Aldeias do Xisto lançam fundo imobiliário para recuperação e valorização do património

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

A adesão ao fundo poderá ser feita através da venda dos imóveis ao fundo, do investimento financeiro ou da cedência dos imóveis para exploração pelo fundo.

As Aldeias do Xisto vão criar um fundo imobiliário para a recuperação e valorização do património edificado no contexto das aldeias, foi esta segunda-feira anunciado pela ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento das Aldeias do Xisto.

“A adesão ao fundo imobiliário far-se-á através de unidades de participação, podendo assumir formas tão distintas como a venda dos imóveis ao fundo, o investimento financeiro, a transformação do património edificado em unidades de participação ou a cedência dos imóveis para exploração pelo fundo“, lê-se numa nota de imprensa enviada à Lusa.

A ADXTUR destaca que este fundo terá uma arquitetura inovadora, que “permite juntar pequenos aforradores e grandes investidores em torno de uma oportunidade de negócio, que representa também uma maior abertura do território ao exterior e um impulso na capacidade de atração e fixação de pessoas”. “Nesta primeira fase, será dada prioridade a imóveis no interior das 27 aldeias do xisto, em contextos cénicos, paisagísticos e naturais de interesse e ainda a imóveis com um valor histórico e cultural”, acrescenta a informação.

Aldeias do XistoPixabay

Citado na nota de imprensa, o diretor executivo da ADXTUR, Rui Simão, destaca a relevância deste fundo como forma de voltar “a mobilizar os parceiros e a convocar investidores externos e institucionais em torno da reabilitação e valorização do edificado, invertendo o declínio patrimonial e atraindo novas ambições, motivações e compromissos que estimulem a energia social que este território necessita e merece”.

A medida contribuirá ainda para “garantir uma maior abertura do território das Aldeias do Xisto ao exterior, preenchendo lacunas na oferta turística já existente, mas também colocando no mercado imóveis para outros fins, como por exemplo acolhimento científico e artístico, aluguer de longa duração, time sharing, entre outros”.

Entre as vantagens enumeradas está igualmente o facto de este fundo juntar liquidez, património, capacidade financeira e planeamento estratégico, além de promover a cooperação, facilitar o investimento e assegurar a qualidade dos imóveis, reduzindo o risco e a incerteza, bem como a amplitude de valores e concorrência negativa em preço e práticas.

O fundo deverá ainda favorecer o duplo investimento e retorno (financeiro e em qualidade de vida) e estimular a alocação de capital imobiliário onde existem lacunas e onde efetivamente cria rendimento, sem criar conflito com atividades já em funcionamento. Da lista também consta o contributo para dotar o território de novos imóveis que possibilitam a residência permanente a custo acessível, com rendimento seguro para o fundo.

A ADXTUR destaca que está em causa uma ação “ancorada e que beneficia da solidez e alcance da marca Aldeias do Xisto” e frisa que nas freguesias com aldeias inscritas na rede das 27 Aldeias do Xisto a média de preço dos imóveis é de 670 euros por metro quadrado, ao passo que nas restantes freguesias não urbanas do território a média de preço dos imóveis é de 580 euros por metro quadrado.

A Rede das Aldeias do Xisto é um projeto de desenvolvimento sustentável, de âmbito regional, liderado pela ADXTUR, que tem sede na Barroca, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco.

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Morreu o antigo ministro da Economia Álvaro Barreto

  • ECO e Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O antigo ministro da Economia Álvaro Barreto morreu esta segunda-feira, de acordo com o Público.

O ex-ministro de Estado, das Atividades Económicas e do Trabalho no XVI Governo Constitucional, Álvaro Barreto, durante a audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à Aquisição de Equipamentos Militares, na Assembleia da República em Lisboa.Tiago Petinga/Lusa 23 julho, 2014

O antigo ministro do Partido Social Democrata (PSD) Álvaro Barreto morreu esta segunda-feira, avança o Público. O engenheiro civil que nasceu em 1936, se tornou militante do PSD desde a fundação do partido e foi por seis vezes ministro, com seis primeiros-ministros diferentes, faleceu a 10 de fevereiro de 2020 aos 84 anos, depois de vários meses internado. A notícia foi também confirmada à agência Lusa um antigo governante social-democrata.

Entre 1978 e 2005, o histórico do PSD Álvaro Barreto foi ministro com Mota Pinto, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mário Soares, Cavaco Silva (duas vezes) e, por último, Pedro Santana Lopes. “Além de meu ministro, era uma pessoa que respeitava muito, prestou muito serviço a Portugal. Foi governante de vários governos. Além do mais, um bom amigo e uma pessoa que eu admirava muito. Devia ter sido primeiro-ministro (…) Era uma pessoa extremamente competente”, disse Pedro Santana Lopes ao Observador.

