Vai poder saber o que os serviços públicos sabem sobre si com esta nova ferramenta do Simplex

A medida faz parte do Simplex 20-21 e chama-se "Os meus dados". O Governo tem como prazo previsto para a implementação desta ferramenta o quarto trimestre do próximo ano.

Os portugueses vão poder passar a consultar e monitorizar a informação pessoal que os vários serviços públicos têm sobre si, no âmbito da medida “Os meus dados”, que faz parte do Simplex 20-21, avançou ao ECO o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública. Será possível fazê-lo através de uma ferramenta que será disponibilizada na plataforma online ePortugal a partir do quarto trimestre do próximo ano.

O mecanismo em causa permitirá consultar e validar os dados pessoais que constam “nos principais registos da Administração da Pública”, facilitando a atualização dessa informação e eliminando a necessidade de a voltar a apresentar ao Estado em futuras interações.

“A utilização deste serviço irá permitir não só a validação e atualização frequente dos dados de forma automática e simples, mas garantirá também os necessários consentimentos, por parte dos titulares dos dados, que permitirão dispensar a apresentação de informação que a Administração Pública já detém em futuras interações“, explica o Ministério de Alexandra Leitão, referindo que será criada, para esse efeito, uma área específica no ePortugal.

Na perspetiva do Governo, esta medida — que tem como prazo previsto de implementação o quarto trimestre de 2021 — terá um “profundo impacto” na relação entre os portugueses e a Administração Pública, já que permitirá “reduzir substancialmente o número de interações”. Isto porque se assume “em definitivo o princípio do ‘Uma só Vez'”, sublinha o Executivo.

A ferramenta “Os meus dados” faz parte, de resto, do Simplex 20-21, que será apresentado esta quarta-feira e que integra 158 medidas, organizadas em dois grandes blocos: 103 medidas em torno de um melhor serviço público e 55 medidas com o objetivo de conseguir uma Administração Pública mais moderna e inovadora. A meta é “a prestação de um melhor serviço público e a necessária capacitação dos serviços para esse fim”, explica o Governo.

No que diz respeito ao bloco dedicado ao melhor serviço público, destacam-se quatro categorias: obrigações mais simples (através do uso de ferramentas que simplificam o cumprimento dessas obrigações); menos interações (através da reutilização de informação que o Estado já detém, por via da referida ferramenta “Os meus dados”, por exemplo); mais digital (através do aumento da oferta de soluções digitais que permitam a personalização e desmaterialização dos serviços); e mais proximidade (promovendo a inclusão, a integração e a coesão territorial).

Já quanto ao bloco dedicado à Administração Pública mais moderna e inovadora, estão em causa processos internos organizados em quatro categorias: competências (através da formação e adoção de práticas inovadoras de gestão); colaboração (entre entidades e setores); tecnologia (de modo a aumentar a eficiência através, por exemplo, da desmaterialização dos processos); e participação (através da participação cívica e envolvimento dos portugueses na melhoria dos serviços públicos).

De notar que o programa Simplex foi lançado em 2006, como uma “estratégia de modernização administrativa transversal ao Governo e serviços da Administração Pública central e local”. Foi nesse âmbito que se lançou, por exemplo, a empresa na hora, a informação empresarial simplificada e o cartão de cidadão.

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Há cada vez mais jovens adultos a morar em casa dos pais devido aos baixos rendimentos

Desde a crise que o número de jovens até aos 34 anos a morar em casa dos pais tem vindo a aumentar. Isto porque os baixos rendimentos não permitem aceder ao mercado de habitação.

Há cada vez mais jovens adultos a viver em casa dos pais. Essa é uma tendência que tem vindo a acentuar-se nos últimos anos, principalmente depois da crise, e os dados mostram isso mesmo: em território nacional, mais de 63% destes jovens vive em casa dos pais, concluiu um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian. Embora tenha sido tomadas medidas no sentido de facilitar o acesso destes jovens adultos ao mercado de habitação, as autoras acreditam que ainda há muito para fazer.

Em 2017, mais de 63% dos jovens adultos entre os 18 e os 34 anos viviam em casa dos pais. Uma percentagem que compara com os 55,2% observados em 2004, mostram os dados do Eurostat, citados pelo estudo “Habitação própria em Portugal — Uma perspetiva intergeracional” da Gulbenkian. Analisando estes 14 anos, a tendência tem sido de aumento, principalmente em Portugal, que tem uma das percentagens mais elevadas.

