Negócio do mês: Consórcio Vanguard/Amorim paga 157,5 milhões de euros pelos ativos imobiliários do fundo Herdade da Comporta

Mais de um ano depois, o consórcio Vanguard Properties e Amorim Luxury são finalmente donos do futuro Terras da Comporta. Descubra tudo sobre o negócio do mês na edição de fevereiro da Advocatus.

Foi uma das operações que mais deu que falar, não só pela dimensão e pelo tempo que demorou, mas pelo projeto em si. Os ativos imobiliários da Herdade da Comporta são hoje, oficialmente, propriedade do consórcio Vanguard Properties e Amorim Luxury, incluindo o francês Claude Berda numa transação fechada por 157,5 milhões de euros. No futuro Terras da Comporta, numa área com quase 1.300 hectares, vão nascer hotéis, moradias e condomínios turísticos. Mas até à assinatura da escritura, que envolveu meia centena de pessoas, muita água correu.

A complexidade deste processo deveu-se à combinação de vários fatores”, tais como a dimensão do projeto, a situação económica e financeira do fundo de investimento imobiliário, as hipotecas a favor da Caixa Geral de Depósitos. “Naturalmente que um projeto desta dimensão só poderia ficar concluído a partir do momento em que tudo estava devidamente confirmado”, acrescenta.

Herdade da comporta, futura Terras da Comporta.D.R.

Foram precisos 12 anos até que a venda acontecesse mas, para o consórcio vencedor, o processo começou em março de 2018. José Cardoso Botelho ainda se recorda da mensagem de texto enviada a 4 de março por Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa. “Estavam a estudar há mais de seis meses um projeto e convidaram-nos para participar. Na manhã seguinte reunimo-nos e, na parte da tarde, depois de ter conversado com o Claude Berda, informámos a Amorim Luxury da nossa decisão de avançar”, conta. A primeira proposta deste consórcio foi entregue a 19 de março à Gesfimo.

Cerca de um mês depois aparecerem dois concorrentes: a holding Oakvest/Portugália, controlada pelo empresário inglês Mark Holyoake, e o aristocrata francês Louis-Albert de Broglieo. Entre propostas mais altas e até não vinculativas, estes últimos acabaram por abandonar a corrida.

Mais de 1,5 milhões de euros gastos em advogados e assessores

Não foi um processo fácil, reconhece a Vanguard Properties, assim como os próprios advogados envolvidos — foram mais de 20, de áreas de especialidade distintas. Os advogados Pedro Pinto e Gonçalo Mendes Martins, da pbbr, assessoraram juridicamente o fundo Herdade da Comporta, enquanto a Amorim Luxury foi representada por André Luiz Gomes e Marta Pinto da Silva, da Luiz Gomes & Associados (LGPAS), Carlos Osório de Castro e Francisco Cortez da Morais Leitão e António Payan Martins da CMS Rui Pena & Arnaut. Envolvidas estiveram também as consultoras imobiliárias KPMG e Cushman & Wakefield, a S+A Green Lab e a João Líbano Monteiro & Associados.

Só em advogados e assessores, revelou José Cardoso Botelho à Advocatus, foram gastos mais de 1,5 milhões de euros. António Payan Martins, sócio da CMS Rui Pena & Arnaut, ressalva a “especial complexidade” deste processo, que acabou por levar à “morosidade” do mesmo. “A transação teve elementos de elevada complexidade considerando, em especial, a situação dos ativos e a situação de insolvência das entidades que controlavam o fundo imobiliário fechado da Herdade da Comporta”, diz, enumerando ainda “os temas urbanísticos ligados ao projeto, os contratos de separação com a Herdade da Comporta e todo o processo tendente à obtenção das aprovações, designadamente judiciais, essenciais para a viabilização da transação”.

Enquanto isso, André Luiz Gomes, partner da LGPAS, fala na “sensibilidade dos assuntos colaterais que poderiam contaminar uma resolução de mercado transparente”. Ainda assim, diz o advogado, “o principal objetivo exigido pelos constituintes foi garantido: ‘só queremos comprar os ativos num processo transparente'”.

Esta complexidade traduz-se, claramente, em desafios jurídicos. Do lado da LGPAS, há um a destacar: “O único desafio jurídico foi o de assegurar que os riscos jurídicos de desenvolver este projeto único para Portugal eram adequados para dois grupos económicos concentrados em gerar valor acrescentado de forma profissional para os mesmos e, consequentemente, para a economia portuguesa”, nota André Luiz Gomes.