“Trouxe a sua perspetiva do mundo empresarial para o Governo, foi interessante porque era um homem inteligente e eficaz com uma visão diferente”, disse o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, citado pelo Público (acesso pago). “Era sobretudo um bom gestor que sabia aplicar as regras da boa gestão à política”, disse também o ex-MNE Martins da Cruz ao Público.

Numa nota enviada à agência Lusa, o ex-Presidente da República Cavaco Silva lembrou a “elevada competência, capacidade de negociação e coragem” de Álvaro Barreto, considerando que a competitividade da agricultura portuguesa “muito deve” ao seu ex-ministro. Além disso, o antigo Chefe de Estado assinala ainda o papel do antigo ministro da Economia “como um dos responsáveis pelo processo de negociação da adesão de Portugal à CEE e, depois, como ministro, foi um negociador exímio na defesa da agricultura portuguesa”.

Ao mesmo tempo, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou Álvaro Barreto como uma personalidade que ajudou a “desbravar” e “consolidar” a “modernização do país e a integração europeia”. O Presidente da República recordou ainda Barreto “como um amigo”, com “uma vida ao serviço de Portugal”, que se notabilizou “como gestor e como governante, colocando o melhor do seu saber, talento e trabalho ao serviço do desenvolvimento da economia portuguesa, em áreas como a indústria, o comércio, a agricultura e as pescas”, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.

Pelas suas mãos passaram então diferentes pastas como a da Indústria, no primeiro Governo de iniciativa presidencial de António Ramalho Eanes, que tinha como primeiro-ministro Mota Pinto, e novamente com Francisco Sá Carneiro, onde além da indústria também se ocupou da pasta da energia.

Depois em 1981, já no Executivo de Pinto Balsemão, assumiu a função de ministro da Integração Europeia.

Terminados os governos da Aliança Democrática, Álvaro Barreto voltou a assumir cargos ministeriais, desta vez num executivo de bloco central, liderado por Mário Soares. Foi ministro do Comércio e Turismo em 1983, e, um ano depois, no mesmo Governo, passou para a pasta da Agricultura. Foi nessa pasta que se manteve desde o primeiro Governo de Cavaco Silva, em 1985, até 1990.

A Assembleia da República foi a casa que o acolheu enquanto deputado em 1991 e 1995, sendo que depois (em 2004) voltou ao Executivo pela mão de Pedro Santana Lopes para exercer as funções de ministro de Estado e das Atividades Económicas e do Trabalho. Nesta altura, foi sua a assinatura final no Decreto-Lei 240/2004 que marcou a criação dos famosos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC), como medidas compensatórias face aos anteriores contratos de aquisição de energia (CAE). Em 2019, Álvaro Barreto chegou a ser chamado à comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade – que muitos defendem que têm origem nos CMEC – mas não compareceu por motivos de saúde.

O seu percurso profissional acumula também uma vasta experiência empresarial. Tudo começou no Grupo Cuf, mas também foi diretor administrativo da Lisnave, administrador delegado da Setenave, cargo que desempenhava na altura do 25 de abril, foi presidente do conselho de gerência da TAP, foi presidente do conselho de administração da Soporcel e anda vogal do conselho de administração do Millennium BCP. Foi ainda presidente da Tejo Energia, detida pela Endesa, que explora a central a carvão do Pego, entre 1990 e 2004, cargo que retomou quando saiu do governo e que acabou por ser o último que ocupou no mundo das empresas.

Também Pedro Siza Vieira, ministro com a pasta da Economia, destacou esta segunda-feira a “competência e empenho” de Álvaro Barreto “em momentos difíceis”. Siza Vieira lembrou ainda a “longa e distinta carreira” de Álvaro Barreto, que, segundo o governante, se distinguiu “pela sua competência e empenho” em todos os lugares onde trabalhou.

“Como ministro da Economia, não posso deixar de recordar que o engenheiro Álvaro Barreto, por mais de uma ocasião, teve a responsabilidade por esta pasta, designadamente em momentos difíceis da nossa história económica”, acrescentou.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) também lamentou a morte de Álvaro Barreto, que recordou como o ministro responsável pela aplicação da Política Agrícola Comum em Portugal. O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, lembrou ainda o antigo ministro como “protagonista na reversão da lei da reforma agrária, permitindo a recuperação de muitas propriedades ocupadas no período mais negro da revolução”.

Por seu turno, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) salientou o papel essencial do ex-ministro e gestor Álvaro Barreto para o desenvolvimento da economia e das políticas, e para a compreensão dos problemas das empresas e empresários.

“Álvaro Barreto foi capaz de trazer para a política e para a governação uma visão empresarial, contribuindo, com a sua experiência e capacidade, para a existência de uma melhor compreensão do que são os problemas das empresas e dos empresários”, afirmou o presidente da CIP, António Saraiva, em comunicado enviado para a Lusa.

