de 2018, todos os restantes processos foram transferidos para as mãos de Carlos Alexandre. O magistrado recebe assim um suplemento salarial. Porém, questionado sobre qual o valor desse suplemento, o CSM não quis esclarecer.

Até ao início deste ano Ivo Rosa era auxiliado por duas juízas – Mariana Gomes Sousa Machado e Maria da Conceição dos Inocentes Moreno -, mas em fevereiro essas duas magistradas foram transferidas por “conveniência de serviço” para outros tribunais, segundo ordem da atual estrutura do Conselho. O que fez com que – depois da exclusividade dada a Ivo Rosa no Marquês, Carlos Alexandre ficou com todos os outros processos que pelo chamado Ticão vão passando. Para além do caso BES, Carlos Alexandre ficou à frente do processo das rendas da EDP e do caso de Tancos, que envolve um ex-ministro Azeredo Perdigão, do Governo de António Costa.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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Estudante da Universidade do Porto encontra falha no “motor” da app de rastreio à Covid-19

André Cirne, aluno do mestrado de Segurança Informática, descobriu uma falha num sistema que serve de base às aplicações de "contact tracing", incluindo da portuguesa STAYAWAY. Problema foi corrigido.

Um estudante da Universidade do Porto encontrou uma falha no sistema que serve de base a várias apps de rastreio à Covid-19, incluindo a portuguesa STAYAWAY. O erro, que já foi corrigido, permitia a uma pessoa mal-intencionada marcar-se como infetada na aplicação, emitindo um falso alerta para os telemóveis de outras pessoas com que se tivesse cruzado nos últimos dias.

A falha foi encontrada por André Cirne, estudante do mestrado em Segurança Informática da Faculdade de Ciências. O problema estava numa componente de um sistema chamado DP-3T, que “implementa o funcionamento de toda a aplicação”, usando o Bluetooth dos telemóveis para detetar possíveis casos de contágio. Segundo André Cirne, a falha técnica permitia a qualquer pessoa, sem a validação de um médico, marcar-se como tendo sido diagnosticada com Covid-19, possibilitando o envio de falsos positivos.

O ECO confirmou junto do INESC TEC que a vulnerabilidade também afetou a aplicação portuguesa STAYAWAY, que recorre ao mesmo sistema DP-3T onde foi detetado o erro. Contudo, a aplicação ainda só está disponível para um grupo restrito de utilizadores no país, uma vez que ainda não foi lançada a nível nacional, pelo que não há motivos para acreditar que tenha sido explorada para emitir alertas maliciosos. “Era uma vulnerabilidade que tínhamos também num dos servidores. Foi corrigida no mesmo dia”, confirmou fonte do instituto.

“Foi no ponto de como anunciar que estou infetado que apareceu a vulnerabilidade”, explica André Cirne. Quando um doente testar positivo à Covid-19, um médico dar-lhe-á um código de 12 dígitos para que possa marcar-se como infetado na STAYAWAY. “Esse código vai ter um tempo limitado para ser usado, mas tem de ser autenticado pela autoridade de saúde. A autoridade vai confirmar se o código é válido ou não” e, depois, passa uma espécie de “assinatura” digital que permite ao doente carregar para um servidor a informação que permite alertar quem esteve próximo dele nos últimos dias.

Essa informação é composta por códigos aleatórios gerados e emitidos pelos telemóveis que têm a aplicação. À medida que um telemóvel vai emitindo o seu próprio código (que muda periodicamente), regista também os códigos dos telemóveis nas redondezas. “O problema estava no servidor que recebe esses códigos. A forma como estava implementada a verificação da assinatura da autoridade de saúde estava mal feita e não precisava do código dado pela autoridade de saúde”, continua André Cirne. Contas feitas, permitiria a qualquer pessoa baralhar o sistema e, potencialmente, espalhar o pânico ou gerar constrangimentos aos médicos, levando pessoas saudáveis a contactarem as autoridades de saúde.

Não há sistemas infalíveis, mas…

Em informática, é comum dizer-se que todos os sistemas são infalíveis até deixarem de o ser. Há sempre uma vulnerabilidade desconhecida à espera de ser encontrada. Pode ser descoberta por alguém com más intenções, ou por pessoas como André Cirne, que a reportam aos programadores responsáveis e tentam ajudar a corrigir os problemas.