Assinatura da escritura de venda da Herdade da ComportaD,R,

Mais de um ano depois, o dia da escritura — que foi adiado várias vezes — finalmente chegou. A Deloitte recebeu na sede mais de 50 pessoas envolvidas no processo, desde compradores, a vendedores, um credor e vários assessores jurídicos e financeiros dos dois lados, que envolveram sociedades como a Caixa Geral de Depósitos, Vieira de Almeida, Uría Menéndez e até as Câmaras Municipais de Alcácer do Sal e Grândola. A dimensão deste dia foi de tal forma enorme que as pessoas foram distribuídas por salas, tendo havido até um mapa das salas onde e até as Câmaras Municipais de Alcácer do Sal e Grândola. “No dia da escritura sentimo-nos todos confortáveis para aconselhar os nossos constituintes a seguirem em frente”, recorda o partner da LGPAS.

Mais de um ano depois, obras estão prestes a arrancar

Para a Vanguard Properties, o processo começou em março e terminou a 14 de novembro, no dia em que a escritura foi assinada. Foi preciso mais de um ano para ultrapassar todos os obstáculos que foram aparecendo. Para Andre Luiz Gomes, da LGPAS, “o tempo usado foi o estritamente necessário para garantir que os nossos constituintes podiam assumir o risco de desenvolver em termos sustentáveis o que, é certamente, a última oportunidade de transformar a relevante região da Comporta (Grândola e Alcácer do Sal) num dos destinos de excelência do turismo mundial”.

Questionado se o pior já passou, José Cardoso Botelho explica que “são processos diferentes”. Embora reconheça que até aqui foi uma fase “complexa e morosa”, por motivos independentes da Vanguard Properties, a próxima fase — de construção — será “totalmente dependente” da empresa. De hoje em diante, o projeto levado a cabo pelo consórcio Vanguard/Amorim passará a chamar-se Terras da Comporta “para evitar confusão com a sociedade agroflorestal com essa designação”.

É numa área de 1.296 hectares que vão nascer, dentro de oito a 12 anos, dois projetos turísticos — Comporta Links e Comporta Dunes. No primeiro, em Alcácer do Sal, com 365 hectares, vão ser construídos dois hotéis, dois aparthotéis, lotes para moradias, várias unidades de aldeamento turístico e um campo de golfe. No Comporta Dunes, em Grândola, com 551 hectares de pinhal e perto da praia, vão nascer quatro hotéis, um aparthotel, vários lotes para moradias, unidades turísticas e um campo de golfe com 100 hectares. As primeiras obras arrancam no primeiro trimestre de 2020. Mas este não será um empreendimento acessível ao bolso de todos. “Considerando o valor do investimento na compra, no desenvolvimento das infraestruturas e de todas as condicionantes, visará um segmento alto”, antecipa o CEO da Vanguard Properties.

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Propinas baixam. E há manuais novos no primeiro ciclo

O Parlamento entra hoje no terceiro dia de debate e votação na especialidade do OE2020. O tema mais polémico deste Orçamento está marcado para esta quarta.

A descida do IVA da luz chega esta quarta-feira ao debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020). Em cima da mesa continuam várias propostas para aliviar a conta da luz das famílias, mas o Governo continua a não ceder e prefere esperar por Bruxelas para avançar com uma redução da fatura que não ponha em causa as contas públicas e que combata as alterações climáticas.

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Esperança de cura para coronavírus puxa pelas bolsas europeias. Petróleo sobe 3%

Na China há notícias de que foi encontrada uma vacina para tratar o coronavirus, enquanto no Reino Unido foram registados "avanços significativos". Mercados reagem de forma positiva.

Os relatos sobre os progressos conseguidos no sentido de encontrar uma cura para o coronavírus estão a animar as bolsas europeias e a puxar pelas cotações do petróleo nos mercados internacionais. Na China há notícias de que foi encontrada uma vacina para tratar o coronavírus, enquanto no Reino Unido se registam, aparentes, “avanços significativos”.