António Saraiva lembrou que o ex-ministro do PSD “ajudou a desenvolver e a consolidar o que é hoje a economia portuguesa”, considerando que “o seu legado será relembrado”. O presidente da CIP expressou ainda o seu pesar pela morte do engenheiro Álvaro Barreto, referindo que “contribuiu, de forma decisiva, para o desenvolvimento da economia e da política portuguesas, através dos diversos cargos que ocupou como gestor empresarial, em diversos setores, e nas missões que aceitou na governação”.

(Notícia atualizada às 21h36 com mais informação)

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Isabel Camarinha é a candidata a secretária-geral da CGTP

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

Isabel Camarinha tem 59 anos e, por isso, só poderá fazer um mandato como secretária-geral da CGTP. Irá substituir Arménio Carlos, que abandona o cargo ainda este mês.

A presidente do Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal (CESP), Isabel Camarinha, vai ser a candidata a secretária-geral da CGTP, a eleger no congresso que se realiza na sexta-feira e no sábado, no Seixal, foi decidido esta segunda-feira.

De acordo com uma fonte sindical, a proposta foi apresentada na reunião de hoje da comissão executiva da Intersindical e apenas contou com a abstenção dos cinco elementos da corrente sindical socialista. Os restantes membros da comissão executiva, composta por um total de 29 sindicalistas, votaram favoravelmente a candidatura.

Isabel Camarinha tem 59 anos e, por isso, só poderá fazer um mandato como secretária-geral da CGTP. É presidente do CESP há quatro anos e coordenadora da Federação dos Sindicatos do Comércio e Serviços de Portugal. Integra a Comissão Executiva da Inter há quatro anos, por inerência de funções.

A presidente do CESP deverá, assim, substituir Arménio Carlos, que abandona o cargo ainda este mês de fevereiro. Arménio Carlos completou 64 anos em junho e, por isso, está prestes a terminar o seu segundo e último mandato.

Sindicalista há quase três décadas

Isabel Camarinha trabalhou como técnica administrativa no Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL).

É dirigente sindical desde 1991, tendo integrado a direcção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Lisboa (CESL) e posteriormente a direção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal (CESP), desde a sua criação, há cerca de 22 anos. Integrou a direção da União de Sindicatos de Lisboa (USL) e a sua Comissão Executiva.

Em 2016 foi eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e coordenadora da Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços (FEPCES). Integrou a Comissão Executiva da Inter há quatro anos, por inerência de funções.

O antecessor de Isabel Camarinha na liderança do CESP e no executivo da CGTP, Manuel Guerreiro, disse à Lusa que a sindicalista é uma pessoa de posições firmes, mas que valoriza muito as opiniões do coletivo. Para o ex-sindicalista o nome de Isabel Camarinha era a proposta “mais consensual e com menos oposição” para substituir Arménio Carlos na liderança da CGTP.

De acordo com uma fonte sindical, a proposta apresentada na reunião desta segunda-feira da comissão executiva da Intersindical apenas contou com a abstenção dos cinco elementos da corrente sindical socialista. Os restantes membros da comissão executiva, órgão composto por um total de 29 sindicalistas, votaram favoravelmente a candidatura.

A Comissão Executiva da CGTP-IN aprovou também as sugestões que irá apresentar ao novo Conselho Nacional, a eleger no congresso, relativas à composição da futura Comissão Executiva e do seu Secretariado. Vão ser substituídos pelo menos nove elementos da Comissão Executiva por motivo de idade, três da corrente sindical socialista, uma católica e cinco da maioria comunista.

No Secretariado, que é o órgão de gestão corrente, vão ser substituídos quatro dos atuais seis elementos. O XIV congresso da Inter vai eleger na sexta-feira o seu Conselho Nacional, com 147 elementos, que escolherá de seguida os órgãos executivos da central e o seu secretário-geral.

(Notícia atualizada às 20h45 com mais informações)

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Jerónimo Martins e Sonae sobem no ranking do retalho. Amazon entra para o top 3

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

De acordo com o "Global Powers of Retailing 2020", que avalia 250 empresas a nível mundial, a Jerónimo Martins é a 50.º maior retalhista, subindo cinco posições.

A Jerónimo Martins e a Sonae subiram, novamente, no ranking global do retalho da Deloitte, que avalia o ano fiscal de 2018, terminado em junho de 2019. A Amazon alcançou, pela primeira vez, o terceiro lugar.

De acordo com o estudo “Global Powers of Retailing 2020”, que avalia 250 empresas a nível mundial, a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, é a 50.º maior retalhista, subindo cinco posições face à anterior avaliação, enquanto a Sonae ocupa a 155.ª posição, avançando um lugar.