O aluno de mestrado da Universidade do Porto conta ao ECO que, inicialmente, reportar o problema veio a revelar-se… bem… um problema. “Não tinham indicações concretas do que fazer caso alguém encontrasse uma vulnerabilidade”, diz. Sem querer, acabaria por abrir um precedente. Se fosse hoje, tudo seria mais simples: “Comentei isso com quem estava na organização e disseram que vão ter canais abertos.” Assim, a próxima pessoa a detetar problemas terá uma via de contacto aberta para o fazer junto dos responsáveis do DP-3T. E também do próprio INESC TEC, que já terá também uma linha aberta para quem detete eventuais problemas de segurança, assegura André Cirne.

Questionado sobre se considera que esta falha cria problemas de confiança na aplicação STAYAWAY, André Cirne responde que ainda não decidiu se a vai usar. A falha “não está na aplicação em si, verdade”, reconhece. “Agora, é um ponto crítico para toda a aplicação. Sem este serviço, a aplicação passa a não funcionar. O objetivo é conseguirmos ter uma informação fidedigna, de saber se estivemos em contacto ou não” com pessoas infetadas, justifica. Assegura, contudo, que o sistema DP-3T “está muito bem construído” e que o protocolo “garante privacidade”. “Isso não está posto em causa”, reforça.

Tudo isto só foi possível porque tanto o DP-3T como a STAYAWAY têm código aberto, o que permite que qualquer pessoa com alguns conhecimentos técnicos possa descarregar, escrutinar e analisar o que esta aplicação de contact tracing funcionar. No entanto, mesmo no caso da STAYAWAY, estas aplicações recorrem, em última instância, a um sistema que foi desenhado pela Google e pela Apple. Esse sistema, chamado GAEN, não tem código aberto (a Google publicou “partes” do mesmo, mas não o código todo, explica André Cirne).

“Tive oportunidade de olhar para a aplicação da Suíça, como implementaram [os sistemas]. Posso pegar no repositório, compilar e comparar com o que está na App Store [loja de aplicações da Apple]. Com o GAEN nunca vou poder fazer isso”, desabafa o estudante, criticando, deste modo, a opacidade da plataforma que foi desenhada pelas duas multinacionais.

De resto, este receio também já tinha sido levantado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que se mostrou reticente com o uso do GAEN por parte da aplicação de contact tracing portuguesa. Na visão da entidade liderada por Filipa Calvão, as duas gigantes tecnológicas detêm o controlo do sistema e podem mudar as regras do jogo a qualquer momento.

Neste momento, com a vulnerabilidade já corrigida, o INESC TEC planeia lançar a STAYAWAY ao público dentro de dias. A aplicação já foi aprovada pela Google e já está na Play Store, ainda que de forma oculta, visível apenas para os participantes do piloto que está a ser realizado em Portugal. A primeira atualização chegou esta quinta-feira à noite aos telemóveis com a aplicação, corrigindo ou aperfeiçoando algumas coisas, confirmou ao ECO fonte do instituto. Mas ainda falta a inclusão da STAYAWAY na App Store, numa altura em que o enquadramento legal da aplicação já foi promulgado pelo Presidente da República.

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Google Trends: Explosão em Beirute e “colapso” do mundo lideram pesquisas

  • Tiago Lopes
  • 8 Agosto 2020

A explosão massiva em Beirute liderou as pesquisas dos portugueses, mas o estudo que prevê o "colapso" da civilização em 40 anos também marcou a semana.

As duas fortes explosões registadas na capital do Líbano mataram mais de 150 pessoas. Uma delas, considerada a maior explosão não nuclear da História, acabou por ser o tema mais pesquisado pelos portugueses no motor de pesquisa da Google.

Outro assunto que cativou o interesse dos internautas foi a notícia de que o Ministério da Educação disponibilizou os vouchers para a aquisição dos manuais escolares. Lá fora, um estudo vaticina que a civilização pode colapsar num espaço de 40 anos.

Nos negócios, a semana ficou marcada pelo lançamento do Instagram Reels e pela continuação do braço de ferro entre Donald Trump e a rede social TikTok.