“A crise económica agravou a instabilidade no emprego, reduziu os rendimentos, e contribuiu para prolongar a permanência dos jovens em casa dos pais”, refere o estudo elaborado por Romana Xerez, Elvira Pereira e Francielli Dalprá Cardoso. E uma das principais justificações deverá estar nos preços praticados atualmente no mercado de habitação e nos rendimentos que não são suficientes para suportar essas despesas.

Face a este cenário, as autoras acreditam que os millennials podem estar a ser mais prejudicados do que as duas gerações anteriores. “Estes jovens podem estar numa situação de desvantagem. Esta crise [provocada pelo coronavírus] vai reforçar ainda mais esta questão de desvantagem”, diz Romana Xerez. A verdade é que os números já mostram isso mesmo: um em cada seis jovens perdeu o emprego com a pandemia, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT).

Para as autoras do estudo, o Estado tem um papel fundamental neste campo. Embora reconheçam que recentemente houve esforços nesse sentido, como por exemplo a aprovação da Lei de Bases da Habitação, admitem que ainda há muito caminho a percorrer. “É uma situação real e muito complexa. Na questão dos jovens temos apenas o Porta 65. O acesso à habitação não é uma questão de opção só das famílias, mas também de uma parte do Estado”, diz Romana Xerez, acrescentando que “os dados sugerem que a intervenção pública nesta área deve ser diferente e maior”.

Ainda sobre o Porta 65, a autora nota que o programa “tem uma duração reduzida, porque três anos de apoio ao arrendamento é um período muito curto”. “Estas desvantagens explicam o facto de os jovens ficarem mais tempo em casa dos pais. Os dados sugerem que há a necessidade de uma maior intervenção pública. Estamos a ver situações novas e são para essas situações novas que precisamos de abordagens novas. É um bocadinho para isso que o Estado Social surge”, remata.

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Governo aprova alargamento de financiamento e compensações a operadores de transportes públicos

  • Lusa
  • 15 Julho 2020

O Conselho de Ministros aprovou “o alargamento, até 31 de dezembro de 2020, da atribuição do financiamento e compensações aos operadores de transportes públicos de passageiros”

O Governo aprovou esta terça-feira o alargamento, até 31 de dezembro, da atribuição do financiamento e compensações aos operadores de transportes públicos de passageiros, na sequência das quebras de receitas decorrentes das limitações implementadas para mitigar a propagação da pandemia.

De acordo com um comunicado divulgado, o Conselho de Ministros aprovou “o alargamento, até 31 de dezembro de 2020, da atribuição do financiamento e compensações aos operadores de transportes públicos de passageiros”.

O intuito é promover “a sustentabilidade daquelas empresas, cuja atividade e receitas foram fortemente afetadas pelas medidas de limitação de circulação de meios de transporte coletivos adotadas no âmbito da situação de pandemia”.

Este decreto-lei altera as medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

As empresas de transportes públicos reduziram a oferta no início da pandemia, tendo em conta a quebra acentuada da procura, e apenas com o fim do estado de emergência e o aligeirar das medidas de confinamento começaram a repor a oferta.

Contudo, utentes e autarcas queixaram-se da falta de transportes públicos, considerando que a reposição da oferta não foi suficiente, já que os transportes públicos passaram a ter um limite de lotação de dois terços e que o tempo de espera passou a ser muito superior ao normal.

Passou também a ser obrigatório o uso de máscara pelos trabalhadores e passageiros, sendo necessário manter a distância física recomendada entre os utentes durante os períodos de espera nas paragens e estações, assim como no ato da compra dos bilhetes e na entrada dos autocarros ou carruagens.

No caso dos autocarros, os veículos devem estar equipados com cabine para o condutor e dispensadores de gel desinfetante.

A Direção-Geral da Saúde recomendou ainda que, quando se compra bilhete a bordo, deve ter-se preferencialmente dinheiro trocado.

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Governo clarifica regras sobre tráfego aéreo e estabelece regime sancionatório

  • Lusa e ECO
  • 15 Julho 2020

Incumprimento pelas companhias aéreas ou pela ANA das regras definidas implicará pagamento de coimas entre 500 e 2.000 euros por cada passageiro que embarque sem mostrar teste negativo.