A liderar o ranking ficaram as cadeias norte-americanas Wal-Mart, Costco Wholesale e a Amazon, que entrou, pela primeira vez, para o top três. A completar o grupo das cinco maiores retalhistas ficaram o alemão Schwarz Group e a norte-americana The Kroger, que no anterior ranking figurava no terceiro lugar.

No final da tabela figuram ainda as norte-americanas Save-A-Lot Food Stores Ltd (249.ª posição) e Ingles Markets (248.ª posição), bem como a japonesa Daiso Industries Co. (247.ª posição). Por sua vez, a ocupar a última posição, ficou a chinesa Chongqing Department Store.

Maiores retalhistas mundiais com quatro biliões de receitas

As 250 maiores retalhistas mundiais, incluindo a Jerónimo Martins e a Sonae, geraram 4,74 biliões de dólares de receitas (4,32 biliões de euros) no ano fiscal de 2018, encerrado em junho de 2019. Este valor equivale a “um aumento de 210 mil milhões de dólares em relação ao ano fiscal transato, o que representa um crescimento de 4,1%”, refere o estudo “Global Powers of Retailing 2020“.

A liderar o ranking ficaram as cadeias norte-americanas Wal-Mart, com receitas superiores a 500 mil milhões de dólares (cerca de 456 mil milhões de euros) Costco Wholesale e a Amazon. A completar o grupo das cinco maiores retalhistas ficaram o alemão Schwarz Group e a norte-americana The Kroger Co., que, no anterior ranking, figurava no terceiro lugar.

Os dez maiores retalhistas contribuíram em 32,2% para a receita total gerada no período em causa, um valor superior aos 31,6% registados no exercício anterior. O crescimento de receitas destas empresas (6,3%) ultrapassou a média do ranking total, que se fixou nos 4,1%. Por setor, o retalho alimentar, com 136 empresas, foi o que mais contribuiu para o top 250, representando 66,5% do total de receitas geradas no ano fiscal de 2018.

“Apesar do crescimento registado ao nível de receitas dos maiores retalhistas mundiais, há ainda muita incerteza relativamente aos resultados que o ano de 2020 pode trazer, quer pelas consequências político-económicas do Brexit, uma vez que o Reino Unido tem um peso significativo no setor do retalho, quer pelo impacto da epidemia de coronavírus na economia chinesa e global. Ambos os fatores poderão vir a condicionar e alterar o comportamento dos consumidores a nível mundial”, referiu, citado no mesmo documento, o líder de consumer da Deloitte, Duarte Galhardas.

Por sua vez, Pedro Miguel Silva, sócio do setor de retalho da Deloitte, defendeu que “um dos principais fatores de diferenciação dos retalhistas europeus em relação ao resto do mundo assenta na capacidade de internacionalização dos seus negócios e na forte capacidade de aproveitamento do fenómeno da globalização”.

Conforme apontou este responsável, as empresas começam também a investir no comércio online e na transformação digital dos seus negócios, “pelo que o potencial de crescimento pode vir a ser ainda mais significativo”.

(Notícia atualizada às 14h13 com mais informação)

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Ervideira vai atrás dos turistas. Abre lojas em Fátima e Lisboa

Empresa de vinhos alentejana acaba de apostar na abertura de mais duas lojas em Lisboa e Fátima. Próximo mês quer abrir em Castelo de Vide. A expansão representa um investimento de 300 mil euros.

A Ervideira, produtora de vinhos alentejana, acaba de anunciar a abertura de três novas lojas em Lisboa, Fátima e Castelo de Vide. Um investimento superior a 300 mil euros que tem como objetivo reforçar a presença da empresa no enoturismo.

Estes dois novos espaços vão juntar-se às lojas de Reguengos de Monsaraz e de Évora. A primeira loja deste processo de expansão foi inaugurada perto do Santuário de Fátima, no fim de semana passado.

Todos estes investimentos refletem a aposta da empresa no enoturismo. “Até aqui, esta área tem representado a nossa maior fonte de receitas e acreditamos que grande parte se deve ao facto de termos acesso direto ao consumidor/turista”, explica em comunicado Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira.

A escolha destas três cidades prende-se com o motivo da empresa quer estar presente em zonas de turismo. “Se pensarmos bem, Fátima é dos destinos mais procurados em Portugal, depois de Lisboa, Porto e Algarve. Só no ano passado passaram mais de oito milhões de pessoas por aquela localidade. Mais, trata-se de uma região sem grande histórico de produção vínica, o que nos permite ter uma vantagem competitiva bastante interessante nesta fase inicial”, refere Duarte Leal da Costa.

Loja chega ao turismo da capital

O processo de expansão não fica por aqui e a Ervideira vai inaugurar, no próximo fim de semana, 15 e 16 de fevereiro, uma nova loja em Lisboa. O lugar escolhido foi o Restelo uma vez que a empresa que estar na rota turística na cidade.