Cá dentro

Beirute foi palco de duas violentas explosões, a segunda muito mais violenta do que a primeira, num local onde estava armazenado nitrato de amónio, e que causou a morte a mais de 150 pessoas, fazendo ainda mais de 5.000 feridos. As autoridades do Líbano ainda tentam localizar centenas de pessoas que estão dadas como desaparecidas.

A origem concreta das explosões ainda está por conhecer, mas os primeiros indícios apontam como principal causa um incêndio num local que guardava largas toneladas de nitrato de amónio, uma substância usada em adubo, mas também bombas. Era carga apreendida de um navio russo há cerca de seis anos, e que acabou guardada num armazém no porto de Beirute.

As autoridades libanesas adiantaram também que foram detidos três trabalhadores por suspeitas de negligência que estavam a soldar um buraco na porta do Bloco 12, o mesmo contentor onde estavam 2.700 toneladas de nitrato de amónio, o que pode também estar na origem do incêndio que veio a dar origem à violenta explosão.

Depois das explosões, começaram a circular vários vídeos na internet e nas redes sociais que davam conta da brutalidade do momento. A CNN analisou uma imagem do local, com recurso a um software geoespacial, e concluiu que as explosões criaram uma cratera de cerca de 123 metros de diâmetro no porto de Beirute. As imagens publicadas na comunicação social têm marcado a semana e motivado milhares de pesquisas no Google.

A BBC News também partilhou um vídeo no Twitter do “antes” e do “depois” das explosões, que mostra a devastação provocada pelo violento rebentamento.

A notícia de que já estão disponíveis os vouchers para a aquisição dos manuais escolares para o próximo ano letivo levou a muitas pesquisas no Google. O Ministério da Educação contabilizou a disponibilização de mais de um milhão de vouchers para a aquisição de manuais escolares no dia de abertura da plataforma Manuais Escolares Gratuitos (MEGA), na segunda-feira, dia 3 de agosto. Numa primeira fase, os manuais estão disponíveis para os alunos do 2.º , 3.º, 4.º, 6.º, 8.º, 9.º 11.º e 12.º anos. A partir do dia 13 de agosto, os manuais ficam disponíveis para os restantes anos, 1.º, 5.º, 7.º e 10.º.

A corrida por um lugar na universidade depois de um fim de ano atípico, como consequência da pandemia do novo coronavírus, tem gerado um grande debate na internet em torno dos resultados dos exames nacionais. No início da semana que agora termina foram conhecidos os resultados dos exames nacionais, o que levou a milhares de pesquisas no motor de pesquisa da Google. Em quase todas as disciplinas houve uma subida das notas nos exames nacionais.

Como consequência da melhoria das notas, as médias de ingresso no ensino superior no próximo ano letivo vão ser mais elevadas na maior parte dos cursos. Em declarações ao Público, João Guerreiro, presidente da comissão nacional de acesso ao superior, garantiu que “não haverá injustiças” e que “os alunos ficaram todos na mesma situação”.

O número de vagas no ensino superior teve o maior aumento dos últimos sete anos. O concurso nacional de acesso a mais de 51 mil vagas ao ensino superior arrancou na sexta-feira, mais tarde do que o habitual devido à pandemia da Covid-19 que obrigou a adiar as datas.

A notícia da morte da atriz Fernanda Lapa, aos 77 anos, também mereceu muita atenção por parte dos portugueses nas pesquisas do Google. A atriz, encenadora e professora morreu na quinta-feira, em Cascais, onde estava hospitalizada.

“É com profundo pesar e imensa tristeza que a Escola de Mulheres comunica a morte de Fernanda Lapa, diretora artística desta companhia desde a sua fundação, em 1995”, escreveu a companhia de teatro Escola de Mulheres.

A fechar o top 5 dos temas mais pesquisados pelos portugueses na semana que terminou surge o nome do rei emérito espanhol Juan Carlos e a dúvida de qual o seu paradeiro. Na segunda-feira, foi divulgada uma carta que Juan Carlos enviou ao seu filho Felipe VI, Rei de Espanha, na qual anunciou a sua decisão de se afastar de Espanha para ajudá-lo a “exercer as suas responsabilidades”.