As bolsas europeias que até arrancaram a sessão em terreno negativo, rapidamente inverteram de sentido. O Stoxx 600 — índice que agrega as principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — já valoriza 0,88%. Em Lisboa, o PSI-20 avança 0,59%, animado pelo BCP e pela Galp Energia.

Já o petróleo acelerou os ganhos modestos que vinha a registar nesta sessão, tendo já estado a somar mais de 3%. O preço do barril de crude voltou a superar a fasquia dos 50 dólares, ganhando agora 2,42% para os 50,81 dólares. Já o brent — referência para as importações portuguesas — avança 2,62%, para os 55,37 dólares por barril.

Cotações do petróleo aceleram

Os investidores revelam o seu otimismo face às notícias que dão conta de que um tratamento para o coronavírus pode já estar próximo de ser encontrado. Esta quarta-feira, a televisão chinesa deu conta de que investigadores da Universidade de Zhejiang encontraram um medicamento efetivo para tratar as pessoas contaminadas por este novo vírus.

Já um cientista que lidera a pesquisa no Reino Unido para encontrar uma vacina contra o coronavírus disse à Sky News de que a sua equipa fez um “avanço significativo” ao reduzir uma parte do tempo normal de desenvolvimento de dois para três anos para apenas 14 dias.

“Os mercados de ações na Europa tiveram uma forte reviravolta com base em relatos não confirmados”, disse David Madden, analista de mercado da CMC Markets, citado pela Reuters. “Os traders assumiram que a situação está agora mais sob controlo e, esperançados de que a propagação da crise da saúde será contida e que haverá um retorno à normalidade na China e no mundo”, acrescentou o especialista.

(Notícia atualizada às 9h50 com mais informação)

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Análises aos dois novos casos suspeitos de coronavírus deram negativo

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Estes dois casos, que elevam para quatro o número de casos suspeitos em Portugal, são dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa.

As análises aos dois novos casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (2019-nCov) em Portugal deram negativo, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Na nota, a DGS lembra que estes dois casos suspeitos tinham sido encaminhados na terça-feira para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Estes dois casos, que elevam para quatro o número de casos suspeitos em Portugal, são dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa.

Um deles era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.

O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado em Wuhan. O segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de janeiro.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, a diretora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.

Vinte pessoas estão em internamento voluntário no Hospital Curry Cabral, depois de terem sido repatriadas de Wuhan (China), onde o vírus surgiu, em dezembro passado.

O novo coronavírus (2019-nCoV), que surgiu em dezembro passado em Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, já provocou 490 mortos e infetou mais de 24.300 pessoas.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na passada quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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Aprovada isenção de IRS para estudantes com rendimentos até 2.194 euros

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

A isenção de IRS para rendimentos de trabalho auferidos por estudantes foi aprovada no Parlamento.

A isenção de IRS para rendimentos de trabalho auferidos por estudantes, proposta pelo PS, foi esta terça-feira aprovada no Parlamento, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

Em causa está uma medida que exclui de tributação, em sede de IRS, os rendimentos auferidos pelos estudantes até ao limite anual de cinco vezes o Indexante de Apoios Sociais (2.194,05 euros). A iniciativa, votada na Comissão de Orçamento e Finanças, foi aprovada com os votos favoráveis do PS e a abstenção do BE, PAN, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal. O PCP e o PSD abstiveram-se.

“São excluídos de tributação, até ao limite anual global de 5 x IAS, os rendimentos da categoria A [trabalho dependente] provenientes de contrato de trabalho e os rendimentos de categoria B [trabalhadores independentes] provenientes de contrato de prestação de serviços, incluindo atos isolados, por estudante considerado dependente (…) a frequentar estabelecimento de ensino integrado no sistema nacional de educação”, refere o diploma.

Para poderem beneficiar deste IRS Jovem, os visados devem submeter através do Portal das Finanças, até 15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que o imposto respeita, “documento comprovativo da frequência de estabelecimento de ensino oficial ou autorizado”.

Esta medida vem juntar-se a uma outra, também no âmbito do IRS Jovem, que já constava da proposta do OE entregue pelo Governo na Assembleia da República, que determina que os rendimentos auferidos por jovens entre os 18 e os 26 anos nos dois primeiros anos de trabalho fiquem parcialmente isentos de IRS. Essa isenção é 30%, 20% e 10% durante o primeiro, segundo e terceiro anos de atividade, respetivamente.