“O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém são dois dos monumentos mais visitados no país. Não queremos ser apenas mais um espaço com venda de vinhos, mas sim um local onde os consumidores e turistas podem encontrar as nossas melhores referências e ter uma experiência memorável”, explica o diretor executivo da Ervideira.

Duarte Leal da Costa acrescenta ainda que “pelo simples facto de os turistas estarem de férias, têm, à partida, uma maior predisposição para este tipo de programas”, refere.

A Ervideira tem cerca de 160 hectares de vinha e conta com mais de 100 anos de história ligada aos vinhos. A empresa promete não ficar por aqui e já comunicou que tenciona abrir uma wine shop, localizada em Castelo de Vide, no próximo mês, em regime de franchising.

Para além da venda de vinhos alentejanos, as novas lojas tem a peculiaridade de ter um espaço onde os clientes podem degustar de um copo de vinho acompanhado de um petisco alentejano.

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OCDE vê crescimento estável em Portugal. Falta o coronavírus

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

Indicador da OCDE para Portugal subiu para 99,6 pontos em dezembro, contra os 99,4 registados em novembro. Falta conhecer o impacto do coronavírus na economia nacional.

A OCDE continua a identificar sinais de crescimento estável na economia portuguesa, indica uma estimativa baseada nos indicadores compósitos avançados de dezembro, que no conjunto dos países membros da organização ainda não inclui o potencial impacto do coronavírus.

O indicador, que antecipa inflexões nos ciclos económicos, referente a Portugal subiu para 99,6 pontos em dezembro, contra 99,4 pontos em novembro, mas abaixo do nível 100 pontos que marca a média de longo prazo.

No conjunto da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) é identificado um crescimento estável, com o indicador a subir para 99,43 pontos, mais onze décimas que em novembro.

Nas sete principais economias do mundo (Canadá, França, Japão, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos), os indicadores também subiram em dezembro 11 décimas, para 99,27 pontos.

A OCDE também identifica sinais de crescimento estável tanto na zona euro, com 99,27 pontos, mais quatro centésimas, como nas cinco principais economias asiáticas (China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia), onde o acréscimo é de sete centésimas, para 99,59 pontos.

A organização precisa que estes indicadores, que antecipam futuras mudanças com entre seis a nove meses, se calcularam antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado em 30 de janeiro a emergência internacional devido ao rápido aumento dos pacientes afetados pelo coronavírus de Wuhan.

No comunicado, a OCDE precisa que “ainda não é possível incluir o potencial impacto negativo do surto do coronavírus na atividade global, especialmente nas cadeias de fornecimento e turismo”.

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Mais de 70 empresas vão recrutar (e ensinar) estudantes do ISCTE

A 17ª feira de emprego Career Forum vai juntar estudantes e algumas das maiores empresas em Portugal, das áreas de contabilidade, auditoria, recursos humanos, marketing, comunicação e retalho.

A ISCTE Business School (Instituto Universitário de Lisboa) vai acolher a 17ª edição da feira de emprego IBSCareerForum. Durante dois dias, a 12 e 13 de fevereiro, mais de 70 empresas vão apresentar os seus processos de seleção internos e explicar aos futuros candidatos como se devem preparar para uma entrevista de emprego.

O primeiro dia será dedicado às áreas da banca, consultoria, auditoria e finanças, contabilidade e recursos humanos e o segundo ao marketing, retalho, serviços e tecnologia.

IBS Career Forum, edição de 2019.Hugo Alexandre Cruz.

O Career Forum vai começar com um pequeno-almoço debate com os presidentes de algumas das empresas presentes, como é o caso do Crédito Agrícola, CTT, Mercer e Makro.

O IBS organiza ainda 13 workshops temáticos, com o objetivo de preparar os estudantes para “os mais exigentes processos de recrutamento”, explica o ISCTE.

“Este é um dos eventos referência a nível nacional, que reforça a ligação entre a comunidade académica e o tecido empresarial”, afirma Maria João Cortinhal, dean da Iscte Business School. “Esta é também uma oportunidade única para docentes e estudantes estabelecerem uma ligação mais personalizada com as entidades empregadoras, sendo que mais de 40% dos participantes são recrutados através deste evento”.

A ISCTE Business School tem uma taxa de empregabilidade de 99% para recém-licenciados, um ano após a conclusão da licenciatura, e de 99% um ano após a conclusão do mestrado. Em 2019, o ISCTE voltou a ser distinguida como uma das melhores empresas de gestão da Europa, no ranking do Financial Times.