O Governo clarificou esta terça-feira as regras sobre tráfego aéreo e gestão de aeroportos no quadro da pandemia de Covid-19, e estabeleceu o regime sancionatório do incumprimento das mesmas.

“Clarificam-se regras referentes ao tráfego aéreo e aos aeroportos, designadamente: a obrigatoriedade de os passageiros de voos com origem em países considerados de risco epidemiológico apresentarem, no momento da partida, um comprovativo de realização de teste para despiste da infeção por SARS-CoV-2 com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque“, diz o comunicado emitido após uma reunião do Conselho de Ministros realizada por via eletrónica.

De acordo com as regras aprovadas, a ANA – Aeroportos de Portugal fica obrigada a efetuar, nos aeroportos internacionais portugueses que gere, o “rastreio de temperatura corporal por infravermelhos a todos os passageiros que chegam a território nacional e implementar as respetivas medidas de proteção e contenção”.

Estas regras não são aplicáveis aos aeroportos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores”, adianta.

O Conselho de Ministros aprovou também um decreto-lei que estabelece que o incumprimento pelas companhias aéreas ou pela ANA das regras definidas implicará o pagamento de coimas entre 500 euros e 2.000 euros “por cada passageiro que embarque sem demonstrar teste laboratorial Covid-19 negativo, ou dispensa da sua necessidade”, e de coimas entre 2.000 euros e 3.000 euros “por incumprimento da obrigação de rastreio de temperatura corporal por infravermelhos a todos os passageiros que chegam a território nacional”.

O cumprimento das obrigações definidas será fiscalizado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

As determinações aprovadas hoje em Conselho de Ministros dão continuidade ao processo de desconfinamento iniciado em 30 de abril, mantendo a declaração diferenciada da situação de alerta, contingência e calamidade, que prevê que entre as 00h00 de 15 de julho e as 23h59 de 31 de julho de 2020 vigore a situação de alerta em todo o território de Portugal continental, com exceção da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Na AML vigorará a situação de contingência, com exceção dos municípios e das 19 freguesias onde se encontra decretada situação de calamidade.

Portugal contabiliza pelo menos 1.668 mortos associados à covid-19 em 47.051 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.

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Ricardo Salgado acusado de 65 crimes: um é de associação criminosa

PGR anunciou esta terça-feira a dedução da acusação contra Ricardo Salgado, mas 17 pessoas e 7 empresas. Ex-líder do BES está acusado de 65 crimes. Um deles é associação criminosa.

Ricardo Salgado terá sido o cérebro de uma rede criminosa, dentro Grupo Espírito Santo (GES) e do Banco Espírito Santo (BES), de forma a cometer sucessivos crimes “de forma organizada”. No total, são 65 crimes que o Ministério Público imputa a Ricardo Salgado, entre eles um crime de associação criminosa. São 29 crimes de burla qualificada e 12 crimes de corrupção ativa no setor privado com mais páginas que a acusação da Operação Marquês (ambas mais de quatro mil). E ainda branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude no comércio internacional e desvio de fundos.

Já na terça-feira, o Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal anunciou a acusação contra 25 arguidos, 18 pessoas singulares e 7 pessoas coletivas, nacionais e estrangeiras, no âmbito do processo principal do designado “Universo Espírito Santo”.

José Manuel Espírito Santo e Manuel Fernando Espírito Santo são acusados dos crimes de burla qualificada mas não do de associação criminosa de Salgado. Alexander Cadosch, líder da Eurofin, Jean-Luc Schneider, ex-administrador da Espírito Santo Financiére, Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do BES, Isabel Almeida, administradora do BES são acusados de fazer parte da associação criminosa liderada por Ricardo Salgado.

Os magistrados concluíram que Ricardo Salgado instruiu José Castella e Francisco Machado da Cruz para que cedessem a informação financeira da ESI forjada, contaminado a decisão dos órgãos de governo e operacionais do banco com decisões que expunham ilegalmente os clientes do banco à ESI, insolvente, segundo a acusação.

“A investigação levada a cabo e que termina com o despacho de acusação em referência apurou um valor superior a 11 mil e oitocentos milhões de euros, em consequência dos factos indiciados, valor que integra o produto de crimes e prejuízos com eles relacionados”, diz o comunicado da PGR.