Inicialmente falou-se na possibilidade de Juan Carlos ir viver para o Estoril, em Portugal, onde passou parte da sua juventude. No entanto, a meio da semana, a imprensa espanhola dava conta que, afinal, Juan Carlos estaria na República Dominicana. Uma informação que ainda não foi oficialmente confirmada, mantendo-se a incógnita. A somar ao mistério está ainda o facto de o Ministério dos Negócios Estrangeiros dominicano assegurar não ter “qualquer informação” relativamente a uma eventual entrada do rei emérito espanhol naquele país.

Lá fora

  • Novo coronavírus, criado em laboratório? Quem o diz é uma virologista chinesa, que conta que teve de fugir para os Estados Unidos depois de receber várias ameaças. Li-Meng é cientista na Universidade de Saúde Pública de Hong Kong e afirmou numa entrevista à agência Lude Press que o vírus “foi criado num laboratório militar” do Exército de Libertação Popular, do Partido Comunista Chinês. No entanto, e apesar de se desconhecer a origem concreta desta estirpe, a comunidade científica aponta que o provável é ter sido transmitido por morcegos a outro animal, que o acabou por passar a um humano, visto ser muito semelhante a outros coronavírus já detetados naqueles mamíferos.
  • Colapso da civilização em 40 anos. Num estudo publicado na Scientific Reports, dois cientistas estimam que, se a humanidade mantiver o rumo atual e nada fizer para o mudar, a civilização pode caminhar para o “colapso irreversível” numa questão de décadas. “Os nossos cálculos mostram que, mantendo a atual taxa de crescimento populacional e consumo de recursos, em particular da floresta, temos apenas algumas décadas até um colapso irreversível da nossa civilização”, vaticinam Mauro Bologna e Gerardo Aquino.
  • Onde há festa não há água nem luz. O corte de água e de luz em Los Angeles, Estados Unidos, onde existirem festas ou ajuntamentos, foi autorizado como medida para travar a pandemia de Covid-19 naquele país. A medida entrou em vigor esta sexta-feira. O estado da Califórnia é um dos mais afetados pelo novo coronavírus, registando mais de 550 mil casos e quase 10.000 mortes. Los Angeles é uma das cidades que regista números diários mais elevados.

Nos negócios

  • Samsung apresenta novidades. A marca sul coreana, através um evento virtual em virtude da pandemia do novo coronavírus, deu a conhecer os novos topo de gama Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra. A Samsung lançou ainda duas versões do novo Galaxy Watch3. Além dos telemóveis e dos relógios, a Samsung também voltou a apostar nos auscultadores sem fios. Os novos Galaxy Buds Live “apresentam o novo formato de uns verdadeiros earbuds, que primam pelo seu design elegante e ergonómico e pela sua tecnologia de excelência ao nível sonoro”, promete a empresa.
  • Trump assina decreto para banir TikTok. Donald Trump avançou com um decreto que proíbe todas as transações com a chinesa ByteDance, a empresa-mãe da rede social TikTok, no prazo de 45 dias, estipulando assim um prazo limite para a Microsoft fechar um negócio e ficar com a popular aplicação. O presidente dos Estados Unidos acusou a rede social de ser permeável às autoridades de Pequim, referindo-se a esta matéria como uma “emergência nacional”. A proibição também se aplica à plataforma WeChat, que pertence ao grupo Tencent. “Tal como TikTok, o WeChat capta automaticamente grandes quantidades de informação sobre os seus utilizadores, ameaçando dar ao Partido Comunista Chinês acesso a informação pessoal sobre os norte-americanos”, lê-se no decreto.
  • Chegou o Instagram Reels, o concorrente do TikTok. Aproveitando toda a polémica entre os Estados Unidos e o TikTok, o Facebook anunciou esta semana o lançamento do Reels, uma plataforma integrada na rede social Instagram que permite produzir vídeos até 15 segundos. “Hoje estamos a anunciar o Instagram Reels, uma nova forma de criar e descobrir vídeos curtos e engraçados no Instagram”, revelou a empresa em comunicado.

Nota: A Google Trends é uma rubrica semanal, publicada todos os sábados, que resume os temas mais populares da internet com base na ferramenta homónima da Google. É assinada pelo jornalista do ECO Tiago Lopes.

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Há mais 186 infetados com Covid-19. Morreram mais 4 pessoas

  • ECO
  • 8 Agosto 2020

Nas últimas 24 horas foram identificados 186 novos casos de Covid-19 em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 52.537.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou este sábado que identificou mais 186 casos positivos de Covid-19 em Portugal, fazendo aumentar o total de casos detetados desde o início da pandemia para 52.537. Este valor corresponde a uma subida de 0,36% face aos números comunicados na sexta-feira.