Veja a lista das empresas presentes. Vão desde a banca ao retalho:

  • Accenture
  • ALDI
  • Altice
  • AMT Consulting
  • Auchan Retail Portugal
  • Banco Credibom SA
  • Banco de Portugal
  • BDO & Associados
  • BNP Paribas, Bose
  • Boston Consulting Group
  • Brisa
  • Calzedonia
  • CMVM
  • COCA-COLA European Partners
  • Cofidis
  • CTT
  • CUF
  • Decathlon
  • Deloitte
  • Discovery Hotel Management
  • EDP
  • EF Education First
  • Europcar
  • everis
  • EY
  • Fidelidade
  • Galp
  • Gefco
  • Gfi Portugal
  • Glintt
  • Grünenthal
  • Ageas
  • Grupo E.T.E.
  • Grupo Jerónimo Martins
  • Grupo Nabeiro
  • HAYS
  • Henkel
  • Hipoges Iberia
  • Ignition Program
  • Ikea
  • Inditex
  • INOV Contacto (AICEP Portugal Global)
  • KPMG
  • Leroy Merlin
  • Lidl
  • L’Oréal Portugal
  • Mainsys
  • Makro Cash & Carry
  • Management Solutions
  • Mazars
  • Mercer
  • Nestlé Business Services
  • Nestlé Portugal
  • Neyond
  • NOS
  • Novabase
  • OLX Group
  • PrimeIT
  • PwC
  • REN
  • Samsung
  • SIBS
  • Solvay Business Services
  • Sonae
  • Sumol+Compal
  • Talenter
  • Tech Data Portugal
  • Teleperformance Portugal
  • Thales
  • Timestamp
  • Timwetech
  • Trivalor
  • Uniplaces
  • Vodafone
  • Worten

*Notícia corrigida às 13:50, por referir por lapso que estariam presentes 50 empresas, sendo que serão mais de 70 empresas presentes com stands durante os dois dias. Das mais de 70 entidades presentes, 50 irão apresentar os seus processos de recrutamento em auditório.

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Negócios na indústria encolheram em 2019. Energia trava

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O volume de negócios na indústria caiu 0,7% em 2019. Ainda assim, analisando apenas o mês de dezembro verificou-se um aumento de 1,5%, recuperando face à diminuição de 0,9% no mês anterior.

O volume de negócios na indústria diminuiu 0,7% em 2019, quando em 2018 tinha crescido 4,9%, mas sem o agrupamento energia o índice cresceu 0,4% no ano passado, informou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

As vendas na indústria aumentaram 0,3% no quarto trimestre do ano passado, face a igual período do ano anterior, contra uma descida de 2,1% no terceiro trimestre.

Analisando apenas o mês de dezembro do ano passado, o volume de negócios na indústria aumentou 1,5%, recuperando face à diminuição de 0,9% no mês anterior.

O índice relativo ao mercado nacional passou de uma queda de 1,5% em novembro para um crescimento de 1,9% em dezembro, tendo o agrupamento de energia dado o maior contributo para a variação do índice, com um aumento de 3,5% (3,8% em novembro), enquanto os bens de consumo e os bens intermédios passaram de reduções de 1,3% e 7,1% em novembro, respetivamente, para avanços de 1,9% e 1,3% em dezembro.

O índice relativo ao mercado externo registou em dezembro um aumento de 0,8%, face a uma queda de 0,1% em novembro, com os índices de bens de investimento e de bens de consumo a registarem aumentos de 8,2% e 6,7% , enquanto o agrupamento de bens intermédios diminuiu 8,8%.

O índice de bens de consumo passou de uma redução de 1,8% em novembro para um crescimento de 3,7% em dezembro, originando o contributo positivo mais expressivo, segundo o INE, enquanto os índices de energia e de bens de investimento desaceleraram para subidas de 3,4% e 4%, respetivamente.

Em termos homólogos, os índices de emprego e de horas trabalhadas diminuíram 0,3% e 0,4% em dezembro, respetivamente, contra uma descida de 0,3% e um crescimento de 1,4% no mês anterior, pela mesma ordem, enquanto o índice de remunerações aumentou 1,8%, abaixo da subida de 4,2% em novembro.

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Teixeira dos Santos agradece sacrifício dos acionistas do EuroBic na venda ao Abanca

Teixeira dos Santos, CEO do EuroBic, agora vendido aos espanhóis do Abanca, deixou um agradecimento aos acionistas pelo seu contributo para a estabilidade do banco, que implicou sacrifício para eles.

Teixeira dos Santos, presidente executivo do EuroBic, que foi vendido aos espanhóis do Abanca, deixou uma nota de agradecimento aos acionistas do banco, pelo seu contributo para a estabilidade e sustentabilidade da instituição, numa solução que representou um “sacrifício” para eles.

Numa mensagem partilhada com o conselho de administração e conselho fiscal, a que o ECO teve acesso, Teixeira dos Santos não escondeu a desilusão pelo facto de o EuroBic, que tem evoluído de forma positiva nos últimos anos, tenha acabado numa situação em que se tornou necessária a venda do seu controlo acionista.

Há três semanas, Isabel dos Santos colocou os seus 42,5% à venda face à polémica relacionada com o Luanda Leaks e que ameaçou a reputação do EuroBic.