A isenção de 30% prevista para o primeiro ano terá por limite o equivalente a 7,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, 3.291 euros. Já a isenção de 20% (atribuída no segundo ano de atividade) tem por limite o equivalente a cinco vezes o IAS, o que corresponde a 2.194 euros. No terceiro e último ano do regime, a isenção de 10% está limitada a 2,5 vezes o IAS, ou 1.097 euros.

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Fisco promove concurso privado. Paga 15.000 euros para promover

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2020

A Autoridade Tributária promoveu junto de vários cidadãos um concurso privado, do qual faziam parte mais de 20 empresas. Para fazer parte deste projeto, o Fisco pagou 15.000 euros.

A Autoridade Tributária (AT) promoveu junto de vários cidadãos um concurso privado, do qual faziam parte mais de 20 empresas. Para fazer parte deste projeto, o Fisco pagou 15.000 euros, por ajuste direto, à empresa que gere o projeto. O caso foi “descoberto” na sequência de duas denúncias junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), avança a TSF.

Em causa está o concurso “Mudar é Ganhar”, organizado pelo Movimento pela Utilização Digital Ativa (MUDA), um projeto da responsabilidade da empresa A2D Consulting (especializada em consultadoria para a transformação digital). O projeto foi promovido em parceria com várias empresas, universidades, associações e até com o Estado Português, como se lê no site da A2D.

Na prática, o Fisco enviava aos contribuintes mensagens de texto com um código, encaminhando-os para o concurso em questão. Concurso esse que contava já com 500.000 participantes, denunciou um cidadão. E, para fazer essa “promoção”, a AT pagou à A2D a quantia de 15.000 euros, tendo o contrato sido assinado em setembro por ajuste direto, justificando-se falta de recursos próprios do Estado.

Este processo originou duas queixas na CNPD, mas também “diversas” denúncias feitas junto do Grupo Parlamento do Bloco de Esquerda. À TSF, o Ministério das Finanças, que tutela a AT, justifica que o Fisco “associou-se ao MUDA para promover a participação dos portugueses no espaço digital e ajudar a tirar partido dos benefícios dos serviços digitais”, e tem até uma página de esclarecimento. Em pouco mais de três meses serão dados mais de cinco mil prémios de pequeno ou médio valor, sendo o prémio final um carro que custa mais de 30 mil euros.

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Guerra comercial, saúde e até Venezuela. O discurso em que Trump recorda como “reconstruiu” os EUA

Durante mais de uma hora, Donald Trump falou no discurso do Estado da União, congratulando-se por ter conseguido "destruir a mentalidade de um declínio americano".

Durante mais de uma hora, os norte-americanos estiveram de olhos (e ouvidos) postos no discurso do Estado da União feito por Donald Trump, o segundo Presidente a protagonizar um momento destes durante um processo de impeachment. O republicano recordou os três anos em que está na liderança dos Estados Unidos, falando de temas como a guerra comercial, a Venezuela, o Irão e o México, e até usou a saúde para atacar os democratas.

“Em apenas três curtos anos, destruímos a mentalidade do declínio americano e rejeitamos o downsizing do destino americano”, começou por dizer Donald Trump, aos gritos, citado pelo The Guardian (conteúdo em inglês). “Estamos a avançar a um ritmo inimaginável desde há pouco tempo, e nunca mais vamos voltar!”, continuou.

Donald Trump no discurso do Estado da União.Donald Trump/Instagram

Esta não foi a primeira vez que um Presidente norte-americano faz o discurso do Estado da União durante um impeachment, Bill Clinton já se tinha estreado neste cenário em 1999. Mas, agora, Donald Trump enfrenta eleições e, tal como seria de esperar, todo o seu discurso se centrou no “grade retorno americano”. Durante cerca de uma hora e quinze minutos, o Presidente dos Estados Unidos falou ao mundo num discurso em que abordou todos os temas quentes.

Estamos “a construir a sociedade mais próspera e inclusiva do mundo, uma sociedade em que cada cidadão pode juntar-se ao sucesso sem paralelo da América e onde todas as comunidades podem participar no crescimento extraordinário da América”, disse Donald Trump, sublinhando que a taxa de desemprego está no nível mais baixo dos últimos 50 anos.