O inquérito teve origem em notícia divulgada em agosto de 2014 sobre a medida de resolução do, então, BES e visava o apuramento de um conjunto de alegadas perdas sofridas por clientes das unidades bancárias Espírito Santo. “Com base neste conjunto de conhecimentos, o inquérito teve por objeto a investigação de dados patrimoniais de um conjunto de empresas do Grupo em questão, incluindo unidades com licenças públicas para o exercício de atividade bancária e de intermediação financeira”, explica a PGR.

Segundo o Ministério Público, os factos que envolvem o processo do aumento de capital do BES, em junho de 2014, são investigados em processo distinto.

O ex-líder do BES terá criado uma estrutura fraudulenta dentro do banco, sustentada no Departamento Financeiro e de Mercados, tutelado pelo diretor financeiro, à data, Amílcar Morais Pires. Uma estrutura alegadamente montada sem conhecimento da maioria da equipa de gestão do BES, nem do Banco de Portugal (BdP).

Amílcar Morais Pires, braço direito de Ricardo Salgado, e a diretora financeira do BES, Isabel Almeida e José Manuel Espírito Santo, primo de Salgado e antigo administrador, foram também acusados. Além de crimes de falsificação, respondem por associação criminosa, burlas qualificadas, abuso de confiança e branqueamento de capitais.

No centro da acusação estão também responsáveis da Eurofin, entidade com sede na Suíça, que era útil ao Grupo Espírito Santo, num alegado esquema de lavagem de dinheiro.

O centro da investigação concentrou-se nas condições que determinaram a resolução do Banco Espírito Santo, assim como da insolvência da Espírito Santo Internacional, da Rioforte, da Espirito Santo Control, da ESFIL e da Espírito Santo Financial Group, no Luxemburgo, bem como da liquidação do Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, a liquidação do ES Bank of Panama, no Panamá, e o ES Bankers Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos.

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José Maria Ricciardi ilibado de todos os crimes. “As minhas ações tinham toda a razão de ser”

Ricardo Salgado é um dos 25 arguidos na acusação do caso GES/BES. Ricciardi, ilibado de quaisquer crimes, afirma ao ECO que as iniciativas que tomou "tinham toda a razão de ser".

Ricardo Salgado é acusado pelo Ministério Público de associação criminosa entre outros 65 crimes no caso GES/BES. A acusação com mais de quatro mil páginas é demolidora para o antigo presidente do BES, um resultado que não surpreende José Maria Ricciardi, ilibado de quaisquer crimes: “Afinal, perante aquilo que li, constato que as iniciativas que tomei para mudar a governação do Grupo Espírito Santo (GES) e do BES para afastar Ricardo Salgado tinham toda a razão de ser”, diz ao ECO. “Se me tivessem ouvido, talvez o BES não tivesse ido à falência”.

Ricciardi não era arguido no processo GES/BES e agora, para o Ministério Público, foi mesmo inocentado deste caso. O antigo presidente do banco de investimento do grupo, o BESI, entrou em rota de colisão com Salgado e chegou mesmo a tentar uma mudança de administração do BES para evitar a falência, mas acabou por perder a guerra e afastar-se. Agora, a acusação do Ministério Público vem dar-lhe razão.

“Não podendo imaginar a dimensão e a gravidade dos crimes praticados, e dos prejuízos causados a terceiros, isso não me permitiu ser mais assertivo e mais atuante em tudo o que fiz para evitar o colapso do GES e do BES”, afirmou Ricciardi ao ECO depois de conhecida a acusação do Ministério Público a Salgado e a mais 17 arguidos individuais e sete arguidos coletivos. Ricciardi vai ser testemunha do Ministério Público.

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Whatsapp em baixo. Falhas afetam utilizadores globalmente

Vários utilizadores pelo mundo sinalizaram problemas no funcionamento do Whatsapp, tanto na aplicação móvel como na versão web, para o computador.

O Whatsapp deixou de funcionar por alguns momentos na noite desta terça-feira. A plataforma de comunicação não permitia o envio ou receção de mensagens, tanto na versão mobile como para o computador, o Whatsapp Web. Os registos desta falha surgiram um pouco por todo o globo, sendo que também foram sentidos em Portugal.