Nas últimas 24 horas morreram mais quatro pessoas vítimas da doença, de acordo com a última atualização das autoridades de saúde. O número total de óbitos é agora de 1.750.

Tal como tem acontecido desde meados de maio, a maioria das novas infeções foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. De acordo com os dados da DGS, dos 186 casos contabilizados a nível nacional, 113 ou 60,75% foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Leia o boletim da DGS na íntegra

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Marcelo vai “esperar para ver” resultado das negociações sobre aumento do salário mínimo

  • Lusa
  • 8 Agosto 2020

O Presidente da República disse hoje que vai "esperar para ver" o resultado das negociações, em sede de Concertação Social, sobre o aumento do salário mínimo nacional.

“É uma questão que envolve vários parceiros e, portanto, é prematuro estar a comentar aquilo que é um processo em curso”, declarou, na ilha do Porto Santo, arquipélago da Madeira, onde termina hoje um curto período de férias.

Marcelo Rebelo de Sousa comentava, desta forma, uma notícia avançada na edição de hoje pelo semanário Expresso, que aponta para uma “subida de tom” da tensão entre parceiros para o aumento do salário mínimo nacional, que deveria chegar aos 670 euros em 2021 e aos 750 em 2023.

O impacto da pandemia de covid-19 na economia do país levantou, no entanto, a possibilidade de não haver aumento no próximo ano.

“Eu, em relação a essas notícias, acho que o melhor é esperar para ver”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que não faz comentários políticos em período de férias.

“Para comentar, o sítio ideal não é em férias no Porto Santo”, declarou, pouco antes de avançar para um mergulho no mar, apesar da chuva que se faz sentir hoje na ilha.

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Oi fecha acordo de excusividade para venda do negócio móvel

  • Lusa
  • 8 Agosto 2020

A operadora Oi, em recuperação judicial, anunciou, em comunicado enviado à CMVM, ter assinado na sexta-feira um acordo de exclusividade com Claro, Vivo e Tim para a venda do seu negócio móvel.

Assinada na sexta-feira, no Rio de Janeiro, a nota hoje publicada pela CMVM informa os acionistas da operadora brasileira Oi e o mercado em geral que, “tendo em vista as condições da oferta vinculante revisada apresentada conjuntamente por Telefônica Brasil [dona da Vivo], TIM e Claro, celebrou, nesta data, acordo de exclusividade com as proponentes com o objetivo de negociar exclusivamente” com estas.

O acordo, diz ainda a Oi, visa garantir segurança e celeridade ao processo e permitir que, sendo satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as partes, a Oi tenha condições de pré-qualificar as proponentes na condição de “stalking horse”, para participarem do processo competitivo de alienação da UPI Ativos Móveis, garantindo assim o direito de cobrir outras propostas recebidas no processo.

“O acordo tem vigência inicial até ao dia 11 de agosto de 2020 e será renovado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, salvo se houver manifestação em contrário por qualquer das partes”, diz ainda no comunicado.

Em finais de julho passado, a portuguesa Pharol, acionista do grupo, em comunicado à CMVM, anunciou que a operadora brasileira Oi tinha recebido propostas de compra do negócio móvel, no âmbito do processo de recuperação judicial da empresa.

As operadoras Telecom Itália e Telefónica mostraram interesse na compra da rede móvel da Oi, conforme informações divulgadas pelas subsidiárias das duas empresas no Brasil (TIM e Vivo, respetivamente) ao Conselho Administrativo de Defesa Económica (Cade), órgão regulador financeiro brasileiro, enviadas em março passado.

A Oi estabeleceu as suas condições para a venda de ativos numa emenda ao seu plano de recuperação judicial divulgada, em cumprimento da lei de falências do Brasil. A operadora está em processo de recuperação judicial desde 2016.

Atualmente, a Oi é a quarta maior operadora de telecomunicações móveis do Brasil, com uma participação de mercado de cerca de 16%, atrás da Vivo, que lidera com 33%, da Claro (controlada pela mexicana América Móvil) e da TIM, que têm cerca de 24% do mercado brasileiro cada uma.