Em termos de política externa, também não poupou elogios a si próprio, congratulando-se com o seu “plano de paz” para o Médio Oriente. E até falou do assassinato do líder iraniano Qassem Suleimani. “A nossa mensagem para os terroristas é clara: Nunca escaparão da Justiça americana. Se atacarem os nossos cidadãos perdem a vossa vida”, disse.

Para a Venezuela também ficou uma mensagem. Com Juan Guaidó a assistir ao discurso na fila da frente, Donald Trump disse: “Por favor, leve esta mensagem: todos os norte-americanos estão unidos com o povo venezuelano na luta justa pela liberdade. Muito obrigado, senhor Presidente. O socialismo destrói as nações”.

Por último, o Presidente dos Estados Unidos atacou os democratas com o tema da saúde. “Há quem vos queira tirar os vossos cuidados de saúde e o médico e abolir completamente os seguros privados. 132 congressistas nesta sala apoiaram leis destinadas a impor um controlo socialista ao nosso sistema de saúde, acabando com os seguros privados de saúde de 180 milhões de americanos contentes”, acusou.

O discurso do Estado da União ficou ainda marcado por um momento caricato: a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, no final do discurso agarrou ostensivamente nas folhas do discurso de Trump e rasgou-as à frente do Congresso. À saída, Pelosi disse a um jornalista que aquele era o gesto “mais cortês, em relação às alternativas”.

A Casa Branca lamentou já que Pelosi tenha simbolicamente “rasgado” um veterano da Segunda Guerra Mundial, um bebé prematuro nascido às 21 semanas de gravidez, ou ainda a família de Kayla Mueller, morta pelos fundamentalistas do grupo extremista Estado Islâmico na Síria e outros convidados que se encontravam no Congresso e que Trump citou no discurso do Estado da Nação.

O encontro institucional anual perante os membros da Câmara dos Representantes e do Senado registou, no início, um outro momento de tensão e que resume a divisão da classe política norte-americana, quando Donald Trump evitou a mão estendida de Nancy Pelosi.

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Senado vota veredito de julgamento político de Donald Trump

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

O previsível é que a maioria republicana aprove a absolvição de Donald Trump pelas acusações de abuso de poder e de obstrução ao Congresso.

O Senado dos EUA vota esta quarta-feira o veredicto do julgamento político do Presidente norte-americano, Donald Trump, sendo previsível que a maioria republicana aprove a sua absolvição pelas acusações de abuso de poder e de obstrução ao Congresso. Horas depois do seu discurso do Estado da União, Donald Trump conhecerá o desfecho do processo de impeachment, levantado em dezembro passado pela oposição democrata.

A maioria republicana no Senado (53-47) deverá ser suficiente para garantir a absolvição do Presidente, depois de quase duas semanas de discussão à volta de dois artigos para destituição que foram aprovados pela maioria democrata na Câmara de Representantes. Contudo, vários senadores não indicaram ainda o seu sentido de voto, deixando em aberto todos os cenários para o desfecho daquele que foi o terceiro julgamento de impeachment na história dos Estados Unidos (para além dos de Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998).

Se Trump for considerado culpado de uma das duas acusações (abuso de poder e obstrução ao Congresso), o veredicto levará à sua demissão, o que seria inédito, já que os outros dois processos de destituição absolveram Johnson e Clinton. O Presidente Dos EUA pode ainda ser absolvido mas com a aprovação de uma resolução de censura, como foi sugerido pelo senador democrata Joe Manchin, de West Virginia.

A moção de censurar o Presidente exprimiria a desaprovação formal da sua conduta, pelo Senado, mas não o removeria do lugar na Casa Branca, além de que, se avançar, apenas poderá ser votada depois das resoluções de absolvição ou de culpa. Alguns senadores de ambas as bancadas continuam sem proferir a sua intenção de voto, como é o caso dos republicanos Mitt Romney, do Utah, e Susan Collins, do Maine, que ao longo do processo mostraram sinais de se poderem aproximar das posições de condenação apresentadas pelos democratas.

Mas também do lado democrata há senadores, como Doug Jones, do Alabama, Kirsten Sinema, do Arizona, e Joe Manchin que não se pronunciam sobre como irão votar, admitindo que possam aprovar a resolução de absolvição, tendo admitido que o comportamento de Trump não foi correto, mas pode não ser passível de destituição.