No site DownDetector, que monitoriza o funcionamento de serviços online, registou-se um pico de reclamações por volta das 21 horas, altura em que cerca de 18 mil utilizadores sinalizaram problemas na aplicação. A página disponibiliza um mapa com as reclamações registadas, que se parecem concentrar na Europa, América do Norte e do Sul.

Mapa dos registos de falhas no WhatsappDowndetector

Na rede social Twitter, foram também vários os utilizadores, de múltiplos países, como Portugal, Estados Unidos, Brasil, Índia e Nigéria, que comentaram ter problemas no serviço de envio de mensagens detido pelo Facebook, através do qual é também possível realizar chamadas de voz ou por vídeo.

O Whatsapp já parece estar a regressar ao normal funcionamento, apesar de ainda existirem alguns relatos de falhas. A empresa ainda não reagiu aos problemas sentidos na plataforma de mensagens nas suas redes sociais.

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DS Seguros: famílias podem poupar 50% do que pagam por seguro Vida do crédito habitação

  • ECO Seguros
  • 14 Julho 2020

A rede de seguros afirma que, graças aos seus serviços, mais de 1.000 famílias pouparam uma média cerca de 600 euros anuais no seu seguro de Vida do crédito habitação.

No primeiro semestre de 2020, “foram mais de 1.000 as famílias a poupar cerca de 50% no Seguro de Vida do Crédito habitação, o que se traduz em menos 600.000 euros de custos por ano, o equivalente a uma poupança média por agregado familiar de cerca de 600 por ano”, quantifica a DS Seguros num comunicado.

Segundo Luís Tavares, diretor coordenador nacional da DS Seguros: “Existe um desconhecimento por parte dos portugueses sobre o facto de ser possível fazer este seguro fora da entidade bancária onde está o empréstimo, sem que tenham qualquer agravamento na prestação do crédito habitação. Este fantasma tem levado as famílias a não procurarem aconselhamento para reduzir o preço do seu Seguro de Vida do Crédito Habitação, pois ficam com a ideia que com essa mudança o banco aumentará o spread”.

Assim, as famílias numa faixa etária acima dos 40 anos e que tenham uma divida bancária que ronde os 100.000 euros ou mais, “têm a possibilidade, com o aconselhamento especializado da DS SEGUROS, de poupar cerca de 50% no valor que pagam pelo Seguro de Vida do Crédito Habitação, sem que com essa alteração, tenham um agravamento na prestação do crédito habitação”.

Nos casos em que possa existir uma alteração do spread, explica a mesma fonte, “não haverá um impacto significativo na prestação, quando comparado com a redução do valor mensal do seguro de vida, ou seja, a poupança continuará a compensar”.

Em contexto de recessão económica causada pela Covid-19, onde milhares de famílias estão a ser afetadas pelo desemprego e com quebras significativas de rendimentos, “poupar dinheiro nunca foi tão importante,” nota a DS Seguros.

Uma das formas de contribuir para ajudar os portugueses a aliviar os seus encargos fixos e a terem mais rendimento disponível para enfrentar as dificuldades que se avizinham, “pode passar pela negociação do Seguro de Vida do Crédito Habitação, que é obrigatório”, propõe a rede de seguros da Decisões e Soluções.

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Defesa de Ricardo Salgado diz que acusação “falsifica” a história do BES

Equipa de Ricardo Salgado garante que ex-banqueiro "não desistirá de se defender e levará até às últimas consequências a sua defesa".

O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal deduziu acusação contra 25 arguidos, no âmbito do processo principal do designado “Universo Espírito Santo”. Em reação, a defesa de Ricardo Salgado, acusado de associação criminosa e corrupção, diz que o antigo banqueiro “não praticou qualquer crime” e afirma que a acusação “falsifica” a história do Banco Espírito Santo (BES).

Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce garantem que Salgado “não desistirá de se defender e levará até às últimas consequências a sua defesa”, em comunicado enviado às redações. A equipa argumenta que, “durante todo o inquérito, as provas foram escondidas do Dr. Ricardo Salgado” e que este “foi confrontado com infindáveis juízos de valor vagos e genéricos, em vez de ter sido confrontado com factos concretos”.