Volvido este tempo, 95% do capital do banco foi agora vendido aos espanhóis do Abanca por um valor não revelado. A operação está sujeita a uma due diligence da parte do banco galego e ainda das autorizações regulatórias.

Com a venda ao Abanca, Teixeira dos Santos espera que estejam reunidas novamente as condições para assegurar a estabilidade e sustentabilidade do banco, isto após a polémica do Luanda Leaks ter colocado o EuroBic no epicentro devido a transferências suspeitas de contas da Sonangol para a offshore de Isabel dos Santos no Dubai.

O CEO do EuroBic não esqueceu o contributo dos acionistas para esta solução, que representou um sacrifício significativo com a venda das suas participações no banco. Também deixou um agradecimento aos donos do banco, em especial a Fernando Teles (37,5% do capital) pelo apoio que sempre deram à sua administração, e que ajudou o banco a ter um desempenho muito positivo nos últimos anos.

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Lisboa com “desempenho de excelência” e mais de sete milhões de turistas em 2018

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O turismo é a atividade económica e social mais importante de Lisboa, tendo gerado, em 2018, 14,7 mil milhões de euros de receita e mais de 201 mil empregos.

O Turismo em Lisboa teve um “desempenho de excelência” nos últimos anos, com 7,4 milhões de visitantes em 2018, entre os quais cinco milhões de estrangeiros que ficaram em média 4,5 dias e gastaram 840 euros por estadia.

“O Turismo na Região de Lisboa registou um desempenho de excelência nos últimos anos, ultrapassando a maior parte das metas definidas no Plano 2015-2019”, lê-se no Plano Estratégico para o Turismo da Região de Lisboa 2020-2024, que é apresentado esta segunda-feira e que foi aprovado pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e pela Associação de Turismo de Lisboa.

Segundo dados disponíveis no documento, o turismo é a atividade económica e social mais importante de Lisboa, tendo gerado, em 2018, 14,7 mil milhões de euros de receita e mais de 201 mil empregos, contribuindo com 20,3% para o PIB regional e com 15,4% para o emprego.

Nesse ano, a região de Lisboa recebeu mais de 7,4 milhões de turistas, o que representou cerca de 30% dos hóspedes totais do país. Mais de 5,2 milhões foram turistas estrangeiros e pouco mais de dois milhões hóspedes nacionais. Contudo, segundo o Plano Estratégico para os próximos quatro anos, “desde 2017 verifica-se um abrandamento do crescimento de hóspedes, com 4,7% em 2018 face a 13,4% desde 2013”.

Quanto ao perfil do turista médio que visitou a região de Lisboa houve uma “evolução positiva”, já que os perfis que mais cresceram, como os grupos de amigos adultos, “tendem a gastar mais e a ficar mais tempo”. Em 2018, os turistas estrangeiros estiveram em média 4,5 dias na região de Lisboa e o gasto médio individual por estadia, não incluindo transportes, foi de 842 euros.

No top 10 por nacionalidade estiveram os franceses, espanhóis, brasileiros, americanos, alemães, britânicos, italianos, chineses, holandeses e canadianos. Entre estes, foram os chineses que mais dinheiro gastaram durante a estadia, numa média de mais de 1.500 euros, seguidos pelos americanos, com um gasto médio por estadia de mais de 1.200 euros, e pelos brasileiros, que despenderam mais de mil euros em média.

Os franceses e espanhóis, que ocuparam os dois primeiros lugares do top 10 por nacionalidades, foram os turistas desta lista que menos gastaram: 790 e 670 euros por estadia, respetivamente. As estadias curtas (city/short break) continuaram a ser a principal motivação da procura da região de Lisboa, com “o sol e o mar (incluindo o surf) e o golfe a serem os produtos que apresentaram um maior crescimento.

Contudo, Lisboa é um destino periférico no contexto europeu, dependente do aeroporto para 95% da chegada de turistas. Por isso, lê-se no documento, “a capacidade do aeroporto de Lisboa em termos de passageiros condiciona o crescimento do turismo na região de Lisboa”.

O novo Terminal de Cruzeiros, com capacidade para 800 mil passageiros, teve em 2018 uma taxa de utilização de 72%, estando “longe de atingir o seu potencial. Porém, a sua localização, lê-se no documento, os programas e os meios de transporte utilizados pelos ‘cruzeiristas’ constituem “um fator de constrangimento”, provocando uma elevada concentração de turistas em poucos locais de Lisboa, Cascais e Sintra.

“A atividade de cruzeiros tem benefícios, mas requer soluções para mitigação dos seus impactos negativos”, nomeadamente colocando-se o “foco em navios de menor porte e cadeias de cruzeiro com menor impacto ambiental”, além de um “eventual desenvolvimento de pontos de acostagem complementares noutras zonas do destino”, é defendido.