A empresa portuguesa Pharol tem uma participação acionista na Oi. Até 31 de dezembro de 2019, a Pharol detinha ações equivalentes a 5,5% do capital social total da operadora brasileira.

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‘Canadair’ caiu no Gerês e morreu um dos pilotos

  • Lusa
  • 8 Agosto 2020

Um avião ‘Canadair’ caiu hoje na zona do Lindoso, Ponte da Barca, quando combatia um incêndio que está a lavrar na serra do Gerês.

Um dos pilotos do avião ‘Canadair’ que caiu hoje na zona do Lindoso, Ponte da Barca, quando combatia um incêndio no Gerês, morreu, enquanto o segundo piloto se encontra “em estado grave”, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

Segundo a mesma fonte, o piloto, de nacionalidade portuguesa, de 65 anos, morreu no local, apesar das tentativas realizadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), enquanto o segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em “estado grave” para o Hospital de Viana do Castelo.

O avião despenhou-se, cerca das 11:20, numa área do território espanhol, “a cerca de um, dois quilómetros da fronteira com Portugal”, acrescentou a mesma fonte.

Numa nota de imprensa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirmou que se trata de um avião anfíbio pesado (Canadair CL215), do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, que participava nas operações de combate a um incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês, freguesia e concelho do Lindoso, distrito de Viana do Castelo.

O avião despenhou-se num acidente junto à Barragem do Alto do Lindoso, na sequência de uma operação de ‘scooping’ (reabastecimento de depósito de água), acrescentou.

O GPIAAF – Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários indicou à Lusa já ter sido notificado do acidente e que está a enviar para o local uma equipa para dar início às diligências.

De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, 135 operacionais, apoiados por 36 veículos e 11 meios aéreos portugueses e espanhóis combatiam pelas 14:00 o incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda-Gerês desde as 05:19 de hoje.

(Notícia atualizada às 14h45 com a informação que morreu um dos pilotos)

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Miguel Albuquerque também defende diálogo do PSD com o Chega

  • ECO
  • 8 Agosto 2020

“Sá Carneiro também fez a AD numa altura em que se dizia que o CDS era fascista”, diz Miguel Albuquerque ao jornal Público.

Foi na “Grande Entrevista” conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves, na RTP3, que Rui Rio admitiu conversações com o Chega com vista a entendimentos eleitorais. O líder do PSD admitiu este cenário apenas se o partido de André Ventura evoluísse “para uma posição mais moderada”, dizendo descartar essa possibilidade se esta força política “continuar numa linha de demagogia e populismo”.

Este domingo, em entrevista ao jornal Público [conteúdo condicionado], questionado sobre o mesmo assunto, Miguel Albuquerque afirmou que o PSD tem de liderar uma federação centro-direita com o CDS, o Chega e a Iniciativa Liberal, para derrotar a esquerda. “Obviamente, isso passa por conversações com os diversos partidos. Quer com o CDS, quer com o Chega, quer com a Iniciativa Liberal”, defendeu o líder do PSD-Madeira.

“O PSD deve é fazer aquilo que Sá Carneiro fez em 1979. Também fez a AD [Aliança Democrática] numa altura em que se dizia que o CDS era fascista”, afirmou Miguel Albuquerque ao Público.

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Aumento do salário mínimo entra nas negociações da esquerda

  • ECO
  • 8 Agosto 2020

O Expresso escreve que o tema vai ser a ‘pedra no sapato’ nas negociações à esquerda. Patrões nem querem ouvir falar do assunto.

Numa altura de crise profunda na economia, o tema do aumento do salário mínimo nacional volta a entrar na agenda. Escreve o Expresso na edição deste sábado [conteúdo pago] que Bloco, PCP e PAN querem ver já o assunto discutido nas negociações deste mês.

Do lado dos patrões, “nem querem ouvir falar” do aumento, programado para chegar aos 750 euros em 2023. Recorde-se que o salário mínimo nacional atualmente é de 635 euros.

Sobre a posição do Governo, escreve o Expresso que o assunto ainda não foi definido, mas o semanário recorda declarações passadas do primeiro-ministro que condicionam os aumentos à “dinâmica do emprego e do crescimento económico”. Este ano, as previsões da Comissão Europeia aprontam para uma quebra do PIB de 9,8%.

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