A defesa do ex-banqueiro aponta o dedo a Carlos Costa, reiterando que esta foi “uma acusação pré-anunciada desde o dia 3 de agosto de 2014”, quando o “Governador cessante do Banco de Portugal (BdP) anunciou a morte do BES (depois deste banco ter sido afundado em provisões ilegais) e proferiu a “sua sentença” para justificar o desastre da resolução, que, agora, está a condicionar a Justiça”. Aponta, assim, que o BdP “interveio neste inquérito-crime, em claro e manifesto conflito de interesses”.

A equipa defende que “a resolução do BES foi um erro colossal que causou e causa prejuízos inquantificáveis ao País”, sublinhando que os lesados são do BdP, “porque é indesmentível que, enquanto o Dr. Ricardo Salgado esteve no BES, os Clientes foram reembolsados em 1,5 mil milhões de euros de papel comercial só no 1º semestre de 2014”. “Enquanto o Dr. Ricardo Salgado esteve no BES, não houve lesados”, ressalvam.

Salgado “assume e assumirá a responsabilidade pelos atos que praticou, demonstrando que não praticou atos ilícitos, explicando as suas motivações e mostrando que sempre agiu de boa-fé naquilo que lhe parecia ser o melhor interesse do Banco que teve a honra de ajudar a reconstruir”, diz a defesa.

A equipa de advogados finaliza afirmando que “em face da dimensão e enorme complexidade do processo (grande parte dele ilegalmente “escondido” da Defesa até agora), espera-se que, depois de tantas e sucessivas prorrogações de prazo que foram concedidas ao Ministério Público para concluir o inquérito, seja também concedido à Defesa um prazo razoável e condições dignas para o exercício cabal dos seus direitos com igualdade em relação a quem agora o acusa”.

Com Salgado, foram acusadas mais de quatro dezenas de pessoas, entre os quais ex- administradores e gestores do Grupo Espírito Santo. São, no total, 18 pessoas singulares e 7 pessoas coletivas, nacionais e estrangeiras. Segundo a acusação, na lista de crimes estão burla qualificada, branqueamento de capitais, associação criminosa, falsificação de documentos, fraude no comércio internacional e desvio de fundos e corrupção ativa e passiva. A acusação diz ainda que estes alegados crimes podem ter contribuído para a derrocada do BES e do grupo Espírito Santo.

“A investigação levada a cabo e que termina com o despacho de acusação em referência apurou um valor superior a 11 mil e oitocentos milhões de euros, em consequência dos factos indiciados, valor que integra o produto de crimes e prejuízos com eles relacionados”, lê-se no comunicado da Procuradoria-Geral da República.

Veja o comunicado na íntegra:

(Notícia atualizada às 21h50)

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Caso Harvey Weinstein: acordo judicial pode blindar desembolso de seguradoras

  • ECO Seguros
  • 14 Julho 2020

Seis das vítimas de abusos sexuais do antigo produtor de cinema rejeitam proposta de indemnização apresentada em tribunal porque, alegam, um tal acordo isentaria as seguradoras de pagar mais.

O montante na proposta de acordo, anunciado pela primeira vez a 30 de junho, ascende a 18,9 milhões de dólares (cerca de 16,7 milhões de euros) e, segundo noticiado, permitiria que cada queixoso reclamasse entre 7.500 e 750.000 dólares. No entanto, seis mulheres que integram a ação judicial pública ou coletiva (designada class action no sistema jurídico norte-americano), contestaram junto de um tribunal federal de Manhattan (Nova Iorque) alegando que, depois de honorários e custas legais, o montante proposto não iria além de 11,2 milhões.

Em consequência, cada uma das vítimas que integram a ação contra Weinstein receberia qualquer coisa entre 10 mil e 20 mil dólares. Nestes termos, contestam as queixosas, as seguradoras dos arguidos ficarão protegidas de realizar desembolsos maiores.

Acresce que, para as vítimas que litigam contra o acordo, a indemnização proposta constitui praticamente a “absolvição” de Harvey Weisntein, o seu irmão Bob e os elementos da direção da produtora (Weinstein Co) tornados arguidos no processo. Citando os autos do requerimento interposto pelas vítimas, a imprensa especializada refere o acordo é visto como“um embuste cruel” e um dos “acordos de class action mais parciais e injustos da história“.

A existência de um acordo para indemnizar as vítimas foi notícia anteriormente (em dezembro de 2019), mas sem confirmação oficial. O desfecho, agora contestado pelas seis mulheres vítimas de Weinstein e companhia, só se tornará efetivo depois de merecer aprovação por um juiz de comarca.