Para complicar as contas aos democratas, a senadora republicana Lisa Murkowski, do Alasca, que tinha dado sinais de poder querer votar ao lado dos democratas, depois de ter dito que o comportamento de Trump tinha sido “vergonhoso e errado”, anunciou segunda-feira que aprovará a absolvição do Presidente.

Nas alegações finais, esta semana, os democratas insistiram na versão de que Trump abusou do cargo, ao pressionar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar a atividade da família de Joe Biden, rival democrata, junto de uma empresa da Ucrânia envolvida num caso de corrupção, e que tentou perturbar a investigação pela Câmara de Representantes.

A equipa de advogados do Presidente voltou ao argumento de que não houve pressão junto de nenhum líder estrangeiro (invocando mesmo declarações de Zelensky nesse sentido) e disse que o Presidente atuou sempre em função do interesse público, preocupado com o alastrar da corrupção na Ucrânia, negando igualmente qualquer ato de obstrução ao Congresso.

Ao longo do processo, Donald Trump tem repetido que tudo não passa de uma “caça às bruxas” destinada a prejudicar a sua campanha para reeleição nas presidenciais de novembro próximo.

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PS muda voto e chumba tarifa social de energia para quem recebe salário mínimo

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

Manteve-se o alargamento da tarifa social de energia para as situações de desemprego, além das já existentes.

O PS alterou o sentido de voto e chumbou esta terça-feira o alargamento da tarifa social de energia para quem tem um rendimento mensal equivalente ao valor do salário mínimo nacional, mantendo a medida para os desempregados.

Em causa está uma proposta de alteração do PAN ao Orçamento do Estado 2020 (OE2020), votado na especialidade e que numa primeira votação foi aprovada em bloco com votos favoráveis de todos os partidos, à exceção do PSD, que votou contra, e a abstenção do CDS.

Porém, já na reta final da maratona de mais de 12 horas de votação, o PS mudou o sentido de voto e chumbou um dos artigos da proposta do PAN.

Manteve-se assim o alargamento da tarifa social de energia para as situações de desemprego, além das já existentes, mas foi chumbada a que previa a medida para os “agregados familiares, que não beneficiando de qualquer prestação social, apresentem um rendimento total anual igual ou inferior a 19.050 euros, acrescido de 50% por cada elemento do agregado familiar que não tenha qualquer rendimento”.

De acordo com o documento, ficará assegurado que “as condições de elegibilidade de acesso à tarifa social para o gás natural são as mesmas que as da tarifa social para a energia elétrica”.

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Receitas da Vodafone Portugal sobem para 275 milhões no terceiro trimestre fiscal

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2020

A empresa liderada por Mário Vaz viu as suas receitas crescerem 5,5% no trimestre terminado em dezembro, suportadas pelo "crescimento continuado no negócio fixo".

As receitas totais da Vodafone Portugal subiram 5,5% no terceiro trimestre terminado em dezembro, em termos homólogos, para 275 milhões de euros, e as de serviços cresceram 5,9%, divulgou esta quarta-feira a operadora de telecomunicações.

No terceiro trimestre fiscal, as receitas de serviços cresceram 5,9% para 247 milhões de euros, sendo que “este desempenho reflete a estabilização do negócio móvel e o crescimento sustentado no fixo, principalmente na televisão paga”, adianta a empresa.

“O desempenho alcançado no terceiro trimestre foi suportado, principalmente, pelo crescimento continuado no negócio fixo“, refere a operadora liderada por Mário Vaz, acrescentando que, no período em análise, “a base total de clientes fixos aumentou 9,7%” em termos anuais, “atingindo 772 mil, dos quais 664 mil são clientes de televisão (+11,4% homólogos)”.

A Vodafone Portugal “continua a expandir o seu ‘footprint’, atingindo no final do trimestre, 3,4 milhões de lares e empresas com fibra”.

A empresa refere que a contribuir para os resultados esteve também a “estabilização do negócio móvel, que atingiu mais de 4,7 milhões de clientes, um aumento de 1,2% em relação ao mesmo período no ano passado”.

“É com enorme satisfação que entramos no último trimestre do nosso ano fiscal com uma dinâmica de crescimento, sustentada na crescente utilização dos nossos serviços por parte dos portugueses”, refere o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, citado em comunicado.