Mas, segundo o plano estratégico 2020-2024, o principal obstáculo para a mobilidade na região de Lisboa é o rio Tejo, “que ‘divide’ o destino em dois e limita a dinamização da margem sul”, enquanto a margem norte “sofre de falta de qualidade de meios e serviços em termos de acessibilidade”.

“O fluxo turístico evidencia um elevado grau de contenção geográfica e reduzido desenvolvimento de novas atrações principais”, lê-se no Plano Estratégico 2020-2024, que propõe a criação de 12 polos turístico na região de Lisboa, mais protagonismo para o Tejo e a aposta em produtos transversais a todo o destino.

Além disso, Lisboa precisa de uma “oferta hoteleira premium”, que potencie “um superior grau de qualificação e imagem, e a oferta cultural clássica da capital está “aquém da importância do destino e de outras componentes da oferta da cidade”, com a gastronomia e a restauração a constituírem “um fator cada vem mais diferenciador na experiência do turista”.

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Este será o primeiro iate do mundo movido a hidrogénio. E, afinal, Bill Gates não é o comprador

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2020

O Aqua poderá ser o primeiro iate do mundo movido a hidrogénio. Terá capacidade para 14 convidados e 31 tripulantes. Foi avançado que Bill Gates seria o comprador, algo que a fabricante desmente.

A empresa holandesa Sinot está a construir um super iate movido a hidrogénio, o primeiro do mundo com recurso a esta forma de propulsão. O navio, batizado de Aqua, vai ter cerca de 112 metros de comprimento e deverá ser capaz de atingir uma velocidade de 17 nós (cerca de 32 km/h).

O Aqua tinha sido apresentado no ano passado, na feira de iates do Mónaco, como sendo um navio capaz de percorrer cerca de 6.000 quilómetros, o suficiente para fazer uma viagem de Londres a Nova Iorque sem necessidade de reabastecer. Foi amplamente noticiado que o comprador seria Bill Gates, o histórico fundador da Microsoft, uma informação que foi desmentida pela Sinot já depois da publicação desta notícia.

Esta semana, a imprensa internacional noticiou que Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, seria o comprador desta embarcação, concordando pagar 644 milhões de dólares pelo navio. A notícia, porém, foi desmentida a 10 de fevereiro pela construtora, apesar de Gates ainda não ter feito qualquer comentário sobre o assunto, avançou a BBC.

A Sinot “não tem qualquer relação comercial” com Bill Gates, garantiu a empresa, num comunicado emitido após a publicação desta notícia: “O Aqua é um conceito em desenvolvimento e não foi vendido ao Sr. Gates”, acrescentou a Sinot. A empresa reforçou também que “não está ligada” a Bill Gates ou a “qualquer” representante do multimilionário, “sob nenhuma forma”.

Segundo o conceito do Aqua, que tinha sido apresentado no ano passado, este navio de luxo terá espaço para receber 14 convidados e 31 tripulantes e irá contar com cinco decks, heliporto, spa, ginásio e piscina infinita. É pouco provável que comece a navegar antes de 2024.

“Para o desenvolvimento do Aqua, inspirámo-nos no estilo de vida de um proprietário perspicaz e prospetivo, na versatilidade fluida da água e na tecnologia de ponta, para combiná-lo num super iate com recursos verdadeiramente inovadores”, tinha explicado o designer Sander Sinot.

(Notícia atualizada a 11 de fevereiro, às 18h12, com desmentido da empresa quanto à informação de que Bill Gates seria o comprador)

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Preço do petróleo cai para mínimos desde dezembro de 2018

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O preço do petróleo continua a cair devido aos receios da propagação do coronavírus. Esta segunda-feira, o Brent cai para 54,10 dólares, registando mínimos desde dezembro de 2018.

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em abril estava a esta segunda-feira a cair para 54,10 dólares, menos 1,54% que na sexta-feira e em mínimos desde dezembro de 2018, devido aos receios da propagação do coronavírus.

O petróleo do mar do Norte, de referência na Europa, tinha acabado a semana passada a 54,48 dólares, depois de registar descidas nos dias prévios devido ao nervosismo de que o novo vírus possa afetar a procura, referem analistas citados pela Efe.

O petróleo continua esta segunda-feira em baixa depois de o ministro da Energia do Azerbaijão, Parviz Shahbazov, ter dito no domingo que não se espera antes de março qualquer reunião a nível ministerial da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros nove produtores aliados) devido ao surto do coronavírus na China.

Em declarações à imprensa, Shahbazov indicou que houve uma proposta de antecipar a reunião a nível ministerial da coligação OPEP+, composta por 10 sócios da OPEP, Rússia e outros nove produtores de petróleo.

Contudo, a situação atual “é que não haverá uma reunião ministerial antes da que está prevista” nos dias 5 e 6 de março.

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