Na sequência do julgamento em processo penal, o réu Harvey Weinstein foi condenado em fevereiro de 2020, por duas (crime de agressão sexual em primeiro grau e violação em terceiro grau) das cinco acusações que o levaram a tribunal. O multimilionário caído em desgraça encontra-se atualmente a cumprir os 23 anos da pena de prisão a que foi sentenciado.

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APS organiza cursos de meio dia em Risco e Atuariado

  • ECO Seguros
  • 14 Julho 2020

São formações de manhã ou tarde, a realizar entre 23 de julho e 10 de setembro, com custos de 120 euros para não sócios e 80 para sócios. Área atuarial e área risco são as propostas da associação.

Aproveitando o verão, a APS – Associação Portuguesa de Seguradores vai realizar cursos na área atuarial e de risco no período de 23 de julho a 10 de setembro. Com a duração de 4 horas, uma manhã ou uma tarde, os cursos têm um custo de 120 euros para não sócios da APS e de 80 euros para sócios.

Sendo uma formação à distância, síncrona, as sessões dispõem da presença de um formador e serão realizadas através da plataforma zoom.

As matérias a ministrar são da área de risco e de atuariado. Ver imagem anexa.

Consulte aqui detalhes dos cursos: aps_formacao_sincrona

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ARAG deixa de ser liderada por membro da família fundadora

  • ECO Seguros
  • 14 Julho 2020

Pela primeira vez, nos últimos 20 anos, a seguradora alemã especialista em proteção jurídica deixa de contar com uma pessoa da família proprietária na chefia executiva do grupo.

Aos 74 anos, Paul-Otto Faßbender, presidente do conselho executivo do grupo ARAG SE, cessou o mandato, com efeitos desde 4 de julho. Sucedendo no cargo, Renk Dirksen, atual porta-voz do board, é quem passa a coordenar o órgão executivo e de administração do grupo alemão de seguros.

Comentando a transição, o chairman – cuja resignação estava prevista desde 2019 – afirmou: “Este é um passo importante na direção certa, já que consolida a futura viabilidade do grupo ARAG”. De acordo com comunicação da companhia sediada em Dusseldorf, os acionistas, membros do conselho e funcionários permanecem unidos sob a nova liderança com o objetivo de garantir a independência da ARAG como empresa familiar, “e isso não mudará nos próximos anos”, prometeu Paul-Otto Fassbender.

A 7 de julho, o acionista maioritário da empresa familiar foi eleito presidente do conselho de supervisão do grupo. Além desta função, Paul-Otto Fassbender continuará como presidente do conselho de administração da ARAG Holding SE, entidade matriz da companhia.

Números da instituição alemã (originalmente designada Allgemeine Rechtsschutz-Versicherungs AG) indicam encerrou 2019 com volume bruto de prémios a totalizar 1,76 mil milhões de euros (+6,6% face a 2018), enquanto as receitas consolidadas (incluindo a faturação gerada pelas participadas de serviços) ascendeu aos 1,79 mil milhões.

O resultado da atividade de subscrição totalizou 98,5 milhões de euros, um recorde dos últimos 10 anos e com as receitas da operação internacional a subirem 9%. Em termos consolidados, o resultado da atividade corrente progrediu cerca de 71%, até cerca de 120 milhões, enquanto o resultado líquido depois de impostos fixou-se em 77,5 milhões de euros, o melhor desempenho de sempre na história da instituição.

A empresa foi fundada em 1935 por um advogado e notário Heinrich Fassbender como empresa de seguros de proteção jurídica, tendo iniciado operação mais ligada no ramo automóvel. Anos depois, já desenvolvia atividade em outros ramos de seguros e 20 anos após a criação encontrava-se expansão internacional, operando atualmente em mais de 12 países.

A ARAG – Sucursal em Portugal começou por ser uma delegação da ARAG España. Lançada em 2002, a subsidiária portuguesa desenvolve atividade através de uma rede de mediadores, dispondo de carteira diversificada de proteções para particulares e empresas (seguros família; viagem; automóvel; habitação; transporte; comércio; condomínio).

A ARAG Portugal concluiu o exercício de 2019 com cerca de 1,3 milhões de euros em prémios, indicam dados no site do grupo alemão.

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