“Crescimento este que resulta da qualidade e disponibilidade das nossas redes e da adequação dos nossos serviços às necessidades do mercado. A manutenção desta tendência exigirá da nossa parte uma contínua evolução das nossas redes gigabit – fixa e móvel – compromisso que há muito assumimos para possibilitar um futuro de sucesso a Portugal, para que, coletivamente, se consiga tirar o máximo partido das oportunidades que o digital traz”, conclui o gestor.

A operadora recorda que no terceiro trimestre fiscal “prosseguiu com o trabalho de desenvolvimento da sua rede 5G, mostrando em diferentes momentos o potencial da quinta geração de telecomunicações móveis, bem como a disponibilidade da rede Vodafone para o lançamento do 5G em Portugal”.

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PCP assegura creches gratuitas para 56 mil crianças

A medida do PCP que prevê a gratuitidade das creches para o primeiro escalão, e para o segundo para quem tenha dois ou mais filhos, foi aprovada no Parlamento.

A proposta do PCP que prevê a gratuitidade das creches para o primeiro escalão e para o segundo escalão a partir do segundo filho foi aprovada com os votos a favor do PS, BE, PCP e PAN e com a abstenção do PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal. A medida deverá abranger cerca de 56 mil crianças, de acordo com fonte oficial da bancada parlamentar do PCP.

Desta forma, até à entrada no ensino pré-escolar “é garantida a gratuitidade de frequência de creche a todas as crianças que frequentem uma creche pública ou abrangida pelo sistema de cooperação e cujo agregado familiar pertença ao primeiro escalão de rendimentos da comparticipação familiar independentemente do número de filhos; ou ao segundo escalão de rendimentos da comparticipação familiar e tenha dois ou mais filhos”, como se lê na proposta do PCP.

“O PCP defende que as crianças e as famílias em Portugal carecem urgentemente da criação duma rede pública de creches, ou soluções equiparadas, que deve cobrir todo o território nacional”, argumenta o partido na nota justificativa da medida.

A Ministra do Trabalho e da Segurança já tinha sinalizado, na audição no Parlamento no âmbito do OE2020, a disponibilidade do Governo para tornar a creche gratuita para as crianças abrangidas pelo primeiro escalão de rendimentos de comparticipação familiar que frequentem creches abrangidas pelo sistema de cooperação.

Porém, os deputados chumbaram a norma que previa o alargamento da gratuitidade aos restantes escalões de rendimentos.

Foi ainda aprovada a proposta dos socialistas que prevê para 2020 a “regulamentação do complemento-creche que comparticipe o custo com creche a partir do segundo filho”.

Já a proposta do BE que previa a criação de um programa rede de creches gratuitas, cujo objetivo era garantir a gratuitidade de frequência de creches a todas as crianças foi chumbada, já que o PSD mudou o sentido de voto de favorável para abstenção, acabando por inviabilizar a iniciativa.

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Nos e Jerónimo Martins puxam pela bolsa de Lisboa

A Nos é a cotada que mais ganhos regista na sesão, conduzindo os ganhos ligeiros do PSI-20 que segue em contraciclo com a Europa.

A bolsa nacional segue em alta pelo segundo dia, mas em contraciclo com as pares europeias, num dia em que o PSI-20 soma ganhos ligeiros à boleia das ações da Nos e da Jerónimo Martins.

O PSI-20 avança 0,09%, para os 5.268,8 pontos, com a maioria dos títulos em terreno positivo. Na Europa, o Stoxx 600 cai 0,1%, após os fortes ganhos da sessão anterior.

A Nos é o principal destaque positivo nesta sessão, comandando os ganhos do índice bolsista lisboeta. As suas ações valorizam 0,78%, para os 4,652 euros, um dia depois de se saber que a telecom liderada por Miguel Almeida e a Vodafone fizeram uma parceria para passarem a partilhar infraestruturas móveis. As duas operadoras assinaram um novo contrato de partilha de ativos móveis de abrangência nacional, anunciaram esta terça-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A contribuir para os ganhos modestos do PSI-20 está também a Jerónimo Martins. As ações da retalhista apreciam 0,35%, para os 15,83 euros. No mesmo sentido segue a EDP, com as ações da elétrica a ganharem 0,13%, para os 4,482 euros.

A impedir ganhos mais acentuados, está a Galp Energia cujas ações recuam 0,18%, para os 1,7 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo que seguem no verde nos mercados internacionais.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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